0 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
REFERENCIAL
GBC BRASIL
CASA
GUIA RPIDO
PRIMEIRA EDIO
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 1
DIREITOS AUTORAIS
2014 Green Building Council Brasil. Todos os direitos reservados.
permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada fonte e que no seja
para venda ou qualquer fim comercial.
Todos os textos, grficos, imagens e contedo tcnico utilizado no Referencial GBC Brasil
Casa, so de propriedade do Green Building Council Brasil e so protegidos por direitos
autorais. O uso no autorizado deste Referencial viola seus direitos autorais e proibido. Os
cdigos federais e estaduais, regulamentos, normas, etc., reproduzidos neste guia foram
utilizados sob licena do Green Building Council Brasil.
RETRATAO
Nenhuma das partes envolvidas no financiamento ou criao do Referencial GBC Brasil Casa,
incluindo o Green Building Council Brasil, seus membros, seus contratantes, ou o governo
Brasileiro, assume qualquer responsabilidade com o usurio ou terceiros em relao preciso,
integridade ou confiana de qualquer informao contida no Referencial, ou por quaisquer
prejuzos, perdas ou danos, decorrente de tal uso ou confiana.
Como condio de uso, os usurios que no concordarem em renunciar o Green Building
Council Brasil, seus membros, contratantes e governos, de todos e quaisquer prejuzos, perdas
ou danos, que o usurio possa vir a ter no futuro, no tm o direito de fazer valer contra essas
partes, qualquer demanda de cunho indenizatrio.
O construtor ou projetista o nico responsvel por escolher o Referencial GBC Brasil Casa,
que especificamente voltado para residncias e edifcios residenciais, para construir o seu
empreendimento.
O Referencial GBC Brasil Casa um trabalho totalmente voltado para o mercado imobilirio
residencial do Pas, visando criar parmetros nacionais de sustentabilidade para a demanda
habitacional existente, buscando a viabilidade econmica, criao de ambientes mais saudveis,
eficincia no uso de recursos, reduo da extrao de recursos naturais do ambiente. As
recomendaes e sugestes presentes nesse Referencial no possuem a inteno de substituir
ou complementar as legislaes de ordem pblica destinada construo civil, ambiental,
trabalhista, entre outras.
AGRADECIMENTO
O desenvolvimento do Referencial GBC Brasil Casa s foi possvel graas aos esforos de
muitos voluntrios dedicados, membros da equipe e outros parceiros do GBC Brasil.
Este referencial foi conduzido e executado por funcionrios e consultores do GBC Brasil e incluiu
a participao de mais de 200 profissionais voluntrios de diversos setores da cadeia da
construo civil, tais como empresas produtoras de materiais, construtoras, incorporadoras,
universidades, inciativas pblicas, entre outros. Ns gostaramos de agradecer profundamente a
todos os membros dos Comits do Green Building Council Brasil. O apoio destes profissionais foi
fundamental para o desenvolvimento deste trabalho.
2 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
COMIT DE IMPLANTAO
Lder Do Comit: Maria Carolina Fujihara GBC Brasil
Integrantes do Comit Executivo:
Camila Faccioni Mendes Nagay Athi Wohnrath
Fernando Cesar Penteado Acade Arquitetura
Luiz Claudio Ballei Chacaroski AJL Ar Condicionado
Patrcia de Freitas Arquiteta
Ricardo Vercio Grupo Dema
Rosana Correa Casa do Futuro
COMIT DE IMPLANTAO SUBGRUPO PAISAGISMO SUSTENTVEL
Integrantes do Comit Executivo:
Edivaldo Casarini Aquasolo
Jos Flavio Machado Leo Propark
Joo Jado ANP Agencia Nacional de Paisagismo
Marcelo Machado Leo Propark
Ricardo Cardim Envec Skygarden
Ricardo Tadashi Almeida SAPU
Renata Florence SAPU
Roberto Palmieri Imaflora
COMIT USO RACIONAL DA GUA
Lder do Comit: Marco Yamada Duratex S.A.
Integrantes do Comit Executivo:
Dany Braz Regatec
Frederico Haun Rainbird
Frederik Purper DNV KEMA
Isabela Rudge Ramos Sustentech
Kelly Silva Rainbird
Levi Garcia Docol Metais Sanitrios
Manuela Feij Ecotelhado
Maristela Medeiros Docol Metais Sanitrios
Miguel Azevedo Grohe Metais Sanitrios
Osvaldo Barbosa de Oliveira Duratex S.A.
Plinio Grizolia Docol Metais Sanitrios
Plnio Tomaz Plnio Tomaz Engenharia
Rafael Zan Even Construtora
Virginia Sodr Infinitytech
Wagner Oliveira da Silva CTE
Integrantes do Comit de Apoio:
Admilson Marin Indeco Energia e gua
Diogo Almeida Sharewater
Edson Geraldo de Souza Sabesp
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 3
Joo Barassal Neto Grupo EcoHHouse
Juliano Silva CTE
Renato Arcuri Marques Duratex S.A.
COMIT USO RACIONAL DA GUA SUBGRUPO FONTES E DISTRIBUIO DE
GUA QUENTE
Integrantes do Comit Executivo:
Jos Jorge Chaguri Jr. Chaguri Consult
Marcelo Mesquita ABRAVA
Sergio Kater ABRASIP
COMIT ENERGIA E ATMOSFERA
Lder do Comit: Rita Toscano Tv Rheinland do Brasil
Integrantes do Comit Executivo:
Fernando Guerra Souza Guerra Arquitetura
Hilario Javier Lacoma Lacoma Solutions
Joo Alves Pacheco Cushman & Wakefield
Joo Guilherme Aguiar Procobre/Certiel
Leandro Amatti Amatti Engenharia
Marcio Takata Enova Solar
Paulo Pascotto Susplan
Ricardo Gedra Eletropaulo
Integrantes do Comit de Apoio:
Alexandre Lara Afconsulting
Boris Villn C2KR
Juliana Deotti Basf S.A.
Luis Castilho Petinelli
Otavio Panzarini Tecnisa
COMIT MATERIAIS E RECURSOS E REQUISITOS SOCIAIS
Lder do Comit: Sandra Pinheiro Petinelli
Integrantes do Comit Executivo:
Claudia Takahashi IPVC Instituto do PVC
Daniela Corcuera Casa Consciente
Danielly Garcia UFMG
Edson Polistchuck Solvay
lcio D. Carelli ObraLimpa
Heny Rocha Cardoso Ductor Implantao de Projetos Ltda.
Juliana Andrade Basf S.A.
Luiza Amlia Fernandes Junqueira Seinsus
Silvana Maria Silva Silvestre Arquiteta
4 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
Integrantes do Comit de Apoio:
Arthur Brito Kahn do Brasil
Cintia Figueiredo Alcoa
Eliza Mauro Cushman & Wakefield
Fabricio Buzeto Basf S.A.
Joo Barassal Neto Grupo EcoHHouse
Lourdes Cristina D. Printes LCP Engenharia e Construo Ltda.
Marcos Cunha Ciclo Ambiental
Mauricio Garcia Basf S.A.
COMIT QUALIDADE AMBIENTAL INTERNA
Lder do Comit: Juliana Gonalves Vieira Malho Athi Wohnrath
Integrantes do Comit Executivo:
Cesar Tofano LG Eletronics
Christiano de R. Pereira CPA Architecture
Fabiano Domingues Ferreira Cushman & Wakefield
Gustavo Graudenz ABNT
Hilario Javier Lacoma Lacoma Solutions
Pablo Antonio Sandoval Cushman & Wakefield
Ricciano Liberali Petinelli
Integrantes do Comit de Apoio:
Afonso Augusto V. N. Cardoso
Adriana Camargo de Brito IPT Instituto de Pesquisas Tecnolgicas
Claudia Takahashi IPVC Instituto do PVC
Leonardo Cozac Conforlab
Leonardo Vitoriano da Silva Basf S.A.
Maria ngela Pereira Sherwin Willians
Paulo Costa e Morais W & Lenzi ltda.
