1. 1_7 Pgina 1 Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Oriental > Introduo ANTIGIDADE ORIENTAL As mais
antigas civilizaes da histria surgiram na Antigidade Oriental entre
os anos 4.000 a.C. e 2.000 a.C. Foram as chamadas civilizaes
hidrulicas. As Principais civilizaes da Antigidade Oriental foram:
egpcios (Vale do Nilo)q mesopotmicos (Vale do Tigre e Eufrates)q
hebreus (Vale do Jordo) fencios (Lbano atual)q persas (Planalto do
Ir)q hindus (Plancie Indo-gangtica)q chineses (Vales do Tang-tse e
Huang Ho).q Estas civilizaes apresentaram caractersticas comuns
como a escrita, a arquitetura monumental, a agricultura extensiva,
a domesticao de animais, a metalurgia, a escultura, a pintura em
cermica, a diviso da sociedade em classes e a religio organizada
(estruturada com sacerdotes, lugares para reverenciar os deuses e
assim por diante). A inveno da escrita permitiu ao homem registrar
e difundir idias, descobertas e acontecimentos que ocorriam ao seu
redor. Esse avano responsvel por grandes progressos cientficos e
tecnolgicos que possibilitaram o surgimento de civilizaes mais
complexas. Exemplos de tipo de escrita: Sumria - cuneiforme (gravao
de figuras com estilete sobre tbua de argila)q Egito - hieroglfica
(com ideogramas)q Fencia (atual Lbano) Fontico - (alfabeto)q
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> Introduo
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2. Apesar da fixao dos diversos grupos humanos em reas prximas
aos rios (abastecimento de gua e comunicao) ter ocorrido em regies
distintas, a maioria das civilizaes da Antigidade se desenvolveu no
Crescente Frtil. Esta rea possui a forma de arco e estende-se do
Vale do Jordo Mesopotmia, alm de abrigar os rios Tigres e Eufrates.
A revoluo agrcola e a fixao de grupos humanos em locais
determinados ocorreram simultaneamente no Crescente Frtil. Neste
mesmo perodo outras civilizaes se desenvolveram s margens dos rios
Nilo (egpcia), Amarelo (chinesa), Indo e Gnges (paquistanesa e
indiana). Pgina 2 Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Oriental > Introduo ASPECTOS ECONMICOS Predomnio da
agricultura de subsistncia e de regadio, devido ao aumento das
comunidades ribeirinhas que tornaram-se conhecidas como civilizaes
hidrulicas. Neste perodo, a construo de canais de irrigao que
permitiam levar a gua onde fosse necessria era de grande
importncia. Principal atividade: Cultivo de cereais. Comrcio e
artesanato eram atividades secundrias. Exceo: fencios, dedicados
predominantemente ao comrcio martimo (talassocracia no
Mediterrneo). ASPECTOS SOCIAIS Predomnio da sociedade estamental;
nessa, cada grupo social tem uma posio e uma funo definida. A posio
social determinada pela hereditariedade. A estrutura esttica (no h
mobilidade social) e hierrquica, sendo vinculada s atividades
econmicas. Regime de trabalho: A maior parcela da comunidade
trabalhava sob um regime de servido coletiva . As Comunidades
camponesas produziam excedentes agrcolas entregues ao Estado sob a
forma de impostos (os camponeses no eram escravos j que viviam em
comunidades, produziam seus prprios alimentos e construam suas
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3. moradias). Diviso da sociedade: Soberano e aristocracia
(nobres e sacerdotes)q Grupos intermedirios (burocratas, militares,
mercadores e artesos).q Camponesesq Escravos utilizados na construo
de obras pblicas (obras de irrigao, templos, palcios e outros).q
Excees: Fencios, sociedade de classes (hierarquia baseada na
riqueza mvel).q Hindus, sociedade de castas (de origem religiosa e
absolutamente impermevel).q Pgina 3 Matrias > Histria >
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Particularidades e diferenas dos modelos econmicos e sociais: Egito
Vale do Nilo Mesopotmia Tigre e Eufrates Sul da sia, Plancie
Indo-gangtica Norte da China, o Hwang Ho Soberano e aristocracia
Fara e os sacerdotes da famlia real, oficiais do palcio Nobreza =
famlia real, altos sacerdotes, oficiais reais Falta de evidncias O
rei, a classe aristocrtica e a burocracia estatal faziam parte da
nobreza guerreira Grupos intermedi- rios Sociedade relativamente
aberta; habilidade + ambio = mobilidade social Clientes = cidados
livres trabalhando para a nobreza Comrcio com a Mesopotmia, Sul da
ndia e Afeganisto Artesos/escultores comerciantes Camponeses
Camponeses = servos, pequenas propriedades de terras Plebe =
cidados livres proprietrios de terras Fazendeiros plebeus (servos)
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4. Escravos Escravos eram prisioneiros de guerra; camponeses
eram submetidos a recrutamento forado tanto para servios militares
como para grupos de trabalhos escravos escravos Pgina 4 Matrias
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Introduo ASPECTOS RELIGIOSOS Predomnio do politesmo (acreditavam na
existncia de inmeros deuses). Os deuses tinham estreitos vnculos
com as atividades e as foras da Natureza. Excees: Monotesmo:
hebreus e egpcios durante o reinado do Fara Amenfis IVq Dualismo:
persas (zoroastrismo).q Modelos Religiosos : Egito Vale do Nilo
Mesopotmia Tigre e Eufrates Sul da sia, Plancie Indo-gangtica Norte
da China, o Hwang Ho Fara - considerado uma divindade em forma
humana, provando que os deuses se importavam com a populao
Hierarquia de divindades (maiores e menores) de acordo com suas
funes Importncia da fertilidade = culto deusa me Rei adorado como
um intermedirio entre os deuses e os homens Crena em vida aps a
morte, reflexo da natureza cclica das estaes e enchentes Divindades
imortais e poderosas, mas com caractersticas humanas (hbitos e
emoes) Imagens de deuses em quadros de argila, figuras de animais
em argila Culto s figuras reais falecidas, base do culto aos
ancestrais Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo
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5. Pirmides so smbolos da eternidade da vida aps a morte e do
poder espiritual e temporal do Fara Lendas e crenas populares
histria da criao, humanos com caractersticas divinas, enchentes
Confucionismo = crena secular na conduta tica e na harmonia social
Curto perodo de monotesmo = culto ao deus Sol (Amon-Ra) Sacerdcio
influente Taosmo = filosofia que preza o viver em harmonia com as
leis da natureza Pgina 5 Matrias > Histria > Histria Geral
> Antiguidade Oriental > Introduo ASPECTOS POLTICOS Estado
fortemente centralizado que possua as terras e controlava a
mo-de-obra. A religio justificava o poder absoluto do governante,
por isto, neste perodo, havia predomnio das monarquias despticas
(absolutas) de carter teocrtico. Teocracia uma forma de governo na
qual a autoridade, proveniente de um Deus, exercida por seus
representantes na terra. O Egito Antigo foi um dos exemplos mais
extremados de teocracia. Exceo: Fencios, organizados em
cidades-estados monrquicas ou republicanas, controladas por
oligarquias mercantis. Modelos Polticos: Egito Vale do Nilo
Mesopotmia Tigre e Eufrates Sul da sia, Plancie Indo-gangtica Norte
da China, o Hwang Ho O Fara; rei-deus como ditador absoluto:
Teocracia Cidades-estado chefiadas por guerreiros que se tornaram
reis Governo centralizado, cidades planejadas, com prdios e servios
pblicos Pequenos reinos feudais posteriormente unidos pela dinastia
de Zhou Monarquia centralizada e hereditria Seqncia de imprios,
alguns formados por grupos locais e outros por invasores Autocracia
altamente centralizada e unificao por Chin Longa srie de dinastias
familiares Nmero cada vez maior de cdigos legais Perodo Dinstico,
idia da permisso dos deuses para governar Matrias > Histria >
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Antiguidade Oriental > Introduo ASPECTOS CULTURAIS Forte
influncia religiosa na vida cultural, principalmente entre egpcios
e hebreus. Desenvolvimento cientfico mais importante entre os
egpcios (Matemtica e Medicina) e entre os caldeus (Matemtica e
Astronomia). Arte principal: Arquitetura, tendo a Escultura e a
Pintura como artes auxiliares. Escrita predominantemente ideogrfica
(no Egito: hierglifos; na Mesopotmia: cuneiformes). Criao da
escrita fontica pelos fencios. Direito baseado no princpio de
Talio. Primeiro conjunto de leis escritas: Cdigo de Hamurabi
(Mesopotmia). MEIO AMBIENTE E SEUS IMPACTOS As civilizaes
existentes nesse perodo tinham muitos pontos em comum. Entretanto,
as condies ambientais e naturais nas quais viveram fizeram com que
cada um desses grupos se desenvolvesse de forma nica e
independente. Egito O Vale do Nilo Mesopotmia Tigre e Eufrates Sul
da sia, Plancie Indo-gangtica Norte da China, o Hwang Ho Enchentes
brandas e previsveis = possibilidades criativas e positivas
Enchentes violentas = pessimismo, medo de desastres Enchentes
peridicas = renovao e fertilizao do solo Enchentes = renovao e
fertilizao do solo Clima rido = bom estoque de alimentos Muito
tributrio = cidades-estado dispersas = desunio e guerras Clima
subtropical-mido = dificuldades no estoque de alimentos Muitas
regies montanhosas e semidesrticas: assentamentos apenas nas
margens dos rios Rio facilmente navegvel = unio poltica e cultural
Regies pantanosas = irrigao usada para drenagem Montanhas do
Himalaia = proteo contra invernos rigorosos Enchentes violentas =
construo de diques para controlar as guas Desertos = isolamento
Falta de pedras para construo = estruturas de cana e de tijolos de
argila Mones (ventos) e derretimento da neve = suprimentos
abundantes de gua Montanhas e desertos = isolamento cultural
Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade Oriental
> Introduo
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7. Abundncia de pedras = arquitetura permanente Contato com o
Oriente Mdio a noroeste Pgina 7 Matrias > Histria > Histria
Geral > Antiguidade Oriental > Introduo CONTRIBUIES E
REALIZAES DAS CIVILIZAES DA ANTIGIDADE ORIENTAL Sociedade Regio /
Perodo Contribuies / Realizaes Sumrios Mesopotmia meridional
(3500-2300 a.C.). Cidades-estado, matemtica (base 60 e sistemas de
latitude), veculos com rodas, zigurates (templos), escrita
cuneiforme, escolas. Egpcios Vale do Nilo (Egito) (3100-1200 a.C.)
