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EQUIPE TÉCNICA DE ELABORAÇÃO

Coordenação: Helga Restum Hissa Manzatto - PESAGRO-RIO Equipe

- Alex Faria de Figueiredo - FINATEC - Elza Correia Sucharov - SIMERJ - Genilson Gouveia da Silva - FINATEC - Jorge Alves da Cruz e Silva - PESAGRO-RIO - Lucieta Guerreiro Martorano - EMBRAPA - Romísio Geraldo Bouhid André - SIMERJ - Wander Eustáquio de Bastos Andrade - PESAGRO-RIO

Agradecimentos Os autores agradecem o apoio recebido, na forma de informações, dados climáticos e treinamento, dos colegas Expedito Ronald Gomes Rebello (INMET), Balbino Antonio Evangelista (EMBRAPA CERRADOS), Thaise Sussane de Souza Lopes (EMBRAPA CERRADOS) e José Braz Matiello (PROCAFÉ).

ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO

- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento PROAGRO COMISSÃO ESPECIAL DE RECURSOS - Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro - PESAGRO-RIO Área de Estudos e Diagnósticos Ambientais Estação Experimental de Campos - Serviço de Monitoramento Meteorológico do Estado do Rio de Janeiro - SIMMERJ - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EMBRAPA Cerrados EMBRAPA Solos - Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos FINATEC/UnB

COLABORAÇÃO

- EMATER-RIO

- Instituto Nacional de Meteorologia - INMET

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SUMÁRIO

♦ Resumo........................................................................................................................ 4

♦ Introdução.................................................................................................................. 4

♦ Revisão de Literatura......................................................................................... 5

♦ Características do Cultivo do Café no Estado do Rio de Janeiro...................... 5

♦ Material e Métodos.................................................................................................... 6

♦ Dados Altimétricos............................................................................................ 6

♦ Dados Climatológicos........................................................................................ 6

♦ Dados de Produção e Produtividade.................................................................. 6

♦ Análise de Dados............................................................................................... 6

♦ Equação de Regressão Múltipla........................................................................ 6

♦ Critérios para o Zoneamento............................................................................. 8

♦ Balanço Hídrico................................................................................................. 9

♦ Confecção de Mapas.......................................................................................... 9

♦ Resultados................................................................................................................... 10

♦ Referências Bibliográficas......................................................................................... 16

♦ Anexos......................................................................................................................... 18

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RESUMO

O Estado do Rio de Janeiro já ocupou lugar de destaque na produção nacional de café, tendo sido o maior produtor brasileiro na década de 1890 a 1900. A evolução da cafeicultura no Estado do Rio de Janeiro, em termos de área (ha), produção (t) e rendimento médio de café em coco (kg/ha), no período de 1960-1998, indica que tanto a área colhida quanto a quantidade produzida diminuíram drasticamente (85,70% e 64,80%, respectivamente), com reflexos nos baixos níveis de emprego e renda no meio rural. Apesar deste quadro, houve aumento na produtividade, sobretudo a partir da segunda metade da década de 70, devido à introdução de novas tecnologias de plantio em áreas de renovação. Programas de revitalização da cultura têm buscado estimular, incentivar e fomentar, nas diferentes esferas da política agrícola, ações e instrumentos capazes de viabilizar sua implementação e sucesso. O conhecimento das limitações pedoclimáticas poderá auxiliar os produtores na tomada de decisão quanto à utilização de novas áreas ou introdução de variedade mais adaptável à região. Assim sendo, o Zoneamento Agroclimático constitui ferramenta fundamental no estabelecimento de diretrizes e prioridades para a revitalização da cafeicultura no Estado do Rio de Janeiro, considerando suas particularidades climáticas em função das necessidades da cultura. Objetivou-se com este trabalho delimitar áreas climaticamente aptas, aptas irrigadas e inaptas ao cultivo do café arábica e robusta, ponderando condições de risco nas safras agrícolas. Buscou-se ofertar ao setor produtivo informações técnicas que indiquem as áreas que oferecem maior certeza de retorno dos recursos investidos com a cafeicultura. Essa publicação é composta de Cartas de Aptidão Climática onde foram consideradas condicionantes térmico-hídricas. Os dados de temperatura do ar e deficiência hídrica foram espacializados em termos de médias mensal e anual, tomando-se como referência postos pluviométricos e estações meteorológicas que totalizaram 76 localidades no Estado. Na análise e interpolação dos dados, foi utilizado o módulo de programação LEGAL (Linguagem Espacial para Geoprocessamento Algébrico) disponível no SPRING 3.5, onde se efetuou o cruzamento das respectivas informações pertinentes a cada tema, separando em zonas e, conseqüentemente, os municípios aptos, aptos irrigados e inaptos para o cultivo do café arábica (Coffea arabica L.) e café robusta (Coffea canephora Pierre) no Estado. Verificou-se que, no Estado do Rio de Janeiro, para o café arábica, existem 42% de áreas aptas, 5% aptas irrigadas e 53% de áreas inaptas. Quanto ao café robusta, foram mapeados cerca de 38% de áreas aptas, 26% de áreas aptas irrigadas e 36% de áreas inaptas.

INTRODUÇÃO

O café é considerado uma bebida típica do Brasil, e consumida por um terço da população mundial. No entanto, sua origem é a Abissínia (Etiópia). Antes do século XVII, nenhuma muda de café havia sido plantada fora da África e Arábia e há três séculos chegou ao mundo ocidental. Dados indicam que o café teria entrado no Brasil em 1727 e, já no final do século, o Brasil tinha a supremacia na produção mundial. Dados do IBGE sobre a trajetória da cafeicultura no Estado do Rio de Janeiro, com base nos parâmetros da cultura relativos à área (ha), produção (t) e rendimento médio de café em coco (kg/ha), no período de 1960-1998, foram sistematizados por Andrade et al. (2001), indicando redução, tanto da área colhida, quanto da quantidade produzida (85,70% e 64,80%, respectivamente), com reflexos nos baixos níveis de emprego e renda no meio rural. Por outro lado, a produtividade aumentou neste período, sobretudo a partir da segunda metade da década de 70, principalmente em função da introdução de novas tecnologias de plantio em áreas de renovação.