COMIT QUALIDADE AMBIENTAL INTERNA SUBGRUPO CONFORTO TRMICO
Integrantes do Comit Executivo:
Christiano de R. Pereira CPA Architecture
Hilrio Javier Lacoma Lacoma Solutions
Ricciano Liberali Petinelli
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 5
25 Pontos
Pr-requisito 1 Obrigatrio
Pr-requisito 2 Obrigatrio
Pr-requisito 3 Obrigatrio
Crdito 1 10
Crdito 2 2
Crdito 3 1 a 3
Crdito 4 1
Crdito 5 1 a 3
Crdito 6 1
Crdito 7 1
Crdito 8 1 a 5
Crdito 9 1 a 2
Crdito 10.1 1 a 2
Crdito 10.2 1
Crdito 11 1
Crdito 12 1 a 3
12 Pontos
Pr-requisito 1 Obrigatrio
Pr-requisito 2 Obrigatrio
Crdito 1 1 a 5
Crdito 2 1 a 2
Crdito 3 1 a 5
Infraestrutura de gua e Saneamento Bsico
Implantao (IMP)
Controle da eroso, sedimentao e poeira na atividade da Construo
Orientao de Projeto - Carta Solar
No utilizar Plantas Invasoras
Desenvolvimento Urbano Certificado (ou IMP2 a IMP6)
Seleo do Terreno
Localizao Preferencialmente Desenvolvida
Medio nica do Consumo de gua
Proximidade a Recursos Comunitrios e Transporte Pblico
Acesso a Espao Aberto
Reduo de Ilha de Calor - reas de Piso e Cobertura
Implantao Compacta
Uso Racional da gua (URA)
Uso Racional da gua - Bsico
Paisagismo
Controle e Gerenciamento de guas Pluviais - Quantidade
Administrao do Canteiro
Controle e Gerenciamento de guas Pluviais - Qualidade
Controle de Pragas sem Produtos Txicos
Uso Racional da gua - Otimizado
Medio Setorizada do Consumo de gua
Sistemas de Irrigao Eficiente
28 Pontos
Pr-requisito 1 Obrigatrio
Pr-requisito 2 Obrigatrio
Pr-requisito 3 Obrigatrio
Pr-requisito 4 Obrigatrio
Crdito 1 2 a 10
Crdito 2 6
Crdito 3 2
Crdito 4 1 a 2
Crdito 5 1 a 2
Crdito 6 1
Crdito 7 2
Crdito 8 1 a 4
Crdito 9 2
Crdito 10 1
Fontes Eficientes de Aquecimento Solar
Energia e Atmosfera (EA)
Desempenho da Envoltria
Fontes de Aquecimento de gua Eficientes
Qualidade das Instalaes Eltricas de Baixa Tenso
Iluminao Artificial - Bsica
Desempenho Energtico Aprimorado
Obter a Etiqueta PBE Edifica (ou EA3 e EA4)
Atender Nvel A do PBE Edifica
Iluminao Artificial - Otimizada
Gerenciamento do Gs Refrigerante Residencial
Equipamentos Eletroeletrnicos Eficientes
Energia Renovvel
Comissionamento dos Sistemas Instalados
Medio e Verificao
REFERENCIAL GBC BRASIL CASA
6 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
15 Pontos
Pr-requisito 1 Obrigatrio
Pr-requisito 2 Obrigatrio
Crdito 1 1 a 2
Crdito 2 1 a 2
Crdito 3 1 a 5
Crdito 4 1
Crdito 5 1
Crdito 6.1 1 a 2
Crdito 6.2 1 a 2
15 Pontos
Pr-requisito 1 Obrigatrio
Pr-requisito 2 Obrigatrio
Crdito 1 1 a 3
Crdito 2 1
Crdito 3 1 a 2
Crdito 4 1 a 4
Crdito 5 1 a 3
Crdito 6 1
Crdito 7 1
Materiais e Recursos (MR)
Controle de Partculas Contaminantes
Controle de Materiais Contaminantes
Materiais Certificados
Desmontabilidade e Reduo de Resduos - Sistemas Estruturais
Desmontabilidade e Reduo de Resduos - Sistemas No-estruturais
Qualidade Ambiental Interna (QAI)
Controle de Emisso de Gases de Combusto
Exausto Localizada - Bsica
Conforto Ambiental Interno
Controle de Umidade Local
Exausto Localizada - Automatizada
Proteo de Poluentes Provenientes da Garagem
Proteo ao Radnio - reas de grande risco
Acstica
Madeira Legalizada
Plano de Gerenciamento de Resduos da Construo
Materiais Ambientalmente Preferveis
Madeira Certificada
Plano de Gerenciamento de Resduos da Construo e Operao
3 Pontos
Pr-requisito 1 Obrigatrio
Crdito 1 1
Crdito 2 1
Crdito 3 1
10 Pontos
Crdito 1 1
Crdito 2 1
Crdito 3 1 a 2
Crdito 4 1
Crdito 5 1 a 5
2 Pontos
Crdito 1 1 a 2
Crdito 2 1 a 2
Crdito 3 1 a 2
Crdito 4 1 a 2
Crdito 5 1 a 2
Projeto Integrado e Planejamento
Gerenciamento da Qualidade, visando a Durabilidade
Manual do Usurio
Requisitos Sociais (RS)
Legalidade e Qualidade
Acessibilidade Universal
Prioridades Regionais - Sudeste
Prioridades Regionais - Centro-Oeste
Declarao ambiental de produto
Inovao e Projeto
Crditos Regionais (CR)
Prioridades Regionais - Norte
Prioridades Regionais - Norteste
Prioridades Regionais - Sul
Boas Prticas Sociais para Projeto e Obra
Boas Prticas Sociais para Operao e Manuteno
Inovao e Projeto (IP)
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 7
SUMRIO
Prefcio
Como utilizar este guia
Introduo
Porque Casas Verdes?
O Referencial
Processo de Certificao
Projetos Pilotos
Apartamento Sustentvel So Paulo SP
Vila Maresias So Sebastio SP
Casa da Chapada Chapada dos Guimares MT
Catuaba Ecovila So Luiz do Paraitinga SP
Residncia Sustentvel Braslia DF
Casa Madagascar Braslia DF
Casa Doke Sumar SP
Gadia House Barretos SP
Casa Eudoxia Campinas SP
Implantao (IMP)
IMP PR1: Controle da eroso, sedimentao e poeira na atividade da Construo
IMP PR2: Orientao de Projeto Carta Solar
IMP PR3: No utilizar Plantas Invasoras
IMP CR1: Desenvolvimento Urbano Certificado (ou IMP2 a IMP6)
IMP CR 2: Seleo do Terreno
IMP CR 3: Localizao Preferencialmente Desenvolvida
IMP CR 4: Infraestrutura de gua e Saneamento Bsico
IMP CR5: Proximidade a Recursos Comunitrios e Transporte Pblico
IMP CR6: Acesso a Espao Aberto
IMP CR7: Administrao do Canteiro
IMP CR8: Paisagismo
IMP CR9: Reduo de Ilha de Calor reas de Piso e Cobertura
IMP CR 10.1: Controle e Gerenciamento de guas Pluviais Quantidade
IMP CR 10.2: Controle e Gerenciamento de guas Pluviais Qualidade
IMP CR11: Controle de Pragas sem Produtos Txicos
IMP CR12: Implantao Compacta
10
10
11
18
24
25
26
27
28
29
30
31
32
34
35
36
39
41
42
43
44
8 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
Uso Racional da gua (URA)
URA PR1: Uso Racional da gua Bsico
URA PR2: Medio nica do Consumo de gua
URA CR1: Uso Racional da gua Otimizado
URA CR2: Medio Setorizada do Consumo de gua
URA CR3: Sistemas de Irrigao Eficiente
Energia e Atmosfera (EA)
EA PR1: Desempenho da Envoltria
EA PR2: Fontes de Aquecimento de gua Eficientes
EA PR3: Qualidade das Instalaes Eltricas de Baixa Tenso
EA PR4: Iluminao Artificial Bsica
EA CR1: Desempenho Energtico Aprimorado
EA CR2: Obter a etiqueta PBE Edifica (ou EA3 e EA4)
EA CR3: Atender Nvel A do PBE Edifica
EA CR4: Fontes Eficientes de Aquecimento Solar
EA CR5: Iluminao Artificial Otimizada
EA CR6: Gerenciamento do Gs Refrigerante Residencial
EA CR7: Equipamentos Eletroeletrnicos Eficientes
EA CR8: Energia Renovvel
EA CR9: Comissionamento dos Sistemas Instalados
EA CR10: Medio e Verificao
Materiais e Recursos (MR)
MR PR1: Plano de Gerenciamento de Resduos da Construo
MR PR2: Madeira Legalizada
MR CR1: Plano de Gerenciamento de Resduos da Construo e Operao
MR CR2: Madeira Certificada
MR CR3: Materiais Ambientalmente Preferveis
MR CR4: Controle de Materiais Contaminantes
MR CR5: Materiais Certificados
MR CR6.1: Desmontabilidade e Reduo de Resduos - Sistemas Estruturais
MR CR6.2: Desmontabilidade e Reduo de Resduos - Sistemas No-estruturais
Qualidade Ambiental Interna (QAI)
QAI PR1: Controle de Emisso de Gases de Combusto
QAI PR2: Exausto Localizada Bsica
QAI CR1: Conforto Ambiental Interno
46
47
48
49
50
51
54
55
56
57
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
70
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 9
QAI CR2: Controle de Umidade Local
QAI CR3: Exausto Localizada Automatizada
QAI CR4: Controle de Partculas Contaminantes
QAI CR5: Proteo de Poluentes Provenientes da Garagem
QAI CR6: Proteo ao Radnio reas de grande risco
QAI CR7: Acstica
Requisitos Sociais (RS)
RS PR1: Legalidade e Qualidade
RS CR1: Acessibilidade Universal
RS CR2: Boas Prticas Sociais para Projeto e Obra
RS CR3: Boas Prticas Sociais para Operao e Manuteno
Inovao e Projeto (IP)
IP CR1: Projeto Integrado e Planejamento
IP CR2: Gerenciamento da Qualidade, visando a Durabilidade
IP CR3: Manual do Usurio
IP CR4: Declarao Ambiental de Produto
IP CR5: Inovao e Projeto
Crditos Regionais (CR)
Prioridades Regionais: Norte
Prioridades Regionais: Nordeste
Prioridades Regionais: Sul
Prioridades Regionais: Sudeste
Prioridades Regionais: Centro-Oeste
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
98
99
100
101
103
105
106
107
108
109
110
111
10 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
Prefcio
Os ambientes construdos possuem um enorme impacto no meio ambiente, economia, sade e
produtividade. Avanos na construo da cincia, tecnologia e operaes esto cada vez mais
disponveis para os projetistas, construtores e proprietrios que querem construir verde e
maximizar o desempenho econmico e ambiental.
O Referencial GBC Brasil Casa foi desenvolvido pelo Green Building Council Brasil, com
intenso de fornecer ferramentas necessrias para projetar, construir e operar residncias e
edifcios residenciais que possuam alto desempenho e prticas sustentveis. Busca-se fomentar
o setor industrial em prol da sustentabilidade e transformao do ambiente construdo, atravs
da educao e disseminao das prticas necessrias para a construo sustentvel.
Este Referencial promove a abordagem da construo sustentvel como um todo, abordando a
importncia do desempenho integrado das questes de implantao e seleo do terreno,
economia de agua, eficincia energtica, escolha e gerenciamento dos materiais, qualidade
ambiental interna, requisitos sociais, inovao e especificidades regionais.
Como utilizar este guia
O Guia Rpido do Referencial GBC Brasil Casa um guia de apoio que fornece diretrizes para
a construo e certificao de residncias sustentveis. Ele auxilia as equipes de projeto e
construtores a compreenderem:
As medidas e estratgias que atendem aos critrios de certificao GBC do Referencial
Brasil Casa.
Os objetivos de se atingir cada critrio (ganhando assim pontos para a certificao).
Medidas de desempenho exemplar.
Este Referencial no foi desenvolvido com o sentido de estabelecer como os projetistas e
arquitetos devem projetar, mas sim fornecer ferramentas para que os projetos possuam
caractersticas e diretrizes sustentveis, trazendo benefcios para os usurios e meio ambiente.
As equipes de projeto devem desenvolver e implementar estratgias para atender aos critrios
exigidos por cada crdito, conforme apropriado para cada caso.
Este Referencial fornece informaes para os projetistas e construtores nas seguintes reas:
Informaes introdutrias: Informaes sobre a categoria abordada e a importncia de
considerar e implementar estes conceitos.
CheckList: Pr-requisitos e Crditos que compem o sistema de pontos para cada
categoria abordada.
Informaes sobre cada crdito: Objetivos e requisitos que devem ser considerados em
cada crdito para receber a pontuao desejada.
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 11
Introduo
Porque Casas Verdes?
O impacto ambiental do setor residencial muito significativo. Segundo dados do IBGE e
Agncia Brasil, enquanto a populao brasileira aumentou 0,8% em 2012, com relao a 2011, o
nmero de domiclios subiu 2,5%, chegando a 62,8 milhes. Na Regio Norte, o crescimento foi
3,3%.
