CORRENTES DA ANÁLISE ERGONÓMICA
CORRENTE ANGLO - SAXÓNICA
CORRENTE EUROPEIA / FRANCÓFONA
Corrente Anglo - Saxónica
Mais antiga; Centra – se nos factores humanos; Preconiza a Ergonomia baseada nas características dos homens; Não tem necessidade de uma análise do trabalho; Lista de exigências da tarefa; Orienta a Ergonomia para a concepção /reconcepção de dispositivos técnicos;
Corrente Europeia
Centra-se na actividade do homem no trabalho; Apoia-se na análise do trabalho real para a concepção / transformação dos sistemas de trabalho; A Ergonomia é um estudo específico do trabalho humano, com o intuito de melhorá-lo; Utiliza métodos de análise da actividade;
Corrente Europeia
Esta corrente orienta a Ergonomia para a organização do Trabalho, tendo como base as seguintes questões:
Quem faz?; O que faz?; Como faz?; Como poderia fazer?;
Análise Ergonómica do trabalho
Procura dar resposta a questões fundamentais, tais como:
Qual o trabalho a executar?
Como é que o operador o executa?
Análise Realista do Trabalho
Análise Ergonómica do trabalho Segundo alguns autores, a análise ergonómica do trabalho visa:
Confrontar as exigências da tarefa com as atitudes e sequências operacionais pelas quais os indivíduos respondem realmente a estas exigências.
Análise Ergonómica do trabalho
A Análise do Trabalho fixa-se sobre duas abordagens complementares da tarefa e da actividade;
A Tarefa e a Actividade são duas palavras – chave na Prática Ergonómica;
TarefaNoção de Tarefa
Tarefa é aquilo que é dado ao trabalhador para ser cumprido;Indica o que é para fazer; Evoca a ideia de obrigação; “ É um objectivo a alcançar em condições determinadas” (Leontiev)
TarefaNoção de Actividade
É a mobilização da pessoa humanapara realizar as tarefas;Funcionamento das “funções” fisiológicase psicológicas de uma determinada pessoa; É aquilo que é posto em funcionamento pelo indivíduo para executar a tarefa; Reporta-se ao trabalho real.
Análise Ergonómica do trabalhoExemplo da descrição de uma sequência de
trabalho em termos de tarefa e de actividade
Análise Ergonómica do trabalho A actividade é observável?
Análise Ergonómica do trabalho
É necessário conhecer a tarefa prescrita para analisar a actividade?
Na ausência do conhecimento da tarefa, é difícil analisar a actividade do indivíduo;
Entre a tarefa e a Actividade há diferenças, que por vezes até são muito profundas;
Mas porque a tarefa condiciona a actividade, por vezes é necessário realizar a análise do desvio padrão;
Análise Ergonómica do trabalho
É necessário conhecer a tarefa prescrita para analisar a actividade?
A análise do desvio padrão, entre a tarefa e actividade permite:
Colocar em evidência as falhas da organização;
Ajudar a hierarquizar os constrangimentos da situação trabalho;
Explicar as relações entre as condições internas (inerentes ao indivíduo) e externas (inerentes às condições de trabalho);
Ajudar a compreender as consequências para a saúde;
Análise Ergonómica do trabalho
A Análise da Actividade de Trabalho
Análise Ergonómica do trabalho
QUADRO GLOBAL DA PRÁTICA ERGONÓMICA
A prática ergonómica apresenta as seguintes etapas:
Planificação da análise ergonómica de acordo com a estratégia e objectivos da organização;
Desenvolvimento de planos de acção com a equipa de trabalho (equipa de saúde, de análise de valor,…) e identificação dos factores críticos da análise ergonómica;
Análise da actividade de trabalho (identifica as exigências) –da situação de trabalho;
Análise das normas e legislação em vigor;
Definição de critérios de eficiência, segurança e conforto;
Análise Ergonómica do trabalho
QUADRO GLOBAL DA PRÁTICA ERGONÓMICA
A prática ergonómica apresenta as seguintes etapas:
Diagnóstico de problemas existentes do ponto de vista ergonómico;
Elaboração de recomendações e definição de directivas gerais ou normas internas;
Colaboração na elaboração de planos de acção para implementar soluções ergonómicas;
Participação com outros técnicos, no desenvolvimento de soluções que respondam aos problemas diagnosticados;
Análise Ergonómica do trabalho
QUADRO GLOBAL DA PRÁTICA ERGONÓMICA
A prática ergonómica apresenta as seguintes etapas:
Simulação de situações de trabalho de forma a encontrar soluções que optimizem os critérios ergonómicos definidos e participação na validação;
Definição com outros técnicos das soluções a implementar, fornecendo informações aos órgãos para a tomada de decisão;
Acompanhamento da implementação das medidas ergonómicas escolhidas;
Avaliação dos resultados e do grau de aceitabilidade das medidas ergonómicas implementadas;
Análise Ergonómica do trabalho
As duas principais fases de prática ergonómica são:
Análise Ergonómica;
Intervenção Ergonómica;
Operacionalização
de planos de acção
resultantes da
análise ergonómica;
Identificação e
compreensão das
relações entre as
condições
organizacionais,
técnicas, sociais e
humanas
Análise Ergonómica do trabalho
Em Ergonomia devemos:
Compreender o trabalho;
Transformar o trabalho;
Avaliar a intervenção;
Domínios de Análise Ergonómica
Sistema Sociotécnico;
Operador;
Actividade;
Efeitos;
Variáveis de Referência para a análise ergonómica de um posto de trabalho
Métodos de Análise Ergonómica
Observação;
Experimentação;
Simulação;
Verbalizações;
Domínios de Intervenção Ergonómica
Concepção ou Reformulação de Produtos, serviços e/ ou sistemas produtivos;
Higiene Segurança e Saúde Ocupacional;
Formação Profissional;
Principais Níveis de Intervenção Ergonómica
Ao nível do posto de Trabalho;
Ao nível das ferramentas usadas;
Ao nível do ambiente físico;
Ao nível da organização do trabalho;
Principais Níveis de Intervenção Ergonómica
Ao nível do posto de Trabalho;
Relações dimensionais (é feita uma análise da forma e estrutura das diferentes componentes do posto de trabalho, em função das capacidades e limites humanos);
Relações Informativas (Análise das compatibilidades entre a capacidade de percepção de informação, a informação recebida e os dispositivos informativos de processamento da informação);
Principais Níveis de Intervenção Ergonómica
Ao nível do posto de Trabalho;
Relações de Controlo ( Visa-se a compatibilidade entre as necessidades dos trabalhadores para regular as máquinas e/ou os processos de segurança, conforto, rapidez e eficácia, tendo em conta os objectivos definidos);
Principais Níveis de Intervenção Ergonómica
Ao nível das ferramentas manuais;
As ferramentas devem ser adaptadas à utilização humana;
Ex.: Martelo com cabo anatómico ou alicate ergonómico
Principais Níveis de Intervenção Ergonómica
Ao nível do Ambiente Físico;
Análise das condições favoráveis e /ou desfavoráveis para a prática da actividade humana;
A Acção ergonómica, deve ter em atenção os seguintes princípios de prevenção: Fazer desaparecer a fonte agressora; Colocar uma barreira entre o trabalhador e a fonte agressora; Recorrer ao uso de EPI;
Métodos para a melhoria do conteúdo do trabalho
Parcialização das tarefas;
Enriquecimento das tarefas;
Rotação das tarefas;
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