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INTRODUÇÃO À HISTÓRIA - EXERCÍCIOS

1) (UFPE-PE-mod) A História é uma das áreas do conhecimento mais

polêmicas. Pode-se atribuir este caráter à História, porque, em sentido

genérico, todos somos historiadores e, por outro lado, porque o

conhecimento histórico é passível das mais diferentes interpretações.

( ) A História, apesar de ser alvo de muitas polêmicas, estabelece verdades

comprovadas, que têm como base os documentos. Por essa razão, é correto

admitir, como fazem todos os autores, que a história da humanidade só se

inicia com o uso da escrita

( ) A História é um saber mutável. Podemos comprovar que aquilo que

aprendemos, muitas vezes, não são verdades inquestionáveis através dos

séculos.

( ) Todos aqueles que defendem a História como um conhecimento passível

de muitas interpretações, contribuem para fortalecer a idéia de que a História é

um conhecimento certo e verdadeiro, construído a partir de documentos que

não deixam margem a dúvidas.

( ) O bombardeio atômico sobre as cidades japonesas em 1945, por exemplo,

embora seja um fato inegável para alguns historiadores, pode ser considerado

para alguns como um genocídio injustificável; já para outros, foi um ato

necessário para evitar o prolongamento da Segunda Guerra, o que revela o

caráter interpretativo da História.

2) (UnB-DF – mod) Pode-se dizer em relação à História que:

a) hoje, ela está voltada preferencialmente para o estudo dos grandes fatos

políticos, com destaque para a biografia dos governantes e heróis.

b) tendo em vista sua atual opção por compreender globalmente a sociedade, a

História não mais se preocupa com a investigação dos eventos.

c) a História acredita que há um pensamento único e eficaz para resolver os

problemas do presente através do estudo do passado.

d) o estudo das fontes e a crítica dos documentos são partes fundamentais do

processo de produção historiográfica.

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3) (Uece-CE) O racismo sempre esteve presente na nossa história e

diversas são as interpretações a seu respeito, como fica constatado nos

seguintes depoimentos:

“A luta contra o racismo não se dá glorificando a figura de Zumbi nos livros

escolares, mas ensinando que os brancos são negros e os negros são

brancos”. (Diogo Mainardi. “Fora Zumbi”. In: Veja, 7/5/2003, p. 128).

“Elas [raças] são uma categoria de exclusão e dominação que traz problemas

na realidade. Mesmo que não existam biologicamente, elas criam vítimas”, diz

o antropólogo Kabengele Munanga, também da USP”. (Superinteressante.

Edição 167, abril de 2003, p. 46).

Partindo dos dois comentários apresentados, analise o conteúdo das seguintes

alternativas:

I – A opinião de Mainardi é uma contestação ao racismo no Brasil.

II – O comentário de Munanga constitui uma versão positivista da história.

III – Ambas as interpretações são posições radicais acerca do conceito de raça.

Marque a opção verdadeira:

a) I e II são certas.

b) todas são erradas.

c) III está certa.

d) I e III são erradas.

4) (UnB-DF) O que distingue o historiador dos outros cientistas sociais é

sua preocupação primordial com o tempo, com a duração, com a

mudança e cós as resistências à mudança, com as transformações e as

permanências ou sobrevivências. Se a documentação adequada existir e

estiver disponível, não há aspecto algum do presente que esteja fechado

à pesquisa científica do tipo histórico. (Ciro Flamarion S. Cardoso. Uma

introdução à História. 2ª ed., São Paulo: Brasiliense, 1982, p. 107 – com

adaptações).

A partir do texto anterior, julgue os itens seguintes, referentes ao estudo

da História.

I – Se, como afirma o autor, o tempo é a categoria que singulariza o campo de

trabalho do historiador, não há como pretender a interdisciplinaridade entre

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História e as demais ciências sociais, já que são rígidas as fronteiras que as

separam.

II – Infere-se do texto que seu autor elimina a possibilidade de haver uma

História do tempo presente, quer pela indisponibilidade de fontes para a

pesquisa, quer pela elevada subjetividade de que estaria impregnado o

trabalho do historiador.

III – Do ponto de vista do autor, a História é o conjunto de fatos significativos do

passado, sustentadores da marcha linear de progresso que caracteriza a

trajetória das sociedades ao longo dos séculos.

IV – Ao falar em “mudança” e em “transformações” na História, o autor poderia

apoiar-se, por exemplo, em significativos momentos da evolução do Ocidente:

da mesma forma que, na Antiguidade, Roma foi uma ruptura em relação à

Grécia, a Idade Média européia correspondeu ao rompimento definitivo com o

passado clássico humano, a partir da valorização do inconsciente.

5) (Uece-CE) O principal meio de acesso ao passado é o documento, com

o qual o historiador se relaciona conforme suas opções teóricas e suas

hipóteses de trabalho. Assinale a alternativa que expressa corretamente

esse relacionamento.

a) A História nunca será uma ciência útil para os homens, pois os documentos

não expressam senão uma pequena parcela do passado, permanecendo o

resto desconhecido.

b) Para o historiador positivista, o documento considerado autêntico é a

expressão da verdade histórica, e, por isso, ele privilegia as fontes oficiais e

escritas.

c) Para os historiadores materialistas, os documentos privilegiados são aqueles

que provêm da cultura, das artes e da imaginação.

d) o conhecimento da História é definitivo quando os documentos são

comprovadamente autênticos, fato aceito por todos os historiadores.

6) (Osec) “Se o conhecimento da História nos apresenta uma importância

prática, é porque nela aprendemos a conhecer os homens que, em

condições diferentes e com meios diferentes, no mais das vezes

inaplicáveis à nossa época, lutaram por valores e ideais, análogos,

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idênticos ou opostos aos que possuímos hoje; o que nos dá consciência

de fazer parte dum todo que nos transcende, a que no presente damos o

nome de continuidade, e que os homens vindos depois de nós

continuarão no porvir. A consciência histórica existe apenas para uma

atitude que ultrapassa o eu individualista, ela é precisamente um dos

principais meios para realizar essa superação” (Lucien Goldman)

De acordo com o texto, podemos afirmar que:

a) A História é importante porque fornece à atualidade os meios de resolver

seus problemas.

b) o estudo da História mostra sua universalidade e a identidade dos valores e

ideais humanos.

c) tem consciência o homem que conhece os fatos históricos de sua época.

d) a consciência histórica existe à medida que o homem é capaz de se

reconhecer no processo histórico.

e) a importância prática da História se relaciona com o estudo e o

conhecimento do presente.

7) (UFU-MG) “Todo sistema cultural tem a sua própria lógica e não passa

de um ato primário de etnocentrismo tentar transferir a lógica de um

sistema para outro”. (Laraia, Roque. Cultura, um conceito antropológico,

8ª ed., Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1993).

Considerando o texto acima, marque a alternativa correta acerca das

afirmações abaixo.

I – As sociedades tribais são tão eficientes para produzir cultura quanto

qualquer outra, mesmo quando não possuem certos recursos culturais

presentes em outras culturas.

II – As sociedades selvagens são capazes de produzir cultura, mas estão mal

adaptadas ao meio ambiente e, por isso, algumas nem sequer possuem o

Estado.

III – As chamadas sociedades indígenas são dotadas de recursos materiais e

simbólicos eficientes para produzir cultura como qualquer outra, faltando-lhes

apenas uma linguagem própria.

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IV – As chamadas sociedades primitivas conseguiram produzir cultura

plenamente, ao longo do processo evolutivo, quando instituíram o Estado e as

instituições escolares.

a) I e II estão corretas.

b) Apenas I está correta.

c) I e III estão corretas.

d) I e IV estão corretas.

8) (UnB-DF) A História, um dos ramos nobres das ciências sociais,

padece das inseguranças e incertezas que caracterizam a própria

condição humana, objeto por excelência da investigação histórica.

Moderam-se os riscos extremos da parcialidade e da intervenção

subjetiva do historiador graças aos métodos de pesquisa, cada vez mais

rigorosos e sustentados na ampliação das fontes. Os documentos

exercem um grande fascínio sobre o historiador ao convida-lo à reflexão

crítica e profissional dos vestígios que permitem reconstruir uma

explicação acerca de fenômenos e processos ocorridos no passado

recente ou remoto. Quanto ao papel das fontes, dos documentos e dos

arquivos para a pesquisa histórica, julgue os itens que seguem:

1) Os documentos, imprescindíveis ao labor historiográfico, contêm a História

em si, tornando desnecessária a tarefa de construção de perguntas, hipóteses

e explicações.

2) No Brasil, a ausência de cuidado com vários arquivos, muitos deles

impossibilitados de oferecer condições de trabalho para o pesquisador, expõe a

falta de ênfase à formação da memória nacional.

3) As fontes para a pesquisa histórica ampliam-se à medida que as sociedades

contemporâneas inventam meios para registrar suas memórias, criando novas

formas de consolidar fatos e processos que serão objeto de investigação para

o historiador do futuro.

4) Articulado com os métodos e as mais variadas técnicas e aproveitando-se

do avanço tecnológico que permite a adoção de novas estratégias de acesso à

informação, inclusive a eletrônica, o historiador não é mais aquele que apenas

trabalha com documentos e monumentos.

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9) (Unicamp-SP-mod) Os 450 anos compreendidos entre a chegada de

Vasco da Gama, em 1498, e a retirada das forças britânicas da Índia, em

1947, constituem um verdadeiro período histórico. (adaptado de K. M.

Pannikar, A dominação Ocidental na Ásia, São Paulo, Paz e Terra, 1977, p.

19).

a) Defina, a partir do enunciado acima, o que é um período histórico.

b) Cite dois suportes documentais históricos que podem ser utilizados para

analisar o período histórico mencionado.

10) Se é, como se diz comumente, pelo estudo do passado que se pode

compreender o presente, utilize seu conhecimento de História para

comentar criticamente:

a) a manchete da capa de um jornal de sua cidade.

b) a manchete da capa de uma revista de circulação nacional datada desta

semana.