O abastecimento de gua chega a 53,4 milhes de domiclios, o que corresponde a 86,4%,
crescimento de 0,8% em relao a 2011. A coleta de esgotos avanou 2,1%, chegando a 58%
dos domiclios do pas. Em 2002, 81,9% tinham gua em casa e 46,4% tinham o esgoto
coletado. Em 2012, 89,9% dos domiclios eram atendidos pela coleta de lixo, enquanto em 2002
a coleta chegava a 84,8% das casas.
A rede eltrica est presente em 99,7% dos domiclios, ante 96,6% em 2002. Esses dados no
incluem a rea rural da Regio Norte, por ter entrado na pesquisa apenas em 2004, impedindo,
portanto, a comparao com anos anteriores.
O servio de telefonia cresceu 4,1% e chegou a 91,2% dos domiclios. Em 2012, 1,85 milho
(3%) tinham apenas telefone fixo, mostrando a tendncia de queda nesse servio, que foi 12,5%
em relao a 2011.
Quanto aos bens durveis, 98,7% tm fogo e 96,7% tem geladeira, nmeros que eram,
respectivamente, 98,6% e 95,8% em 2011. A presena da mquina de lavar roupa passou de
51% para 55,1% e a televiso subiu de 96,9% para 97,2%. O aparelho de DVD est presente em
76% dos domiclios e o rdio caiu de 83,4% para 80,9%. J o microcomputador, passou de
42,9% para 46,4%. Na questo da mobilidade, o nmero de domiclios com carro passou de
40,9% para 42,4%, e com motocicleta subiu de 19,1% para 20%.
Estes dados mostram o impacto considervel criado por residncias e a necessidade crescente
de criar residncias mais sustentveis.
Residncias verdes abordam estes problemas promovendo o projeto e a construo de
residncias que possuem desempenho ambiental mais elevado do que casas comuns.
Edificaes verdes so mais saudveis, mais confortveis ambientalmente, mais durveis, mais
eficientes energeticamente e possuem pegada ecolgica muito mais reduzida do que casas
comuns.
Avanos em pesquisa da cincia da edificao, tecnologia e operaes esto disponveis para
projetistas, construtores, operadores e proprietrios que queiram construir de forma mais
sustentvel e maximizar o desempenho econmico e ambiental.
Residncias verdes provaram que possvel construir residncias no Brasil com menores
impactos ambientais e mais socialmente inclusivas, sem necessariamente ter maior custo
financeiro para isso.
Na realidade, muitas das prticas sustentveis adotadas, principalmente as relacionadas com
eficincia energtica e hdrica, reduziro os custos operacionais a longo prazo. Normalmente,
essa reduo dos custos operacionais iro compensar os eventuais custos iniciais maiores.
A indstria de edifcios verdes est comeando a entender e reconhecer o valor que uma
edificao sustentvel pode prover a seus ocupantes, incluindo benefcios econmicos,
ambientais e de sade humana. O Referencial GBC Brasil Casa proporciona uma base para
12 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
quantificar os benefcios e estratgias adotadas por residncias sustentveis, facilitando a
disseminao desses conceitos para cada vez um nmero maior de residncias brasileiras.
O Referencial
Em Setembro de 2012 o GBC Brasil lanou o referencial para Casas Sustentveis, que tem o
intuito de abordar e avaliar diferentes questes de sustentabilidade em projetos de residncias.
Este um marco na histria de nossa organizao, que determina a abrangncia do
atendimento de uma nova demanda de mercado, ao mesmo tempo em que disponibiliza a todos
os brasileiros, um referencial de sustentabilidade para casas, com o objetivo primrio de
beneficiar o meio em que sero inseridos; alm de promover economia e preservao de
recursos naturais, com parmetros adequados de medio e desempenho, consolidados por
uma organizao de renome.
Foi a ajuda voluntria de mais de 200 profissionais do setor, que tornou realidade esta iniciativa.
A organizao dos comits tcnicos teve incio em meados de 2011, com a criao de grupos de
discusses, que abordavam as distintas reas de sustentabilidade de uma construo:
implantao, uso racional da gua, eficincia energtica, materiais, qualidade do ambiente
interno e responsabilidade social. Estes comits, utilizando seu elevado conhecimento tcnico, e
como referncia, outros selos de certificao j consolidados no mundo, definiram os parmetros
de sustentabilidade que so avaliados hoje no Referencial GBC Brasil Casa. O Referencial
passou por uma fase de comentrios pblicos e em 2013 iniciou a segunda etapa de
implantao - a fase piloto.
A fase piloto consistiu em avaliar na prtica toda a teoria desenvolvida, ou seja, auditar e
certificar o projeto e obra de 09 casas que foram construdas e certificadas na Verso Piloto do
Referencial GBC Brasil Casa.
Aps trmino da fase piloto, o referencial agora lanado ao mercado e ao pblico em geral,
aberto para todos aqueles que buscam melhorias ambientais, sociais e economia de operao
em seus projetos e construes. A partir deste momento, todos os interessados podem inscrever
seus projetos pelo site do GBC Brasil e buscar a Certificao Ambiental desejada.
O GBC Brasil acredita na extrema importncia deste trabalho para a criao de parmetros e
desenvolvimento de conceitos sustentveis para as residncias no pas. Mais do que viabilidade
de redues de custos operacionais, este Referencial tem a funo de incentivar a criao de
polticas pblicas e benefcios fiscais para residncias que adotarem sistemas de
sustentabilidade em seus projetos. Esperamos que atravs da conscientizao da populao,
por meio de educao ambiental e construtiva desse tipo de projeto, o consumidor final possa
fazer exigncias sustentveis aos governantes e mercados. Desta forma, elevando o nvel
tcnico do mercado da construo civil e residencial, podemos colocar o Brasil como uma
enorme referncia mundial de construo sustentvel.
Processo de Certificao
O Processo de Certificao consiste basicamente em 4 etapas: Registro, Verificao, Reviso e
Certificao, conforme descrito abaixo:
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 13
1. Registro
Logo no incio do desenvolvimento do projeto, junte sua equipe de projeto e obra (incluindo
proprietrio, incorporador e outros) a faa uma anlise prvia de todos os crditos do Referencial
GBC Brasil Casa. Sua equipe de trabalho ajudar a identificar os crditos que sero buscados
na Certificao, levantaro as dificuldades e solues e entendero os principais passos
necessrios para que o trabalho seja um sucesso.
O projeto deve ser uma residncia ou edifcio residencial permanentemente instalado no terreno,
que atenda todas as leis e cdigos locais vigentes e possua no mnimo, 30m2 construdo por
unidade residencial.
Prazo para Registro: Ns o encorajamos a registrar sua residncia logo no incio do
desenvolvimento do projeto, antes da concluso dos projetos arquitetnicos e antes ainda do
incio da obra. Devido s visitas obrigatrias em obra, um projeto pode ter seu registro recusado
em funo do incio e evoluo avanada da obra.
No site do GBC Brasil, voc deve criar um login e senha que ser acessado para verificao de
seus projetos em andamento. O registro do projeto deve ser feito pelo prprio site, completando
os espaos com as informaes pedidas. O Administrador do projeto e o Proprietrio tero
acesso aos dados do projeto dentro do site e podero submeter duvidas, enviar formulrios e
verificar o andamento da certificao de forma online.
Para registrar seu projeto acesse: www.gbcbrasil.org.br
Aps preenchimento das informaes do formulrio de registro, voc receber um e-mail de
contato de nossa equipe, que enviar uma cpia do contrato de Certificao e os boletos de
pagamento das taxas.
A qualquer momento contate nossa equipe: [email protected]
2. Verificao
Depois de feito o registro, assinado o contrato e pago as taxas referentes, est preparado para
comear? timo!
A fim de verificar se o projeto est caminhando corretamente e atendendo adequadamente
determinadas diretrizes para o processo de certificao, voc necessitar realizar visitas no
local, visualizando o processo de projeto e obra. A verificao no canteiro envolve o trabalho
com sua equipe de projeto e obra para promover visitas no canteiro e traar diretrizes ou sanar
dvidas quando necessrio.
Alm das verificaes in loco, a obra deve ser acompanhada e fotografada em todas as etapas.
O consultor, arquiteto ou proprietrio devem fazer este acompanhamento para a comprovao
dos crditos e pr-requisitos posteriormente. Toda a documentao de suporte para
comprovao de cada crdito e pr-requisito tambm deve ser separada conforme o andamento
de cada item.
O GBC Brasil ir fazer 2 verificaes in loco na obra, obrigatoriamente, realizadas por auditores
especficos, que no sero necessariamente agendadas. Outras visitas extras podem ser
agendadas conforme o cronograma e necessidade da obra.
14 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
Visita de Verificao no Incio da Construo, por um Auditor do GBC Brasil
A Certificao para o Referencial GBC Brasil Casa exige uma visita do auditor do GBC Brasil
no incio da obra, na fase ps-superestrutura (escavaes e manejo de solo) e incio da fase
estrutural (construo do empreendimento). Nesta etapa sero verificadas todas as questes
relacionadas ao canteiro de obra e sua organizao, bem como todos os controles de eroso,
sedimentao e poeira do terreno, gerenciamento de resduos, boas prticas sociais, entre
outros. Ser assinado um formulrio de conformidade e qualquer item que esteja fora do
alinhamento da Certificao deve ser corrigido e comprovada correo.
Visita de Verificao no Final da Construo, por um Auditor do GBC Brasil
Quando a construo for finalizada, incluindo o paisagismo, deve ser realizada a segunda visita
obra, pelo auditor do GBC Brasil. Durante a visita, o auditor verificar se foram atendidos todos
os pr-requisitos e crditos buscados pelo projeto e assinar um relatrio de conformidade.
Qualquer item que esteja fora do alinhamento da certificao deve ser corrigido e comprovada
correo.
3. Reviso
Aps juntar toda a documentao de suporte e ter preenchido todos os formulrios de
atendimento de cada pr-requisito e crdito que ser buscado para a Certificao, voc deve
submeter todo o conjunto para reviso. A submisso desta documentao a princpio, ser feita
de forma eletrnica (via qualquer forma de compartilhamento online), pelo seguinte e-mail:
Sugerimos a organizao de cada crdito a ser submetido, em pastas separadas, com todos os
documentos de cada item copiados em cada pasta. Toda a documentao recebida ser
revisada por uma empresa de terceira parte, contratada e terceirizada pelo GBC Brasil. A
organizao s far a ponte de recebimento da documentao por parte do administrador do
projeto, e posterior envio para anlise pela empresa terceira.
Formulrios da Certificao
Tabelas em Excel que ajudam no desenvolvimento de cada crdito e pr-requisito, indicando os
documentos de suporte necessrios para a comprovao dos mesmos. Estes formulrios so
disponibilizados pelo GBC Brasil, para todos os projetos inscritos no Referencial GBC Brasil
Casa e devem ser preenchidos por cada profissional responsvel pela parte que lhe cabe.