Irrigao para controlar o rio, expanso de terras cultivveis,
calendrio, medicina, monarquia hereditria e centralizada, escrita
pictogrfica (hierglifos), tumbas nas pirmides, mumificao.
Babilnicos Mesopotmia (1900-1600 a.C.) Cdigo de leis de Hamurbi,
unificao de toda regio mesopotmica. Hititas Turquia e Sria
(1800-1200 a.C.) Metalurgia (ferro) Fencios Lbano atual (1400-800
a.C.) Navegao martima, alfabeto fontico, comrcio alm-mar. Assrios
Norte da Mesopotmia (900-612 a.C.) Sociedade militarista,
engenheiros militares, imprio armado da Mesopotmia ao Egito. Ldios
Turquia (700-550 a.C.) Cunhagem de moedas, sistema monetrio.
Hebreus/Judeus/ Israelitas Terra de Cana / atual Israel (2.000
a.C.-79 d.C.) Monotesmo - conceito de um Deus nico, os 10
Mandamentos, a criao de um cdigo de valores ticos e morais; O Velho
Testamento. Caldees Mesopotmia (612-539 d.C.) Astronomia, fases
lunares = 4 semanas por ms, ano solar preciso, astrologia: Zodaco.
Persas Ir atual (1200-330 d.C.) Amplo sistema de estradas, unificao
de um povo vasto em um nico imprio, perodo de paz e de tolerncia,
regras claras. Matrias > Histria > Histria Geral >
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Antiguidade Oriental > Egito EGITO A Civilizao egpcia data do
ano de 4.000 a.C., permanecendo relativamente estvel por 35 sculos,
apesar de inmeras invases das quais foi vtima. Em 1822, o francs
Jean Franois Champollion decifrou a antiga escrita egpcia tornando
possvel o acesso direto s fontes de informao egpcias. At ento, o
conhecimento sobre o Egito era obtido atravs de historiadores da
Antigidade greco-romana. O MEIO AMBIENTE E SEUS IMPACTOS Localizado
no nordeste africano de clima semi-rido e chuvas escassas ao longo
do ano, o vale do rio Nilo um osis em meio a uma regio desrtica.
Durante a poca das cheias, o rio depositava em suas margens uma
lama frtil na qual durante a vazante eram cultivados cereais e
hortalias. O rio Nilo essencial para a sobrevivncia do Egito. A
interao entre a ao humana e o meio ambiente evidente na histria da
civilizao egpcia, pois graas abundncia de suas guas era possvel
irrigar as margens durante o perodo das cheias. A necessidade da
construo de canais para irrigao e de barragens para armazenar gua
prximo s plantaes foi responsvel pelo aparecimento do Estado
centralizado. Nilo > agricultura de regadio > construo de
obras de irrigao que exigiam forte centralizao do poder >
monarquia teocrtica EVOLUO HISTRICA A histria poltica do Egito
Antigo tradicionalmente dividida em duas pocas: Pr-Dinstica (at
3200 a.C.): ausncia de centralizao poltica. Populao organizada em
nomos (comunidades primitivas) independentes da autoridade central
que era chefiada pelos monarcas. A unificao dos nomos se deu em
meados do ano 3000 a.C., perodo em que se consolidaram a economia
agrcola, a escrita e a tcnica de trabalho com metais como cobre e
ouro. Dois reinos Alto Egito (sul) e Baixo Egito (norte) surgiram
por volta de 3500 a.C. em conseqncia da necessidade de se unir
esforos para a construo de obras hidrulicas. Dinstica: forte
centralizao poltica Mens, rei do Alto Egito, subjugou em 3200 a.C.
o Baixo Egito. Promoveu a unificao poltica das duas terras sob uma
monarquia centralizada na imagem do fara, dando incio ao Antigo
Imprio, Mens tornou-se o primeiro fara. Os nomarcas passaram a ser
governadores subordinados autoridade faranica. Matrias > Histria
> Histria Geral > Antiguidade Oriental > Introduo
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9. Pgina 2 Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Oriental > Egito PERODOS DA POCA DINSTICA A poca
Dinstica dividida em trs perodos: Antigo Imprio (3200 a.C. 2300
a.C.) Capital: Mnfis Foi inventada a escrita hieroglfica. Construo
das grandes pirmides de Giz, entre as quais as mais conhecidas so
as de Quops, Qufrem e Miquerinos. Esses monumentos, feitos com
blocos de pedras slidas, serviam de tmulos para os faras. Tais
construes exigiam avanadas tcnicas de engenharia e grande
quantidade de mo-de-obra. Invaso dos povos nmades > fragmentao
do poder Mdio Imprio (c. 2040-1580 a.C.) Durante 200 anos o Antigo
Egito foi palco de guerras internas marcadas pelo confronto entre o
poder central do fara e os governantes locais nomarcas. A partir de
2040 a.C., uma dinastia poderosa (a 12) passou a governar o Pas
iniciando o perodo mais glorioso do Antigo Egito: o Mdio Imprio.
Nesse perodo: Capital: Tebasq Poder poltico: o fara dividia o trono
com seu filho para garantir a sucesso ainda em vidaq Poder central
controlava rigorosamente todo o pasq Estabilidade interna coincidiu
com a expanso territorialq Recenseamento da populao, das cabeas de
gado e de terras arveis visando a fixao de impostosq Dinamismo
econmicoq Pgina 3 Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Oriental > Introduo
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10. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Egito Os Hicsos Rebelies de camponeses e escravos
enfraqueceram a autoridade central no final do Mdio Imprio,
permitindo aos hicsos - um povo de origem caucasiana com grande
poderio blico que havia se estabelecido no Delta do Nilo conquistar
todo o Egito (c.1700 a.c.). Os hicsos conquistaram e controlaram o
Egito at 1580 a.C. quando o chefe militar de Tebas derrotou-os.
Iniciou-se, ento, um novo perodo na histria do Egito Antigo, que se
tornou conhecido como Novo Imprio. As contribuies dos hicsos foram:
fundio em bronzeq uso de cavalosq carros de guerraq tear verticalq
Novo Imprio - (c. 1580- 525 a.C.) O Egito expulsou os hicsos
conquistando, em seguida, a Sria e a Palestina. Capital: Tebas.q
Dinastia governante descendente de militares.q Aumento do poder dos
sacerdotes e do prestgio social de militares e burocratas.q
Militarismo e expansionismo, especialmente sob o reinado dos faras
Tutms e Ramss.q Conquista da Sria, Fencia, Palestina, Nbia,
Mesopotmia, Chipre, Creta e ilhas do Mar Egeu.q Afluxo de riqueza e
escravos e aumento da atividade comercial controlada pelo Estado.q
Amenfis IV promoveu uma reforma religiosa para diminuir a
autoridade dos sacerdotes e fortalecer seu poder implantando o
monotesmo (a crena numa nica divindade) durante seu reino. q
Invases dos povos do mar (ilhas do Mediterrneo) e tribos nmades da
Lbia conseqente perda dos territrios asiticos. q Invaso dos persas
liderados por Cambises.q Fim da independncia poltica.q Com o fim de
sua independncia poltica o Egito foi conquistado em 343 a.C. pelos
persas. Em 332 a.C. passou a integrar o Imprio Macednio e, a partir
de 30 a.C., o Imprio Romano. Matrias > Histria > Histria
Geral > Antiguidade Oriental > Introduo
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11. Pgina 4 Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Oriental > Egito ASPECTOS ECONMICOS Base econmica:
Agricultura de regadio com cultivo de cereais (trigo, cevada,
algodo, papiro, linho) favorecida pelas obras de irrigao. q
Agricultura extensiva com um alto nvel de organizao social e
poltica.q Outras atividades econmicas: criao de animais
(pastoreio), artesanato e comrcio.q ASPECTOS POLTICOS Monarquia
teocrtica: O governante (fara) era soberano hereditrio, absoluto e
considerado uma encarnao divina. Era auxiliado pela burocracia
estatal nos negcios de Estado. q Havia uma forte centralizao do
poder com anulao dos poderes locais devido necessidade de conjugao
de esforos para as grandes construes. q O governo era proprietrio
das terras e cobrava impostos das comunidades camponesas (servido
coletiva). Os impostos podiam ser pagos via trabalho gratuito nas
obras pblicas ou com parte da produo. q ASPECTOS SOCIAIS Predomnio
das sociedades estamentais (compostas por categorias sociais, cada
uma possua sua funo e seu lugar na sociedade). q O Egito possua uma
estrutura social esttica e hierrquica vinculada s atividades
econmicas. A posio do indivduo na sociedade era determinada pela
hereditariedade (o nascimento determina a posio social do
indivduo). q A estrutura da sociedade egpcia pode ser comparada a
uma pirmide. No vrtice o fara, em seguida a alta burocracia (altos
funcionrios, sacerdotes e altos militares) e, na base, os
trabalhadores em geral . A sociedade era dividida nas seguintes
categorias sociais: q O fara e sua famlia - O fara era a autoridade
suprema em todas as reas, sendo responsvel por todos os aspectos da
vida no Antigo Egito. Controlava as obras de irrigao, a religio, os
exrcitos, promulgao e cumprimento das leis e o comrcio. Na poca de
carestia era responsabilidade do q Matrias > Histria >
Histria Geral > Antiguidade Oriental > Introduo
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12. fara alimentar a populao. aristocracia (nobreza e
sacerdotes). A nobreza ajudava o fara a governar.q grupos
intermedirios (militares, burocratas, comerciantes e artesos)q
camponesesq escravoq Os escribas, que dominavam a arte da escrita
(hierglifos), governantes e sacerdotes formavam um grupo social
distinto no Egito. Pgina 5 Matrias > Histria > Histria Geral
> Antiguidade Oriental > Egito ASPECTOS CULTURAIS A cultura
era privilgio das altas camadas.q Destaque para engenharia e
arquitetura (grandes obras de irrigao, templos, palcios).q
Desenvolvimento de tcnicas de irrigao e construo de barcos.q
Desenvolvimento da tcnica de mumificao de corpos.q Conhecimento da
anatomia humana.q Avanos na Medicina.q Escrita pictogrfica
(hierglifos).q Calendrio lunar.q Avanos na Astronomia e na
Matemtica, tendo como finalidade a previso de cheias e vazantes.q
Desenvolvimento do sistema decimal. Mesmo sem conhecer o zero, os
egpcios criaram os fundamentos da Geometria e do Clculo. q
Engenharia e Artes.q Jogavam xadrez.q ASPECTOS RELIGIOSOS
Politesmoq Culto ao deus Solq As divindades so representadas com
formas humanas (politesmo antropomrfico), com corpo de animal ou s
com a cabea de um bicho (politesmo antropozoomrfico) q Crena na
vida aps a morte (Tribunal de Osris), da a necessidade de preservar
o cadver, desenvolvimento de tcnicas de mumificao, aprimoramento de
conhecimentos mdico-anatmicos. q 3_3 Pgina 1 Matrias > Histria
> Histria Geral > Antiguidade Oriental > Introduo
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13. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Mesopotmia Mesopotmia Regio do Oriente Mdio,
localizada entre os rios Tigre e Eufrates (a palavra Mesopotmia
significa entre rios), onde se sucederam as civilizaes dos Sumrios,