11) A escrita teria sido inventada de forma independente em três regiões;

surge pela primeira vez, entre os sumérios, por volta de 3.200 a.C. na

Mesopotâmia; em torno de 1.500 a.C., há o surgimento da escrita na

China; e perto de 300 a.C. na Mesoamérica. A escrita não surge, de

repente, do nada. Ela é o resultado do conhecimento acumulado ao longo

de milhares de anos pelas sociedades sendo exercitada através de

desenhos e sinais gravados ou pintados nas pedras. Esses símbolos,

porém, ainda não se constituíam em um sistema de escrita. Com a escrita

começaria a História.

Baseando-se na última frase do escrito acima e nos seus conhecimentos,

faça uma crítica ao autor do texto.

12) (Unicamp-SP) O historiador Jacques Le Goff assim descreve um Atlas

de 1574:

“Em posição proeminente vemos a Europa. Está retratada com vestes de

soberana, coroa e cetro, e segura um globo imperial. À esquerda, uma princesa

oriental ornada de jóias personifica a Ásia das especiarias; em frente, do outro

lado, a África tem um aspecto de uma negra pobremente vestida. A América

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reconhece-se na mulher impudicamente nua, com a cabeça de um homem na

mão, a indicar que se alimenta de carne humana, na ignorância de qualquer

forma de organização civil e política. Ao lado está uma cabeça feminina que se

ergue sobre um pedestal, a Oceania, justamente privada de corpo porque o

continente australiano era, então, quase completamente ‘terra incógnita’”.

Interprete, do ponto de vista da cultura européia, as imagens dos continentes

que compõem esse Atlas.

13) (Enem-MEC) Os quatro calendários apresentados a seguir mostram a

variedade na contagem do tempo em diversas localidades.

Com base nas informações apresentadas, pode-se afirmar que:

a) o final do milênio, 1999/2000, é um fator comum às diferentes culturas e

tradições.

b) embora o calendário cristão seja hoje adotado em âmbito internacional, cada

cultura registra seus eventos marcantes em calendários próprios.

c) o calendário cristão foi adotado universalmente porque, sendo solar, é mais

preciso que os demais.

d) a religião não foi determinante na definição dos calendários.

e) o calendário cristão tornou-se determinante por sua antiguidade.

14) O que é contexto histórico? Por que os acontecimentos devem ser

pensados levando-se em conta o contexto em que ocorreram? Explique

por que, ao ler um texto que narra um acontecimento histórico, é

necessário levar em consideração o contexto em que ele foi escrito.

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15) Analisando a forma de pensar dos colonizadores europeus, o

historiador Henri Brunchwig escreveu que a teoria da colonização

moderna na África repousava na “ignorância total das estruturas sociais e

mentais dos aborígenes, cuja colaboração era tida como certa, na

ingênua convicção de que a única civilização era a do Ocidente, e que as

‘raças inferiores’ não podiam senão aspirar a elevar-se para gozar de

seus benefícios”. (BRUNSCHWIG, Henri. A partilha da África negra. São

Paulo: Perspectiva, 1993. p. 23).

Relacione o pensamento dos colonizadores relatado no texto acima com

a história que a Europa criou a respeito da África.

16) Leia o texto a seguir,que aborda o cotidiano da população em um

pequeno povoado gaúcho, n século XIX, para responder às questões

abaixo.

“Numa das cruzes [do cemitério] havia um nome e uma pequena inscrição:

ANA TERRA

Descansa em Paz.

Não havia datas. Esse era uma característica das gentes daquele lugar:

ninguém sabia muito bem do tempo. Os únicos calendários que existiam no

povoado eram o da casa dos Amarais e o do vigário, o padre Lara. Os outros

moradores de Santa Fé continuavam a marcar a passagem do ano pelas fases

da Lua e pelas estações. E, quando queriam lembrar-se de um fato, raros

mencionavam o ano ou o mês em que ele tinha se passado.,mas ligavam-no a

um acontecimento marcante na vida da comunidade. Diziam, por exemplo, que

tal coisa tinha acontecido antes ou depois da praga de gafanhotos, dum

inverno especialmente rigoroso que fizera gelar a água das lagoas, ou então de

uma peste qualquer que atacara o trigo, o gado ou as pessoas”. (VERÍSSIMO,

Érico. Um certo capitão Rodrigo. 2ª ed. São Paulo: Globo, 1987).

a) Quais formas de marcar a passagem do tempo a população de Santa Fé

usava?

b) Identifique semelhanças entre o modo de a população de Santa Fé marcar o

tempo e a maneira utilizada, ainda hoje, por alguns povos indígenas.

c) Por que o vigário, Padre Lara, usava um calendário expresso?

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17. (FGV) Leia com atenção as proposições abaixo:

I. A história de qualquer sociedade até aos nossos dias foi apenas a história da

luta de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo,

mestre e companheiro, numa palavra opressores e oprimidos em oposição

constante, desenvolveram uma guerra que acabava sempre ou por uma

transformação revolucionária da sociedade inteira, ou pela destruição das duas

classes em luta.

II. Se me pedissem para responder à pergunta - 'O que é a escravidão?' e eu

respondesse numa só palavra: 'Assassinato!', todos entenderiam

imediatamente o significado da minha resposta. Não seria necessário utilizar

nenhum outro argumento para demonstrar que o poder de roubar um homem

de suas idéias, de sua vontade e sua personalidade é um poder de vida ou

morte e que escravizar um homem é o mesmo que matá-lo. Por que, então,

não posso responder da mesma forma a essa outra pergunta: 'O que é a

propriedade?' com uma palavra só: 'Roubo'.

Assinale a alternativa correta:

a) A primeira proposição reproduz um trecho de uma das mais importantes

obras do filósofo alemão Karl Marx, que serviu de base para a ideologia liberal

desenvolvida no século XIX.

b) A segunda proposição refere-se ao manifesto cristão proposto por bispos da

Igreja, indignados com a miséria que assolava as classes trabalhadoras

européias no século XIX.

c) A ‘luta de classes' é um dos principais aspectos da doutrina marxista e a

definição da ‘propriedade como um roubo' tornou-se um dos principais lemas

do anarquismo desde o século XIX.

d)  A segunda proposição é de Joseph Proudhon, teórico liberal francês,

indignado com a escravidão ainda praticada em determinados continentes no

século XIX.

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e)  A segunda proposição refere-se à região da Palestina na perspectiva

sionista, desenvolvida na Europa ao final do século XIX.

18. (ENEM) Michel Eyquem de Montaigne (1533-1592) compara, nos

trechos, as guerras das sociedades Tupinambá com as chamadas

‘guerras de religião' dos franceses que, na segunda metade do século

XVI, opunham católicos e protestantes.

(...) não vejo nada de bárbaro ou selvagem no que dizem daqueles povos; e,

na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra.

(...) Não me parece excessivo julgar bárbaros tais atos de crueldade [o

canibalismo], mas que o fato de condenar tais defeitos não nos leve à cegueira

acerca dos nossos. Estimo que é mais bárbaro comer um homem vivo do que o

comer depois de morto; e é pior esquartejar um homem entre suplícios e

tormentos e o queimar aos poucos, ou entregá-lo a cães e porcos, a pretexto

de devoção e fé, como não somente o lemos mas vimos ocorrer entre vizinhos

nossos conterrâneos; e isso em verdade é bem mais grave do que assar e

comer um homem previamente executado. (...) Podemos portanto qualificar

esses povos como bárbaros em dando apenas ouvidos à inteligência, mas

nunca se compararmos a nós mesmos, que os excedemos em toda sorte de

barbaridades.

MONTAIGNE, Michel Eyquem de, Ensaios, São Paulo: Nova Cultural, 1984.

De acordo com o texto, pode-se afirmar que, para Montaigne,

a)  A idéia de relativismo cultural baseia-se na hipótese da origem única do

gênero humano e da sua religião.

b) A diferença de costumes não constitui um critério válido para julgar as

diferentes sociedades.

c) os indígenas são mais bárbaros do que os europeus, pois não conhecem a

virtude cristã da piedade.

d) A barbárie é um comportamento social que pressupõe a ausência de uma

cultura civilizada e racional.

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e)  A ingenuidade dos indígenas equivale à racionalidade dos europeus, o que

explica que os seus costumes são similares.

19. (UFC) Analise o texto a seguir.

E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de

histórias é justamente o contrário do historiador, não sendo um historiador,

afinal de contas, mais do que um contador de histórias. (...)

ASSIS, Machado de apud CHALHOUB, S. e PEREIRA, L.A. de M.

(Org) A História Contada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998, p.67.

Ante as novas tendências interpretativas da História, há uma diferença entre o

contador de histórias e o historiador, de acordo com a qual é correto afirmar

que:

a) A literatura torna-se inexpressiva ao historiador, que se fundamenta nos

documentos manuscritos e impressos.

b) O contador de história recorre à ficção e o historiador envolve-se com o real,

de acordo com a sua interpretação e as práticas sociais consideradas.

c) A interpretação do historiador, apesar de valorizar a diversidade de

informações, deve limitar-se à do contador de histórias.

d)  A história do cotidiano passou a ser depreciada pelos profissionais da

História por menosprezar a análise social.

e) A autenticidade dos fatos históricos exclui a força da subjetividade, presente

na reconstrução do passado.

20. (UFPI) Leia, com atenção, o depoimento do General Bandeira a

respeito da participação dos militares na política brasileira:

No movimento de 64, a ideologia política foi puramente a de preservar o regime

democrático. Essa foi a grande mola que conduziu o movimento.

D'Araújo, Maria Celina et al. Visões do Golpe:

a memória militar sobre 1964. Rio de Janeiro:

Relume-Dumará, 1994, p. 225.

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Considerando a tendência interpretativa da História, na atualidade, é correto

afirmar que:

a) A real compreensão da situação política nacional fundamenta-se na

objetividade do conhecimento histórico, isento de intencionalidade política.

b) A interpretação do referido militar é inaceitável, pois no estudo da História

torna-se imprescindível um maior distanciamento cronológico entre o depoente

e a realidade estudada.

c) A renovação metodológica, decorrente da valorização da História oral no

Brasil, propiciou um novo entendimento a respeito da visão democrática dos

militares.

d) A marca da objetividade, nos estudos históricos, comprova a validade da

opinião apresentada, evitando uma versão partidária da História.

e) O testemunho apresentado, mesmo considerando a realidade política

brasileira, vivida a partir de 1964, comprova a presença da subjetividade na

interpretação histórica.

