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es
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li
st
a
Giro
RURA
L CONFIRA CLASSIFICADOS NA PÁGINA 27
AS MELHORES OPORTUNIDADES EM PROPRIEDADES RURAIS ESTÃO NA IMOBILIÁRIA:
ENTREVISTAEntrevista exclusiva com o secretário de agricultura de Marília, SP PÁGINA 16
45ª FAPIA maior feira de portões abertos do país PÁGINA 24
REFloRESTAmENToUma boa alternativa ambiental e financeira PÁGINA 34
UbAldo oléA, gRANdE jUIz dA AbCz, Com SUA PERSPICáCIA E ExPERIêNCIA FAlA SobRE Como AVAlIAR A qUAlIdAdE E VIdA REPRodUTIVA doS ANImAIS, APENAS Com Um olhAR ATENTo E TREINAdo. PÁGINA 12
seleção degado de elite
ANO 1 · N O 2 · julhO/AgOstO 2011
R$ 6
,90
ESSÊNCIA TE GUADALUPE
Nossos parceiros nesta edição
A sua colaboração terá um imenso valor para que consigamos melhorar
sempre, portanto colabore conosco enviando sugestões, críticas e elogios
para o e-mail [email protected].
C om muita alegria publicamos a segunda edição da nossa
revista. Muito satisfeitos com a receptividade e confiança dos
leitores do Centro Oeste Paulista, dos nossos anunciantes e
parceiros. Por isso, gostaríamos de agradecer a vocês, que estão colabo-
rando para manter vivo o nosso sonho de levar informações relevantes ao
homem do campo da região.
Para este segundo exemplar preparamos com muito carinho matérias
nacionais e regionais interessantes, gostosas de ler e indispensáveis para lhe
manter bem informado. Trouxemos uma entrevista exclusiva com o secre-
tário da agricultura de Marília, Paulo Roberto de Oliveira Júnior, revelando
projetos, entraves e expectativas para o agronegócio regional.
Na seção “Gente da Terra”, contamos a história da família do Sr Ovídio
Oliveira, que mantém há mais de cinquenta anos uma propriedade de
produção leiteira no distrito de Avencas. Já na seção “Giro Equestre”, res-
saltamos a formação e fortalecimento de um núcleo regional da raça quarto
de milha na região, e para isso fomos conversar com João Maciel, que nos
apresentou o seu haras, Paraíso, localizado em Pompeia.
A revista Giro Rural presta uma homenagem ao Sr Ubaldo Oléa, grande
juiz da ABCZ, que marcou a história de seleção de gado de elite, não só
no Brasil, mas na América Latina. Com sua perspicácia e experiência em
avaliar a qualidade e vida reprodutiva dos animais, apenas com um olhar
atento e treinado.
Boa leitura!
OBRIGADO!sÓ teMos a aGraDeceraos leitores e eMpresÁrios Do centro oeste paulista
GrJu
lho/
agos
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201
1
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Editorial
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LAZARINI
A aceitação de madeira de eucalipto tratada na
construção civil está cada vez mais alta nas apli-
cações em residências de médio e alto padrão,
como também em construções de hotéis, resorts, restau-
rantes, bares, quiosques de praia, decorações de jardins,
portões e muitos outros. O aumento do interesse ocorre
pela qualidade e durabilidade desta madeira, podendo
ser encontrada serrada, benefi ciada e tratada como
pranchas, vigas, caibros, ripas e decks. Além da constru-
ção civil, a madeira tratada também tem seu espaço em
redes elétricas, na utilização de postes, e ainda, em subs-
tituição de cruzetas de madeira nativa e de concreto.
Toda a matéria-prima vem de refl orestamentos, sem
explorar as fl orestas tropicais e gerando economia para
os produtores rurais que já encontraram no eu-
calipto uma cultura altamente rentável e de
baixa manutenção, podendo ser cultivado
nos mais diversos solos e terrenos.
Hoje, é possível encontrar madei-
ra tratada de qualidade em todo do
país, o que a torna um produto com
um custo muito inferior à madeira de origem nativa
considerando a distância em que é encontrada.
Portanto, para um ótimo resultado na
execução dos mais variados projetos,
contribuir com a preservação do
meio ambiente, gerar incremento
da economia local e ainda econo-
mizar dinheiro, a melhor opção
é ultilizar madeira de
eucalipto tra-
tada.
GrJu
lho/
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1
6 G i r o Ru r a l
Sumário
[email protected](14) 3221-0342
Editor: Luiz Felippe Nogueira | Diretora Administrativa: Laura Whiteman | Diretora de Jornalismo: Cristiane Mattar – MTB62481/SP
Diretor de Arte: Gustavo Prado Ramos | Design grafico: Mauricio W. Santos | Fotografia: Karina Bertaco
Revisão: Lívia Figueiredo de Carvalho | Representação Comercial: Amaury Girardi | Impressão: Gráfica Impress | Tiragem: 3 mil
Circulação Regional: Centro Oeste Paulista | Distribuição dirigida: postada pelos correios aos produtores rurais do Centro Oeste Paulista
Pontos de distribuição: a disposição nas empresas anunciantes | A venda nas principais bancas de revistas da região centro oeste paulista.
Solicite reimpressões editoriais das melhores reportagens da Giro Rural – C.O.P. com a capa da edição. “Os artigos assinados não emitem, necessariamente, a opinião da Giro Rural – C.O.P. Publicação Mensal. Todos anúncios, imagens e artigos publicados e assinados são de responsabilidade de seus respectivos autores.”
CAPA
Gr
AG RON EGÓCIO, I N FOR MAÇÕE S E OPORTU N I DADE S. AN U NCI E E BON S N EGÓCIOS!
Ubaldo Oléa, grande
juiz da ABCZ, com sua
perspicácia e experiência
fala sobre como avaliar
a qualidade e vida
reprodutiva dos animais,
apenas com um olhar
atento e treinado.
8 Giro notas
360º de notícias do agronegócio
10 Agricultura
País ruma à liderança mundial na
produção de alimentos
14 Nelore de Elite
Essência Te Guadalupe
16 Entrevista
Secretário de Agricultura e
Abastecimento de Marília
22 Encontro de cafeicultores
Café colheita com qualidade
24 Evento
45ª Fapi
26 Sustentabilidade
Agricultura brasileira é sustentável
Dilma Rousseff
28 Gente da terra
Ovídio de Oliveira, produção leiteira.
30 Giro esquestre
Haras Paraíso
32 Controle biológico
Veterinário Jayme de Toledo Piza
34 Meio Ambiente
Reflorestamento um negócio promissor
36 Etanol
Uma Grande Riqueza Nacional
38 Giro Literário
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7G i r o Ru r a l
Especial
8 a b r i l · 2 0 1 1
Gir
o r
uralGr
a n Ú n c i o( 1 / 4 ) p Á G i n a
milho laranja
IGC prevê produção mundialrecorde para o milho em 2011/12
Safra paulista terá alta considerável na safra 2011/2012
Segundo as previsões
do Conselho Internacional
de Grãos (IGC), divulgadas
no final do mês de abril, a
produção mundial de milho
deve atingir um recorde de
847 milhões de toneladas
no ano safra 2011/12, um
aumento de aproximada-
mente 5% na comparação
anual. Mas o reduzido es-
toque mundial deve limitar
o crescimento da demanda.
Já em relação ao plantio
mundial do grão, o aumento
deve ser mais discreto e
gira em torno de 3% frente
ao ano safra 2010/11, isso
ocorre devido aos preços
elevados, segundo o IGC.
O Conselho estima que
o aumento do consumo
seja contido em até 1,3%
em função do baixo nível
das reservas mundiais,
mesmo com o provável
crescimento da produção
global. As ofertas totais
de milho devem cair 0,8%
nesta temporada.
Boa notícia para os citri-
cultores do estado São Pau-
lo, responsável por cerca de
77% da produção nacional
da laranja, a safra paulista
deve ser 20% maior do que
a de 2010.
A produção da fruta
vem deixando os agricul-
tores cada vez mais con-
tentes. Além disso, o estado
de São Paulo está se consa-
grando cada vez mais como
o maior produtor, conquis-
tando espaço e mantendo
uma larga vantagem em
relação aos outros estados.
De acordo com a Faesp,
a Federação da Agricultura
do Estado de São Paulo,
cerca de 80% dos produ-
tores de laranja do estado
fecharam contratos anteci-
pado, as caixas atingiram
um preço de R$ 12,00 a R$
15,00, sendo que o valor
de custo é de aproximada-
mente R$ 9,00, o que está
deixando os produtores
muito satisfeitos.
360º De notÍcias Do aGroneGÓcio
Giro notas
16a b r i l · 2 0 1 1
Gir
o r
ural
Faço votos que a “Giro” seja uma grande ferramenta de divulgação de nossa região. Material de qualidade, a região é promissora, o público alvo é carente de um veículo regional claro e que fale sobre as coisas de seu dia-a-dia. Chega em um momento importante, hora de mostrar a cara e ver o potencial do ‘Centro Oeste Paulista’ mostrar sua força, seus valores, seus personagens: falar de nós pra nós mesmos! Assim, a “Giro” se torna o ‘nosso 1º veículo de agronegócio’ e torcemos por seu sucesso!Cordial abraço!
