1
2
A construo deste documento no seria possvel sem a participao dos vrios
segmentos que compe a comunidade do IFSP e que colaboraram com a sua elaborao.
Agradecemos:
s Comisses Locais de todos os campi;
Aos representantes discentes; Aos representantes dos servidores docentes e tcnico-administrativos;
s Pr-Reitorias do IFSP;
CISTA, CPPD e CPA do IFSP; Aos observadores da Faculdade de Educao da UNICAMP, do Instituto Federal
Baiano e dos Movimentos Sociais. A Comunicao Social da Reitoria;
A toda a comunidade.
3
Somos indivduos livres e nossa liberdade nos condena a tomarmos decises
durante toda a nossa vida. No existem valores ou regras eternas, a partir das
quais podemos no guiar. E isto torna mais importantes nossas decises,
nossas escolhas.
Jean-Paul Sartre
4
REITORIA DO INSITUTO FEDERAL DE SO PAULO
Eduardo Antonio Modena
Reitor do IFSP
Cynthia Regina Fischer Pr-Reitora de Ensino
Eduardo Alves da Costa
Pr-Reitor de Pesquisa, Inovao e Ps-graduao
Wilson de Andrade Matos Pr-Reitor de Extenso
Paulo Fernandes Jr.
Pr-Reitor de Administrao
Whisner Fraga Mamede
Pr-Reitor de Desenvolvimento Institucional
Ednilson Geraldo Rossi Diretor Geral do Campus Araraquara
Sebastio Francelino da Cruz
Diretor Geral do Campus Avar
Srgio Vicente Azevedo Diretor Geral do Campus Barretos
Robson de Miranda Soares
Diretor Geral do Campus Birigui
Bruno Nogueira Luz
Diretor Geral do Campus Boituva
Maurcio Costa Carreira Diretor Geral do Campus Bragana Paulista
Daniel Saverio Spozito
Diretor Geral do Campus Campinas
Hlio Sales Rios Diretor Geral do Campus Campos do Jordo
Waldo Luis de Lucca
Diretor Geral do Campus Capivari
5
Joo Roberto Moro
Diretor Geral do Campus Caraguatatuba
Mrcio Andrey Teixeira
Diretor Geral do Campus Catanduva
Robson Nunes da Silva Diretor Geral do Campus Cubato
Joel Dias Saade
Diretor Geral do Campus Guarulhos
Jos Ricardo Moraes de Oliveira Diretor Geral do Campus Hortolndia
Ragnar Orlando Hammarstrom
Diretor Geral do Campus Itapetininga
Luz Marina Poddis
Diretora Geral do Campus Jacare
Alexandre Moraes Cardoso Diretor Geral do Campus Mato
Ricardo Naoki Mori
Diretor Geral do Campus Piracicaba
Italo Alves Motorio Junior Diretor Geral do Campus Presidente Epitcio
Walter Augusto Varella
Diretor Geral do Campus Registro
Francisco Rosta Filho
Diretor Geral do Campus Salto
Wania Tedeschi Diretora Geral do Campus So Carlos
Eduardo Marmo Moreira
Diretor Geral do Campus So Joo da Boa vista
Luiz Gustavo de Oliveira Diretor Geral do Campus So Jos dos Campos
Luiz Cludio Matos de Lima Junior
Diretor Geral do Campus So Paulo
6
Ricardo dos Santos Coelho
Diretor Geral do Campus So Roque
Lacyr Joo Sverzut
Diretor Geral do Campus Sertozinho
Breno Teixeira Santos Fernochio Diretor Geral do Campus Suzano
Marcos Amorielle Furini
Diretor Geral do Campus Votuporanga
Andrea Cristina Zoca Diretora Geral do Campus Avanado Araras
Reginaldo Vitor Pereira
Diretor Geral do Campus Avanado Jundia
Jacqueline De Blasi
Diretora Geral do Campus Avanado Mococa
Caio Marcus Dias Flausino Diretor Geral do Campus Avanado Presidente Prudente
Rivelli da Silva Pinto
Diretor Geral do Campus Avanado Rio Claro
Alexandre Pereira Chahad Diretor Geral do Campus Avanado Sorocaba
7
COMISSO CENTRAL DO PDI
Whisner Fraga Mamede Representante da PRD - Presidente
Adriana Paes de Jesus Correia Representante da PRE
Caio Pimpinato Representante Discente
Denilza da Silva Frade Representante do Conselho Superior
Joo Moro Representante do Colgio de Dirigentes
Manuel Filgueira Barral Representante Docente
Paulo Roberto Barbosa Representante da PRP
Reginaldo Vitor Pereira Representante Tcnico-Administrativo
Simone Maria Magalhes Representante da PRX
Wania Tedeschi Representante do Colgio de Dirigentes
8
COMISSES LOCAIS
Campus Araraquara
Representante Docente Titular: Edilson Jos Davoglio
Suplente: Carlos Eduardo Guimares.
Representante Tcnico-Administrativo Titular: Eullia Nazar Cardoso Machado Suplente: Cristiano Miranda Barroso.
Representante Discente
Titular: Marcel Torres Alves Suplente: Alan Henrique Gomes Coimbra
Campus Avar
Representante Docente Titular: Maria Cristina Marques Suplente: Benedito Germano Freitas
Representante Tcnico-Administrativo
Titular: Andressa de Andrade Suplente: Renato Silvano Pires Baptista
Representante Discente Titular: Alexandre Augusto de Almeida Curto Rodrigues
Suplente: James Luciano Camargo Jnior
Campus Barretos
Representante Docente
Titular: Fernanda dos Santos Menino Suplente: Vitor Edson Marques Junior
Representante Tcnico-Administrativo Titular: Ana Paula Faustino Tieti Mendes
Suplente: Lucas Duarte de Matos
Representante Discente Titular: Fabola de Torres Santos Suplente: Sandra Maru de Castro Schettini
Campus Birigui Representante Docente
Titular: Danilo Pazian Paulo Suplente: Deidimar Alves Brissi
9
Representante Tcnico-Administrativo
Titular: Aline Graciele Mendona Suplente: Vanessa Palomo de Souza
Representante Discente
Titular: Bruno Verza Amarante Suplente: Laurence Pereira Feliciano
Campus Boituva
Representante Docente Titular: Ricardo Salvino Casado Suplente: Felipe Augusto Ferreira de Almeida
Representante Tcnico-Administrativo
Titular: Katiana de Lima Alves Silva Suplente: Lucivaldo Paz de Lira
Representante Discente Titular: Lvia Cristina Campos Gutierres
Suplente: Rafael da Silva Marisau
Campus Bragana Paulista
Representante Docente
Titular: Adilson de Souza Cndido Suplente: Bianca Maria Pedrosa
Representante Tcnico-Administrativo: Titular: Vitor Leite de Barros Heingle
Suplente: Eduarda Camargo Sanso Representante Discentes
Titular: Marcos Katsushi Nara Suplente: Victor Oscar Martins Claro
Campus Campinas
Representante Docente Titular: Francisco Ubaldo Vieira Junior
Suplente: Joo Alexandre Bortolotti
Representante Tcnico-Administrativo: Titular: Antnio Carlos Lepri Junior Suplente: Luiz Felipe e Silva Cardim de Queirz Guimares
Representante Discentes
Titular: Jos Roberto da Silva Suplente: Renata Aliaga
10
Campus Campos do Jordo
Representante Docente
Titular: Alisson Ribeiro Suplente: Eduardo Machado Soares
Representante Tcnico-Administrativo Titular: Udo Alexandre Wagner
Suplente: Deborah Helena Silva Ferreira
Representante Discente Titular: Bruno Luiz de Oliveira Suplente: Edilene Bertini Ferreira
Campus Capivari
Representante Docente Titular: Ana Paula Santos da Conceio
Suplente: Carlos Roberto Paviotti
Representante Tcnico-Administrativo Titular: Carla Patrcia Mania de Oliveira Suplente: Isabel Cristina das Chagas
Representante Discente
Titular: Beatriz Regina de Souza Suplente: Smia Lopes Neres do Nascimento
Campus Caraguatatuba
Representante Docente Titular: Julio Csar Pereira Salgado e Ricardo Maroni Neto Suplente: rico da Silva Costa
Representante Tcnico-Administrativo
Titular: Mariana Ricatieri Suplente: Ana Regina Vasconcellos Mousessian
Representante Discente Titular: Lucas Souza Santos Silva
Suplente: Lucas Edson Leonel Lira
Campus Catanduva Representante Docente
Titular: Everthon Silva Fonseca e Joanita Nakamura Granato Suplente: Lairce Castanheira Beraldi
Representante Tcnico-Administrativo Titular: Ednia Virginia Pinheiro
11
Representante Discente
Titular: Maurcio Jos da Rocha G Silva
Campus Cubato
Representante Docente Titular: Elaine Cristina de Arajo Suplente: Rosana Nbia Sorbille
Representante Tcnico-Administrativo
Titular: Maria das Neves Farias Dantas Bergamaschi Suplente: Victor Rodolfo Lomnitze
Representante Discente Titular: Matheus Henrique Azevedo
Suplente: Henrique Lima Barbosa
Campus Guarulhos
Representante Docente
Titular: Isaque da Silva Almeida Suplente: Jussara Pimenta Matos
Representante Tcnico-Administrativo Titular: Christine Barbosa Betty
Suplente: Mara Lucia Costa Mariano Representante Discente
Titular: Rodrigo Fernandes Santana Suplente: Gabriel Thiago Cruz Moreira
Campus Hortolndia
Representante Docente Titular: Nilton Costa Jnior
Suplente: Gustavo Siqueira Alvarenga
Representante Tcnico-Administrativo Titular: Caroline Feitosa Jango Suplente: Fbio Cantarella Pinto Tosetto
Representante Discente
Titular: Igor Eduardo Ferreira Ximenes Suplente: Allyson Henrique de Souza Dias
Campus Itapetininga
Representante Docente Titular: Adriana Marques
Representante Tcnico-Administrativo
Titular: Alexandre Schigunov Neto Suplente: Janete da Silva Santos
12
Representante Discente Titular: Ana Carolina Moraes Rodrigues
Campus Jacare
Representante Docente Titular:
Suplente: Representante Tcnico-Administrativo
Titular: Suplente:
Representante Discente Titular:
Suplente:
Campus Mato
Representante Docente Titular: Flvio Tambellini
Suplente: Alcio Rodrigues de Oliveira Representante Tcnico-Administrativo
Titular: Luciane Penteado Chaquime Suplente: Greissi Gomes Oliveira
Representante Discente Titular: Bruna Zavati Zavitoski
Suplente: Gabriela Teixeira Luppia
Campus Piracicaba
Representante Docente Titular: Ernesto Kenji Luna Suplente: Valter Cesar Montanher
Representante Tcnico-Administrativo
Titular: Glaucia de Medeiros Dias Suplente: Angela Halen Claro Bembem
Representante Discente Titular: Francisco Sciorilli Jnior
Suplente: Marcela Stella Dias Correa
13
Campus Presidente Epitcio
Representante Docente