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Programas recentes de revitalização da cultura cafeeira no Estado têm sido priorizados pelo Governo do Estado, em função da tradição da cultura, do aquecimento do mercado interno e externo e pela agregação de valor ao produto face à crescente demanda por uma bebida de alta qualidade. Dentro deste enfoque, o zoneamento agroclimático apresenta-se como uma ferramenta de fundamental relevância, capaz de recomendar áreas prioritárias ao direcionamento de políticas para revigoramento da cultura no Estado, com minimização dos riscos de perdas de produção na agricultura por adventos climáticos.

O objetivo do presente trabalho foi gerar, a partir de cruzamentos em meio digital, a carta de aptidão climática para a cafeicultura do Estado do Rio de Janeiro, para as cultivares arábica e robusta. Pretendeu-se, com este estudo, contribuir para o estabelecimento de uma cafeicultura mais tecnificada e rentável, na medida que identifica e relaciona as regiões e/ou municípios mais aptos ao seu plantio, com menores riscos de perdas de produtividade e/ou qualidade decorrentes de estiagens, excesso térmico ou hídrico. Espera-se que as informações oriundas deste trabalho possam auxiliar as associações de produtores, entidades de assistência técnica e extensão rural, agentes financeiros, cooperativas, secretarias de agricultura e entidades públicas e privadas ligadas ao setor agrícola, de modo a atualizar os agricultores que já aderiram ao Zoneamento Agrícola e para que aqueles que ainda não o fizeram possam se beneficiar desse importante instrumento de avanço tecnológico. O presente estudo, financiado com recursos do FUNCAFÉ, integra o Programa de Zoneamento Agrícola do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, coordenado pela Secretaria da Comissão Especial de Recursos- CER/PROAGRO, e poderá servir como valioso instrumento de apoio à Política Agrícola do Governo Federal, bem como de difusor de tecnologia e indispensável suporte para a tomada de decisões no âmbito do PROAGRO. Revisão de literatura

O cafeeiro pertence à família das Rubiáceas do gênero Coffea. Podem-se considerar duas grandes espécies que são exploradas comercialmente: Coffea arabica L. e Coffea canephora Pierre. O cafeeiro da espécie arábica (Coffea arabica), predominante no Brasil, é uma planta tropical originária dos altiplanos da Etiópia, onde vegeta espontaneamente a uma altitude de 1.500 a 1.900 metros, com temperatura média anual do ar oscilando entre 17°C e 20°C e chuvas anuais entre 1.500 a 2.000mm (Carvajal, 1972). Segundo Coste (1968), o cafeeiro geralmente prospera nas regiões onde ocorrem períodos relativamente secos na fase de reposição vegetativa (dormência), que precede a floração.

O cafeeiro é uma espécie que resiste bem à seca. Bierhuizen et al. (1969), estudando o efeito da umidade do solo sobre a fotossíntese e transpiração da Coffea arabica, verificaram que a deficiência hídrica causa maior redução na fotossíntese do que na transpiração. Os sintomas ocasionais pela baixa disponibilidade de água no solo mostram-se, inicialmente, pelo murchamento das folhas apicais; em seguida, as folhas dos ramos da porção inferior e as mais adultas e velhas pendem em direção ao solo.

Características do cultivo do café no Estado do Rio de Janeiro

A região Sudeste é a maior produtora de café (arábica e robusta) do Brasil, em termos de produção, geração de renda e número de indústrias, sendo também a região de maior consumo per capita de café do país. Com relação à distribuição regional da produção, os estados de Minas Gerais e São Paulo respondem pelos maiores índices, exportando consideráveis parcelas de seu produto para o Estado do Rio de Janeiro. O Estado do Rio de Janeiro já foi o maior produtor de café do Brasil, entretanto, perdeu por volta de 1886 a posição para o Estado de São Paulo. Em 1928, a produção de Minas Gerais também ultrapassou a média carioca e, mais recentemente, foi a vez do Espírito Santo, passando assim o Rio de Janeiro a ocupar a quarta posição como estado produtor da região Sudeste.

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As áreas tradicionais de cultivo do café no Estado sofreram, recentemente, decréscimo da ordem de 46%, passando de 17.574ha para 9.463ha, entre o período de 1990 a 1999. Apesar disso, a produtividade da cultura vem crescendo significativamente, atingindo índices de 1.301,5kg/ha em 1990, passando para 1.706,19kg/ha em 1999, concentrando a produção principalmente nas regiões Noroeste Fluminense, Serrana e Centro-Sul Fluminense (Mapas de Produtividade e de Área Cultivada).

Quanto à produtividade nos últimos 10 anos, os municípios das regiões Serrana e Centro-Sul Fluminense têm apresentado os melhores índices estaduais, já a região Norte Fluminense possui os menores índices de produtividade. No estado, cerca de 95% das áreas encontram-se cultivadas com a espécie arábica, com destaque para a variedade catuaí (83%). Já o café robusta (variedade conillon) ocupa cerca de 5% do território. MATERIAL E MÉTODOS Dados altimétricos

Para possibilitar a interpolação dos dados mensais e anuais de temperatura, foi necessário obter, através do United States Geological Survey (USGS), arquivo GTOP030, o quadrante que resultou no mapa temático de altitude, com uma grade de pontos de 30 x 30 segundos. Dados climatológicos

Os dados climáticos consistiram de séries mensais e anuais de temperaturas (média compensada, máxima e mínima) e de precipitação. Foram utilizados dados de 18 estações meteorológicas pertencentes ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e 59 estações pluviométricas da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), referentes ao período de 1973 a 2000. A escolha desse período objetivou reunir o maior número possível de estações com dados de temperatura, visando à formação da base de dados para a obtenção das equações de regressão múltipla para a estimativa da temperatura média mensal, especialmente com referência às estações pertencentes à ANEEL. Dados de produção e produtividade Para a composição dos mapas de produção e produtividade dos municípios dos últimos cinco anos, utilizou-se a base municipal do Estado do Rio de Janeiro, cedida pela Fundação CIDE, em meio digital, em ambiente ARC VIEW 3.2, sendo esta base convertida para o software ATLAS GIS para a elaboração dos trabalhos, que consistiram no levantamento de dados quantitativos da cultura de café no Estado, tendo por base dados do IBGE.

