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EXERCÍCIO ESCRITO DE PORTUGUÊS7ºAno – maio - 13/14

Objetivos deste exercício:. Avaliar a interpretação. . Avaliar a sintaxe.. Avaliar a expressão escrita.. Avaliar os conhecimentos adquiridos pelo aluno.. Avaliar a atenção do aluno nas aulas.

ATENÇÃO:• Não respondas sem leres todas as perguntas.• Escreve sem erros ortográficos.• Utiliza o vocabulário apropriado.• Estrutura o parágrafo de forma clara e coerente.• Encadeia logicamente a sequência do assunto.• Não alteres a ordem nem a numeração das perguntas. • Não uses corretor. Caso te enganes, usa um traço por cima do engano.

Duração: 90 minutos

1 Professora, Teresa Moura Pereira

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GRUPO I - Compreensão e Expressão Escrita.OBJETIVO: Com esta atividade, vais testar a tua competência de leitura. A leitura é um processo de interação entre leitor e o texto.PARTE A Lê o seguinte excerto de “Leandro, Rei da Helíria”. 1ºAtoCena 1REI: Ah, meu bobo fiel, como eu às vezes gostava de estar no teu lugar, sem preocupações, sem responsabilidades…BOBO: É para já, senhor! Toma os meus farrapos e os meus guizos, e dá-me o teu manto, a tua coroa, o teu cetro…REI (agitado): Cala-te!... Era isso mesmo que se passava no sonho… A coroa… o manto… o cetro… tudo no chão… eu a correr, mas sem poder sair do mesmo sítio… e a coroa sempre mais longe, mais longe… e o manto… e o cetro… e as gargalhadas…BOBO: Gargalhadas? Não me digas que eu também entrava no teu sonho?REI (como se não o tivesse ouvido)… as gargalhadas delas… e como elas se riam… riam-se de mim… e a coroa tão longe… e o manto tão longe… e o frio… tanto frio que eu tinha!...BOBO: Perdoa-me, senhor, mas isso são tolices, dizes coisas sem nexo… Foi alguma coisa que comeste ontem, tenho a certeza.REI: Não são coisas sem nexo: são recados. Recados dos deuses. (Aproxima-se do bobo e diz-lhe ao ouvido) Tenho medo!BOBO: Shiuu! NUNCA DIGAS ISSO! Já viste o que podia acontecer se os deuses te ouvissem?Se descobrissem que os reis também têm medo? Se descobrissem que os reis podem mesmo ficar a-pa-vo-ra-dos?REI (afasta o bobo e retoma a sua dignidade real): Tens razão! Quem foi que aqui falou em medo? Eu sou o rei Leandro, senhor do reino de Helíria! Tenho um exército de homens armados para me defenderem. Tenho um conselheiro que sabe sempre o que há de ser feito. Tenho espiões bem pagos, distribuídos por todos os reinos vizinhos, que me informam do que pensam e fazem os meus inimigos…BOBO: Tens inimigos, senhor?REI: Claro que tenho inimigos. Para que serve um rei que não tem inimigos?BOBO: Realmente não devia ter graça nenhuma. Eu cá, de cada vez que me armam uma cilada e acabo espancado no pelourinho, também digo sempre: “Ainda bem que tenho inimigos, ainda bem que tenho inimigos”… Se ninguém me batesse, se ninguém me cobrisse o corpo de pontapés, acho mesmo que era capaz de morrer de pasmo…REI: Zombas de mim?BOBO: Que ideia, senhor! Como posso zombar de ti, se penso como tu pensas?REI: Parecia…

In, Leandro, Rei da Helíria, Alice Vieira,1.° Ato, Cena I, Caminho1.Indica, justificando, o número de atores necessários para representar esta cena. (3pontos)2.Na primeira fala, o rei Leandro manifesta um desejo.2.1. Indica-o, usando palavras tuas. (2pontos)2.2.Comenta a reação do Bobo perante o desejo manifestado pelo rei, evidenciando o valor simbólico do manto, da coroa e do cetro. (2pontos)3.“Tenho medo!”