Documentao de Suporte
necessrio enviar uma documentao de suporte que complemente a narrativa obrigatria dos
Formulrios da Certificao. Tudo o que for descrito no crdito, deve ser comprovado por meio
do envio destes documentos, sejam eles relatrios, imagens, textos, notas fiscais, fotos, ou
qualquer outro tipo de comprovao.
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 15
Todos os documentos de suporte e os formulrios de cada crdito e pr-requisito devem ser
enviados de forma eletrnica (nunca impressa) e todos juntos com cada crdito referente.
Os documentos podem ser salvos em sua conta no site conforme finalizao de cada item e
aps concluso de todos os crditos e pr-requisitos, clicar no boto ENVIAR PARA REVISO,
para incio do processo de auditoria.
Reviso Parcial e Final
Todos os crditos listados como pertencentes fase de projeto devero ser enviados aps o
trmino dos projetos (pr-obra) para reviso, junto com a documentao de suporte. O GBC
Brasil responder dentro de 30-40 dias teis sobre o pr-atendimento de cada um. Esta resposta
apenas indicar se o projeto est no caminho certo para a certificao ou no. Todos os crditos
listados nesta primeira reviso podem sofrer alterao na reviso final. E mesmo crditos no
enviados para esta primeira reviso podem buscar pontos na reviso final.
Aps o trmino da obra, a equipe deve enviar todos os formulrios e documentos finais pelo
email: [email protected], para iniciar o processo de reviso e auditoria final. O
GBC Brasil responder dentro de 45-50 dias teis sobre o processo, enviando um checklist com
a marcao final dos crditos e pr-requisitos que foram aprovados e os que foram negados.
Sua equipe pode aceitar o resultado final como definitivo ou submeter uma nova ou revisada
documentao, para reavaliao, por meio de um Recurso.
Reavaliao ou Recurso
A fase de Reviso Final fornece uma rodada adicional de reviso (reavaliao via recurso) e
permite que voc e sua equipe submetam informao complementar e aperfeioada ou adicione
novos crditos que no estavam previstos de atendimento inicialmente. O GBC Brasil
responder dentro de 30-35 dias teis sobre o processo de reavaliao, informando sobre os
crditos ou pr-requisitos que foram reavaliados, se foram atendidos ou negados.
Voc possui at 15 dias corridos aps o recebimento da avaliao final, para enviar o formulrio
de Recurso preenchido, bem como todas as informaes e documentos extras por crdito para
reavaliao. Esta reavaliao possui um limite de revises por crdito, conforme indicao de
negao definitiva por parte do auditor.
Cada reavaliao ou recurso custar o valor de R$ 500,00 por crdito ou pr-requisito, a serem
pagos dentro de 7 dias corridos aps recebimento do boleto.
Reviso Acelerada
Caso voc possua um cronograma apertado para o recebimento da Certificao Referencial
GBC Brasil Casa, contate o GBC Brasil antes do envio dos documentos para reviso, com no
mnimo 5 dias de antecedncia, para ter o prazo de reviso reduzido pela metade: 15 27 dias
teis.
16 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
Seu pedido ser avaliado pela nossa equipe e aprovado conforme disponibilidade. O custo para
a reviso acelerada de todo o projeto de R$2.000,00. O custo para reviso acelerada de
crditos nicos, que esto sendo reavaliados, de R$ 500,00.
4. Certificao
Este o ltimo passo no processo de reviso.
Aps a concluso da reviso, a somatria de pontos que o projeto atingiu indicar um nvel de
Certificao final. Existem 4 nveis de Certificao:
O Responsvel pelo projeto receber o anncio da concluso da Certificao com a pontuao
obtida, juntamente com 2 placas (uma para o ambiente interno e outra para o ambiente externo)
e um certificado, que indicam o mrito alcanado.
Aps a concluso, a residncia pode publicar as informaes referentes ao projeto e ao
Certificado, incentivando assim outras residncias a buscarem a mesma eficincia.
Promova seu projeto
Uma vez que voc recebeu a Certificao, provvel que voc queira dizer ao mundo sobre
isso! E voc deve. O Referencial GBC Brasil Casa beneficia a sua construo e destaca os
seus esforos em prol da sustentabilidade. um motivo de celebrao!
O nosso Guia de Relaes Pblicas para projetos com Certificao Referencial GBC Brasil
Casa pode ajud-lo a fazer isso. Voc tambm vai receber um certificado oficial de
reconhecimento, e pode optar por encomendar placas e certificados extras. Veja mais detalhes
sobre o ps-certificao no Guia.
Para fazer o download do Guia, acesse o site do GBC Brasil.
Como o GBC Brasil divulga seu projeto
Seu trabalho com a certificao algo a ser celebrado - e comunicado a todos. Alcanar a
certificao lhe d a oportunidade de compartilhar as suas estratgias de projeto, fotos, viso, e
desempenham um papel fundamental na educao de outras equipes de projeto.
Usamos os dados do projeto para um bem maior: educar e fornecer recursos para as equipes de
outros projetos, compartilhar as melhores estratgias utilizadas com o mercado, e fomentar o
movimento das construes sustentveis no Brasil, visando o crescimento deste mercado e
prticas.
Todas as informaes detalhadas de cada projeto so confidenciais e permanecero em sigilo
pelo GBC Brasil e empresa revisora (documentos e formulrios enviados). Porem, algumas
informaes bsicas, caso seu projeto no seja registrado como confidencial, sero divulgadas
pela organizao, tais como:
VERDE PRATA OURO PLATINA
40-49 Pontos 50-59 Pontos 60-79 Pontos 80+ Pontos
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 17
Nome do projeto
Cidade e Estado
Nmero de registro
Data de registro
Data da certificao
Nvel de certificao recebido
Total de pontos ganhos
Checklist preenchido do projeto
Nome do Construtor
Nome do Arquiteto (autor do projeto)
Quadro de reas
Outras Informaes podem ser utilizadas para artigos, perfis de projetos ou outras caractersticas
a serem divulgadas na mdia pelo GBC Brasil:
Os prestadores de servios (Empresas)
Membros da equipe do projeto (Ficha Tcnica)
Fotografias promocionais ou outras fotografias do projeto
Estratgias utilizadas no projeto para a certificao
Frases e citaes dos membros da equipe ou proprietrios
Voc livre para optar se o seu projeto ser confidencial ou no, no momento da inscrio.
Todos os projetos confidenciais que receberem a certificao sero solicitados mais uma vez
para fazer a transio para o status pblico. Voc vai precisar reconfirmar seu status nesse
momento, se voc quiser mant-lo com confidencial, ou ento ele se tornar pblico. Ns
respeitamos a sua privacidade, e se voc optar por manter seu status do projeto "privado", as
informaes de seu projeto no sero compartilhadas.
Brandbook GBC Brasil (Manual de uso da marca)
Antes e depois de receber a Certificao voc pode utilizar a marca Referencial GBC Brasil
Casa para divulgar seu projeto nos meios de comunicao pblicos, incluindo a prpria
residncia certificada. Para utilizao da marca do Referencial GBC Brasil Casa necessrio
seguir informaes contidas no Brandbook do GBC Brasil.
Para fazer o download do Brandbook, acesse o site do GBC Brasil.
Prazo para alcanar a certificao
A vigncia do contrato para a Certificao, entre o GBC Brasil e o proprietrio do imvel, se
estende por 24 (vinte e quatro) meses, contados da sua celebrao. Caso o projeto se estenda
ao prazo sugerido, deve ser feito um pedido de prorrogao de prazo por escrito (via eletrnica).
Inexistindo a sua prorrogao, mediante termo escrito, o contrato cancelado automaticamente,
sem nenhuma necessidade de atualizao, independentemente do recebimento ou no do ttulo.
Poltica de Monitoramento
Cada projeto que obtm a Certificao Referencial GBC Brasil Casa deve fornecer ao GBC
Brasil, ou autorizar o GBC Brasil a coleta de dados de consumo de energia e de gua, por meio
de sistemas de medio de projetos e/ou prestadores de servios terceirizados. Isto significa
18 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
todas as informaes relativas ao consumo ou utilizao de gua, eletricidade, gs, leo, carvo,
madeira, energia solar, elica, ou outro tipo de servio de utilidade pblica, de consumo de
combustvel ou outro recurso fornecido para o projeto e/ou criado no local do projeto, em parte
ou em sua totalidade. Estes dados so de extrema importncia para a gerao de padres de
consumo e criao de sistemas de comparao entre residncias comuns e residncias
certificadas, podendo influenciar na criao de padres mais condizentes com os consumos
regionais e subsidiar a criao de polticas pblicas nacionais.
Durao do acompanhamento: Cada projeto deve comear a cumprir com estes termos
relacionados ao projeto de monitoramento dentro de 1 ano aps um projeto obter a certificao e
manter a conformidade por um perodo de 5 anos subsequentes. O proprietrio deve notificar
todos os proprietrios subsequentes e/ou ocupantes futuros da residncia, sobre os requisitos de
monitoramento do projeto.
Publicao dos dados: O GBC Brasil pode publicar e/ou fornecer os dados recolhidos a terceiros
e/ou ao pblico em geral; no entanto, todos os dados publicados no possuiro nenhuma ligao
ou identificao com o projeto em questo. Ou seja, os dados de consumo no so
confidenciais, porem a procedncia dos dados confidencial.
Isenes e informaes complementares: Os projetos que possurem custo elevado ou proibitivo
em relao medio global de projetos, ou outra forma especfica de coleta de dados e
elaborao de relatrios, esto isentos desta obrigatoriedade. O GBC Brasil pode emitir e/ou
modificar outras orientaes sobre esta poltica de Monitoramento do Projeto, conforme melhor
viabilidade tcnica e econmica para os projetos certificados.
Projetos Pilotos
Os 9 projetos pilotos foram selecionados dentre mais de 30 projetos inscritos, por possurem
caractersticas diferentes entre si. Foram escolhidos projetos em distintas regies brasileiras,
com caractersticas climticas, situaes econmicas e sociais diferenciadas e tipologias
construtivas das mais diversas, para que a comprovao da aplicabilidade do Referencial
pudesse ser mais abrangente.