Análise de dados As seguintes etapas foram seguidas para a elaboração dos mapas de aptidão climática para o café no Estado do Rio de Janeiro: obtenção da base altimétrica, obtenção das equações de regressão múltipla para estimativa da temperatura média mensal e anual, confecção dos mapas de temperatura anual e mensal, cálculo dos balanços hídricos, confecção do mapa de deficiência hídrica anual, cruzamento dos mapas anuais de temperatura e deficiência hídrica e elaboração dos mapas de aptidão climática para o café arábica e robusta. Equações de regressão múltipla

Das dezoito estações meteorológicas existentes no Estado, nove dispõem somente de dados de temperaturas máxima e mínima, acarretando a necessidade da estimativa da temperatura média mensal nessas estações. O método empregado para a estimativa da temperatura média mensal

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nessas estações está apresentado em Conrad & Pollack (1950) e consiste em calcular um termo de correção para a média aritmética entre as temperaturas máxima e mínima, ou seja:

2minmax

2cDbDaTTTmed +++

+=

onde, Tmax e Tmin são as temperaturas máximas e mínimas mensais, D = Tmax - Tmin e os coeficientes a, b e c são funções da altitude da estação. Os coeficientes a, b e c foram determinados pelas equações: a = -0,30 + 0,14 h b = - 0,07 h c = -0,0034 + 0,006 h sendo que h é a altitude expressa em km e a temperatura em grau absoluto, isto é, T(K) = T(ºC) + 273. Para a validação desses coeficientes, foram utilizadas as séries de temperaturas médias mensais de 9 estações, de tamanhos variáveis. Na Tabela 1, são mostrados os coeficientes de determinação resultantes das estimativas das temperaturas e o número de anos considerados em cada caso. Com os coeficientes validados, estimaram-se as temperaturas médias mensais nas 9 estações que não dispunham desse dado, utilizando-se suas temperaturas máximas e mínimas médias mensais. Tabela 1 - Número de anos de dados (N) e coeficiente de determinação (R2) resultantes das estimativas das temperaturas médias mensais, com base nas temperaturas máximas e mínimas mensais.

Campos 83698

21:44 S 41:19W

11 m

Cordeiro 83718

22:02S

42:22 W 487 m

Ecologia Agrícola 83741 22:24S 43:42W

33 m

Iguaba Grande 83114

22:50 S 42:14 W

6 m

Itaperuna 83695

21:12 S 41:54 W 119 m

Maricá 83089

22:55 S 42:19 W

4 m

Sto. Ant. de Pádua

83805 21:32 S 42:10 W

95 m

Resende 83738

22:29 S 44:28 W 440 m

Rio Bonito83048

22:43 S 42:37 W

40 m

M Ê S

N R2 N R2 N R2 N R2 N R2 N R2 N R2 N R2 N R2

1 36 0.9822 23 0.9574 39 0.9760 31 0.8310 29 0.9703 14 0.9773 20 0.9642 34 0.9652 5 0.93792 34 0.9705 22 0.9203 40 0.9731 31 0.9249 29 0.9567 13 0.9327 20 0.9228 37 0.9188 4 0.89223 36 0.9608 24 0.8917 40 0.9553 31 0.8869 29 0.9415 14 0.9330 19 0.9507 38 0.8450 5 0.97444 37 0.9764 23 0.9707 40 0.9796 31 0.9516 30 0.9729 12 0.9702 18 0.9593 39 0.9440 5 0.83715 37 0.9874 24 0.9258 38 0.9749 31 0.9650 30 0.9672 12 0.9706 22 0.9438 38 0.9389 5 0.85456 38 0.9816 23 0.8766 37 0.9756 31 0.7859 30 0.9709 12 0.9827 18 0.9479 39 0.9276 5 0.96277 37 0.9871 25 0.9346 39 0.9705 31 0.9255 30 0.9621 14 0.9849 19 0.9040 38 0.9533 5 0.92568 39 0.9748 24 0.9229 39 0.9812 31 0.9496 29 0.9316 12 0.9833 21 0.9058 37 0.9463 4 0.91749 38 0.9561 23 0.9436 40 0.9865 31 0.9334 30 0.9384 11 0.9650 18 0.9361 37 0.9571 6 0.8713

10 38 0.9878 23 0.9715 40 0.9870 31 0.8787 30 0.9321 12 0.9765 21 0.9707 37 0.9574 6 0.976711 36 0.9001 24 0.9524 40 0.9850 31 0.9445 30 0.9256 11 0.9567 20 0.9871 38 0.9524 6 0.964612 36 0.9777 24 0.8747 39 0.9615 31 0.8970 28 0.9329 12 0.9813 19 0.9164 38 0.9284 6 0.9093

As séries de temperaturas médias mensais estimadas pelo método descrito anteriormente e

as séries de temperaturas medidas formaram a base de dados para a obtenção das equações de regressão múltipla para a estimativa da temperatura média, em função da latitude e altitude, Tmed = a + b lat + c alt. Essas equações foram empregadas para a estimativa da temperatura média mensal

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e anual nas estações pluviométricas da ANEEL. A Tabela 2 apresenta as equações de regressão ajustadas e os respectivos coeficientes de determinação – R2. Para o cálculo da Tmed, a latitude deve ser negativa e em décimo de grau e a altitude em metros.

Tabela 2 - Coeficientes das retas de regressão múltipla, ajustadas aos dados de temperaturas médias mensais e respectivos coeficientes de determinação, período 1973-2000.

Mês a b c R2

1 31,80 0,2118 -0,005967 0,9017 2 29,41 0,0854 -0,006065 0,9060 3 32,03 0,2415 -0,006078 0,9146 4 32,63 0,3436 -0,006306 0,9231 5 24,41 0,0674 -0,006503 0,9291 6 18,25 -0,1399 -0,006731 0,8837 7 19,14 -0,0885 -0,006746 0,9071 8 27,22 0,2407 -0,006353 0,9205 9 38,61 0,7227 -0,005896 0,9129 10 41,18 0,7809 -0,005511 0,8728 11 35,53 0,4788 -0,005448 0,8644 12 31,97 0,2621 -0,005989 0,9008

Ano 29,49 0,2352 -0,006353 0,9275

Tmed = a + b latitude + c altitude, a latitude deve ser negativa em décimos de grau e a altitude em metros.