Titular: Kleber Manrique Trevisani Suplente: Jos Guilherme Magalini Santos Decanini
Representante Tcnico-Administrativo Titular: Randal Franklin Siqueira Campos
Suplente: Thalita Alves dos Santos
Representante Discente Titular: Cludia Mrcia dos Santos Rodrigues Suplente: Jacqueline Yuri Santana Cruz
Campus Registro Representante Docente
Titular: Rodrigo Ribeiro de Oliveira Suplente: Marcel Wu
Representante Tcnico-Administrativo Titular: Fernando Jos dos Santos Silva
Suplente: Arlindo Alves da Costa
Representante Discentes Titular: Leandra Nalygia Sobral Lisboa Maciel Suplente: Ronan Calasans da Veiga
Campus Salto
Representante Docente Titular: Luiz Eduardo Miranda Jos Rodrigues
Suplente: Paulo de Tarso Gomes
Representante Tcnico-Administrativo Titular: Tatiana Bussaglia
Suplente: Mrcio Balbino da Silva Representante Discente
Titular: Roseli de Ftima Proena Dourado Suplente: Franciele Domingues
Campus So Carlos
Representante Docente Titular: Rodrigo Elias Bianchi
Suplente: Carla Renata Rufo Representante Tcnico-Administrativo
Titular: Nilton Cesar da Silva Suplente: Tiago Batista Medeiros
14
Representante Discente
Titular: Yasmin Araujo Benatti Suplente: Lucas Paulino Santos
Campus So Joo da Boa Vista Representante Docente
Titular: Luiz Claudio Marangoni de Oliveira Suplente: Gabriel Marcelino Alves
Representante Tcnico-Administrativo Titular: Juliana Gimenes Gianelli
Suplente: Ana Paula Oliveira Vieira Scoassado
Representante Discente Titular: Giovani Martim Albuquerque Suplente: Guilherme Bernini
Campus So Jos dos Campos
Representante Docente Titular: Lus Carlos Pires Videira
Suplente: Joo Sinohara da Silva Sousa
Representante Tcnico-Administrativo Titular: Jssica Cristiane Pereira da Silva Suplente: Vanderlei Roberto Frana
Representante Discente
Titular: Marina Macedo Ferreira Suplente: Thais Cardoso de Oliveira
Campus So Paulo
Representante Docente Titular: Leonardo Nogueira de Moraes, Lus Fernando de Freitas Camargo e Valria
Ostete Jannis Luchetta Representante Tcnico-Administrativo
Titular: Jos Geraldo Basante (Presidente), Natanael Benedito Amaro e Sebastiana Nelsa da Silva Costa
Representante Discente Titular: Lucas Souza Ernesto e Luigi Francesco Mazzini Passerino
Campus So Roque
Representante Docente Titular: Rogrio Tadeu da Silva
Representante Tcnico-Administrativo
Titular: Janana Ribeiro Bueno Bastos
15
Representante Discente
Titular: Alessandra Carvalho Carlos Galvez
Campus Sertozinho
Representante Docente Titular: Reinaldo Tronto
Representante Tcnico-Administrativo
Titular: Andr Luis da Silva Representante Discente
Titular: Fernando Penido Amaral
Campus Suzano Representante Docente
Titular: Fbio Nazareno Machado da Silva
Representante Tcnico-Administrativo Titular: Paulo Osni Silvrio
Representante Discente Titular: Ana Carolina de Oliveira
Campus Votuporanga
Representante Docente Titular: Osvandre Alves Martins
Suplente: Domcio Moreira da Silva Jnior Representante Tcnico-Administrativo
Titular: Danielle Spadotto Sperandio Suplente: Isabel Cristina Passos Motta
Representante Discente
Titular: Gilberto Jos Fernandes de Camargo Suplente: Francielle da Silva Nunes
16
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
AGENDE Agencia de Desenvolvimento de Guarulhos
AIT Agncia de Inovao Tecnolgica
ANDES-SN Sindicato Nacional dos Docentes das Instituies de Ensino
Superior
APL Arranjo Produtivo Local
ARQ Campus Araraquara
AVR Campus Avar
BRA Campus Bragana Paulista
BRI Campus Birigui
BTV Campus Boituva
CA Centro Acadmico
CAPES - Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior
CAR Campus Caraguatatuba
CBT Campus Cubato
CEFET-SP Centro Federal de Educao Tecnolgica de So Paulo
CEMUS Centros de Educao Municipais de Salto
CEPRO Centro Educacional Profissional
CIEE Centro de Integrao Escola Empresa
CJO Campus Campos do Jordo
CLP- Controlador Lgico Programvel
CMP Campus Campinas
CNC Comando Numrico de Computadorizado
CNE/CES Conselho Nacional de Educao / Cmara de Educao Superior
CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico
CNPQ Conselho Nacional de Pesquisa
CNS - Conselho Nacional da Sade
CONEP Conselho Nacional de Pesquisa
CPA - Comisso Prpria de Avaliao
CPV Campus Capivari
EJA Educao de Jovens e Adultos
EMEP Ensino Mdio e Educao Profissional
17
EPT Educao Profissional e Tecnolgica
FE/USP Faculdade de Educao da USP
FIC Formao Inicial e Continuada
FUNDAM - Fundao para o Desenvolvimento Educacional e Cultural da Alta
Mogiana
GAB Gabinete do Diretor
GRU Campus Guarulhos
HTO Campus Hortolndia
IES Instituio de Ensino Superior
IFSP - Instituto Federal de Educao Cincia e Tecnologia de So Paulo
ISSN - International Standard Serial Number
ITA Instituto Tecnolgico da Aeronutica
ITP Campus Itapetininga
JCR Campus Jacare
MEC Ministrio da Educao
MTO Campus Mato
NUBE Ncleo Brasileiro de Estgio
ONU Organizaes das Naes Unidas
PCCTAE Plano de Carreira dos Cargos Tcnicos Administrativos em Educao
PDI Plano Desenvolvimento Institucional
PEP Campus Presidente Epitcio
PIBIC - Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Cientfica
PPP Projeto Poltico Pedaggico
PRC Campus Piracicaba
PRODOCENCIA - Programa de Consolidao das Licenciaturas
PROEJA O Programa Nacional de Integrao da Educao Profissional com a
Educao
Bsica na Modalidade de Educao de Jovens e Adultos
PROEP Programa de Expanso da Educao Profissional e Tecnolgica
RGT Campus Registro
RJU Regime Jurdico nico
RJU Regime Jurdico nico
SCL Campus So Carlos
18
SJC Campus So Jos dos Campos
SLT Campus Salto
SEADE Fundao Sistema Estadual de Anlise de Dados
SETEC Secretaria de Educao Profissional e Tecnolgica
SIEP - Sistema de Informao da Educao Profissional
SINASEFE Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educao Bsica e
Profissional
SBV Campus So Joo da Boa Vista
SPO Campus So Paulo
SRQ Campus So Roque
SRT Campus Sertozinho
SZN Campus Suzano
T&D Treinamento e Desenvolvimento
TIC - Tecnologias de Informao e Comunicao
UFU Universidade Federal de Uberlndia
UNED Unidade de Ensino Descentralizada
UNICAMP Universidade Estadual de Campinas
UNIFEI Universidade Federal de Itajub
UPES Unio Paulista dos Estudantes Secundaristas
USP Universidade de So Paulo
VTP Campus Votuporanga
19
SUMRIO
INTRODUO................................................................................. 26
I PERFIL INSTITUCIONAL....................................................... 29
1.1 Misso.......................................................................... 29
1.2 Histrico Institucional..................................................... 30
1.2.1 Escola de Aprendizes e Artfices de So Paulo........ 30
1.2.2 Liceu Industrial de So Paulo............................... 32
1.2.3 Escola Industrial de So Paulo e Escola Tcnica de
So Paulo.........................................................
33
1.2.4 Escola Tcnica de Federal de So Paulo................ 39
1.2.5 Centro Federal de Educao Tecnolgica de So
Paulo...............................................................
42
1.2.6 Instituto Federal de Educao, Cincia e
Tecnologia de So Paulo....................................
44
1.2.7 Campus Araraquara........................................... 48
1.2.8 Campus Avar................................................... 20
1.2.9 Campus Barretos............................................... 51
1.2.10 Campus Birigui.................................................. 53
1.2.11 Campus Boituva .............................................. 54
1.2.12 Campus Bragana Paulista ................................. 57
1.2.13 Campus Campinas............................................. 59
1.2.14 Campus Campos do Jordo................................. 62
1.2.15 Campus Capivari............................................... 64
1.2.16 Campus Caraguatatuba...................................... 65
1.2.17 Campus Catanduva............................................ 66
1.2.18 Campus Cubato............................................... 68
1.2.19 Campus Guarulhos............................................. 70
1.2.20 Campus Hortolndia........................................... 72
1.2.21 Campus Itapetininga.......................................... 73
1.2.22 Campus Jacare................................................. 74
1.2.23 Campus Mato.................................................. 74
1.2.24 Campus Piracicaba............................................. 76
20
1.2.25 Campus Presidente Epitcio................................ 77
1.2.26 Campus Registro............................................... 79
1.2.27 Campus Salto.................................................... 80
1.2.28 Campus So Carlos............................................ 81
1.2.29 Campus So Joo da Boa Vista............................ 82
1.2.30 Campus So Jos dos Campos............................. 85
1.2.31 Campus So Roque............................................ 85
1.2.32 Campus Sertozinho.......................................... 87
1.2.33 Campus Suzano................................................ 91
1.2.34 Campus Votuporanga......................................... 94
1.2.35 Expanso Demais campi e campi avanados que
sero inaugurados entre os anos de 2014 e 2015...