Babilnicos, Assrios e Caldeus. A Mesopotmia no se unificou sob um
governo como no Egito, a regio era povoada de cidades-estados
independentes que periodicamente exerciam forte hegemonia sobre
toda a Mesopotmia. O meio ambiente e seus impactos Situada entre os
rios Tigre e Eufrates, a Mesopotmia pertencia ao chamado Crescente
Frtil. Ao norte, o territrio montanhoso, desrtico e, portanto,
menos frtil; j ao sul, a regio constituda por plancies muito
frteis. A aridez do clima obrigou a fixao da populao s margens dos
rios Tigre e Eufrates, cujas guas permitiram o desenvolvimento da
agricultura na regio. A construo de obras de irrigao foi
fundamental para o aproveitamento dos recursos hdricos disponveis
na rea. Alm disso, por ser uma regio de grande fertilidade em meio
regies ridas, a Mesopotmia foi vtima de constantes invases de povos
estrangeiros. Pgina 2 Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Oriental > Mesopotmia Evoluo histrica e
caractersticas de cada civilizao: POVO CARACTERSTICAS PRINCIPAIS
SUMRIOS (antes de 2000 a.C.) Originrios do planalto do Ir,
fixaram-se na Caldia. Organizavam-se politicamente em
cidades-estado (Ur, Uruk, Lagash, Eridu). Em cada cidade-Estado o
poder poltico era exercido por chefes militares e religiosos
(rei-sacerdotes) chamados de patesi . A religio era politesta. O
templo era no somente o centro religioso como poltico,
administrativo e financeiro. Contribuio cultural: inveno da escrita
cuneiforme : sinais abstratos em forma de cunha, feitos em tbuas de
argila. Na literatura, destaque para os poemas O Mito da Criao e A
Epopia de Gilgamesh. Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Oriental > Introduo
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14. ACADIANOS (antes de 2000 a.C. ) Povo de origem semita que
ocupou a parte central da Mesopotmia, realizando, por volta de 2300
a.C., durante o reinado de Sargo I, a unificao poltica. Estabeleceu
sua capital em Akkad, da o nome da civilizao acadiana. Disputas
internas e invases estrangeiras levaram ao desaparecimento desse
Imprio. Pgina 3 Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Oriental > Mesopotmia PRIMEIRO IMPRIO BABILNICO
(2000 a.C. 1750 a.C.) Grupo de invasores amoritas, vindos do
deserto da Arbia Capital: Babilnia.Grande centro urbano da
Antigidade Oriental, eixo econmico e cultural da regio. Hamurbi o
mais importante rei babilnico unificou politicamente a Mesopotmia e
elaborou o primeiro cdigo de leis escritas: Cdigo de Hamurbi
(compilao de procedimentos jurdicos). Neste, est prevista a Lei do
Talio (olho por olho, dente por dente), abrange quase todos os
aspectos da vida babilnica (comrcio, propriedade, herana, direitos
da mulher, famlia, escravido etc.). Hamurbi realizou uma reforma
religiosa, instituindo o culto a Marduk, principal divindade em
honra de quem foi construdo um imponente zigurate. Rebelies
internas e invases que levaram a um enfraquecimento do Imprio e
fragmentao do poder. IMPRIO ASSRIO (1300 a.C. 612a.C.) Ocupou o
norte da Mesopotmia, perto do curso superior do rio Tigre, regio
rica em madeira e minrio (cobre e ferro). Capital: Assur. Principal
atividade econmica: pastoreio e comrcio. Grande parte da riqueza
vinha do saque das regies conquistadas; existia uma espcie de
sistema bancrio. Militarismo: Usavam cavalos e armas de ferro e
passaram para a histria como o povo mais guerreiro da antiguidade.
Formao de um Imprio. Conquista da Mesopotmia, da Sria e da
Palestina. Crueldade com os derrotados de guerra (esfolamento vivo
nas pedras, corte de orelhas, rgos genitais e narizes); escravizao
dos sobreviventes. Governante mais conhecido: Assurbanipal, ampliou
as Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
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15. fronteiras do imprio; ordenou a construo da principal
biblioteca da Antigidade Oriental em Nneve, reunindo importante
acervo cultural. Morreu em 631 a.C. passando a ocorrer revoltas dos
povos dominados que, chefiados pelos caldeus de Nabopolasar,
derrubaram o imprio por volta de 612 a.C. SEGUNDO IMPRIO BABILNICO
(612 a.C. 539 a.C.) Origem semita; derrotando assrios, estabeleceu
seu poder sobre a Mesopotmia. Capital: Babilnia. Com o rei
Nabucodonosor II o imprio babilnico atingiu seu apogeu. Ampliou as
fronteiras do reino, dominando a Fencia e a Sria.Vitria sobre o
Egito, ocupao do Reino de Jud e Jerusalm com escravizao dos hebreus
(O Cativeiro da Babilnia). Construo de grandes obras pblicas:
templos e palcios; zigurate (imponente construo em forma de torre
com degraus , conhecido como a torre de Babel) e os famosos Jardins
Suspensos da Babilnia. Com a morte de Nabucodonosor II h o
enfraquecimento do reino, tornando-se alvo da expanso persa.
Chefiados por Ciro I, os persas invadiram e dominaram a Mesopotmia,
que se tornou uma provncia do Imprio Persa. 4_1 Pgina 1 Matrias
> Histria > Histria Geral > Antiguidade Oriental >
Fencia Fencia A Fencia corresponde atualmente regio do Lbano. De
recursos naturais escassos, alm do clima rido e solo pouco
apropriado atividade agrcola, sua localizao geogrfica favoreceu
fundamentalmente a navegao e o comrcio. Essa vocao martima dos
fencios contou ainda com a ajuda das abundantes florestas de cedro,
madeira adequada para a fabricao de embarcaes, presentes em seu
territrio. Os fencios no conheceram, na Antigidade, a centralizao
poltica, organizando-se segundo cidades-estados; unidades autnomas
do ponto de vista econmico e administrativo, sendo que as que mais
se destacaram foram Biblos, Tiro e Sidon. A principal classe da
sociedade fencia, pelas prprias atividades econmicas dessa
civilizao, era formada pelos comerciantes e armadores que
controlavam a vida econmica e poltica das cidades-estado. A expanso
das atividades comerciais levou os fencios a controlar a navegao no
Mediterrneo, onde fundaram diversas colnias e feitorias. Entre elas
destacam-se Palermo, na Siclia, Cdis e Mlaga, na Espanha, e,
principalmente, Cartago, no norte da frica. A cultura fencia, dado
o carter aberto de sua Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Oriental > Introduo
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16. organizao scio-econmica, assimilou diversos componentes de
outras culturas. Cabe, destacar, sua mais importante contribuio
para a cultura ocidental: a inveno do alfabeto com 22 letras,
matriz de nossa escrita atual. 5_24 Pgina 1 Matrias > Histria
> Histria Geral > Antiguidade Clssica > Grcia Grcia
Chamamos de civilizao grega, ou civilizao helnica aquela que se
desenvolveu a partir do extremo sul da Pennsula Balcnica (a Grcia
atual) e se difundiu pelas ilhas do Mar Egeu, costa ocidental da
sia Menor, litoral do Mar Negro e por certos pontos africanos e
europeus do Mediterrneo. As origens da civilizao helnica so
encontradas nos primitivos povos que habitavam a Pennsula Balcnica,
os pelasgos, na civilizao egia e nos povos indo-europeus (aqueus,
jnios, elios e drios) que, desde mais ou menos 2.000 a.C. comearam
a penetrar nos Blcs. A CIVILIZAO EGIA A civilizao egia
desenvolveu-se, originalmente, nos muitos arquiplagos do Mar Egeu e
teve como principal centro a ilha de Creta, da tambm ser conhecida
por civilizao cretense. Os egeus chegaram a ocupar tambm as costas
ocidentais da sia Menor e a parte meridional dos Blcs. A exigidade
das terras arveis e das reservas minerais e a facilidade para a
navegao (muitas enseadas naturais e ilhas prximas umas das outras)
fizeram com que os egeus se notabilizassem como um povo de
navegadores. O comrcio martimo foi a base de sua economia.
Conseqentemente, a civilizao egia caracterizou-se por um notvel
desenvolvimento urbano, sendo que dentre suas cidades a mais
importante foi Cnossos, cujos reis recebiam o ttulo de Minos.
Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade Oriental
> Introduo
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17. Cada cidade tinha, provavelmente, o estatuto de uma
cidade-estado, ou seja tinha sua autonomia e soberania poltica.
provvel que essas muitas cidades-estados tenham formado uma espcie
de federao, sob a liderana efetiva de Cnossos. Parece-nos fora de
dvida que os Minos (reis de Cnossos) exerciam uma efetiva hegemonia
sobre os povos egeus. Alguns historiadores chegam a designar essa
civilizao como civilizao minica. Pgina 2 Matrias > Histria >
Histria Geral > Antiguidade Clssica > Grcia As relaes das
cidades-estados do Egeu eram pacficas, j que no existiam resqucios
arqueolgicos de fortificaes em nenhuma delas. J nas cidades egias
do sul da Pennsula Balcnica encontramos fortificaes, o que
demonstra a preocupao defensiva gerada pelas sucessivas ondas de
povos indo-europeus que l foram chegando. Nossos conhecimentos
acerca da civilizao egia so limitados pelo fato de que seus
sistemas de escrita ainda no foram plenamente decifrados e,
conseqentemente, temos de contentar-nos com suposies feitas a
partir de achados arqueolgicos e de documentos escritos que j
puderam ser decifrados. Entretanto, algumas afirmaes podem ser
feitas com relativa segurana: sua religio estava diretamente ligada
natureza e sua principal divindade era representada por uma figura
de mulher (a Grande deusa), que era tida como me de todos os outros
deuses e dos homens. A arte egia era viva e brilhante, plena de
humanismo e individualidade, ou seja, ela se distingue plenamente
das artes anteriores e contemporneas, mesmo porque ela no estava a
servio nem do Estado nem da religio. Embora no tenhamos muitos
elementos para conhecer a cultura egia, certo que ela exerceu
profunda influncia junto aos povos mediterrneos, especialmente
atravs dos gregos, que foram seus principais depositrios. Por volta
de 1.600 a.C., Cnossos foi destruda por uma aliana de
cidades-estados egias do sul da Grcia, lideradas por Micenas. Pgina
3 Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade Clssica
> Grcia Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo
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18. A CIVILIZAO MICNICA O nome de civilizao micnica dado ao
conjunto dos povos gregos (aqueus, jnios e elios) que assimilaram a
cultura egia e conquistaram boa parte dos domnios egeus, inclusive
Cnossos. A designao micnica devida ao fato de que a cidade de
Micenas e seus reis exerciam uma efetiva hegemonia sobre os demais
povos gregos. Essa hegemonia no foi estabelecida de forma pacfica.