21. (FUVEST) Se é, como se diz comumente, pelo estudo do passado que

se pode compreender o presente, utilize seu conhecimento de História

para comentar criticamente:

a) A manchete de capa da revista Época/Globo, em outubro de 2001: A

Globalização do Medo. Viver ficou perigoso.

b) O ataque terrorista ao Pentágono e ao W.T.C., em 11 de setembro do

mesmo ano.

22. (UERJ)

Eu era garotão ainda quando a Força Expedicionária Brasileira chegou à

Itália. Passaram na minha cidade, porque foram de Salerno para Siena.

Fazia parte do batalhão um cidadão italiano, que veio para cá pequenino e

depois se naturalizou. O pai deste soldado tinha deixado uma filha

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pequena na Itália com um irmão que não conseguia ter filho nenhum.

Então o rapaz sabia que tinha uma irmã em Paola, que ele não conhecia e

que era criada por um tio. Pediu consentimento para os oficiais e chegou

em Paola, chegou lá para conhecer a irmã. Não sabia nem falar italiano,

só falava português. Ninguém entendia nada. Aí procuraram o meu pai,

que falava bem o português e meu pai serviu de intérprete para ele poder

conhecer a irmã.

Depoimento de Vicenzo Figlino

In: GOMES,A. C. (org.). Histórias de família entre a Itália e o Brasil.

Niterói: Muiraquitã, 1999.

Uma das formas que o historiador utiliza para estudar uma época é

recolher depoimentos de pessoas que viveram experiências no passado.

O depoimento acima pode estar identificado por um tipo de memória

ligado a um contexto histórico.

A alternativa que apresenta, respectivamente, a qualificação para este

tipo de memória e uma referência histórica relacionada ao depoimento, é:

a) Social - imigração italiana.

b) Oficial - Segunda Guerra Mundial.

c) Oficial - Força Expedicionária Brasileira.

d) Social - construção da cidadania italiana.

23. (UECE) Por muito tempo, os historiadores acreditam que deveriam e

poderiam reproduzir os fatos ‘tal como haviam ocorrido'. Dentre as

características do conhecimento histórico que assim produziam,

podemos assinalar corretamente:

a) Ao privilegiarem a realidade dos fatos, os historiadores esperavam produzir

um conhecimento científico, que analisasse os processos e seus significados.

b) Era uma história linear, cronológica, de nomes, fatos e datas, que pretendia

uma verdade absoluta, expressão da neutralidade do historiador.

c) Como se percebeu ser impossível chegar à verdadeira face do que

‘realmente aconteceu', todo o conhecimento histórico ficou marcado pelo

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relativismo total.

d) Os fatos privilegiados seriam aqueles poucos que eram amplamente

documentados, como as festas populares e a cultura das pessoas comuns.

24. O que são fontes históricas?

25. Se você fosse um historiador, que tema gostaria de escrever? Que

tipos de fontes usaria?

26. Explique o que são os mitos.

27. Cite três tipos de fontes históricas.

28. O tempo pode ser visto de diversas formas. Como tradicionalmente a

História é dividida?

29. Qual a principal diferença entre Literatura e História?

30. Quantos anos têm uma década, um milênio e um século?

31. Identifique a que séculos correspondem os seguintes anos:

1789 403

2007 1889

613 1990

1645 1554

765 1492

32. Responda quando começa e quando termina os seguintes séculos:

XV

VII

II

XII

XXI

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33. Este poema retrata o modo de viver dos camponeses na Inglaterra por

volta de 1739:

“...quando regressamos a casa, bolas! Vemos que o nosso trabalho mal

começou:

Com tantas coisas a nossa espera, tivéssemos dez mãos, que todas seriam

utilizadas.

Postas as crianças na cama, preparamos tudo para estar pronto quando os

homens chegarem;

Eles comem, e vão pra cama sem demora. E descansam calmamente ate o

dia seguinte;

Mas nós, pobrezinhas, podemos dormir muito pouco, com o choro das

crianças e suas birras...

Temos a nossa parte em todas as tarefas. O nosso trabalho e labuta de todos

os dias é tão intensa, que nem temos tempo para sonhar.”

Autor desconhecido, in THOMPSON, E.P. O tempo, a disciplina do trabalho

e o capitalismo industrial. Porto Alegre: artes médicas, 1991.

- Agora responda: de acordo com o poema, como as mulheres e os homens

organizavam seu tempo na Inglaterra em 1739? E nos dias atuais, como sua

família organiza o tempo?

34.Leia atentamente o questionamento de um trabalhador:

“...Quem construiu a Tebas das sete portas?

Nos livros só contam o nome dos reis.

Os reis arrastam blocos de pedra?

E a Babilônia, tantas vezes destruída,

Quem a ergueu tantas vezes?...”

Perguntas de um trabalhador diante de um livro de História. Poema de Bertold

Brecht

Vocabulário:

Tebas – cidade do Egito onde foram construídas muralhas com sete portas para

proteger a cidade.

Babilônia – cidade da Mesopotâmia destruída várias vezes pelas guerras.

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- Relacionando-o com a disciplina de História, qual é a mensagem central do

texto? Explique.

35.Quando estudamos a história de um povo utilizamos técnicas e métodos

que são próprios da ciência “história”. Muitos conceitos, idéias e valores

estão interligados na construção desta ciência. Leia as afirmativas abaixo

relacionadas a teoria de história e classifique-as em verdadeiras,

marcando V, e falsas, marcando F.

a) ( ) A História serve para prever o futuro, adivinhando o que vai acontecer

amanhã.

b) ( ) Para estudar História, utilizamos fontes históricas que possam nos dar

informações sobre o passado.

c) ( ) O estudo do passado é muito importante para podermos explicar o presente.

d) ( ) A História pode descobrir tudo sozinha, sem a ajuda de outras disciplinas,

como a Geografia e a Matemática.

e) ( ) Podemos ter certeza que vamos encontrar sempre a resposta para todas as

nossas perguntas quando estudamos História.

f) ( ) As pessoas simples e humildes não fazem parte da História. Somente os ricos

e poderosos possuem História.

g) ( ) A História estuda as modificações das sociedades ao longo do tempo.

h) ( ) A História registra as experiências das pessoas e suas estratégias de

sobrevivência.

36. Leia os trechos abaixo, desenvolva seus argumentos e responda a questão a seguir.

CriacionismoNo princípio, Deus criou os céus e a terra. A terra estava sem forma e vazia (...)Deus disse: “Faça-se a luz!” E a luz foi feita. Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas (...)Deus disse: “Faça-se o firmamento entre as águas e separe ele uma das outras”. E deus fez o firmamento e separou das águas (...)Deus disse: “Que as águas que estão debaixo dos céus se ajuntem num mesmo lugar e apareça o elemento árido” (...)Deus disse: “Produza na terra plantas, ervas que contenham sementes e árvores frutíferas que dêem fruto”Deus disse: “Pululem as águas de uma multidão de seres vivos e voem aves sobre a terra”(...)Deus disse: “Produza a terra seres vivos segundo sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selvagens” (...)

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Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra” (...)Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.

Fonte: Gênesis 1:1 - Bíblia

EvolucionismoA teoria evolucionista é fruto de um conjunto de pesquisas, ainda em desenvolvimento, iniciadas pelo legado deixado pelo cientista inglês Charles Robert Darwin. Em suas pesquisas, ocorridas no século XIX, Darwin procurou estabelecer um estudo comparativo entre espécies aparentadas que viviam em diferentes regiões. Além disso, ele percebeu a existência de semelhanças entre os animais vivos e em extinção.

A partir daí, ele concluiu que as características biológicas dos seres vivos passam por um processo dinâmico onde, fatores de ordem natural, seriam responsáveis por modificar os organismos vivos. Ao mesmo tempo, ele levantou a idéia de que os organismos vivos estão em constante concorrência e, a partir dela, somente os seres melhores preparados às condições ambientais impostas poderiam sobreviver.Segundo essa teoria, os seres humanos da atualidade (homo sapiens sapiens) são resultado de um processo de evolução iniciado a cerca de 5 milhões de anos atrás.

Fonte: http://www.brasilescola.com/historiag/evolucionismo.htm

- Como surgiram os seres humanos?

37 . A relação entre os fatos e as estruturas não apresenta uma das

características abaixo:

a) Os fatos são uma manifestação exterior das estruturas.

b) A partir dos fatos, somos capazes de penetrar nas estruturas.

c) Somente compreendemos a História quando captamos a estrutura dos

sistemas.

d) A partir da compreensão da estrutura, temos uma perfeita inteligibilidade dos

fatos.

e) É a compreensão dos fatos que nos dá a real compreensão do processo

histórico.

 

38. Quando um historiador se debruça sobre a História, qual o conceito

que se torna fundamental para compreender os momentos vitais do

processo histórico?

       a) Sistema

      b) Estrutura

      c) Subsistema

      d) Transição

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      e) Processo

 

39. (UnB) Pode-se dizer em relação à História que:

(0) Hoje, ela está voltada preferencialmente para o estudo dos grandes fatos

políticos, com destaque para a biografia dos governantes.

(1) Tendo em vista sua atual opção por compreender globalmente a sociedade,

a História não mais se preocupa com a investigação dos eventos.

(2) Ao contrário do que ocorreu no século passado, hoje a História busca um

caminho próprio, desvinculado das demais ciências sociais.

(3) A chamada História Nova recusa-se a admitir a História como ciência do

passado e a "reduzir o presente a um passado incoativo.

(4) O estudo das fontes e a crítica dos documentos são partes fundamentais do

processo de produção historiográfica.

 

 40. (OSEC) 

      "Se o conhecimento da História nos apresenta uma importância

prática, é porque nela aprendemos conhecer os homens que, em

condições diferentes e com meios diferentes, no mais das vezes

inaplicáveis à nossa época, lutaram por valores e ideais análogos,

idênticos ou opostos aos que possuímos hoje; o que nos dá consciência

de fazer parte de um todo que nos transcende, a que no presente damos

continuidade e que os homens vindos depois de nós continuarão no

porvir.