Eng. Agr. José Tonon Junior
Gerente de Comunicação - Máquinas Agrícolas Jacto S/A’
Cartas
a n Ú n c i os a c a r i a
espaço Do leitor
Abiove prevê aumento na produção brasileira de soja
Devido ao clima favorável para
o cultivo da soja em todo o país, a
Abiove (Associação Brasileira das
Indústrias de Óleos Vegetais) ele-
vou sua estimativa para a produção
brasileira do grão, neste ano, de
70,1 para 71,1 milhões de toneladas.
A previsão para as exportações,
assim como para produção de farelo
de soja, também foi elevada. No
caso das exportações, a expecta-
tiva de crescimento é de 24 para
32,4 milhões de toneladas. Já na
produção de farelo, estima-se o
valor de 27,3 milhões de toneladas,
ante 26,9, último número divulgado
pela Abiove.
A boa notícia chega para animar
os produtores, que mantêm grandes
expectativas para a safra 2011/2012
e sentem-se mais seguros de que
estas serão atendidas. Além disso, as
perspectivas são muito boas para a
próxima safra, que deverá ser ainda
melhor, segundo Fábio Trigueirinho,
secretário-geral da associação, isso
se deve aos produtores, que certa-
mente estarão mais preparados para
o plantio e possivelmente consegui-
rão aumentar a área plantada.
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10
paÍs ruMa à
LIDERANçA MUNDIALna proDução De aliMentos
O ministro da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, Wagner Rossi, apresen-
tou em meados de junho, as estimativas
para o agronegócio brasileiro na próxi-
ma década. Os números mostram que
o Brasil está pronto para contribuir no
grande desafio da economia mundial,
que é enfrentar a fome.
“Os organismos internacionais
têm levantado a existência de uma
população de 1 bilhão de pessoas que
ainda passam fome”, observou Wagner
Rossi, no lançamento das Projeções do
Agronegócio 2010/2011 a 2020/2021.
Elaborado pela Assessoria de Gestão
Estratégica (AGE) do Ministério, em
conjunto com a Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embra-
pa), o estudo mostra que a produção
agropecuária do país deve crescer
23%, em volume, com incorporação
de 9,5% de novas áreas cultivadas
no período.
“O Brasil tem potencial para se
tornar o maior fornecedor de pro-
teína animal e vegetal do mundo”,
destacou Wagner Rossi. Ele ressal-
tou que os dados apresentados são
conservadores. Atualmente, o Brasil
é o segundo maior fornecedor no
mercado internacional de alimen-
tos, mas, segundo as projeções, se
aproximará cada vez mais dos Esta-
dos Unidos, que detém a liderança.
“Esta radiografia mostra que o
Brasil, nos próximos anos, continuará a
marchar firmemente em direção a essa
meta, de se tornar o maior agente no
mercado internacional de alimentos”,
disse.
O país é líder mundial em produtos
como carne de frango e de boi, além de
manter o primeiro lugar na produção
de açúcar, café e suco de laranja. Outro
produto tradicional, o algodão, deve ter o
maior incremento na produção (47,84%)
e nas exportações (68,4%) na próxima
década.
As estimativas mostram ainda grande
potencial na celulose e no leite. “Temos
uma janela de oportunidade muito signi-
ficativa nos lácteos, já que os países que
têm protagonismo na produção estão
no seu limite”, observou Wagner Rossi.
A confiança do ministro na força da
agricultura brasileira decorre da utiliza-
ção intensiva de tecnologia e da situação
do mercado internacional nos próximos
anos. O cenário é de uma demanda maior
por alimentos e em expansão, graças às
mudanças no perfil econômico dos paí-
ses, especialmente os emergentes, que
antes tinham menos acesso à alimentação,
sobretudo ao consumo de proteína.
Ele destacou a importância das
projeções para orientar a alocação dos
recursos naturais, humanos e financeiros
disponíveis da melhor maneira.
Wagner Rossi diz que projeções da agricultura mostram país pronto para enfrentar o desafio mundial da fome
Texto cedido por Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento.
Shut
ters
tock
/c.
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12 G i r o Ru r a l
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Quem vê a simplicidade e o
jeito humilde de Sr Ubal-
do Oléa, nem imagina que
este já foi um dos, se não o me-
lhor, juiz de gado de elite que este
Brasil já teve. Durante mais de 40
anos, dedicou a vida em realizar
análises e avaliações da qualidade
dos valiosos animais, mundo afora.
Com muitas boas histórias para
contar, foi em parceria com um pe-
queno grupo de pecuaristas, um dos
fundadores da Examar, há mais de
vinte anos. Acreditavam no potencial
de Marília para o agronegócio e na
possibilidade de torná-la a primeira do
estado de São Paulo em produção de
gado de corte. Confiava que a exposi-
ção traria à cidade maior visibilidade
e movimentaria o setor, aumentando
as chances de alcançar o objetivo.
Convidado para ser presidente de
honra da Nova Examar, sentiu-se or-
gulhoso e contente, acreditando que
os muitos esforços de anos atrás não
serão desperdiçados, nem tão pouco
ficarão apenas na memória e história
da cidade.
Com uma invejável vocação, pro-
vou frente a multidões possuir um
olhar infalível, que não deixava passar
qualquer defeito que o animal pudesse
apresentar. Após participar, em 1982,
de um curso com o americano J. C.
Bosman, na cidade de Barretos, e ser
um dos poucos a concluí-lo, Ubaldo
aprendeu a treinar o seu olhar para
diversas características que deveria
levar em conta nas suas avaliações.
Porém, com os anos de experiência,
ele aumentou de 5 para 13 os pontos
a serem observados e, por meio de
análise minuciosa de cada um deles,
conseguia relatar, sem erros, a vida
reprodutiva da vaca.
Lembra-se de uma viagem para
a Venezuela, onde após realizar a
avaliação da fêmea, a última da noite,
nelore De elite
Capa
UBALDO OLéA,o Dono De uM olhar infalÍvel
Cerimônia de posse de Ubaldo na Diretoria da Divisão Regional Agrícola de Marília. Na foto acima, da esquerda para a direita é o segundo, ao alto. Abaixo é o terceiro da esquerda para a direita
Ubaldo Oléa, inesquecível juiz da ABCZ
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13G i r o Ru r a l
Gr
constatou que esta não poderia mais
reproduzir, devido à idade avançada.
Mas na ficha do locutor os dados não
conferiam essa informação. Após afir-
mar confiar no que estava revelando,
alguns organizadores foram verificar
a procedência do animal e puderam
confirmar que a ficha estava realmente
equivocada e que a vaca já possuía
cerca de 6 anos, idade já não adequa-
da para a reprodução. Quando ficou
constatado que ele realmente havia
acertado, a plateia que assistia ao
julgamento veio à loucura, encantados,
todos vibravam com aquele senhor
que apenas ao observar externamente
o animal, não havia cometido erro
algum. Ao contar esta história, seu
sorriso transparecia todo o orgulho
e alívio que, provavelmente, sentiu
naquele momento.
Durante os anos trabalhados como
juiz da ABCZ (Associação Brasileira
dos Criadores de Zebu), recorda-se
de haver tirado o título de uma vaca
para dar a outra nos últimos minutos,
quando tudo já parecia estar certo. Ao
anunciarem o resultado, ele se mani-
festou afirmando que a vencedora
deveria ser a outra vaca, já que a que
estava levando o mérito havia sofrido
um aborto e não poderia mais repro-
duzir. Todos ficaram em choque, mas
mais uma vez ficou constatado que o
seu olhar não costumava falhar, muito
perspicaz conseguia averiguar dados
por meio, principalmente, dos chifres,
da maçã do peito e do cupim.
Até hoje, sente-se orgulhoso e
apaixonado pelo trabalho que realizou
e afirma que tentou passar os seus
conhecimentos adiante e que está
confiante de que alguns de seus alunos
também se destacarão nos julgamen-
tos, utilizando apenas um dom, o olhar.
Oléa deixou algumas valiosas di-
cas para que os leitores da Giro Rural
não cometam erros na hora da aqui-
sição de um bom gado. Veja ao lado.
INFERTILIDADE:Para detectar fêmeas subférteis, que são aquelas que produzem um
bezerro a cada dois ou três anos, quando o ideal seria uma prenhez por ano,
13 pontos devem ser observados:
1. Colo: nas subférteis o pescoço
é grosso e largo;
2. Cabeça: as subférteis possuem
cabeça masculinizada e mandí-
bula pesada;
3. Peito: Em fêmeas subférteis a
massa do peito é de tamanho
maior que o normal, crescendo
para frente e para baixo;
4. Pelo: fica arrepiado. No lombo o
redemoinho de pelos está sem-
pre espetado e, tanto no cupim
quanto na paleta, eles crescem
em sentido contrário;
5. Dianteiro: crescimento despro-
porcional da parte dianteira. Cos-
tuma-se dizer que a vaca está,
nesse caso, começando a perder
suas características femininas.