As guerras entre as diversas cidades-estados micnicas foram
constantes, sendo que, dentre essas guerras, as mais importantes
foram entre Micenas e Tebas e entre Micenas e Tria (esta
imortalizada pela Ilada). Os micnicos, a exemplo dos egeus, tiveram
no comrcio sua atividade econmica dominante, sendo o comrcio o
principal difusor da cultura e da civilizao micnica pelo
Mediterrneo. A Ilada e a Odissia, poemas picos atribudos a Homero,
e achados arqueolgicos, constituem-se as principais fontes
histricas para o conhecimento da Histria micnica, bem como para os
primeiros tempos da civilizao helnica . A decadncia e conseqente
desaparecimento da civilizao micnica ocorreram, fundamentalmente,
devidos invaso dos drios, um povo tambm indo-europeu, altamente
belicoso e que chegou Pennsula Balcnica por volta do sculo XII a.C.
Como povo tipicamente agrrio, os drios instalaram-se nas melhores e
mais frteis terras balcnicas. Tal fato provocou um grande fluxo
migratrio, bastante desordenado, atravs do qual os povos micnicos
povoaram as terras menos frteis da Grcia, as ilhas do Egeu, partes
do litoral ocidental da sia Menor e certas regies em torno do Mar
Negro. Esse movimento migracional ficou conhecido como Dispora
Grega. O territrio da Grcia Antiga (Grcia Continental, Peloponeso
ou Grcia Peninsular e Grcia Insular) possui um relevo montanhoso
que isola , umas das outras, as poucas plancies mais ou menos
frteis l existentes. Tal situao de relevo, somada ao fato de o
litoral ser altamente propcio ao desenvolvimento da navegao (
multiplicidade de enseadas naturais propcias ao aproveitamento como
portos), ajuda a explicar a vocao mercantil da Grcia. O carter com
o qual ocorreu a Dispora Grega e o tipo de realidade geogrfica dos
territrios ocupados pelos migrantes nos ajudam a entender certos
aspectos econmicos e polticos das comunidades gregas. Cada plancie
foi ocupada por um cl cujo chefe, normalmente o mais velho dos
homens, exercia uma autoridade quase que absoluta. Inicialmente, a
terra era de todos, mas com o crescimento demogrfico, a explorao
comunal foi passando a ser insuficiente para a populao. o incio da
propriedade privada, sendo que as terras eram distribudas por um
critrio de parentesco em relao ao chefe do cl. As melhores terras
eram dadas aos parentes mais prximos, e assim por diante, at que os
parentes mais distantes nem sequer recebiam uma propriedade agrria.
Em outros termos, podemos afirmar que, com o advento da propriedade
privada, configurou-se uma estratificao social, em cujo topo
tnhamos uma aristocracia (proprietrios das melhores terras). Em
situao intermediria, tnhamos os pequenos proprietrios (em posse de
terras no to frteis). Na base, havia uma massa de trabalhadores
agrrios. importante notar que os descendentes desses primeiros
gregos (os participantes da Dispora) eram sempre homens livres. S
mais tarde viria aparecer a instituio da escravido por dvidas.
Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade Oriental
> Introduo
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19. Pgina 4 Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Clssica > Grcia A GRCIA ARCAICA (Sculos VIII a VI
a.C) J que a economia das diversas comunidades gregas era
tipicamente agrria, podemos entender que a propriedade da terra era
o elemento fundamental na determinao da condio scio-econmica do
indivduo, bem como de sua participao poltica na comunidade. Dentro
desses parmetros, fcil justificar o fato de que, na maioria das
cidades-estados gregas, verificamos uma progressiva concentrao de
poder nas mos da aristocracia (classe social dos grandes
proprietrios de terra). Por meio dessas informaes pode-se afirmar
que houve na Grcia uma evoluo poltica de monarquias para
oligarquias.S que o domnio poltico e econmico da aristocracia no
perdurou indefinidamente sem contestao. A concentrao da propriedade
fundiria nas mos da aristocracia, o regime de transmisso da herana
apenas para o primognito e o prprio crescimento vegetativo da
populao foram responsveis por uma crescente tenso social que
ameaava desestabilizar o domino da aristocracia. Nesse contexto
podemos entender o desencadeamento do sistema de colonizao grega no
Mediterrneo, processo que consistiu na ocupao de terras no-gregas
por povos gregos. A invaso dessas terras se concretizava com a
instalao de famlias nessas reas, esses grupos originavam novas
cidades-estados. Os gregos , no movimento colonizatrio, ocuparam
diversos pontos da sia Menor ( costa da Anatlia); a regio dos
estreitos (Mar de Mrmora e Mar Negro), onde fundaram Bizncio;
Siclia (onde fundaram, entre outras, as cidades-estados de Siracusa
e Agrigento) e no sul da Itlia (Tarento, Sbaris, Crotona e Npoles).
As colnias gregas do sul da Itlia e Siclia so conhecidas
genericamente pelo nome de Magna Grcia. As colnias mantinham
estreitas ligaes com as terras de origem dos colonos, ou seja, com
as cidades-estados na prpria Grcia. A colonizao grega no
Mediterrneo trouxe consigo diversas consequncias, dentre as quais
merecem destaque: a helenizao cultural de diversos pontos do
Mediterrneo.q Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Oriental > Introduo
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20. um intenso desenvolvimento comercial entre as colnias e as
cidades-estados da Grcia.q As colnias ficavam em regies de solo
frtil, portanto, tinham uma produo agrria diversificada e
abundante, cujos excedentes eram exportados para a Grcia. Clique no
mapa para ampliar. Pgina 5 Matrias > Histria > Histria Geral
> Antiguidade Clssica > Grcia A crescente penetrao , na
Grcia, de produtos agrcolas coloniais determinou a decadncia do
sistema agrrio tradicional. Inicialmente, os pequenos proprietrios
viram-se arruinados pela concorrncia colonial; depois, a prpria
aristocracia teve seu poderio econmico abalado.As terras em mos da
aristocracia foram sendo progressivamente aproveitadas para o
plantio da vinha e da oliva. Paralelamente, desenvolveu-se a produo
do vinho e do azeite. Configurou-se, dessa forma, uma reciprocidade
comercial: as colnias forneciam alimentos, a Grcia fornecia vinho e
azeite. O trato da vinha e da oliva exigia grandes contingentes de
mo-de-obra, fato este que contribuiu para o crescimento da
escravido. Na Grcia, alm do escravo obtido por conquista ou compra,
havia o escravo por dvidas (o devedor que no podia pagar aquilo que
devia era escravizado pelo credor como forma de pagamento). A
escravido por dvidas atingia, fundamentalmente, os pequenos
proprietrios de terra que, depois de perderem suas propriedades,
acabavam perdendo a liberdade. Verificamos que a colonizao trouxe
consigo um notvel desenvolvimento comercial que serviu de estmulo
para o incremento da vida urbana e, conseqentemente, das atividades
artesanais. A camada social constituda por indivduos ligados a
atividades urbanas (comrcio, artesanato e funes liberais) viu-se
fortalecida e multiplicou-se . Resumindo: as necessidades da
sociedade aristocrtica grega levaram ocorrncia de uma colonizao no
Mediterrneo; tal colonizao desencadeou um desenvolvimento mercantil
e uma crise agrria na Grcia; essa crise significou um
enfraquecimento econmico e poltico da aristocracia; o
desenvolvimento mercantil gerou um fortalecimento econmico e
poltico das camadas sociais urbanas. Na Grcia, nesse perodo (sculos
VIII a VI a.C.) o poder econmico concentrava-se cada vez mais nas
mos das camadas urbanas, enquanto o poder poltico continuava
monopolizado pela aristocracia fundiria.Tal contradio, somada s
crescentes tenses sociais, serviu de vetor para uma srie de
transformaes polticas que ocorreram nas cidades-estados grega.
Essas transformaes polticas aconteceram sempre no sentido da evoluo
de uma oligarquia (governo de poucos) para uma democracia (governo
de todos os cidados). Os principais agentes dessa evoluo poltica
foram os legisladores e os tiranos. Os legisladores eram indivduos
nomeados pela aristocracia para realizarem reformas capazes de
aliviar a tenso social e a contestao poltica. Os tiranos eram
lderes que tomavam o poder pela fora, geralmente com apoio popular;
uma vez no poder, os tiranos realizavam reformas polticas e sociais
mais ou menos profundas. Matrias > Histria > Histria Geral
> Antiguidade Oriental > Introduo
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21. No Perodo Arcaico da histria da Grcia (sculos VIII a VI
a.C.), verificamos uma crescente urbanizao econmica e,
conseqentemente, um deslocamento do poder poltico das mos da
aristocracia fundiria para as mos das camadas urbanas. S que tais
processos no ocorreram da mesma forma e nem simultaneamente nas
diversas cidades-estados gregas. Cada cidade-estado (polis o termo
grego) da Grcia conheceu seu prprio processo evolutivo; duas delas,
Esparta e Atenas, foram as mais notveis e importantes polis do
Perodo Arcaico. Pgina 6 Matrias > Histria > Histria Geral
> Antiguidade Clssica > Grcia ESPARTA Esparta conheceu um
desenvolvimento e uma organizao absolutamente singulares em relao s
demais polis gregas. Essa cidade estava localizada no centro da
plancie da Lacnia, no frtil vale do rio Eurotas. Nos tempos
pr-gregos, a se desenvolvera a civilizao mecnica que, por volta de
1200 a.C., fora conquistadas pelos drios. A partir da ocupao da
Lacnia, os drios, que deram origem aos espartanos, atravs de uma
srie de guerras, foram conquistando os territrios vizinhos, dentre
os quais o mais importante foi a plancie da Messnia. O imperialismo
continental foi uma das caractersticas dominantes da histria de
Esparta. Essa cidade quase no participou do movimento colonizatrio
grego no Mediterrneo por ocupar uma regio frtil. Seu expansionismo
limitou-se ao territrio da prpria Grcia. Essa uma singularidade de
Esparta. Segundo a tradio, a organizao scio-poltica e econmica de
Esparta deve-se a uma constituio, que teria sido elaborada por um
personagem semilendrio chamado Licurgo. Na verdade, a organizao
espartana no devida obra de um nico indivduo e nem foi estabelecida
de uma s vez.; ela resultado de reformas que foram realizadas desde
a origem da polis at, mais ou menos, o sculo VI a.C., quando
adquiriu sua feio definitiva. Em seus moldes finais, a sociedade
espartana estava estratificada da seguinte maneira: Espartanos ou
Espartatas. Camada que agregava todos os indivduos que possuam
direitos polticos; provavelmente, os espartatas eram os
descendentes dos drios que haviam conquistado a Lacnia e dado
origem polis de Esparta. Hilotas Camada constituda de escravos do
Estado que descendiam, provavelmente, dos primitivos habitantes da
Lacnia (aqueles que a ocupavam quando houve a invaso dos drios).