      A consciência histórica existe apenas para uma atitude que ultrapassa

o eu individualista; ela é precisamente um dos principais meios para

realizar essa superação." Lucien Goldman

      De acordo com o texto, podemos afirmar que:

a) a História é importante porque fornece à atualidade os meios de resolver

seus problemas;

b) o estudo da História mostra a universalidade e a identidade dos valores e

ideais humanos;

c) tem consciência o homem que conhece os fatos históricos de sua época;

d) a consciência histórica existe na medida em que o homem é capaz de se

reconhecer no processo histórico;

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 e) a importância prática da História se relaciona com o estudo e o

conhecimento do presente.

 

41. Na reconstrução do processo social:

 a) o historiador deve limitar-se a transcrever os documentos, submetendo-os à

crítica da veracidade;

b) compete ao pesquisador selecionar nos documentos, mediante técnicas

específicas, os fatos históricos mais importantes;

c) a elaboração de conceitos constitui uma etapa no processo de apreensão do

real;

d) a formulação da hipótese de trabalho deve anteceder qualquer contato com

a realidade a ser estudada;

e) n.d.a.

 

42. A relação entre os fatos e as estruturas não apresenta uma das

características abaixo:

 a) Os fatos são uma manifestação exterior das estruturas.

 b) A partir dos fatos, somos capazes de penetrar nas estruturas.

 c) Somente compreendemos a História quando captamos a estrutura dos

sistemas.

 d) A partir da compreensão da estrutura, temos uma perfeita inteligibilidade

dos fatos.

e) É a compreensão dos fatos que nos dá a real compreensão do processo

histórico.

43. Pode-se dizer que a "nova" História Econômica apresenta três

aspectos. Na sua forma mais simples, pouco mais é do que a

classificação e processamento do material primário e secundário

existente.

      Mais sofisticados são os projetos que impõem "a reconstrução de

medidas que podiam ter existido no passado mas que não existem mais",

muitas vezes com a ajuda da Teoria Econômica e  da Estatística.

      Em terceiro lugar, e mais ambicioso, temos o emprego do conceito

contrafactual condicional, começando com a premissa de que só

Page 20: 01Introdu%C3%A7%C3%A3o a hist%C3%B3ria exerc%C3%ADcios doc[1]

podemos compreender o significado daquilo que aconteceu se o

compararmos com aquilo que poderia ter acontecido, continuando com

a quantificação "daquilo que poderia ter acontecido".  (A Nova História

Econômica, ou História Contrafactual, E. H. Hunt)

       Com base no texto anterior, responda as questões 06 a 08, marcando

E para as frases erradas e C para as frases certas.

 (      ) A História Econômica visa em segunda instância reconstruir as medidas

existentes no passado.

 (      ) Num terceiro momento, a História Econômica visa à compreensão do

passado através de uma análise por absurdo, supondo condições que não

ocorreram para analisar as que efetivamente aconteceram.

(      ) De uma maneira geral, a História Econômica tem por objetivo a

apreensão do processo histórico nos seus momentos cruciais, isto é, nos

momentos de transição.

 

44. Assinale as afirmações corretas: Os principais conceitos a serem

dominados pelo historiador ou estudioso da História, a fim de

poder compreendê-la com maior profundidade, são os seguintes:

 (0) Por processo histórico entende-se a seqüência dos principais sistemas

ocorridos na História, desde a Antigüidade até a atualidade.

 (1) Pela ordem, os principais sistemas ocorridos na História foram: sistema

primitivo, asiático, escravista, feudal, capitalista e socialista.

(2) O sistema é constituído por um conjunto de partes que estão integralmente

relacionadas, tais como economia, sociedade, política, religião e cultura.

(3) A cada uma das partes de um sistema costumamos dar o nome de

subsistema; e é exatamente a somatória dessas partes que constitui um

sistema.

(4) A estreita relação existente entre as partes de um sistema e que dá mais

profunda compreensão da História constitui a estrutura de um sistema.

(5) Quando da passagem de um sistema para outro, rompe-se a estrutura do

sistema, quebra-se sua estabilidade, ocorrendo então uma transição, momento

privilegiado porque revela a realidade histórica em sua profundidade.

 

Page 21: 01Introdu%C3%A7%C3%A3o a hist%C3%B3ria exerc%C3%ADcios doc[1]

45. "Do ponto de vista da ação sobre o pensamento científico, as

diferentes perspectivas e ideologias não se situam no mesmo plano.

Certos juízos de valor permitem maior compreensão da realidade do que

outros." Com esta afirmação, Lucien Goldman:

a) nega o fenômeno da determinação social do conhecimento;

b) admite que todo conhecimento e, em última instância, subjetivo;

c) propõe que a compreensão da realidade fundamenta, de maneira lógica, a

validade de todos os juízos de valor;

d) reconhece, implicitamente, a possibilidade de escolha entre métodos com

diferentes alcances na abordagem do real;

e) n.d.a.

46 – Coloque V para verdadeiro e F para falso:

( ) a história é a ciência que estuda o passado da humanidade e o seu

relacionamento com o presente. Investiga, cientificamente, os acontecimentos

políticos, sociais, econômicos e intelectuais que contribuíram para o

aperfeiçoamento das condições de vida do homem atual.

( ) Fontes Históricas são todos os elementos deixados pelo homem que

permitem o conhecimento dos acontecimentos históricos. Podem ser:

documentos escritos, ruínas, tradições orais e tradições pictóricas.

47 – Na Idade Média, o mensageiro ou pregoeiro que levava a declaração

de guerra aos inimigos chamava-se arauto. Esta denominação deu origem

ao nome de uma disciplina que estuda os emblemas ou distintivos

representados por insígnias, brasões e escudos, símbolos das origens de

nobreza:

a) Heráldica

b) Cronologia

c) Genealogia

d) Diplomática

48 – A disciplina que se ocupa da leitura e interpretação das inscrições

antigas gravadas ou pintadas em pedra, bronze, mármore e outros

materiais consistentes, denomina-se:

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a) Paleografia

b) Epigrafia

c) Arqueologia

d) Sigilografia

49 – Leia o texto a seguir:

“Em toda parte onde o inglês domine e impere, todo esforço consiste em

reduzir as civilizações estranhas ao tipo de sua civilização (...) obrigar os

chefes dos Basutos a saber de cor os nomes da família realm inglesa, são

talvez atos de feroz despotismo, mas não deterioram nenhuma primitiva

originalidade de linha ou de idéia”. QUEIROZ, E. Cartas de Inglaterra. In:

FREITAS, G. 900 Textos e documentos de história. Lisboa, Plátano, s.d.

v.3. p. 172.

a) Explique qual o ponto de vista de Eça de Queiroz expressada no trecho

acima.

b) O domínio da memória é sempre fundamental para os grupos que estão no

poder, pois nossas lembranças constituem as referências sobre o lugar que

ocupamos no mundo. Com base nessa afirmação explique por que os ingleses

ensinavam os nomes de seus reis aos chefes dos Basutos.

50 – Elaborar um calendário exige, além de técnica para contar e dividir o

tempo, que um grande número de pessoas compartilhe dos referenciais

escolhidos para marcar as grandes festas e estações; um calendário é um

fato social.

a) Explique por que gregos, romanos, cristãos, muçulmanos, judeus, adotam

ou adotaram, diferentes calendários.

b) O calendário gregoriano é o mais utilizado no mundo. Você vê alguma

relação nesse fato com o domínio europeu sobre outros povos?

Page 23: 01Introdu%C3%A7%C3%A3o a hist%C3%B3ria exerc%C3%ADcios doc[1]

51 – Saber contar o tempo é muito importante para o estudo da História.

Milênios, séculos, décadas são nossas unidades de trabalho. Que tal

praticar um pouco?

a) O século é a medida mais usada porque abrange um período de tempo

razoável para ser lembrado (quatro a cinco gerações). Sua notação é feita em

algarismos romanos: I-um; II-dois; III-três; IV-quatro; V-cinco; VI-seis; VII-sete;

VIII-oito; IX-nove; X-dez; L-cinquenta; C-cem; D-quinhentos; M-mil.

Escreva em algarismos arábicos o ano em que cada um dos séculos abaixo começa e o

ano em que ele termina:

Século

Início Fim

I

IV

VII

X

XV

XIX

XXI

VI a.C.

XVIII a.C.

b) Agora, situe os anos em seus respectivos séculos:

Ano Século Ano Século

2456 843

1990 245

1780 432 a.C.

1099 2700 a.C.

52. “Havia a Europa, e nisso se resumia a História. Por cima e à distância

algumas “grandes civilizações” que seus textos, suas ruínas, às vezes

seus laços de parentesco, de trocas, de herança com a Antiguidade

Clássica, nossa mãe, ou a amplidão das massas humanas, que eles

Page 24: 01Introdu%C3%A7%C3%A3o a hist%C3%B3ria exerc%C3%ADcios doc[1]

opuseram aos poderes e à atenção dos europeus, faziam com que fossem

admitidas à margem do império de Clio (...)”. MONIOT, H. A história dos

povos sem História. In: LE GOFF, J; NORA, P. História: novos problemas.

Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988. p. 97.

a) Faça uma pesquisa e descubra quem foi Clio na mitologia grega.

b) De qual assunto trata o texto?

53. O Historiador Marc Bloch afirmava que “sempre partimos de nossas

experiências cotidianas quando é preciso reconstruir o passado”.

Explique como o quadro abaixo serve de exemplo para essa afirmação.

54) Leia com atenção as alternativas abaixo. Marque a alternativa

incorreta:

a) Biografia é a história da vida de alguém. Bio=vida, grafia=escrita.

b) Autobiografia é a história da vida que a própria pessoa escreve sobre ela

mesma.

c) Auto-retrato é um retrato que a pessoa faz de si mesma.

d) História é a ciência que estuda o passado dos seres vivos, desde épocas

antigas, estudando a vida dos dinossauros, quanto das pessoas atualmente.

e) Em uma biografia existem os fatos mais importantes da vida de uma pessoa.

