Junho de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 1
2 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2016
12
3 Fala a Diretora
4 Reflexões de um Diretor de Turma Viajar! Perder países!
5 Notícias e atividades Parlamento dos Jovens em ação
O Dia do Agrupamento / Talentos na Escola II
Visita de estudo à Escola Superior Agrária
Semana da Europa na ESFN
E se fosse eu?
Visita de Estudo a Tormes
O Tédio e o Ócio em A Cidade e as Serras
Visita de estudo ao Museu da Eletricidade e à Central
Hidroelétrica de Castelo de Bode
Património Histórico/Natural pelos olhos do Pré escolar
Escola Promotora de Saúde - trabalhos premiados
Empreendedorismo nas Escolas
Tablets na Sala de Aula
Alunos do 11ºA no Congresso Jovens Geocientistas
Pintou-se abril com Laços de Azul
Suporte Básico de Vida para o EFA
18 Desporto Escolar
20 English is on 21 Viaja por la Hispanidad 22 TURISMO EM CONDEIXA 6 anos de Formação em Turismo
3 anos do Curso de turismo - um testemunho
Entrevista à Sr.ª Vice-Presidente Dr.ª Liliana Pimentel
Como ser Turista? Como viajar?
III Encontro regional de Técnicos de Turismo
28 Na biblioteca acontece... Dia Mundial do Livro e dos Direitos de autor
O Dia do Livro na ESFN
Como seria o teu dia sem os MEDIA?
Concurso Nacional de Leitura - fase Distrital na BM
“30 dias 30 livros” encerra na Escola da Água
Semana da Leitura em imagens
Uma tarde poética na Biblioteca Municipal
VI Concurso de Poesia
34 Lemos + escrevemos melhor
36 Os livros que eu lia quando tinha a tua idade
37 Diversões
38 A força das palavras, por Ana Paula Amaro Daltonismo
39 Ainda não sabiam? Uma English Teacher de excelência
Na ESFN temos duas alunas MUITO COOL
36 Olha para mim a Ler+
Índice :: EDITORIAL
junho de 2016
Direção do Jornal
Ana Rita Amorim
Isabel Neves
Grafismo
Ana Rita Amorim
Chegámos ao fim de mais um ano letivo. Um ano longo, trabalhoso… e de repente já está quase a acabar… passou depressa!?
Chegou também ao fim o 2º Curso Profissional de Técnico de Turismo, motivo pelo qual decidimos aprofundar essa temática no último número deste ano letivo do nosso jornal.
Na escola secundária Fernando Namora, assim como na nossa autarquia a prioridade no turismo, como uma mais-valia para o desenvolvimento local é uma grande aposta. A entrevista que realizámos com a Drª Liliana Pimentel, vice-presidente do nosso município e vereadora da cultura e da educação expressa essa posição de forma bastante clara.
Como tem acontecido nos últimos números do nosso jornal escolar, mais uma vez a participação neste projeto superou as expectativas, pelo que aumentámos 4 páginas neste número para procurar mostrar tudo o que de bom se vai realizando nos diferentes níveis de ensino e escolas do agrupamento.
Na ordem do dia, para além da vontade de viajar por se estarem a aproximar as férias, está a temática “Escolas com contrato de associação versus escolas públicas”, pelo que podemos encontrar, em dois desabafos, diferentes mas coincidentes ideias: o artigo “Daltonismo”, da professora Ana Amaro e o artigo assinado pela nossa diretora, Drª Anabela Lemos, “Uma escola para todos”, sublinham, necessariamente, a defesa da escola pública.
Continuamos a promover o ensino dos valores democráticos e participativos dos jovens na procura de uma cidadania mais ativa no futuro, e mais uma vez criamos, através do excelente trabalho promovido pelo projeto Parlamento dos Jovens, condições para a participação dos nossos alunos em viagens à Assembleia da República mas também ao Parlamento Europeu.
Os artigos são muitos…as viagens de estudo, a participação em diferentes projetos e atividades diversificadas… e claro, o trabalho de excelente qualidade na promoção do livro e da leitura pela Rede de Bibliotecas de Condeixa.
Rematamos com dois grandes GOLOS: Uma English Teacher de Excelência com um prémio internacional. Duas grandes alunas do 9º ano receberam o primeiro prémio, num concurso Nacional de escrita criativa Ler é Cool da Coolbooks da Wook “Escreve o próximo Criptoconto”.
Dois GOLOS que nos deixam muito orgulhosos! É assim, uma escola de TODOS e para TODOS, nos arredores duma
grande cidade, mas nem por isso menor que muitas e tantas outras… Somos BONS e orgulhamo-nos disso. Somos ESCOLA PÚBLICA. PONTO.
Junho de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 3
:: Fala a Diretora
Dou voltas à cabeça para pensar num nome adequado
ao Projeto Educativo que estamos a construir para o
próximo triénio, mas quanto mais penso nisso, mais me
lembro dos assuntos escaldantes das últimas semanas –
escolas com contrato de associação versus escolas públicas
- e mais me apetece ficar com o mesmo nome.
Talvez porque ele traduza a verdadeira essência do
trabalho que diariamente realizamos, da missão que
efetivamente cumprimos. A educação é um direito
consagrado na Constituição da República Portuguesa e,
para além das ideologias partidárias de esquerda e de
direita que, simplificadamente resumiria, de “Mais Estado”
ou “Mais Mercado”, facto é que nela consta que cumpre ao
Estado criar um sistema público que garanta a igualdade de
oportunidades de acesso e êxito escolar.
Ora, nestas discussões dos últimos tempos, parece que
mais importante que os direitos assegurados pela
Constituição são as regalias de um punhado de pessoas
que defendem os seus interesses legítimos, é certo, mas a
que não pode ser atribuída maior prioridade que a um
direito constitucional. E num tempo em que todos
sentimos as restrições económicas através dos salários que
emagrecem, é absurdo defender a duplicação de ofertas
educativas e a consequente duplicação de recursos
financeiros.
Nestes últimos quatro anos, perdemos perto de
sessenta professores que já não podemos recuperar.
Lembrar-se-ão com certeza dos que aposentaram,
mais ou menos “empurrados” pelas penalizações
que já se sentiam e adivinhavam crescer, das
rescisões por mútuo acordo, dos que recorreram
à mobilidade pelos mais variados motivos,
daqueles que deixámos de contratar. Lembram-se
dos Jardins de Infância e das Escolas do 1º ciclo que
fecharam pela falta de alunos que nem sempre foi
consequência do decréscimo da natalidade; houve alguns
artefactos documentais atestando de forma perniciosa
residências nunca ocupadas que viabilizavam ingressos
futuros em estabelecimentos de ensino pretendidos.
A tudo isto temos vindo a assistir de forma
relativamente passiva e conformada. Senti pouca
companhia no passado dia 2 de junho… Tolerância, sim!
Solidariedade, sim! Apatia, não! Sou muito orgulhosa por
trabalhar numa escola pública e não me ralam as
comparações com outras escolas pois sei que faço um
trabalho que poucos fazem. É difícil, mal compensado,
extenuante… mas a nossa clientela dá muita luta! Oh, se
dá!!!! Sujeitei-me a andar por longe antes de chegar a
Condeixa mas sou uma das pessoas de sorte que já
terminou a peregrinação! Tantos professores há que nem
no “longe” arranjam colocação!
E apesar de trabalharmos numa escola que se diz laica,
regemo-nos por princípios tão nobres quanto os da moral
cristã: somos inclusivos, lutamos contra a discriminação,
somos transparentes naquilo que fazemos pois as regras
são conhecidas e aplicam-se a todos, trabalhamos para
todos e por todos… concretizamos a democratização do
ensino, dia após dia.
Cumprimos Portugal!
Anabela Rodrigues de Lemos
UMA ESCOLA PARA TODOS
4 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2016
“Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E da ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.”
Fernando Pessoa 20-9-1933
Espero que Pessoa me perdoe a ousadia de lhe
“roubar “este texto, mas viajar é tal qual ele
descreve no início do poema: “Viajar! Perder
países!/Ser outro constantemente,/Por a alma não
ter raízes/De viver de ver somente!”. Porque, viajar
pode ser para fora de nós e aí corremos países,
paisagens, lugares desconhecidos habitados por
gentes diversas das que conhecemos… Mas viajar
é também fazê-lo dentro de nós, através das
emoções, dos cheiros, das memórias dos lugares
do passado, da infância, que só nós conhecemos,
do sonho.
Nesta época do ano, sobretudo, quem não sonha
com ilhas paradisíacas, locais de prazer sensorial,
de abandono das rotinas, dos horários, dos prazos
de entregas de trabalhos, da fuga aos
compromissos e às obrigações? Quem não olha
com deleite os cartazes afixados em qualquer
vitrina de agências de viagens a promover feiras de
desconto para umas férias de sonho? Quem não
imagina, mais uma vez como afirma o nosso poeta,
“Ali, ali/ A vida é jovem e o amor sorri”?
Mas será que a descoberta da felicidade tem de
residir numa “ilha extrema do sul”? Num
agrupamento de escolas que promove o Turismo
através dum curso profissional que já vai na sua
segunda fornada de finalistas, descobrimos, ao
longo dos tempos, o património de Condeixa e
seus arredores. Dos palácios às igrejas, aos
moinhos de água, aos percursos pedestres pela
mata dos Mouros e serra de Janeanes, à
gastronomia do cabrito, escarpiadas, queijo e
licores, não faltando o ex-libris mais relevante – as
ruínas de Conímbriga - tudo nos lembra o célebre
slogan, “ Vá para fora cá dentro”. Não é necessário
partir para longe, apanhar longos voos, correr
aeroportos apinhados de gente para nos
enriquecermos culturalmente e arejarmos das
nossas rotinas…
Mas também é o próprio Pessoa que, mais à
frente, no mesmo texto, conclui, afinal, “É em nós
que é tudo”. Primeiro temos de nos conhecer,
porque a felicidade procurada em “ilhas do fim do
mundo”, “palmares de sonho”, é momentânea,
rapidamente se esgota e, por isso, traz a desilusão.
Assim, a felicidade só pode ser encontrada no
íntimo de cada um de nós. Estas férias, que tal
partirmos à descoberta do nosso “interior”?
Maria João Cura Mariano
Coordenadora dos Diretores de Turma do Ensino Secundário
Reflexões de um Diretor de Turma ::
Junho de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 5
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES
O projeto Parlamento dos Jovens, no nosso Agrupamento de Escolas culminou, neste ano letivo, com duas atividades destinadas aos jovens deputados eleitos. No dia 6 de maio, os 41 deputados eleitos na sessão escolar, tiveram oportunidade de visitar a Assembleia da República e assistir a uma sessão de plenário. Tiveram, ainda, o privilégio de serem recebidos pelos senhores deputados Margarida Mano, Fátima Ramos e Maurício Marques, que explicaram aos nossos jovens deputados o funcionamento das comissões parlamentares, bem como das sessões de plenário. Deste modo os nossos alunos conheceram os órgãos de decisão política a nível nacional.
Nos dias 26, 27 e 28 de maio, uma delegação de 10 elementos do Agrupamento de Escolas de Condeixa, representando o projeto Parlamento dos Jovens, deslocou-se a
Bruxelas, ao Parlamento Europeu, a convite da Deputada Marisa Matias. Nesta atividade, os nossos alunos tiveram uma oportunidade única de conhecerem os órgãos de decisão política a nível europeu. É de salientar a excelente receção que a nossa delegação teve por parte da senhora deputada Marisa Matias. Esta visita, permitiu ainda que os nossos alunos tivessem contacto com uma cultura diferente.
Estas duas experiências revelaram-se muito importantes na construção da formação cívica dos nossos jovens. É fundamental que os nossos alunos tenham consciência de como se tomam as decisões políticas, quer a nível nacional, quer a nível europeu.
Estamos convictos que este projeto e a sua continuidade irá promover cada vez mais o interesse dos nossos alunos pela educação para a política.
professora Sónia Vidal, coordenadora do projeto
PARLAMENTO JOVENS em AÇÃO
No passado dia 6 de maio fomos à Assembleia da República, em
conjunto com mais 28 alunos e 3 professores. Na visita tivemos
oportunidade de conhecer o funcionamento, instalações e até alguns
deputados pessoalmente.
Mais recentemente entre os dias 26 e 28 de maio tivemos ainda a
excelente oportunidade de viajar até Bruxelas onde pudemos
conhecer o Parlamento Europeu assim como as cidades de Bruxelas
e de Bruges. Quando estivemos no Parlamento Europeu fomos
sempre acompanhados por um funcionário e pela Sr.ª Deputada
Marisa Matias. Foi um prazer conhecê-la pessoalmente e poder fazer
-lhe perguntas sobre a sua vida política e também sobre outros
assuntos. Ambas as experiências foram possíveis graças à nossa
participação no projeto Parlamento dos Jovens. Tivemos
duas experiências fantásticas que nos deram a conhecer bastante
melhor o que é a vida politica e como tudo funciona.
Queríamos agradecer aos nossos colegas de lista pelo empenho e
dedicação que tiveram neste projeto, pois sem eles nenhuma destas
experiências tinha sido possível de se concretizar. Carolina Sá Pinto e Bruna Brito, 8ºC
6 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2016
NOTÍCIAS / ATIVIDADES ::
No dia 13 de abril, dia do agrupamento, pela manhã, assistimos
a um espetáculo de ginástica acrobática, no ginásio da EBNº2.
Ainda na EBNº2, vimos o concurso de chapéus, com o desfile
de alunos e professores que mostravam os mais variados e
divertidos modelos de chapéus e também exposições e ateliers,
nos quais participámos.
De seguida, realizámos uma caminhada até à praça da República,
onde fizemos várias coreografias, com todo o agrupamento,
orientados por duas professoras de Educação Física.
Após o almoço, fomos para o estádio municipal, onde passámos
bastante tempo a conviver e a jogar uns com os outros. Houve
alguns imprevistos com o tempo mas, apesar de tudo,
conseguimos passar uma tarde em grande.
Este foi, sem dúvida, um grande dia. Mafalda 4ºA - EBnº1
No dia treze de abril comemorou-se o dia do Agrupamento de Escolas
de Condeixa-a-Nova.
Durante a manhã desenvolveram-se várias atividades dinamizadas
pelos diferentes elementos que constituem o Agrupamento.
O núcleo de Espanhol deste Agrupamento participou ativamente nesta
comemoração. Assim, teve lugar um atelier de Salsa e Merengue
dinamizado pela professora estagiária Elsa Martins que contou com a
participação e o interesse de vários professores e alunos.
Além desta atividade, o núcleo de Espanhol proporcionou uma aula
aberta para todas as turmas do 6º ano de escolaridade. Durante esta
aula, os alunos puderam contatar pela primeira vez com a língua
espanhola e perceber as suas particularidades, revelando bastante
interesse em conhecer e desenvolver conhecimentos ao nível desta
língua. O núcleo de Espanhol
O dia do Agrupamento
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:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES
Agrupamento
TALENTOS NA ESCOLA II Quando algo corre mal devemos
encontrar a melhor solução e não
voltar a repetir o erro. É algo que o
Concurso “Talentos na Escola II”
nos ensina como se fosse uma
escalada de aprendizagens em que
a cada falha se constrói um metro de coragem para enfrentar
o que correr menos bem.
O afeto entre concorrentes, júri e staff tem vindo a crescer,
não existem barreiras entre nós, mas sim cada vez mais
carinho e apoio. Não existe medo, não existe vergonha,
somos um Agrupamento, somos uma família em que tudo é
como um filme em que os heróis vencem os vilões.
Aproveitei mais uma vez a oportunidade que me foi
concedida, todos os obstáculos que encontrei pelo caminho
foram encarados de frente. Encontro-me feliz e orgulhosa,
mais uma vez, e o sucesso foi notável.