96
1.3 Objetivos e Metas da Instituio....................................... 99
1.3.1 Reitoria............................................................ 99
1.3.2 Pr-Reitoria de Ensino........................................ 104
1.3.3 Pr-Reitoria de Pesquisa..................................... 112
1.3.4 Pr-Reitoria de Extenso.................................... 116
1.3.5 Pr-Reitoria de Administrao............................. 122
1.3.6 Pr-Reitoria de Desenvolvimento Institucional....... 129
II PROJETO POLTICO INSTITUCIONAL................................... 136
2.1 Insero Regional.......................................................... 136
2.2 Princpios Filosficos e Pedaggicos.................................. 141
2.3 Polticas de Ensino.......................................................... 161
2.4 Polticas Pesquisa........................................................... 171
2.5 Polticas de Extenso e Responsabilidade Social................. 174
2.6 Polticas de Gesto......................................................... 179
III IMPLEMENTAO DA INSTITUIO E ORGANIZAO
ACADMICA..........................................................................
184
3.1 Cronograma de Implantao e Desenvolvimento da
Instituio para o Perodo de Vigncia do P.D.I.
Programao de abertura, extino ou remanejamento de
Cursos: Tcnicos (Integrado, Concomitante e PROEJA),
Graduao (Bacharelado, Licenciatura e Tecnologia), Ps-
21
graduao (Lato-sensu e Stricto-Sensu) e Extenso dos
Campi em Operao.
184
3.1.1 Campus Araraquara........................................... 184
3.1.2 Campus Avar................................................... 184
3.1.3 Campus Barretos............................................... 185
3.1.4 Campus Birigui.................................................. 186
3.1.5 Campus Boituva ............................................... 187
3.1.6 Campus Bragana Paulista ................................. 190
3.1.7 Campus Campinas............................................. 193
3.1.8 Campus Campos do Jordo................................. 194
3.1.9 Campus Capivari............................................... 195
3.1.10 Campus Caraguatatuba...................................... 196
3.1.11 Campus Catanduva............................................ 197
3.1.12 Campus Cubato............................................... 198
3.1.13 Campus Guarulhos............................................. 199
3.1.14 Campus Hortolndia........................................... 201
3.1.15 Campus Itapetininga.......................................... 202
3.1.16 Campus Jacare................................................. 203
3.1.17 Campus Mato.................................................. 203
3.1.18 Campus Piracicaba............................................. 204
3.1.19 Campus Presidente Epitcio................................ 205
3.1.20 Campus Registro............................................... 207
3.1.21 Campus Salto.................................................... 211
3.1.22 Campus So Carlos............................................ 212
3.1.23 Campus So Joo da Boa Vista............................ 214
3.1.24 Campus So Jos dos Campos............................. 216
3.1.25 Campus So Paulo............................................. 218
3.1.26 Campus So Roque............................................ 221
3.1.27 Campus Sertozinho.......................................... 222
3.1.28 Campus Suzano................................................ 223
3.1.29 Campus Votuporanga......................................... 225
3.2 Cronograma de Implantao e Desenvolvimento da
Instituio para o Perodo de Vigncia do P.D.I.
22
Programao de abertura, extino ou remanejamento de
Cursos: Tcnicos (Integrado, Concomitante e PROEJA),
Graduao (Bacharelado, Licenciatura e Tecnologia), Ps-
graduao (Lato-sensu e Stricto-Sensu) e Extenso dos
Campi e Campi Avanados da Expanso.
227
3.2.1 Campus Bauru.................................................. 227
3.2.2 Campus Carapicuiba.......................................... 227
3.2.3 Campus Francisco Morato................................... 227
3.2.4 Campus Itapecerica da Serra.............................. 227
3.2.5 Campus Itapeva................................................ 227
3.2.6 Campus Itaquequecetuba................................... 227
3.2.7 Campus Marlia.................................................. 227
3.2.8 Campus do Noroeste de So Paulo....................... 228
3.2.9 Campus Avanado Araras.................................. 228
3.2.10 Campus Avanado Jundia................................... 228
3.2.11 Campus Avanado Limeira.................................. 228
3.2.12 Campus Avanado Mococa.................................. 228
3.2.13 Campus Avanado Paraguau Paulista.................. 229
3.2.14 Campus Avanado Pirassununga.......................... 229
3.2.15 Campus Avanado Presidente Prudente................ 229
3.2.16 Campus Avanado Ribeiro Preto......................... 229
3.2.17 Campus Avanado Rio Claro................................ 229
3.2.18 Campus Avanado Santo Andr........................... 229
3.2.19 Campus Avanado Sorocaba............................... 229
3.2.20 Campus Avanado Ubatuba................................. 230
3.2.21 Campus Avanado Mau................................... 230
3.2.22 Campus Avanado Cidade Tiradentes......................... 230
3.2.23 Campus Avanado So Miguel Paulista................ 230
3.2.24 Campus Avanado Lapa............................................ 230
3.2.25 Campus Avanado Osasco......................................... 230
3.2.26 Campus Avanado Parelheiros................................... 230
3.3 Plano para Atendimento s Diretrizes Pedaggicas,
estabelecendo critrios gerais para a definio da
23
Organizao Didtica (perfil de egressos, seleo de
contedos, princpios metodolgicos, processo de avaliao
e atividade prtica profissional, complementares e estgios)
231
3.3.1 Organizao Didtica.......................................... 231
3.3.2 Atendimento s pessoas portadoras de
necessidades educacionais especiais e/ou
mobilidade reduzida...........................................
282
IV CORPO DOCENTE.................................................................. 285
4.1 Requisitos de Titulao................................................... 285
4.2 Experincia no Magistrio Superior e Experincia
Profissional No Acadmica............................................
285
4.3 Critrios de Seleo e Contratao.................................. 285
4.4 Polticas de Qualificao, Plano de Carreira e Regime de
Trabalho.......................................................................
286
4.5 Procedimentos para Substituio Eventual dos Professores
do Quadro.....................................................................
290
4.6 Cronograma de Expanso do Corpo Docente, considerando
o perodo de vigncia do P.D.I........................................
291
V CORPO TCNICO-ADMINISTRATIVO..................................... 293
5.1 Critrios de Seleo e Contratao................................... 293
5.2 Polticas de Qualificao, Plano de Carreira e Regime de
Trabalho.......................................................................
293
5.3 Comisso Interna de Superviso do Plano de Carreira dos
Cargos Tcnicos Administrativos em Educao (CISTA).....
293
5.4 Plano de Desenvolvimento e Capacitao do quadro de
Pessoal Tcnico Administrativo......................................
294
5.5 Cronograma de Expanso do Corpo Docente, considerando
o perodo de vigncia do P.D.I.........................................
308
VI CORPO DISCENTE................................................................. 311
6.1 Formas de Acesso......................................................... 311
6.2 Programa de Apoio Pedaggico e Financeiro..................... 312
6.3 Estmulos Permanncia (Programa de Nivelamento e
atendimento Psicopedaggico).........................................
314
24
6.4 Organizao Estudantil (espao para participao e
convivncia estudantil)...................................................
314
6.5 Acompanhamento de Egressos........................................ 314
VII ORGANIZAO ADMNISTRATIVA......................................... 316
7.1 Estrutura Organizacional com as Instncias de Deciso...... 316
VIII AVALIAO INSTITUCIONAL................................................ 319
IX INFRAESTRUTURA FSICA, INSTALAES ACADMICAS E
ACERVO (PROJEO)......................................................
322
9.1 Campus Araraquara........................................................ 322
9.2 Campus Avar............................................................... 333
9.3 Campus Barretos........................................................... 334
9.4 Campus Birigui.............................................................. 342
9.5 Campus Boituva ............................................................ 365
9.6 Campus Bragana Paulista ............................................. 367
9.7 Campus Campinas......................................................... 371
9.8 Campus Campos do Jordo............................................. 385
9.9 Campus Capivari............................................................ 395
9.10 Campus Caraguatatuba................................................... 401
9.11 Campus Catanduva........................................................ 410
9.12 Campus Cubato............................................................ 419
9.13 Campus Guarulhos......................................................... 424
9.14 Campus Hortolndia....................................................... 433
9.15 Campus Itapetininga...................................................... 480
9.16 Campus Jacare............................................................ 480
9.17 Campus Mato............................................................... 481
9.18 Campus Piracicaba......................................................... 483
9.19 Campus Presidente Epitcio............................................. 516
9.20 Campus Registro............................................................ 531
9.21 Campus Salto................................................................ 551
9.22 Campus So Carlos........................................................ 560
9.23 Campus So Joo da Boa Vista........................................ 571
9.24 Campus So Jos dos Campos......................................... 574
9.25 Campus So Paulo......................................................... 583
25
9.26 Campus So Roque........................................................ 598
9.27 Campus Sertozinho....................................................... 601
9.28 Campus Suzano............................................................. 603
9.29 Campus Votuporanga..................................................... 621
X DEMONSTRATIVO DE CAPACIDADE E SUSTENTABILIDADE
FINANCEIRA.........................................................................
648
11.1 Aspectos Oramentrios e Financeiros.............................. 648
11.2 Evoluo Oramentria Anual.......................................... 650
11.3 Projeo Oramentria Anual........................................... 651
XI CONSIDERAES FINAIS..................................................... 652
LEGISLAO.................................................................................... 655
REFERNCIA BIBLIOGRFICA............................................................. 659
INTRODUO
26
O Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de So Paulo -
IFSP deu incio no ms de junho de 2013 elaborao do Plano de
Desenvolvimento Institucional que compreende o perodo de 2014 a 2018, por
meio da Portaria n 2.552 de 29 de maio de 2013 do IFSP, que institui a
Comisso responsvel pelos trabalhos de organizao e sistematizao das
propostas oriundas da comunidade sobre o assunto. Vale ressaltar que a
composio inicial da Comisso Central e foi pautada por uma definio do
Frum de Pr-Reitores de Desenvolvimento Institucional do CONIF, contou com
a representao de vrios segmentos da comunidade acadmica, sendo eles:
docente, tcnico-administrativo, discente, Conselho Superior e Pr-Reitorias.
Para tanto na primeira reunio da referida Comisso ocorrida em
16/06/13, foi definido o plano de ao que daria sustentao a todo o debate e
a construo do referido documento.
Em primeiro lugar ficou definido que os campi e as Pr-Reitorias iriam
constituir uma Comisso Local que seria a mediadora no processo de discusso
em seus espaos.
O passo seguinte foi estabelecer os canais de comunicao e a maneira
como seriam divulgados e publicados os atos e documentos da Comisso
Central. Deste modo ficou estabelecido que haveria o e-mail institucional
[email protected] e os documentos publicados no sitio eletrnico
www.ifsp.edu.br/index.php/instituicao/pdi-2013.html.
Com a constituio das Comisses Locais, foi realizada no Campus So
Carlos, o I Encontro do Plano de Desenvolvimento Institucional do IFSP
(2014-2018), no ms de Agosto/2013, com o objetivo de orientar as referidas
Comisses em relao ao processo de construo do documento.