Critérios para o zoneamento

Com base nas informações sobre as necessidades climáticas da cultura de café, reunidos nos estudos de Camargo (1977), Caramori (2001), Assad (2001), Pinto (2001) e Sedyiama (2001), já testados e validados para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Goiás e Paraná, foram adotados critérios específicos para as cultivares arábica e robusta. Para a cultivar arábica (Coffea Arabica L): a) Municípios aptos sem restrições

• Temperatura média anual entre 18º C e 23º C; • Deficiência média anual entre 0 e 150 milímetros; • Não ocorrência de temperaturas máximas maiores do que 34º C no mês de novembro.

b) Municípios aptos com restrição térmica e hídrica • Temperatura média anual entre 18º C e 23º C; • Deficiência hídrica superior a 150 milímetros (a irrigação irá variar de ocasional até

obrigatória); • Possibilidade de temperaturas máximas maiores do que 34º C no mês de novembro.

c) Municípios inaptos • Temperatura média anual < 18º C e > 23º C.

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Para a cultivar robusta (Coffea canephora Pierre): a) Municípios aptos sem restrições

• Temperatura média anual entre 22º C e 25º C; • Deficiência média anual entre 0 e 150 milímetros.

b) Municípios aptos com restrição hídrica • Temperatura média anual entre 22º C e 25º C; • Deficiência hídrica superior a 150 milímetros (a irrigação irá variar de ocasional até

obrigatória).

c) Municípios inaptos • Temperatura média anual < 22º C e > 26º C;

Com referência ao déficit hídrico, tanto o café robusta quanto o café arábica devem seguir os

seguintes critérios: de 150 a 200mm de deficiência hídrica, irrigação ocasional; de 200 a 400mm, irrigação suplementar ou complementar e acima de 400mm, irrigação obrigatória (Santino et al, 1996). Este critério para irrigação é suavizado, e pode provocar perdas por seca, principalmente nas áreas com deficiência hídrica acima de 150mm. Nesse caso, mantendo as recomendações feitas para o zoneamento dos estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Bahia, havendo deficiência hídrica superior a 150mm, o café deve ser irrigado. Balanço hídrico Utilizando-se as médias mensais de temperatura e os totais mensais médios de precipitação relativos ao período de 1973 a 2000, foram calculados os balanços hídricos segundo Thornthwaite e Mather (1955) para 76 localidades do estado. Os balanços foram calculados considerando-se a capacidade de água disponível no solo (CAD) de 125mm. Confecção dos mapas

Uma vez determinados os valores anuais de temperatura e deficiência hídrica, utilizou-se o software SPRING 3.5 para a criação dos mapas temáticos para todo o Estado do Rio de Janeiro.

Foram estabelecidas as seguintes classes de déficit hídrico anual (DHA) para definição das áreas aptas e inaptas do ponto de vista hídrico:

DHA < 150mm - Área apta sem irrigação DHA > 150mm - Área apta com irrigação

Os dados medidos de temperatura média anual em 18 estações climatológicas gerenciadas

pelo INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) eram insuficientes, por isso, usou-se um modelo de regressão linear para estimar os dados médios mensais de temperatura em função da altitude e latitude. Foram estabelecidas as seguintes classes de temperaturas médias anuais (Ta) para definição das áreas aptas e inaptas do ponto de vista térmico para o café arábica:

Ta < 18° C - Área inapta 18° C < Ta < 23° C - Área apta Ta > 23° C - Área inapta

Em seguida, os valores de DHA e Ta foram georreferenciados e espacializados num sistema

de informações geográficas, dando origem aos mapas de deficiência hídrica anual, temperatura média anual e temperatura média no mês de novembro. Utilizando-se o módulo de programação

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LEGAL (Linguagem Espacial para Geoprocessamento Algébrico) disponível no SPRING 3.5, efetuaram-se os cruzamentos dos respectivos mapas, caracterizando as áreas aptas para o cultivo do café no Estado do Rio de Janeiro. Para o café arábica, as regiões que apresentaram DH < 150 mm, 18° C < Ta < 23° C foram consideradas aptas sem irrigação. Quando DH > 150 mm, 18° C < Ta < 23° C foram consideradas aptas com irrigação, e qualquer combinação diferente das anteriores foi considerada inapta para o plantio de café. Para o café robusta, por ser uma cultivar com características mais rústicas, a definição das áreas aptas e inaptas seguiram os seguintes critérios térmicos:

Ta < 22° C - Área inapta 22° C < Ta < 25° C - Área apta Ta > 25° C - Área inapta

Com a simulação do balanço hídrico, para os 76 postos pluviométricos, calculou-se a

deficiência hídrica anual. Esses valores foram georreferenciados por meio de latitude e longitude e, com o uso de um interpolador disponível no SPRING (inverso do quadrado das distâncias) foram espacializados e deram origem ao mapa temático que representa as condições de deficiência hídrica na região.

Visando auxiliar sobre as principais características agronômicas e comportamento frente a doenças dos materiais de café arábica e robusta, apresenta-se nos Anexos uma breve síntese sobre as cultivares recomendadas para o Estado do Rio de Janeiro.

RESULTADOS

Analisando-se os 5 (cinco) primeiros Mapas de Produtividade e Área Cultivada, verificou-se que as áreas plantadas aumentaram de 1995 para 1996, com diminuição progressiva das áreas até 1999. Com relação à produtividade apresentada nos cinco mapas subseqüentes, observou-se que as regiões mais produtoras encontram-se situadas na região Serrana do Estado e na região do Médio Paraíba.

Em Mapas de Temperatura são apresentadas as cartas térmicas correspondentes à média anual e mensal. Com relação ao regime térmico anual, pode ser observado que as temperaturas mais altas ocorrem nas áreas representadas pela cor vermelha alaranjada, com médias variando entre 22 e 25°C. Nas áreas com maiores altitudes, as temperaturas variam de 17 a 13°C, representadas pela cor azul celeste. As menores temperaturas, entre 12 e 9°C, ocorrem na Serra Itatiaia, identificadas pela cor azul escuro.

Quanto à temperatura média mensal, os Mapas de Temperatura revelam que fevereiro é o mês mais quente do estado, com grande parte das áreas sob influência de temperaturas que variam entre 22 e 28°C, em média. É nítido o efeito das temperaturas mais altas no verão (dezembro a fevereiro), conforme demonstram os mapas desses meses. A partir do outono (março a maio), as temperaturas vão declinando. Em março e abril, as temperaturas mais altas situam-se na faixa dos 22 a 27°C. A partir de maio, vão diminuindo as áreas representadas em vermelho e aumentando as representadas em amarelo e azul, onde as temperaturas encontram-se na faixa de 13 a 22°C. No inverno, os mapas são dominantemente representados pelas cores amarelo e azul celeste, com pequenas evidências de baixas temperaturas, que variam entre 10 e 4°C, nas áreas com maiores altitudes.