6. Cauda: nas vacas férteis ela
cai perpendicularmente. Nas
subférteis ela desce acompa-
nhando a forma arredondada
do traseiro;
12. Úbere: quase imperceptível. As
tetas estão recolhidas;
8. Músculos: são de formato ar-
redondado. Por trás a aparência
é masculina, semelhantes aos
machos da espécie.
7. Gordura: aparecem maneios
de gorduras isolados por todo o
corpo. São mais aparentes entre
as escápulas, adiante do úbere, na
anca, no cupim e abaixo da vulva;
9. Vulva: pequena com orifício
vaginal deslocado e de difícil
acesso durante a monta. Acú-
mulo de gordura entre as coxas;
10. Postura: crescimento exagerado
das patas dianteiras. Parte do osso
se desenvolve mais, provocando
desequilíbrio estético e físico;
11. Tamanho: gigantismo. As vacas
subférteis, ou com tendência,
são enormes e pesadas. As
férteis são magras, com os os-
sos traseiros aparecendo sob o
couro;
13. Chifres: Fêmeas que se torna-
ram inferteiz possuem chifres
lisos, porcelanizados.
ABORTO:Peito: uma vaca que já sofreu aborto traz saliente sob a pele do peito
uma pelota do tamanho de uma bola de pingue-pongue. Para cada
gestação mal sucedida, uma nova marca é criada.
Chifres: podem apresentar anéis em baixo relevo, significando abortos
ou estresse.
FERTILIDADE:Fêmeas: o chifre de parideiras tem osso lascado, mal acabado e apre-
senta um anel em alto relevo para cada cria bem-sucedida.
Macho: A percepção da fertilidade nos machos é menos complicada.
É possível detectar um touro fértil analisando sua postura. Estes andam
com a cabeça erguida e a libido se manifesta sempre que está preso e
vê uma fêmea passar do outro lado da cerca. A pelagem também é ca-
racterística, os machos bons de cobertura apresentam pelos escuros na
paleta. Outro fator a ser considerado para qualificar a fertilidade do boi é
através da medida da circunferência escrotal do testículo esquerdo, que
deve ser de aproximadamente 35 centímetros, aos 18 meses de idade.
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essÊncia te GuaDalupeAnimais Nelore apresentam estado
geral sadio e vigoroso. A ossatura é
leve, robusta e forte, com muscula-
tura compacta e bem distribuída. A
masculinidade e a feminilidade são
acentuadas.
Apresentam pelagem branca ou
cinza-clara, sendo que os machos
apresentam o pescoço e o cupim
normalmente mais escuros. A pele é
preta ou escura, solta, fina, flexível,
macia e oleosa. Os pêlos são claros,
curtos, densos e medulados.
A cabeça tem formato de ataúde,
com a cara estreita, arcadas orbitárias
não salientes e perfil ligeiramente con-
vexo. A fronte é descarnada, apresen-
tando uma linha média no crânio, no
sentido longitudinal, uma depressão
alongada (goteira).
O Chanfro é reto, largo e proporcio-
nal nos machos. Nas fêmeas, é estreito
e delicado. O focinho preto e largo, com
as narinas dilatadas e bem afastadas,
é outra característica da raça. A boca
tem abertura média e lábios firmes.
As orelhas do nelore são curtas,
com boa simetria entre as bordas
superior e inferior, terminando em
ponta de lança, e a face interna do
pavilhão deve ser voltada para a frente
e apresentar movimentação.
A raça pode ser dividida em
animais que apresentam chifres e
mochos. Os chifres são de cor escura,
firmes, curtos de forma cônica, mais
grossos na base, achatados e de seção
oval, de superfície rugosa e estrias lon-
gitudinais. Nascem para cima, acom-
panhando o perfil, bem implantados
na linha da marrafa, assemelhando-se
a dois paus fincados simetricamente
no crânio. Com o crescimento, po-
dem dirigir-se para fora, para trás e
para cima, ou curvando-se para trás
e para baixo.
Nos machos, o pescoço é muscu-
loso e com implantação harmoniosa
ao tronco. Nas fêmeas, é delicado. A
barbela começa debaixo do maxilar
inferior e se estende até o umbigo,
sendo mais abundante e pregueada
nos machos. O peito dos animais é
largo e com boa cobertura muscular.
Nos machos, o cupim deve ser
bem desenvolvido, apoiando-se so-
bre o cernelha, Nas fêmeas, deve ser
reduzido.
A região dorso-lombar é larga e
reta, levemente inclinada, tendendo
para a horizontal, harmoniosamente
ligada à garupa com boa cobertura
muscular.
O Nelore possui ancas bem afas-
tadas e no mesmo nível. A garupa é
comprida, larga, ligeiramente inclina-
da, no mesmo nível e unida ao lombo,
sem saliências ou depressões e com
boa cobertura de gordura. Sacro não
saliente, no mesmo nível das ancas.
A cauda é inserida harmoniosa-
mente, estendendo-se até os jarretes e
vassoura preta. O tórax é amplo, largo
e profundo. As costelas são compridas
e largas, bem arqueadas, afastadas e
com espaços intercostais revestidas de
músculos e sem depressão atrás das
espáduas. O umbigo deve ser propor-
cional ao desenvolvimento do animal.
Membros anteriores e posterio-
res devem apresentar comprimento
médio, com ossatura forte e músculos
bem desenvolvidos. As coxas e per-
nas são largas, com boa cobertura
muscular, descendo até os jarretes,
com calotes bem pronunciados. As
pernas devem ser bem aprumadas e
afastadas. Os cascos devem ser pretos
e bem conformados.
As fêmeas devem ter o úbere de
volume pequeno, com o formato das
tetas de maneira que facilite a apro-
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS RACIAIS
DO NELORE DE ELITE
ximação dos bezerros. A vulva deve
possuir conformação e desenvolvi-
mento normais.
Os machos devem possuir a bolsa
escrotal fina e bem pigmentada, com
os dois testículos bem desenvolvidos.
A bainha deve ser proporcional ao
desenvolvimento do animal e bem
direcionada. O prepúcio deve ser
recolhido.
Grnelore De elite
Capa
Fonte: ACNB Associação dos Criadores de Nelore do Brasil
Gr
Julh
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15G i r o Ru r a l
essÊncia te GuaDalupe
Uma verdadeira campeã que produz campeãs.A Essência TE Guadalupe foi a
primeira grande campeã do plantel
da Unimar. Filha de Hierarca, outra
grande campeã, Essência, em
2001, no envento Elo de Raça, foi
considerada um dos animais mais
valorizados do país, tendo sido ad-
quirida pela universidade paulista.
Além de ser campeã nacional
em Uberaba em 2001, Essência
também tem em seu "currículo"
o fato de ser mãe de Elegance I
(reservada campeã bezerra em
Uberaba 2003), mãe de Elegance
II (campeã nacional de 2006),
mãe de Dália M4 (recordista na-
cional de preço no leilão Elo de
Raça de 2006) e super campeã
nas pistas.
Recordista nacional de ven-
da de prenhezes. Reservada
Campeã Nacional Progênie de
Mãe/06, medalha de ouro melhor
matriz ranking ACNB/06.
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16 G i r o Ru r a l
paulo roberto De oliveira JÚniorsecretÁrio De aGricultura eabasteciMento De MarÍlia-sp
Entrevista
Qual a contribuição da agro-
pecuária para o crescimento
e desenvolvimento regional?A história com cavalos vem da
minFundamental. Marília, assim como
a grande maioria das cidades do
interior do estado de SP, construiu-se
em cima do agronegócio, principal-
mente do café, amendoim e algodão,
que tivemos muito aqui no passado.
Atualmente, cerca de 30% do que se
movimenta na cidade de Marília vem
do campo. Hoje temos dez mil pesso-
as morando em áreas rurais, fora isso,
muitas mais envolvidas com o campo.
Marília é hoje um polo industrial,
temos um setor de alimentação muito
forte, que demanda a compra de pro-
dutos que vêm do campo. A vocação
da cidade é agrícola. A nossa ideia é
mostrar para a cidade, para os pro-
dutores que temos total condição de
melhorar e aumentar o crescimento
do PIB do agronegócio aqui na região.
Dentre as universidades pri-vadas, a Unimar é a pioneira em trazer a clonagem para o seu plantel, o Sr acompanhou essa realização? Poderia nos contar como decorreu esse processo?
Por volta de três anos atrás co-
meçou-se a falar muito de clones,
principalmente clonagem de nelore, e
quem começou com esse trabalho foi
o doutor Rodolfo Rumpf, pesquisador
da Embrapa, juntamente com o pro-
prietário do laboratório Geneal, Jonas
Barcelos,que em parceria passaram a
pesquisar a realização da produção
do clone em larga escala. Em 2008
surgiu o interesse do Márcio Mesquita
Serva, reitor da Unimar, em clonar as
vacas Essência e Página, duas gran-
des campeãs da universidade, desde
então estamos acompanhando as pes-
quisas e conferindo os resultados. No
ano passado nasceram sete bezerras,
cópias genéticas de Essência. Agora
estamos colhendo o material de
outras doadoras que serão subme-
tidas ao processo de clonagem. Este
ano estamos inserindo os alunos no
contato com esses animais clonados,
o início desse processo se deu com
uma palestra Dr. Rodolfo na universi-
dade, em abril.