A partir desse momento a Comisso estabeleceu um cronograma de
reunies regionais com as Comisses Locais, sendo considerados como plo os
seguintes campi: Sertozinho, So Joo da Boa Vista, Caraguatatuba,
Hortolndia, Cubato e Guarulhos.
As reunies ocorreram entre os meses de agosto a novembro/2013, e a
sistemtica adotada consistia em explorar a cada reunio um tema especfico
do PDI, e desta maneira o primeiro campus visitado foi Sertozinho, e o tema
foi a Instruo Normativa n 01/PDI, que estabelecia o cronograma de
mailto:[email protected]://www.ifsp.edu.br/index.php/instituicao/pdi-2013.html
27
atividades da Comisso Central e Locais. Em seguida foi vez do Campus So
Joo da Boa Vista, e o assunto tratado foi importncia do PPI (Projeto Poltico
Institucional) no mbito do IFSP.
O terceiro campus visitado foi Caraguatatuba, o foco do debate foi
direcionado pelo Comunicado n 17/2013-RET, sobre os balizadores que
norteou todo o processo de construo do documento.
No campus Hortolndia, o quarto a receber a Comisso Central, o tema
de destaque foi novamente os balizadores, j que a questo dos percentuais,
apontados por Lei, no estavam sendo respeitados no primeiro momento pelos
campi, por falta de consenso, pois havia o entendimento que os percentuais
(50% dos cursos tcnicos, 20% das licenciaturas e 10% do PROEJA), seriam
respeitados no mbito do IFSP e no por Campus. Como no houve consenso,
a Reitoria em deciso conjunta com o Colgio de Dirigentes decidiu por manter
os percentuais por Campus.
No Campus Cubato, o ltimo antes da primeira Audincia Pblica, foi o
fechamento das discusses do PPI, balizadores e outros assuntos que no
decorrer do processo se destacaram, como a questo relacionada EaD e o
NAPNE.
Na semana anterior a Audincia Pblica que foi realizada no Campus
Guarulhos, a Comisso Central se reuniu para avaliar o processo e por
unanimidade foi decidido que seria solicitada a alterao no cronograma de
trabalho das Comisses Locais e Central, uma vez que foi apontado que a
maioria dos campi, no conseguiu realizar a discusso democrtica sobre a
construo do PDI, e deste modo, a discusso sobre o PDI foi estendida at o
ms de maro/2014.
No ms de fevereiro/2014 foram retomadas as atividades do PDI, sendo
publicada a 2 verso da Minuta, que foi levada para a discusso com a
Comunidade Audincia Pblica realizada no Campus So Paulo. Vale salientar
que aps a publicao da referida minuta, a Comisso Central realizou
reunies nos Campi Catanduva e Suzano para discorrer sobre elaborao do
referido documento com as Comisses Locais.
A partir da referida Audincia e com a insero das contribuies
oriundas da Comunidade, o texto final do PDI foi levado Assembleia Geral
28
realizada no Campus So Carlos para a sua aprovao e posterior
encaminhamento ao Conselho Superior do IFSP. Vale ressaltar que nas duas
Audincias Pblicas realizadas pela Comisso Central do PDI, contamos com a
presena de observadores externos, como por exemplo, Professores da
Faculdade de Educao da USP e UNICAMP, Movimentos Sociais e outros
representantes de segmentos da sociedade, que muito contriburam para a
construo do PDI.
Na referida Audincia foram abordados temas de relevncia ao IFSP e
que em certo medida, a comunidade retomar a sua discusso no decorrer do
perodo de vigncia deste P.D.I, tais como o PRONATEC, o observatrio de
polticas pblicas e a EaD.
29
I PERFIL INSTITUCIONAL
1.1 MISSO
Construir uma prxis educativa que contribua para a
insero social, formao integradora e produo do
conhecimento.
O IFSP, historicamente, se constitui como espao formativo no mbito da
educao e do ensino profissionalizante. A sua identidade vem sendo
continuamente construda a partir de referenciais tico-polticos, cientficos e
tecnolgicos presentes nos seus princpios e diretrizes de atuao. Estes
refletem a opo da Instituio em abarcar diversas demandas da sociedade,
incluindo a escolarizao daqueles que, no contexto da vida, no participaram
das etapas regulares de aprendizagem. Acompanhando os processos de
transformao no mundo do ensino, do trabalho e com a perspectiva de
diminuio das desigualdades sociais no Brasil, busca construir uma prxis
educativa que contribua para a insero social, formao integradora e
produo do conhecimento.
30
1.2 HISTRICO INSTITUCIONAL
O IFSP Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de So Paulo
Instituio componente da Rede Federal de Educao Profissional, Cientfica e
Tecnolgica, foi institudo pela Lei N 11.892 de 29 de dezembro de 2008, mas
origina-se historicamente com a Escola de Aprendizes e Artfices de So Paulo,
posteriormente Liceu Industrial de So Paulo, Escola Industrial de So Paulo,
Escola Tcnica de So Paulo, Escola Tcnica Federal de So Paulo e o Centro
Federal de Educao Tecnolgica de So Paulo.
1.2.1 A ESCOLA DE APRENDIZES E ARTFICES DE SO PAULO
A Escola de Aprendizes Artfices, primeira denominao do Instituto, foi criada
pelo Decreto n 7.566, de 23 de setembro de 1909, que fundou 19 escolas de
aprendizes artfices nas capitais dos estados ento existentes, escolas
destinadas a propiciar o ensino primrio profissional gratuito (FONSECA,
1986, v. 1, p. 177). Este decreto representou o marco inicial das atividades
do governo federal no campo do ensino dos ofcios e determinava que a
responsabilidade pela fiscalizao e manuteno das escolas seria de
responsabilidade do Ministrio da Agricultura, Indstria e Comrcio.
No ano de 1930, na primeira passagem de Getlio Dornelles Vargas
(03.11.1930 a 20.07.1934) como mandatrio do pas, foi criado o Ministrio da
Educao e Sade Pblica e uma nova subordinao para as escolas foi
estabelecida, pois, deu-se o agrupamento, sob sua direo de todas as
escolas federais existentes no pas, dentre elas as Escolas de Aprendizes
Artfices (FONSECA, 1986, v. 1, p. 225).
Na capital do estado de So Paulo, o incio do funcionamento da escola ocorreu
no dia 24 de fevereiro de 19101, instalada precariamente em um barraco
improvisado na Avenida Tiradentes, sendo transferida, alguns meses depois,
para as instalaes no bairro de Santa Ceclia, Rua General Jlio Marcondes
1 A data de 24 de fevereiro a constante na obra de FONSECA (1986).
31
Salgado, n 234, l permanecendo at o final de 19752. Os primeiros cursos
oferecidos foram de tornearia, mecnica e eletricidade, alm das oficinas de
carpintaria e artes decorativas (FONSECA, 1986)
O contexto industrial da cidade de So Paulo, provavelmente aliado
competio com o Liceu de Artes e Ofcios, tambm, na capital do estado e
criada em 18733, levou a adaptao de suas oficinas para o atendimento de
exigncias fabris no comuns na grande maioria das escolas dos outros
estados. Assim, a escola de So Paulo, foi das poucas que ofereceram desde
seu incio de funcionamento os cursos de tornearia, eletricidade e mecnica e
no ofertaram os ofcios de sapateiro e alfaiate comuns nas demais (CUNHA,
2005, p. 71).
Segundo Fonseca (1986, v.1, p. 183), no primeiro ano de funcionamento, a
escola contou com 135 alunos matriculados e uma frequncia de 95 deles. J
pelos dados calculados a partir das informaes de Cunha (2005), foi possvel
verificar que, no perodo diurno, entre os anos de 1909 e 1930, a escola
contou com 3.805 alunos matriculados e, no perodo noturno, entre os anos de
1918 e 1930, obteve 2.121 matrculas.
A Escola de Aprendizes Artfices de So Paulo, ao longo daquele perodo, foi
fiscalizada por diferentes rgos da estrutura governamental. Enquanto
subordinada ao Ministrio da Agricultura, Indstria e Comrcio, era,
inicialmente, acompanhada pelos inspetores agrcolas, depois pelo Servio de
Remodelao do Ensino Profissional Tcnico e, em seguida, pelo Servio de
Inspeo do Ensino Profissional Tcnico. Posteriormente, j ligada ao Ministrio
da Educao e Sade Pblica, a escola foi supervisionada por um novo rgo
criado pelo governo, denominado de Inspetoria do Ensino Profissional Tcnico
(FONSECA, 1986, v. 1). Nova mudana ocorreu com a aprovao do Decreto
n 24.558, de 03 de julho de 1934, que expediu novo regulamento para o
ensino industrial, transformando a inspetoria em superintendncia.
2 A respeito da localizao da escola, foram encontrados indcios nos pronturio funcionais de dois de seus ex-diretores, de que teria,
tambm, ocupado instalaes da atual Avenida Brigadeiro Luis Antonio, na cidade de So Paulo. 3 Fonte
32
Sob a denominao de Escola de Aprendizes Artfices de So Paulo4, portanto
de 1909 a 1937, a instituio teve quatro diretores5. O primeiro foi Joo
Evangelista Silveira da Mota que se manteve no cargo durante 22 anos, o
segundo, Sebastio de Queirs Couto, foi nomeado em 22 de fevereiro de
1932, o terceiro Francisco da Costa Guimares, assumiu em 13 de novembro
de 1933 e o quarto, Glicrio Rodrigues Filho, nomeado em 18 de junho de
1934, foi o primeiro diretor do Liceu de So Paulo e permaneceu na funo at
19 de setembro de 1939.
1.2.2 O LICEU INDUSTRIAL DE SO PAULO
O ensino no Brasil passou por uma nova estruturao administrativa e
funcional no ano de 1937, disciplinada pela Lei n 378, de 13 de janeiro, que
regulamentou o recm-denominado Ministrio da Educao e Sade. Na rea
educacional, foi criado o Departamento Nacional da Educao que, por sua vez,
foi estruturado em oito divises de ensino: primrio, industrial, comercial,
domstico, secundrio, superior, extraescolar e educao fsica (LEI n 378,
1937).
A mesma lei extinguia a Superintendncia do Ensino Profissional,
transformando-a em Diviso do Ensino Industrial, e sua conduo passava s
mos do engenheiro Francisco Montojos (FONSECA, 1986, v.5).
