A ENGENHARIA AERONÁUTICA NO
3º QUARTEL DO SÉC. XX
MGen. Moura Marques
1 de Abril 2009
4ª Conferência da Cooperativa Militar Ciência e Tecnologia de Defesa
I - A Aeronáutica militar e a Aviação naval (1950 e 1951)
II - A Força Aérea, a OGMA e a sua engenharia (1952 a 1960)
III - Em África e na afirmação internacional (1961 a 1974)
A ENGENHARIA AERONÁUTICA NO 3º QUARTEL DO SÉC. XX
Sumário
A Aeronáutica militar e a Aviação naval (1950 e 1951)
A ENGENHARIA AERONÁUTICA NO 3º QUARTEL DO SÉC. XX
I
A Defesa em 1950
4 Abril 1949 – Tratado do Atlântico Norte
Reequipar o sector
aeronáutico
Ministro da Guerra Santos Costa
Implementar as transformações na
aeronáutica nacional
2 Agosto 1950 – Criada a função de Ministro da Defesae o cargo de C E M G F A
Criado o Subsecretariado de
Estado da Aeronáutica
Ministério da Guerra passa a Ministério do Exército.Ministério da Marinha mantém-se.
(*) Dec-Lei 37909 de 1 Agosto de 1950
Ministério da Marinha
A Aeronáutica em 1950
(*) Diário das Sessões da Assembleia Nacional 19 Março 1952 . Argumentos contra do deputado Botelho Moniz.
A intervenção do Marechal da Força Aérea Craveiro Lopes na Assembleia Nacional, em que propôs a criação da Força Aérea pela fusão da Aviação naval com a Aeronáutica Militar, põe um ponto final em toda a discussão
Ministério do Exército
Aeronáutica Militar Aviação Naval
Vantagens
PLANO INTERNOInstrução básica de voo
ManutençãoLogística de aeronaves
Infra-estruturas
PLANO EXTERNOEnvolvimento no âmbito da OTAN
Forças aéreas mais desenvolvidasUSAF, RAF e Luftwaffe
Sistemas electrónicos, radar e jacto
Grandes discussões – Assembleia Nacional e na Câmara Corporativa até 1952 (*) (**)
Nas Forças Armadas – resistência à unificação. Maior aproximação do Exército
Fonte: Lei 2055 de 27 Maio 1952
Presidência do Conselho
Subsecretariado de Estado da Aeronáutica
Chefe de Estado-Maior das Forças Aéreas
Forças Aéreas para operações independentes
Forças Aéreas de cooperação
Unidades de instrução
Ministro da Defesa Nacional
Caça
Detecção e controlo
Busca e salvamento
Transporte
Bombardeamento
Protecção de comunicações marítimas
Escola do ExércitoEscola Naval Escola Prática de Aeronáutica
As Forças Aéreas
AERONÁUTICA DO EXÉRCITOTipo de Aeronave BA1 BA2 BA3 BA4 GIAC CGAM
Total Sintra Ota Tancos Lajes EspinhoHurricane 103 22 - 56 - 25 -
Spitfire 76 - 76 - - - -T-6 Harvard 26 17 4 3 - 2 -
Westland Lysander 8 8 - 8 - - -Tiger Moth 49 49 - - - - -
Oxford 4 4 - - - - -Anson 9 3 - - - - -
Junkers JU52 10 - 10 - - - -Douglas C-54 3 - - - 3 - -
Boeing SB-17 F,G 5 - - - 5 - -Douglas C-47 1 - - - - - 1
Total 294 103 90 67 8 27 1
AVIAÇÃO NAVALTipo de Aeronave
Grumman G21/24 12Oxford 9
Beech D-18S 6SNJ-4 6
Beech AT11 9Beaufighter 15
Heldiver 24Total 81
Fonte: – Portugal e os 50 anos da Aliança Atlântica A Força Aérea e a OTAN; Capitão Alves Quintas –Quadro 2- pág . 253
GIAC- Grupo Independente de Aviação de CaçaCGAM – Comando Geral da Aeronáutica Militar
Total de Aeronaves - 375
Aeronaves das Forças Aéreas em 1951
Colocadas nos Centros de Aviação Naval de
S. Jacinto e Montijo
Fonte: Ordem à Aeronáutica 2ª Série / nº 1 – 30 Nov. 1952; pág. 19 a 31
MINISTÉRIO DO EX ÉRC ITO
Oficiais da Arma de A eronáutic a - AviadoresN o quadro
Brigadeiro 3Coronel 5Tenente Coronel 5Major 15Capitão 44Tenente 34Alferes 22
Total 128Em escala provisória (formação)
Alferes 3Aspirante a Oficial 22
Total 25
Arma de Engenharia - EngenheirosCapitão 2Tenente 3
Total 5
MINISTÉRIO DA MA RIN HA
Oficiais de Marinha aviadoresN o quadro
Capitão-de-fragata 1Capitão-tenente 3Primeiro-tenente 5Se gundo-ten ente 24
Tota l 33Oficiais engenheiros m aquinistas e maquinis tas nava is de aviaçãoPrimeiro-tenente e ngenheiro maquinista 7Se gundo-ten ente eng.º maq. nava l de aviação 2
Tota l 9
(*) Que transitaram para o Subsecretariado de Estado
da Aeronáutica
Oficiais das ForOficiais das Forçças Aas Aééreas reas em 1951/1952 (*) em 1951/1952 (*)
158158
4242
“MUTUAL DEFENSE ASSISTANCE AGREEMENT”Acordo de Assistência e Defesa Mútua
Assinado entre PO e os EUA
(5 de Janeiro de 1951)
Fornecer apoio militar a PO.