Quais atividades estão em ascensão na cidade?
Principalmente pecuária de cor-
te, que hoje é um grande negócio,
Secretário de Agricultura e Abastecimento de Marília Paulo Roberto de Oliveira Júnior faz uma análise do mercado e revela seus projetos e expectativas
Desde criança é acostumado a respirar os ares do campo e aproveitar todas as maravilhas que a vida na fazenda tem a oferecer. Nascido em Oswaldo Cruz, nas proximidades de Marília, Paulo Roberto acompanhava de perto, ainda
pequeno, a lida com o gado de corte na propriedade da família. Aos 17 anos, quando estava se decidindo por cursar veterinária, foi conhecer a dinâmica agrária do Centro Oeste brasileiro, encantou-se com a lavoura e retornou ao estado de São Paulo com a certeza de que cursaria a faculdade de agronomia, para assim ampliar seus conhecimentos na área rural, que sempre foi sua paixão.
Após concluir a faculdade em Marília, foi convidado para trabalhar na Unimar e desde o ano de 2000, gerencia e dirige não só a fazenda experimental de gado de leite, a mesma onde realizou seu estágio obrigatório, como as demais fazendas da universidade. Após anos de experiência e uma vida profissional admirável, foi convidado pelo prefeito Mário Bulgareli para assumir o cargo de secretário de agricultura de Marília, papel que desempenha desde janeiro de 2011. Para conhecer as perspectivas do agronegócio para a cidade e região, a revista Giro Rural conversou com aquele que organiza e administra projetos e melhorias voltados ao homem do campo.
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o preço do café também melhorou
muito, o que torna a atividade mais
interessante, o trabalho com o gado
leiteiro está cada vez mais valorizado
e retomando aos poucos a importân-
cia que sempre teve para a região.
Temos algumas promessas para o
futuro, é o caso da laranja, que parece
chegar com muita força na região, do
reflorestamento, da ovinocultura. Esse
desenvolvimento e aprimoramento
nas atividades já realizadas na região
são muito importantes, da mesma for-
ma que a chegada de novas culturas e
produções, pois precisaremos dobrar
a produção de alimento em um curto
espaço de cerca de dez anos.
Como diretor social da Asso-ciação Paulista dos Criadores de Nelore, como avalia a raça no mercado de São Paulo e no Brasil?
Muito importante, hoje ela repre-
senta 85% do rebanho nacional. A raça
começou a ganhar destaque no país
na década de 60, quando pecuaristas
renomados trouxeram da Índia alguns
gados que caíram no gosto dos cria-
dores, devido a sua resistência a altas
temperaturas e aos carrapatos. Até
então, as raças que predominavam no
Brasil eram as europeias, que não resis-
tiam ao intenso calor, já que eram mais
preparadas para o frio. Então quando
se começou a usar o nelore as pessoas
perceberam se tratar de um gado mais
rústico, um animal que dava menos
trabalho, mais fácil de lidar, e com isso,
hoje, 80 a 85% de nosso rebanho tem
cruzamento com a raça nelore.
Existem projetos voltados para a agricultura familiar? Quais?
Na secretaria de agricultura temos
um cuidado especial com a agricultura
familiar e com os pequenos produtores.
Há alguns projetos que estamos viabili-
zando em parcerias com a Universidade
de Marília, com o SEBRAE e com o
Banco do Brasil. Um dos projetos é a
pecuária de leite, em andamento há
dois meses, com ele estamos levando
para 15 produtores da cidade de Marília
acompanhamento técnico, por meio
de profissionais da secretaria de agri-
cultura, juntamente com os estagiários
de agronomia, zootecnia e veterinária
por um período de um ano. Nos seis
primeiros meses, estamos fazendo uma
avaliação da dinâmica das proprie-
dades, para a partir do mês de julho,
apresentar o levantamento realizado e
as soluções propostas pelos alunos e
técnicos e realizar melhorias dentro do
poder aquisitivo de cada produtor. Com
esse projeto esperamos que pequenas
mudanças, coisas simples e acessíveis,
tragam uma condição melhor de tra-
balho e renda para cada uma dessas
famílias, além de gerar empregos na
propriedade e, dessa forma, quere-
mos fixá-las no campo em condições
dignas. Também pretendemos retomar
ou chegar o mais próximo possível da
posição que tínhamos até 1980, ser a
maior bacia leiteira de leite B do Brasil.
Fora esse projeto, também estamos
iniciando o projeto do “Cinturão Ver-
de”, com o qual pretendemos produzir
quantidade suficiente de hortaliças
necessária para a demanda da popu-
lação da cidade. Hoje importamos de
outras cidades cerca de 90% do que
consumimos de folhas e tubérculos.
Com isso pretendemos aumentar a
oferta de empregos no campo, já que
é necessária uma quantidade signifi-
cativa de funcionários, pois é preciso
o cuidado diário para não haver perda
excessiva de folhagem.
Há também o serviço oferecido
pela secretaria chamado “Patrulha
Rural”, onde colocamos a disposição
do produtor rural, com propriedades
de até 30 alqueires, máquinas e im-
plementos agrícolas a preço de custo.
Há o projeto de melhoria das es-
tradas rurais, pois quando questiona-
dos, 80% dos produtores queixaram-
se sobre as más condições em que
as vias se encontram, o que prejudica
muito o transporte de seus produtos,
assim como o acesso às propriedades.
Temos também um projeto onde
prestamos assistência total no plantio
de eucalipto para o reflorestamento,
fornecemos as mudas por um preço
simbólico ao produtor e para auxiliá-lo
no plantio enviamos um técnico.
Há o projeto “Horta Comunitária”,
onde a prefeitura cede um terreno
disponível em áreas carentes, disponi-
biliza adubo, sementes e o que for ne-
cessário para a criação da horta. Quem
dá continuidade na manutenção são
os moradores da região, coordenados
pela associação de moradores local.
Contamos com um viveiro que pro-
duz cerca de 350 mil mudas por ano,
fornecemos as mudas para a prefeitura
plantá-las em praças, vias, escolas, etc.
Quais os principais desafios para o desenvolvimento da agropecuária em Marília?
Existem alguns desafios a serem
superados. Eu acredito que o nosso
maior problema seja a logística,
principalmente a logística interna das
propriedades. Nós temos também o
problema sério das estradas, que tem
que ser tratado como prioridade. É
um grande desafio também mudar a
forma de pensar do produtor, transfor-
mar suas ideias de produtividade para
o próprio consumo em produtividade
para negociação. Ou seja, transformar
a mentalidade de que a propriedade
rural é apenas o seu lar e fazê-lo en-
xergar que ela precisa funcionar como
uma empresa. Então ela tem que ter
lucro, balancete, tem que apresentar
o retorno do investimento, porque
geralmente são áreas de alto valor.
Queremos auxiliá-los no aumento
da sua produção dentro do mesmo
espaço de terra ocupado. Ou seja,
pretendemos otimizar sua atividade,
paulo roberto De oliveira JÚnior secretÁrio DeaGricultura e abasteciMento De MarÍlia-sp
Entrevista
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claro que respeitando sempre o meio
ambiente, pois acho que a palavra
da vez é sustentabilidade, em todos
os setores da economia, inclusive no
agronegócio.
Como avalia o impacto do novo código florestal em Marília?
Considero muito importante o que
foi aprovado, porque a grande maio-
ria dos produtores rurais estava na
ilegalidade. Acompanhamos aqui em
Marília uma palestra do deputado Aldo
Rebelo, nela ele expôs o resultado de
muitas pesquisas, de um intenso traba-
lho onde realizou inúmeras audiências
com todo o segmento do agronegócio,
conversas com ambientalistas, ou seja,
se cercou de informações. Por isso
acreditamos que ele fez o justo. O pro-
dutor também não é a favor do desma-
tamento, há aqueles que desrespeitam
o meio ambiente, mas muitas vezes
generalizam e na verdade temos muita
gente séria, interessada apenas em
realizar o seu trabalho com dignidade.
O Brasil precisa dobrar sua produ-
ção até 2020, mas mesmo assim não
somos a favor de desmatarmos flores-
tas, existem maneiras de aumentar a
produção sem derrubar uma árvore.
Queríamos apenas que a situação
fosse definida, regularizada, para que
soubéssemos a maneira correta de
agir, o caminho certo a seguir.
Foi uma vitoria muito grande, mas
muitas coisas ainda virão. Ganhamos
a primeira etapa e já estamos muito
contentes com isso. Precisamos es-
perar as próximas, mas certamente
estamos mais confiantes.
Quais as principais dificul-dades enfrentadas por um produtor rural no Brasil?