J sob o ponto de vista do acompanhamento das Escolas de Aprendizes
Artfices, a lei criava, tambm, oito delegacias federais de educao, uma delas
localizadas em So Paulo, responsveis pela inspeo dos servios federais de
educao e dos estabelecimentos de ensino reconhecidos federalmente,
utilizando-se para tal de delegados federais e os inspetores de ensino a ela
incorporados (LEI n 378, 1937).
4 Vide Anexo I 5 Dados obtidos pelo cruzamento de informaes a partir de Fonseca (1986) e pronturios dos respectivos diretores na Gerncia de
Recursos Humanos do CEFET SP, no ano de 2007.
33
A nova denominao, de Liceu Industrial de So Paulo, perdurou at o ano de
1942, quando o Presidente Getlio Vargas, j em sua terceira gesto no
governo federal (10.11.1937 a 29.10.1945), baixou o DECRETO-LEI n 4.073,
de 30 de janeiro, definindo a Lei Orgnica do Ensino Industrial que preparou
novas mudanas para o ensino profissional.
Assim, durante o perodo em que a escola foi denominada de Liceu Industrial
de So Paulo, entre 1937 e incio de 1942, dirigiram a instituio: dando
continuidade a sua gesto, Glicrio Rodrigues Filho, e, em seguida, Francisco
da Costa Guimares, nomeado em 19 de setembro de 1939, e que, tambm,
j havia sido diretor da Escola de Aprendizes Artfices, cabendo-lhe a
oportunidade de efetuar a transio para a denominao adotada a partir de
1942 (FONSECA, 1986, v.5).
1.2.3 A ESCOLA INDUSTRIAL DE SO PAULO E A ESCOLA TCNICA
DE SO PAULO
Conforme mencionado, em 30 de janeiro de 1942, foi baixado o DECRETO-LEI
n 4.073, introduzindo a Lei Orgnica do Ensino Industrial e implicando na
deciso governamental de realizar profundas alteraes na organizao do
ensino tcnico. Os estudos de (MATIAS, 2004, p.29) apontam para o fato de
que foi a partir dessa reforma que o ensino tcnico industrial passou a ser
organizado como um sistema, passando a fazer parte dos cursos reconhecidos
pelo Ministrio da Educao.
Esta norma legal foi, juntamente com as Leis Orgnicas do Ensino Comercial
(1943) e Ensino Agrcola (1946), a responsvel pela organizao da educao
de carter profissional no pas. Neste quadro, tambm conhecido como
Reforma Capanema, o DECRETO-LEI 4.073, traria unidade de organizao em
todo territrio nacional. At ento, a Unio se limitara, apenas a
regulamentar as escolas federais, enquanto as demais, estaduais, municipais
ou particulares regiam-se pelas prprias normas ou, conforme os casos,
34
obedeciam a uma regulamentao de carter regional (FONSECA, 1986, v. 2,
p. 9).
A nova legislao estabelecia o ensino industrial como sendo de segundo grau,
em paralelo com o ensino secundrio, possibilitando a articulao com outras
modalidades de ensino e estabelecendo a garantia do ingresso em escolas
superiores diretamente relacionadas ao curso tcnico concludo. Terminava,
assim, a sina do aluno que, ao concluir uma escola profissional, no podia
continuar seus estudos (FONSECA, 1986, v. 2, p. 9).
Por ser concebida no sentido de romper o estigma da educao profissional
destinado aos desfavorecidos da fortuna, logo em seu Captulo Primeiro, ao
tratar Dos conceitos fundamentais do Ensino Industrial, prope que o ensino
profissional, alm de atender os interesses das empresas e formar profissionais
capazes de acompanhar as transformaes da tecnologia, deve buscar a sua
formao humana do aluno e assegurar a igualdade de oportunidades para
homens e mulheres.
A Lei Orgnica cuidou com igual desvelo de uma das mais importantes facetas
da educao profissional, responsvel, em muitos casos, por suas deficincias
histricas: a ateno parte didtica pedaggica. Ao introduzir a Orientao
Educacional nas escolas industriais federais, o legislador revelou ateno ao
cuidado com os alunos, inclusive tratando da questo em captulo especfico
definindo a necessidade do aprimoramento na forma de seleo do corpo
docente e seus requisitos de atuao (FONSECA, 1986, v.2).
A formao docente em qualquer rea seria feita em cursos apropriados e, o
provimento em carter efetivo dos professores dependia da prestao de
concurso e da prvia inscrio do candidato no competente registro do
Ministrio da Educao, ressalvando-se os estrangeiros de comprovada
competncia, no residentes no pas, e especialmente chamados para a funo
(DECRETO-LEI 4.073, 1942).
35
Buscar-se-ia o aperfeioamento dos conhecimentos e da competncia
pedaggica, pela realizao de cursos de aperfeioamento e de especializao
durante o ano letivo ou nas frias escolares, com a organizao de estgios em
estabelecimentos industriais e mediante a concesso de bolsas de estudo para
viagem ao exterior (DECRETO-LEI 4.073, 1942).
Cuidava, tambm a lei da melhoria da administrao escolar, criando a
possibilidade da instituio, junto ao diretor, de um conselho consultivo
composto de pessoas de representao nas atividades econmicas do meio, e
que coopere na manuteno desse contato com as atividades exteriores.
Recomendava, tambm, o funcionamento das escolas em todos os perodos e
especial ateno organizao racional da escriturao e arquivo escolar
(DECRETO-LEI n 4.073, 1942).
Quanto ao diretor, de maneira especfica, mencionava a lei:
A administrao escolar, nas escolas industriais e escolas
tcnicas, ser concentrada na autoridade do diretor, e
orientar-se- no sentido de eliminar toda tendncia para a
artificialidade e a rotina, promovendo a execuo de
medidas que deem ao estabelecimento de ensino atividade,
realismo e eficincia (DECRETO-LEI n 4.073, 1942).
Referidas algumas das mudanas definidas pela legislao, necessrio
abordar mais diretamente a questo da denominao da escola, visto o carter
que reveste este trabalho. Assim, no momento em que o decreto passava a
considerar a classificao das escolas em tcnicas, industriais, artesanais ou de
aprendizagem, estava criada uma nova situao indutora de adaptaes das
instituies de ensino profissional e, por conta desta necessidade de
adaptao, foram se seguindo outras determinaes definidas por disposies
transitrias para a execuo do disposto na Lei Orgnica. A primeira delas foi
enunciada no Decreto-Lei n 8.673, de 03 de fevereiro de 1942, que
regulamentava o Quadro dos Cursos do Ensino Industrial, esclarecendo
36
aspectos diversos dos cursos industriais e dos cursos de mestria, e, tambm,
dos cursos tcnicos. O segundo, sob n 4.119, de 21 de fevereiro de 1942,
determinava que os estabelecimentos federais de ensino industrial passariam
categoria de escolas tcnicas ou de escolas industriais e, definia tambm,
prazo at 31 de dezembro, daquele ano, para a adaptao aos preceitos
fixados pela Lei Orgnica. Pouco depois, era a vez do Decreto-Lei n 4.127,
assinado em 25 de fevereiro de 1942, que estabelecia as bases de
organizao da rede federal de estabelecimentos de ensino industrial,
instituindo as escolas tcnicas e as industriais (FONSECA, 1986, v. 2, p. 22).
Foi por conta do ltimo decreto que se deu a criao da Escola Tcnica de So
Paulo, embora ainda no autorizada a funcionar, visando a oferta de cursos
tcnicos e os cursos pedaggicos, e os cursos industriais e os cursos de
mestria, desde que compatveis com as suas instalaes (DECRETO-LEI n
4.127, 1942). Institua, tambm, esta legislao que o incio do funcionamento
da Escola Tcnica de So Paulo, estaria na dependncia de que fossem
construdas e montadas novas e prprias instalaes, mantendo-a enquanto
no se concretizassem estas condies na situao de Escola Industrial de So
Paulo.
Prosseguindo as providncias de regulamentao para a organizao do novo
espao do ensino tcnico, coube ao Decreto n 11.447, de 23 de Janeiro de
1943, fixar os limites da ao didtica nas escolas tcnicas e nas industriais.
Assim, a oferta dos cursos foi definida conforme a estrutura fsica e os
equipamentos existentes em cada localidade, cabendo, no caso de So Paulo,
a seguinte estruturao para aquele ano letivo:
DA ESCOLA TCNICA DE SAO PAULO
Art. 10. A Escola Tcnica de So Paulo ministrar os
seguintes cursos de formao profissional:
I - Ensino industrial bsico:
1. Curso de fundio.
2. Curso de serralheria.
37
3. Curso de mecnica de mquinas.
4. Curso de marcenaria.
5. Curso de cermica.
II - Ensino de mestria:
1. Curso de mestria de fundio.
2. Curso de mestria de serralheria.
3. Curso de mestria de mecnica de mquinas
4. Curso de mestria de marcenaria.
5. Curso de mestria de cermica.
III - Ensino tcnico:
1. Curso de edificaes.
2. Curso de desenho tcnico.
3. Curso de decoraes de interiores. (DECRETO n 11.447,
1943)
Ainda quanto ao aspecto de funcionamento dos cursos considerados tcnicos,
preciso mencionar que, pelo Decreto n 20.593, de 14 de Fevereiro de 1946, a
escola paulista recebeu autorizao para implantar o de Construo de
Mquinas e Motores. Outro Decreto de n 21.609, de 12 de agosto 1946,
autorizou o funcionamento de outro curso tcnico, o de Pontes e Estradas.
Retornando a questo das diversas denominaes do CEFET SP, apuramos em
material documental, encontrado em pronturios de seus ex-diretores, a
existncia de meno ao nome de Escola Industrial de So Paulo em raros
documentos.
A partir da gesto de Isaac Elias de Moura, iniciada em agosto de 1942, todas
as referncias tratam-na como Escola Tcnica de So Paulo, indicando que a
adoo do nome de Escola Industrial foi utilizado brevemente entre a
publicao do DECRETO-LEI n. 4.127, de fevereiro de 1942 e a edio do
Decreto n. 11.447, de janeiro de 1943. Corrobora este entendimento, o fato
de que, neste ltimo decreto, editado para fixar os limites da ao didtica das
instituies de educao profissional da Unio, a escola de So Paulo j no
38
constava no rol daquelas categorizadas como industriais e, sim - de maneira
exclusiva, como escola tcnica.
Na condio de Escola Tcnica de So Paulo, desta feita no governo do
Presidente Juscelino Kubitschek (31.01.1956 a 31.01.1961), foi baixado outro
marco legal importante da instituio. Trata-se da Lei n 3.552, de 16 de
fevereiro de 1959, que determinou sua transformao em entidade
autrquica6. A mesma legislao, embora de maneira tpica, concedeu maior
abertura para a participao dos servidores na conduo das polticas
administrativa e pedaggica da escola.