(equipamentos, materiais, serviços ou outra
assistência militar).(*)
(*) - Mutual Defense Assistance Agreement (MDAP) between the United States of América and Portugal. Article I point 1.
“MAAG”Military Aid Advisory
GroupNa embaixada de
Lisboa
• Avaliar as nossas necessidades aeronáuticas
• Providenciar o fornecimento e,
• Fiscalizar a sua manutenção e emprego
Âmbito da
OTAN
Excertos de Relatórios e Ofícios trocados entre o MAAG e entidades nos EUA e na OTAN.
“ Os indícios até agora indicam que Portugal tem capacidade e intenção de cumprir as suas obrigações e compromissos NATO” … “Recomenda-se que seja aceite que Portugal tem
capacidade de satisfazer o critério MDAP para a utilização de aviões a jacto, como proposto pelo Ministro da Defesa de Portugal”. (1)
(1) - Memo (SECRETO) do Col. USAF William Lee, Jr; Chefe da Secção da Força Aérea do MAAG para o Gen. Camm - Chefe do MAAG- Portugal - Doc. obtidos nos Arquivos Nacionais dos EUA em Washington. 2 Maio 1951
(2) – Memo (SECRETO) do Gen. Camm para o Ministro da Defesa português , em resposta a um ofício sobre “Excesso de capacidade de Manutenção Aeronáutica no DEPOT de Alverca” 12 Setembro 1952
(3) - Ofício (SECRETO) do Gen. Frank Camm para o Commander-in-Chief United States European Command , Frankfurt, Gerrmany
“ Os indícios até agora indicam que Portugal tem capacidade e intenção de cumprir as suas obrigações e compromissos NATO” … “Recomenda-se que seja aceite que Portugal tem
capacidade de satisfazer o critério MDAP para a utilização de aviões a jacto, como proposto pelo Ministro da Defesa de Portugal”. (1)
“Os recursos existentes na OGMA provavelmente não serão adequados para suportar o programa de horas de voo previstas no critério de utilização das aeronaves estabelecido pelo
MAAG” (2)
Só após a implementação de um programa de manutenção DEPOT detalhado é que o MAAG estará em posição de reportar o excesso de capacidade de manutenção da OGMA, para uma
possível utilização por outros países NATO. (2)
“Os portugueses têm um Plano de Recuperação a Seis Anos (1953-1958) para o desenvolvimento de Portugal e das colónias. Tudo indica que os EUA não continuarão a
suportar a FAP após 30 Junho 1955, e que o apoio em sobressalentes terminará nesta data. O Dr. Salazar está determinado em reduzir despesas militares após 1954”. (3)
“Os recursos existentes na OGMA provavelmente não serão adequados para suportar o programa de horas de voo previstas no critério de utilização das aeronaves estabelecido pelo
MAAG” (2)
Só após a implementação de um programa de manutenção DEPOT detalhado é que o MAAG estará em posição de reportar o excesso de capacidade de manutenção da OGMA, para uma
possível utilização por outros países NATO. (2)
“Os portugueses têm um Plano de Recuperação a Seis Anos (1953-1958) para o desenvolvimento de Portugal e das colónias. Tudo indica que os EUA não continuarão a
suportar a FAP após 30 Junho 1955, e que o apoio em sobressalentes terminará nesta data. O Dr. Salazar está determinado em reduzir despesas militares após 1954”. (3)
A Força Aérea, a OGMA e a sua engenharia(1952 a 1960)
A ENGENHARIA AERONÁUTICA NO 3º QUARTEL DO SÉC. XX
II
Fonte: DL 38805 de 1 de Julho de 1952
Do Ministério do Exército•Comando-Geral da Aeronáutica Militar;
•Depósito Geral de Material Aeronáutico;
•Oficinas Gerais de Material Aeronáutico;
•Bases Aéreas nº 1, 2, 3 e 4;
•Grupo independente de Aviação de Caça;
•Todas as infra-estruturas aeronáuticas actualmente na
dependência do Ministério do Exército.
Do Ministério da Marinha•Comando Superior das Forças Aéreas da Armada;
•Direcção da Aeronáutica Naval;
•Centro de Aviação Naval de Lisboa;
•Escola de Aviação Naval Almirante Gago Coutinho;
•Grupo independente de Aviação de Caça;
•Todas as infra-estruturas aeronáuticas actualmente na
dependência do Ministério da Marinha.