Periecos Camada composta de indivduos livres que viviam sob a
dominao poltica dos espartatas e se dedicavam ao artesanato e
explorao de pequenas propriedades agrrias. Os periecos eram,
provavelmente, descendentes dos povos que foram sendo vencidos por
Esparta atravs de suas guerras. Matrias > Histria > Histria
Geral > Antiguidade Oriental > Introduo
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22. Pgina 7 Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Clssica > Grcia Os espartatas, alm de serem os nicos
a possuir direitos polticos, eram submetidos a um regime especial
de vida: o homem espartata era fundamentalmente um soldado e sua
mulher era me de outros espartatas. Para que pudessem ser soldados,
os espartatas tinham sua manuteno, bem como a de suas famlias,
assegurada pelo Estado. Cada espartata, ao completar sua educao
militar, recebia do Estado um lote de terra e uma ou mais famlias
de hilotas que trabalhavam na terra e produziam o suficiente para a
manuteno do espartata, de sua mulher (tambm uma espartata) e de
seus filhos. interessante notar que a sociedade espartata era
absolutamente democrtica (todos tinham exatamente os mesmos
direitos), os meios de produo pertenciam ao Estado, ou seja, no
havia propriedade privada dos meios de produo entre os espartatas .
Os hilotas, como j dissemos, pertenciam ao Estado e eram cedidos
aos espartatas para serem utilizados exclusivamente pelos cidados,
sendo que seu trabalho era basicamente aproveitado no trato da
terra. Os periecos, como homens livres , podiam possuir suas
prprias terras ou seus prprios meios de trabalho e sobrevivncia.
Eram obrigados a pagar tributos para o Estado e a prestar servio
militar, quando convocados. A organizao poltica de Esparta tambm
era singular, em relao s demais existentes na Grcia. O poder
poltico espartano era exercido nos seguinte termos: A Diarquia era
constituda por dois reis que representavam as duas famlias mais
importantes de Esparta (os Europntidas e os Agadas) e que exerciam
funes religiosas e militares. q A Gersia era uma assemblia formada
por vinte e oito ancies, recrutados dentre as famlias mais
tradicionais, e mais os dois reis; a Gersia funcionava como um
tribunal julgando os infratores da lei. q A Apella era a assemblia
de todos os cidados; suas funes eram praticamente ilimitadas; era o
rgo que tomava todas as decises em ltima instncia. q O Eforado, ou
Conselho dos Cinco foros, principal rgo executivo do governo, era
formado por cinco cidados, eleitos anualmente pela Apella, que
deviam fiscalizar a observao da Constituio e das leis. q Nos
parmetros dessa organizao poltica, o que verificamos de fato que os
cinco foros eram os reais detentores do poder e, exatamente por
isso, eram trocados todos os anos para que no houvesse a
possibilidade de um indivduo ou um grupo de indivduos monopolizar o
poder em carter permanente. Pgina 8 Matrias > Histria >
Histria Geral > Antiguidade Clssica > Grcia Matrias >
Histria > Histria Geral > Antiguidade Oriental > Introduo
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23. ATENAS Atenas desenvolveu-se como sendo o centro poltico e
econmico da plancie da tica; esta regio se comunica mais facilmente
com o mar do que com o interior do continente, em funo de seu
relevo. A tica apresentava um solo relativamente frtil, um boa
reserva florestal que fornecia, abundantemente, madeira para a
construo naval, grandes reservas de prata e chumbo, muita argila e
grandes pedreiras de calcrio e mrmore. Dentre os recursos naturais
disponveis o ferro era o material mais escasso. Primitivamente,
desenvolveram-se diversas comunidades na plancie da tica, que foram
progressivamente sendo unificadas em torno de um centro poltico
instalado na Acrpole de Atenas. Tal processo foi gradual e pacfico
e recebeu o nome de sinecismo; esse, levou instalao de uma
monarquia. O fortalecimento da aristocracia, formada por grandes
proprietrios de terra, fez com que a monarquia se transformasse,
progressivamente, numa oligarquia aristocrtica. Tal evoluo
aconteceu pacificamente, atravs do esvaziamento das funes do
Basileu, que aos poucos tornou-se apenas um chefe religioso.
Simultaneamente, foram surgindo outras magistraturas: o Polemarca,
a quem competia a chefia militar; o Arconte, responsvel pela
administrao e os seis Tesmotetas , que eram os juzes e guardies da
lei.Os magistrados eram eleitos anualmente pela Eclsia, assemblia
de todos os cidados. Havia ainda o Arepago, conselho formado
exclusivamente por elementos recrutados dentre a aristocracia, os
componentes desse grupo cooperavam com os magistrados na direo da
polis. Pgina 9 Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Clssica > Grcia Matrias > Histria > Histria
Geral > Antiguidade Oriental > Introduo
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24. Com a configurao poltica da oligarquia, verificamos o
surgimento de uma nova estratificao social que, ao invs de ser
baseada em critrios de nascimento, sustentava-se por critrios
determinados a partir das rendas e propriedades dos indivduos. Essa
estratificao ampliou o nmero de cidados e tornou possvel aumentar
os efetivos militares, e conseqentemente, o poderio do Estado. O
crescimento demogrfico, aliado a outros fatores j mencionados, fez
com que Atenas empreendesse tenazmente uma ao colonizatria no
Mediterrneo. Tal feito impulsionou as atividades mercantis e
fortaleceu as camadas urbanas; ao mesmo tempo, as atividades
agrrias conheciam uma radical transformao: o desenvolvimento da
vinicultura e das oliveiras. Um fato relevante que ao lado da
aristocracia, at ento hegemnica em termos polticos, passa a existir
uma camada social ligada s atividades mercantis (comrcio e
artesanato) , que conheceu um rpido processo de enriquecimento
passando a reivindicar uma posio mais atuante no aparelho do
Estado. O processo de desenvolvimento mercantil foi acompanhado por
uma crise agrria que atingiu, fundamentalmente, os pequenos
proprietrios que se viam empobrecidos e mesmo escravizados por
dvidas. Em sntese, havia uma crescente insatisfao popular que pde
ser utilizada pelas camadas mercantis como instrumento de presso
para a realizao de transformaes polticas. As primeiras manifestaes
para a transformao poltica ocorreram de forma pacfica. A prpria
estrutura oligrquica, pressionada pelos setores urbanos e
populares, formou legisladores encarregados de reformas que
aplacassem a tenso scio-poltica e permitissem a continuidade do
domino aristocrtico. Dracon,o primeiro legislador, em 621 a.C.,
elaborou as primeiras leis escritas de Atenas; as leis draconianas
caracterizaram-se por sua excessiva severidade. Essas regras no
chegaram at os documentos escritos; sendo assim, tal legislao no
teve seu carter efetivamente demonstrado. Mais tarde, a simples
existncia de leis escritas coibiu a arbitrariedade com o qual os
juzes (aristocratas) julgavam os no-aristocratas. Pouco aps a
elaborao das leis draconianas, um segundo legislado, foi
constitudo: Slon. Em 594 a.C., Slon elaborou profunda reformas nas
leis de Dracon. Pgina 10 Matrias > Histria > Histria Geral
> Antiguidade Clssica > Grcia ATENAS Os principais aspectos
das reformas de Slon foram: amenizao da severidade das leis
draconianas;q fim da escravido por dvidas;q devoluo das terras que
haviam sido tomadas pelos credores dos seus proprietrios
originais;q estabelecimento de um tamanho limite para as
propriedades agrrias;q admisso dos tetas (trabalhadores livres
no-proprietrios de terra) na Eclsia;q criao do Heliaea (tribunal de
justia do qual todos os cidados podiam participar);q as
magistraturas passaram a ser exercidas por todos os cidados.q Vale
a pena destacar o fato de que, em Atenas, eram cidados apenas os
homens livres no-estrangeiros; sendo assim, os estrangeiros e os
escravos no possuam direitos civis. Slon fez com que todos os
cidados pudessem exercer as magistraturas; entretanto, na prtica,s
os Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo
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25. indivduos mais ricos se ocupavam das funes dos magistrados
(Basileu, Polemarco, Arconte e Tesmotetas), pois estas exigiam
dedicao exclusiva sem remunerao. As reformas de Slon ampliaram a
faixa de participao dos cidados ligados s atividades mercantis,
atenderam parcialmente os interesses das camadas populares e
aboliram a escravido por dvidas. S que essa mudanas no foram bem
aceitas nem pela aristocracia e nem pelas camadas populares
desejosas de reformas mais profundas do que as efetuadas , grande
parte da insatisfao do povo estava ligada estrutura da propriedade
fundiria.Apesar desse descontentamento proveniente de diversas
camadas sociais, no h como negar que aps as reformas de Slon,
Atenas conheceu um perodo de relativa paz social; fato este que
permitiu o desenvolvimento de uma poltica imperialista, cuja
primeira manifestao concreta foi o conjunto de lutas contra Mgara
acerca da posse de Salamino. Nessas batalhas, Pisstrato, grande
general, foi importantissmo. Em 561 a.c, com ampla base de apoio
popular, esse general tomou o poder em Atenas estabelecendo a
Tirania , governo de um tirano. Na Grcia Antiga, tirano era o
indivduo que tomava o poder pela fora das armas. Pisstrato exerceu
a Tirania de 561 a 528 a.C., ou seja, da tomada do poder at sua
morte. Com a instalao da Tirania, esse lder no extinguiu a
estrutura poltico-administrativa estabelecida por Slon, apenas
superps uma nova e superior esfera de poder, ou seja, o tirano
colocou-se acima da estrutura j existente. Pgina 11 Matrias >
Histria > Histria Geral > Antiguidade Clssica > Grcia
Dentre as realizaes de Pisstrato, esto: o enfraquecimento da
aristocracia, atravs do confisco de parte substantiva de suas
terras, e a distribuio destas reas para os cidados pobres; q a
montagem de uma poderosa frota naval, objetivando o estabelecimento
da hegemonia ateniense no Mediterrneo Oriental. q Com a morte de
Pisstrato, seus filhos Hiparco e Hpias o sucederam no poder. Pouco
aps essa sucesso, uma conspirao aristocrtica assassinou Hiparco,
provocando a adoo de uma poltica intensamente repressiva por parte
de Hpias. Tal forma de liderana causou uma progressiva perda das
bases polticas de Hpias, fato que acabou criando as condies
necessrias para um movimento insurrecional que derrubou a Tirania.