55 - Leia a seguinte letra de música:

E quem garante que a HistóriaÉ carroça abandonadaNuma beira de estrada

Ou numa estação inglória

Page 25: 01Introdu%C3%A7%C3%A3o a hist%C3%B3ria exerc%C3%ADcios doc[1]

A História é um carro alegreCheio de um povo contente

Que atropela indiferenteTodo aquele que a negue

É um trem riscando trilhosAbrindo novos espaços

Acenando muitos braçosBalançando nossos filhos

(Canción por la unidad de Latino América. Pablo Milanês e Chico Buarque)

Analise a forma criativa de conceituar a História feita pelo autor. Reflita sobre a

mensagem da música e construa um outro conceito sobre a História.

56 – Você estudou que, para compreender a História, é necessário

interpretar documentos e registros que foram deixados por uma

sociedade em determinado tempo e local. Com base nesse estudo,

conceitue as palavras e expressões a seguir:

a) documento histórico – cite exemplos

b) Fonte Oral

c) Tempo Histórico

d) Tempo Cronológico

e) Patrimônio Histórico

f) Vestígios Materiais

g) Tombamento

57. Leia o texto abaixo e responda às perguntas apresentadas a seguir:

Enquanto isso, no Nordeste...

“São Pedro continua distribuindo mal a chuva. Mas, mesmo assim, há males

que vêm para o bem. O açude de Coroboró, na Bahia, atingiu o nível mais

baixo desde que foi inaugurado há 30 anos. [...] No entanto, os historiadores

estão eufóricos. Com as águas tão baixas, as ruínas do arraial de Canudos

estão no seco. Utensílios domésticos, armas, cartuchos e construções da

cidade de Belo Monte podem agora ser estudados” (Isto é Dinheiro, São Paulo,

10 mar. 1999).

Page 26: 01Introdu%C3%A7%C3%A3o a hist%C3%B3ria exerc%C3%ADcios doc[1]

a) Os fatos ocorridos no arraial de Canudos bem como o arraial fazem parte do

Patrimônio Histórico e cultural do Brasil. De acordo com o texto, qual foi o

tratamento dado ao arraial de Canudos pelo governo Brasileiro?

b) Explique o que é patrimônio histórico e cultural e a importância desse

patrimônio para uma sociedade.

58. Leia os trechos abaixo e escreva se são biografia ou se são

autobiografia:

a) Conheci Fidel numa dessas noites frias do México, e lembro que nossa

primeira discussão foi sobre política internacional. Poucas horas depois,

naquela mesma noite – de madrugada - eu era um dos futuros expedicionários.

__________________________ de Che Guevara.

b) Che Guevara – um dos mais carismáticos líderes que a história já conheceu

– foi um apóstolo da liberdade e mártir da independência de um continente.

Seu fim trágico no dia 9 de outubro de 1967, assassinado a sangue-frio num

miserável povoado boliviano, ainda aguarda o verdadeiro julgamento da

História.____________________ de Che Guevara.

c) Marcos Napolitano é doutor em História social pela USP e professor do

departamento de História da Universidade Federal do Paraná. É autor do livro

Como usar a televisão em sala de aula. ____________________________ de

Marcos Napolitano.

d) Aos sessenta e sete anos de idade, preparo-me para escrever algo que é

como o meu obituário. Um homem com sessenta e sete anos não é de modo

algum o mesmo homem que era aos 50, 30 ou 20.

___________________________ de Albert Einstein.

59. Perguntas de um Operário Letrado

(Bertold Brecht)

Quem construiu Tebas, a das sete portas?

Nos livros vem o nome dos reis, mas foram os reis que transportaram as

pedras?

Babilônia, tantas vezes destruída, quem outras tantas a reconstruiu?

Page 27: 01Introdu%C3%A7%C3%A3o a hist%C3%B3ria exerc%C3%ADcios doc[1]

Em que casas da Lima Dourada moravam seus obreiros?

No dia em que ficou pronta a Muralha da China, para onde foram os seus

pedreiros?

A grande Roma está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu?

Sobre quem triunfaram os Césares?

A tão cantada Bizâncio, só tinha palácios para os seus habitantes?

Até a legendária Atlântida na noite em que o mar a engoliu viu afogados gritar

por seus escravos.

O jovem Alexandre conquistou as Índias sozinho?

César venceu os gauleses. Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?

Quando a sua armada se afundou, Filipe de Espanha chorou. E ninguém mais?

Frederico II ganhou a guerra dos sete anos, quem mais a ganhou?

Em cada página uma vitória.

Quem cozinhava os festins?

Em cada década um grande homem.

Quem pagava as despesas?

Tantas histórias, quantas perguntas.

Agora responda: Quem faz e quem escreve a História?

60. Leia com muita atenção o texto abaixo. Depois responda às questões:

Calendários

Calendário é um negócio muito estranho. Só para começar, setembro,

outubro, novembro e dezembro – que deveriam ser os nomes dos meses 7, 8,

9 e 10 – correspondem respectivamente aos meses 9, 10, 11 e 12. Dá pra

entender?

Oficialmente, estamos no ano de 2007, uma contagem que começou

com o nascimento de Jesus Cristo. Antes disso, tínhamos os anos AC (antes

de Cristo). Matematicamente falando, seriam anos de números negativos.

Número negativo é uma dessas teorias esdrúxulas que tentam ensinar para as

nossas crianças, mas elas não conseguem engolir. E não dá mesmo pra

entender o que seriam “menos quatro laranjas”. Essa homenagem cristã, de

um calendário baseado no nascimento de Jesus, é até hoje utilizada na maior

Page 28: 01Introdu%C3%A7%C3%A3o a hist%C3%B3ria exerc%C3%ADcios doc[1]

parte do mundo ocidental. Mas como nem todo mundo é cristão, a coisa fica

ainda mais confusa, pois existem outros calendários.

Os judeus, por exemplo, mais avançados, já andam lá pelo ano 5768.

Os islâmicos seguem um calendário lunar que começou com a fuga de Maomé

de Meca, em 622. Por sua vez, os chineses dizem que estamos no ano do

Rato. Acho simpática essa história de homenagear cada ano com um animal,

mas não é muito exato eu dizer que nasci no ano do Dragão. Sem falar do

constrangimento que é para alguém ter que confessar que nasceu no ano do

Porco. Talvez por isso e pelo fato de que com números a coisa fica mais

definida, o que pegou mesmo foi a contagem, a organização dos anos através

de algarismos. Pelo menos enquanto 2 + 2 for igual a 4.

O problema é que através da história muita gente foi dando palpite sobre

esse assunto e metendo a colher na panela. Havia o calendário romano, aí

Julio César deu um jeito de incluir um mês que homenageasse o seu nome.

Depois veio Augustus e inventou o mês de agosto. Cada imperador ia mexendo

no calendário a seu bel prazer, para saciar seus delírios de vaidade.

Foi então que, em 1582, o Papa Gregório XIII resolveu colocar ordem na

bagunça. Juntou um grupo de especialistas e promulgou o calendário cristão

que é usado até hoje. Ah sim, batizado de Calendário Gregoriano. Uma das

atitudes mais drásticas dessa reforma foi a exclusão, pura e simples, de 10

dias. De 5 a 14 de outubro de 1582, os dias simplesmente foram apagados do

mapa. Desapareceram. As pessoas foram dormir na noite de 4 de outubro e

acordaram no dia 15. É ou nao é coisa de maluco?

Eu andei pensando em criar um novo calendário, que começaria no dia

17 de dezembro de 2006 – data histórica da conquista do Campeonato Mundial

pelo Sport Club Internacional -  mas cheguei à conclusão que só iria confundir

tudo ainda mais. O melhor é aproveitarmos o que cada calendário já tem de

bom, inclusive os bichinhos chineses, e fazermos um calendário universal, que

possa ser aceito por todo mundo.

Como diz o sábio provérbio chinês, “só todos sabem tudo.”

Ramil, Kledir. In: Coluna do Kledir. www.ofuxico.com.br

Page 29: 01Introdu%C3%A7%C3%A3o a hist%C3%B3ria exerc%C3%ADcios doc[1]

a) O texto nos conta um pouco sobre a história dos calendários e as diferentes

maneiras de contar o tempo. Segundo o texto, dê exemplos de povos que

contam o tempo de forma diferente de nós.

b) Qual o marco inicial de nosso calendário? Como são contados os anos

anteriores a esse marco?

c) No final do texto, o autor propõe a criação de um novo calendário. E você, se

fosse criar um novo calendário, qual seria o marco inicial? E como seria esse

calendário?

61 – Sobre o estudo da História, marque V para as afirmações verdadeiras

e F para as afirmações falsas:

( ) Existem várias formas e contar e perceber o tempo. Cada sociedade ao

longo da História desenvolveu uma forma diferente para perceber a passagem

do tempo.

( ) Só são considerado históricos fatos que aconteceram centenas de anos

atrás.

( ) O tempo não é importante para o estudo da História.

( ) Todos constroem a História de um povo, desde as pessoas mais ilustres

às mais humildes.

( ) Por ser um estudo do passado, a História nunca muda.

62 – O que é e para que serve uma fonte histórica? Dê exemplos.

63 – Escreva a que século pertencem os seguintes anos:

a) 1202 a.C. _______________ b) 75 a.C. _______________

c) 1640_______________ d) 1800_______________

e) 2008_______________

64 - Explique o que é etnocentrismo e dê um exemplo de como ele

acontece nos dias de hoje.

65. Leia o trecho a seguir e responda às questões apresentadas no final:

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Tempo de vento

Sentei perto do meu irmãozinho e falei com calma.

— Péra aí que eu vou pensar um brinquedo.

Mas logo, logo a fada da inocência passou voando numa nuvem branca que

agitou as folhas das árvores, os capinzais do valão e as folhas de Xururuca. Um

sorriso iluminou meu rosto maltratado.

— Foi você quem fez isso, Minguinho?

— Eu, não.

— Ah que beleza, então é o tempo do vento que está chegando.

Na nossa rua havia tempo de tudo. Tempo de bola de gude. Tempo de pião.

Tempo de colecionar figurinhas de artistas de cinema. Tempo de papagaio, o

mais bonito de todos os tempos. Os céus ficavam por todos os lados repletos de

papagaios de todas as cores. Papagaios lindos de todos os feitios. Era a guerra

no ar. As cabeçadas, as lutas, as laçadas e os cortes.