No inicio da primavera, as temperaturas mais altas ocorrem entre 22 e 24°C, conforme se observa no mapa do mês de setembro. Nos meses de outubro e novembro, o calor vai aumentando e predominam as áreas em vermelho.

No estado, as maiores deficiências hídricas, em termos de médias anuais, foram representadas pela cor amarela, com valores superiores a 150mm e as de menor déficit (< 20 mm) foram representadas pela cor verde-azulada. Os mapas subseqüentes dão uma visão geral do déficit hídrico ao longo dos meses.

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Os Balanços Hídricos utilizados na avaliação das ofertas e escassez de água para a cultura do café também são apresentados. Assim sendo, nesse documento encontram-se todos os dados termo-pluviométricos utilizados na elaboração do zoneamento agroclimático.

Os Mapas de Aptidão Agroclimática revelam que, no Estado do Rio de Janeiro, existem 42% de áreas aptas, 5% aptas irrigadas e 53% de área inapta para o café arábica. Quanto ao café robusta, foram mapeadas cerca de 38% de áreas aptas, 26% de área apta irrigada e 36% de área inapta.

Nas tabelas 3 e 4 são listadas as distribuições percentuais das classes de aptidão para o café arábica e café robusta respectivamente, para a cafeicultura dos 94 municípios do Estado do Rio de Janeiro.

Com base nos critérios de temperatura e déficit hídrico anteriormente estabelecidos, foram identificadas 3 classes de aptidão agrícola, definidas a seguir: Para o café arábica (Coffea Arabica L):

Apto (municípios com riscos climáticos mínimos)

• As regiões aptas para o café arábica concentram-se principalmente em áreas entre 500 e 900 metros de altitude nas regiões Noroeste e Serrana.

Apto Irrigado (municípios com restrições hídricas)

• Corresponde às áreas localizadas na região Noroeste e onde se recomenda a irrigação como operação complementar, mas não obrigatória, devido ao déficit hídrico maior que 150mm anuais.

Inapto (municípios com restrições hídricas e térmicas)

• São aqueles com temperaturas médias anuais acima ou abaixo dos limites estabelecidos e com acentuada deficiência hídrica.

• As regiões litorâneas de baixa altitude (regiões Metropolitana, Baixadas Litorâneas e Norte) e os vales dos rios Pomba e Muriaé, devido às temperaturas mais elevadas, e os pontos mais altos da Serra do Mar, devido às baixas temperaturas, são inaptas para o café arábica.

Para o café robusta (Coffea Canephora Pierre):

Apto (municípios com riscos climáticos mínimos)

• As regiões aptas para o café robusta estão situadas em áreas abaixo de 500m de altitude nas regiões Norte e das Baixadas Litorâneas.

Apto Irrigado (municípios com restrições hídricas)

• Corresponde às áreas localizadas nas regiões Norte, Noroeste e Baixadas Litorâneas do estado, onde se recomenda a irrigação como operação complementar, mas não obrigatória, devido ao déficit hídrico maior que 150mm anuais.

Inapto (municípios com restrições hídricas e térmicas)

• São aqueles com temperaturas médias anuais acima ou abaixo dos limites estabelecidos e com acentuada deficiência hídrica.

• As regiões de altitude elevada do estado, como áreas das regiões Serrana, Centro-Sul Fluminense e Médio Paraíba, devido às baixas temperaturas, são inaptas para o café robusta.

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Tabela 3 - Café Robusta para o Estado do Rio de Janeiro.

Municípios Apto (%)

Apto Irrigado (%)

Inapto (%)

1. Angra dos Reis 62 38 2. Aperibé 1 99 3. Araruama 27 73 4. Areal 100 5. Armação de Búzios 68 32 6. Arraial do Cabo 100 7. Barra do Piraí 53 47 8. Barra Mansa 34 66 9. Belford Roxo 100 10. Bom Jardim 100 11. Bom Jesus do Itabapoana 19 52 29 12. Cabo Frio 65 35 13. Cachoeiras de Macacu 70 30 14. Cambuci 82 18 15. Carapebus 100 16. Comendador Levy Gasparian 30 70 17. Campos dos Goytacazes 98 2 18. Cantagalo 39 61 19. Cardoso Moreira 100 20. Carmo 9 91 21. Casimiro de Abreu 95 5 22. Conceição de Macabu 64 27 9 23. Cordeiro 100 24. Duas Barras 100 25. Duque de Caxias 91 9 26. Engenheiro Paulo de Frontin 42 58 27. Guapimirim 96 4 28. Iguaba Grande 100 29. Itaboraí 98 2 30. Itaguaí 21 76 3 31. Italva 100 32. Itaocara 51 49 33. Itaperuna 41 57 2 34. Itatiaia 100 35. Japeri 96 4 36. Laje do Muriaé 2 93 5 37. Macaé 80 20 38. Macuco 52 48 39. Magé 95 5 40. Mangaratiba 68 14 18 41. Maricá 98 2 42. Mendes 9 91 43. Miguel Pereira 7 93 44. Miracema 88 12 45. Natividade 65 35 46. Nilópolis 44 56

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47. Niterói 100 48. Nova Friburgo 2 98 49. Nova Iguaçu 61 22 17 50. Paracambi 96 4 51. Paraíba do Sul 11 89 52. Parati 57 43 53. Paty do Alferes 100 54. Petrópolis 2 98 55. Pinheiral 100 56. Piraí 84 16 57. Porciúncula 37 63 58. Porto Real 26 74 59. Quatis 14 86 60. Queimados 39 61 61. Quissamã 100 62. Resende 6 94 63. Rio Bonito 97 3 64. Rio Claro 21 79 65. Rio das Flores 21 79 66. Rio das Ostras 100 67. Rio de Janeiro 40 55 5 68. Santa Maria Madalena 31 24 45 69. Santo Antônio de Pádua 11 82 7 70. São Francisco de Itabapoana 100 71. São Fidélis 64 36 72. São Gonçalo 100 73. São João da Barra 100 74. São João de Meriti 100 75. São José de Ubá 93 7 76. São José do Vale do Rio Preto 100 77. São Pedro da Aldeia 2 98 78. São Sebastião do Alto 74 9 17 79. Sapucaia 2 98 80. Saquarema 72 28 81. Seropédica 27 73 82. Silva Jardim 98 2 83. Sumidouro 100 84. Tanguá 91 9 85. Teresópolis 2 98 86. Trajano de Moraes 4 96 87. Três Rios 25 75 88. Valença 10 90 89. Varre-Sai 6 94 90. Vassouras 14 86 91. Volta Redonda 81 19

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Tabela 4 - Café Arábica para o Estado do Rio de Janeiro.