Com o fim dessa forma de governo, o poder foi concentrado nas mos
de um novo legislador, Clstenes, que realizou as reformas que
conduziram Atenas condio de uma Democracia. No incio de seu
governo, Clstenes sofreu uma intensa oposio da aristocracia, que se
aliou a Esparta. Os espartanos chegaram a ocupar Atenas, mas logo
foram expulsos; esse evento s contribuiu para o fortalecimento de
Clstenes e de suas pretenses reformistas. As reformas de Clstenes
instalaram em Atenas uma nova sistemtica poltica, cujas idias
fundamentais eram a igualdade poltica de todos os cidados e a
participao direta dos mesmos na mquina governamental. O principal
aspecto de suas reformas foi a criao de uma nova estrutura de
recrutamento para a participao poltica. Os cidados foram
distribudos em demos (unidades organizacionais de carter local s
quais todos os cidados eram obrigados a pertencer formalmente). O
conjunto dos demos foi distribudo em trs grupos: o primeiro reunia
os demos da cidade de Atenas (nos quais predominavam os indivduos
ligados s atividades de comrcio e artesanato, alm dos trabalhadores
urbanos); q Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Oriental > Introduo
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26. o segundo reunia os demos do litoral (que agregavam os
navegadores e pescadores);q o terceiro reunia os demos do interior
(que agregavam os proprietrios rurais grandes e pequenos).q Pgina
12 Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade Clssica
> Grcia Cada um desses grupos era dividido em dez Tritia (cada
qual formada por vrios demos). Trs tritias (uma de cada grupo)
formavam uma Tribo. Essas dez tribos formavam a base para o
recrutamento poltico e militar necessrio. importante saber que em
cada tribo havia participao indistinta dos diversos estratos
sociais. Cada tribo fornecia uma unidade militar sob o comando de
um Estratego , eleito pela prpria tribo. A Boul ou Conselho dos
Quinhentos, formada por cinqenta elementos de cada tribo, passou a
ser o principal rgo executivo do governo. As funes legislativas
foram integralmente concentradas nas mos da Eclsia (assemblias de
todos os cidados). As funes judicirias pertenciam ao Heliaea
(tribunal formado por juzes eleitos anualmente, em nmero idntico
para cada tribo, pela Eclsia). Com essas reformas, todos os
cidados, independentemente de sua condio scio-econmica, passaram a
participar diretamente do exerccio do poder poltico. Com isso,
Atenas atingiu seu esplendor democrtico. S que o conceito de
cidadania era restrito aos homens livres nascidos em Atenas;
conseqentemente, mulheres, escravos e estrangeiros no tinham acesso
ao poder poltico; logo, a democracia ateniense no era o governo de
todos, e sim o governo de todos os cidados. Ainda assim, as
reformas realizadas por Clstenes reduziram muito os nveis de tenso
social e contestao poltica existentes. Pgina 13 Matrias >
Histria > Histria Geral > Antiguidade Clssica > Grcia
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> Introduo
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27. Civilizao Grega Arcaica (sculos VIII a VI a.C) As bases da
cultura e da civilizao grega devem ser buscadas entre os egeus; os
povos indo-europeus que deram origem nao grega assimilaram aquilo
de mais significativo produzido por esse grupo. Em funo do
desenvolvimento da colonizao mediterrnea, particularmente no que
diz respeito ao estabelecimento de colnias na sia Menor, a
civilizao grega entrou em contato com as civilizaes orientais
(egpcia e mesopotmica principalmente), das quais recebeu fortes
influncias. A partir desses dois fundamentos, os gregos
desenvolveram uma cultura e uma civilizao originais, que podem ser
consideradas fatores fundamentais da unidade nacional grega. Um
segundo fator dessa unidade era a religio. Os gregos praticavam um
politesmo cujos deuses, alm de serem representados com formas
humanas (Antropomorfismo), eram efetivamente humanizados em seus
comportamentos e histrias. Os deuses gregos, alm de suas virtudes,
possuam defeitos humanos. A vida dos deuses era contada atravs de
lendas (Mitologia) que, de uma certa forma, foram sistematizadas
nos poemas homricos. O templo era considerado como a casa do deus
e, por isso , merecia um cuidado arquitetnico distinto do dado as
demais edificaes gregas. Cada polis tinha seu deus principal, ao
qual era dedicado o mais imponente templo da cidade. Ainda assim,
havia alguns templos que adquiriam uma importncia que transcendia o
mbito restrito da polis. o caso do Templo de Apolo, em Delfos, cujo
orculo era consultado indistintamente por todos os gregos; tambm o
caso do Templo de Zeus, em Olmpia, onde, de quatro em quatro anos,
eram realizados os Jogos Olmpicos, atividades nas quais atletas de
toda a Grcia tomavam parte. Pgina 14 Matrias > Histria >
Histria Geral > Antiguidade Clssica > Grcia Em termos de
literatura, a poesia pica foi o primeiro ramo desenvolvido. No
perodo arcaico, os poemas homricos conheceram sua primeira edio;
nessa poca viveu Hesodo, poeta de origem campesina, cujas
principais obras so: A Teogonia, em que tentou organizar a
genealogia dos deuses e Os Trabalhadores e os Dias, em que narra o
cotidiano da vida rural grega de seu tempo. Ainda no perodo
arcaico, nasceu a poesia lrica, cujos principais representantes,
naquele momento, foram Alceu e a poetisa Safo. Nas suas origens, a
cincia e a filosofia se confundiram bastante. No perodo arcaico, a
principal preocupao dos filsofos era a de encontrar o elemento
primrio da vida, a partir do qual o mundo e o homem teriam surgido.
O primeiro dos nomes conhecidos o de Tales de Mileto, cuja maior
especulao dizia respeito formao das leis que regiam o conhecimento
da cincia abstrata. Alm disso, Tales desenvolveu uma srie de
conhecimento prticos, especialmente em Matemtica, e formulou a
teoria de que a substncia primria era a gua. Dentre os discpulos de
Tales de Mileto, merecem destaque: Anaxmenes que via no ar a
substncia primria, e Anaximandro, para quem os mundos eram
infinitos em sua perptua inter-relao. Dois outros filsofos merecem
destaque: Xenfanes, que acreditava em um nico deus que dirigia as
foras do mundo e considerava o politesmo e as lendas acerca da vida
dos deuses como simples invenes da imaginao humana, e Pitgoras de
Samo, para quem os segredos do universo esto na harmonia dos
nmeros. A arquitetura grega manifestou sua mxima produtividade e
esplendor na construo dos templos. Para Matrias > Histria >
Histria Geral > Antiguidade Oriental > Introduo
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28. essa arquitetura, as idias de proporo e harmonia eram
fundamentais, partindo delas formaram-se dois estilos bsicos: o
drico (severo e funcional) e o jnico (luxuoso e elegante). A
escultura exercia um papel efetivamente independente da
arquitetura, sendo que a estaturia, trabalhada fundamentalmente em
mrmore, preocupava-se com o rigor anatmico e com a preciso dos
movimentos e detalhes. Pgina 15 Matrias > Histria > Histria
Geral > Antiguidade Clssica > Grcia AS GUERRAS MDICAS OU
GRECO PRSICAS fato notvel de que, no sculo VI a.C., as poleis
gregas da Anatlia (sia Menor) e na Magna Grcia (sul da Itlia e Ilha
da Siclia) apresentavam maior desenvolvimento econmico e cultural
que as da prpria Grcia. Destaque maior deve ser dado s principais
poleis da Anatlia: Mileto, feso, Samos e Lesbos. Estes eram, sem
dvida, os mais prsperos centros irradiadores da civilizao helnica.
O Reino Ldio fazia fronteira com as poleis gregas da Anatlia e
mantinha intensas relaes mercantis com elas. Esse contato fazia com
que a Ldia assimilasse, em larga escala, os padres culturais da
civilizao helnica; em contrapartida, o Reino Ldio foi estabelecendo
uma efetiva hegemonia poltica sobre a Anatlia.O estabelecimento da
hegemonia ldia facilmente compreensvel se levarmos em considerao no
s a inexistncia de uma unidade poltica entre as poleis gregas da
Anatlia, como tambm a existncia, muitas vezes, de intensas
rivalidades entre elas. Em 548 a.C., Ciro, rei dos persas, em sua
poltica imperialista, conquistou o Reino da Ldia e, por extenso,
estabeleceu seu domnio poltico sobre a Anatlia. A sujeio ao Imprio
Persa no alterou, substancialmente, a vida de Anatlia; entretanto,
mudou drasticamente os objetivos imperialistas persas. A partir do
estabelecimento de seu domnio sobre a Anatlia, os persas passaram a
participar, indiretamente, do comrcio mediterrneo. A insero dos
persas nos assuntos mediterrneos orientais fez com que o
imperialismo persa passasse a almejar o domnio dos Blcs. Esse
objetivo era favorecido pela fragmentao poltica da Grcia e pelas
freqentes e intensas rivalidades entre as cidades-estados da Grcia.
Entre 499 e 494 a.C., as poleis gregas da Anatlia, apoiadas por
Atenas, revoltaram-se contra o domnio persa. Esses dominadores,
tendo subjugado os povos revoltosos da Anatlia, voltaram sua ateno
para os Blcs e, nesse contexto, em 492 a.C., conquistaram a Trcia e
a Macednia, cujo governo foi entregue por Dario I a Mardnio e cuja
posse serviria de base de apoio para futuras incurses no territrio
grego. Pgina 16 Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Clssica > Grcia Matrias > Histria > Histria
Geral > Antiguidade Oriental > Introduo
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29. Em 490 a.C., os persas, sob comando de Mardnio e com apoio
de Hpias, tirano deposto de Atenas, iniciaram a invaso da Grcia
Setentrional, fixando como objetivo primordial a conquista da tica.