Os impostos. O governo deseja
levar alimento barato do campo para
a cidade e nos cobra cerca de 35% de
impostos. Como conseguiremos fazer
isso? Também somos a favor que mais
pessoas tenham acesso a uma melhor
alimentação, mas para conseguirmos
isso é preciso haver uma redução nos
tributos cobrados, pois temos aqui no
Brasil uma das taxas tributárias mais
altas do mundo.
Produzir no Brasil é uma grande
luta, o produtor não sabe quanto vai
conseguir produzir, precisa contar
com a chuva, com o sol e, se não bas-
tasse isso, ainda precisamos contar
com os preços. Quem acompanha o
agronegócio já viu pessoas trabalha-
doras perderem tudo do dia para a
noite, e não podemos contar nem com
um seguro agrícola decente.
Muitas vezes o produtor é tratado
como uma pessoa extremamente
extrativista, como alguém que está ali
apenas para explorar o funcionário
dele no campo, e não é nada disso. Nós
estamos sendo cada vez mais eficien-
tes, estamos produzindo cada vez mais,
e queremos ser reconhecidos por isso.
Quais seus principais desa-fios enquanto secretário da agricultura?
O maior desafio é o tempo, ou seja,
conseguir fazer uma boa gestão com
o tempo que nos resta. A minha inten-
ção é realmente marcar a passagem
pela secretaria de agricultura, como
alguém extremamente técnico, que
ajudou a transformar principalmente a
estrutura física da secretaria. Nos cinco
meses que assumimos, conseguimos
dar uma mudada na estrutura, aumen-
tar a rede de computadores e o acesso
à informação, com isso pretendemos
deixar o ambiente de trabalho mais
agradável e onde os profissionais se-
jam capazes de produzir mais.
Além disso, pretendo focar muito
no pequeno produtor. Minha intenção
é ajudar o pequeno produtor, pois
sei das dificuldades que eles têm.
Então este ano trabalhamos naqueles
dois projetos que já citei, o de leite e
o “cinturão verde”que são extrema-
mente voltados ao pequeno produtor.
Ano que vem pretendemos mais dois
projetos voltados ao mesmo público.
Também pretendo unir as entida-
des representativas do agronegócio
em prol dos produtores. E juntos
mostrar para eles que podemos fazer
acontecer, mostrar ao homem do
campo que ele tem condições de
melhorar sua produção e se destacar
cada vez mais.
Outro grande desafio que temos
agora é o de reativar a Examar.Ano
passado tivemos uma, a nova Examar,
e a prefeitura foi a maior incentivadora.
Este ano pretendemos fazer uma feira
muito forte, definindo grandes shows
e levando mais empresas do agrone-
gócio, pois sentimos que isso ficou a
desejar no ano passado, queremos
também trazer animais para exposi-
ção. A intenção é realizar uma Examar
como Marília nunca teve, para ficar
marcada na história da cidade.
Como o Sr avalia a inicia-tiva da revista Giro Rural para Marília e região?
Eu acho muito importante, porque
no segmento do agronegócio, aqui
na região, não temos uma revista
especializada no assunto. Com essa
iniciativa teremos um canal para di-
fundir informações e unir forças pelo
agronegócio.
Existem no mercado algumas
revistas de circulação nacional, que
muitas vezes apresentam em seu
conteúdo técnicas de produção que
são inviáveis na região. Quando exis-
te uma revista comprometida com a
região fica muito mais fácil o acesso
à informação relevante e possível de
ser concretizada.
A revista poderá mostrar técnicas
aplicáveis e compatíveis com o nosso
clima, nosso solo, nossas condições.
Acredito que possa ser muito útil na
difusão de novas tecnologias.
paulo roberto De oliveira JÚnior secretÁrio DeaGricultura e abasteciMento De MarÍlia-sp
Entrevista
ORGULHO DE SER BRASILEIRA
Parceria de sucesso!
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A Cooperativa dos Cafeicultores
da Região de Marília realizou, no dia
cinco de maio, a abertura da 11ª cam-
panha “Café Colheita com Qualidade”.
Aproximadamente 300 cafeicultores e
representantes do setor foram orienta-
dos sobre o cultivo de suas lavouras,
cuidados durante a colheita e pós-co-
lheita, comercialização do seu produto
e certificação de propriedades.
Além de um café da manhã espe-
cial com cappuccino, drink de café
com laranja e licor de café, feitos pelo
consultor e barista, Leandro Moeda
Dias, uma equipe de enfermeiros da
Unimed realizou aferição de pressão e
teste de glicemia para os participantes
interessados em checar a saúde.
A série de palestras foi aberta pelo
pesquisador científico do Instituto
Agronômico de Campinas (IAC), Prof.
Dr. Gerson Silva Giomo, enfatizando
os principais cuidados durante a pós-
colheita e qualidade do café.
“Muitos detalhes fazem diferença
durante a secagem do café, por isso
o cafeicultor deve estar atento a tudo,
pois a boa comercialização vai depen-
der das boas condições do café. Mais
de 50% da qualidade do produto final
depende do próprio produtor”, alerta
o pesquisador.
O cafeicultor e pecuarista de
Guaimbê, Sérgio Yoshiaki Tinen, que
está no ramo há pouco tempo, aprovei-
tou todas as dicas. “São informações
essenciais, pois estou começando
agora. A gente aprende e já coloca
em prática. As orientações sobre co-
lheita, secagem e estocamento do café
contribuem bastante, principalmente
para quem é novo na cafeicultura”,
comenta.
Para o presidente da Câmara
Setorial de Café e diretor executivo
da Associação Brasileira da Indústria
de Café (ABIC), Nathan Herszkowicz,
o importante é o cafeicultor oferecer
boa qualidade para alcançar melhores
preços. “Temos condições de produ-
zir um café bom para o Brasil e para
o exterior. Muitos dos nossos cafés
são iguais aos melhores do mundo. O
consumidor quer um café melhor e
existe mercado para café de qualidade
no Brasil”, afirma.
Ele ainda destaca o Programa
Encontro de cafeicultores
“CAFé COLHEITA COM QUALIDADE”Encontro de cafeicultores discute melhor qualidade do café e inicia as comemorações do cinquentenário da Coopemar
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23G i r o Ru r a l 23G i r o Ru r a l
por reGiane ferreirafotos: paulo cansini /
aDilson Montorini
“Consumidor quer um café melhor e existe mercado para café de qualidade no Brasil”, afirma diretor executivo da ABIC.
de Qualidade do Café, da ABIC, que
identifica três qualidades de café: o
Tradicional (qualidade menor), Supe-
rior (intermediário) e Gourmet (alta
qualidade), com o objetivo de agregar
valor e ampliar o consumo a partir da
melhoria contínua dos cafés. É o único
programa que se tem conhecimento
no mundo que avalia a qualidade do
café torrado e moído (as demais certi-
ficações avaliam o café verde, apenas).
“Assim a ABIC consegue moni-
torar a qualidade do café que está
sendo vendido no Brasil. As marcas
são certificadas e depois fiscalizadas
regularmente”, explica Herszkowicz.
O que determina a categoria é
a nota final, numa escala de 0 a 10,
obtida pelo produto: para Cafés Tra-
dicionais, nota igual ou superior a
4,5; Cafés Superiores, nota igual ou
superior a 6,0 pontos e até 7,3; e Cafés
Gourmets nota igual ou superior e 7,3
até 10. Segundo Herszkowicz, “das
430 marcas certificadas no País, 110
são Gourmets”.
Depois do almoço de confrater-
nização, os participantes visitaram os
stands e receberam informações de
produtos e maquinários agrícolas. Ao
fim do dia, o presidente da Coopemar,
François Regis Guillaumon, comemo-
rou o sucesso do encontro. “No ano em
que vamos celebrar o nosso jubileu
esperávamos ver a casa cheia e foi
o que aconteceu. Até, porque, é um
momento bom para a cafeicultura e
devemos aproveitar essa boa época,
pois o café ajuda os outros setores a
superarem as dificuldades. Isso é o
cooperativismo”, diz.
A campanha será encerrada em
setembro ou outubro com a realização
do 11º Concurso Café Colheita com
Qualidade, que elege os melhores
cafés da região, aberto para todos os
cafeicultores, mesmo que não sejam
cooperados. “Momento em que, além
de tudo, comemoraremos os 50 anos
da cooperativa e a vitória da agri-
cultura da nossa região. Esperamos
melhorar ainda mais a qualidade do
café para competirmos com cafeicul-
tores de todo o Estado de São Paulo”,
finaliza Guillaumon.
Para reforçar a união dos agriculto-
res da região, o cafeicultor mariliense
Lúcio de Oliveira Lima Júnior deixa o
seu recado. “Acredito que toda reunião
de pessoas com o mesmo propósito,
ou seja, na atividade agrícola e no
incentivo ao cooperativismo, é muito
importante nos dias de hoje. Pela
simples razão: toda união tem força”.
Coopemar 50 anos - Nathan Herszkowicz e François Guillaumon: Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo e Câmara Setorial de Café de São Paulo homenageiam a Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Marília.