Municípios Apto (%)

Apto Irrigado (%)

Inapto (%)

1. Angra dos Reis 50 50 2. Aperibé 100 3. Araruama 100 4. Areal 98 2 5. Armação de Búzios 100 6. Arraial do Cabo 100 7. Barra do Piraí 70 30 8. Barra Mansa 100 9. Belford Roxo 100 10. Bom Jardim 73 27 11. Bom Jesus do Itabapoana 40 27 33 12. Cabo Frio 100 13. Cachoeiras de Macacu 43 57 14. Cambuci 39 61 15. Carapebus 100 16. Comendador Levy Gasparian 97 3 17. Campos dos Goytacazes 6 94 18. Cantagalo 100 19. Cardoso Moreira 6 94 20. Carmo 100 21. Casimiro de Abreu 19 81 22. Conceição de Macabu 24 76 23. Cordeiro 100 24. Duas Barras 99 1 25. Duque de Caxias 18 82 26. Engenheiro Paulo de Frontin 90 10 27. Guapimirim 9 91 28. Iguaba Grande 1 99 29. Itaboraí 11 89 30. Itaguaí 11 9 80 31. Italva 20 80 32. Itaocara 18 1 81 33. Itaperuna 21 26 53 34. Itatiaia 72 28 35. Japeri 100 36. Laje do Muriaé 82 18 37. Macaé 33 67 38. Macuco 100 39. Magé 15 85 40. Mangaratiba 34 66 41. Maricá 15 85 42. Mendes 100 43. Miguel Pereira 82 18 44. Miracema 88 12 45. Natividade 91 9 46. Nilópolis 100

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47. Niterói 100 48. Nova Friburgo 48 52 49. Nova Iguaçu 14 15 71 50. Paracambi 22 78 51. Paraíba do Sul 95 5 52. Parati 49 51 53. Paty do Alferes 97 3 54. Petrópolis 46 54 55. Pinheiral 66 34 56. Piraí 44 56 57. Porciúncula 100 58. Porto Real 100 59. Quatis 100 60. Queimados 2 98 61. Quissamã 100 62. Resende 90 10 63. Rio Bonito 20 80 64. Rio Claro 77 23 65. Rio das Flores 87 13 66. Rio das Ostras 5 95 67. Rio de Janeiro 8 9 83 68. Santa Maria Madalena 60 40 69. Santo Antônio de Pádua 5 29 66 70. São Francisco de Itabapoana 100 71. São Fidélis 2 47 51 72. São Gonçalo 100 73. São João da Barra 100 74. São João de Meriti 100 75. São José de Ubá 54 46 76. São José do Vale do Rio Preto 57 43 77. São Pedro da Aldeia 3 97 78. São Sebastião do Alto 72 4 24 79. Sapucaia 90 10 80. Saquarema 4 96 81. Seropédica 100 82. Silva Jardim 18 82 83. Sumidouro 67 33 84. Tanguá 35 65 85. Teresópolis 29 71 86. Trajano de Moraes 82 18 87. Três Rios 89 11 88. Valença 92 8 89. Varre-Sai 100 90. Vassouras 95 5 91. Volta Redonda 100

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, W.E. de B.; NASCIMENTO, D.; PINTO, J.F.; FERNANDES, G.M.B.; ALVES, S.M.C. Comportamento da cafeicultura fluminense no período de 1960 a 1998. In: SIMPÓSIO DE PESQUISA DOS CAFÉS DO BRASIL, 2, Vitória, ES, 2001 Resumos... Brasília-DF: Embrapa/Café, p.115 – 116. 2001. ASSAD, E. D.; SANO, E. E. Sistema de informação geográfica: aplicações na agricultura. Planaltina, EMBRAPA - CPAC, 1993, 274 p. ASSAD, E.D., EVANGELISTA, B.A.; SILVA, F.A.; CUNHA, S.A.R.; ALVES, E.R.; LOPES, T.S.S.; PINTO, H.S.; ZULLO Jr., J. Zoneamento climático da cultura do café (Coffea arabica) no Estado de Goiás e Sudoeste do Estado da Bahia. Revista Brasileira de Agrometeorologia, Passo Fundo, número especial, V.9, n.3, p. 500 a 510, Dez/2001. Edição Especial. BERNARDES, L. M. C. Tipos de clima do Estado do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, p. 57 – 79, jan./mar. 1952. BIERHUIZEN, J.F.; NUNES, M.A.; PLOEGMAN, C. Studies on the productivity of coffee. II. Effect of soil moisture on photosynthesis and transpiration or coffea arabica. Acta Botanica Neerlandica. Leiden, v.18, p. 367-441. 1969 CARAMORI, P.H.; CAVIGLIONE, J.H.; WREGE, M.S.; GONÇALVES, S.L.; FARIA, R.T.; ANDROCIOLI FILHO, A.; SERA, T.; CHAVES, J.C.D.; KOGUISHI., M.S.; Zoneamento de riscos climáticos para a cultura do café (coffea arabica L.) no Estado do Paraná. Revista Brasileira de Agrometeorologia, Passo Fundo, V.9, n.3, p. 478 a 486. Dez/ 2001. Edição Especial. CARVAJAL, J.F. Cafeto – cultivo y fertilización. Berna/Suiza. Instituto Internacional de La Potasa, 1972, 141 p. CONRAD, V. & POLLACK, L.W. Methods in Climatology. Cambridge: Harvard University Press, 1950. 459p. COSTE, R. Le Caféier. París, Techniques Agricoles et Productions Tropicales. 310 p. 1968. DADALTO, G. G., BARBOSA, C. A. Zoneamento Agroecológico para a Cultura do café no Estado do Espírito Santo. Vitória, ES: SEAG-ES. 1997. 28p. EMCAPA. Primeiras variedades clonais de café conilon para o Estado do Espírito Santo. n.p. 1995. (Documentos, 76). EMCAPA. EMCAPA 8441 - Robustão Capixaba. n.p. 1999. (Documentos, 98). EMCAPA. EMCAPA 8451 - Robustão Tropical. n.p. 2000. (Documentos, 00). FUNDAÇÃO INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DO RIO DE JANEIRO. Indicadores climáticos. Rio de Janeiro, 1978. 155 p. JULIATTI, F.C.; SILVA, S. de A. Manejo integrado de doenças no cafeeiro do cerrado. Uberlândia, MG: UFU, Setor de Fitopatologia, Instituto de Ciências Agrárias. 132 p. 2001.