Os gregos, graas a uma vitria na Batalha de Maratona, conseguiram
rechaar essa primeira tentativa de conquista empreendida pelos
persas; esse povo atravessou uma srie de problemas internos em seu
Imprio (revolta do Egito, morte de Dario I e sua sucesso por
Xerxes). Essa situao fez com que, por dez anos, os persas no
voltassem a ameaar diretamente o territrio grego. Esse perodo de
trgua deu aos gregos, a possibilidade de se organizarem melhor,
particularmente atravs da conscientizao de diversas cidades-estados
de que o problema persa representava uma ameaa para toda a Grcia e
no apenas para Atenas. Em 480 a.C., teve incio uma nova campanha
persa na Grcia. De imediato, Tesslia foi tomada e o avano sobre a
tica iniciado; neste, os persas foram retardados pela passagem no
desfiladeiro das Termpilas, graas ao dos espartanos sob o comando
de Lenidas.Esse atraso nas Termpilas permitiu que a populao de tica
fosse evacuada para Salamina. Quando os persas tomaram e saquearam
Atenas, ela estava despovoada. Em seguida, os invasores pretendiam
vencer, definitivamente, os gregos concentrados em Salamina. Desde
o final da primeira incurso persa, os atenienses, liderados por
Temstocles, haviam montado uma poderosa frota naval, graas qual foi
possvel impedir uma derrota na batalha naval de Salamina. Com a
perda persa em Salamina, a hegemonia martima passou para as mos dos
gregos, tal fato foi decisivo para o destino da guerra. Em 479
a.C., os persas tentaram uma nova investida e, desta feita, foram
derrotados pelos espartanos em Platia (Pausnias era o chefe
espartano nessa batalha) e pelos atenienses em Mcale. Diante dessas
duas derrotas, os persas tiveram de desistir definitivamente da
conquista da Grcia, j que seus exrcitos e sua frota naval foram
quase que totalmente destrudos. Pgina 17 Matrias > Histria >
Histria Geral > Antiguidade Clssica > Grcia O APOGEU DE
ATENAS Aps as batalhas de Platia e Mcale, acabaram as lutas entre
gregos e persas no territrio da Grcia, contudo as guerras
continuaram. Em funo das pesadas derrotas, a Prsia precisou de uma
trgua para rearticular suas foras, reaparelhar seu exrcito e sua
frota. Nesse mesmo momento os gregos atenienses viam a oportunidade
de afastar os persas definitivamente do Mar Egeu. No fim da guerra,
Atenas era a cidade-estado em melhores condies para exercer um
papel hegemnico entre os gregos. Alm de possuir a maior frota naval
do Egeu e um poderoso exrcito, Atenas, aps as reformas de Clstenes,
vivia uma relativa paz social e, em funo dos sucessos nas Guerras
Mdicas, seu sentimento nacional estava vivo e forte. Para as poleis
gregas das ilhas do Egeu e da Anatlia, era vital a continuidade das
lutas contra o imprio persa. Sendo assim, no foi difcil para
Atenas, acatando a sugesto de um de seus generais das Guerras
Mdicas, Aristides, propor e conseguir a formao de uma confederao
martima: a Confederao de Delos. Essa Confederao agregava quase
todas as poleis das ilhas do Egeu e da Anatlia sob a presidncia de
Atenas. Cada membro da Confederao, ou seja, cada polis que dela
participava, devia Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Oriental > Introduo
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30. contribuir com tropas e navios ou ento com dinheiro, que
viabilizava o recrutamento de tropas e equipagem para a marinha.
Por ser a mais rica dentre as cidades-estados que participavam da
Confederao de Delos, Atenas sempre exerceu uma efetiva hegemonia
sobre todas as poleis que dela participavam. Muito cedo, as poleis
gregas do Helesponto e do Mar de Mrmora aderiram Confederao. A
atuao blica da Confederao de Delos foi eficiente, pois, em cerca de
vinte anos, ela conseguiu afastar os persas do contato direto com o
Mar Egeu. Nos primeiros tempos, a figura dominante em Atenas e,
conseqentemente, na Confederao, foi Cimon e, posteriormente,
Pricles, sendo que o ltimo exerceu durante mais de quinze anos um
papel absolutamente preponderante na vida ateniense, tanto que os
seus tempos ficaram conhecidos sob a designao da Era de Pricles. Em
conseqncia das Guerras Mdicas e atravs daConfederao de Delos,
Atenas passou a exercer absoluta hegemonia poltica, militar e
econmica em todo o Mediterrneo Oriental. Essa situao acelerou o
ritmo de desenvolvimento mercantil de Atenas, provocando um intenso
crescimento de sua populao atravs do aumento considervel do nmero
de metecos (estrangeiros) e de escravos. O desenvolvimento
mercantil de Atenas fez com que se tornasse obrigatria a consolidao
de sua dominao no Mediterrneo Oriental. Nesse quadro era natural
que a Confederao de Delos se tornasse um imprio Ateniense, ela
passou a existir, uma vez afastado o problema persa, para
contribuir para o fortalecimento e enriquecimento de Atenas. Em
funo dessa realidade dito que o sculo V a.C. o sculo do apogeu de
Atenas e no resta dvida que essa expanso imperial ateniense
inquietou diversas outras poleis na Grcia, particularmente Esparta.
Pgina 18 Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Clssica > Grcia A GUERRA DO PELOPONESO E A GRCIA NO SCULO IV
a.C. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo
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31. A hegemonia ateniense sobre a Grcia esbarrava, dentre
outras coisas, na concepo poltica do particularismo das
cidades-estados. A idia de nacionalidade, para os gregos antigos,
estava ligada sua polis de origem e no nao grega. A ao
centralizadora de Atenas, de certa forma, opunha-se concepo de
polis. O imprio ateniense encontrava forte oposio junto s
principais polis da Grcia, principalmente no que diz respeito a
Esparta e suas aliadas, que formavam a chamada Liga do Peloponeso.
Inicialmente, o imperialismo preocupava-se com as terras litorneas
do Mar Egeu; entretanto seu prprio desenvolvimento fez com que as
terras do Mediterrneo Ocidental passassem a ser reas atrativas. No
Mediterrneo Ocidental, particularmente na Magna Grcia, havia vrias
poleis; Siracusa por exemplo, mantinha um prspero comrcio que
chegava Grcia principalmente atravs de Corinto, uma polis aliada a
Esparta. Conforme Atenas voltava sua ateno imperialista para o
Ocidente, entrava em choque com Corinto e, conseqentemente ,
agravava suas relaes com Esparta. O apoio ateniense revolta da
Crcira, uma colnia de Corinto, foi suficiente para que toda a Liga
do Peloponeso entrasse em Guerra com Atenas. Sendo assim, no ano de
431 a.C. iniciava-se a Guerra do Peloponeso. Durante dez anos,
Esparta e seus aliados bloquearam, por terra, a tica, forando
Atenas a buscar seus suprimentos por mar, principalmente na sia
Menor. Tal bloqueio, bem como as constantes lutas, fizeram com que
a populao da tica fosse concentrada dentro dos muros de Atenas.
Isso dificultava o abastecimento desse povo e piorava as condies
sanitrias de Atenas. Esse contexto tornou muito propcia a ocorrncia
de vrias epidemias que mataram grandes contingentes humanos,
inclusive Pricles. Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Oriental > Introduo
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32. Pgina 19 Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Clssica > Grcia Em 421 a.C. foi negociada e assinada
a Paz de Ncias, que deveria ser mantida por, no minmo, cinqenta
anos. Restabelecida a paz, Atenas retomou sua poltica imperialista
no ocidente e, em 413 a.C., comeou a articular planos para atacar
Siracusa, que tambm era aliada de Corinto. Os planos para o ataque
a Siracusa foram concebidos por Alcebades e sofreram forte oposio
dos aristocratas de Atenas. Essa oposio causou violentos ataques a
Alcebades, que acabou obrigado a fugir dessa plis e a refugiar-se
em Esparta delatando os planos atenienses aos que o acolheram e
que, sob o comando de Ncias, fracassaram. A partir disso, a
ocorrncia de uma ofensiva espartana por terra impingiu diversas
derrotas a Atenas at que, em 404 a.C., com a Batalha de
Egos-Ptamos, os espartanos foram vitoriosos. Com a derrota de
Atenas, teve incio o perodo da hegemonia espartana na Grcia. Essa
plis tentou estabelecer seu imprio atravs de uma crescente
interveno nos assuntos internos das outras poleis .Alm disso,
Esparta procurou estabelecer seu controle sobre o comrcio do
Mediterrneo Oriental gerando com isso a renovao dos choques contra
o Imprio Persa. As posies imperialistas de Esparta desestabilizaram
sua realidade interna. O crescimento do nmero de seus escravos
provocou novas necessidades militares capazes de preservar a
dominao poltica dos espartatas. Esses problemas internos fizeram
com que Esparta deixasse de preservar suas posies na Anatlia. Dessa
forma essa cidade voltou a sofrer presses e acabou voltando a
pertencer ao Imprio Persa. Esses acontecimentos propiciaram uma
aliana entre Atenas e Tebas e a formao de uma nova liga martima sob
a liderana dessas poleis. Ainda nesse perodo, Esparta teve de
enfrentar diversas revoltas de seus escravos. Em suma, a hegemonia
espartana viu-se em xeque at que, com a Batalha de Leuctras, 371
a.C., os tebanos, liderados por Pelpidas e Epaminondas, expulsaram
os espartanos da Grcia Setentrional. Em seguida, Tebas apoiou a
libertao da Messnia em relao a Esparta e conquistou a Tesslia.
Assim a hegemonia tebana estabelecia-se sobre a Grcia. S que em 362
a.C., Atenas e Esparta aliaram-se e derrotaram Tebas; a partir da,
nenhuma polis grega tinha condies de impor sua hegemonia Grcia.