Os nossos concorrentes surpreenderam-nos nas áreas do
canto, da comédia, da dança e do instrumental, por
conseguinte, foram avaliados pelos nossos queridos e
amáveis júris aos quais tenho que agradecer pela
disponibilidade e dedicação: Diretora Anabela Lemos,
Professores Joaquim Santos, Isabel Correia e António
Campos e Andreia Sousa (Presidente da Associação de
Estudantes).
Entre os nove concorrentes, apenas três enfrentaram a
Grande Final: Ana Francisca e Joana Caetano, Ana Sofia e
Lara Cardoso.
A Ana Francisca e Joana Caetano conquistaram o 1º lugar
com um total de 414 pontos, Ana Sofia com 138 e,
finalmente, Lara Cardoso com 137.
As nossas vencedoras avaliam a sua participação
positivamente, porque aprenderam imenso, conheceram
pessoas novas e simpáticas e aproveitaram as críticas para
melhorar o trabalho enquanto dançarinas. Por outro lado,
afirmam que trabalharam muito para conquistar um lugar na
final.
MM: Acham que existe um elo de ligação entre os
concorrentes, júri e apresentadora?
V: Sim, achamos. A apresentadora foi muito atenciosa
connosco, deixando-nos sempre à vontade. Os júris foram
importantes para podermos melhorar de eliminatória para
eliminatória, com as suas críticas positivas.
MM: Qual é a sensação de ser finalista?
V: Muito boa! Parece que temos o "mundo nas mãos",
sentimo-nos grandes e, fundamentalmente, sentimos que as
pessoas gostam de nos ver atuar.
As alunas deixam uma mensagem para quem ainda não se
encorajou a participar numa próxima edição “é uma boa
experiência para mostrarem o seu talento e para se
tornarem cada vez melhores”.
Aproveito para
agradecer ao nosso
Agrupamento e a
todos aqueles que
apoiam este projeto
(concorrentes, staff,
famílias, amigos,
patrocinadores,…).
Todos nós
evoluímos na vida,
uns mais depressa,
outros mais
devagar… No
entanto, entre
milhões de pessoas
todos devemos
acreditar nos nossos
sonhos, durem o
tempo que durarem
até os alcançarmos.
Quando for a altura
certa, sem nos
apercebermos, já
estamos no topo do
mundo, onde
podemos ser amados
ou criticados,
contudo, o que importa é a nossa perspetiva perante nós
mesmos, a confiança que depositamos em nós mesmos.
Acreditar no impossível é um começo.
Aprendi que é sempre possível ir para além dos nossos
limites. Não desistam dos vossos sonhos e obrigada pela
participação, coragem e dedicação de todos os envolvidos
neste projeto.
“Eles não sabem, nem sonham, que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha o mundo pula e avança
como bola colorida entre as mãos de uma criança.”
António Gedeão
Que venha a segunda edição! Magda Mendes – Jornalista do JÁ
Com o apoio de:
8 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2016
NOTÍCIAS / ATIVIDADES ::
SEMANA DA EUROPA na ESFN
A semana do dia 9 de maio foi assinalada na nossa escola pelos
elementos do Clube Europeu, salientando-se a importância da
construção, desde a sua origem, deste espaço multicultural e
intercultural, onde o principal valor a preservar é a paz e a tolerância.
Para tal os alunos puderam visionar um documentário sobre o discurso
de Robert Shuman apelando à paz e à solidariedade, aquele que ficou
para a história como uma linda intenção de construir, passo a passo, uma
Europa mais unida, onde o respeito
pelos “Direitos Humanos” passasse
a ser uma concretização do dia a
dia.
A comunidade escolar pôde ainda
visionar um documentário sobre a importância da aprendizagem das línguas, como
forma de integração e de respeito por outras culturas.
Foi ainda divulgado um documentário sobre um projeto de integração de gentes
de outras culturas, a decorrer na cidade de Lublin, Polónia.
Os alunos do 11º C participaram numa exposição através de textos recolhidos da
imprensa, relativos ao papel da União Europeia na crise dos refugiados.
As alunas Catarina Silva, do 11º C, e Inês Cardoso, do 11º B, participaram na
mesma exposição, disponibilizando fotografias da sua autoria, que demonstram a
interculturalidade que se vive na EU, através de uma plena integração de outras
culturas. as professoras do Clube Europeu Alda Cardoso e Fátima Gonçalves
A nossa visita de estudo à Escola Superior Agrária
No dia 15 de março, estávamos prontos e entusiasmados com a visita
que tínhamos previsto para um bonito dia de sol que, infelizmente, não
se verificou. Chovia. Mas, ainda assim, o entusiasmo e a alegria não
faltavam!
À hora prevista chegámos ao nosso destino, a Escola Superior
Agrária.
Começámos por visitar uma fábrica de lacticínios que não estava a
laborar.
Acolheu-nos um Senhor Engenheiro
que nos conduziu à sala de
pasteurização, processo de desinfeção
do leite através da temperatura. Ao
lado, havia a sala de receção do leite
proveniente de uma vacaria de um
antigo aluno daquela escola.
Tempos houve em que o leite era produzido na quinta da escola!
Naquela fábrica produz-se queijo, manteiga e iogurte em contexto de
aula, com os alunos. Numa sala lateral do corredor, onde estavam os
utensílios para a confeção dos produtos lácteos, fazia-se a «cura» do
queijo.
Dali, fomos até ao picadeiro,
edifício do século XVIII, a parte
mais excitante da nossa visita!
Depois de ouvirmos algumas
explicações sobre o tratamento
e comportamento dos cavalos,
entrámos dentro do picadeiro
propriamente dito, para
montarmos nos cavalos Coni,
Terin e Chinchila. Todos andámos de cavalo.
Foi uma sensação fantástica!
Em seguida, visitámos as cavalariças onde
os cavalos descansam e pernoitam (passam a
noite). Havia lá muitos cavalos lusitanos,
pretos, brancos, castanhos e garranos (cavalos mais pequenos).
Antes e após o almoço, estivemos a observar capoeiras com várias
aves: patos-reais, patos mudos, coelhos, pavões, galinhas, galos, gansos,
etc.
Na parte da tarde visitámos um laboratório de micropropagação, um
processo para dar origem a
novas plantas de melhor
qualidade em ambiente
controlado. Nós colaborámos
nesse processo. Semeámos
sementes em perlite e
colocámos hastes de plantas que
estavam em “meio de cultura”,
também em perlite, para elas
enraizarem. Só depois de terem raiz é que vão para o campo.
À saída do laboratório vimos em exposição, uma tarara, engenho
que servia para limpar o milho, e uma enfardadeira antiga que serviu, em
tempos, para fazer fardos de palha. Também passámos por um cafeeiro e
uma bananeira.
Terminada a visita, regressámos à escola.
EB1 DE SEBAL
Tarara Enfardadeira
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:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES
Esta iniciativa…ajudou-nos a perceber as dificuldades das pessoas
em fuga.
A iniciativa “E se fosse eu?” revela a fragilidade do ser humano e a
necessidade de nos colocarmos no papel do outro para, nós também
estarmos conscientes da importância e gravidade da crise dos
refugiados.
Esta atividade foi muito importante pois pôs-nos a pensar e a refletir
sobre o que os outros sentem e fazem em situações difíceis como
estas.
Esta campanha, “E se fosse eu?” fez-me entrar na realidade atual e
deixar para trás o mundo dos acontecimentos perfeitos onde a
sociedade muitas vezes se acomoda.
Atividade importante para nos contextualizar na realidade atual.
É muito importante sensibilizar o mundo para a questão dos
refugiados. Na minha opinião, nenhum de nós, ao realizar a atividade,
foi sincero nas escolhas dos objetos pois com um longo caminho a
percorrer é impensável levar, por exemplo, tudo o que coloquei na
minha mochila. Devem ser desenvolvidos programas no âmbito de
ajudar estas pessoas a adaptarem-se a um novo modo de vida e
não devemos olhá-las de lado, mas com os braços abertos.
“E se fosse eu?” foi uma atividade que nos põe cara a cara com
um dos problemas mais atuais da sociedade e nos dá uma
perspetiva mais real da questão dos refugiados.
Foi importante porque nos mostrou a luta porque os refugiados
passam diariamente e as dificuldades a que estão sujeitos.
Acho que a atividade “E se fosse eu?” foi muito relevante para os
alunos, visto que esta permitiu aos mesmos pensar como se
fossem um refugiado e pensar o que levariam na mala se tivessem
de fugir.
Na minha opinião, o desafio “E se fosse eu?” foi muito importante,
pois foi uma forma de pensarmos o que um refugiado sente quando
faz a sua mochila para escapar à guerra, tendo muitas vezes que
deixar pessoas/coisas que mais ama e necessita, respetivamente,
para trás.
Ajudou-nos a perceber que para sobreviver é preciso fazer
sacrifícios.
Ajudou-nos a perceber quais são os nossos bens realmente
essenciais e que cada um de nós tem opiniões diferentes de quais
são esses bens.
Ajudou-me a perceber o sacrifício que eles fazem ao tentarem
chegar a um novo lar.
Esta atividade fez-me pensar “onde estão os direitos humanos”?
Esta atividade fez-me pensar no apego da nossa sociedade aos
bens materiais.
Ajudou-me a perceber o que essas pessoas sofrem.
Foi uma boa atividade para percebermos as dificuldades que os
refugiados enfrentam ao fugirem da guerra.
A atividade foi importante, pois fez-nos perceber a situação que o
mundo vive nos dias de hoje.
Se eu fosse um refugiado, eu faria tudo o que estivesse ao meu
alcance para sobreviver, incluindo enterrar os refugiados que
tivessem morrido e levar os seus mantimentos.
Direitos onde estão? Contudo, ainda há racismo e indiferença?
Atividade importante para conhecer as preocupações de sair do
país natal sem destino.
Achei que foi uma boa atividade para entender o que é mais
importante para o nosso caminho.
Reflexões dos alunos do 11ºC
O desafio foi-nos lançado pela
Diretora de Turma, consistia
em preparar uma mochila
como se eu estivesse na
situação dos refugiados. À
partida não parece ser muito
difícil enfiar umas coisas para
dentro de uma mochila... No
entanto, assim que comecei a
pensar nessa situação percebi a mensagem da iniciativa. Custou-me
mesmo muito imaginar o que seria perder a casa e todos os objetos
que significam tanto para nós... todas as recordações... e quão difícil
seria separarmo-nos dos amigos e da família!!
Optei por selecionar objetos com verdadeira utilidade para a
possível viagem de fuga: alimentos, produtos de higiene, roupa,
medicamentos, documentos e dinheiro..., também um livro, porque
ocupar a cabeça em momentos de grande perturbação é essencial.
Percebi, naquele momento, que muitas das coisas que no nosso dia-
a-dia parecem ser fundamentais, numa situação de emergência, são
realmente muito pouco importantes.
Na verdade, ao preparar aquela mochila, tomei consciência da
imensa sorte que todos nós temos e de como são, por vezes,
ridículas as nossas queixas e lamentações.
Carolina Baptista, 7.º F
10 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2016
NOTÍCIAS / ATIVIDADES ::
No passado dia 11 de março de 2016, a propósito da disciplina de Português, alguns de nós, alunos de 11º ano, partimos em visita de estudo rumo ao Porto, mais precisamente, em direção ao Norte. A visita realizou-se por pertencemos a um dos últimos grupos de alunos que estudarão a obra de Eça de Queirós, A Cidade e as Serras. Este passeio de estudantes não foi apenas uma viagem de puro lazer, contribuiu para aprofundarmos conhecimentos enquanto alunos que futuramente irão realizar exames nacionais. No decorrer da viagem, enquanto nos deslumbrávamos com as belas paisagens do Douro, as que tanto fascinavam Jacinto e Eça, ouvimos um resumo da obra contado por um aluno da turma A, Miguel Carvalho. Algumas horas haviam passado quando, finalmente, chegámos à Quinta de Vila Nova, em Tormes. Andámos um pouco a pé até chegarmos à entrada da Fundação. Quando entrámos, fomos
muito bem recebidos por uma guia. Depois de nos instalarmos, esta pediu-nos para prestarmos muita atenção a um documentário intitulado “Realidade e ficção”. Naquele documentário ouvimos falar da construção da fundação, da vida de Eça e de Jacinto e de tantos outros assuntos relacionados com a obra, sendo que fica difícil explicar, apenas quem presenciou consegue entender. Depois de assistirmos ao documentário, seguiu-se a visita guiada à Fundação Eça de Queiroz. De tudo o que pude observar, o que despertou a minha atenção foram os seus talheres, os copos, o enorme quadro que se encontrava no quarto, a capela e, claro!, a maravilhosa paisagem. Para mim, esta viagem foi muito pertinente. Diverti-me e consegui alcançar mais conhecimentos sobre a obra e sobre o escritor, principalmente através do documentário. A viagem não terminou por aqui, mas o resto guardamos no coração.
Catarina Cunha da Silva, 11.º C
VISITA DE ESTUDO A TORMES
O Tédio e o Ócio
em A Cidade e as Serras
Na obra A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós,
o que mais me marcou foi a incapacidade de o
personagem Jacinto desenvolver felicidade e
otimismo perante a vida de abundância e conforto.
Jacinto, como membro da burguesia, estaria
destinado a uma vida de ócio. A sua classe social
permitia-lhe uma vida de pouco trabalho,
contrastando com a vida de pobreza do povo.
Estava acostumado à vida de luxo, que pouco exigia
das suas capacidades físicas e cognitivas, devido ao
fácil acesso a aparelhos tecnológicos muito
avançados e à ajuda dos muitos empregados que
estariam ao seu dispor para tudo. Enfim, uma vida de
sonho para muitos: “E um povo chora de fome, e de
fome dos seus pequeninos – para que os Jacintos, em
Janeiro, debiquem, bocejando, sobre os pratos de
Saxe, morangos gelados em champagne e avivados
de um fio éter.”
No entanto, o “Príncipe da Grã-Ventura”, que em
tempos foi glorioso, sortudo e afortunado, tornara-se,
então, um homem infeliz, isolado e melancólico. Tudo
devido ao permanente estado de ócio em que se
encontrara durante grande parte da sua vida de
burguês. Muito embora rodeado da abundância
material, Jacinto consegue ainda entediar-se na
maravilhosa capital francesa, sendo esta ideia
transmitida frequentemente através de muitas
referências aos seus bocejos: “ (...) o meu Príncipe
emudecia, molemente engelhado no fundo das
almofadas, donde só despregava a face para
escancarar bocejos de fartura.”
O estado de espírito de Jacinto poderá
representar a decadência da civilização urbana ou
até um questionar sobre os valores ou os fatores que,
na realidade, nos fazem felizes, já que, no final da
obra, o tédio se transforma na regeneração e
felicidade, associadas à vida no campo por
oposição à da cidade.
Erica Wallberg, 11.º A
Junho de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 11
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES
VISITA DE ESTUDO A TORMES
Uma visita de estudo tem sempre um papel
importante para complementar conhecimentos já
adquiridos, sendo uma forma de os aprofundar.
A nossa ida a Tormes foi
crucial para conhecermos
melhor o romance A Cidade
e as Serras e o seu autor.
Para além de aprofundarmos
alguns assuntos, obtivemos
muitas outras informações.
Ficámos a conhecer os
pormenores mais
importantes da vida de Eça
de Queirós e pudemos
compreender melhor a
ligação entre a vivência do
romancista e a do protagonista.
A visita foi igualmente
importante para nos certificarmos da beleza das
descrições feitas pelo autor relativamente à paisagem de
Tormes e à casa, pois pudemos ficar a conhecer o local
pelo qual Eça e a personagem principal da obra se
apaixonaram (a paisagem, tal como é descrita no
romance, é muito bonita, com campos de cultivo, casas
rurais, ...).