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MATIELLO, J.B.; SANTINATO, R.; MIGUEL, AE.; et al. A moderna cafeicultura de montanha - como plantar e tratar os cafezais em regiões acidentadas. Rio de Janeiro, RJ; Procafé - DFARA/RJ. 22p. 1994. PEREIRA, A.R., VILLA NOVA, N.S. & SEDIYAMA, G.C. Evapotranspiração. Piracicaba: FEALQ, 1997. 183p. PINTO, H.S.; ZULLO Jr., J.; ASSAD, E.D.; BRUNINI, O.; ALFONSI, R.R.; CORAL, G.; Zoneamento de riscos climáticos para a cafeicultura do Estado de São Paulo. Revista Brasileira de Agrometeorologia, Passo Fundo, número especial, V.9, n.3, p. 487 a 495, Dez/2001. Edição Especial. SANTINOTO, R.; FERNANDES, A. L. T.; FERNANDES, D. R. Irrigação na cultura do café. Campinas. Agrícola e Comércio LTDA. 1996. 146 p. SEDIYAMA, G.C.; MELO JUNIOR, J.C.F.; RIBEIRO, A.; SANTOS, A.R.; HAMAKAWA, P.J.; COSTA, J.M.N.; COSTA, L.C. Zoneamento climático do cafeeiro para o Estado de Minas Gerais. Revista Brasileira de Agrometeorologia, Passo Fundo, número especial, V.9, n.3, p. 496 a 501, Dez/2001. Edição Especial. THORNTHWAITE, C.W.& MATHER, J.R. The water balance. New Jersey: Drexel Institute of Technology- Laboratory of Climatology, 1955. 104p. YEVJEVICH, V. Probability and Statistics in Hydrology. Colorado: Water Resources Publications, 1972. 301p. ZONEAMENTO do café [Brasília]: Embrapa Cerrados [2000?]. 1 CD. Produzido pelo Consórcio Brasileiro de Pesquisas do Café.

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ANEXOS Cultivares de café recomendadas para o Estado do Rio de Janeiro

Café arábica

Catuaí – apresentam como características principais o seu porte baixo e a alta capacidade produtiva das plantas. O vigor das plantas é bom, porém inferior ao do Mundo Novo, com as plantas se recuperando com um pouco mais de dificuldade após uma carga alta. A arquitetura da planta é bem cilíndrica e compacta. A folhagem é de cor verde, um pouco mais escura do que no Mundo Novo e os brotos (folhas novas) são somente verdes. As folhas do Catuaí são mais acosteladas, ou seja, a nervura secundária é mais funda em relação à superfície do limbo foliar. A relação folha-fruto tende a ser menor, principalmente nas primeiras safras, o que, provavelmente, é a causa de seca de ponteiros acentuada após produções altas. O sistema radicular é bom, superior até ao do Mundo Novo. Provavelmente, devido, em parte, à sua copa com ramagem compacta, com dificuldade de penetração de luz, apresenta floração e maturação dos frutos mais desigual e tardia. Sua maturação ocorre um mês após a do Mundo Novo. Os frutos e grãos são menores em relação ao Mundo Novo, com bebida, sólidos solúveis e cafeína dentro dos padrões normais de cafeeiro arábica. Apresenta menor prejuízo em função do ataque da ferrugem, pois a desfolha ocorre mais lentamente. Evidencia, ainda, com menor intensidade, a deficiência de magnésio, provavelmente devido à própria diluição da exigência para a granação dos frutos, em um período mais longo. Mostra, por outro lado, maior exigência em boro.

Mundo Novo – apresenta porte alto, bom vigor, folhagem abundante e bem equilibrada com a produção de frutos, brotação variando de acordo com a linhagem, com broto verde ou roxo, folhas menores e mais afiladas, arquitetura de planta cilíndrica em algumas linhagens e mais cônica para o Acaiá, com diâmetro de copa também variando com a linhagem, algumas com diâmetro bastante grande (LCP-376-4 e 388-17), boa produtividade, com frutos e grãos de tamanho médio a grande, plantas mais abertas, com floração e maturação mais uniformes e medianamente precoces, frutos de cor vermelha alongados, com qualidade normal em relação à bebida, sólidos solúveis e cafeína. A resistência a ventos frios e à ferrugem é menor, sofrendo desfolhas mais rápidas e acarretando maior perda de produção quando de seu ataque. É mais exigente quanto à correção de solo, apresentando maior nível de deficiência, principalmente em magnésio, e mais exigente em zinco.

Catucaí – apresenta porte baixo, bom vigor, com algumas seleções de porte médio, arquitetura da planta variável de acordo com as seleções, variando desde plantas cônicas, bem abertas, e outras com plantas mais cilíndricas e compactas, com diâmetro de saia semelhante ao Catuaí. A folhagem é abundante, com boa retenção e os brotos têm coloração verde ou bronze. Nas linhagens de Catucaí Amarelo é maior (> 70,0%) a ocorrência de plantas de broto bronze. Os frutos são de coloração vermelha ou amarela (conforme a linhagem), de tamanho médio, semelhante ao Catuaí, sendo algumas seleções de frutos mais graúdos. A maturação é mais precoce que o Catuaí, variando entre as seleções. A resistência à ferrugem é muito boa, com seleções completamente imunes e outras com menos de 5,0% de plantas afetadas. Ocorre, em algumas plantas, resistência do tipo horizontal, ou seja, a ferrugem causa infecção, porém com poucas folhas atacadas e pequeno número de pústulas por folha. Os cafeeiros Catucaí têm apresentado boa adaptação às regiões mais quentes e sentem menos nos períodos secos. A produtividade obtida tem sido semelhante e, em certos casos, ligeiramente superiores à apresentada pelas melhores linhagens de Catucaí. As plantas são bem precoces na produção e parecem, por isso, um pouco mais exigentes.