As giletes cortavam as linhas e lá vinha um papagaio rodopiando no espaço

embaraçando a linha do cabresto com a cauda sem equilíbrio; era lindo tudo

aquilo. O mundo se tornava só das crianças da rua. De todas as ruas de Bangu.

(VASCONCELOS, José Mauro de. Meu pé de laranja lima. São Paulo,

Melhoramentos, 1968).

a) Explique como os meninos vêem a passagem do tempo.

b) Na sua opinião, todas as pessoas, crianças os adultas, morando no campo

ou nas cidades, trabalhando ou estudando, vêem o tempo da mesma forma?

Justifique sua resposta.

c) e para você, o que é o tempo? Como ele se manifesta?

d) Crie um calendário personalizado, com suas atividades escolares e de lazer

ao longo do ano.

66. Monte uma linha do tempo registrando acontecimentos importantes

que ocorreram no Brasil e que acompanharam a trajetória da sai vida.

Consulte a biblioteca da sua escola, seu professor de história e sites da

internet.

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67. O tempo existe, mas não podemos vê-lo ou aperta-lo nas nossas

mãos. No entanto, comparando cronologicamente acontecimentos

importantes da história das sociedades, é possível medi-lo e representa-

lo. De acordo com o que você estudou, apresente as principais

características do nosso calendário, identifique as datas consideradas

importantes na história do Brasil e justifique por que foram definidas

como feriados nacionais.

68. Usando o exercício anterior como modelo, faça um calendário com os

fatos importantes de sua cidade e justifique por que esses fatos deveriam

ser comemorados.

69. (UnB-DF) Pelo olhar do poeta, também é possível compreender

determinados aspectos essenciais para a conceituação da História. Leia,

por exemplo, Carlos Drummond de Andrade:

"Aconteceu há mil anos?

Continua acontecendo.

Nos mais desbotados panos

Estou me lendo e relendo."

Ou, ainda, do mesmo autor:

"O tempo é minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida

(presente.)"

Com o auxílio das observações de Drummond, julgue os seguintes itens,

referentes ao conceito de História e ao ofício do historiador.

a) Tendo por objeto o estudo do passado, a História parte das contingências da

"vida presente" para inquirir aquilo que passou.

b) Especialmente em épocas de crise generalizada, sobressai o papel que se

espera do historiador: lembrar o que os outros esqueceram.

c) O quarteto acima traz a idéia de que o passado é continuamente reescrito, a

partir de cada presente e de seus novos interesses, eliminando, assim, a

possibilidade de a História conter um caráter científico.

d) A reconstrução do passado, exatamente como ele ocorreu, é o que fazem os

historiadores, independentemente de suas convicções ideológicas e pessoais.

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70. As fontes são testemunhos da História. É por meio do exame delas que o

historiador consegue conhecer o passado. Tudo o que é feito pelo homem é

considerado uma fonte histórica. Há grande variedade de fontes com as quais

os historiadores podem trabalhar.

Responda as questões a seguir.

1. Jornais, revistas, cartas, letras de música, relatórios, livros de receitas,

diários são considerados fontes ________________________ .

2. Fotografias, pinturas, desenhos, gravuras, filmes são considerados

fontes_______________________.

3. Utensílios usados pelos homens ao longo dos tempos, como objetos de

cerâmica, panelas, ferramentas e armas são considerados fontes

__________________________ .

4. Entrevistas, casos contados por antepassados, lendas e fábulas que

passam de geração para geração são considerados fontes

___________________________________ .

71. Leia o texto a seguir e responda as questões propostas:

A importância da História

Você sabe por que é importante conhecer as realizações do homem, em

todos os tempos? Porque as experiências vividas pelo homem, seus acertos e

erros, são muito úteis para a humanidade construir sua vida presente.

O presente, este que você está vivendo agora, está sendo construído

com base em diferentes experiências vividas pelo homem do passado. Veja,

por exemplo a construção dos foguetes, das viagens espaciais, a chegada do

homem à Lua e muitas outras descobertas científicas. A viagem do homem à

Lua não foi decidida pelos cientistas de um dia para o outro. Toda a tecnologia

que permitiu ao homem desembarcar em solo lunar foi o resultado do uso de

muitas experiências científicas da humanidade, em todos os tempos. Como

impulsionar os foguetes da modernidade, por exemplo, sem a descoberta do

fogo, na Pré-história? Dessa forma, você descobre que o estudo da História é

muito importante.

a) O que é História?

Page 33: 01Introdu%C3%A7%C3%A3o a hist%C3%B3ria exerc%C3%ADcios doc[1]

b) segundo o texto, por que o estudo de História é importante?

c) São as pessoas que fazem a História. Pensando assim, escolha um fato que

ocorreu recentemente no país ou no mundo e diga uma transformação que

esse fato trouxe para a vida das pessoas.

72 - Sobre o estudo da História, marque V para as afirmações verdadeiras

e F para as afirmações falsas:

( ) O tempo é um elemento importante para o historiador situar os

acontecimentos históricos.

( ) Documentos escritos são as únicas ferramentas do historiador para

interpretar o passado.

( ) Participam da história de um povo apenas as pessoas mais ilustres, que

ocupam posições importantes ou praticaram algum ato heróico.

( ) Mesmo estudando o passado, que é imutável, a História pode mudar a

partir de novas descobertas ou da revisão de fontes históricas e interpretações.

( ) Existem várias formas de contar e perceber o tempo. Cada sociedade ao

longo da História desenvolveu uma forma diferente para perceber a passagem

do tempo.

73. Sobre cultura e etnocentrismo, marque V para verdadeiro ou F para

falso:

( ) Todo tipo de preconceito pode ser chamado de etnocentrismo.

( ) Minha amiga não tem respeito pela religião dos outros, acha que só a

dela é certa. Logo ela tem etnocentrismo.

( ) Etnocentrismo é o nome que se dá ao preconceito contra culturas

diferentes da nossa.

( ) No mundo existem culturas mais evoluídas, que são as melhores, e

outras menos evoluídas, que são muito piores de se viver.

( ) No mundo ocidental, muitas pessoas têm preconceito contra os árabes

muçulmanos só porque eles são diferentes. Isso é etnocentrismo.

74. História é a ciência que:

a) estuda os acidentes históricos e geográficos do planeta Terra;

Page 34: 01Introdu%C3%A7%C3%A3o a hist%C3%B3ria exerc%C3%ADcios doc[1]

b) se fundamenta unicamente em documentos escritos;

c) estuda os acontecimentos do passado dos homens, utilizando-se dos

vestígios que a humanidade deixou;

d) estuda os acontecimentos presentes para prever o futuro da humanidade;

e) estuda a causalidade dos fenômenos físicos e sociais com base no

empirismo

75. Sobre as fontes históricas e sua importância para a ciência História,

responda:

a) O que é uma fonte histórica para o historiador?

b) Cite exemplos de fontes históricas.

76. Cite três ciências auxiliares da História.

77. Leia:

A importância da História e o trabalho do historiador.

O Historiador é uma peça fundamental em todo o tipo de cultura.

Ele retira e preserva os tesouros do passado, interpreta a

História, aprofunda o conhecimento do presente. Um povo sem

História, e sem o Historiador, é um povo sem memória. Prof.

Adinazir Pereira Lamego.

A partir da leitura acima, marque C para as afirmações certas e “E” para

as erradas:

( ) A ligação com o cotidiano está tornando a História cada vez mais atraente

para o grande público.

( ) Atualmente, não é só com países, guerras e heróis que os pesquisadores

se preocupam.

( ) Nos últimos anos, muitos deles começaram a pesquisar a História de temas

como vinho, aborto, mulheres, juventude, medo, perdão, bairros etc.

( ) Na profissão de Historiador, a curiosidade de descobrir a origem das coisas

tem sido fundamental.

Page 35: 01Introdu%C3%A7%C3%A3o a hist%C3%B3ria exerc%C3%ADcios doc[1]

78. Julgue as alternativas utilizando V para as verdadeiras e F para as

falsas:

( ) Os anos 1549 e 1600 pertencem ao século XVI.

( ) O calendário é uma forma de medir o tempo. O único calendário utilizado

hoje no mundo é o cristão.

( ) Década, quartel, século e milênio são diferentes formas de contagem do

tempo.

( ) Os anos 1978 e 1315 pertencem respectivamente aos séculos XX e XIV.

( ) Os anos 256 e 300 não pertencem ao mesmo século.

79. (UERJ) "Eu era garotão ainda quando a Força Expedicionária

Brasileira chegou à Itália. Passaram na minha cidade, porque foram de 

Salermo para Siena. Fazia parte do batalhão um cidadão italiano, que veio

para cá pequenino e depois se naturalizou. O pai deste soldado tinha

deixado uma filha pequena na Itália com um irmão que não conseguia ter

filho nenhum. Então o rapaz sabia que tinha uma irmã em Paola, que ele

não conhecia e que era criada por um tio. Pediu consentimento para os

oficiais e chegou em Paola, chegou lá para conhecer a irmã. Não sabia

nem falar italiano, só falava português. Ninguém entendia nada. Aí

procuraram o meu pai, que falava bem o português e meu pai serviu de

intérprete para ele poder conhecer a irmã."

(Depoimento de Vicenzo Figlino) (In: GOMES, A.C. (org). "Histórias de família

entre a Itália e o Brasil". Niterói: Muiraquitã, 1999.)

Uma das formas que o historiador utiliza para estudar uma época é recolher

depoimentos de pessoas que viveram experiências no passado. O depoimento

acima pode estar identificado por um tipo de memória ligado a um contexto

histórico.

A alternativa que apresenta, respectivamente, a qualificação para este tipo de

memória e uma referência relacionada ao depoimento é:

a) social - imigração italiana

b) oficial - Segunda Guerra Mundial

c) oficial - Força Expedicionária Brasileira

d) social - construção da cidadania italiana

Page 36: 01Introdu%C3%A7%C3%A3o a hist%C3%B3ria exerc%C3%ADcios doc[1]

80. A figura de Getúlio Vargas, como personagem histórica, é bastante

polêmica, devido à complexidade e à magnitude de suas ações como

presidente do Brasil durante um longo período de quinze anos (1930-

1945). Foram anos de grandes e importantes mudanças para o país e para

o mundo. Pode-se perceber o destaque dado a Getúlio Vargas pelo

simples fato de este período ser conhecido no Brasil como a "Era

Vargas". Entretanto, Vargas não é visto de forma favorável por todos. Se

muitos o consideram como um fervoroso nacionalista, um progressista

ativo e o "Pai dos Pobres", existem outros tantos que o definem como

ditador oportunista, um intervencionista e amigo das elites.

