Texto principal- Conjunto de estados, ações ou acontecimentos vividos pelas personagens e expressos nas suas réplicas- Desenvolvimento em diálogo, monólogo (quando expressa reflexões da personagem) ou apartes (interação entre a personagem e o leitor/ espectador)
Texto secundário- configurado nas didascálicas (marcadas por parênteses e tipo de letra diferente da do texto principal)- Correspondente às indicações cénicas (conjunto de informações que o dramaturgo fornece e que complementam o texto principal)- Informações relacionada com a identificação dos interlocutores, a sua indumentária, o modo como devem proferir o discurso, os gestos e tom de voz a adotar, a movimentação, as referências espácio-temporais…
O Texto Dramático ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
Principais características doPrincipais características doTEXTO DRAMÁTICOTEXTO DRAMÁTICO
* O autor textual encontra-se oculto, exceto nas didascálias. * As personagens comunicam entre si e com o recetor do texto. * Pretende-se representar a totalidade da vida através do confronto dramático. * A dinâmica textual é provocada pelo conflito; o espaço e o tempo são relativamente condensados; as personagens supérfluas desaparecem, tal como os episódios secundários.
* As situações vividas pelas personagens conduzem a uma caracterização psicológica, sociocultural e ética ou ideológica. * O espectador tem uma intervenção ativa (o texto é feito para ser representado). * O texto apresenta-se como presente. * Existem dramas de ação, de personagem e de espaço.
EXPOSIÇÃO – apresentação das personagens e referência àquilo que constituirá o conflito.
CONFLITO – exposição gradual até atingir o clímax (momento de maior tensão dramática).
DESENLACE – desfecho, final do conflito.
ESTRUTURA DO MODO DRAMÁTICO:
Frei Luís de SousaAlmeida Garrett[1ª ed.] Lisboa, Imprensa Nacional, 1844236 p.
Inclui, além de breve introdução: "[Memória] Ao Conservatório Real". - Exemplar da edição incluída nas "Obras de J. B. de A. Garrett: V (terceiro do teatro)", quase simultânea com outra edição do Teatro do Pinheiro, no mesmo ano.
« Drama histórico ou político para uns , tragédia existencial ou psicanalítica para outros, o Frei Luís de Sousa poderá
ser ainda o drama da absurda esperança sebastianista ou a sua explícita negação, clássica pelo seu despojamento
e pela sua inevitabilidade, romântico pela sua sensibilidade, moderno pela intersecção dialética dos
vários planos sobre os quais se constrói, atual, atualíssimo, de hoje, pela sua defesa exaltada da
independência nacional e dos valores democráticos... »
Luís Francisco Rebelo
• Drama em três atos de Almeida Garret baseado livremente na vida de Manuel de Sousa Coutinho, que na vida eclesiástica assumiu o nome de Frei Luís de Sousa.
• É considerada a obra-prima do teatro português.• Frei Luís de Sousa foi escrito entre Março e Abril de 1843 e a sua leitura pública
ocorreria a 6 de Maio desse mesmo ano, perante um público culto e selecionado (entre os quais Herculano).
• Foi representado pela primeira vez em 4 de Julho de 1843, num teatro particular (o da Quinta do Pinheiro, a Sete Rios, pertença de Duarte de Sá), e por amadores da melhor sociedade (o próprio autor desempenhou o papel de Telmo).
• A peça só teve a sua estreia pública em 1847, no Teatro do Salitre, em versão censurada pelo regime cabralista.
• O êxito da peça foi notável e, apesar da proibição, na época, de a representar, sob pretextos políticos (só voltaria a ser representada na íntegra, em 1850, no Teatro Nacional), esta faz parte do repertório do Teatro Nacional e foi traduzida em várias línguas.
• Foi publicado em 1844 com notas do autor.
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