Download - 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

Transcript
Page 1: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

TRANSISTOR

1. INTRODUÇÃO

O transistor, desenvolvido em 1948 por SCOCKLEY BARDEEN e BRATTAIN, foi o responsável direto pelo atual desenvolvimento da Eletrônica e da Informática. Ainda que nos dias de hoje, sua aplicação como componente isolado seja um tanto restrita, este componente é utilizado em larga escala na construção de circuitos integrados.

Apenas como exemplo, citamos que um circuito integrado LSI (large scale of integration) utiliza algumas dezenas de milhares de transistores.

Page 2: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

2. ESTRUTURAS DO TRANSISTOR

É possível construir dois tipos de transistores que são formados por combinações diferentes de materiais semicondutores. Os materiais tipo P e tipo N são montados alternadamente em três camadas, resultando em transistor tipo NPN ou PNP.

O transistor possui três terminais chamados de emissor, base e coletor:

E emissor B base C coletor

Page 3: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

A estrutura dos transistores representados a seguir é apenas funcional e não real. As simbologias usuais para os transistores tipo NPN e PNP são as seguintes:

Page 4: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

3. FUNCIONAMENTO DO TRANSISTOR

De forma sucinta, podemos explicar o funcionamento do transistor da seguinte forma:

a) se a tensão entre a base e o emissor (VBE) for insuficiente para vencer a barreira de potencial da junção PN da base/emissor (menor que 0,7V), não há corrente circulando pelo transistor;

I = 0B

I = 0E

I = 0C

R C

R B

N

P

N

C

C

E E

BB

V CC

V BB

Page 5: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

b) ligando apenas a fonte de polarização de coletor (VCC), entre o coletor e emissor haverá uma junção inversamente polarizada;

N

I = 0B

I = 0E

I = 0C

R C

R B

P

N

C

C

E E

BB

V CC

V BB

Page 6: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

c) com a corrente entre base e emissor, a base fica carregada de elétrons, sendo, então atraídos pelo potencial positivo da fonte Vcc, ligado no terminal coletor do transistor;

N

I > 0B

I = E I + IB C

I > 0C

R C

R B

P

N

C

E

B

V CC

V BB

Page 7: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

d) aumentando a corrente na base (IB), mais elétrons estarão presentes na base, e, consequentemente, aumentará também a corrente no coletor (IC);

e) no transistor, uma pequena corrente na base provoca uma corrente de 10 a 1.000 vezes maior no coletor.

I m aio rE

N

I m aiorB

I m aio rC

R C

R B

P

N

C

E

B

V CC

V BB

Page 8: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

4. CURVAS CARACTERÍSTICAS

As curvas características estabelecem as relações de entrada e saída do transistor. O circuito utilizado para o levantamento das curvas características pode ser o seguinte:

Vbb - fonte de polarização da baseVcc - fonte de polarização de coletorRB - resistor de polarização de baseRC - resistor de polarização de coletorVCE - tensão de coletor-emissor

VBE - tensão entre base-emissorVCB - tensão entre coletor-baseIB - corrente de baseIC - corrente de coletorIE - corrente de emissor

Page 9: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

4.1 - CURVA CARACTERÍSTICA DE ENTRADA

Note que a curva característica de entrada é semelhante à de um diodo, porque entre a base e o emissor existe uma junção PN que está diretamente polarizada.

Page 10: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

4.2 - CURVA CARACTERÍSTICA DE SAÍDA

Page 11: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

CURVA CARACTERÍSTICA DE SAÍDA

I (m A)C

V CE (V )

100

200

300

400

5 10 15 20 25 30

I = 3m AB

I = 2m AB

I = 1m AB

I = 0m AB

Page 12: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

a) a região de corte ocorre quando a corrente de base (IB) é igual a zero. Isto faz com que o transistor não conduza corrente, nesta situação diremos que o transistor está cortado.