Projetos Pilotos referencial GBC Brasil Casa - 2012 - 2014
1. Apartamento Sustentvel So Paulo SP
2. Vila Maresias So Sebastio SP
3. Casa da Chapada Chapada dos Guimares MT
4. Catuaba Ecovila So Luiz do Paraitinga SP
5. Residncia Sustentvel Braslia DF
6. Casa Madagascar Braslia DF
7. Casa Doke Sumar SP
8. Gadia House Barretos SP
9. Casa Eudoxia Campinas SP
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 19
20 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 21
22 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 23
24 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
IMPLANTAO
25 Pontos
Pr-requisito 1 Obrigatrio
Pr-requisito 2 Obrigatrio
Pr-requisito 3 Obrigatrio
Crdito 1 10
Crdito 2 2
Crdito 3 1 a 3
Crdito 4 1
Crdito 5 1 a 3
Crdito 6 1
Crdito 7 1
Crdito 8 1 a 5
Crdito 9 1 a 2
Crdito 10.1 1 a 2
Crdito 10.2 1
Crdito 11 1
Crdito 12 1 a 3
Proximidade a Recursos Comunitrios e Transporte Pblico
Acesso a Espao Aberto
Reduo de Ilha de Calor - reas de Piso e Cobertura
Implantao Compacta
Paisagismo
Controle e Gerenciamento de guas Pluviais - Quantidade
Administrao do Canteiro
Controle e Gerenciamento de guas Pluviais - Qualidade
Controle de Pragas sem Produtos Txicos
Infraestrutura de gua e Saneamento Bsico
Implantao (IMP)
Controle da eroso, sedimentao e poeira na atividade da Construo
Orientao de Projeto - Carta Solar
No utilizar Plantas Invasoras
Desenvolvimento Urbano Certificado (ou IMP2 a IMP6)
Seleo do Terreno
Localizao Preferencialmente Desenvolvida
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 25
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
PR-REQUISITO 1
OBRIGATRIO
CONTROLE DA EROSO, SEDIMENTAO E POEIRA NA
ATIVIDADE DA CONSTRUO
OBJETIVO
Minimizar danos ambientais de longo prazo no lote do edifcio, durante o processo de
construo.
REQUISITOS
Criar e implementar um plano de eroso e sedimentao para todas as atividades de
construo associadas ao projeto. Priorizar durante a construo, planos e projetos
apropriados de medidas para o controle da eroso.
Executar todos os mtodos de controle de eroso descritos abaixo, quando aplicveis:
a) Estocar e proteger o solo manejado do terreno (para reuso).
b) Controlar o padro e a velocidade de escoamento de gua com barreiras de
conteno ou medidas comparativas.
c) Proteger no terreno entradas de esgotos, fluxos de gua, lagos ou corpos hdricos,
vedar sedimentaes, utilizar barreiras de conteno, sacos de areia, brita reciclada,
manta bidim, filtros de pedras, telas de fachada ou outras medidas comparativas.
d) Projetar rea no terreno mais baixa, alagada, como uma vala artificial, para gerenciar
gua de escoamento e aumentar a infiltrao de gua de chuva divergindo assim, a
gua de superfcie de encostas.
e) Se ocorrer alteraes de solo em uma rea ngreme de encosta (inclinao 25%)
durante a construo, necessrio o uso de barreiras de conteno como camadas de
solo, mantas para controle de eroso, cobertura vegetal, filtros de barreira e conteno
de sedimentao ou qualquer outra tcnica comparativa para manter o solo
estabilizado.
f) Prevenir a poluio do ar por partculas e poeiras geradas pela obra
26 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
PR REQUISITO 2
OBRIGATRIO
ORIENTAO DE PROJETO - CARTA SOLAR
OBJETIVO
Conhecer as necessidades ambientais da edificao a ser construda e trabalhar nas
decises projetuais, em funo da excelncia do projeto arquitetnico, por meio de
conceitos bsicos de insolao e da aplicao da Carta Solar.
REQUISITOS
Fazer a anlise da insolao do projeto, por meio da aplicao da Carta Solar.
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 27
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
PR REQUISITO 3
OBRIGATRIO
NO UTILIZAR PLANTAS INVASORAS
OBJETIVO
Utilizar, no paisagismo local, plantas que no sejam invasoras.
Denominam-se plantas invasoras aquelas que se adaptam e proliferam muito bem em
determinados ambientes, competindo assim com outras espcies por nutrientes, luz solar
e, mesmo, por espao fsico, ameaando o desenvolvimento das outras e estabelecendo
predominncia local. A ocorrncia de plantas invasoras varia conforme as diversas regies
do pas.
REQUISITOS
Esse pr-requisito permite o uso de espcies de plantas que no sejam nativas do pas,
porm, probe o uso de espcies invasoras.
Sempre que possvel, preservar a vegetao existente para diminuir modificaes no
terreno (conforme crdito IMP8); usar espcies nativas ou plantas j adaptadas ao clima
local. Nos condomnios de casas 100% certificadas, as reas comuns devem, tambm,
atender a esses critrios.
28 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
CRDITO 1
10 PONTOS
DESENVOLVIMENTO URBANO CERTIFICADO (OU IMP2 A IMP6)
OBJETIVO
Minimizar o impacto ambiental de prticas de desenvolvimento em terrenos, construindo
residncias em ncleos de desenvolvimento urbano j certificados.
REQUISITOS
Construir residncias em bairros que possuam certificao ambiental de algum rgo
certificador reconhecido.
Nota: O atendimento deste crdito exclui automaticamente a possibilidade de atendimento
dos crditos IMP 2, IMP 3, IMP 4, IMP 5 e IMP 6, e vice-versa.
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 29
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
CRDITO 2
2 PONTOS
SELEO DO TERRENO
OBJETIVO
Evitar ncleos de desenvolvimentos urbansticos em locais que apresentem fragilidade
ambiental.
REQUISITOS
No construir edifcios, estruturas, ruas ou reas de estacionamento em locais que se
enquadrem em qualquer um dos critrios abaixo:
a) Locais cuja cota de elevao do terreno seja igual ou inferior da plancie de inundao
calculada para um perodo de cem anos. Esse quesito no pode ser atendido elevando-se
a residncia do solo.
b) Locais identificados especificamente como hbitat para espcies de plantas ou de
animais ameaadas, em nvel federal e estadual, ou que constarem de relaes oficiais de
espcies da fauna ou da flora em extino.
c) reas legalmente protegidas, ou locais de especial interesse, identificados pelo estado
ou municpio, respeitando-se sempre as distncias estabelecidas pelo poder pblico,
adotando, em todos os casos, a situao mais restritiva.
d) Terrenos que, anteriormente ao desenvolvimento do projeto, eram reas destinadas ao
uso pblico, como parques, a no ser que sejam doadas pelo empreendedor, em
contrapartida, reas de igual ou maior valor e dimenses para a instalao de
equipamentos pblicos.
e) Terrenos que contenham solos diferenciados, devidamente identificados por legislao
especfica. Essa verificao deve ser conduzida pelo engenheiro civil responsvel pelas
obras, ou por engenheiros ambientais e bilogos.
f) reas de mananciais, reservas ecolgicas, reas consideradas de Preservao
Permanente (APPs), unidades de conservao federais, estaduais e municipais e reas
agricultveis, a no ser com autorizao explcita dos rgos de fiscalizao ambientais
competentes.
Obs.: Adotar as leis locais de padres construtivos, caso sejam mais restritivas.
30 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
CRDITO 3
1 a 3 PONTOS
LOCALIZAO PREFERENCIALMENTE DESENVOLVIDA
OBJETIVO
Incentivar a construo de casas certificadas prximas de comunidades j existentes.
REQUISITOS
Atender aos quesitos abaixo:
3.1 Desenvolvimento parcial (1 ponto): selecionar um terreno que, pelo menos 25% do
seu permetro faa divisa com terrenos previamente desenvolvidos.
OU
3.2 Desenvolvimento final (2 pontos): selecionar um terreno que, pelo menos 75% do seu
permetro faa divisa com terrenos previamente desenvolvidos.
E/OU
3.3 - Previamente desenvolvido (1 ponto): construir em um terreno desenvolvido
anteriormente dentro de um prazo mnimo de 10 anos. No caso de condomnios
residenciais, cada casa ganhar esse ponto se pelo menos 75% de sua rea estiver
construda em um local j desenvolvido dentro de um prazo mnimo de 10 anos.
Nota: So considerados terrenos previamente desenvolvidos e/ou urbanizados aqueles
que j possuem melhoramentos ou edificaes dentro de seu permetro, como
pavimentaes e/ou formas estruturais. Terrenos somente limpos, que no possuem
nenhuma construo anterior, no so validados para a obteno de crdito.
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 31
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
CRDITO 4
1 PONTO
INFRAESTRUTURA DE GUA E SANEAMENTO BSICO
OBJETIVO
Incentivar a construo de casas certificadas prximas a reas que j possuam rede de
infraestrutura existente (rede de tratamento de esgoto e de abastecimento de gua).
REQUISITOS
Selecionar um local situado a 1.000 metros de distncia percorrida (por ruas e avenidas)
das redes de abastecimento de gua e de tratamento de esgotos existentes. Para os
condomnios residenciais, escolher, como incio da contagem do raio de proximidade, uma
das opes, de acordo com a seguinte ordem: a entrada da rede de gua e esgoto, ou a
portaria principal ou, ainda, o centro do condomnio. Ressaltar que esse item serve para os
condomnios que tero 100% das casas certificadas.
DESEMPENHO EXEMPLAR
Ser atribudo 1 ponto de desempenho exemplar, caso o projeto construa seu prprio
sistema de abastecimento de gua e/ou de tratamento de esgotos (ETA, ETRA, ETE, etc.).
32 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
CRDITO 5
1 A 3 PONTOS
PROXIMIDADE A RECURSOS COMUNITRIOS E TRANSPORTE
PBLICO
OBJETIVO
Incentivar a construo de casas certificadas com padres de desenvolvimento que
permitam caminhar, pedalar bicicleta ou utilizar o transporte pblico de qualidade,
minimizando, assim, a dependncia de automveis pessoais e suas associaes aos
impactos ambientais.
REQUISITOS
Atender os requisitos abaixo:
5.1 Acesso a Recursos Comunitrios ou Transporte Pblico Bsicos (1 ponto).
Localizar, dentro de um raio de 500 metros, 4 recursos comunitrios bsicos.
Localizar, dentro de um raio de 1.000 metros, 7 recursos comunitrios bsicos.
Localizar, dentro de um raio de 1.000 metros, servios de transportes que ofeream
30 ou mais deslocamentos por dia da semana (combinado nibus, trem, metro e
balsa).
OU
5.2 Acesso a Recursos Comunitrios ou Transporte Pblico Aprimorados (2 pontos).
Localizar, dentro de um raio de 500 metros, 7 recursos comunitrios bsicos.
Localizar, dentro de um raio de 1.000 metros, 11 recursos comunitrios bsicos.
Localizar, dentro de um raio de 1.000 metros, servios de transportes que ofeream
60 ou mais deslocamentos por dia da semana (combinado nibus, trem, metro e
balsa).
OU
5.3 Acesso Recursos Comunitrios ou Transporte Pblico Excelentes (3 pontos).
Localizar, dentro de um raio de 500 metros, 11 recursos comunitrios bsicos.