Provavelmente você percebeu que as duas opiniões sobre Vargas são

opostas, defendendo valores praticamente antagônicos. As diferentes

interpretações do papel de uma personalidade histórica podem ser

explicadas, conforme uma das opções abaixo. Assinale-a.

(A) Um dos grupos está totalmente errado, uma vez que a permanência no

poder depende de idéias coerentes e de uma política contínua.

(B) O grupo que acusa Vargas de ser ditador está totalmente errado. Ele nunca

teve uma orientação ideológica favorável aos regimes politicamente fechados e

só tomou medidas duras forçado pelas circunstâncias.

(C) Os dois grupos estão certos. Cada um mostra Vargas da forma que serve

melhor aos seus interesses, pois ele foi um governante apático e fraco - um

verdadeiro marionete nas mãos das elites da época.

(D) O grupo que defende Vargas como um autêntico nacionalista está

totalmente enganado. Poucas medidas nacionalizantes foram tomadas para

iludir os brasileiros, devido à política populista do varguismo, e ele fazia tudo

para agradar aos grupos estrangeiros.

(E) Os dois grupos estão errados, por assumirem características parciais e, às

vezes conjunturais, como sendo posturas definitivas e absolutas.

81. (Faap-SP) É costume dividir a História em Idades. A Idade Antiga:

aproximadamente 3200 a.C. com a escrita, até 476 d.C., com a queda do

Império Romano do Ocidente e mais:

I - Idade Média: da queda do Império Romano, em 476 d.C., até 1453 d.C.,

com a queda de Constantinopla.

Page 37: 01Introdu%C3%A7%C3%A3o a hist%C3%B3ria exerc%C3%ADcios doc[1]

II - Idade Moderna: da queda de Constantinopla, 1453 d.C., até 1789 d.C., ano

da Revolução Francesa.

III - Idade Contemporânea: de 1789, com a Revolução Francesa, até os dias

atuais.

Estão corretas as afirmações:

a) apenas a I

b) apenas a II

c) apenas a III

d) todas estão corretas

e) todas estão erradas

82. O conhecimento histórico evoluiu muito no Ocidente. Suas

linguagens, teorias e conceitos exigem do historiador uma formação

profissional complexa e abrangente. Sobre a historiografia e sua

evolução, é correto afirmar que

a) a História-crônica surgiu no século XIX, influenciada pelo positivismo.

b) o conceito de representação é chave para a História-ciência, especialmente

na investigação das realidades econômicas.

c) a análise quantitativa é muito utilizada pela Nova História Social para

compreender o cotidiano e os mitos.

d) a ciência da História surgiu na Antigüidade, fruto da criação do método

crítico por Heródoto.

e) a perspectiva da História Total foi contribuição do Marxismo para a

abordagem das estruturas econômico-sociais.

83. No limiar do século XX, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, o

historiador francês Ernest Lavisse fornecia as instruções para o ensino

da História aos jovens de seu tempo, das quais reproduz-se o trecho

seguinte:

"Ao ensino histórico incumbe o dever glorioso de fazer amar e de fazer

compreender a pátria, todos os nossos heróis do passado, mesmo envolto em

lendas. Se o estudante não leva consigo a viva lembrança de nossas glórias

nacionais, se não sabe que nossos ancestrais combateram por mil campos de

batalhas por nobres causas, se não aprendeu o que custou o sangue e o

Page 38: 01Introdu%C3%A7%C3%A3o a hist%C3%B3ria exerc%C3%ADcios doc[1]

esforço para constituir a unidade da pátria e retirar, em seguida do caos de

nossas instituições envelhecidas, as leis sagradas que nos fizeram livres, se

não se torna um cidadão compenetrado de seus deveres e um soldado que

ama a sua bandeira, o professor perdeu seu tempo."

Com o auxílio das idéias defendidas pelo historiador Lavisse, julgue os itens

que se seguem.

(1) A História é escrita pelos pesquisadores e deve ser ensinada pelos mestres

com o compromisso de quem pesquisa e ensina as grandes questões de seu

tempo.

(2) A visão excessivamente patriótica do autor expõe concepções que, no

alvorecer do século XX, entendiam que o historiador tinha como função

glorificar a nação, o Estado e as instituições.

(3) O "ensino histórico", no contexto do Brasil contemporâneo, deve ser,

sobretudo, um instrumento de combate para fazer que as armas intelectuais

estejam a favor da unidade da pátria e do amor de cada cidadão pela sua

bandeira.

(4) A revolução metodológica no ensino da História tornou-se, no fim do século

XX, completamente racional e neutra, sem qualquer possibilidade de

interferência da ideologia na teoria.

84. (UECE) Sobre as relações entre passado e o presente no trabalho do

historiador, podemos afirmar corretamente que:

a) é o presente que direciona todo o trabalho do historiador, fazendo-o escolher

no passado somente aqueles fatos e documentos que interessam às suas

opções políticas.

b) o interesse por certos temas e as formas de abordar a história são

influenciados pelas experiências diretas do historiador e suas opções políticas

e sociais.

c) o passado se impõe ao historiador através dos documentos, não importando

as pressões nem os interesses do pesquisador.

d) o historiador pode constituir quantos passados quiser, já que seu trabalho

depende exclusivamente dos interesses mutáveis do presente.

Page 39: 01Introdu%C3%A7%C3%A3o a hist%C3%B3ria exerc%C3%ADcios doc[1]

85. "A História humana não se desenrola apenas nos campos de batalha e

nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais entre

plantas e galinhas, nas ruas de subúrbios, nas casas de jogos, nos

prostíbulos, nos colégios, nas usinas, nos namoros de esquinas."

Ferreira Gullar

No que refere ao fato histórico e à produção do conhecimento histórico, é

correto afirmar que:

a) o fato histórico não tem que ser, necessariamente, um grande

acontecimento; ele também se faz no cotidiano das pessoas.

b) a missão do historiador é, a partir dos documentos primários; estabelecer os

fatos históricos e estudá-los em sua linearidade.

c) o trabalho do historiador é mostrar os fatos como realmente ocorreram, não

cabendo uma abordagem crítica.

d) a nova História tem-se preocupado, basicamente, em gerar uma produção

histórica objetivando contestar a interpretação marxista da História.

e) a história marxista enfoca fatos históricos protagonizados por "Heróis",

reforçando a ideologia da classe dominante.

86. O trabalho de um historiador se parece com o trabalho de um detetive. Explique essa afirmação.

87. Por que é importante preservar construções, monumentos, festas, danças e músicas da cidade, do estado e do país onde vivemos?

88. O modo de medir e dividir o tempo varia de acordo com a crença, a cultura e os costumes de cada povo. O ponto de partida de cada povo ao escrever ou contar sua história é um acontecimento que considera importante.

A partir de que fato importante os cristãos marcam o tempo da história dos homens?

89. Que diferenças existem entre o trabalho do historiador e do arqueólogo?

Page 40: 01Introdu%C3%A7%C3%A3o a hist%C3%B3ria exerc%C3%ADcios doc[1]

90. COVEST II FASE 2007. O ofício de historiador tem uma complexidade

que ultrapassa a necessidade de reunir e organizar documentos, pois há

concepções teóricas fundamentais para se entender as ações humanas. A

concepção marxista da história, por exemplo, defende que:

0-0) a sociedade existe em função das relações de trabalho comunitário, sendo

o modo de produção capitalista opressivo e contraditório.

1-1) as relações humanas são determinadas por interesses econômicos, não

havendo

possibilidade de se escapar do seu domínio nem da sua exploração.

2-2) as desigualdades sociais podem ser superadas pela ação política coletiva,

em busca do socialismo e de um mundo sem exploração econômica.

3-3) a sociedade capitalista é marcada pela desigualdade, devido à natureza

egoísta e não histórica do mundo burguês.

4-4) o comunismo significa o fim da sociedade de classes e a extinção da

propriedade privada dos meios de produção

91) A história que estudamos foi, quase na sua totalidade escrita sob

perspectiva de europeus ou de outros povos do ocidente, como os norte-

americanos. Da questão apontada acima resulta:

a) Um conhecimento histórico que recusa totalmente qualquer informação

sobre o que se passa no Oriente;

b) Que a historiografia sobre os índios escrita pelos europeus é seriamente

comprometida com a inverdade, enquanto os norte-americanos buscam retratar

de maneira fiel a história dos indígenas daquela parte da América;

c) Uma produção historiográfica isenta de qualquer conotação preconceituosa

quando os assuntos estudados são a África e seus habitantes;

d) Que ao estudarmos história ficamos conhecendo melhor os povos do

Ocidente do que os povos do Oriente,

e) Uma historiografia que reconstrói igualmente a história dos povos do

Ocidente e do Oriente.

92. – O texto abaixo reproduz parte de um diálogo entre dois personagens

de um romance.

“ – Quer dizer que a Idade Média durou dez horas? – Perguntou Sofia.

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- Se cada hora valer cem anos, então sua conta está certa. Podemos

imaginar que Jesus nasceu à meia noite, que Paulo saiu em peregrinação

missionária pouco antes da meia noite, e morreu quinze minutos depois em

Roma. Até as três da manhã a fé cristã foi mais ou menos proibida. (...) Até as

dez horas as escolas dos mosteiros detiveram o monopólio da educação. Entre

dez e onze horas são fundadsa as primeiras universidades”.

(Adaptado de GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia,Romance da História da

Filosofia. São Paulo, Cia das Letras, 1997).