Em suma, a visita de estudo foi uma importante forma
de confirmarmos o que tínhamos aprendido nas aulas e
podermos ver o local onde decorre grande parte da ação
do romance estudado, pelo que concluo que esta
atividade constituiu um ótimo complemento para o
nosso conhecimento acerca da obra e do seu autor. Joana Marinhas Branco 11.º C
A visita de estudo, realizada no passado dia 11 de março,
permitiu, na minha opinião, uma visão mais aprofundada do
romance A Cidade e as Serras, uma vez que tornou mais
“palpável” a obra estudada.
A Casa de Tormes e todo o ambiente circundante são a
realidade por detrás da ficção retratada no livro, a inspiração
de Eça aquando da escrita do mesmo. As diversas divisões da
casa assemelham-se às descritas na obra, como a “cozinha
imensa” com ”pedra negra, densas negruras de felugem
secular”, assim como os panoramas bucólicos que tive o
privilégio de observar: “regueiros cantantes”; “serra coberta
de denso e velho arvoredo”.
Ao visitar a casa, apercebemo-nos que o autor se baseou
nas suas próprias pessoa e experiência para a “construção”
da personagem principal, Jacinto. A biblioteca é,
definitivamente, a divisão que melhor transmite a ligação
entre estes dois homens. Aí, vemos conservada a essência de
Eça/Jacinto que, mesmo nas Serras, não descartava a
civilização e o conhecimento, estabelecendo, pelo contrário,
um equilíbrio entre estas duas realidades. As fotografias
expostas neste espaço conduzem-nos também a uma viagem
pela vida de Eça que, à semelhança de Jacinto, gostava de
frequentar e organizar eventos sociais, a fim de conviver com
homens igualmente interessados pela civilização e por todas
as maravilhas que esta traz (o escritor transpôs algumas
destas vivências para o romance).
Esta visita não se resumiu apenas ao contacto com a
habitação, tendo igualmente permitido uma incursão na vida
de Eça de Queirós, um dos mais importantes escritores na
nossa língua portuguesa, cuja obra e memória cabe a cada
um de nós manter viva, transmitindo-as às gerações
vindouras como parte do nosso património.
Sara Alexandra Costa Silva 11.º A
Estudar uma obra tendo como único recurso o suporte
escrito é sempre redutor, comparativamente com a
experiência enriquecedora resultante do contacto com os
espaços e objetos que serviram de ponto de partida para o
processo de produção escrita do romancista.
Apesar de grande parte do percurso até ao Alto Douro
ser marcadamente citadino, a vista altera-se nos últimos
quilómetros, passando-se da paisagem urbana, dominada
por edifícios feios e trânsito intenso, para uma em que a
natureza no seu estado mais puro sobressai - a paisagem
de Santa Cruz do Douro, que serve de pano de fundo e de
inspiração à descrição de Tormes, feita por Eça de
Queirós.
A influência que essa realidade exerceu sobre o autor e a
obra A Cidade e as Serras emerge na visita à Quinta de
Tormes: o espaço real confunde-se com o descrito na obra
- as divisões frias da casa, pouco acolhedoras e despojadas,
são semelhantes àquelas a que chegam Jacinto e Zé
Fernandes, na esperança vã de as encontrarem prontas a
habitar e recheadas de “civilização”.
Outro aspeto relevante prende-se com o facto de a vida de
Eça ter servido, nesta como noutras das suas obras, de fonte
de inspiração: quando Jacinto chega a Tormes, depara-se com
uma casa austera, mobilada por poucas peças, nas quais se
incluía a “mesa do arroz de favas” e a “cadeira de Jacinto” – as
que Eça encontrou e que os visitantes podem ver.
A Cidade e as Serras torna-se, assim, num espelho de parte
da vida de Eça e do ambiente rural que este conheceu, tendo
sido veiculado para os leitores através do percurso do
“Príncipe da Grã-Ventura”, a figura sublimada do próprio
autor. João Francisco Letras Ferreira, 11.º C
12 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2016
NOTÍCIAS / ATIVIDADES ::
No passado dia 17 de março tivemos a oportunidade de
visitar o Museu da Eletricidade em Lisboa. Uma experiência
muito dinâmica e entusiasmante, sem dúvida, a repetir.
Pudemos aprender um pouco mais do que nos rodeia e foi uma
maneira divertida de conhecermos a matéria de Físico-Química
e melhorar os nossos conhecimentos.
No início da visita conhecemos a guia que nos foi explicando
as diferentes etapas da produção. Pudemos realizar algumas
experiências com eletricidade, o que foi bastante divertido.
Durante a visita pudemos perceber um pouco do que é a
eletricidade, ficando a saber o quão difícil era a produção de
energia, uma coisa que nos nossos dias nos parece tão simples
e instantânea, e também ver como aquele trabalho era duro,
atribulado e quase
impossível de fazer
com todo aquele calor.
O museu localiza-se no
edifício que
anteriormente era a
maior central de
produção de
eletricidade em
Portugal, na
margem do rio
Tejo, devido à maior facilidade de abastecimento de carvão
vindo de outros países.
Da parte da tarde, visitámos a barragem hidroelétrica de
Castelo de Bode. Foi bom aprender mais sobre este tipo de
energia renovável, um trabalho complexo, mas que ao longo
dos anos vai sendo cada vez mais computorizado, deixando de
ser necessário a permanente presença do Homem. A
manutenção de tudo aquilo é muito importante para o bom
funcionamento, sendo extremamente necessário seguir as
normas de segurança para que tudo possa correr bem. É
incrível como conseguem ter tudo pensado ao pormenor para o
caso de alguma emergência ou imprevisto.
É bom a escola proporcionar estas atividades, é de valor tudo o
que aprendemos e vimos.
Aconselhamos a visita a estes dois locais..
Sara Centeio e Maria Rocha, 9ºC
No dia 17 de março de 2016, os alunos do 9º ano de escolaridade do
Agrupamento de Escolas de Condeixa realizaram uma visita de estudo ao Museu
da Eletricidade, “Central Tejo”, em Lisboa, e à Barragem de Castelo de Bode,
em Abrantes, no âmbito da disciplina de Física e Química.
Em ambos os locais, os alunos receberam um tratamento de excelência,
principalmente por parte dos guias e engenheiros que acompanharam cada
turma na visita a cada local.
A visita foi bastante enriquecedora não só pelo ambiente e convívio
proporcionado, como também pela aquisição de conhecimentos teóricos e
práticos.
Primeiramente, os alunos dirigiram-se ao Museu da Eletricidade, a antiga
“Central Tejo”, onde lhes foi dada a conhecer a história do museu, bem como
decorria a produção e fornecimento de energia há alguns tempos atrás e a
dureza que esse trabalho implicava.
Posteriormente, os alunos visitaram a Barragem de Castelo de Bode, onde
tiveram uma visita acompanhada pelos engenheiros
responsáveis pela barragem. Aí, tiveram
oportunidade de observar como esta está
construída e funciona e como é o seu interior.
Tiveram ainda acesso a um esclarecimento mais
aprofundado sobre a produção de energia
hidroelétrica numa barragem.
Os alunos, no geral, apreciaram bastante a visita
tendo sido a visita à barragem a mais admirada
devido à oportunidade de poder contactar com o
interior de uma das principais barragens do país.
Raquel Cardoso, 9ºA
Trabalhadores da central (estátuas)
Maquete do museu
Barragem de Castelo de Bode
Gerador da Barragem
Junho de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 13
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES
No dia 17 de março a escola da Ega fez uma
visita de estudo a Coimbra a fim de conhecer um
pouco mais da cidade. Logo de manhã, visitámos
o museu Machado de Castro e ficámos
impressionados com a História que escondem
aqueles muros e paredes tão antigos.
Entretanto, aproveitando a beleza da cidade,
viemos a pé até à baixa da cidade para conhecer
a igreja de Santa Cruz, onde ficámos a saber que
estão os túmulos de D. Sancho I e D. Afonso
Henriques.
Em seguida, aproveitámos o parque do
Choupalinho à beira-rio para almoçar e
descontrair um bocadinho, antes de visitarmos os
jardins da Quinta das Lágrimas, onde assistimos e
participámos no teatro “O jardineiro do sol”.
Foi um dia em cheio!
EB1 da Ega
À DESCOBERTA
DE COIMBRA…
Como já vem sendo hábito, os alunos da escola de Belide, em colaboração com a
Pastelaria Primavera, ajudaram a confecionar os tradicionais folares de Páscoa. A atividade culminou com a degustação dos folares ainda quentinhos, que estavam
deliciosos! EB1 de Belide
FOMOS FAZER O NOSSO FOLAR DA PÁSCOA
Educadora Isabel Hipólito
Turma C do JI da EBnº1
14 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2016
NOTÍCIAS / ATIVIDADES ::
2º lugar Logótipo
Leonor Pereira do 8A
1º lugar Logótipo
Rita Simões do 8ºC
3º lugar Logótipo
Joana Costa do 8ºC
Condeixa, 30 de novembro de 2015
Querida mãe,
Espero que leias esta carta com muita atenção. Hoje de manhã, quando vinha para a escola contigo, via o fumo cinzento do
teu cigarro a sair pela janela do carro e pensava que estavas a pintar o teu futuro com a mesma cor.
Toda a gente afirma que os cigarros fazem mal ao corpo e ao bolso. Ao teu corpo e ao dos que te rodeiam. Quem me dera que deixasses os maços de tabaco nos cafés ou na loja da esquina mais próxima!
Mãezinha, eu estou a crescer e o meu maior sonho é que me ajudes no meu crescimento. Tenho medo que o tabaco nos faça separar mais cedo e que não possa contar contigo para me apoiares e me orientares nas várias etapas da minha vida.
Além disso, já pensaste no que poderíamos fazer se guardasses os 30 euros semanais na carteira? Eu própria já fiz a soma e, no final do ano, terias quase 1533€ a mais!
Peço-te, por favor, para mudarmos a cor do tempo que aí vem! Vamos pintar o nosso futuro de cor-de-rosa!
Beijos da tua filha Maria
Condeixa, 5 de novembro de 2015
Carta para ti que anseias por mais uma dose
Olá (?) Ou devo antes dizer adeus? Adeus a tudo pelo que lutaste antes
de consumires. Adeus ao que te mantinha de pé. Adeus a toda a beleza
que te foi retirada pelas drogas. Adeus a uma vida que já nem vida é.
Não gostas de rotinas?! Olha para ti! Todos os dias, a tua única
preocupação é arranjar (mais) uma dose.
Procuras diversão? De facto, o divertimento proporcionado pela dúvida de
chegares ao amanhã vale a TUA vida!
E quando chegar o dia em que já não é suficiente? Em que queres mais e
esse “mais” torna-se o de mais? Aí podes mesmo perguntar “Como vou
conseguir?”.
E quantas mais vezes irás maltratar os que te amam estando
completamente insano?
Vais continuar a pressionar o gatilho? A deixar queimar o rastilho? Vais
continuar nessa queda com fim e deixar o mundo assim?
Eu podia simplesmente ver-te cair, mas sentei-me à frente de uma
secretária e escrevi um monte de palavras na esperança de te poder
ajudar, de poder fazer algo por ti.
É a tua vez. Agora, TU tens de fazer algo por TI.
Tu és a tua própria queda. Cabe-te a ti não te deixares bater no fundo.
A realidade não é o mundo colorido em que queres viver.
2º lugar Carta
Raquel Cardoso do 9ºA
2º lugar Carta
Maria Pires do 7ºA
No dia 15 de abril passado, durante o Sarau do Agrupamento a senhora
Vice-presidente e Vereadora da Educação da Câmara Municipal, Drª Liliana
Pimentel, entregou os prémios referentes aos trabalhos realizados para o
concurso do logótipo "Comunidades Escolares Livres de Fumo" e da "Carta
a um Familiar Fumador” que foram propostos aos alunos do 3º ciclo pela
Escola Promotora de Saúde, no âmbito do PES (Programa de Educação para
a Saúde) em parceria com o Centro de Saúde de Condeixa, promotor do
programa.
As alunas premiadas receberam bicicletas, e um skate entre outros
prémios muito saudáveis!
Aqui ficam os trabalhos vencedores para que os possam apreciar!
Raquel
Junho de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 15
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES
A Câmara Municipal de
Condeixa-a-Nova, em
parceria com a CIMRC
(Comunidade
Intermunicipal da Região de
Coimbra), lançou o repto ao Agrupamento de Escolas de
Condeixa-a-Nova para a participação no programa
“Empreendedorismo nas Escolas da Região de Coimbra” e
concretamente no “Concurso de ideias de Negócio”.
O desafio foi aceite e várias turmas, sob a coordenação de
diferentes professores, propuseram-se desenvolver o
projeto. Depois de sessões de esclarecimento e motivação
aos alunos, proferidas pela Dra. Ana Mineiro, foram
submetidas ao concurso 24 ideias de negócio (12 no ensino
básico e 12 no ensino secundários), das quais 5 de cada nível
de ensino foram ao Concurso Municipal de Ideias para se
selecionar aquela que, na final intermunicipal,
representaria a Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova.
Os critérios de avaliação foram: o grau de inovação da ideia,
a exequibilidade da ideia, a qualidade da apresentação, o
desenvolvimento da ideia (maturação do projeto) e o
impacto para o território da CIM-RC.
Os projetos "Condeixa 3D" e "Point" foram os grandes
vencedores do Concurso Municipal de Ideias de Negócio de
Condeixa-a-Nova, o primeiro desenvolvido pelas alunas do
3.º CEB, Inês Marques e Carolina Sá Pinto, com o apoio da
docente Teresa Coelho, e o segundo pelos alunos de nível
secundário/profissional, Miguel Carvalho, Ivo Alves e Ana
Beatriz Fernandes, acompanhados pelo professor Manuel
Judas.
Para além destes, estiveram a concurso os seguintes
projetos: CareVest (Ana Cordeiro e Beatriz Figueiredo), Lojas
das Coisas Práticas (Alexandre Pinto e Alexandre Agra),
TurTrain (Joana Machado, Maria Garrido e Mariana
Caridade), Umbrag( Bruna Brito, Joana Andrade e Emília
Rebelo), MotarHelmet (Alexandre Matias, Bruno Carvalho e
Renato Craveiro), Park Finder (Pedro Martins, Tomás Ribeiro
e Vasco Abreu), Peralta (Bárbara Morim, Erica Wallbers,
Francisca Rodrigues) e PilloWatch (Beatriz Simão, Inês Silva
e Philippe Simões), acompanhados pelos docentes Teresa
Coelho, João Sacramento e Manuel Judas.
Os projetos vencedores do 3º ciclo e do ensino secundário
representarão o município de Condeixa-a-Nova na Figueira
da Foz e em Arganil nos dias 4 e 5 de junho, respetivamente.
Será importante referir que a implementação deste projeto
junto das diferentes turmas do Agrupamento de Escolas de
Condeixa contou ainda com a colaboração de alguns
intervenientes municipais, nomeadamente a Eng.Ana Bela
Mallo, do Gabinete de Apoio ao Empreendedor, e da
equipa do CLDS 3G, a Drª. Marta Branco.
O que disseram os alunos:
“Como foi esta experiência... Só existem duas palavras para a
descrever: uma oportunidade inesquecível, que foi uma mão
estendida para pôr em prática a nossa ideia!" Bruna Brito
“Gostei muito de participar neste projeto, embora às vezes
tenha tido vontade de desistir, mas optei por não o fazer, pois
a partir deste projeto sabia que ia ter uma nova experiência.