Localizar, dentro de um raio de 1.000 metros, 14 recursos comunitrios bsicos.
Localizar, dentro de um raio de 1.000 metros, servios de transporte que ofeream
125 ou mais deslocamentos por dia da semana (combinado nibus, trem, metro e
balsa).
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 33
Notas:
1. Os deslocamentos por dia da semana sero calculados da seguinte maneira:
(1) dentro de um raio de 1000 metros, contar todas as paradas de transporte pblico
existentes; (2) multiplicar cada parada de trnsito pelo nmero de nibus, trens,
metrs e balsas que passem por cada ponto por dia; (3) somar o nmero total de
deslocamentos em cada parada, dentro dos 1.000 metros. Por exemplo: se
existirem quatro paradas de nibus dentro do raio estipulado, e a frequncia de
nibus for de cada meia hora por ponto (48 vezes por dia), o total de deslocamentos
por dia ser de 192 (48 x 4).
2. Em condomnios habitacionais, as distncias estipuladas acima podem ser medidas
a partir do acesso do condomnio, desde que a distncia deste acesso at a casa
mais distante do condomnio no exceda 500 metros. Usando essa abordagem, o
condomnio inteiro pode se qualificar para este crdito. Para cada casa mais
distante que 500 metros do centro da comunidade, deve ser recalculada cada
distncia.
Tabela 1: Tipos de Recursos Comunitrios Bsicos (devem ser de acesso ao pblico em
geral).
Academia de ginstica ou
centro de esportes
Banco
Biblioteca
Centro comunitrio ou civil
Centro de artes e
entretenimento
Consultrio mdico ou dentrio
Corpo de bombeiros
Correio
Creche
Delegacia de polcia
Escola
Prdios de escritrio ou grande
central de servios
Farmcia
Lavanderia
Loja de convenincia
Museu
Parque pblico
Restaurante
Supermercado
Templo religioso
Outro servio de lojas de bairro
Nota: At dois itens repetidos de cada exemplo citado nessa lista podem ser contados
distintamente. Por exemplo, 2 restaurantes localizados dentro do raio estipulado podem ser
contados como recursos comunitrios; se existirem 4 restaurantes nesse raio, somente 2
podero ser contados.
34 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
CRDITO 6
1 PONTO
ACESSO A ESPAO ABERTO
OBJETIVO
Providenciar espaos abertos para estimular passeios, atividades fsicas e recreativas nas
reas externas.
REQUISITOS
Escolher um local que possua dentro de uma distncia percorrida de 1.000 metros (1 km),
bases comunitrias ao ar livre, que sejam acessveis ao pblico e possuam somatria
mnima total de 1.500 m2 de rea. O requisito de rea aberta pode ser atendido por uma
nica grande rea ou diversas pequenas reas, totalizando sempre 1.500 m2.
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 35
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
CRDITO 7
1 PONTO
ADMINISTRAO DO CANTEIRO
OBJETIVO
Minimizar danos ambientais ao edifcio, em longo prazo, durante o processo de
construo.
REQUISITOS
Minimizar distrbios no terreno, seguindo os seguintes critrios:
7.1 O terreno no previamente desenvolvido:
a) Desenvolver um plano de preservao das rvores e da vegetao existente, que
contemple zonas de no distrbio claramente delimitadas no desenho tcnico e no
terreno e;
b) Deixar pelo menos 40% da rea edificvel do terreno livre, sem incluir reas cobertas
com telhados.
OU
7.2 - O terreno previamente desenvolvido:
c) Desenvolver um plano de preservao das rvores e da vegetao existente, que
contemple zonas no distrbio e reabilitar pelo menos 40% da rea total do terreno,
desfazendo qualquer compactao anterior do solo.
OU
7.3 Terreno Compacto:
d) Para residncias unifamiliares, construir em um local com rea total do terreno menor ou
igual a 350 m2. Em condomnios residenciais horizontais, o projeto deve possuir
densidade habitacional igual ou maior que 25 unidades a cada 10.000 m2. Para
condomnios residenciais verticais, a densidade habitacional deve ser igual ou maior que
100 unidades a cada 10.000 m2.
36 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
CRDITO 8
1 A 5 PONTOS
PAISAGISMO
OBJETIVO
Especificar no projeto de paisagismo espcies vegetais pertencentes ao ecossistema local.
Essa estratgia reduz a demanda de gua, pois espcies nativas da regio so mais
adaptadas s condies pluviais locais e promovem a biodiversidade.
REQUISITOS
8.1 Projeto bsico de paisagismo (Atendimento a 6 itens 1 ponto; atendimento a todos
os itens 2 pontos):
Atender aos itens abaixo em todo o projeto paisagstico:
a) No plantar grama em reas densamente sombreadas;
b) Utilizar espcies prprias para a forrao do solo em reas que apresentem declive de
25% ou mais (exemplo: 4:1 de declive);
c) Por ocasio do preparo do solo para o plantio, adicionar material orgnico ou
condicionantes especficos, conforme as necessidades.
d) Efetuar a cobertura morta (mulching), empregando material orgnico, como folhas,
palhas, cascas de rvores, entre outros materiais, dispondo-os em volta das plantas para
reduzir a temperatura do terreno e contribuir para minimizar a evaporao da gua do solo.
Alm disso, o material orgnico decomposto serve como boa fonte de nutrientes para as
plantas. Observar, no entanto, a adequada seleo dessa matria orgnica, que pode
afetar o pH do solo.
e) Todos os pontos do terreno que apresentarem compactao (exemplo: locais de
passagem de veculos durante as obras) devem ser escarificados com, pelo menos, 15 cm
de profundidade.
f) A vegetao especificada deve apresentar o percentual mnimo de rea plantada com
espcies preferencialmente nativas, ou exticas que possuam baixo consumo de gua
(20% da rea total com tratamento paisagstico) para assegurar a biodiversidade, contribuir
para a melhoria do microclima local e do clima urbano, alm de necessitar de pouca
manuteno.
g) As plantas tpicas do deserto, como espcies suculentas, no realizam fotossntese
convencional e no prestam servios ambientais eficientes, por isso seu emprego deve ser
evitado em locais de clima mido.
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 37
h) Privilegiar reas para a compostagem de resduos orgnicos gerados na prpria
residncia, cujos benefcios adicionais so diminuir a necessidade do emprego de
fertilizantes, alm de evitar a contaminao qumica do solo e do lenol fretico.
validada, tambm, a opo de instalao de projeto de compostagem vertical ou
eletrnico.
i) Incluir no projeto de paisagismo espcies vegetais destinadas alimentao, como
legumes, hortalias e rvores frutferas. A dimenso da rea para essa finalidade pode
variar de acordo com rea ajardinada e com a quantidade de ocupantes da residncia.
validada, tambm, a opo de implantao de horta vertical.
j) Reaproveitar, pelo menos, 30% da vegetao existente no novo projeto paisagstico.
k) Adquirir, preferencialmente, adubos orgnicos devidamente legalizados, provenientes
de fontes naturais.
l) Plantar espcies ameaadas de extino.
E/OU
8.2 Implantar espcies nativas/exticas que apresentem baixo consumo de gua ou
limitar a rea de plantio de gramado convencional (mximo 3 pontos, conforme
especificado nas Tabelas 1 e 2 abaixo):
Implantar espcies nativas ou que apresentem baixo consumo de gua e limitar a rea de
plantio de gramado convencional no projeto paisagstico.
Tabela 1 Implantao de espcies nativas regionais no projeto paisagstico
OU
Tabela 2 Limite da rea de plantio de grama no projeto paisagstico
Porcentagem de rea de uso de espcies
nativas regionaisPontos
41 60% 3
21 40% 2
20% ou menos 1
Porcentagem de rea de uso de grama no
projeto paisagsticoPontos
41 60% 1
21 40% 2
20% ou menos 3
38 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
DESEMPENHO EXEMPLAR
Os projetos que elaborarem um plano bsico de manuteno do jardim ganharo 1 ponto
para o desempenho exemplar. O plano dever conter: o projeto paisagstico, com as
informaes sobre as espcies vegetais plantadas; os sistemas de irrigao utilizados; as
recomendaes tcnicas sobre o uso de mquinas para a poda (equipamentos de baixo
consumo energtico e baixo rudo); as informaes sobre o manejo da horta e a instalao
da rea de compostagem; indicaes para a aquisio de adubos naturais e outros
insumos, de mudas provenientes de viveiros habilitados e legalizados, para suprir a
necessidade de substituies de plantas, entre outros. Sugerir a catalogao das espcies
vegetais existentes na rea objeto de projeto, como medida extra de preservao.
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 39
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
CRDITO 9
1 A 2 PONTOS
REDUO DA ILHA DE CALOR - REAS DE PISO E COBERTURA
OBJETIVO
Projetar as caractersticas da paisagem de forma a reduzir os efeitos locais de ilhas de
calor.
REQUISITOS
9.1 Para reas de pisos, atender a um dos requisitos abaixo (1 ponto):
Opo 1 Locar as rvores ou outras plantas, de forma a proporcionar o sombreamento
em, pelo menos, 50% das caladas, ptios e passeios, dentro de um raio de 15 metros da
residncia ou da entrada principal do edifcio.
E/OU
Opo 2 Instalar materiais de cor clara, com alta refletncia solar, e plantar a vegetao
para sombrear, pelo menos, 50% das caladas, ptios e passeios, dentro de um raio de 15
metros da casa. As estratgias aceitveis so relacionadas abaixo:
a) Concreto claro
b) Pavimentao intertravada (contando apenas as reas com vegetao, no as reas
pavimentadas).
c) Qualquer material com um ndice de refletncia solar mnimo de 29.
E/OU
9.2 Para reas de coberturas, atender a um dos requisitos abaixo (1 ponto):
Opo 1 Utilizar materiais de coberturas que possuam Solar Reflectance Index (SRI), ou
seja, ndice de Refletncia Solar igual ou superior aos valores definidos para o crdito,
para um mnimo de 75% da rea de cobertura.
OU
Opo 2 Instalar telhado vegetal (rea ajardinada no telhado) que atenda pelo menos
50% da rea de telhado.
OU
Opo 3 Instalar, ao mesmo tempo, coberturas vegetais e com alta refletncia solar nas
coberturas totais.
40 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
DESEMPENHO EXEMPLAR
Projetos que atenderem os requisitos do crdito para 100% de caladas, ptios e
passeios, dentro de um raio de quinze metros, ou condomnios que adotem a estratgia
para toda sua rea comum sero recompensados com um ponto de desempenho
exemplar.