Pgina 20 Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Clssica > Grcia Matrias > Histria > Histria Geral >
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33. A CIVILIZAO GREGA NOS SCULOS V E IV a.C. No sculo V a.C., a
vida cultural grega encontrou em Atenas o seu principal centro
irradiador, o que natural, se pensarmos que nesse sculo Atenas era
efetivamente a principal potncia do mundo helnico. Se quisermos
atribuir uma caracterstica bsica para a cultura grega clssica
(aquela produzida nos sculos V e IV a.C.), devemos indicar o
Humanismo : preocupao com a valorizao do homem e do humano. Esse
Humanismo visvel, por exemplo, na escultura. Fdias e Miron, os dois
principais escultores da poca, antes de pretenderem representar os
deuses como divindades, davam-lhes traos marcadamente humanos,
tanto no que diz respeito ao seu aspecto fsico, quanto na preocupao
da fixao de uma emoo em cada imagem esculpida. Fdias, alm de ter
sido notvel escultor, colaborou com o arquiteto Ictinnio e com
Pricles na reconstruo de Atenas, aps as Guerras Mdicas, sendo que
dessa reconstruo o monumento mais significativo foi o Partenon,
templo da deusa Atena, na Acrpole de Atenas Na filosofia, aps
Herclito, que via no fogo o elemento essencial e que foi o primeiro
filsofo a constatar a importncia do movimento do universo, e de
Demcrito, o formulador da teoria do atomismo, a filosofia grega
passou a se preocupar fundamentalmente com o homem; o caso, por
exemplo, dos sofistas (Protgoras foi o mais notvel) que, antes de
filsofos, eram educadores, ou seja, dedicavam-se a transmitir os
conhecimentos adquiridos pela humanidade. Foi em meio aos sofistas
que surgiu Scrates, o primeiro dos grandes filsofos gregos. Ao
contrrio do que se fazia at ento, Scrates no se preocupou com a
cosmologia e sim com o homem; discutiu, atravs de seu mtodo
denominado maiutica, as grandes virtudes dos homens. Scrates no
deixou nada escrito e seu pensamento chegou at ns atravs das obras
de seus discpulos, dentre os quais o principal foi Plato, que
reuniu os ensinamentos socrticos nos Dilogos. Pgina 21 Matrias >
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34. Plato fundou uma escola chamada Academia. Preocupou-se com
a teoria do conhecimento; para ele, a idia a forma essencial de
todas as coisas; o mundo real transcende o mundo dos fenmenos
aparentes. Outra preocupao de Plato foi a poltica e, em sua obra
Repblica, ele desenvolveu todo um panorama crtico da vida poltica
das cidades-estados. Dentre os discpulos de Plato, o mais notvel
foi Aristteles que, a exemplo de seu mestre, tambm fundou uma
escola, o Liceu. Para Aristteles, a razo um elemento essencial no
conhecimento humano; entretanto, os dados manipulados pela razo so
fornecidos pelos sentidos, ou seja, pela experincia sensorial. Os
escritos de Aristteles abrangeram todos os campos do conhecimento
humano de ento, desde o mundo material (Fsica), passando pela
teoria do conhecimento (Organum) at poltica (Poltica) e as artes
(Arte Potica e Arte Retrica). Outro campo do conhecimento que se
desenvolveu no perodo clssico foi a Histria. Herdoto (o Pai da
Histria) em sua obra Guerras Mdicas foi o primeiro a se preocupar
com o registro sistemtico do passado isento das lendas e da
mitologia. Tucdides, autor da Guerra do Peloponeso, acrescentou
observao histrica a crtica histrica, ou seja, preocupou-se em
estabelecer relaes de causa-efeito entre os fatos histricos.
Xenofontes outro historiador do perodo. Pgina 22 Matrias >
Histria > Histria Geral > Antiguidade Clssica > Grcia
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35. O MUNDO HELENSTICO A Macednia um territrio ao norte da
Grcia. Seu povo foi considerado por muito tempo, pelos gregos, como
sendo brbaro, essa imagem s foi alterada quando os macednios
passaram por um processo de helenizao. Em funo do desenvolvimento
comercial e das Guerras Mdicas, a Macednia viu suas relaes com as
polis gregas intensificadas, a ponto da Macednia passar a ser vista
como parte do mundo helnico. Desde cedo, a Macednia conheceu um
processo poltico altamente centralizador. A monarquia absoluta era
sua verdade em termos de organizao do Estado. Felipe, rei da
Macednia, viveu em Tebas a partir de 356 a.C, onde passou a
conhecer profundamente a realidade da Grcia, suas virtudes e
fraquezas. O crescente caos poltico grego, aps o perodo da
hegemonia tebana, deu margem para que Felipe desenvolvesse uma ao
poltica, cujo objetivo era o estabelecimento do domnio macednico
sobre a Grcia. Tal poltica encontrava entre os prprios gregos
inmeros adeptos. o caso de Iscrates e de Esquines, que viam no
domnio macednico o nico caminho vivel para preservar a soberania
grega no Egeu, diante do novo expansionismo persa. claro que entre
os gregos tambm havia ferrenhos opositores a Felipe da Macednia,
caso, por exemplo, do grande orador Demstenes. Com o intuito de
desencadear um imperialismo macednico, Felipe realizou profundas
transformaes nas estruturas militares e sociais de seu reino; por
exemplo: adotou a falange tebana como unidade de luta de seu
exrcito, confiscou as terras dos aristocratas e distribuiu-as aos
homens pobres para que estes tambm tivessem condies de servir no
exrcito. Aproveitando as divergncias de opinio entre os gregos,
Felipe foi estabelecendo seu domnio na Grcia Continental. Teve de
enfrentar resistncias militares que foram definitivamente
sobrepujadas com sua vitria na Batalha de Queronia, em 338 a.C., em
conseqncia da qual foi criada a Liga de Corinto, atravs da qual a
Grcia, menos o Peloponeso, reconheceu a supremacia macednica. Pgina
23 Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade Clssica
> Grcia Clique no mapa para ampliar Pouco aps esses eventos,
Felipe foi assassinado e sucedido no trono por seu filho Alexandre,
que passou para a histria como Alexandre Magno. Alexandre Magno foi
educado durante algum tempo por Aristteles, sendo profundo
admirador e conhecedor do mundo grego. Alexandre dizia-se
descendente de deuses e heris e desenvolveu em torno de si toda uma
mstica que o transformou em personagem semidivino. Matrias >
Histria > Histria Geral > Antiguidade Oriental > Introduo
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36. Sua curta vida foi dedicada construo de um Imprio Macednico
universal que ficou conhecido como Imprio Helenstico. Alm de
consolidar o domnio macednico na Grcia, Alexandre conquistou todo o
territrio Persa, Fencia, Egito e parte da ndia. Morreu aos 33 anos
de idade, em 323 a.C., na Babilnia, pouco aps haver desposado uma
princesa persa. Em meio ao seu expansionismo militar, Alexandre
fundou diversas cidades, que se tornaram centros difusores da
cultura grega. Alexandria, no Egito, a mais importante delas. Aps
sua morte, o Imprio de Alexandre conheceu uma forte crise
sucessria, uma vez que seu filho s nasceria aps alguns meses e seus
generais iriam disputar o controle do Imprio. Aps intensas e
prolongadas lutas, chegou-se forma de partilha do Imprio entre os
principais generais de Alexandre. Antgono ficou com o Reino da
Macednia, que inclua a Grcia, nessa rea foi estabelecida a Dinastia
Antignida. Ptolomeu Lagos ficou com o Reino do Egito, onde foi
estabelecida a Dinastia Lgida. Seleuco ficou com o Reino da Sria,
que abrangia todos os territrios asiticos do Imprio Helenstico,
nessa regio foi estabelecida a Dinastia Selncida. O Reino da Sria,
por ser o mais vasto e mais heterogneo em termos de populao,
conheceu, ao longo de sua histria, um processo de fragmentao atravs
do qual tiveram origem uma srie de pequenos reinos (Prgamo, Galcia,
Capadcia, Bitnia, Ponto Euxino e Partos). Entre 197 e 31 a.C.,
todos os reinos helensticos foram conquistados pelos romanos. Pgina
24 Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade Clssica
> Grcia Cultura Helenstica Acreditava-se que a cultura
helenstica resultava da fuso da cultura grega com as culturas
orientais (principalmente a egpcia e a persa), entretanto, a viso
atual diz que a cultura helenstica nada mais do que a prpria
cultura grega desenvolvida fora da Grcia , a partir do sculo III
a.C. Essa cultura helenstica teve nas cidades de Alexandria,
Antiquia e Prgamo seus principais ncleos de difuso. Principais
realizaes da cultura helenstica: Notveis progressos na Matemtica,
especialmente com Euclides, autor dos Elementos da Geometria. Na
Fsica, com Arquimedes, grandes descobertas foram feitas A Filosofia
desenvolveu duas correntes: O Estoicismo que nega qualquer forma de
validade das coisas materiais e defende a total renncia a elas. O
Epicurismo que, ao contrrio do estoicismo, defende a busca do
verdadeiro prazer. Nas artes plsticas, os escultores e pintores
buscaram fundamentalmente a fixao da idia desse movimento em seus
trabalhos. Na literatura o desenvolvimento da poesia idlica teve
como principal expoente Tecrito. Matrias > Histria > Histria
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Antiguidade Clssica > Roma Roma A Monarquia (753/509 a.C.)
Praticamente, no existem fontes histricas objetivas e precisas para
as origens da cidade-estado de Roma. Os prprios romanos dos
primeiros tempos homricos no conheciam com clareza os dados de sua
fundao. Era corrente, em Roma, uma explicao lendria segundo a qual
Rmulo e Remo descendentes de Enias, um prncipe troiano que emigrara
para a Itlia aps a destruio de Tria, teriam fundado a cidade em 753
a.C. Essa lenda chegou at ns atravs de Eneida poema pico de
Virglio. Em termos cientficos, com base nas pesquisas arqueolgicas
e demais fontes, a Histria constata que Roma se originou de
aldeamentos militares, estabelecidos entre sete colinas, s margens
do rio Tibre, pelos latinos e sabinos, numa tentativa de defender o
Lcio contra as freqentes invases dos etruscos. Esses aldeamentos
militares devem ter sido estabelecidos por volta do ano 1000 a. C.
e, lentamente, foram evoluindo para a condio de uma cidade-estado.
certo que, no sculo VIII a.C., Roma j era uma cidade-estado e, mais
do que isso, uma Monarquia. Em suas origens, a economia romana
estava inteiramente voltada para a explorao agrria;
conseqentemente, a propriedade da terra era o elemento
estratificador da sociedade, vindo da o fato de Roma ter
originalmente uma sociedade fundamentalmente aristocrtica. Pgina 2
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38. Na estrutura social da monarquia romana, encontramos as
seguintes camadas sociais: Patrcios Aristocracia latifundiria
constituda pelos descendentes diretos dos fundadores de Roma. Os
patrcios organizavam-se em cls (comunidades familiares em sentido
amplo, que em Roma eram chamadas de "gens"), cujos membros
diziam-se descendentes de um mesmo antepassado que era por eles
cultu