Tarde de Campo
As esposas dos cooperados participaram de programação especial com palestras e bingo.
Qualidade do café: Cerca de 300 pessoas receberam informações e esclareceram dúvidas sobre o cultivo do produto.
Tarde de Campo: Almoço e visita aos stands, com demonstração de máquinas e produtos.
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Grpor KÁtia vanzini
Evento
F inal do rodeio, show de fogos e
cavalgada marcaram o último
dia da maior feira de portões
abertos do país.
O recorde de público para o
último dia de feira já era esperado e
os fãs não decepcionaram. Mais de
cem mil pessoas lotaram o Recinto
Olavo Ferreira de Sá no domingo, 12,
para o último show da programação
da 45ª Fapi – Feira Agropecuária e
Industrial de Ourinhos, realizada de
02 a 12 de junho.
O último dia de feira foi iniciado
pela tradicional cavalgada, conside-
rada uma das mais bonitas e bem
organizadas de toda a história do
evento, na qual comitivas, cavaleiros e
amazonas percorreram as principais
ruas de Ourinhos rumo ao Recinto
Olavo Ferreira de Sá, reunindo mais
de duas mil pessoas.
Durante todo o dia, as pistas de
julgamento de animais receberam as
últimas provas e a arena do rodeio, as
eliminatórias dos três tambores.
O Recinto Olavo Ferreira de Sá
registrou o maior movimento de públi-
co durante todo o dia de sua história,
num desfecho ideal para um evento
que é considerado a Festa da Família.
Milhares de crianças, pais, pessoas
de diversas idades aproveitaram da
estrutura oferecida pelo recinto, lo-
tando pavilhões, estantes, pistas de
julgamento e o Yupie Park.
O Bloco do R, de Itu, animou o
público no meio da tarde, atendendo
um convite especial do presidente da
feira, Eduardo Luiz Bicudo Ferraro, o
Brigadeiro, que foi integrante do bloco
quando morava na cidade de Itu.
Outra atração que chamou a aten-
ção foi a apresentação da Escola de
Volteio, da Polícia Militar, realizada
horas antes da grande final do rodeio,
considerada uma das mais disputadas
da história da feira.
Rodeio - Para chegar ao grande
vencedor do rodeio da 45ª Fapi, o
público presente na arena do rodeio
pôde assistir duas etapas. Na primeira,
foram selecionados cinco melhores
tempos entre dez competidores.
Depois, na grande final, os cinco me-
lhores disputaram o ford ká zero qui-
lômetro, sagrando-se campeão, com a
totalidade de 425.50 pontos marcados,
Elton José de Souza, de Pompéia.
O cantor Luan Santana já estava no
camarim, preparando-se para o show
e atendendo a imprensa local, quando
o grande show de fogos iluminou o céu
de Ourinhos, para o deleite das mais
de cem mil pessoas que aguardavam
o cantor para o grande show da noite
e um dos mais esperados da progra-
mação da 45ª Fapi.
“Ourinhos vai ficar para sempre
em nosso coração, afinal, foi aqui que
tivemos nosso primeiro recorde de
público, no ano passado. Este ano, já
ficamos sabendo que batemos o re-
corde de público do último dia de feira
e é com alegria que também fazemos
parte da história deste grande evento”,
comemorou o cantor.
O presidente da feira, Eduardo Luiz
Bicudo Ferraro, o Brigadeiro, agrade-
ceu o público presente, patrocinadores
e apoiadores por mais um ano de
grande sucesso. “Todos os anos, assu-
mimos o desafio de superar a edição
anterior e estamos conseguindo esse
grande êxito. Agradecemos os patroci-
nadores, apoiadores e colaboradores,
e, principalmente o público, que mais
uma vez deu exemplo de respeito e
de que realmente a Fapi é a festa da
família”, destacou o presidente.
feira aGropecuÁria e inDustrial De ourinhos45a fa
pi
Luan Santana encerra programação da 45ª FAPI
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GrNome da seçãononononono nonono nonononononononononononono nonono nononono
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a n Ú n c i o( 1 / 4 ) p Á G i n a
A presidenta Dilma Rousseff
afirmou no f inal do mês
de junho, que a agricultura
brasileira é uma potência ambiental.
“Temos produzido alimentos com a
menor redução de florestas no mun-
do”, disse a presidenta, que anunciou
em Ribeirão Preto o Plano Agrícola e
Pecuário para a safra 2011/2012.
Dilma Rousseff mencionou como
exemplo de produção sustentável o
programa brasileiro do etanol, que
produz energia renovável por meio
da cana-de-açúcar. “O etanol – um
combustível renovável - depende da
agricultura”, lembrou. A presidenta
também falou da importância do Pro-
grama Agricultura de Baixo Carbono
(ABC) para o cumprimento das metas
assumidas durante a conferência de
Copenhagen (COP15). O ABC incen-
tiva o uso de práticas que reduzem
a emissão de gases de efeito estufa
gerados pela atividade agropecuária,
um dos compromissos voluntários
estabelecidos pelo governo brasileiro
na conferência.
“O programa visa também a asse-
gurar a competitividade da agricultura
brasileira no mercado internacional ao
oferecer um alimento produzido de
forma sustentável. Tem juros de 5,5%
ao ano que incentivam o produtor a
contratar o crédito”, enfatizou Dilma
Rousseff.
Ela também reforçou o papel do
Brasil como grande fornecedor de
alimentos em longo prazo. Para a presi-
denta, com o aumento da renda da po-
pulação e o consequente crescimento
da demanda por alimentos, a função
do Brasil como importante produtor
agropecuário ficará mais evidente.
“Também é fundamental que consi-
gamos abastecer o mercado interno
crescente com alimentos de qualidade
a preços acessíveis”, completou.
As melhores condições de finan-
ciamento estipuladas no novo Plano
Agrícola e Pecuário foram também
lembradas pela presidenta. Segundo
ela, o governo tem a estratégia de dar
as condições adequadas para que o
Brasil possa competir com qualquer
país no mundo. Por isso, 80% dos R$
107,2 bilhões destinados à agricultura
comercial estão disponíveis a juros
fixos de até 6,75% ao ano. “Temos as
armas para competir lá fora e aqui
dentro”, disse.
A presidenta finalizou falando do
papel social da agricultura. “A ativi-
dade agrícola também pode ser uma
potência social porque o alimento é
essencial para que a nossa população
tenha condições de sair da desigual-
dade e para nos orgulharmos da situ-
ação social do país”, concluiu.
Texto cedido por Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento.
Sustentabilidade
AGRICULTURA BRASILEIRA é SUSTENTÁVEL,Diz presiDente DilMa
Para a presidenta, a atividade no Brasil tem produzido alimentos com a menor reduçãode florestas no mundo
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2 0 a n o s d e t r a d i ç ã o
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Sobreviver com o dinheiro da agropecuária não é tarefa fácil, conversando com diversos produtores, constatamos esse fato. Todos reclamam das taxas abusivas de impostos, da dependência de uma estabilidade climática, que vem se tornando cada vez mais imprevisível, devido aos fenômenos naturais originados pelo uso e abuso irresponsável do ser humano na natureza. Portanto, o simples fato de uma família conseguir se manter exclusivamente com a renda adquirida do campo é algo nem tão simples assim, que se tornou até mesmo especial nos dias de hoje, merecendo destaque em nossa revista. Por isso, trouxemos para os leitores a história da família Oliveira, que apesar dos apuros e apertos, não desistiu de investir em gado leiteiro e, com isso, tem conseguido se reerguer crise após crise.
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28 G i r o Ru r a l
a n Ú n c i o( 1 / 4 ) p Á G i n a
GrovÍDio De oliveira
T udo teve início quando o pai
do Sr. Ovídio de Oliveira se
instalou na região de Marília,
em 1927, de lá para cá a família se de-
dica exclusivamente à agropecuária.
Com altos e baixos, já investiram na
cultura de diversos produtos, como
melancia, amendoim e milho, sempre
paralelamente à produção de leite,
atividade que nunca abriram mão,
desde que iniciaram, há mais de
cinquenta anos.
Na propriedade trabalham Sr.
Ovídio, seus dois filhos, Sidney e
Wander e mais um funcionário.
Atualmente possuem 65 vacas na
ordenha e tiram uma média de 400 a
500 litros de leite por dia, destinados
ao laticínio Gege, de Oscar Bressane.
No entanto, consideram a quantidade
produzida insuficiente para uma boa
margem de lucro. Pretendem atingir
1000 litros em até um ano, e acreditam
que com essa produção conseguirão
tornar a renda da família satisfatória.