Este projeto proporcionou-me a aprendizagem de como
devemos ser inovadores e ter ideias para revolucionar o
mundo! Alexandre Pinto
professora Teresa Coelho
Empreendedorismo nas Escolas
16 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2016
NOTÍCIAS / ATIVIDADES ::
Também temos aulas diferentes e inovadoras
Motivados por uma aula de campo realizada no ano letivo 2014-
2015, os alunos do 11º A, orientados pela professora da disciplina
de Biologia/Geologia, Carmo Barros, participaram no XXI
Congresso dos Jovens Geocientistas, organizado pelo
Departamento de Ciências da Terra, da Faculdade de Ciências e
Tecnologias da Universidade de Coimbra.
Subordinado ao tema “Os tufos de Condeixa” estes alunos
desenvolveram um trabalho de pesquisa que serviu de base à
elaboração de um poster científico e à apresentação realizada no
auditório do Departamento de Ciências da Terra, para todos os
participantes no congresso, que reuniu escolas de todo o país. A
apresentação do trabalho ficou ao cuidado de dois alunos da
Turma: Mariana Coutinho e Ivo Alves que, de uma forma muito
simples e eloquente comunicaram ao público o desenvolvimento da
investigação e as conclusões a que chegaram.
Na apresentação foram referidos aspetos relacionados com a
importância que as rochas sedimentares oferecem no estudo da
geologia de uma região, quer pela forma como afloram, quer pelo
seu conteúdo fossilífero ou mesmo pelo tipo de materiais que
apresentam. Por estas razões constituem verdadeiros "arquivos"
que possibilitam inferir a história geológica do local. Em Condeixa
afloram rochas sedimentares do Jurássico Cretácico e Quaternário.
No sentido de se estudar a relação entre as várias litologias,
presentes nas imediações da Escola Secundária Fernando Namora,
estes alunos desenvolveram um pequeno trabalho de investigação
que procurou dar resposta ao problema: Como explicar a existência
de rochas recentes, como, por exemplo, os Tufos de Condeixa,
sobrepostas a rochas do Jurássico? Para desenvolver o trabalho foi
selecionado um afloramento, numa antiga pedreira abandonada,
adjacente às Ruínas de Conímbriga. Concluíram que no Cenozoico
(Quaternário), os calcários marinhos do Jurássico foram soerguidos
a leste da área de estudo formando-se maciços calcários. As águas
meteóricas, ao circularem nas rochas destes relevos, provocaram
meteorização química das rochas, tornando as águas
sobressaturadas em carbonato de cálcio. A drenagem confluiu
numa bacia flúvio-lacustre onde a precipitação de calcite deu
origem a tufos calcários e travertinos, (com fósseis de plantas e
animais terrestres) intercalados com litologias terrígenas. Estas
formações geológicas são conhecidas como Tufos de Condeixa e
constituem um património geológico de elevado interesse científico
e pedagógico.
Os alunos contaram com a excelente colaboração da professora
Matilde Azenha, docente de Biologia/Geologia no Agrupamento de
Escolas de Soure, que, gentilmente, cedeu material para o
desenvolvimento do trabalho.
Carmo Barros, professora de Biologia/Geologia
TABLETS na SALA DE AULA
O grupo da TurmaMais do 2º ano participou, no passado dia 4
de maio, numa atividade realizada com o apoio da biblioteca
escolar, utilizando os Tablets do Agrupamento e a plataforma
Kahoot.As questões foram elaboradas pela professora Maria da
Luz Pedrosa e colocadas na plataforma com o apoio da
professora bibliotecária Ana Rita Amorim, que tem andado pelas
turmas do 1º ciclo a promover sessões de aprendizagem
diferentes e inovadoras, levando a tecnologia para dentro da
sala de aula.
“Ficámos muito agitados e empolgados porque esta atividade
envolvia um jogo com tablets e questões de gramática que
estudamos na disciplina de português. Quanto mais
acertávamos, maior era a competição. Queremos jogar mais.
Adorámos!” TurmaMais 2º ano da EBNº3
Junho de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 17
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES
Mais uma vez, o Agrupamento foi convidado a participar nas
Comemorações da Semana Cultural da Universidade de
Coimbra, mais concretamente nas atividades da Biblioteca da
Faculdade de Medicina e Farmácia. Este ano, o tema central foi
“O Livro - no princípio era o conhecimento”. A representar o
Agrupamento estiveram alguns alunos das turmas do 6º A e F e
do 11º A, acompanhados pelas professoras Jacinta Pires e Carmo
Barros, que, no dia 27 de abril, no auditório da biblioteca da
Ciências da Saúde, assistiram a duas palestras: a primeira da
responsabilidade do Professor Doutor Santos Rosa, como
diretor da Biblioteca e docente da Faculdade de Medicina, que na
sua intervenção destacou a importância do livro na investigação
científica, mais especificamente em medicina; uma segunda pelo
Professor Doutor Rui Pita sobre a Evolução das Farmacopeias
oficiais e não oficiais em Portugal.
Depois destas apresentações, os alunos visitaram a Biblioteca das
Ciências da Saúde, sala de depósito de obras, salas de estudo e
ainda a exposição sobre "O livro, a Saúde e o Tempo".
É de salientar a excelente postura de todos os alunos durante a
visita.
professoras Jacinta Pires e Carmo Barros
O Livro, no princípio era o conhecimento
O nosso Agrupamento, mais uma
vez, não deixou de assinalar o mês
de abril como o mês da Prevenção
dos Maus-Tratos na Infância.
Assim, os estabelecimentos de
ensino elaboraram criativos e
bonitos Laços Azuis, carregados de
simbolismo, no sentido do despertar
as consciências para esta
problemática, flagelo ainda para
muitas crianças e jovens, que
sofrendo, carregam, muitas vezes
para sempre, as marcas dos maus-
tratos, sejam eles físicos ou
psicológicos. Se todos estivermos
vigilantes e atentos, poderemos,
com a nossa ação, contribuir para
minimizar este problema, que a
todos, com
certeza, nos
afeta e nos
incomoda. Carlos Frade,
professor da
comissão de
proteção de crianças
e jovens em risco
Pintou-se abril
com Laços de Azul Os cursos de Educação e
Formação de Adultos, do primeiro e
segundo anos, estiveram presentes,
no dia 18 de fevereiro, pelas 19h30,
na biblioteca escolar da ESFN, numa
formação sobre suporte básico
de vida e noções de primeiros
socorros. A formação foi dinamizada pela
Bombeira Ana Rute, formadora nesta
área e mereceu grande atenção e
interesse por parte dos formandos
que participaram ativamente em
todas as manobras de apoio à vítima,
apresentadas pela formadora.
Esta formação insere-se nos
conteúdos das áreas de formação de
CLC e STC, relativas à unidade de
competência-chave de Saúde e
também nas atividades de PRA
(portefólio Reflexivo de
Aprendizagem).
Agradecemos a presença da
formadora Ana Rute que realizou esta
formação, a título pessoal, fora do
seu horário de trabalho e sem
qualquer encargo para a escola. Graça Gonçalves, coordenadora do curso EFA
18 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2016
DESPORTO ESCOLAR ::
Ao longo do 3º período, o Clube do Desporto Escolar
participou em onze competições de âmbito local,
distrital, regional e nacional, dos diferentes grupos/
equipa (Natação, Ténis de Mesa, Futsal e Badminton),
totalizando o envolvimento de oitenta e cinco alunos.
Destes encontros, destacamos os seguintes resultados:
Ténis de Mesa:
Campeonato Distrital realizado no dia 13 de abril, no
nosso agrupamento:
-1º lugar por equipas no escalão juvenis masculino
(João Moita, 11ºB, Gonçalo Nunes, 11ºC e Fábio Pires,
11ºC);
-3º lugar na competição de individuais de juvenis
masculino (João Moita, 11ºB)
Campeonato Regional realizado nos dias 29 e 30 de
abril em Viseu:
- 2º lugar por equipas no escalão juvenis masculino
(João Moita, 11ºB, Gonçalo Nunes, 11ºC e Fábio Pires,
11ºC);
-5º lugar na competição individual de juvenis masculino
(João Moita, 11ºB).
O aluno João Moita foi chamado para disputar a fase
Nacional que se realizou em Aveiro, entre os dias 19 e
22 de maio.
Natação:
Campeonato distrital de iniciados e juvenis, realizado
em Mira no dia 13 de abril :
- Pedro Santos 12ºB: 1º lugar nos 200m estilos e 2º
lugar nos 100m livres;
- Pedro Gonçalves 9ºA: 3º lugar 100m livres
- Maria Inês Ramalho 9ºA: 1º lugar 50m livres e 2º lugar
nos 50m costas
Campeonato regional de iniciados e juvenis, realizado
em Coimbra no dia 30 de abril
- Pedro Santos 12ºB: 2º lugar nos 200m estilos, 3º lugar
nos 100m livres e 2º lugar nos 200m bruços;
- Maria Inês Ramalho 9ºA: 3º lugar nos 50m livres e 1º
lugar nos 50m costas
O aluno Pedro Santos, ao obter os resultados acima
referidos, foi selecionado para disputar os
Campeonatos Nacionais Escolares da modalidade, que
se realizaram em Aveiro entre os dias 19 e 22 de maio.
Campeonato distrital de infantis, realizado em Arganil
no dia 4 de maio :
- Miguel Nunes, 6ºB: 1º lugar nos 25m costas e 25m
livres;
- Carolina Gonçalves, 6ºB: 3º lugar nos 25m costas
Futsal Infantil B masculino:
Na fase de apuramento, vencemos a série em que
estávamos incluídos com apenas uma derrota e cinco
vitórias. Desta forma, fomos apurados para disputar a
final distrital, que se realizou no nosso agrupamento
(pavilhão municipal) no dia 18 de maio, e na qual a
equipa alcançou um prestigiante 3º lugar.
Badminton:
No dia 14 de abril no agrupamento de escolas da
Tocha, participámos na fase final distrital com 11
alunos. Apesar de não termos obtido lugares de
destaque, os nossos alunos demonstraram um
empenho e um comportamento competitivo bastante
meritório.
Desde já, gostaríamos de deixar uma palavra de
agradecimento a todos os alunos, funcionários e
professores, que ao longo deste este ano letivo,
trabalharam para que o Agrupamento de Escolas de
Condeixa-a-Nova seja, neste momento, uma escola
de referência no âmbito do Desporto Escolar.
Mário Teixeira (Coordenador do Desporto Escolar)
Junho de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 19
:: DESPORTO ESCOLAR
No último dia de aulas do 2º período, decorreu na E.B.
nº 2 de Condeixa-a-Nova o torneio de Futsal.
Participaram 64 alunos, distribuídos por 8 equipas dos
diferentes anos de escolaridade. A atividade decorreu
durante toda a manhã dentro de um grande espirito de
fair-play competitivo da qual saiu vencedora a equipa do
7ºB.
Parabéns a todos os participantes!
O dia 16 de março foi a data agendada para a realização da
final distrital do Projeto “MegaSprinter” 2016. Cerca de
seiscentos alunos, representando mais de quarenta escolas e
agrupamentos escolares do distrito de Coimbra, disputaram,
com muito afinco, os títulos distritais nas provas de 40 metros,
salto em comprimento, lançamento do peso e 1000m.
A delegação do Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova
marcou presença com dezoito alunos, distribuídos pelos
diferentes géneros e escalões etários. Os resultados alcançados
pelos nossos alunos foram muito positivos, destacando-se o 1º
lugar de Inês Rodrigues (7ºB); 6º lugar Jorge Torres (5ºE); 8º
lugar Virgínia Rosa (9ºD) e 10º lugar Tiago Rodrigues (6ºC),
na prova de 1000 metros. Na prova de 40m destacou-se o
aluno João Tavares (5ºD), alcançando o 6º lugar na final. Já na prova de salto em comprimento, as alunas Sofia Cruz (7ºD) e
Beatriz Figueiredo (8ºC), alcançaram o 8º lugar nos respetivos escalões. Como vencedora da sua competição, a aluna Inês
Rodrigues, foi selecionada para representar o agrupamento nos dias 15 e 16 de abril de 2016, em Lagoa, na Final Nacional,
onde obteve um honroso 10º lugar.
Aos alunos participantes, que muito se esforçaram na defesa das nossas cores, PARABÉNS pelos resultados obtidos.
MEGASPRINTER Fase Distrital
20 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2016
ENGLISH IS ON :: 11º C Ema Gaspar: I think it's absolutely terrible to use animals for research as they are not
able to defend themselves. But on the other hand we need creams and medicine and we need
guinea-pigs to test these products to see if they have any effect on us. If we ban animal
research we are basically killing people that need medicine. So, unfortunately, we should
continue using animals in research because we really need the medicine.
11º B Bráulio Florentino: I'm completely in favor of animal research because it's
more important to save human lives than animals. And if you decide to ban animal
research I think you should stop killing animals to eat too because if you kill animals
to survive you should kill animals to prevent more human deaths, too. Another
point is if you use the animals for research you're also saving lives because you can
find cures to terminal diseases.
11º B - Alexandre Paiva: Animal research should be banned because it's cruel and
immoral. But, let's face it, it has its advantages. We are alive because many animals
were used in tests. But testing make-up and perfumes should stop as it may leave
the animals deformed.
So
lució
n cru
cigram
a: 1 –
Cerv
antes; 2
– S
oylu
na, 3
– F
lamen
co; 4
– D
ali; 5 –
Realm
adrid
; 6 –
Letizia; 7
– M
exico
; 8 - S
hak
ira
"Animal research - should it be banned?
Al celebrar el Día Mundial del Libro y del Derecho de Autor, la UNESCO tiene por objetivo promover la lectura, la industria editorial y la protección de la propiedad intelectual a través del derecho de autor. El 23 de abril es una fecha simbólica para el mundo de la literatura. En ese día, en 1616, murió Miguel de Cervantes, William Shakespeare y el
poeta Garcilaso de la Vega. Es por este motivo por el que la UNESCO eligió esta fecha durante su Conferencia General para rendir homenaje al libro y a los autores, animando a todo el mundo, y en especial a los jóvenes, a descubrir el placer de la lectura y a respetar la insustituible contribución de los autores al progreso social y cultural.
Many fans and enthusiasts of William Shakespeare, who was one of England’s greatest poets and
dramatists, celebrate National Shakespeare Day, also known as Shakespeare Day, on april 23.
On this day in 1616 both William Shakespeare and Miguel de Cervantes died, thus prompting
UNESCO to declare today "World Book and Copyright Day."
As April 23 is also the generally accepted date of Shakespeare's birth (based on baptismal records),
the day is even more momentous.
The types of
vertebrate animals
used in lab research
in Europe in 2005, in Fifth Report on the
Statistics on the Number
of Animals used for
Experimental and other
Scientific Purposes in the
Member States of the
European Union
Junho de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 21
:: VIAJA POR LA HISPANIDAD
o núcleo de estágio de Espanhol
ADIVINANZAS
1
Doy calorcito,
soy muy redondo,
salgo prontito
y tarde me escondo.
Soluciones adivinanzas: 1 - el sol; 2 - el abanico, 3 - la arena
Ateliê de Salsa e Merengue
Búsqueda de la palabra Descubre los 15 tipos de baile que están en la lista dada:
2
Ando siempre en verano,
unas veces abierto,
otras veces cerrado.
3
Lleva años en el mar
y aún no sabe nadar.
BACHATA, BOLERO, CHACHACHA, CUMBIA,
KIZOMBA, MAMBO, MERENGUE, PASODOBLE,
POLCA, RUMBA, SALSA, SAMBA, SON, TANGO,
VALS
CRUCIGRAMA: Descubre la palabra destacada en la vertical, contestando correctamente a las informaciones dadas.