I (m A)C

V CE (V )

100

200

300

400

I = 1mAB

I = 0mAB

I = 2mAB

I = 3mAB

5 10 15 20 25 30

R EG I ÃOD E CO RTE

Page 13: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

b) a região de saturação é onde a tensão VCE é muito pequena. Neste ponto o transistor atua como uma chave fechada

I (m A)C

V CE (V )

100

200

300

400

I = 1mAB

I = 0mAB

I = 2mAB

I = 3mAB

5 10 15 20 25 30

R EG I ÃOD E CO RTE

R EG I ÃO D ES ATUR AÇÃ O

Page 14: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

c) a região compreendida entre a região de corte e de saturação é denominada de região ativa ou região linear. É a região onde o transistor é utilizado como amplificador de sinais.

I (m A)C

V CE (V )

100

200

300

400

I = 1mAB

I = 0mAB

I = 2mAB

I = 3mAB

5 10 15 20 25 30

R EG I ÃOAT I VA

R EG I ÃOD E CO RTE

R EG I ÃO D ES ATUR AÇÃ O

Page 15: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

d) note que quando a corrente de base é igual a 2mA, a corrente de coletor é igual a 200mA, isto é, 100 vezes maior. Isto sugere que o transistor é um amplificador de corrente. A relação entre a corrente de coletor e a corrente de base é denominada de coeficiente de amplificação do transistor ( ou hfe):

= IC IB

Se 100 , podemos

considerar que : IE = IC

I (m A)C

V CE (V )

100

200

300

400

I = 1mAB

I = 0mAB

I = 2mAB

I = 3mAB

5 10 15 20 25 30

R EG I ÃOAT I VA

R EG I ÃOD E CO RTE

R EG I ÃO D ES ATUR AÇÃ O

Page 16: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

5. TRANSISTOR COMO CHAVE

Este circuito é muito utilizado em acionamentos de cargas (lâmpadas, motores elétricos, relés etc.). É a forma mais simples de utilização de um transistor consistindo em operar em corte ou saturação, semelhantemente a uma chave elétrica abrindo ou fechando. A vantagem deste tipo de circuito é que com uma pequena corrente, acionamos uma carga de grande potência.

Page 17: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

Efetuando uma análise do circuito, temos:

a) o funcionamento do circuito de entrada é representado pela equação:

Vent. = VRB + VBE

b) o funcionamento do circuito de saída obedece a equação: VCE = VCC - VRL

Page 18: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

Caso a carga seja indutiva (bobina de relé, por exemplo) no momento do acionamento ocorre uma oscilação na tensão da bobina, gerando tensões com picos positivos e negativos. O pico negativo gerado que pode danificar o transistor é eliminado com a instalação de um diodo que “curto circuita” este pico negativo de tensão:

Page 19: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

Exemplo - O circuito da figura a seguir mostra um transistor sendo utilizado para o acionamento de um motor de corrente contínua (M). Quando Ventr = 0, o motor estará desligado e para Vent. = 5V o motor estará ligado. Sabendo-se que o transistor possui =100, VBE = 0,7V e que o motor opera com 48V e 2A, pede-se calcular o valor de RB:

a) se Vent. = 0V, o transistor estará cortado e o LED apagado;b) se Vent. = 5V, o transistor estará saturado e o LED aceso. O

dimensionamento do circuito será efetuado nesta situação

I E

I B

I C

Ventr = 5V

V RL

VBE

VCE

VRB

V cc = 48VR B

D M

Page 20: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

I E

I B

I C

Ventr = 5V

V RL

VBE

VCE

VRB

V cc = 48VR B

D M

2º) cálculo de RB :

VCC = 48V Vmotor = 48V VCEsat = 0V Imotor = IC = 2A = 100 VBE = 0,7V

Page 21: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

I E

I B

I C

Ventr = 5V

V RL

VBE

VCE

VRB

V cc = 48VR B

D M

- Cálculo da corrente de base (IB):

B

CII

0,02A 100

2

I I C

B

Page 22: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

I E

I B

I C

Ventr = 5V

V RL

VBE

VCE

VRB

V cc = 48VR B

D M

- Cálculo da tensão VRB:

Ventr = VRB + VBE

5 = VRB + 0,7 VRB = 5 - 0,7 VRB = 4,3V

Page 23: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

I E

I B

I C

Ventr = 5V

V RL

VBE

VCE

VRB

V cc = 48VR B

D M

- Cálculo de RB:

RB = 215

215 0,024,3

I

V R

B

RBB

Page 24: 5 Eletrôn1_transistores 2014 (1)

FIM DA APRESENTAÇÃO