Para atingirem o objetivo desejado,
adquiram no último mês mais sessenta
novilhas de girolando, gado que consi-
deram o melhor para a atividade, pois
apesar de produzir menos do que o
holandês é mais resistente e mais fácil
nos cuidados, já que se alimentam
quase que exclusivamente de forra-
geiras, precisando de complementa-
ção como ração e silagem de milho
ou sorgo apenas na época da seca.
hÁ trez Gerações na aGropecuÁriaFAMíLIA OLIVEIRA,
Gente da terra
Sr. Ovídio de Oliveira e seus dois filhos, Wander e Sidney, família proprietária do Sítio Santa Cecília
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Nesses mais de cinquenta anos
dedicados ao gado leiteiro, viram
mudanças significativas acontece-
rem. Ainda lembram-se dos tempos
sem a ordenha, em que o leite era
tirado manualmente e sem os cui-
dados necessários com a higiene.
Contam que regras de higienização
vêm ganhando espaço e rigidez en-
tre os produtores, e que os cuidados
com a qualidade do produto final
se inicia com ela, antes mesmo da
mangueira ser colocada nas tetas
da vaca. Pois tornou-se necessário
lavá-las e secá-las para dar início ao
procedimento de retirada do leite.
Paralelamente a atividade lei-
teira, o cultivo do amendoim tinha
se tornado muito lucrativo para a
família, até que, com a transição dos
governos FHC para o governo Lula,
o valor da saca do fruto despencou
para menos da metade do valor que
estavam acostumados a receber.
Com isso, as dívidas dos maquiná-
rios adquiridos para o investimento
na produção se acumularam, e a
família precisou se desfazer das
máquinas e de um terreno de sua
propriedade. Mesmo após enfren-
tarem essa difícil crise, não desis-
tiram do agronegócio, se uniram
e investiram na atividade da qual
nunca abriram mão, e conseguiram
provar a eles mesmos e aos outros,
que a melhor maneira de se ganhar
uma guerra é não desistir de uma
batalha, por mais difícil que ela
possa parecer.
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cafeeiro
Comandante João Ribeiro de Barros, km 443, nº 2205 - Fone: (14) 3401 0333
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e consumo de apenas 2,5 a 3,0 litros / hora.
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Julh
o/ag
osto
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011
30 G i r o Ru r a l
Gr
O Centro Oeste Paulista tem
se tornado cada vez mais
um núcleo importante para
a criação de Quarto de Milha. Diver-
sos criadores e apaixonados pela raça
encontram-se na região, um deles é
João Maciel, proprietário do haras Pa-
raíso, na cidade de Pompeia. Ele abriu
as porteiras de sua propriedade e de
sua vida revelando antigos desejos e
projetos para o futuro.
Há seis anos, João conseguiu trans-
formar em realidade um sonho de in-
fância que se fazia presente não só na
imaginação, mas que constantemente
era passado para o papel em dese-
nhos e esboços, o seu haras. “Lembro
que na escola eu fazia desenhos no
caderno de como eu faria minhas
cocheiras e os piquetes”, comenta.
Sua paixão por cavalos vem desde a
infância, graças ao interesse de seu
pai, Aristides Garcia, pelo animal.
Pai orgulhoso, sente-se privilegia-
do em ter passado aos filhos sua pai-
xão, pois para ele a criação foi um fator
importantíssimo que colaborou muito
com a transmissão de valores impres-
cindíveis para a educação, como res-
ponsabilidade, confiança e lealdade.
“Eu sempre digo aos meus amigos,
que uma coisa que eu não me arre-
pendo foi de ter direcionado a vida dos
meus filhos para o cavalo. Acredito que
tenha sido um fator preponderante na
educação deles, porque eu percebo
que o cavalo trouxe responsabilidade
para os dois”, afirma. “Cavalo não é
um brinquedo que seu filho acaba
de brincar e deixa jogado na sala ou
em qualquer lugar. Ele precisa de
cuidados, ou seja, quando acaba o
treinamento não pode simplesmente
soltá-lo no pasto, é preciso dar um
banho, verificar se há algum ferimento
ou torção, alimentá-lo para só depois
levá-lo à baia destinada, piquete ou
pasto onde ele vai ficar”, conclui.
Mesmo com pouca idade, seu filho
mais velho, Leonardo, já apresenta
estar maduro e seguro do que deseja
para sua vida. Aos 15 anos, o jovem
participa de competições, e após
chegar da escola dedica todas as suas
tardes ao haras, cuidando dos animais
e aplicando aulas de equitação.
A rotina do haras não é tarefa fá-
cil, o local conta com cerca de vinte
animais, e os cuidados com cada um
deles demanda tempo e disposição. É
preciso de uma equipe de profissio-
nais preparados para se fazer um bom
trabalho. Esta é composta por um trei-
nador, tratador, ferrador, competidores
e assistência de dois veterinários, Dr.
Fernando Costa e Dr. Lucas Comino,
que dão suporte na reprodução e
acompanhamento geral dos animais.
Os treinamentos estão a cargo do
Giro equestre
O sucesso do trabalho em família.
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Wladimir Lesia, com a colaboração
de Leonardo Garcia.
Além disso, o retorno do inves-
timento na criação dos animais é
de pelo menos cinco anos, segundo
João. “O investimento no cavalo é
de longo prazo. Após realizar todo o
planejamento para uma gestação, o
novo animal nascerá somente após 11
meses,ou seja, já terá se passado um
ano para conferir o resultado daquele
tão desejado cruzamento. Depois do
nascimento do animal será preciso
mais ou menos dois anos e meio para
iniciar os treinamentos. Após esse pe-
ríodo ainda levará cerca de um ano e
meio para ele se tornar um craque ou
um campeão de tambor ou de outra
modalidade do quarto de milha, claro
que existem algumas exceções, mas
no geral é isso. Então desde a idealiza-
ção de um animal até fazer com que
aquilo se torne realidade em termos
de nascimento e competição, leva-se
no mínimo cinco anos.
Com os sonhos praticamente
realizados, João ainda tem algumas
metas para concretizar. Deseja possuir
uma criação de excelência, ou seja,
os melhores animais da raça. Para
atingi-la, procura comprar os animais
levando em consideração mais do que
a beleza, o pedigree. Busca mais do
que a classificação do próprio animal,
sempre aqueles com os melhores
progenitores.
Da esquerda para a direita, Leonardo Garcia, sua irmã Laura eseus pais Márcia e João Maciel
Gr
32 G i r o Ru r a l
O veterinário Jayme de Tole-
do Piza, atento a procedi-
mentos promissores que
auxiliem a criação e cuidados com os
animais, fez um alerta para uma nova
técnica da Universidade Federal de
Viçosa, publicada recentemente no
jornal Folha de São Paulo e que está
em estado avançado de testes, aguar-
dando apenas registro no Ministério da
Agricultura. Esta consiste em utilizar
o poder natural que alguns tipos de
fungos possuem para combater ver-
mes e é realizada adicionando uma
espécie de pó concentrado do fungo
à ração do gado.
Embora letais para os ovos e larvas
dos vermes, esses fungos são inofen-
sivos aos animais e às plantas, assim
como aos seres humanos que vierem
a consumir a carne e o leite desses
rebanhos.
Com o avanço dessa inovação,
possivelmente haverá diminuição de
gastos com vermífugos para aplicação
no rebanho. Não que o medicamento
deixará de ser utilizado, mas proje-
ções apontam que ao utilizá-lo em
combinação com o pó concentrado
do fungo na alimentação dos animais,
futuramente sua necessidade cairá
significativamente. Já que as fezes
possuirão esse antídoto natural, e em
contato com o ambiente este se espa-
lhará, exterminando ovos e larvas e di-
minuindo, assim, possíveis infestações.
veterinÁrio JayMe De toleDo piza
Controle biológico
ESTERCO COM FUNGOSauxiliaM o coMbate De verMes
http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/922274-tecnica-de-esterco-com-fungos-combate-parasitas-em-animais.shtml
Entenda melhor o funcionamento da técnica:
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ural
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Pompéia - SP
GrJu
lho/
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1
34 G i r o Ru r a l
O estilo de vida dos países
industrializados, sejam
eles desenvolvidos ou em
desenvolvimento, agrediu a natureza
de diversas formas. Tanto na emissão
de gases poluentes, decorrentes do
funcionamento das indústrias, dos
motores dos automóveis, da produção
de gado em larga escala, entre outras
coisas, quanto no desmatamento de
florestas e áreas nativas para a planta-
ção de produtos rentáveis, criação de
pastos, ocupação urbana, ou seja, para
a realização de diferentes atividades.
Nos últimos anos a natureza tem apre-
sentado, de maneiras não muito agradá-
veis, as consequências do descaso do
ser humano. Com fenômenos ambientais
que devastam milhares de vidas, e vêm
aumentando de frequencia ultimamente,
tornou-se consenso mundial a necessi-
dade de mudanças em algumas práticas
como, industriais, urbanas e agrícolas.
No que diz respeito a mudanças de
postura no campo, é perceptível que o
reflorestamento vem ganhando desta-
que entre as atitudes mais praticadas.
Isso porque a exploração sustentável
de lenha, celulose e madeira é um ne-
gócio promissor, já que tem mercado
garantido.