Derivou, portanto, da Lei n 3.552 a possibilidade do acompanhamento mais
estreito dos destinos da escola por parte de seus servidores, mediante a
instituio dos Conselhos de Representantes e dos Professores. Entretanto, sua
aplicao, de maneira efetiva, somente ocorreu oito meses aps sua
publicao, pois, a legislao regulamentadora, no caso o Decreto n 47.038,
foi baixado somente em 16 de outubro de 1959, e, por sua significao
histrica, consta deste trabalho na forma do Anexo V.
O referido decreto detalhava as formas de provimento de ambos os colegiados
e definia o Conselho de Professores como rgo consultivo da escola,
remetendo o acompanhamento e a responsabilidade pela administrao escolar
ao Conselho de Representantes. Neste ltimo nenhum servidor da escola,
excetuando-se o representante dos professores, teria assento ao lado de
outros integrantes escolhidos dentre pessoas no integrantes da comunidade
escolar.
Por outro lado, a possibilidade da indicao de interventores, conforme previa
a Lei 3.552, indicava a inteno do governo em manter o controle da estrutura
educacional e, no caso de So Paulo, uma interveno de fato ocorreu alguns
anos mais tarde, com a designao de Luiz Gonzaga Ferreira. 6 Segundo MEIRELLES, 1994, pp. 62 63, apud BARROS NETO, 2004, Entidades autrquicas so pessoas jurdicas de Direito
Pblico, de natureza meramente administrativa, criadas por lei especfica, para a realizao de atividades, obras ou servios descentralizados da entidade estatal que as criou.
39
Importncia adicional para o modelo de gesto proposto pela Lei 3.552, foi
definida pelo Decreto n 52.826, de 14 de novembro de 1963, do Presidente
Joo Goulart (24.01.1963 a 31.03.1964), que autorizou a existncia de
entidades representativas discentes nas escolas federais, sendo o Presidente
da entidade eleito por escrutnio secreto e facultada sua participao em
ambos os conselhos, embora sem direito a voto.
Quanto a localizao da escola, foram localizados dados que do conta da
ocupao de espaos, durante a existncia da escola com as denominaes de
Escola de Aprendizes Artfices, Liceu Industrial de So Paulo, Escola Industrial
de So Paulo e Escola Tcnica de So Paulo, exclusivamente na Avenida
Tiradentes, no incio das atividades, e na Rua General Jlio Marcondes
Salgado.
Com relao aos gestores, enquanto Escola Industrial de So Paulo, cabe dizer
que houve um nico diretor: Francisco da Costa Guimares, que j o era
enquanto Liceu e continuou no cargo devido transio, e, dessa forma,
curiosamente, ocupou o cargo de diretor da mesma instituio com quatro
denominaes diferentes, pois havia sido, tambm, diretor da Escola de
Aprendizes Artfices.
Assim, entre 1937, poca do Liceu Industrial, at 1965, quando era
denominada como Escola Tcnica de So Paulo, ocuparam o cargo de diretor
dez pessoas diferentes: Francisco da Costa Guimares, Isaac Elias Moura, Luiz
Domingues da Silva Marques, Djalma da Fonseca Neiva, Ren Charlier, Luiz
Gonzaga Ferreira, Antnio Andr Mendona de Queirs Teles, Moacir
Benvenutti, Miguel Bianco, Antnio Ribas Koslosky e Theophilo Carnier.
1.2.4 A ESCOLA TCNICA FEDERAL DE SO PAULO
40
A denominao de Escola Tcnica Federal surgiu no segundo ano do governo
militar, por ato do Presidente Marechal Humberto de Alencar Casto Branco
(15.04.1964 a 15.03.1967), incluindo pela primeira vez a expresso federal
em seu nome e, desta maneira, tornando clara sua vinculao direta Unio.
Essa alterao foi disciplinada pela aprovao da Lei n. 4.759, de 20 de
agosto de 1965, que abrangeu todas as escolas tcnicas e instituies de nvel
superior do sistema federal.
Foi, portanto, na condio de Escola Tcnica Federal de So Paulo, que ocorreu
no dia 23 de setembro de 1976, a mudana para as novas instalaes no
Bairro do Canind, na Rua Pedro Vicente, 625. A nova sede ocupava uma rea
de 60.000 m, dos quais 15.000 m construdos e 25.000m projetados para
construo, e, segundo o Sr. Vicente Graciano, na mudana a escola ampliou-
se bastante possuindo 22 turmas (O SONHO DE NILO PEANHA, 1986).
medida que a escola ganhava novas condies, outras ocupaes surgiram
no mundo do trabalho e outros cursos foram implantados. Dessa forma,
surgiram os cursos tcnicos de Eletrotcnica (1965), os de Eletrnica e
Telecomunicaes (1977) e o de Processamento de Dados (1978), que se
somaram aos de Edificaes e Mecnica que j eram oferecidos (CEFET-SP
2005).
No ano de 1971, foi celebrado o Acordo Internacional entre a Unio e o Banco
Internacional de Reconstruo e Desenvolvimento (BIRD), cuja proposta era a
criao de Centros de Engenharia de Operao, um deles junto escola
paulista. Embora no autorizado
o funcionamento do referido Centro, a Escola Tcnica Federal de So Paulo
acabou recebendo mquinas e outros equipamentos por conta do acordo.
Ainda de acordo com o mesmo autor, o destaque e o reconhecimento da ETFSP
iniciou-se com a Lei n. 5.692/71, possibilitando a formao de tcnicos com
41
os cursos integrados, (mdio e tcnico), cuja carga horria, para os quatro
anos, era em mdia de 4.500 horas/aula (CEFET-SP 2005).
Tambm, foi caracterstica marcante desta poca as alteraes da legislao
abordando o funcionamento da escola e com implicaes na nomeao de seu
diretor. Uma delas foi propiciada pelo Decreto n 75.079, de 12 de dezembro
de 1974, assinado pelo Presidente Ernesto Geisel (15.03.1974 a 15.03.1979),
que dispunha sobre a organizao das escolas federais e criava a figura de
novas instncias: uma consultiva denominada de Conselho Superior, em
substituio ao de Representantes, e os de Direo Superior responsveis pela
administrao da escola7. Mencionava, ainda, o decreto que cada escola ser
dirigida por um Diretor, que ser seu representante legal, e os Departamentos
por chefes, cujos cargos sero providos na forma da legislao especfica
(DECRETO n 75.079, 1974).
Nova alterao ocorreria no ano de 1981, agora por fora do Decreto n
85.843, de 25 de maro daquele ano. Significaram estes dois Decretos a
permanncia do Professor Theofilo Carnier, que havia sido nomeado como
Diretor Executivo da escola em 24 de janeiro de 1974, inicialmente para um
mandato de trs anos, a permanncia no poder at o ano de 1986, portanto,
dez anos alm do previsto pela norma anterior.
Finalmente, foi no ano de 1986 que, pela primeira vez, professores, servidores
administrativos e alunos participaram diretamente da escolha do diretor,
mediante a realizao de eleies. Aps a realizao do processo eleitoral, os
trs candidatos mais votados, de um total de seis que concorreram,
compuseram a lista trplice encaminhada ao Ministrio da Educao para a
definio daquele que seria nomeado.
A realizao da primeira eleio para a escolha do diretor da escola constitui-
se em divisor importante na histria da Escola. Conforme comprovamos pelas
informaes obtidas na Revista Homem & Tcnica, publicao interna da
escola, o processo eleitoral dava mostra de novos tempos para a instituio.
42
Um avano na democratizao da escola foi a escolha do diretor mediante
eleies diretas, realizadas em 1986. Era uma aspirao antiga da comunidade
escolar, transformada em realidade pela iniciativa da Associao dos
Servidores da Escola Tcnica Federal de So Paulo ASSETEFESP. Eleito por
130 votos, o professor Antnio Soares Cervila teve aprovada sua plataforma
eleitoral, que propunha uma luta constante para tentar melhorar a qualidade
do ensino, estimular a participao de servidores e estudantes na gesto
escolar, mudar estruturas obsoletas, com transparncia e democracia,
sobretudo sem iluses. (HOMEM & TCNICA, 1988)
Foi na primeira gesto de Cervila, que houve o incio da expanso das
unidades descentralizadas da escola, com a criao, em 1987, da primeira do
pas, no municpio de Cubato. A segunda UNED do estado de So Paulo
principiou seu funcionamento no ano de 1996, na cidade de Sertozinho, j na
gesto de Francisco Gayego Filho, com a oferta de cursos preparatrios e
posteriormente, ainda no mesmo ano, as primeiras turmas do Curso Tcnico
de Mecnica, desenvolvido de forma integrada ao ensino mdio.
Dessa maneira, em face da transio, Theofilo Carnier, foi o primeiro diretor da
Escola Tcnica Federal de So Paulo, seguido por dois mandatos de Antonio
Soares Cervila, tendo sido eleito em ambos, cabendo a Francisco Gayego Filho,
tambm eleito pela comunidade escolar, fechar este ciclo e realizar a transio
para a condio de Centro Federal de Educao Tecnolgica de So Paulo.
1.2.5 O CENTRO FEDERAL DE EDUCAO TECNOLGICA DE SO
PAULO
Foi por fora de um decreto sem nmero, de 18 de janeiro de 1999, editado
pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso (segundo mandato de 01.01.1999
a 01.01.2003), que se oficializou a mudana de denominao para CEFET SP,
ampliando as possibilidades de atuao e objetivos.
43
Ainda no primeiro governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, foi
adotada uma estratgia para o financiamento da ampliao e reforma de
prdios escolares, aquisio de equipamentos, e capacitao de servidores
que, no caso das instituies federais passou a ser realizado com recursos do
Programa de Expanso da Educao Profissional (MATIAS, 2004).
No entanto a escola sofria a influncia do Decreto N 2.208, DE 17 DE ABRIL
DE 1997, do presidente Fenando Henrique Cardoso, pelo qual todos os
sistemas de ensino (federal, estaduais e privados) foram obrigados, por
decreto federal, a oferecer apenas ensino apenas ensino tcnico modular,
excluindo-se desses mdulos as disciplinas de formao geral. A partir de
2004, com a publicao do DECRETO N 5.154 de 23 de Julho de 2004 que
revogou o Decreto No. 2.2208, por deciso do presidente Luis Incio Lula da
Silva, cada sistema de ensino (federal, estadual ou privado) pode voltar a
oferecer o ensino tcnico integrado ao ensino mdio ou continuar oferecendo
apenas ensino tcnico modular (ZIBAS,2007).
