A Crise do
Império Portugu
ês e a União
Ibérica
Miguel Leitão de Andrade: estampa da batalha de Alcácer-Quibir; Miscelânea; 1629
Juan Pantoja de la CruzCarlos V (1500-1558)
Filipe II (1556 -1598)
Real Monasterio de San Lorenzo de El Escorial
Nos meados do séc. XVI, a Espanha dominava um vasto império marítimo e colonial.
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Possessões europeias de Carlos V wik
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Possessões ultramarinas
O centro monetário localiza-se em Espanha, são as minas mexicanas e peruanas que abastecem de prata a cunhagem europeia. A economia imperial portuguesa entra na órbita espanhola.
Casa de Contratación
Catedral de Palência.
Cristóvão Lopes: D. João III e D. Catarina de Áustria; 1545 – 50; MNAA
D. João III morreu em 1557, sucedendo-lhe no
trono o neto D. Sebastião.
Sentenças para a ensinança e doutrina do príncipe D. Sebastião; iluminura atribuída a António Fernandes; c. 1554.
D. Sebastião tinha apenas três anos de idade, pelo que a regência foi atribuída a sua avó, D.
Catarina, e ao cardeal D. Henrique.
Em 1568, com catorze anos, sobe ao poder e mantém uma ideia fixa: organizar uma expedição
militar ao Norte de África.
Cristóvão de Morais D. Sebastião
1571MNAA
Batalha de Alcácer Quibir. Panfleto volante ilustrado de grande formato, com gravura em madeira de Hans Rogel (Augsburgo; 1578); in RAMALHEIRA, Ana Maria Pinhão: Alcácer Quibir e D. Sebastião na Alemanha. Representações Historiográficas e Literárias (1578 – ca. 1800); Coimbra; Minerva; 2002.
No dia 4 de Agosto de 1578, os exércitos comandados por D. Sebastião são derrotados em Alcácer-Quibir. O próprio rei morre sem descendentes. O número de baixas nunca foi determinado, mas foram, seguramente, mais de uma dezena de milhar. Foi a maior tragédia militar da história de Portugal.
Cardeal Rei D. Henrique1512 - 1580
Sucedeu-lhe no trono o seu tio-avô, o cardeal D. Henrique que viria, no entanto, a morrer em 1580, igualmente sem descendentes. Abre-se uma crise dinástica.
D. Manuel I1496 - 1521
2º1500 D. Maria
1482 - 1517
Carlos I1516 - 1556
1526
D. Isabel1502 - 1539
1525
D. Catarina1507 - 1578
D. João III1521 - 1557
Carlos III de Sabóia
1486 - 1553
Beatriz1504 - 1538
1521
Manuel Felisberto1528 - 1580
D. Luís1506 - 1555
D. AntónioPrior do Crato
1531-1595
D. Henrique1512-1580
D. Fernando:1507 – 1534, duque da Guarda e TrancosoD. Afonso: 1509 – 1540, cardealD. Maria: 1511- 1513
D. Isabel de
Bragança
D. António1516
D. João1537-1554
D. Joana1535-1573
D. Sebastião1557-1578
Filipe II1580-1598
D. Maria1538-1577
Alexandre Farnese1542-1592
Ranuccio I Farnese1569 -1622
Catarina de
Bragança1540 - 1614
D. Joãode
Bragança
D. Duarte1514-1540
Em 1580, o duque de Alba comanda as tropas que entram em Lisboa à frente de mais de 23 000 homens. A partir de Setúbal, sobe a Lisboa sem encontrar oposição. O prior do Crato reúne 8 000 homens mal treinados, incluindo escravos e prisioneiros libertos. A 25 de Agosto, trava-se o recontro de Alcântara. A trupe de D. António é desbaratada em meia hora. O prior é ferido e foge.
D. António refugia-se nos Açores, onde resiste durante algum tempo angariando o apoio francês.
Em 1583, porém, uma poderosa armada espanhola destroça os navios franceses.
D. António exila-se em Londres. Aí, convence a rainha a apoiar as suas pretensões a troco de 5 milhões de ducados.
Em caso de sucesso, Portugal pagaria uma renda perpétua anual de 300 000 ducados.
Prometeu o saque de Lisboa durante 12 dias, liberdade de comércio na metrópole e no ultramar para os ingleses! Autorizou a fixação de guarnições inglesas nos fortes nacionais. Providenciaria a nomeação de bispos ingleses para as sés portuguesas.
A 27 de Maio, Francis Drake desembarca em Peniche trazendo o prior. Não se verificou o entusiasmo prometido. Marcharam sobre Lisboa conforme planeado, mas sem sucesso.D. António regressaria a Londres, de onde foi convidado a retirar-se. Morreu em Paris em 1595.
Filipe II entrou em Portugal, dirigindo-se a Tomar, para onde convocara as Cortes. A União é selada juridicamente em Abril. O rei compromete-se, em seu nome e de seus sucessores, a respeitar a identidade portuguesa, num documento de 25 capítulos.
•Prometeu respeitar os foros, liberdades, privilégios, usos e costumes do reino.
•As Cortes far-se-iam sempre em Portugal. Nenhuma assembleia realizada no estrangeiro tinha competência para legislar sobre o país.
•O príncipe D. Diogo, filho de Filipe, foi jurado herdeiro e seria educado em Portugal. [morreria em 1582]
•Na ausência do rei, o governo seria confiado a portugueses.
•Os cargos de Justiça, Fazenda, Exército, Armada e Igreja seriam entregues a portugueses.
•A moeda a cunhar mostraria as armas do reino.
•Os portugueses conservariam direitos exclusivos no comércio e navegação com o império.
Aceitou abolir as barreiras alfandegárias com Castela.
Comprometeu-se a retirar das fortalezas nacionais as tropas castelhanas, entregando os postos de comando a portugueses.
Quando se ausentasse, seria acompanhado por um Conselho de Portugal formado por 5 membros.
Em 18 de Abril de 1581, promulgou um Perdão Geral, amnistiando todos os que se lhe opuserem.
Filipe II é, finalmente, rei de Espanha, da Península unificada.
O cardeal Granvelle, secretário do rei, chega a propor que Lisboa se torne capital do reino.
Filipe permanece em Portugal durante dois anos.
Cria um tribunal de 1ª instância no Norte de Portugal.
Publica as Ordenações Filipinas que vigorarão até meados do séc. XIX!
Antoine Perrenot de Granvelle
O Cardeal Arquiduque Alberto de Áustria é nomeado vice-rei de Portugal.
Criou o Conselho da Fazenda, centralizando num só órgão a administração fiscal que assim se moderniza.
Forte de S. FilipeSetúbal
Cria a Armada do Mar Oceano, uma esquadra de vigilância.
Funda o Consulado e Casa de Negócio Mercantil.
Promove a construção de fortalezas em Portugal e no Império.
Algumas obras edificadas no tempo de Filipe II
S. Vicente de ForaLisboa
Torreão de TércioDestruído pelo terramoto de 1755
Tomar
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