Muitas ONGs, cooperativas e
municípios desenvolvem programas
e beneficiam agricultores e pecua-
ristas que apresentam a iniciativa do
reflorestamento. É o que acontece em
Marília e região. A prefeitura da cidade
disponibiliza mudas de eucalipto a
custo simbólico, assim como presta
gratuitamente a assistência de técnicos
para produtores que desejam iniciar
a atividade. A Coopemar também
realiza um serviço semelhante a seus
cooperados, o que torna possível a
prática não somente no município, mas
em municípios vizinhos.
Pelo que se tem visto, o refloresta-
mento está em grande crescimento na
região, o que é muito interessante, não
só para a economia local, como para a
saúde das pessoas e do planeta.
uM neGÓcio proMissor
Meio Ambiente
REFLORESTAMENTO, uMa boa alternativa aMbiental e financeira
São Paulo é o maior estado consumidor de produtos
florestais do Brasil e, além disso, provavelmente
haverá, em breve, o incentivo e investimento de
países do Hemisfério Norte, para atividades que
tenham como fins o sequestro de carbono.
A aceitação de madeira de eucalipto tratada na
construção civil está cada vez mais alta nas apli-
cações em residências de médio e alto padrão,
como também em construções de hotéis, resorts, restau-
rantes, bares, quiosques de praia, decorações de jardins,
portões e muitos outros. O aumento do interesse ocorre
pela qualidade e durabilidade desta madeira, podendo
ser encontrada serrada, benefi ciada e tratada como
pranchas, vigas, caibros, ripas e decks. Além da constru-
ção civil, a madeira tratada também tem seu espaço em
redes elétricas, na utilização de postes, e ainda, em subs-
tituição de cruzetas de madeira nativa e de concreto.
Toda a matéria-prima vem de refl orestamentos, sem
explorar as fl orestas tropicais e gerando economia para
os produtores rurais que já encontraram no eu-
calipto uma cultura altamente rentável e de
baixa manutenção, podendo ser cultivado
nos mais diversos solos e terrenos.
Hoje, é possível encontrar madei-
ra tratada de qualidade em todo do
país, o que a torna um produto com
um custo muito inferior à madeira de origem nativa
considerando a distância em que é encontrada.
Portanto, para um ótimo resultado na
execução dos mais variados projetos,
contribuir com a preservação do
meio ambiente, gerar incremento
da economia local e ainda econo-
mizar dinheiro, a melhor opção
é ultilizar madeira de
eucalipto tra-
tada.
GrJu
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36 G i r o Ru r a l
Produção de biocombustível mais viável na atualidade é liderada pelo Brasil
N a intensa busca por soluções
de combustíveis renováveis
e que agridam o menos pos-
sível o meio ambiente, o Brasil possui
uma importância significativa, já que
é o maior produtor da cana de açúcar
e, consequentemente um dos maiores
produtores do etanol, combustível que
mais se destaca do ponto de vista am-
biental e econômico. Pois além de ser
uma fonte renovável, ainda apresenta
baixas emissões de gás carbônico em
relação aos combustíveis fósseis.
O Brasil dificilmente perderá a
liderança para algum outro país nes-
se campo, pelo menos a curto prazo.
O país tem realizado com excelên-
cia a produção em larga escala de
combustíveis renováveis, favorecido
pelas condições climáticas, extensão
territorial, relevo e reservas de água. A
produtividade é, sem dúvida, a maior
do mundo. Pois, nos Estados Unidos,
maior produtor mundial de etanol
atualmente, cada hectare da cultura
gera menos da metade de litros do
que a mesma quantidade de terra no
Brasil, onde são produzidos 6800 litros
de álcool, ante os 3200 litros norte
americanos. Esse fator pode estar re-
lacionado com o fato do etanol ameri-
cano ser produto do milho, enquanto o
nacional é extraído da cana. Outro fator
que conta a favor do Brasil é o preço
da produção, o litro custa cerca de 20
centavos de dólar, ante 47 centavos do
álcool de milho americano.
Numa época em que o mundo vem
assistindo e sofrendo as consequên-
cias das ações irresponsáveis do ser
humano sobre a natureza, os países
passaram a buscar algumas formas de
amenizar e diminuir o crescimento de-
senfreado de agentes causadores dos
problemas. Com isso quem apresenta
boas alternativas tende a conquistar
espaço mundialmente. O Brasil é sem
dúvidas um dos países que continuará
a ter destaque enquanto produtor de
combustível renovável. Só resta fazer
com responsabilidade, sem compro-
meter a produção de outros alimentos
ou promovendo o desmatamento ile-
gal, pois de nada adianta procurar so-
lucionar um problema gerando novos.
Para continuar apresentando essa
relevância, é preciso superar alguns
entraves que dificultam, e muito, o
maior crescimento e desenvolvimento
no mercado,como por exemplo o meio
de transporte pelo qual o etanol é dis-
tribuído, atualmente é realizado quase
que exclusivamente por caminhões, o
que encarece o valor final. A construção
de dutos, o investimento em ferrovias
e hidrovias, assim como portos me-
lhores equipados, se tornam medidas
necessárias para não frear ou limitar as
possibilidades do Brasil no setor.
Com a expectativa de um futuro
promissor do país no ramo do bio-
combustível, o estado de São Paulo só
tem a ganhar, já que é responsável por
pouco menos de 60% de toda a pro-
dução nacional. Mais um dos diversos
produtos importantes para a economia
do Brasil que o estado paulista lidera.
xxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxx
Etanol
UMA GRANDERIQUEZA NACIONAL
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GrNome da seçãononononono nonono nonononononononononononono nonono nononono
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Humor
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(14) 3422-1858AV. BRASIL, 268 – CENTRO
MARÍLIA – SP
Disponíveis em: <http://www.agricoma.com.br/agricoma/humor/humor.htm>
Conversa de pescador
Três caipiras conversam anima-damente sobre as suas façanhas de pescador:
— Outro dia pesquei uma traíra de quase um metro, diz um deles.
O segundo não desanima e re-truca:
— Ainda não faz quinze dias pes-quei um dourado de metro e meio...
Nisso, o terceiro estica o braço como se estivesse indicando uns trinta centímetros:
— Ah, mas o pacu que eu pesquei era mais ou menos assim...
— E qual é a novidade num pacu desse tamanhico,” cumpadi”? - riem os outros dois caipiras.
E ele decidido: — Essa era a distância entre os
zóios do bicho...
www.aGrolivros.coM.br
Giro Literário
ALIMENTAçÃO DE BOVINOS DE CORTENA ESTAçÃO SECA
editora: lKano: 2006edição: 1isbn: 85-87890-49-2páginas: 72acabamento: brochuraformato: Médio
Nos últimos anos, a bovinocultura de corte tem passado por profundas mudanças em nosso país, sendo necessária a aplicação de tecnologias adequadas a cada situação. Para alcançar este objetivo, novos conhecimentos estão sendo utilizados a fim de melhorar a produção. No Brasil, o sistema de produção de bovinos de corte mais utilizado é o de pastagens, devido às condições climáticas típicas de regiões tropicais, com duas estações bem definidas: uma chuvosa e outra seca. Em conseqüência disso, o produtor deve dar ao seu rebanho uma correta alimentação, visto que ela interfere diretamente nos processos produtivo e reprodutivo dos bovinos.O presente trabalho vai orientar os leitores sobre os principais procedimentos para a alimentação de bovinos de corte no período da seca, desde o conhecimento das fases de criação de bovinos de corte e os fatores determinantes da sua produção até as alternativas para a alimentação no período da seca.Os procedimentos são apresentados em fotografias, acompanhadas por textos curtos e objetivos, e inserções de atenções - que visam à produtividade e à obtenção de um produto de qualidade - e de precauções, que são recomendações para a execução das operações sem o mínimo de risco para o operador e para terceiros.
MARKETING AMBIENTAL:éTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E COMPETITIVIDADE NOS NEGóCIOS
editora: atlasano: 2008edição: 1isbn: 978-85-224-4676-6páginas: 200acabamento: brochuraformato: Médio
Atualmente, os problemas ambientais globais (o efeito estufa, o aumento do buraco na camada de ozônio, a perda da biodiversidade, a ameaça de escassez de energia e da água) contribuem para que diferentes atores sociais percebam a extensão da crise ecológica na qual estamos inseridos. Seus sinais mais evidentes para o público são: o aquecimento global, as mudanças climáticas, a intensificação da extinção de espécies, o aumento da poluição do ar, do solo e das águas e a destruição das florestas. Muito da intensificação da pressão sobre o meio ambiente tem suas raízes no aumento substancial do consumo nos últimos 200 anos, e a perspectiva a curto e médio prazo é o seu crescimento contínuo, devido a que muitos países em desenvolvimento (como a China, índia, Rússia etc.) adotaram o modelo seguido pelos países mais ricos.A alternativa é uma profunda mudança em toda a sociedade: nos valores sociais, nos padrões de consumo, na adoção de tecnologias verdes, implantação da gestão ambiental em todo processo produtivo etc. Essa perspectiva envolve um papel mais ativo do marketing, de modo que contribua para as mudanças de comportamento e procure satisfazer as necessidades, em termos mais sustentáveis, levando em consideração os aspectos ecológicos.
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