IBC-Palma – apresenta características de produtividade, vigor e porte semelhantes às do Catuaí. Apresenta, no entanto, resistência total (vertical) às raças de ferrugem presentes no Brasil. O porte é apenas ligeiramente superior e a maturação um pouco mais precoce que a do Catuaí, tendo as plantas, ainda, uma copa mais aberta. Pode ser indicado tanto para plantios largos como adensados, aí sobressaindo mais a vantagem da resistência à ferrugem.

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Café robusta Conillon - Os cafeeiros Conilon apresentam plantas de porte bem alto, atingindo 4-5 metros, com elevado número de hastes por planta (multicaule). As folhas são menores, afiladas, de cor verde mais claro, ramos laterais mais finos e curtos (internódios curtos), com maior tolerância à seca. Apresentam alto vigor e adaptação a condições de regiões quentes e suportam déficit hídrico mais elevado devido ao seu sistema radicular mais volumoso e profundo, o que lhes confere, ainda, menor exigência em fertilidade. A resistência à ferrugem varia bastante, existindo plantas muito atacadas, outras com poucas pústulas e, ainda, plantas imunes. A resistência é do tipo horizontal. A combinação dessa tolerância com as condições de clima quente reduz o prejuízo pela ferrugem, que tem sido problemática apenas nos anos mais chuvosos no inverno, em lavouras mais adensadas e talhões sombreados. Apresentam boa produtividade, com melhor uniformidade entre as plantas nas lavouras formadas através da clonagem, ou com mudas de estacas. As plantas comuns, por semente, apresentam grande variabilidade entre as plantas, devido à fecundação cruzada. As rosetas comportam, quase sempre, mais de 20 frutos, cuja cor é variável de vermelho claro a escuro, podendo ser arredondados até compridos (acanoados). Poucas plantas apresentam frutos amarelos. A maturação é desuniforme entre plantas, que podem ser precoces, médias ou tardias, mas a variação de maturação dos frutos na mesma planta é pequena. A maturação é mais tardia em relação ao café arábica. É resistente ao bicho mineiro, mas em anos mais recentes tem aparecido algum ataque em plantas mais jovens, parecendo estar havendo certa adaptação da praga. È, também, resistente ao Meloidogyne exigua e possui plantas tolerantes a M. incognita, embora este nematóide não tenha se apresentado como problema na região de cultivo. È, no entanto, mais problemático em relação à infestação por broca e por ácaros, sendo infectado, ainda, pela mancha manteigosa, doença causada por Colletotrichum spp que somente ataca as plantas susceptíveis. Os frutos são retidos mais fortemente aos ramos, não caindo ao chão, dispensando práticas de arruação e esparramação.

Cultivares recomendadas

Café Arábica Dentre as variedades comerciais de café arábica disponíveis (Catuaí e Mundo Novo), a Catuaí tem sido a preferida, ocupando a grande maioria da área plantada (83,0%) no estado. Segundo Matiello et al.(1994) e Matiello e Siqueira (1999), experimentos realizados nas regiões produtoras e as observações de comportamento no campo no Estado do Rio de Janeiro permitem recomendação das seguintes linhagens:

Tabela 5 -Variedades e linhagens de café arábica recomendadas para o Estado do Rio de Janeiro.

H-2077-2-5-99 H-2077-2-5-144 H-2077-2-5-81 Catuaí Vermelho

H-2077-2-5-44 H-2077-2-5-39 H-2077-2-5-86 H-2077-2-5-62 Catuaí Amarelo

H-2077-2-5-74 Acaiá - LCMP 474-19 Acaiá - LCMP 474-4

LCP - 376-4 (espaçamentos abertos) CP - 464-12

Mundo Novo

CP - 464-4

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Café robusta A variedade de café robusta indicada é a conilon (Matiello e Siqueira, 1999). A seguir são relacionadas suas principais características e reação a doenças, assim como as épocas de ataque das principais doenças em condição de campo.

Tabela 6 - Principais doenças do cafeeiro.

Ocorrência Nome da doença e patógeno

Doenças do viveiro

Tombamento de mudas ou Rizoctoniose - Rhizoctonia solani Podridão radicular - Fusarium spp. Cercosporiose - Cercorpora coffeicola Mancha de Phoma - Phoma sp Mancha aureolada - Pseudomonas garçae Nematóide das galhas - Meloidogyne exígua Mancha de Ascochyta - Ascochyta coffeae

Doenças do campo

Ferrugem do cafeeiro - Hemileia Vastatrix Rizoctoniose - Rhizoctonia Solani Cercosporiose - Cercorpora Coffeicola Mancha de Phoma - Phoma sp Nematóide das Galhas - Meloidogyne exígua, M. incognita e M. coffeicola Mancha de ascochyta - Ascochyta coffeae Mal dos quatro anos - Rosellinea Bunodes Seca dos ponteiros - complexo de agentes casuais Colletotrichum spp., Phoma sp., etc. Mancha anular - vírus da Mancha Anular Amarelinho do cafeeiro - Xylella Fastidiosa

Tabela 7 - Épocas de ataque das principais doenças do cafeeiro em condições de campo.

FASES FENOLÓGICAS

Florescimento Formação dos frutos Maturação e colheita DOENÇAS

ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul

Ferrugem

Phoma

Cercosporiose

Mancha de Ascochyta

Mancha Aureolada

Seca dos Ponteiros

Nematóide das Galhas

Mal dos 4 anos

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Tabela 8 - Principais características e reação a doenças dos materiais de café robusta recomendados para o Estado do Rio de Janeiro.

Características EMCAPA 8111

EMCAPA 8121

EMCAPA 8131

EMCAPA 8141

EMCAPA 8151

Número de clones - - - 10 53

Maturação dos frutos Precoce (até maio)

Intermediária (junho)

Tardia (julho/agosto) maio/junho maio/junho

Arquitetura da planta - - - Adequada adensamento

Adequada adensamento

Tamanho do fruto Peneira média 14

Peneira média 15

Peneira média 14

Peneira média > 15

Peneira média 15

Base genética - - - - Ampla

Rusticidade - - - Alta Alta

Produtividade máxima - - - 112,5 sc/ha 113,2 sc/ha

Produt. média (c/irrig) - - - - 79,4 sc/ha

Produt. média (s/irrig) - - - 54,0 sc/ha 39,5 sc/ha

Produtividade média 58,0 sc/ha 60,0 sc/ha 60,0 sc/ha 54,0 sc/ha 50,3 sc/ha