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 41
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
CRDITO 10.1
1 A 2 PONTOS
CONTROLE E GERENCIAMENTO DE GUAS PLUVIAIS
QUANTIDADE
OBJETIVO
Restituir o ciclo hidrolgico natural, por meio da reduo de superfcies impermeveis,
aumentando a infiltrao das guas pluviais no solo, diminuindo o volume escoado e as
vazes de pico na superfcie do terreno.
REQUISITOS
Opo 1 rea permevel menor ou igual a 50% (1 ponto)
a) Implementar um plano de gerenciamento de guas pluviais para que a vazo do pico da
gua pluvial descartada no perodo de ps-ocupao ou (ps-desenvolvimento) no
exceda a vazo de gua pluvial descartada na situao de pr-desenvolvimento, ou seja,
antes no perodo de ocupao. O perodo de retorno a ser usado dever estar entre 1 a 2
anos, e o tempo de deteno ser de 24 horas (86.400 segundos), no mnimo.
OU
b) Implementar um plano de gerenciamento das guas pluviais que proteja os corpos
hdricos da eroso excessiva, por meio da implantao de estratgias de controle de
proteo de corpos hdricos e de controle do volume de escoamento.
OU
Opo 2 rea permevel maior que 50% (2 pontos)
Implementar um plano de gerenciamento de guas pluviais que resulte na reduo em
25% do volume e da vazo do escoamento de gua pluvial da situao original, para uma
precipitao pluvial com tempo de retorno de 1 a 2 anos e durao de 24 horas.
42 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
CRDITO 10.2
1 PONTO
CONTROLE E GERENCIAMENTO DE GUAS PLUVIAIS QUALIDADE
OBJETIVO
Melhorar a qualidade das guas pluviais captadas, removendo, reduzindo as reas
impermeveis e aumentando a infiltrao; eliminar fontes contaminadoras e remover
poluentes provenientes do escoamento gerado por precipitaes.
REQUISITOS
Elaborar um plano de gerenciamento das guas pluviais para reduzir as reas
impermeveis, promover a infiltrao, capturar e tratar o escoamento superficial produzido
por 90% das precipitaes mdias dirias. Dessa forma, possvel remover at 80% dos
slidos totais em suspenso (STS) presentes nas guas pluviais.
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 43
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
CRDITO 11
1 PONTO
CONTROLE DE PRAGAS SEM PRODUTOS TXICOS
OBJETIVO
Projetar caractersticas na residncia que minimizem a necessidade do uso de controle de
pesticidas para o controle de insetos, roedores, aracndeos, aves oportunistas e outros
animais sinantrpicos.
REQUISITOS
Implementar todas as medidas listadas abaixo (1 ponto). Todas as aes fsicas devem
ser adotadas nos planos de construo e tambm manuteno:
a) Manter toda a madeira armazenada no local durante a obra, incluindo as empregadas
para fins estruturais (exemplos: tapumes, guarnies, estruturas, entre outras) pelo
menos 15 cm acima do solo.
b) Selar todas as fissuras externas, juntas, penetraes, cantos e pontos de entrada. Nos
lugares que no podem ser fechados ou selados, instalar telas antirroedores no
corrosivas (exemplos: cobre ou malhas de ao inoxidvel). Proteger a fundao
exposta com controles resistentes umidade e coberturas a prova de pragas
(exemplos: placa de fibrocimento, tela galvanizada).
c) Utilizar produtos fitossanitrios para controlar pragas no jardim. Verificar a listagem dos
produtos aprovados pela legislao brasileira.
d) Recolher o entulho de construo de forma frequente para evitar que ele vire abrigo de
animais como o escorpio amarelo (Tytius serrulatus).
e) Adotar o Manejo Integrado de Pragas (MIP), plantas, fungos, insetos e/ou animais, de
maneira a no prejudicar a sade humana e o meio ambiente, para trazer retorno
econmico por meio de um plano eficaz. O MIP recomenda os pesticidas menos
txicos com ao pontual, para combater determinadas espcies e reduz as fontes de
alimento, gua e abrigo para as pragas. Exige monitoramento constante. Deve definir
condies emergenciais e protocolos de informao (notificaes com mnimo de
antecedncia de 72 horas e 24 horas em casos emergenciais). O Plano deve se
alinhar com as prticas de controle de pragas no interior do edifcio. O plano MIP
exterior tambm deve ser integrado com qualquer plano de gesto para o interior do
edifcio, conforme o caso.
Nota: O uso de produtos qumicos artificiais pode ser minimizado com o emprego de
plantas adaptadas localmente, mais resistentes naturalmente a pragas e doenas.
44 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
CRDITO 12
1 A 3 PONTOS
IMPLANTAO COMPACTA
OBJETIVO
Fazer uso de padres de desenvolvimento compacto para conservar a terra e promover
comunidades habitveis, eficincia no transporte e passeios pblicos de qualidade.
REQUISITOS
12.1 Densidade moderada (1 ponto): Construir residncias com uma densidade
habitacional mdia de 7 a 9 unidades habitacionais a cada 4.000 m2 de rea edificvel.
Uma casa nica em um terreno de at 350m2 de rea edificvel se encaixa neste crdito.
OU
12.2 Densidade alta (2 pontos): Construir residncias com uma densidade habitacional
mdia de 10 a 20 unidades habitacionais a cada 4.000 m2 de rea edificvel. Uma casa
nica em um terreno de at 200m2 de rea edificvel se encaixa neste crdito.
OU
12.3 Densidade muito alta (3 pontos): Construir residncias com uma densidade
habitacional mdia de 21 ou mais unidades habitacionais a cada 4.000 m2 de rea
edificvel. Uma casa nica em um terreno de at 100m2 de rea edificvel se encaixa
neste crdito.
DESEMPENHO EXEMPLAR
Ser atribudo 1 ponto de desempenho exemplar para projetos com densidade maior que
40 unidades habitacionais a cada 4.000m2 de rea edificvel, a ser contado no crdito de
Inovao e Projeto.
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 45
46 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
USO RACIONAL DA GUA
12 Pontos
Pr-requisito 1 Obrigatrio
Pr-requisito 2 Obrigatrio
Crdito 1 1 a 5
Crdito 2 1 a 2
Crdito 3 1 a 5
Uso Racional da gua - Otimizado
Medio Setorizada do Consumo de gua
Sistemas de Irrigao Eficiente
Medio nica do Consumo de gua
Uso Racional da gua (URA)
Uso Racional da gua - Bsico
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 47
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
PR REQUISITO 1
OBRIGATRIO
USO RACIONAL DA GUA - BSICO
OBJETIVO
Reduzir a demanda por gua atravs da utilizao de produtos hidrossanitrios eficientes.
REQUISITOS
Utilizar produtos hidrossanitrios eficientes de forma a reduzir a demanda por gua nos
ambientes residenciais, conforme os requisitos especificados abaixo.
Nota: Todos os equipamentos para restrio de vazo devem ser instalados na entrega da
residncia.
Ponto de Consumo Requisito
Bacias Sanitrias e Sistemas de
DescargaUtilizao de mecanismos de descarga seletiva
Torneiras e Misturadores para
lavatrio (no temporizados)A vazo mxima deve ser igual ou inferior a 9 L/min (Qmax 0,15 L/s)
Torneiras e Misturadores para
cozinhas
A vazo mxima deve estar compreendida na faixa de 6 L/min (0,10
L/s) a 9 L/min (0,15 L/s) [6,0 Qmax 9,0 L/min]
Chuveiros A vazo mxima deve ser igual ou inferior a 12 L/min (Qmax 0,20 L/s)
48 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
PR REQUISITO 2
OBRIGATRIO
MEDIO NICA DO CONSUMO DE GUA
OBJETIVO
Prover o sistema hidrulico predial de gua fria de medidores do consumo de gua, de tal
forma a possibilitar o gerenciamento do uso da gua na edificao, por meio da aquisio
de dados (preferencialmente de maneira automtica e remota), auxiliando no
desenvolvimento de aes de conservao desse insumo.
REQUISITOS
Cada unidade habitacional deve dispor de medidor(es) de gua (hidrmetros), de forma a
possibilitar o gerenciamento do consumo de gua potvel em sua totalidade,
independentemente da fonte de abastecimento (concessionria, poos artesianos etc.).
O(s) hidrmetro(s) deve(m) atender a classe C de preciso, de acordo com as normas
vigentes, bem como estar em acordo com as portarias de aprovao do Inmetro referentes
ao modelo do medidor; deve(m) possuir equipamento emissor de sinal digital com sensor
de deteco do tipo ptico, magntico ou equivalente, com proteo antifraude, que
permita a interligao equipamento(s) ou sistema(s) de leitura automtica e remota do
consumo, que deve propiciar a aquisio de dados de consumo com uma periodicidade
diria ou menor.
Caso seja inteno que se realize a atribuio desse pr-requisito a esta tipologia, ele
dever obedecer s mesmas exigncias acima descritos, mas devem ser totalmente
independentes dos equipamentos e sistemas instalados e geridos pela concessionria dos
servios de abastecimento de gua e coleta de esgoto local.
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 49
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
CRDITO 1
1 A 5 PONTOS
USO RACIONAL DA GUA - OTIMIZADO
OBJETIVO
Reduzir o consumo de gua potvel e aumentar a eficincia hdrica dentro dos edifcios,
minimizando a carga imposta sobre o sistema pblico de distribuio de gua potvel.
REQUISITOS
Utilizar produtos hidro sanitrios eficientes de forma a reduzir o consumo de gua nos
ambientes residenciais, conforme os requisitos especificados abaixo.
Nota: Todos os equipamentos para restrio de vazo devem ser instalados na entrega da
residncia.
DESEMPENHO EXEMPLAR
Ser atribudo 1 ponto de Desempenho Exemplar para os projetos que contratarem empresas
instaladoras certificadas no escopo de Instalaes Hidrossanitrias e guas Pluviais dentro
do nvel pertinente a instalao em questo pelo Sistema de Avaliao da Conformidade de
Empresas Instaladoras e Instalaes - QUALINSTAL, da Associao Brasileira pela
Conformidade e Eficincia das Instalaes - ABRINSTAL, que estabelece as condies e
requisitos tcnicos e de gesto aplicveis s empresas prestadoras de servio de instalaes
prediais, de forma a garantir uma crescente estruturao no setor e melhoria da qualidade e
segurana dos servios prestados.
Ponto de Consumo Requisito Pontos
Bacias Sanitrias e Sistemas de
Descarga
Utilizao de gua no potvel para a alimentao
das bacias sanitrias1
Torneiras e Misturadores para
lavatrio (no temporizados)
A vazo mxima deve ser igual ou inferior a 6 L/min
(Qmax. 0,10l/s)1
Torneiras de Uso Geral
As torneiras de uso geral situadas em reas comuns
s devem ser utilizadas para alimentar atividades
relacionadas conservao dessas reas (dotadas
de chave ou de acesso restrito ou situadas em
reas tcnicas).