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3.1.Apresenta a razão que motivou este desabafo do rei. (2pontos)4.Esclarece a importância dos sonhos, na perspetiva do rei Leandro. (2pontos)5.Demonstra que o Bobo tem uma opinião diferente acerca dos sonhos. (4pontos)6.Baseando-te neste texto, mas também no conhecimento que tens da obra, demonstra que o Bobo assume um papel que vai para além de divertir o rei e a corte. (4pontos)7.Transcreve exemplos de didascálias em que sejam evidentes informações sobre: (2pontos)a) gestos das personagens.b) o estado de espírito das personagens.8. Faz o levantamento dos elementos que permitem classificar este texto como dramático. (4pontos)PARTE BLê o poema com atenção.RegressoRegresso às fragas de onde me roubaram.Ah! Minha serra, minha dura infância!Como os rijos carvalhos me acenaram,Mal eu surgi, cansado, na distância!Cantava cada fonte à sua porta:O poeta voltou!Atrás ia ficando a terra mortaDos versos que o desterro esfarelou.Depois o céu abriu-se num sorriso,E eu deitei-me no colo dos penedosA contar aventuras e segredosAos deuses do meu velho paraíso.

Miguel Torga, Poesia Completa, Dom QuixoteVOCABULÁRIO________________________________________Fraga – penhasco ; rocha escarpada.Desterro – exílio; deportação; lugar ermo; solitário.1. No início do texto, o sujeito poético afirma que regressa a um local específico. Identifica-o. (3pontos)2. Indica os elementos da natureza que o sujeito poético associa à sua infância. (3pontos)3. O sujeito poético foi recebido pela natureza. Transcreve da segunda estrofe uma expressão que mostre de que forma ele foi recebido. (3pontos)4. Tendo em conta o significado de “desterro”, o que nos diz esta palavra sobre o que o sujeito poético passou? (4pontos)5. Entre o sujeito poético e a natureza estabelece-se uma relação de cumplicidade. Explica-a, recorrendo ao conteúdo da última estrofe. (4pontos)

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6. Imagina que alguém te pedia para reunir no teu portefólio duas antologias de poesia com os seguintes títulos:Antologia APOESIAS SOBRE NATUREZA

Antologia BPOESIAS MÁGICAS6.1 Em qual dessas antologias incluirias o poema “Regresso”? Justifica a tua opção com base na leitura que fizeste do poema. (4pontos)7. Faz a análise formal do poema. (4pontos)

GRUPO II – GramáticaObjetivo: Com os exercícios que se seguem, vais testar os teus conhecimentos de gramática.

1. Completa o esquema de acordo com o exemplo. (6pontos)Expressão Figura de retórica/tropo Valor expressivo (importância para a construção do sentido do poema)“…os rijos carvalhos me acenaram…” Personificação Os carvalhos recebem o poeta, acenando-lhe, demonstrando que a natureza o acolhia de uma forma humanizada e amigável. “cantava cada fonte…”“…no colo dos penedos…”2. Considera as frases:A – O sujeito poético regressa às fragas.B – Contou aos deuses aventuras e segredos.2.1 Atenta nos constituintes das frases. Preenche os quadros com esses constituintes e as funções sintáticas que desempenham. (4pontos) FRASE AFunções sintáticas Constituintes da frasePredicado às fragasFRASE BFunções sintáticas Constituintes da frase

contou aos deuses aventuras e segredosaventuras e segredos3. Divide e classifica as orações da frase – “Os rijos carvalhos me acenaram mal eu surgi.” (4pontos)4.De qual dos conjuntos de palavras está ausente uma relação entre hiperónimo e hipónimos? (3pontos)a. tronco – árvore – ramos – copab. Gil Vicente – Camões – escritor – Miguel Torgac. gato – golfinho – homem – mamíferod. visão – olfato – sentido – tato5.Completa cada uma das frases seguintes com a forma do verbo apresentado entre parêntesis, no tempo e no modoindicados. (3pontos)a. Presente do indicativoOs poetas ____________________ (reter) tudo aquilo que observam na natureza. b. Futuro simples do indicativoAs fragas__________________ (trazer) felicidade ao sujeito poético.

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c. Pretérito imperfeito do conjuntivoOs elementos da natureza esperavam que o poeta lhes _____________________ (contar) as aventuras e segredos. GRUPO III – EscritaObjetivo: Com esta atividade, vais testar o teu desempenho na escrita de um texto de opinião. Escreve um texto de opinião sobre as vantagens e desvantagens de viver no campo. Menciona os seguintes aspetos:

O que caracteriza o meio rural; As vantagens de viver neste meio; As desvantagens.Antes de começar a escrever, toma atenção às instruções que se seguem.• Escreve um mínimo de 100 e um máximo de 140 palavras.• Faz um rascunho das ideias por tópicos.• Procura organizar as ideias de forma coerente e exprimi-las corretamente.• Depois, revê o texto com cuidado e corrige-o, se necessário.(Lembra-te que os 30 pontos serão distribuídos por: • Tema, tipologia e extensão do texto; • Coerência e pertinência da informação; • Estrutura e coesão; • Morfologia e sintaxe; • Ortografia e • Repertório vocabular.)