1
2
3
4
5
6
7
8
Horizontal: 1 - Escritor español, autor de “Don Quijote” 2 - Serie juvenil argentina que sustituyo a “Violetta” 3 – Cante y baile típico de España. 4 - Pintor surrealista español. 5 – Club vencedor de la Liga de los Campeones 2016. 6 - Nombre de la Reina de España. 7 - País de Latinoamérica, hace frontera con Estados Unidos. 8 - Cantante colombiana y mujer del futbolista Gerard Piqué.
CURIOSIDADES frases coloquiales y su significado Tener mucho morro. Se dice de una persona muy atrevida y desvergonzada, que se atreve con todo y que afronta las situaciones sin ningún temor ni miedo. ¡Es la leche!”, significa que algo es o fue bueno, muy
divertido, algo que se recomendaría. ¡Como mola!: significa ¡qué divertido!, ¡qué bueno!
Una chorrada: es una tontería o algo que no tiene importancia. Pedirle peras al olmo: pedir algo imposible, o querer demasiado. ¡Qué va!: se utiliza para decir “no”.
22 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2016
Turismo em Condeixa ::
6 anos de formação
em Turismo Decorridos que são 6 anos de formação em Turismo,
impõe-se breve reflexão sobre percursos realizados e
atividades desenvolvidas. Se, num primeiro ciclo de estudos,
o inicial curso teve o ónus da “novidade”, o segundo curso
(prestes a findar!) mereceu já uma solicitude, naturalmente
distinta. Já se disse neste mesmo jornal (dez.2013) e agora
reitera-se que “(…) formar em Turismo e para o Turismo não
se pode confinar, apenas, ao quotidiano letivo. Há que contactar
o mercado de trabalho, ver e aprender com operadores
turísticos, visitar certames turísticos, frequentar eventos e,
essencialmente, pôr em ação conhecimentos e práticas
proporcionadas pela diversidade do currículo.” Tal desiderato
não foi apenas concretizado na Formação em Contexto de
Trabalho (F.C.T.), vulgo “estágio”. Outrossim, pugnou-se
pela concretização de todo um conjunto de atividades
formativas extraescolares que possibilitaram concretizar (e
valorizar) as propostas cientifico-profissionalizantes do
conjunto das disciplinas.
O turismo, ao ser, cada vez mais, uma importante atividade
promotora do desenvolvimento às escalas local, sub-
regional e regional, é um potencial turístico basilar dos
municípios para a estruturação da oferta turística. É à escala
local que a experiência turística acontece. A coordenação
territorial – um dos objetivos do
P l a n o d e A ç ã o p a r a o
Desenvolvimento do Turismo em
Portugal 2014-2020: Turismo 2020, é
importante referencial estratégico
para o atual período de programação comunitária – sendo
fundamental para valorizar turisticamente o território.
Neste contexto, as ações propostas e realizadas por este
curso elegeram o património (material e imaterial), a
proteção ambiental, as rotas culturais, os percursos
temáticos, no fundo, a valorização do território
concretizando, não apenas, medidas do Conselho da Europa
e Organização Mundial do Turismo como,
fundamentalmente, propostas dos Planos Estratégicos
Nacionais de Turismo.
Do mesmo modo, a progressiva inserção em divisões
municipais de turismo, museus e casas-museus, unidades
hoteleiras, operadores turísticos/agentes de viagem,
eventos vários e empresas de animação turística, foram
suportadas em visitas orientadas/comentadas, balizadas por
criteriosas preparações das quais resultaram guiões de
trabalho, posteriormente trabalhados em contexto de aula.
Valorizou-se, assim, um curricula prescritivo e, com ele,
implementou-se um curricula “paralelo” de importante
significado para o desempenho de um futuro profissional de
turismo, a quem são, progressivamente, pedidas diversas
competências pelas entidades empregadoras.
Certo é que os convites de
co l aboração para even tos ,
apresentados por d iversos
parceiros locais e regionais, foram
outros desa f ios i gua lmente
estimulantes, e crê-se retribuídos, por este curso, como
igualmente o foram, pelo anterior.
A um outro nível, recorda-se que o 3.º Encontro
Regional de Técnicos de Turismo (abr. 2016), ao
orientar-se para um conhecimento das dinâmicas municipais
em turismo, trouxe a Condeixa autarcas e técnicos de
turismo do Minho ao Algarve. Foram novos e inovadores
caminhos formativos que demonstraram, mais uma vez, a
indispensável e gratificante
colaboração institucional da
escola com o município.
De momento, decorre a
formação em contexto real
de trabalho para os alunos
de 3º ano e, com ela, a
presença mútua do curso e
das entidades formadoras
Junho de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 23
:: Turismo em Condeixa
3 ANOS do Curso de TURISMO um testemunho
Durante este 3 anos muita coisa aconteceu,
muita informação foi obtida, muito trabalho
executado, muitas lutas vencidas!
Com muita pena minha, já está quase no
final, ainda nem acabou e eu já sinto saudades
das aulas, dos professores e até mesmo dos
meus colegas, aqueles com quem criamos uma
grande afinidade.
3 anos de convivência em que nos
tornamos como uma família, viajando e
experienciando dentro e fora de Portugal, tudo
devido ao nosso grande Diretor de Curso, que
só desejou o nosso bem e quer o melhor sucesso profissional e, para isso,
nos vem formando da melhor forma.
3 anos em que não devemos esquecer os professores que sempre
foram imprescindíveis, nos apoiaram, estiveram do nosso lado quando
precisámos, dispostos a colaborar em algo que fosse necessário.
3 anos em que passámos muitas metas, aprendemos a dar valor a
coisas pequenas a que, antes de entrar no Curso, não prestávamos atenção.
3 anos em que aprendemos, também, que turismo não é apenas
“andar de toalha ao ombro e de chanatas!” e que os nossos trabalhos não
deveriam ser trabalhos escolares do género: “A vaca dá leite. O leite faz o
queijo!”. Foi muito mais que isso! Foi preciso ler e ter força de vontade para
podermos alcançar os nossos objetivos.
3 anos em que soubemos dar valor à nossa imagem, cuidar de nós,
ter postura, respeitar a etiqueta, fazer frente de sala, comunicar e “fazer um
pouco de tudo!”.
Sinceramente, de que mais falar?
Sim, se muitas vezes pensei “Meu Deus, quando é que isto acaba?”,
agora sei, com convicção, que não queria que o curso acabasse e, quando
dou por mim, estou a chorar porque vou sentir saudades de tudo o que
passámos!
Nada mais tenho a dizer a não ser um grande OBRIGADO POR TUDO!
Nádia Araújo
12ºano - Curso Técnico de Turismo
revestindo-se para ambas de significado da maior
relevância. Os resultados destes estágios
curriculares que, neste segundo curso e desde o
1ºano se implementaram, possibilitaram, não
apenas um estreitar de cooperações
profissionalizantes, espelhadas nas elevadas
c l a s s i f i c a ç õ e s a t r i b u í d a s , c o m o ,
fundamentalmente, pela continuada recetividade,
nos anos subsequentes, de alunos do curso da
“Fernando Namora”.
Aproxima-se um terceiro ciclo de formação para
Técnicos de Turismo. Para os novos candidatos,
pugnar-se-á por um quadro formativo
“abrangente” e, progressivamente, mais próximo
do mercado de trabalho de modo a reduzir o
desencontro que existe entre as necessidades
das empresas e as qualificações dos alunos que
saem das escolas secundárias, desejo
manifestado, recentemente, em estudo do
Ministério da Educação e do Conselho
Empresarial para o Desenvolvimento.
Rui Damasceno Rato
Diretor do Curso Profissional de Técnico de Turismo
24 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2016
Turismo em Condeixa ::
Junho de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 25
:: Turismo em Condeixa
(continua)
26 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2016
Turismo em Condeixa ::
Se acreditarmos que podemos viajar sem sair do lugar em que nos
encontramos, somos obrigados a concordar com Bernardo Soares,
heterónimo de Fernando Pessoa, que no Livro do Desassossego afirma:
“Viajar? Para viajar basta existir. Vou de dia para dia, como de
estação para estação, no comboio do meu corpo, ou do meu destino,
debruçado sobre as ruas e as praças, sobre os gestos e os rostos,
sempre iguais e sempre diferentes, como, afinal, as paisagens são.
Se imagino, vejo. Que mais faço eu se viajo? Só a fraqueza
extrema da imaginação justifica que se tenha que deslocar para
sentir.
«Qualquer estrada, esta mesma estrada de Entepfuhl, te levará
até ao fim do mundo.» Mas o fim do mundo, desde que o mundo se
consumou dando-lhe a volta, é o mesmo Entepfuhl de onde se
partiu. Na realidade, o fim do mundo, como o princípio, é o nosso
conceito do mundo. É em nós que as paisagens têm paisagem. Por
isso, se as imagino, as crio; se as crio, são; se são, vejo-as como às
outras. Para quê viajar? Em Madrid, em Berlim, na Pérsia, na China,
nos Pólos ambos, onde estaria eu senão em mim mesmo, e no tipo e
género das minhas sensações?
A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que
vemos, não é o que vemos, senão o que somos.”*
Uma outra maneira de viajar é ler. Talvez, por isso, o escritor alemão
Ludwig Heinrich Mann tenha escrito que “uma casa sem livros é como
uma sala sem janelas” ou Joseph Brodsky, prémio Nobel da Literatura,
tenha afirmado que “existem crimes piores do que queimar livros. Um
deles é não os ler.”
Numa época em que as tecnologias da informação e comunicação
dominam o mundo, Condeixa-a-Nova oferece-nos, durante uma visita ao
Museu Multimédia Portugal Romano e Sicó
(POROS), “a maior viagem alguma vez feita
pela Epopeia de Roma, contando e
transmitindo uma mensagem de aventura,
conhecimento, construção e aquisição de
novas experiências, saberes e ciência,
proporcionada pelo encontro de culturas.”
Patrícia Ribeiro, arquiteta da Divisão de
Planeamento Urbanístico da autarquia, afirmou: “Pretende-se que a visita
ao POROS funcione como um complemento à visita a Conímbriga, dando
ao visitante a tridimensionalidade não facilmente percetível nas Ruínas.” Professora Isabel Neves
* Livro do Desassossego por Bernardo Soares. Vol.II. Fernando Pessoa. (Recolha e transcrição dos textos
de Maria Aliete Galhoz e Teresa Sobral Cunha. Prefácio e Organização de Jacinto do Prado Coelho.)
Lisboa: Ática, 1982. Acedido em http://arquivopessoa.net/textos/4445
Junho de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 27
:: Turismo em Condeixa
Decorreu nos passados dias 8 e 9 de abril no museu PO.RO.S a 3ª
edição do Encontro Regional de Técnicos de Turismo, uma iniciativa
do Curso Profissional de Técnicos de Turismo do Agrupamento de
Escolas de Condeixa-a-Nova – Escola Secundária Fernando Namora,
com o apoio do Município de Condeixa-a-Nova.
O encontro dirigiu-se a autarcas, técnicos de turismo do setor
público e privado, empresários, operadores turísticos, investigadores,
docentes e alunos de turismo dos ensinos profissional e superior e
pretendeu divulgar as boas práticas no domínio das “Dinâmicas
Municipais em Turismo”. Contou com mais de 150 participantes,
entre técnicos de turismo, professores, professores universitários,
estudantes, investigadores, autarcas, etc.
Paralelamente, decorreu um curso de formação de professores da
responsabilidade do Centro de Formação de Professores Nova-
Ágora, a cargo dos formadores Claudete Moreira e Rui Rato.
Este encontro procurou proporcionar um maior conhecimento das
dinâmicas municipais em turismo. Foi uma circunstância oportuna
para os assistentes tomarem conhecimento das linhas de ação dos
municípios no âmbito da valorização do potencial turístico dos seus
territórios e patrimónios. Foi também objetivo deste encontro
capacitar professores, alunos e técnicos profissionais da área para
um maior conhecimento do território e dos recursos turísticos
locais e regionais contemplando o conhecimento destes na(s) sua(s)
prática(s) letiva(s) e profissionais.
Foram dados a conhecer projetos relativos aos municípios de
Valença, Montalegre, Boticas, Penalva do Castelo, Manteigas, Tavira,
entre outros.
A sessão de encerramento contou com a presença do Dr. Pedro
Machado, diretor do turismo do Centro.
Foi feito um balanço muito positivo deste evento.
professor Rui Monteiro
III ENCONTRO REGIONAL DE TÉCNICOS DE TURISMO
28 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2016
Na biblioteca acontece ::
Ao celebrar o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, a UNESCO
tem como objetivo promover a leitura, a indústria editorial e a proteção
da propriedade intelectual através dos direitos do autor.
O dia 23 de abril é uma data simbólica para o mundo da literatura. Nesse
dia, em 1616, morreu Miguel de Cervantes, William Shakespeare e o
poeta Garcilaso de la Vega.
É este o motivo pelo qual a UNESCO escolheu esta data durante a sua
Conferência Geral para prestar homenagem ao livro e aos autores,
incentivando todas as pessoas, e em especial os jovens, a descobrir o
prazer da leitura e a respeitar a insubstituível contribuição dos autores
para o progresso social e cultural.
O núcleo de espanhol, para assinalar este dia distribuiu pela escola,
nomeadamente na Biblioteca, na sala de professores e no Bar da Escola
Básica nº2, “pergaminhos” que continham frases da autoria de Cervantes
e que sublinhavam a importância do Dia Mundial do Livro.
O núcleo de Espanhol
O Dia do Livro na ESFN "Face Book Photo Contest" e "O Segredo dos Livros -
Book Day Quest" foram as atividades que nos
permitiram continuar com a tradição.
Mais um ano em que o CATL Fernando Namora se alia à Biblioteca
Escolar Fernando Namora para comemorar o "Dia do Livro", com
um conjunto de atividades que deram que falar. Desta vez
o Dia do Livro foi ao sábado - dia 23 de abril - e por isso as
comemorações foram feitas ao longo da semana anterior. Primeiro
com um passatempo que esteve no Facebook da Cáritas de
Coimbra e na Rede de Bibliotecas Escolares, intitulado "Face
Book Photo Contest" e que tinha como objetivo premiar a
melhor foto tirada com um livro da preferência do aluno/
professor ou funcionário em frente à cara. As participações foram
muitas e a qualidade dos trabalhos salta à vista.
Durante a sexta-feira, dia 22 de abril, tivemos ainda para as turmas
do 9º ano de escolaridade um passatempo intitulado "O Segredo
dos Livros - Book Day Quest" e consistiu num conjunto de três
desafios: um primeiro no espaço da biblioteca o QR Code Game
em que tinham de ir de cota em cota, desvendar os segredos
contidos nos livros selecionados. Depois um segundo desafio na
sala de alunos: Quem é Quem - versão autores, em que tinham de
jogar tal como o jogo normal, mas desta vez com caras de autores
e, por último, no espaço do CATL, o Bingo Party!, em que os
cartões de bingo eram preenchidos com capas de livros famosos e
os cartões sorteados, para depois poderem fazer linha, tinham os
nomes das personagens dos livros que os alunos tinham de fazer
corresponder para completar o desafio.
Foram um conjunto de desafios diferentes em que aliámos as novas
tecnologias, o jogo, o humor e os livros.
A todos os participantes muito obrigada e para o ano continuamos!
Vera Alves, CATL das Cáritas
Junho de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 29
:: Na biblioteca acontece
A 4.ª edição desta operação promovida anualmente pelo
GILM – Grupo Informal sobre Literacia Mediática, é uma
iniciativa em que as bibliotecas escolares também
participam, e que pretende sensibilizar os cidadãos e a
sociedade em geral para pensar e discutir o papel e lugar
que os media, tradicionais ou de nova geração, ocupam no
seu quotidiano.
No dia 12 de maio os alunos do 10ºC, acompanhados pela
professora de filosofia Graça Gonçalves, foram até à
biblioteca escolar Fernando Namora para ouvirem uma
apresentação preparada pela professora bibliotecária Ana
Rita Amorim, tendo sido convidados a refletirem um pouco
mais sobre este assunto.