Igualmente a obteno do status de CEFET agilizou a entrada da escola no
oferecimento de cursos superiores, em especial, na Unidade de So Paulo,
onde no perodo compreendido entre 2000 a 2008, foram implantados diversos
deles voltados formao de tecnlogos na rea da Indstria e de Servios,
Licenciaturas e Engenharias.
Desta maneira, as peculiaridades da escola criada h quase um sculo e cuja
memria estrutura sua cultura organizacional, foi alterada na ltima dcada
em decorrncia da criao de novas unidades e, consequentemente, com a
abertura de novas oportunidades de atuao educacional e de discusso dos
objetivos de sua funo social.
A obrigatoriedade do foco na busca da perfeita sintonia entre os valores e
possibilidades da instituio e as demandas da sociedade de cada nova
localidade onde se implanta uma Unidade de Ensino e passaram, ento, a
44
influir na necessidade de flexibilizao da gesto escolar e construo de novos
mecanismos de atuao.
Nesse perodo, a instituio passou a ser constituda por dez Unidades de
Ensino Descentralizadas, conforme indicado abaixo.
UNIDADES IMPLANTADAS AT AGOSTO 2008
Unidade Autorizao de Funcionamento Incio das
Atividades
So Paulo Decreto 7.566, de 23/9/1909 24/2/1910
Cubato Portaria Ministerial 158, de 12/03/1987 01/4/1987
Sertozinho Portaria Ministerial 403, de 30/04/1996 Janeiro/1996
Guarulhos Portaria Ministerial 2.113, de
06/06/2006 13/2/2006
Bragana
Paulista
Portaria Ministerial 1.712, de
20/10/2006 30/07/2007
Salto Portaria Ministerial 1.713, de
20/10/2006 02/08/2007
Caraguatatuba Portaria Ministerial 1.714, de
20/10/2006 12/2/2007
S. Joo da B.
Vista
Portaria Ministerial 1.715, de
20/10/2006 02/01/2007
So Roque Portaria Ministerial 710, de 09/06/2008 11/08/2008
So Carlos Portaria Ministerial 1.008, de
29/10/2007 01/08/2008
Fonte: pesquisa de dados nos arquivos do CEFET SP e Dirio Oficial da Unio.
1.2.6 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA
DE SO PAULO
O Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de So Paulo -
IFSP - foi criado de acordo com a Lei 11.892, de 29 de dezembro de 2008, lei
45
que levou instituio da Rede Federal de Rede Federal de Educao
Profissional, Cientfica e constituda naquela ocasio por 38 institutos federais
de educao, cincia e tecnologia no pas.
Alm do oferecimento de cursos tcnicos, integrados e modulares, e
ensino superior (graduao e ps- graduao),os institutos foram institudos
para ter forte insero na rea de pesquisa e extenso, visando estimular o
desenvolvimento de solues tcnicas e tecnolgicas e estendendo seus
benefcios comunidade.
Esse novo modelo, resgatou o compromisso de socializao do
conhecimento cientfico e tecnolgico, disponibilizando todo seu aparato
cultural e tecnolgico sociedade. O IFSP foi concebido para atuar no
desenvolvimento da cultura, do empreendedorismo e cooperativismo e apoiara
fortemente o desenvolvimento regional, contribuindo assim com o prprio
desenvolvimento nacional, com forte ateno s novas tendncias do mundo
produtivo e aos arranjos locais e nacionais, desenvolvendo pesquisa em novos
processos e produtos, na formao de novos educadores, envolvendo sua
comunidade interna e atraindo a comunidade externa para somar foras nessa
grande tarefa de promover o desenvolvimento humano na sua plenitude.
A lei estabeleceu que metade das vagas fosse destinada oferta de
cursos tcnicos de nvel mdio, em especial cursos de currculo integrado. O
IFSP ampliou a sua oferta de educao superior, com destaque para
os cursos superiores de tecnologia de engenharias e de licenciaturas e cincias
(fsica, qumica, matemtica e biologia), bem como na ps-graduao e
pesquisa tecnolgica. Ainda foram incentivadas as licenciaturas de contedos
especficos da educao profissional e tecnolgica, como a formao de
professores de mecnica, eletricidade e informtica.
Tambm por determinao legal, o IFSP, assim como toda a rede,
passou a atuar na formao de jovens e adultos trabalhadores na perspectiva
de uma educao inclusiva tenta resgatar o direito ao conhecimento e
formao profissional de cidados, principalmente daqueles historicamente
marginalizados, a quem sempre foi negado o direito de participao e
interveno consciente nos grandes temas que norteiam a vida de uma
sociedade e comprometidos com o desenvolvimento sustentvel, amparado
46
nos princpios da tica e da cidadania. Um processo histrico de espoliao e
negao dos princpios bsicos de cidadania.
O IFSP passou a ter autonomia, nos limites de sua rea de atuao
territorial, para criar e extinguir cursos, bem como para registrar diplomas dos
cursos por ele oferecidos, mediante autorizao do seu Conselho Superior.
Ainda passou a exercer papel de instituio acreditadora e certificador de
competncias profissionais, sendo organizado em estrutura com vrios campi,
com proposta oramentria anual identificada para cada campus e reitoria,
equiparando-se com as universidades federais.
Em 2009 houve uma grande mudana estrutural da Instituio, por
fora da Lei N. 11.982, de 29 de dezembro de 2009 que tambm estabeleceu
a estrutura organizacional dos Institutos. O Instituto passou a ter dois
colegiados, enquanto rgos superiores da administrao, o Colgio de
Dirigentes e o Conselho Superior. Houve tambm a posse de um reitor e no
mais um diretor geral. As antigas Unidades de Ensino Descentralizadas
tornaram-se Campi e seus dirigentes, diretores gerais. A reitoria e os diretores
de campi, enquanto rgo executivos, passaram a ser nomeados pelo
presidente da repblica aps consulta comunidade cujos segmentos
participavam na escolha com peso de 1/3 (um tero) para a manifestao do
corpo docente, 1/3 (um tero) para a manifestao dos servidores tcnico-
administrativos e de 1/3 (um tero) para a manifestao do corpo discente.
Pelas disposies transitrias, o Diretor-Geral da instituio, o prof. Arnaldo
Augusto Ciquielo Borges, foi nomeado para o cargo de Reitor do Instituto, em
carter pro tempore. A primeira consulta comunidade para escolha de reitor
foi realizada ao final de 2012 sendo o primeiro reitor eleito do IFSP o
professor Eduardo Antonio Modena.
Em 2012 os Campi Bragana Paulista, Caraguatatuba, Cubato, Salto,
So Joo da Boa Vista, So Paulo e Sertozinho realizam suas primeiras
eleies para Diretor Geral.
Em decorrncia da escolha do novo reitor e seus compromissos com a
democratizao da Instituio, em junho de 2013, foi realizada uma consulta
comunidade para diretor geral dos campi de Araraquara, Avar, Barretos,
47
Birigui, Boituva, Capivari, Catanduva, Hortolndia, Itapetininga, Mato,
Piracicaba, Presidente Epitcio, Suzano e Votuporanga.
Desde o segundo semestre de 2010, o IFSP passou a oferecer o
programa PROEJA-FIC,cursos de formao profissional.que para jovens e
adultos, em parceria com vrias prefeituras do Estado de So Paulo, como o
curso de Pintura em Paredes de Alvenaria, desenvolvido em Osasco, Francisco
Morato, Itapevi e So Bernardo do Campo.
Em 2012 o IFSP, em colaborao com Secretaria de Educao do Estado
de So Paulo, iniciou um programa de oferecimento de cursos tcnico para
alunos matriculados na rede estadual. Se isso foi entendo como um
atendimento da funo social do IFSP, por outro lado, para os mais crticos,
isso foi entendido como abandono do Instituto do seu projeto de oferecimento
de cursos integrados prprios e um descumprimento da lei de formao dos
institutos.
Tambm em 2012 foi sancionada pelo Ministrio da Educao a Lei n
12.711/2012, de 29 de agosto desse ano, que garante a reserva de 50% das
matrculas por curso e turno nas universidades federais e nos institutos
federais de educao, cincia e tecnologia a alunos oriundos integralmente do
ensino mdio pblico, em cursos regulares ou da educao de jovens e
adultos. No primeiro aniversrio da poltica de cotas, em agosto de 2013, o
MEC informava que 83% dos institutos federais de educao, cincia e
tecnologia j atingiram a meta de reserva de vagas mnima de 50% para
alunos oriundos de escolas pblicas, prevista para 2016.
O IFSP continuou a sua expanso sendo inaugurados mais 20 campi
como indica o quadro abaixo.
UNIDADES IMPLANTADAS AT SETEMBRO 2013
Campus Autorizao de Funcionamento Inicio das
Atividades
Campos do
Jordo
Portaria Ministerial n. 116, de 29/01/2010 02/2009
Birigui Portaria Ministerial n. 116, de 29/01/2010 2 semestre de 2010
Piracicaba Portaria Ministerial n. 104, de 29/01/2010 2 semestre de 2010
48
Itapetininga Portaria Ministerial n. 127, de 29/01/2010 2 semestre de 2010
Catanduva Portaria Ministerial n. 120, de 29/01/2010 2 semestre de 2010
Araraquara Portaria Ministerial n 1.170, de 21/09/2010 2 semestre de 2010
Suzano Portaria Ministerial n 1.170, de 21/09/2010
2 semestre de 2010
Barretos Portaria Ministerial n 1.170, de 21/09/2010 2 semestre de 2010
Boituva Resoluo n 28, de 23/12/2009 2 semestre de 2010
Capivari Resoluo n 30, de 23/12/2009 2 semestre de 2010
Mato Resoluo n 29, de 23/12/2009 2 semestre de 2010
Avar Portaria Ministerial n 1.170, de 21/09/2010 1 semestre de 2011
Hortolndia Portaria Ministerial n 1.170, de 21/09/2010 1 semestre de 2011
Votuporanga Portaria Ministerial n 1.170, de 21/09/2010 1 semestre de 2011
Presidente
Epitcio
Portaria Ministerial n 1.170, de 21/09/2010 1 semestre de 2011
Registro Portaria Ministerial n 1.170, de 21/09/2010 1 semestre de 2012
Campinas Portaria Ministerial n 1.170, de 21/09/2010 1 semestre de 2012
So Jos dos
Campos
Portaria Ministerial n N330 de 23/04/2013. 1 semestre de 2012
Assis (Ncleo
Avanado)
Jacare Em fase de implantao
1.2.7 CAMPUS ARARAQUARA
O Campus Araraquara do IFSP localizado no ramal de acesso Engenheiro
Heitor de Souza Pinheiro Jd. dos Manacs, 14801-600, resultado dos
esforos conjuntos de prefeituras da regio, Associao Comercial e Industrial
de Araraquara (ACIA), do IFSP e do MEC, conhecedores das necessidades da
regio, cujas atividades econmicas so baseadas no setor sucroalcooleiro,
produo de suco ctrico, unidade de produo da Embraer, unidade de
manuteno de aeronaves da TAM, gs natural proveniente da Bolvia e
diversificao dos arranjos produtivos do municpio, que tem se dado por meio
da implantao do Polo de Tecnologias em Informtica.