CORREÇÃOGRUPO IPARTE A1. Para representar esta cena são precisos dois atores, pois são duas as personagens em cena – rei Leandro e o Bobo.2.1. O rei Leandro manifesta o desejo de estar na situação do Bobo / de ser Bobo.2.2. O Bobo oferece-se imediatamente para trocar de lugar e assumir o poder e a condição real do monarca pois, ao contrário do que o rei pensa, a sua vida é bastante dura. 3.1. A razão que motivou este desabafo do rei foi o sonho que teve.4. O rei Leandro considera que os sonhos são mensagens “recados” de entidades superiores “deuses”. 5. Para o Bobo, os sonhos não são importantes, antes são “tolices”, “coisas sem nexo”.6. O Bobo é, sobretudo, o amigo dedicado e fiel do rei; aquele que o ouve e acompanha, mesmo nos momentos mais difíceis.7. a) gestos das personagens – “afasta o Bobo”. b) o estado de espírito das personagens – “agitado”.8. Este é um texto dramático porque se encontram várias características, tais como a presença de didascálias, “agitado”, “como se não o tivesse ouvido”, “ “afasta o Bobo e retoma a sua dignidade real”, falas das personagens introduzidas pela sua identidade e a indicação de 1º Ato, Cena I.PARTE B1. O local a que regressa o sujeito poético é a serra, as fragas.2. Os elementos associados à natureza são as fragas, a serra, o velho carvalho, a fonte, o céu e os penedos (as fragas).3. “Cantava cada fonte à sua porta”.4. O desterro foi seguramente muito negativo, “esfarelou” os versos.5. Na última estrofe, o sujeito poético procura o aconchego da natureza, como um filho procura o colo de uma mãe, como se a natureza o defendesse contra todos os males e inseguranças. Para além disso, é à natureza que o sujeito poético conta as suas aventuras e os seus segredos.6.1 Cenário de resposta:Eu incluiria este poema na Antologia intitulada “ Poesias sobre a Natureza”, porque no regresso do sujeito poético à sua terra destaca-se a forma carinhosa e afetiva como a natureza o recebe, o acolhe. OU Eu incluiria na antologia intitulada “ Poesias Mágicas”, pois a natureza possui características mágicas.7. Trata-se de um poema constituído por três quadras em verso decassilábico, seguindo o esquema rimático: abab, nas duas primeiras estrofes, com rima cruzada e abba, na última estrofe, com rima 5 Professora, Teresa Moura Pereira

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interpolada e emparelhada. Destaque-se o 2º verso da 2ª estrofe que tem seis sílabas métricas (talvez para uma assertividade do anúncio do regresso do poeta).GRUPO II1. “cantava cada fonte…” – personificação – uma fonte canta para saudar e anunciar a chegada do poeta. “…no colo dos penedos…” – metáfora – Analogia entre a segurança que os penedos suscitam ao sujeito poético e o aconchego que se procura no colo materno.2. Considera as frases: A – O sujeito poético regressa às fragas. B – Contou aos deuses aventuras e segredos.Frase A – Sujeito simples – o sujeito poético; / Predicado – regressa às fragas; Complemento Oblíquo – às fragas. Frase B – Sujeito – nulo; Predicado – contou aos deuses aventuras e segredos; Complemento direto – aventuras e segredos; Complemento indireto – aos deuses. 3.“Os rijos carvalhos me acenaram…” – oração subordinante;“… mal eu surgi.” – oração subordinada adverbial temporal. 4.De qual dos conjuntos de palavras está ausente uma relação entre hiperónimo e hipónimos?a. tronco – árvore – ramos – copa ( aqui trata-se de uma relação de holónimo e merónimos).5.a. Presente doindicativoOs poetas retêm (reter) tudo aquilo que observam na natureza. b. Futuro simples do indicativoAs fragastrarão (trazer) felicidade ao sujeito poético. c. Pretérito imperfeito do conjuntivoOs elementos da natureza esperavam que o poeta lhes contasse ( contar) as aventuras e segredos.

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