Estas foram algumas das suas considerações...
-Morria!
-Para mim não era muito complicado, mas ao mesmo tempo era,
porque eu gosto de ver notícias na internet, é o médium que mais uso,
mas acho que conseguia sobreviver.
-Eu acho que seria um dia muito aborrecido porque os seres humanos
(a maioria) não estão habituados a estar sem eles.
-Podemos não nos aperceber, mas quase tudo o que fazemos está de
alguma forma relacionado com os media. Se estes não existissem, o
nosso estilo de vida seria bem diferente e principalmente os
adolescentes, que não estão habituados a uma vida social sem os
media, cairiam num grande tédio e em alguns casos extremos eu
acho, que poderia levar a uma depressão.
No meu caso eu ficaria bem aborrecido, já que utilizo muito os meios
de comunicação e acho que levaria um tempo para me habituar.
-Acho que o meu dia seria normal sem os media, poderia até ser difícil
de superar mas com um pouco de imaginação tudo correria bem,
apesar de ter mais dificuldade em escolher as atividades pois estaria/
estou/estarei sempre influenciado mesmo que seja por pouco tempo.
-Iria ser uma seca, aborrecida e chata. Era mais difícil termos alguém
a tempo inteiro para conversar. Também seria muito complicado
termos acesso às notícias, saber a atualidade, propriamente.
-Eu acho que sem os media iríamos estar muito menos informados e
como é óbvio isso é algo mau. Por outro lado, como hoje em dia os
adolescentes são tão “agarrados” aos media, iriam ter muito mais
tempo para comunicar, estudar, etc… mas, sinceramente, não sei se
conseguiriam pois faço parte da população adolescente “agarrada”
aos média.
-Para mim um “dia” normal é a usar tecnologia, pois a minha vida
tirando a parte que estou com os meus amigos resume-se aos media,
pois como seria a minha vida? Uma verdadeira seca. Como seria a
minha vida sem jogar jogos. Ver jogos de futebol enquanto falo com os
meus amigos e namorada? Iria estar em casa, a olhar para o teto a
contar os minutos que faltava para poder voltar a estar com eles,
portanto para mim não me vejo sem media e digo mais foi a melhor
coisa que inventaram.
-Penso que o maior problema para a sociedade em geral seria a
mudança. Todos nós no fundo não temos medo de viver sem os
media, mas sim medo de mudar a nossa rotina a 100%. Para mim
esse dia seria muito melhor e inesquecível. Ajudava ainda mais a
minha mãe, podia-me dedicar mais ao estudo sem interrupções e o
fundamental, podia estar mais com os meus amigos e desfrutar mais
do momento. Desta forma, por um dia podia dar descanso ao meu
cérebro e por consequência não me sentir tão cansada. Assim, as
minhas memórias ficavam no coração e na memória e não numa
foto, computador ou rede social.
-Creio que por um lado, a minha vida seria morta, seria como se me
faltasse algo, uma vez que já me habituei a ter os MEDIA presentes
no meu dia a dia. Por outro lado, acho que seria mais feliz,
aproveitaria mais a vida e o momento, sem estar dependente de algo
como a dependência atual dos media.
-Seria um dia melhor pois, iria aproveitar mais a vida.
-Diferente! Seria um dia diferente, complicado, mas teria de arranjar
algo para ocupar um “vazio” que provavelmente nunca iria ser
ocupado tal como os apaixonados comem ou afogam as mágoas para
colocar a dor de lado.
-Seria um apagão de uma de uma parte da minha vida.
Seria um dia com 40 horas, um dia de escuridão social sem a
informação, interatividade e entretenimento a que estamos
habituados.
-Julgo que teríamos mais estima e confiança em nós mesmos pois os
media focam-se em transmitir notícias catastróficas. Teríamos mais
capacidade de retórica pois interagíamos com mais pessoas.
Seria um dia de pura realidade, em que as pessoas tinham olhos para
outras coisas, um dia em que era necessário esforço para obter
informação.
-Iria ser um dia “à moda antiga”.
Uma sessão muito interessante e que nos fez pensar na
evolução da tecnologia, nos meios de comunicação e no
nosso dia-a-dia!
Ana Rita Amorim, professora bibliotecária
7 Dias com os Media
30 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2016
Na biblioteca acontece :: A Biblioteca Municipal Eng Jorge Bento
recebeu, no passado dia 20 de abril, a
fase distrital do Concurso Nacional de
Leitura (CNL), o maior evento de
promoção de leitura dirigido a crianças
e adolescentes do país, que contou
com os melhores alunos apurados na
1ª fase nas escolas do distrito de
Coimbra. Um evento de elevado nível
que culminou num momento cultural e
literário repleto de animação e bom-
humor.
O evento trouxe a Condeixa cerca de
130 alunos, representantes de todas as
escolas de 3º ciclo e Ensino Secundário
do distrito, acompanhados por cerca de
30 professores, numa competição
marcada por duas provas distintas
(escrita e oral), que serviram para
avaliar, genericamente, os
conhecimentos dos alunos sobre as
obras lidas, a saber: para os alunos do
3º ciclo as obras “Super Gigante” de
Ana Pessoa e “Assim, mas sem ser
Assim“ de Afonso Cruz e para o ensino
secundário as obras “Senhor Ibrahim e as flores do Alcorão” de Eric-Emmanuel
Schmitt e “Contos de Lobos e maus cães” de Valter Hugo Mãe.
A par da prova escrita, que se realizou na Biblioteca Municipal e na biblioteca escolar
da EBnº2, a iniciativa contemplou ainda, durante a tarde, a prestação no palco do
Cineteatro de Condeixa da prova oral, num espetáculo intercalado por vários
momentos culturais, aberto ao público em geral.
As provas orais foram apreciadas por um fantástico trio de jurados, composto pela
nossa querida vereadora da Cultura, Drª Liliana Pimentel, pela escritora de um dos
livros propostos, Ana Pessoa, e pelo músico João Só.
Durante a prova espetáculo houve espaço para diferntes momentos culturais, como
a participação de duas alunas do Agrupamento, a Catarina Mendonça a tocar flauta
transversal e a Andreia Mesquita a cantar, acompanhadas pelo nosso prof. de música
Mário Alves. Pudemos também apreciar o grupo Youth.CDX e o músico MC RUZE que
fizeram uma excelente atuação conjunta. Houve tempo ainda para algumas excelentes
performances do apresentador e escritor Paulo Condessa, que levou ao rubro os
espetadores!
O espetáculo encerrou com um pequeno concerto de João ´Só que encheu o cine-
teatro de música e muito glamour… os alunos vibraram com as suas canções, como É
P'ra ficar, e Não é verdade. Foi um remate em cheio!
No desfecho, foram apurados os melhores de cada nível de ensino que, em julho,
irão representar o distrito na Final Nacional, juntamente com os vencedores dos
restantes distritos, Regiões Autónomas e EPE.
Muitos parabéns para todos os outros participantes que, com tanto empenho e
alegria, participaram neste Concurso Nacional de Leitura!
MUITOS PARABÉNS à organização do evento, a Biblioteca Municipal em parceria
com as bibliotecas escolares, que foi considerado por muitos de um nível excelente. Ana Rita Amorim, professora Bibliotecária
Junho de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 31
:: Na biblioteca acontece
O projeto da RBC
“30 dias, 30 livros” encerra na Arrifana na
Escola da Água
Cerca de 180 crianças do pré-escolar e do 1º CEB do concelho juntaram-se, no dia
27 de maio, para a sessão de encerramento da VI edição do projeto “30 dias, 30 livros”.
Com a aproximação do final do ano letivo, e em estreita articulação com a temática
deste ano, “Água, património que temos de cuidar”, a sessão de encerramento desta
iniciativa de itinerâncias documentais contou com uma visita à Escola da Água, na
Arrifana, onde professores e alunos puderam conviver, partilhar experiências e
enriquecer os seus conhecimentos neste domínio.
Para as crianças, foi sem dúvida um dia marcado por múltiplas atividades lúdicas e de
aprendizagem, dispersas pelo espaço envolvente. Passando o percurso pelo jardim,
numa visita aos painéis de exposição permanente, onde as pedras contavam histórias,
um dos momentos altos teve lugar no charco, com a observação da fauna e da flora
presentes naquele habitat, e onde a pequenada se pôde ainda disputar no jogo do
charco. Já em sala, foi curiosa a exploração de uma maquete 3D, com a identificação de
alguns pontos geográficos importantes, bem como a atenção prestada na diferenciação
entre rãs e girinos. A animação foi sempre uma constante, onde a realização de diversas
atividades interativas e fundiu no conto e na dramatização de histórias relacionadas com
a temática e na personalização de marcadores de livros.
Promovida pela Rede de Bibliotecas de Condeixa, pretende-se com esta iniciativa
complementar os fundos bibliográficos das bibliotecas escolares dos Jardins de Infância
e EB1 localizadas fora da sede do concelho, com novos materiais, renovados
mensalmente. Durante os últimos meses, para além da itinerância documental, esta
iniciativa contou ainda com uma componente de animação de leitura, construída a partir
da Lenda de Alcabideque, “Lenda da nascente do ramo”, recolhida pelo Professor
Fernando Abreu.
A novidade deste ano prende-se com uma ação de trabalho colaborativo entre as
escolas participantes, que culminará na criação de um e-book de quatro histórias
originais relacionadas com esta temática, escritas em rede pelos alunos do 1.º CEB e
ilustradas pelas crianças do JI. A sua edição será planeada futuramente, numa data a
coincidir com o lançamento de um livro de lendas, compiladas pelo Professor Fernando
Abreu. Inês Rodrigues, Rede de bibliotecas de Condeixa
Teatro “Os Piratas” para o 6º ano na EBnº2
Encontro com a ilustradora Rita Duque na BM
Animação da leitura do livro “Zanga das Letras
Comadres” na BM para 1º /2º anos
Vencedores 9ºB do Kahoot Lisons en français -
semana da francofonia na Semana da Leitura
Concurso Soletrar 3º/4º ano Fase
de Escola Ebnº3
Lenda da nascente do Ramo para turmas JI
32 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2016
Na biblioteca acontece ::
Desde o primeiro ano de realização, o concurso de poesia organizado
pela Biblioteca Municipal tem registado uma crescente participação de
concorrentes, ampliando assim e cada vez mais a sua dimensão e
referência a nível de concursos do género em Portugal.
Tal como previsto no regulamento, os participantes no concurso
autorizam a publicação e outras formas de divulgação dos seus
poemas, quer em sessões de apresentação do concurso, quer em
ulteriores publicações, a editar pela Câmara Municipal.
Nesse sentido, em março de 2012, a Câmara Municipal editou o I
Volume dos poemas premiados e selecionados pelo júri, referentes aos
concursos dos anos de 2011 e 2012. Este ano, a autarquia decidiu editar
um II Volume integrando os poemas premiados e selecionados para o
efeito, relativos aos concursos dos anos de 2013, 2014 e 2015, obra
apresentada publicamente no dia 18 de março, no âmbito das
comemorações do Dia da POESIA.
A Sara Silva do 11ºA conquistou o primeiro lugar, na categoria do
secundário, do VI Concurso de Poesia promovido pela Biblioteca
Municipal de Condeixa-a-Nova e também foi a escolhida para
representar o nosso Agrupamento (a nível secundário) no Concurso
Nacional de Poesia do PNL, com o poema “Lassidão”.
A aluna decidiu participar no concurso de poesia, principalmente,
porque gosta de ler e escrever e, por outro lado, é uma forma de o seu
trabalho ser reconhecido. “Já concorro desde o 2º ciclo. Quando
comecei ainda não existia a parceria entre as bibliotecas escolar e
municipal. O concurso realizava-se só a nível da biblioteca escolar”,
afirma.
Quando a questionei sobre a sua inspiração, Sara afirmou que desde
pequenina que em casa a incentivavam a escrever, nomeadamente
quadras sobre os mais variados assuntos e isso acabou por ir
despertando nela uma grande curiosidade em relação à poesia.
“Comecei assim a escrever sobre tudo aquilo que me desperta a
atenção, o que me rodeia no dia-a-dia. Por isso a minha inspiração não
vem de um sítio certo, mas sim de tudo aquilo com que tenho contacto
e me faz pensar”, remata.
A Sara tem gosto pela escrita e para ela “participar no concurso é
juntar o útil ao agradável. Quando concorro peço sempre a opinião de
pessoas mais cultas e experientes do que eu.
Aconselho a participação, principalmente a quem gosta de escrever,
porque acho que se deve aproveitar estes momentos em que se tem a
oportunidade de receber algum feedback sobre o nosso trabalho.”
Este tipo de atividades deixam-nos sempre muito mais sábios,
aprendemos pequenas coisas e, por outro lado, ensina-nos a aceitar as
críticas de uma forma positiva, sendo que o nosso objetivo é a
evolução própria.
Parabéns pelas tuas palavras maravilhosas, cheias de coragem e
amabilidade.
Magda Mendes, 11ºC – Jornalista do JÁ
LASSIDÃO
Tu, que escalas a realidade,
movido pela mentira que tomas por verdade
e quanto mais sobes, mais te aproximas do chão.
Tu, que carregas sonhos às costas,
te vês parado enquanto o mundo dá voltas,
estendes o braço e ninguém te dá a mão.
Tu, vítima desse triste fado,
ignorado por quem passa ao lado
refugias-te na solidão.
Tu, cavaleiro sem armadura,
envergas a espada com postura,
enfrentas a vida, teu dragão.
Tu, que tens na alma cravadas cicatrizes,
memórias de tempos felizes
que se assemelham agora à ilusão.
Tu, que perdes o ânimo a cada dia,
essa face que outrora viu alegria
já é estranha à emoção.
Tu, que recebes a morte como velha amiga,
no seu abraço encontras abrigo
e na sua oferta salvação,
o seu sorriso inspira-te confiança,
o discurso promete a bonança
e o olhar emana falsa apreensão.
Fica a saber que o destino pode ser reescrito
e que esse amargo último grito
não precisa de ser conclusão.
Isenta-te desse enleio
e entrega-te sem receio.
Solta a mão à lassidão.
4ª categoria – 15 aos 17 anos Sara Alexandra Costa Silva
11º A - ESFN
Junho de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 33
:: Na biblioteca acontece
Paralelamente ao concurso de adultos a Rede de
Bibliotecas escolares lançou mais uma vez este ano
a VI edição do Concurso Poesia na Escola.
Neste evento, tivemos a presença dos diferentes
vencedores de cada escalão que nos presentearam
com a leitura das suas obras.
Houve ainda um momento de entrega dos
prémios dos poemas traduzidos para a língua
francesa que integraram o Concours le Bleuet
International 2015, aberto a vários continentes e
promovido pela Associação Cultural e Artística
“Bleuet International”, criada em 1999 por Alain
Debarge, e direcionada aos jovens poetas e às
Artes.
Durante a tarde houve ainda espaço para a
audição de alguns poemas declamados pelo grupo
de Poesia da Biblioteca Municipal, que foram
acompanhados pela guitarra portuguesa e por um
belo acordeão numa sessão que encheu o espaço e
os nossos corações de música e poesia.
Foi uma tarde muito bem passada, junto de
amigos e interessados no desenvolvimento da
cultura, da palavra escrita e da poesia.
Estamos à espera da 7ª edição!
Ana Rita Amorim, professora bibliotecária
Criança
Com meros olhos
Ninguém a vê
Mas ela está lá
Com os seus belos cabelos
Castanhos e encaracolados
Com os seus lindos olhos
verdes
Com o seu vestido
Rosa, amarelo e azul
E os seus pequenos sapatos
Pretos como a noite.