49
Assim, com a ajuda desses setores, atendeu-se Chamada Pblica
SETEC/MEC n 001/2007, relativa Fase II do Plano de Expanso da Rede
Federal de Educao Tecnolgica, e foram dados os primeiros passos para a
construo do Campus Araraquara do IFSP. O Campus iniciou suas atividades
em 16 de agosto de 2010, com a concluso da primeira fase de seu prdio.
Foram abertos, na ocasio, os
cursos tcnicos de Informtica e Mecnica, com um total de 160 alunos.
Em 2011, o Campus Araraquara ampliou o nmero de matrculas em
cerca de 130%. Foi aberto o curso Tcnico em Mecatrnica, que apresentou
grande procura j no primeiro vestibular. Tambm foi aberto o primeiro curso
superior: Licenciatura em Matemtica, igualmente com grande demanda. Em
2012 foram abertos dois cursos superiores em tecnologia: Anlise e
Desenvolvimento de Sistemas e Mecatrnica Industrial.
O quadro de pessoal, inicialmente com 13 servidores, hoje conta com 35
professores efetivos, sendo 03 em exerccio na Reitoria, 6 professores
temporrios e 25 tcnicos-administrativos, para um total de 400 alunos.
Com um ano de funcionamento, o Campus Araraquara do IFSP conta
atualmente com 17 alunos de Iniciao Cientfica e Iniciao Cientfica EM,
que j apresentaro os primeiros resultados de suas pesquisas no Congresso
de Iniciao Cientfica do IFSP. Alm desses, mais 12_alunos PIBID. alunos da
Licenciatura em Matemtica recebem bolsa PIBID (Iniciao Docncia), para
desenvolver estudos e projetos na rea de Educao Matemtica. Outro ponto
a se destacar so as duas bolsas obtidas para o programa Cincia Sem
Fronteiras, do Governo Federal.
A perspectiva de ampliao do espao fsico do Campus positiva para
abertura de novos cursos. Atualmente, o projeto executivo da construo da
segunda fase do prdio encontra-se em licitao. Ele contempla a construo
de 9 salas de aula, bloco de laboratrios para rea de indstria, portaria,
auditrio e tambm adequao dos espaos fsicos j existentes. A obra dever
ser iniciada em 2014.
O Campus Araraquara do IFSP vem se tornando conhecido no municpio
e na regio, pela qualidade de seu ensino. Por isso, grande a expectativa da
comunidade externa pela manuteno dos cursos tcnicos, de Licenciatura e
50
dos cursos superiores de Tecnologia, que possuem mercado de trabalho
aquecido na regio, assim como implementao de novos cursos.
1.2.8 CAMPUS AVAR
A Portaria Ministerial n. 1170, de 21 de setembro de 2010, autorizou o
funcionamento do campus Avar, que iniciou suas atividades em 7 de fevereiro
de 2011, com os cursos Tcnicos em Agronegcio e Eventos. A abertura da
unidade resultou da convergncia de esforos da Prefeitura de Avar, do IFSP
e do Ministrio da Educao (MEC), o qual realizava, na poca, o Plano de
Expanso da Rede Federal de Educao Tecnolgica Fase II.
Tendo realizado suas primeiras aulas em prdio pblico cedido
provisoriamente, a escola funciona, atualmente, numa rea superior a 29 mil
m doada pela Prefeitura do municpio. A estrutura fsica atual do campus
inclui salas de aulas, laboratrios, biblioteca, sala de professores,
coordenaes, reas de apoio pedaggico, rea de alimentao, espaos do
setor administrativo e secretaria escolar etc. A ampliao da rea construda j
est prevista para os prximos anos com instalao de novas salas de aulas e
laboratrios, quadra poliesportiva, auditrio, entre outros espaos.
No que diz respeito aos seus recursos humanos, o campus tambm vem
somando a cada dia. Desde sua inaugurao, possibilitada pelo trabalho de
apenas doze servidores, a escola vem crescendo de tal forma que, hoje, conta
com corpo docente composto por vinte e dois professores efetivos e dez
professores substitutos/temporrios e corpo tcnico-administrativo composto
por vinte e trs servidores, totalizando equipe de cinquenta e cinco
funcionrios trabalhando em prol do Ensino, de Pesquisa e da Extenso.
At o segundo semestre de 2013, alm dos cursos de Agronegcio e
Eventos, o campus Avar tem ofertado vagas tambm nos cursos Tcnicos em
Agroindstria e
Mecatrnica, em sua modalidade concomitante ou subsequente. No incio de
2012, aderiu parceria com o Governo Estadual para a oferta de cursos
Tcnicos em Agroindstria, Eventos e Mecatrnica Integrados ao Ensino Mdio
51
e, no segundo semestre do mesmo ano, iniciou a oferta do Programa Nacional
Mulheres Mil e dos cursos profissionalizantes do PRONATEC: Bolsa Formao.
O campus vem se preparando para, em 2014, iniciar seus cursos de nvel
superior, cuja oferta no municpio e em grande parte da regio restringe-se a
instituies privadas.
Alm dos cursos oferecidos, em apenas dois anos e meio de
funcionamento, o campus orgulha-se de j ter sido palco para realizao de
eventos acadmicos e culturais tais como encontros, exposies, competies
esportivas, apresentaes musicais e de dana, desfiles de moda, festas
tradicionais, palestras com temticas diversas, entre outros.
Nossos alunos j participaram de visitas tcnicas dentro e fora do
Municpio em locais como hotis, empresas, indstrias, usinas, propriedades
rurais, escolas, parques, exposies, feiras e festivais.
Em 2012, o campus sediou e participou da organizao do 4 Workshop
de Negcios e Inovao, do 3 Congresso de Iniciao Cientfica do IFSP e
da 2 Semana Nacional de Cincia e Tecnolgica do Campus Avar, contando
com a presena de mais de mil pessoas durante esses eventos. Ainda no ano
de 201, o campus foi contemplado com cinco projetos de Extenso,
trabalhando com temas artsticos, literrios e ambientais. Grande parte dessas
e outras aes e atividades tem sido realizadas por meio de parcerias
estabelecidas com empresas privadas e rgos pblicos do municpio e regio.
1.2.9 CAMPUS BARRETOS
O Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de So Paulo,
IFSP, teve seu Campus Barretos edificado em atendimento Chamada Pblica
do MEC/SETEC n 001/2007, Plano de Expanso da Rede Federal de Educao
Tecnolgica - Fase II, com autorizao de funcionamento pela portaria
ministerial n 1.170 de 21 de setembro de 2010, com o objetivo de atender a
comunidade de Barretos e das cidades vizinhas.
O IFSP-Campus Barretos localiza-se, em prdio prprio, na Avenida C-1,
n. 250, Bairro Ide Daher, em um terreno de 20000m2 cedido pela Prefeitura
52
Municipal, no municpio de Barretos. Composto por um conjunto edificado de
padro escolar com 3 blocos interligados, com rea total construda de
5000m, divididos em bloco administrativo, bloco de salas de aula, bloco de
laboratrio de turismo e passarela, alm das reas de implantao e portaria,
distribudos em 2 pavimentos. Em 2012, essa rea construda foi ampliada
para 5778,49m.
No incio, o Campus Barretos ofereceu os cursos tcnicos em
Agronegcio, Eventos e Manuteno e Suporte em Informtica, nos perodos
vespertino e noturno, atendendo cerca de 160 alunos. Nesta poca, o Campus
Barretos contava com 11 professores e 5 servidores tcnico-administrativos.
Sua aula inaugural foi ministrada, em 23 de setembro de 2010, pelo
ento Prefeito do Municpio de Barretos, Emanoel Mariano de Carvalho. No dia
28 de outubro, o Instituto Federal Campus Barretos foi oficialmente
inaugurado pelo Ministro da Educao, da poca, Fernando Haddad. Seu
primeiro Diretor Geral foi o Professor Vtor Jos Brum, no perodo de agosto de
2010 a maio de 2013.
Em 2013, com o ingresso de docentes e administrativos, essa instituio de
ensino, pesquisa e extenso, passou a contar com 48 professores, dos quais
43 efetivos e
5 substitutos/temporrios, em sua maioria com formao em nvel de ps-
graduao,
sendo18 doutores, 21 mestres, 7 especialistas e 2 graduados.
Atualmente o IFSP, Campus Barretos, oferece aos seus estudantes os
seguintes cursos: Ensino Mdio Integrado em Informtica e em Agropecuria;
Cursos Tcnicos em Eventos, Agronegcio, Alimentos e, Manuteno e Suporte
em Informtica; Cursos Superiores de Tecnologia em Anlise e
Desenvolvimento de Sistemas, de Tecnologia em Gesto de Turismo e de
Licenciatura em Cincias Biolgicas.
A presena do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de
So Paulo (IFSP), em Barretos, permite a ampliao das opes de qualificao
profissional e de formao tcnica e tecnolgica para as indstrias, servios e
agropecuriada regio, por meio de educao pblica e de qualidade.
53
1.2.10 BIRIGUI
O Campus Birigui, edificado em atendimento Chamada Pblica do
MEC/SETEC n 001/2007 - Plano de Expanso da Rede Federal de Educao
Tecnolgica FASE II, est localizado no municpio de Birigui, na regio
noroeste do estado de So Paulo. Teve sua autorizao de funcionamento
atravs da Portaria n 116, de 29 de janeiro de 2010, com previso de incio
de suas atividades educacionais para o 2 semestre do corrente.
Com uma rea total construda de 3.656,23 m composto por um
conjunto edificado de padro escolar com 5 blocos de edifcios, sendo Bloco
Administrativo, Blocos de Salas de Aula, Biblioteca e Laboratrios e Bloco de
Convvio e Cantina, com mais 01 bloco
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