1
A vazo mxima deve ser igual ou inferior a 8 L/min
(Qmax. 0,13l/s)1
A vazo mxima deve ser igual ou inferior a 6 L/min
(Qmax. 0,10l/s)2
Chuveiros
50 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
CRDITO 2
1 A 2 PONTOS
MEDIO SETORIZADA DO CONSUMO DE GUA
OBJETIVO
Monitorar o consumo de gua nas reas complementares e externas edificao, bem
como o consumo de gua no potvel, de forma a possibilitar o gerenciamento de seu uso
pela obteno de dados mais precisos, auxiliando no desenvolvimento de aes de
conservao desses insumos.
REQUISITOS
Atender as opes abaixo:
2.1- reas Complementares e Externas (1 ponto)
As reas complementares e as reas externas (s) unidade(s) habitacional(ais) que
possuam consumo expressivo de gua potvel, como piscinas, sales de festa,
churrasqueiras, sistemas de irrigao, entre outros, deve(m) dispor de medidor(es) de
gua (hidrmetros), de forma a possibilitar o gerenciamento do consumo de gua potvel
em sua totalidade, independentemente da fonte de abastecimento e de maneira
independente ao(s) hidrmetro(s) utilizados para medir o consumo de gua geral e/ou
interno da(s) unidade(s) habitacional(ais).
E/OU
2.2 - Fontes Alternativas (1 ponto).
No caso de utilizao de gua no potvel na edificao para fins menos nobres, como
sistemas de aproveitamento de guas pluviais, sistemas de reuso de guas cinzas e/ou
negras, entre outros, o sistema predial de gua no potvel deve dispor de medidores de
gua (hidrmetros).
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 51
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
CRDITO 3
1 A 5 PONTOS
SISTEMAS DE IRRIGAO EFICIENTE
OBJETIVO
Minimizar a demanda de gua potvel para aplicaes externas por meio do uso eficiente
da gua para fins de irrigao.
REQUISITOS
Atender as opes abaixo:
3.1 Sistema de Irrigao com alta eficincia (mximo 2 pontos).
(a) Coeficiente de Uniformidade de Distribuio (UD) mdio ponderado de no mnimo
0,75.
(b) Implantar sistema automatizado de irrigao com interao de dispositivos capazes
de suspender a irrigao em dias chuvosos e/ou em condies de umidade de solo
elevadas.
(c) Utilizao de vlvula de reteno em aspersores instalados nos pontos mais baixos
da rea a ser irrigada (desnvel superior a 0,8 m).
(d) Programaes de rega durante perodos dirios menos quentes e de menor atuao
de vento, a fim de minimizar as perdas por evaporao e deriva.
E/OU
3.2 Reduzir a demanda de gua potvel utilizada para fins de irrigao em pelo menos
35% do uso de gua (mximo de 3 pontos).
Opo 1 Uso de 100% de gua no potvel (coleta de gua de chuva ou gua de reuso)
para fins de irrigao.
Opo 2 Sistemas de Gotejamento
Opo 3 Reguladores de Presso
Opo 4 Coeficiente de Programao (CP) mdio ponderado de no mnimo 1,20.
Opo 5 - Com base nos referenciais de Eficincia de Irrigao (EI) fornecidos pelos
fabricantes para os vrios equipamentos de irrigao, calcule a reduo de demanda de
gua para um sistema de irrigao instalado conforme metodologia de clculos.
52 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
DESEMPENHO EXEMPLAR
Ser atribudo um ponto para desempenho exemplar para os projetos que atenderem
todos os itens (a d) descritos no item 3.1, ou para o atendimento de Coeficientes de
Programao (CP) menor ou igual 1,08 descrito no item 3.2.
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 53
54 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
ENERGIA E ATMOSFERA
28 Pontos
Pr-requisito 1 Obrigatrio
Pr-requisito 2 Obrigatrio
Pr-requisito 3 Obrigatrio
Pr-requisito 4 Obrigatrio
Crdito 1 2 a 10
Crdito 2 6
Crdito 3 2
Crdito 4 1 a 2
Crdito 5 1 a 2
Crdito 6 1
Crdito 7 2
Crdito 8 1 a 4
Crdito 9 2
Crdito 10 1
Iluminao Artificial - Otimizada
Gerenciamento do Gs Refrigerante Residencial
Equipamentos Eletroeletrnicos Eficientes
Energia Renovvel
Comissionamento dos Sistemas Instalados
Medio e Verificao
Fontes Eficientes de Aquecimento Solar
Energia e Atmosfera (EA)
Desempenho da Envoltria
Fontes de Aquecimento de gua Eficientes
Qualidade das Instalaes Eltricas de Baixa Tenso
Iluminao Artificial - Bsica
Desempenho Energtico Aprimorado
Obter a Etiqueta PBE Edifica (ou EA3 e EA4)
Atender Nvel A do PBE Edifica
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 55
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
PR REQUISITO 1
OBRIGATRIO
DESEMPENHO DA ENVOLTRIA
OBJETIVO
Possuir eficincia mnima da envoltria da edificao, para a determinao da sua
eficincia, considerando a obrigao de zelar pela eficincia energtica das edificaes
residenciais, conforme Portaria n 18, de 16 de janeiro de 2012, pelo Instituto de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia INMETRO.
REQUISITOS
A edificao (casas ou edifcios multifamiliares) deve ser concebida e construda, para que
atenda a todos os pr-requisitos descritivos da etiquetagem PBE EDIFICA, para os itens
descritos abaixo, incluindo a determinao do Equivalente numrico do desempenho
trmico da envoltria.
- Transmitncia Trmica, capacidade trmica e absortncia solar das superfcies
- Ventilao Natural
- Iluminao Natural
Nota: Este pr-requisito pode ser atendido pelo mtodo prescritivo ou da simulao,
conforme descrito no Regulamento Tcnico da Qualidade (RTQ).
56 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
PR REQUISITO 2
OBRIGATRIO
FONTES DE AQUECIMENTO DE GUA EFICIENTES
OBJETIVO
Reduzir o consumo de energia necessria para o aquecimento de gua, bem como perdas
trmicas relativas distribuio de gua quente, diminuindo assim, a carga de energia
demandada pelas edificaes.
REQUISITOS
Para residncias unifamiliares: Utilizar fontes de aquecimento de gua eficientes conforme
a metodologia descrita na etiquetagem do PBE Edifica - Requisitos Tcnicos da Qualidade
para o Nvel de Eficincia Energtica de Edificaes Residenciais (RTQ-R) e apresentar o
Equivalente Numrico referente.
Item 3.2 Sistema de Aquecimento de gua
3.2.1 Pr-requisitos do sistema de aquecimento de gua
3.2.2 Procedimento para determinao da eficincia
3.2.2.1 Sistema de Aquecimento Solar
3.2.2.2 Sistema de Aquecimento a Gs
3.2.2.3 Bombas de Calor
3.2.2.4 Sistema de Aquecimento eltrico
3.2.2.5 Caldeiras a leo
Edio 2014 Referencial GBC Brasil Casa 57
IMP URA EA MR QAI RS IP CR
PR REQUISITO 3
OBRIGATRIO
QUALIDADE DAS INSTALAES ELTRICAS DE BAIXA TENSO
OBJETIVO
Promover a qualidade das instalaes eltricas, bem como assegurar a proteo do
consumidor e patrimonial, visando obter uma construo eficiente do ponto de vista
energtico, de forma eficaz e duradoura.
REQUISITOS
Todas as residncias devem possuir um projeto especfico de instalaes eltricas de
baixa tenso, elaborado por um profissional devidamente registrado no rgo competente.
Deve ser apresentado um certificado tcnico de instalaes eltricas, emitido por um
organismo/entidade de terceira parte, garantindo assim, que as instalaes eltricas foram
executadas seguindo as normas tcnicas vigentes. A certificao deve ser realizada
conforme as prescries das normas ABNT NBR 5410 e NBR 15920.
Atender todos os itens a seguir:
1. Projeto de instalaes eltricas de baixa tenso:
Mesmo quando no exigido pela legislao competente, todas as habitaes unifamiliares
ou multifamiliares, abrangendo todas as categorias de padro construtivo, devero possuir,
obrigatoriamente, um projeto especfico de instalaes eltricas de baixa tenso,
elaborado por um profissional devidamente registrado no rgo competente.
2. Certificao tcnica de instalaes eltricas:
Recomenda-se que todas as habitaes unifamiliares ou multifamiliares, abrangendo todas
as categorias de padro construtivo, apresentem, ao final das obras, um certificado tcnico
de instalaes eltricas emitido por um organismo/entidade de terceira parte, garantindo
assim, que as instalaes eltricas foram executadas seguindo as normas tcnicas
vigentes. A certificao deve ser realizada conforme as prescries das normas ABNT
NBR 5410 e NBR 15920.
3. Materiais e componentes aplicados nas instalaes eltricas:
Os materiais e componentes utilizados nas instalaes eltricas (fios, cabos, disjuntores,
dispositivos diferenciais-residuais, dispositivos protetores de surto, componentes eltricos
em geral, acessrios, etc.) devem ser normalizados e atender as regulamentaes
tcnicas pertinentes.
4. Todos os circuitos eltricos de baixa tenso devem ser selecionados e dimensionados
atendendo simultaneamente s prescries das edies em vigor das normas tcnicas
ABNT NBR 5410 (exceto no que diz respeito aos limites de queda de tenso; vide item
58 Referencial GBC Brasil Casa Edio 2014
5 a seguir) e ABNT NBR 15920, com o objetivo de reduzir a queda de tenso e perda
de energia na operao, alm de garantir a operao segura da instalao eltrica. A
seo nominal dos condutores obtida pela ABNT NBR 5410 o valor mnimo permitido
para utilizao, enquanto que a seo nominal obtida pela ABNT NBR 15920 a
seo mxima do circuito. Quando a seo nominal obtida pela ABNT NBR 15920 for
superior a duas sees normalizadas consecutivas em relao seo obtida pela
ABNT NBR 5410, facultativo utilizar pelo menos uma seo nominal imediatamente
acima daquela obtida pela ABNT NBR 5410. Por exemplo: em um dado circuito a
seo nominal obtida pela aplicao da ABNT NBR 5410 resultou em um condutor #
2,5 mm2, enquanto que, pela ABNT NBR 15920, a seo obtida foi # 6 mm2. Neste
caso, pode-se utilizar um condutor com seo nominal mnima # 4 mm2 (seo
imediatamente acima de # 2,5 mm2) ou instalar o condutor # 6 mm2 (determinado pela
aplicao da ABNT NBR 15920).
5. A queda de tenso total