Simpática, tímida
Exigente e brincalhona
Com um sorriso leve
E encantador
E está sempre a brincar
No jardim.
Eu sinto-a
Dentro de mim
Mas me pergunto
Se será assim
2ª Categoria – dos 11 aos 12 anos Maria João Mendes Marques
6ºF – Ebn2
Sonhar Sonhar é um prazer Sonhar é divertido Tudo podemos fazer Tudo nos é permitido. Gosto muito de sonhar A dormir ou acordado Pois sem sair do lugar Viajo por todo o lado. É bom ser sonhador Quer de noite quer de dia Poder transformar a dor Em momentos de alegria. Sonhar não é só viver No mundo da fantasia É também conseguir ter A vida cheia de magia. Quando eu for crescido Quero meus sonhos realizar Para isso ser conseguido Tenho muito que estudar. O meu sonho mais profundo Realizo em cada dia Quando ofereço ao mundo Muita paz e alegria. Que lute pelos meus sonhos E vá sempre mais além É este o conselho Que me dá a minha mãe.
1ª Categoria – dos 6 aos 10 anos Pedro Santiago da Silva Carvalho
4ºA - EB nº 3
Vejo defronte,
o Sol no horizonte,
calado no barulho do escurecer,
à mercê do tempo,
num breve desalento,
por não haver tempo para entardecer.
Vejo defronte,
o Sol no horizonte,
no silêncio o sonoro clarear,
prometendo tempo,
num feliz contentamento,
poder finalmente desabrochar.
3ª Categoria – 13 aos 15 anos Maria Gonçalves Rebelo
8º D – EBº2
34 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2016
LEMOS + escrevemos melhor::
ELA um conto de Raquel Cardoso, 9ºA
Viro na esquina à minha direita. Estou a correr ao máximo, há
pelo menos cinco minutos. Os músculos das pernas começam a
gritar em forma de dor, que em pouco tempo se tornará
insuportável. O ar que respiro parece insuficiente e os pulmões
ardem-me. Ardem, como se quisessem saltar da minha boca e
sugar todo o ar à minha volta.
Sinto que apenas conseguirei correr mais alguns minutos. A
verdade é que nunca tive grande resistência física, mas quando é
a nossa vida o pião do jogo qualquer milésima de segundo conta
e todas as forças aparecem.
Olho para trás. Por dois segundos chego a pensar que consegui
despistar os terríficos homens que me seguem a uma velocidade
superior à minha, quando avisto dois vultos enormes no meu
encalço.
Não consigo distinguir-lhes as caras, devido ao cansaço que me
escorre em gotas. Sinto a minha circulação parar, ao reparar na
faca cuidadosamente aguçada que um deles segura firmemente.
CORRE. Ordeno a mim mesma. Viro-me, e corro como nunca
corri.
seis meses antes
Aquelas últimas semanas de janeiro foram caóticas. A vaga de
frio que atingiu a cidade tornou-as ainda mais difíceis de suportar.
Todos os dias os termómetros desciam a valores negativos, era
rara a semana em que não nevasse. Durante duas semanas o céu
esteve pintado com nuvens cinzentas, carregadas, que não se
deixavam atravessar por um único raio de sol. Todo este clima
de frio, chuva e neve induzia uma nostalgia enorme nas pessoas,
inclusive em mim. Era difícil sair à rua por causa das temperaturas
negativas e da constante precipitação.
Em pouco tempo o rio da cidade começou a transbordar e a
aflição de uns, devido às crescentes cheias, foi notícia para
outros. Várias pessoas tiveram de procurar o auxílio de familiares
e amigos para se poderem alojar, enquanto as suas casas eram
varridas pela água.
Mas não eram só as baixas temperaturas, as cheias ou a aflição
das pessoas que marcaram estas semanas.
Uma onda de homicídios devastou a cidade. Quase todos os
dias, eram encontrados corpos de pessoas mortas de todas as
maneiras imagináveis e inimagináveis. Claro está que o pânico
ficou instalado.
Se já o fator das baixas temperaturas não suscitava nas pessoas
qualquer vontade de sair de casa, então estas notícias trancaram-
lhes as portas.
A polícia não adiantava muita coisa que fosse relevante acerca
dos sucessivos casos, apenas informava sobre a identidade das
vítimas e os diferentes locais onde os corpos eram encontrados.
Por vezes esclareciam a suposta forma de homicídio:
“conseguimos apenas adiantar que o corpo apresentava algumas
facadas, o que terá levado à sua morte”.
Durante vários dias, as capas de jornais eram preenchidas com
fotografias de vítimas e perguntas que ficavam a divagar nas
cabeças dos mais curiosos. Falava-se já de assassinatos em série.
A constante concorrência entre os media residia na busca de
informação, credível ou especulada. Qualquer informação.
Lá, no escritório, foram dias e noites a escrever artigos, a
correr ao gabinete do diretor, a tentar fazer qualquer coisa que
valesse uma promoção. Nesta altura, por estranho que pareça,
mantive-me fora do assunto. Mas apenas no escritório. Como
qualquer jornalista de investigação eu tinha que descobrir alguma
coisa, não qualquer coisa. Eu tinha de descobrir quem era o
responsável por todas aquelas mortes e o porquê. Depois de sair
do escritório, já em casa, comecei a investigar. Comecei a minha
investigação. O que eu não sabia era ao que tinha de me
submeter para conseguir o que queria. Na verdade, nem sabia
muito bem onde me estava a meter... (queres ler o resto da história? Vai procurá-lo à biblioteca. Este conto foi escrito
para o concurso Ler é cool promovido pela Wook, tendo sido selecionado num
conjunto de 11 finalistas como conto vencedor!
Estamos muito orgulhosos da Raquel. PARABÉNS!)
Maze Runner Correr ou Morrer (Livro 1) é um livro para fãs que tenham um verdadeiro espírito de aventura e que gostem de suspense. Há pessoas que o comparam com a trilogia dos “Hunger Games” e com a do “Divergente”, pois em ambos os livros há a mesma ideia: um escolhido que surge num ambiente de “guerra”. Porém, a história é diferente e aconselho a ler ambas as trilogias.
Thomas, a personagem principal, acorda numa caixa de metal. À medida que a tal caixa se eleva, as portas abrem e vê-se rodeado de rapazes. Ele apenas se lembrava do seu nome e nada mais.
Ao longo dos primeiros dias, descobre que está num sítio ao qual chamam de Clareira. A Clareira era toda rodeada por um muro e as portas desse muro apenas se fechavam à noite. Para lá do muro, havia um labirinto enigmático e, todos os dias, quando as portas abriam, os exploradores saíam da Clareira para procurarem uma saída, confrontando-se com os Magoadores, mas após três anos não o conseguiam desvendar porque o labirinto mudava a cada noite. A curiosidade de Thomas aumentava cada vez mais e ele queria obter respostas. Depois de quebrar as regras, por ter saído da Clareira e ter passado uma noite no labirinto a fugir dos Magoadores com Alby e Minho, passou um dia na cadeia e tornou-se num explorador no dia seguinte, por ter sido reconhecido pela sua coragem. Certo dia, chega um novo Caloiro à Clareira, mas desta vez era uma rapariga chamada Teresa, que estava em coma e chegava com uma mensagem que dizia que tudo ia acabar. Thomas e Teresa eram especiais por conseguirem comunicar telepaticamente e ela ainda se lembrava de
Junho de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 35
::LEMOS + escrevemos melhor
um conto de Ana Martins do 9ºC " Não olhes para o espelho depois da meia-noite. Nunca. Ela vai estar
lá para te olhar de volta.
Tem cuidado com os armários, principalmente com os espaçosos. Ela
gosta de ficar lá à espera de ti.
Mas principalmente, não olhes para trás. Por mais que queiras. Assim
que olhares, será o teu fim. Ela vai apanhar-te...
Talvez te estejas a perguntar quem é ela. Ela é conhecida por Oriane,
ou por garotinha do armário. Talvez porque esse é o seu lugar favorito.
Dizem que a sua aparência é bem normal. Uma menina, nos seus
doces 9 anos. Pele clara, cabelos loiros. Mas... se olhares bem, bem
perto dela, podes ver que os seus olhos são vermelhos. Um vermelho
vivo, um vermelho sangue.
Se estiveres tentado podes sempre chamá-la. Há um ritual para isso.
No entanto, o custo será a tua vida. Pois, esta garotinha não se limita a
aparecer... ela faz questão de te deixar doido.
Se os teus livros aparecerem fora do lugar, não mexas! Foi ela que
quis brincar.
Se quiseres brincar também, clica neste link."
- Ester, nem penses! - Diz Mel assim que eu passo com o rato por
cima do link.
-Oh , anda lá Mel. É só uma história de terror. E nem é assim tão
assustadora. - Digo divertida. - Vamos invocá-la. Vais ver que não
acontece nada.
- Não. - Diz ela e vira-se de costas para mim, girando a cadeira. Fico a
olhar para o seu cabelo castanho e encaracolado.
- Estás com medo? - Pergunto. Como não obtenho resposta da minha
amiga, clico no link rapidamente. Assim que o faço aparece uma
pequena janela no canto do monitor.
"Tens a certeza que queres invocar a garotinha do armário?"
Clico no sim. Abre-se um novo separador. A página é um verdadeiro
cliché. Fundo preto, letras vermelhas e o título "Como invocar espíritos".
Logo a seguir aparece a explicação de como invocar a Oriane.
" Já te perguntei uma vez, mas tens a certeza que queres fazer isto?
Tal como já leste antes, isto vai custar-te a vida.
Se ainda estás a ler, vou-te agora explicar como invocar a Oriane:
Materiais: Um ursinho de peluche;
Uma corda de saltar;
Um espelho;
Algumas bolachas.
O processo é bem fácil: Enrola a corda de saltar ao pescoço do urso
de peluche. Coloca-o no armário mais espaçoso da tua casa. Ao seu
lado põe também o espelho. Fecha-o bem fechado e à frente do armário
coloca um prato com as bolachas.
Já convidaste a Oriane a entrar na tua casa. Não durmas nesse
quarto. Abandona a divisão e tranca-a.
Podes esperar a vinda de Oriane todos os dias, depois das 2 da
manhã. É a sua hora favorita para brincar."
Parece ser divertido. - Digo e olho para Mel. Esta apenas assente. -
Eu acho que tenho por aqui uma corda de saltar.
- Queres mesmo fazer isso? - Pergunta ela. Levanto-me e começo a
procurar uma corda na confusão do meu quarto.
-Claro. - Digo.
- Tu é que sabes. Acho que com 16 anos já devias ter algum juizinho na
cabeça. Com estas coisas não se brinca. - Diz ela. Mel é muito medrosa.
Por isso, sempre que lhe proponho fazer alguma invocação, ela fica de
pé atrás. Ela pode não gostar, mas eu divirto-me. Além disso, nunca
aconteceu nada. Não vai acontecer agora.
- Na verdade, a intenção é mesmo brincar com a "garotinha do armário".
- Digo divertida e faço aspas com os dedos. Mel revira os olhos que,
ironicamente, são cor de mel.
- Se ficares possuída não sou eu que vou chamar o exorcista. A
responsabilidade é tua. - Volta a dizer.
Olho para ela.
-Sim, claro mãezinha. - Digo sarcástica. - Encontrei!
Pego na corda de saltar cor-de-rosa. Logo a seguir vou agarrar o ursinho
de peluche que estava a enfeitar a minha cama, e um espelho de bolso.
Isto deve dar.
- Será que ela vem com bolachas de marca branca ou só come das
caseiras? - Pergunto mais para mim mesma do que para Mel. Desço as
escadas e pego no primeiro pacote que encontro.
(queres ler o resto da história? Vai procurá-lo à biblioteca. Este conto foi escrito
para o concurso Ler é cool promovido pela Wook, tendo sido selecionado num
conjunto de 11 finalistas como conto vencedor!
Estamos muito orgulhosos da Ana. PARABÉNS!)
Pobres e Ricos
O rico e o pobre têm diferenças cruciais: Os ricos com tanto e os pobres com tão pouco!
Isto os faz ser na sociedade totalmente desiguais.
O supérfluo dos ricos é a prioridade dos pobres! É grande aquele que sabe ser pobre na riqueza,
É grande aquele que consegue deixar de lado a sua nobreza.
O pobre tem a vantagem que o rico não tem, Porque o rico que se descuida
acaba pobre também! E o pobre descuidado
nada perde, porque nada tem.
A diferença entre o Nobre e o Pobre
está somente numa letra; Porém não esqueçamos que
A oportunidade a pobreza afugenta!
Marta Palaio, 10ºC Temas-problema do mundo contemporâneo – Filosofia 10º ano
algumas memórias, ao contrário de outros que tinham chegado à Clareira. Quando Teresa acorda do coma, tudo muda: o sol desaparece e as portas dos muros que permitiam a segurança à noite, não fecham. Então os Magoadores começaram a matar um clairence por noite, depois de Thomas ser picado por um Magoador, começa a lembrar-se de algumas memórias, até que conseguem descobrir o código do labirinto e entrar no buraco dos Magoadores e desativá-los. Quase todos os clairences saíram do labirinto e após se encontrarem com CRUEL, são salvos por um grupo de pessoas. O livro I acaba, mas vêm aí as provas de fogo (Livro II), ou seja, ainda não acabou e o labirinto era apenas o início. Para mim, James Dashner, consegue provocar um grande interesse e um vício ao leitor, em que só paramos de ler até saber o final, para saber quem escapa e sobrevive às provas e às variáveis da CRUEL.
Joana Fernandes, 10ºC
ORIANE
36 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2016
Os livros que eu lia quando tinha a tua idade ::
Não fui criado num ambiente literário, mas
sim de trabalho, que hoje seria considerado
trabalho infantil grave. No entanto, comecei
a fazer leituras mal a vida me permitiu e foi
mais a partir dos 16 e 17 anos, porque até
aí eram apenas os manuais escolares,
quando havia dinheiro para os comprar todos.
Aponto três livros que tiveram impacto na minha vida. O
primeiro e o mais bonito de todos foi "O principezinho" de
Saint-Exupéry. Este livro ensinou-me a sonhar, a ver o belo
da vida e do mundo e a sair de mim mesmo. Na minha
vida já o li três vezes, separadas por muitos anos, e
descobri que é um livro para todas as idades, porque as
mensagens nele descobertas por mim não param de me
surpreender.
Outro livro que me ensinou como é o pensamento
político foi o "Escuta Zé-Ninguém!" de Wilhelm Reich. É um
livro que distribuiria por cada deputado na Assembleia da
República, ou então, providenciá-lo-ia a quem deseja
entrar para a política e servir os outros. Também
explica bem a natureza humana e o quanto precisa
ainda ser lapidada.
Por último, um dos livros que me incomodou
tanto que aos 18 anos não consegui prosseguir com
a sua leitura, dado ser tão pesado, do ponto de vista
emocional, e eu ainda não estar preparado para tal.
Era "Assim Falava Zaratustra" de Friedrich
Nietzsche. Um homem que parecia criar uma
alternativa à Bíblia Sagrada e a dogmas que
pareciam deixá-lo louco, como acho que veio a
acontecer pela história dele. Apresentado ao jeito de
um livro ditado, também por entidades e por
sonhos, este livro parecia-me, aos meus 18 anos,
uma loucura e eu saltei fora para não ficar louco.
Hoje dá-me vontade de rir!
Francisco Ferreira
pai do João Francisco (9ºD) e Pedro Miguel (11ºB)
Propuseram-me um desafio… falar
(escrever) sobre um livro, um texto ou
um poema que tenha marcado a minha
juventude. Resolvi falar de um presente
de Natal. Os presentes de Natal, como
todos sabemos, são sempre marcantes,
só os recebemos se nos portarmos
bem no ano anterior e quem os
entrega é o Pai Natal!