O ano 476 d.C., época da queda do Império Romano do Ocidente, tem sido

usado como marco para o início da Idade Média. De acordo com a escala de

tempo apresentada no texto, que considera como ponto de partida o início da

Era Cristã, pode-se afirmar que:

a) as Grandes Navegações tiveram início por volta das quinze horas;

b) a idade Moderna teve início um pouco antes das dez horas.

c) o Cristianismopassou a ser propagado na Europa no início da Idade Média.

d) as peregrinações do apóstolo Paulo ocorreram após os primeiros 150 anos

da Era Cristã.

e) os mosteiros perderam o monopólio da educação nofinal daIdade Média.

93 – CALENDÁRIO INDÍGENA:

Leia para os aunos (ou transcreva) poema a seguir e peça que eles

destaquem quais acontecimentos nos permitem observar a marcação do tempo

para os indígenas. Chame a tenção para as frutas, cereais, aves, festas e

curdos d’água mencionados, o tracajá (um quelônio que vive em água doce)e a

festa do “Kuarup”.

Oriente-os para montar um calendário a partir das observações de marcações

de tempo em forma de desenho.

“Janeiro, mês de milho./ Fevereiro, mês de abóbora./ Março, mês de batata./

Abril, mês de curso [d’água].

Maio, mês de banana. / Junho, mês de timbó./ Julho, mês de periquito./ Agosto,

mês de tracajá./

Setembro, mês de “Kuarup”. / Outubro, mês de pequi. / Novembro, mês da

chuva./Dezembro, mês de melancia.”

(TRUMAI, Tawaiu. Geografia Indígena. São Paulo; ISA, PNDU, 1996, P.53)

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94 - Por volta do ano 100 a.C., acreditava-se que ste astros giravam em

torno da Terra.Essa ordem determinou a denominação dos dias da

semanas para os romanos. Observe a tabela dos dias da semana em

português elatim, e,em seguida, faça um calendário semanal, ilustrando

os nomes com os astros a que fazem referência.

OS DIAS DA SEMANA

PORTUGUÊS LATIM

Domingo “Dies Domini” (dia do Senhor)

Segunda feira “Dies Lunae” (dia da Lua)

Terça feira “Dies Martis” (dia de Marte)

Quarta feira “Dies Mercurii” (dia de Mercúrio)

Quinta feira “Dies Iovies” (dia de Júpiter)

Sexta feira “Dies Veneris” (dia de Vênus)

Sábado “Dies Saturni” (dia de Saturno)

95 - Para os judeus, o início do calendário se dá quando Abraão e sua

tribo dirigem-se para Canaã. Esse fato ocorreu no ano 3761 antes da era

cristã. O ano de 2009 do calendário cristão corresponde a que ano do

calendário judaico?

a) 5770; b)2009; c)3761; d) 5760; e) 5763

96 - Fonte Histórica:

(a) É o nome dado aos fatos marcantes na História.

(b) É uma ciência que estuda o passado.

(c) É tudo aquilo que nos dá informações sobre o passado.

(d) É a teoria que afirma eu tudo foi criado por Deus.

97. São exemplos de Fonte Histórica do tipo Fonte escrita:

a) fotografia e vasos de cerâmica.

b) Ruínas e construções.

c) Jornal e revista.

d) Instrumentos e músicas folclóricas.

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98. A medida de tempo que equivale a dez anos chama-se:

a) década

b) bimestre

c) século

d) milênio

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GABARITO

1 – F, V, F, V

2 – D

3 – A

4 – Itens certos: nenhum. Itens errados – 1, 2, 3, 4.

5 – B

6 – D

7 – B

8 – Itens certos: 2, 3, 4. Item errado: 1

9 –

a) Podemos definir um período histórico como um recorte espaço-temporal feito

pelo historiador, no qual é possível estudar tópicos de estrutura econômica,

social, política e cultural, suas permanências e mutações, resistências e

variações.

b) São inúmeros os exemplos. Destacamos as cartas de descobrimento e

colonização, obras impressas de religiosos e, num período mais recente,

fotografias e filmes feitos na época.

10 – Para responder a ambas as questões é necessário ler a matéria do jornal

e da revista e buscar suas imbricações históricas, a que temas relacionam-se,

quais são seus impactos na sociedade. Caso seja uma notícia internacional,

como ela se remete à realidade brasileira. Caso seja uma notícia de âmbito

regional, faz-se preciso analisar se microcosmo e suas interfaces com os

contextos maiores.

11 – Definir o período anterior ao aparecimento da escrita (aproximadamente

em 3.200 a.C.) como Pré-História é levar em conta que a História só pode ser

feita a partir de documentos escritos. Entretanto, os documentos históricos são

os mais variados possíveis e não apenas escritos. Pinturas, artefatos,

cerâmicas e cultura material como um todo são, por exemplo, tão importantes

para as investigações históricas como um documento escrito. Portanto, definir

o início da História apenas a parir do aparecimento da escrita é passível de

crítica.

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12 - O aluno deve analisar o Atlas de 1574 sob o ponto de vista da cultura

européia da época, ou seja, para aquela cultura a Ásia era o lugar das

riquezas; a África, o lugar da miséria; a América, o lugar da selvageria; e a

Oceania, o lugar do desconhecido.

13 - B

14 - o aluno deve entender o contexto histórico como o conjunto de elementos

ligados a um determinado acontecimento, tanto no tempo quanto no espaço.

Analisar um acontecimento fora de seu contexto é correr o risco de não

entender a sua essência. Da mesma maneira, devemos estar atentos ao

contexto em que foi feita a narrativa histórica, uma vez que os textos também

têm historicidade, isto é, carregam em si a marca da história do narrador e do

tempo em que ele vive ou viveu.

15 – A resposta deve enfatizar que a idéia criada pelos europeus acerca da

África – isto é, a de um continente pobre, mergulhado na ignorância do que

seria a verdadeira civilização – era resultado da incapacidade do colonizador

de entender uma cultura diversa da sua.

16 –

a) Fases da Lua, estações do ano, eventos extraordinários como uma praga de

gafanhotos ou de um inverno excessivamente rigoroso.

b) O aluno deve perceber que tanto o povo de Santa Fé quanto os índios

desconheciam ou se recusavam a usar o calendário consagrado pela cultura

católica medieval; além disso, nos dois casos a passagem do tempo é marcada

por eventos da natureza.

c) O aluno pode optar por duas linhas de reflexão: o padre usava um calendário

porque era letrado e, portanto, orientava-se pelos pressupostos da cultura

ocidental ou, então, ele usava o calendário porque este marca o tempo cristão.

17 – C

18 – B

19 – B

20 – E

21 – Resposta pessoal.

22 – A

23 – B

24 –

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25 –

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28 –

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30 –

31 –

32 –

33 –

34 –

35 –

36 –

37 – E

38 – D

39 - RESOLUÇÃO: Itens CERTOS: (3) e (4). Itens ERRADOS: (0), (1) e (2).

40 – D

41 – C

42 – E

43 – C – C – E

44 - RESOLUÇÃO:   Todas as afirmativas estão corretas, pois referem-se aos

modernos conceitos existentes na História, os quais permitem uma avaliação

mais profunda do processo histórico.

45 – D

46 – V – V

47 – A

48 – B

49 – a) Embora Eça de Queiroz aponte o despotismo inglês ao querer impor

sua cultura para os Basutos, ele também não consegue perceber nada que

possa ser considerado válido na cultura desse povo. Era a visão discriminatória

dos europeus conhecendo povos diferentes.

b) Os ingleses queriam impor seu domínio aos Basutos. Por isso, ensinavam

os nomes de seus reis (ou seja, sua História) com a finalidade de fazer o povo

conquistado se ver como parte da história do conquistador, aceitando mais

facilmente seu poder.

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50 – a) Esses povos usam, ou usaram, diferentes calendários por constituírem

diferentes culturas. Isso significa que as formas de contar o tempo, os eventos

marcantes, são diferentes, pois as suas histórias diferem entre si.

b) Sim, a difusão do calendário gregoriano reflete a expansão do domínio

europeu pelo mundo impondo sua cultura aos outros povos.

51 – a)

Século

Início Fim

I 1 100

IV 301 400

VII 601 700

X 901 1000

XV 1401 1500

XIX 1801 1900

XXI 2001 2100

VI a.C. 600 a.C. 501 a.C.

XVIII a.C. 1800 a.C. 1701 a.C.

b)

Ano Século Ano Século

2456 XXV 843 IX

1990 XX 245 III

1780 XVIII 432 a.C. V a.C.

1099 XI 2700 a.C. XXVII a.C.

52 – a) Segundo a Mitologia grega, existiam nove artes, cada qual com a sua

musa inspiradora. Clio é a musa da história.

b) O texto mostra a concepção de História no Ocidente: os eventos eram

relevantes na medida em que se associavam à história européia – “o império

de Clio” – ou estavam condenados à exclusão e ao esquecimento.

53 –

54 – D

55 –

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69 – V – V – F – F –

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81 D

82 E

83 V V F F

84 B

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90 F F V F V Justificativa: 0-0) Falsa. As relações de trabalho não são comunitárias. O capitalismo incentiva a concorrência e o individualismo. 1-1) Falsa. Os interesses econômicos são determinantes para Marx, mas não os únicos. Através da revolução social, a sociedade pode ser transformada e se tornar uma sociedade justa. 2-2) Verdadeira. A revolução social é o caminho para mudanças e é a possibilidade de seredefinir as relações entre as pessoas, acabando com a exploração. 3-3) Falsa. A sociedade capitalista é contraditória, mas histórica; portanto não é definitiva e podeser transformada. 4-4) Verdadeira. O comunismo seria a sociedade idealizada para efetivar os ideais marxistas com a concretização da justiça social.91 – D

92 – A

93 –

94 – Resposta: Os dias da semana correspondem aos seguintes astros: Sol, Lua, Marte, Mercúrio, Júpiter e Vênus. Você poderá pedir aos aunos para pesquisarem as imagens desses astros e desenharem o calendário da semana proposto pela atividade. (OBS:- Em relação ao domingo, fica difícil explicar porque é o Sol o astro, mas se o calendário for em inglês, a visualização fica mais clara.) 95 - O calendáro judaico esta sempre 3761 adiantado em relação ao calendário gregoriano. Portanto, basta somar o ano de 2009 (ou outro qualquer) à difeença de 3761 anos, o que resulta em 5770.96 –

97 –

98 –