APRESENTAÇÃO:
ALINE CAROLINA MOTIZUKY BONADEU SOUZA
REGIANE GONÇALVES GERVASIO
RISANY MICHELLE MARCON JACONI
SABRINA LUZIA SANCHES CORTES
Centenas de milhares de imigrantes cearenses e nordestinos, ora expulsos pelo flagelo da seca do sertão, ora atraídos pelo “apetite” da seringa, vieram para a Amazônia.
Talvez, na história das migrações humanas, jamais se tenha registrado drama de igual proporção, somente comparável aos dos judeus no seu êxodo, diáspora e perseguição milenar; ao dos povos africanos, nos porões dos navios negreiros e nas senzalas da casa-grande; e das tribos indígenas expulsas de suas terra, após a destruição de suas culturas.
• Os trabalhadores migrantes quando chegavam nos seringais, encontravam o patrão que estabelecia as relações de trabalho.
A Estrutura Interna Do Barracão
• Mateiro• Toqueiro• Noteiro ou Aviador• Comboeiro ou Tropeiro• Fiscal• Gerente do seringal• Jagunços• Regatão• Meeiro
A Colocação, o Centro e o Barracão
Colocação: era uma casa coberta de palha com piso alto, para proteger os moradores de onças e outros animais.
• Colocação: Era o local que o mateiro escolhia, para colocar os colocados , para cortar seringa. E no seringal existia várias colocações.
• Existia nas colocações o Tapiri, que era o local feito de madeira, coberto com palha, e todo fechado, onde fazia-se a defumação.
• Centro: era constituído por várias colocações juntas, em média de três a quatro, porque neste local estavam as várias estradas de seringa.
• O Barracão era o local onde morava o gerente do seringal e famílias de trabalhadores assalariado, formando pequeno lugarejo.
• O Sistema do Barraçao.
• O Sistema de pesagem.
Vida de Seringueiro Vida de Seringueiro Terra que meu pai criou-seTerra que meu pai nasceu
Um bravo trabalhadorque aqui mesmo morreu
Também falo a meu amigos para não sersó eu que digo
O dono daqui sou eu
O dono daqui sou euMeu lugar, meu paradeiro
porque sempre vou levandoa vida de seringueiro
Esta vida foi herança que meu velho pai deixouGlória a Deus e à seringaporque foi quem me criou
Porque foi quem me criouquero lhe dar bom exemplo
Meu pai fazia borrachapra me trazer o sustento
Pra me trazer o sustentodo que a borracha compravaMais parte de alimento assim
meu pai arranjavaMe lembro carne de caça
de quando meu pai caçavatambém uns peixes
do riode quando meu pai pescava
Foi assim que me crieimuito longe da riqueza
Pobre por não possuir bensMais rico de natureza...Raimundo Caboré, 12/01/1995
Pai Nosso do Seringueiro
Seringueira que estás na selvamultiplicados sejam vossos dias
venha a vós o vosso leiteSeja feita a nossa borracha
Assim na prensa como na caixaPara o sustento de nossas famílias
nos dai hoje e todos os diasPerdoai nossa ingratidão
Assim como nós perdoamosAs maldades do patrãoE ajudai a nos libertar Das garras do regatão
Amém!
MULHERES NO SERINGAL
• O desterritorializar na mulher é traumático;
• A mulher na extração da seringa;
• A prostituição
• mulher, jovem, bonita e corpo bem delineado, passa a ser cooptada para povoar os bordéis das cidades de Belém e Manaus
• o tratamento às
mulheres índias
“enquanto eu cortava uma mulher pelo meio, meu compadre torava o pescoço das criancinhas para experimentar o afiado do
‘ponta direita’ (facão,) de 22 polegadas” .
• A história dos povos indígenas na Amazônia no 1º ciclo da borracha
é marcada por constantes conflitos e exploração.
• A mão-de-obra indígena nos seringais, marcou um período de forte desorganização na sua vida social.
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