Confesso que já não me lembro em
que ano foi… mas lembro-me bem o
que era. Era um livro da Coleção
Europa-América juvenil, o autor era
Willard Price e o nome do livro era
“Aventura com os Elefantes”.
E porquê este presente? Bom… eu já gostava de ler, contudo
este livro falava de África, da sua beleza natural, da sua fauna… das
Montanhas da Lua, de elefantes de chitas e, claro, era um livro de
aventuras em que dois heróis juvenis lutavam contra caçadores
furtivos.
A seguir a este, li muitos mais livros do Price e da Europa-
América juvenil (ainda hoje os compro se os encontro em feiras de
velharias e alfarrabistas). Esta coleção em particular aguçava o
gosto pela natureza, a história, a tecnologia e a aventura.
Hoje sou professor de Ciências Naturais, Biologia e Geologia.
Quem sabe se não houve “mãozinha” do Pai Natal em me tornar
professor de ciências? Nuno Santos
pai do João Nuno (12ºA) e do Francisco (10ºB)
(quero falar para todos os alunos que,
como o meu Filho, não gostam muito
dos livros… porque são muito
grandes, têm muitas letras, são chatos,
demoram muito tempo a ler…)
Filho,
Os livros são o nosso maior
TESOURO! Neles encontramos
o MUNDO. Encontramos ideias inovadoras, novas formas
de pensar, sentimentos que ainda não sentimos, descrição
de espaços e de tempos que ainda não conhecemos… Com
eles ficamos mais ricos. Eles são os nossos maiores amigos.
Acima de tudo é preciso ler, porque lendo, conhecemos
mais palavras, e com elas ficamos mais capazes de nos
expressar, de comunicar as nossas ideias, os nossos
sentimentos, as nossas vontades.
Quando tinha a tua idade devorava livros…
...uns atrás dos outros. Não tinha computador, telemóvel
ou TV por perto a dar filmes e telenovelas a toda a hora... e
nem sempre tinha amigos com quem estar. Os livros foram
os meus companheiros de muitas horas de viagens, de
sonhos e de novas experiências, que fui vivendo ao longo da
minha juventude, e que me ajudaram a saber mais, a ser
MELHOR!
Experimenta. É preciso um certo esforço, eu sei… mas
tudo o que realmente vale a pena precisa de esforço e
dedicação… e depois, vais ver… vais acabar por te
deslumbrar, por te entreter, por te embrenhar, por te
envolver, por te fascinar… por te tornares
MELHOR...MAIOR! Vais ver. Vai valer a pena… e já sabes,
filho, as mães sabem sempre TUDO! Acredita em mim.
Ana Rita Amorim, professora bibliotecária e
mãe do André do 9ºD, da Ana Beatriz (19 anos) e da Anita (10 anos)
Junho de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 37
:: DIVERSÕES
A
1 R G O
4 R
2 E C O S O 5
3 T D
8 C U
9 N 6 R O
A I
S
E T N O T U R I S M O
O
L
S 7 P O
A
Soluções do Crucigrama “Tipos de turismo”: 1 – Religioso; 2 – Ecoturismo; 3 – Cultural; 4 – Saúde; 5 – Desportivo; 6 – Repouso; 7 – Político; 8 – Negócios; 9 - Aventura
TIPOS DE TURISMO
Encontra, no crucigrama, os diferentes tipos de turismo
relacionados com cultura, religião, lazer, aventura, saúde, negócios,
política, natureza e desporto:
EL TURISMO Encontra, na sopa de letras, as seguintes palavras: almuerzo, atención,
barco, desayuno, habitación, pensión, alojamiento, autobús, campamento,
excursión, hotel, táxi, avión, crucero, guía, metro, transporte.
C R U C E R O Y U I O P L Ç H A
A D E S X T Y E U I J L O P J U
T H S P L O I N O Í S N E P K T
M O D I S T E Y U B A H W Q L O
F T D E S A Y U N O V Y B U M B
O E V N A S F H J K M U A E N Ú
O L N Ó I C R U C X E I R W D S
Z U F I Y U I O P U T K C A O T
R K G V S F A D E M R J O S T T
E C A M P A M E N T O M I Z N A
U H H G H I O U J O U L H X E X
M U T U S E F A S A W Ç U C I I
L L U E T R O P S N A R T D M H
A Í U G A T R A A H S O D E A N
O T J T U N Ó I C N E T A T J I
L O M C A B A L G U M O U Y O S
I D K T A R I O H J H L S H L T
T A H A B I T A C I Ó N C H A O
Diz-se que é preciso viajar para ver o mundo. Por vezes, penso que, se estiveres quieto num único sítio e com os olhos bem abertos, verás tudo o que podes controlar.
Paul Auster
Foges em companhia de ti próprio: é de alma que precisas de mudar, não de clima.
Séneca
Costumo responder, normalmente, a quem
me pergunta a razão das minhas viagens:
que sei muito bem daquilo que fujo, e não
aquilo que procuro. Montaigne
Pior que não terminar uma viagem é
nunca partir. Amyr Klink
38 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2016
Crónica :: A força das palavras
Daltonismo por Ana Paula Amaro
Professora de Inglês do nosso Agrupamento
Escritora e Poetisa
Ultimamente a minha vida tem sido invadida por enxames
de abelhas amarelas que zunem tanto que não só os meus
ouvidos doem mas a minha cabeça parece explodir...
Abelhas são insetos voadores, conhecidos pelo seu papel
na polinização. Uma abelha visita dez flores por minuto em
busca de pólen e do néctar. As abelhas têm cinco olhos. São
três pequenos no topo da cabeça e dois olhos compostos,
maiores, na parte frontal.
Uma abelha produz cinco gramas de mel por ano. Para
produzir um quilo de mel, as abelhas precisam visitar 5
milhões de flores e consomem cerca de 6 a 7 gramas de mel
para produzirem 1 grama de cera.
Quando vejo as sucessivas manifestações de abelhas
amarelas, lembro-me que elas de facto voam em busca de
muitas flores que lhe proporcionem irem buscar o pólen e o
néctar dos subsídios para os quais, eu, pequena abelhinha
descolorida, pago os meus impostos. As que vão à frente
empunhando cartazes e dando entrevistas, possuem, na
verdade, cinco olhos, para poderem controlar pessoas na
política, igreja, orgãos de comunicação social, tribunais e
organizações locais. Um pequeno aprendiz de abelha
consome, sem dúvida, 6 a 7 vezes mais recursos do que
aquilo que produz.
Uma colmeia abriga 60 a 80 mil abelhas. Tem uma rainha,
cerca de 400 zangões e milhares de operárias. Se nascem
duas ou mais rainhas ao mesmo tempo, elas lutam até que
sobre apenas uma rainha. A abelha-rainha vive até 5 anos,
enquanto as operárias vivem de 28 a 48 dias.
Vejo por aí muitas rainhas a matarem-se umas às outras
para poder usufruir de lugares de poder enquanto as
operárias fazem todo o trabalho duro.
Recorrendo à psicologia das cores o amarelo é a cor da
ambição e da liderança. Não sei por que é que isto não me
surpreende.
É cor muito própria para dar descontração e leveza e é a
cor de maior vitalizador da sociabilidade e da facilidade da
comunicação. É muito boa para contatos, pois quebra a
rigidez do desconhecido. Deve ser por isso que os donos do
poder são tão bem relacionados.
É uma cor brilhante, alegre, que simboliza o luxo – é como
estar em festa a cada dia. Juro, por todos os santinhos, que
não inventei nada disto! Adoro as abelhas de cabelo clareado,
sapatos que custam metade do ordenado mínimo nacional a
choramingar pelos empregos dos funcionários que
exploram... É simplesmente tocante!
A hipocrisia dos argumentos é que me tira do sério:
ninguém vai ficar sem escola; ninguém vai ficar sem instrução;
ninguém vai ficar sem acesso à educação. Se calhar os donos
destes colégios, vão ficar sem a sua fonte principal de
rendimentos. O mais triste é que, se calhar, esta fonte não
vai ser canalizada para a rede pública, com a mesma facilidade
com que foi canalizada para estes resorts de luxo.
“Com grande poder, vêm as grandes responsabilidades?”,
já dizia o Homem-Aranha. Mas não vejo grandes números de
alunos com deficiência, dificuldades de aprendizagem ou
oriundos de meios muitos desfavorecidos ou de outras etnias
a engrossarem os números deste grande sucesso nacional
que são as instituições privadas de educação. O dinheiro,
afinal, vai para os filhos daqueles que levam vidas desafogadas
enquanto os filhos dos menos abonados não têm o mesmo
direito de escolha. “Os animais são todos iguais mas uns são
mais iguais do que outros” nas palavras sábias de George
Orwell.
Não seria o roxo de raiva ou o verde de inveja mais
apropriado para estas pessoas? Agora, a ambição, assim como
a raiva e a inveja parecem ser doenças altamente contagiosas.
E coisa estranha, ultimamente, cada vez mais me cruzo
com abelhas amarelinhas de sede de poder. Estarei a ficar
daltónica????
Junho de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 39
:: Ainda não sabiam?
A professora de Inglês Fátima Gonçalves
concorreu a uma competição internacional
promovida pela Oxford University Press (que
decorreu entre outubro de 2015 e março do
corrente ano) subordinada ao tema “Teaching
Changes Lives”, tendo ganhado um dos dois
segundos prémios atribuídos na Europa.
A docente contou com a preciosa participação de
alguns alunos a quem teve o prazer de lecionar
desde que há dezoito anos se encontra no
Agrupamento.
No dia vinte e quatro deste mês, a representante
da OUP, Mariana Vagos, deslocou-se à escola
secundária Fernando Namora para entregar,
pessoalmente, o certificado de vencedora à
professora bem como o acesso à plataforma do
curso online de desenvolvimento profissional que
faz parte do prémio atribuído. O tema escolhido
pela professora é “Teaching English to
Teenagers”.
UMA ENGLISH
TEACHER
DE EXCELÊNCIA!
É com muito orgulho e entusiasmo que vos damos a conhecer duas das três
vencedoras do concurso de âmbito Nacional Ler é Cool: "Escreve o próximo
Criptoconto" promovido pela Porto Editora/Wook em parceria com a Rede de
bibliotecas escolares. Neste concurso foram distinguidas, não uma, mas as
nossas duas concorrentes do 9º ano, as alunas Raquel Cardoso do
9ºA e Ana Martins do 9ºC.
Na sua primeira edição, o projeto LER É COOL disponibilizou mais de 10 mil
livros e chegou a mais de 25 mil jovens leitores digitais, contando com a
adesão de 218 escolas de todo o país.
Ambas as alunas foram convidadas a participar começando por ler os
Criptocontos disponibilizados pelo projeto. Depois de deitarem mãos à obra,
foram dando largas à imaginação, criando 2 contos muito interessantes e cheios
do espírito do terror e do suspense que os motivou.
Depois de fazerem parte dum conjunto de 11 finalistas, os trabalhos das nossas
duas alunas foram selecionados entre os três contos vencedores.
Estes fantásticos contos terão publicação conjunta numa edição especial da
coleção Criptocontos, e os 3 vencedores receberão uma Licença da Escola
Virtual, válida por um ano letivo.
Parabéns às duas jovens escritoras… fizeram um trabalho fantástico!
E já sabemos que para o ano há mais! Apareçam na biblioteca…
NA FERNANDO NAMORA
TEMOS DUAS ALUNAS
MUITO COOL
40 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2016
Leio muito!... Mas em Inglês. Sou grande apreciadora
do romance histórico! O último livro que li...
foi "Hunting Midnight" um romance de Richard
Zimmler que decorre em Portugal e nos Estados
Unidos na alvorada do século XIX. Ilda Teresa Cardoso, profª de Educação Especial
O último livro que li foi “A Villa” da
escritora Nora Roberts. É um livro que fala
sobre uma herdeira de negócios de vinhos.
Alguém tenta, infelizmente destruir este
negócio.
É um livro de amor e intriga que nos
consegue prender e entreter. Aconselho a
sua leitura. Isabel Gabriel, profª de EV
O meu livro preferido é, como não podia deixar de
ser, a versão original dum livro que consta da
Biblioteca da nossa escola “À espera no centeio” e que
tem por título “The Catcher in the Rye”, do escritor
americano J.D. Salinger.
A primeira vez que o li tinha 23 anos e desde então
fiquei fascinada pela personagem principal: Holden
Caulfield, um jovem de 17 anos que odeia todos e
tudo o que lhe lhe soe a falso (a sua palavra preferida
é "phoney"). E é neste mundo que Holden não se
integra nem consegue desempenhar o papel que a
sociedade escolheu para ele.
Vai à biblioteca requisitá-lo. Não te vais arrepender! Fátima Gonçalves, profª de Inglês
Este livro “A Leste do Sol” de Julie Gregson conta a
história de três mulheres inglesas que partem para a
Índia, todas elas com objetivos diferentes.
Ainda estou no início, mas acho que é um livro
interessante, porque a história destas três mulheres
vai-me transmitir conhecimentos sobre a vida na
Índia no início do séc. XX e também estou muito
curiosa para saber quais os obstáculos que vão ter
que enfrentar. Cristina Correia, assistente operacional
O projeto aLER+ no agrupamento de escolas de Condeixa
O livro que ando a ler chama-se “Prometo
falhar” de Pedro Chagas Freitas.
Eu cá prometo “não falhar e retirar desta
obra mais um ensinamento para a vida. Graça Gonçalves, profª de Filosofia
Descobri “A Sombra do Vento”, de Carlos Ruiz Zafón, na
biblioteca da escola. Gosto muito de autores de língua
espanhola, mas não conhecia este escritor. Apaixonei-
me logo nas primeiras páginas e não larguei o livro até o
acabar. É um livro mágico, cheio de mistério, que nos
permite conhecer a cidade de Barcelona de meados do
século XX e nos mantém cheios de curiosidade até à
última página. De seguida, li também “O Jogo do
Anjo” e “O Prisioneiro do Céu”, que são a sequência de
“A Sombra do Vento”, embora possam também ser lidos
separadamente.
!Todos me encantaron!
Marta Vestia, profª de Espanhol
O livro que ando a ler chama-se “Flores” e foi escrito
por Afonso Cruz.
Conta a história de 2 homens, um com perda de
memória e outro que fala para o espelho...este livro
fala-nos da dificuldade de manter um rumo nas
relações com os outros. É uma história inquietante
sobre a memória e o que resta de nós quando a
perdemos.
Afonso Cruz tem uma escrita profunda, imagens
poéticas de grande alcance, envolvendo o leitor no
mundo único envolvente, embora constrangedor…
que nos consegue agarrar até à última página. Ana Rita Amorim, profª bibliotecária
Este livro “Se Isto é Uma Mulher, dentro de
Ravensbrück: o campo de concentração de Hitler
para mulheres” de Sarah Helm foi-me oferecido
pela ES Quinta das Flores aquando da
apresentação do meu livro Poemas da Shoá,
no dia 27 janeiro 2016. É um livro que descreve
a construção, o dia-a-dia e a libertação do
campo de concentração de Ravensbrück, o
único exclusivamente feminino durante a
Segunda Guerra Mundial. Este campo de
concentração e as mulheres que por ele
passaram, foram durante muitas décadas
esquecidos pelos historiadores. Se os
prisioneiros, no geral, eram
considerados uma espécie subumana, as
mulheres, por norma não soldados, ainda
eram consideradas uma espécie inferior
ou com nenhum valor. Este livro faz a
justa homenagem aos muitos milhares
de mulheres encerradas neste campo e
às suas histórias de bravura, coragem e
determinação face à desumanização de
um mundo que as queria esquecer. Por
isso ele é dedicado “ Às que se
recusaram”. Ana Paula Amaro, profª de Inglês
Olha para mim
aLER+
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