Estava criada a Força Aérea Portuguesa
A partir desta data ficam na dependência directa do Subsecretariado de Estado da Aeronáutica
os seguintes serviços:
1 de Julho de 1952
AERONÁUTICA MILITARTREINO
DE Havilland Tiger Moth D.H.82ADe Havilland D.H.C. 1 ChipmunkMiles Magister IMiles Master II e IIIOxfordMiles Martinet T.T.INorth‐American T‐6A, T‐6B e T‐6G
LIGAÇÃODe Havilland D.H.84 Dragon IIDe Havilland D.H. 89A Dragon‐RapideAVRO Anson IWestland Lysander IIIA
TRANSPORTE
Junkers Ju 52Douglas C‐47Douglas C‐54 Skymaster
COMBATEGloster Gladiator IIHawker Hurricane IISupermarine Spitfire V
BUSCA E SALVAMENTOBoeing SB‐17‐G Fortress
AVIAÇÃO NAVAL TREINO
Tiger Moth II ‐ D.H. 82AFleet 10G e 16GOxfordMiles Martinet T.T.INort‐American T‐6 SNJ‐4Beech D‐18SBeech T‐11
LIGAÇÃOGrumman G21BGrumman G.44 Widgeon
COMBATE ANTI‐SUBMARINOCurtiss SB2C‐5 Helldiver
Fonte: Os aviões da Cruz de Cristo, pág. 91
As primeiras aeronaves da FAP
Fonte: Ordem à Aeronáutica 2ª Série /nº 6 de 20 Nov.1953 ; pág. 103* - Forças Aeroterrestres e Forças Aeronavais
FORÇAS AERONAVAIS
Engenheiros Maquinistas Navais
Capitão‐tenente Luís Ferreira de OliveiraCapitão‐tenente José de Sousa OliveiraPrimeiro‐tenente Armando Júlio Moreira de CamposPrimeiro‐tenente António Augusto Resende da CostaPrimeiro‐tenente Alberto Fernandes
FORÇAS AEROTERRESTRES
Engenheiros Aeronáuticos
Tenente‐coronel Luís Vitória de França e SousaMajor João Anacoreta de Almeida VianaMajor Mário Alvarenga RuaMajor José Pereira do NascimentoMajor Fernando Alberto de OliveiraMajor António Francisco de AguiarMajor Pedro José Maria de AvilêsMajor Urbano Adolfo Ferreira de CastroMajor José Luís Matias
FORÇA AÉREA
Engenheiros Electrotécnicos
Tenente António de Almeida Albuquerque e CastroTenente José João Lúcio AvelinoTenente Álvaro José Passos MorgadoTenente Adriano Abrantes dos SantosTenente Luís Jordão Neves MorazzoTenente José Lavado GasparTenente José Samuel Carmona e Silva PessoaTenente Manuel Paulino Ferreira dos SantosTenente Ângelo de Sousa Brito e AbreuTenente António LeitãoTenente José Eduardo Vilar QueirósTenente Januário Simões BarataTenente Mario Rodrigues Cruzeiro
Escala Geral do Quadro dos Engenheiros das Forças Aéreas* (1953)
Eram oficiais milicianos, já licenciados e de outras armas do Exército. Entraram por concurso em 1952 para a FAP. Em 1953
vão todos para os EUA, durante 9 meses para formação. Eram todos Pilotos Aviadores, antes de frequentarem o Curso
de Eng. Aeronáutica e motores no estrangeiro
Eram todos Eng. Maquinistas Navais, antes do curso de Eng. Aeronáutica e motores em Inglaterra .
Formação dos Engenheiros Aeronáuticos
Engenheiros Aeronáuticos
Engenheiros Maquinistas Navais
Até 1952
Curso de Piloto Aviador
Escola do ExércitoEscola Estrangeira
(RFA, UK, FR, EUA)
Especialização em Aeronáutica
De 1952 a 1962
Curso de Eng.ª Mecânica Especialização em Aeronáutica
Preparatórios
De 1962 a 1974
Curso Eng.ª Aeronáutica (4 / 5 anos)
Milicianos Especialização em Aeronáutica
Academia Militar
Curso de Eng.ª Mecânica (1º,2º,3º) Curso Eng.ª Aeronáutica (4º,5º,6º)
Instituto Superior Técnico
Escola NavalEng.º Maquinista Naval Especialização em Aeronáutica e
motores (9 meses)
Escola Estrangeira - UK Até 1952
0
1
2
3
4
5
6
58/59 59/60 60/61 61/62 62/63 63/64 64/65 65/66 66/67 67/68 68/69 69/70 70/71 71/72 72/73 73/74 74/75 75/76 76/77 77/78 78/79 79/80
Engenharia Aeronáutica Militar Engenharia Electrotécnica Militar
Fonte: Academia Militar
Início dos cursos na Academia Militar,
ex-Escola do Exército.Início dos cursos
reduzidos no IST (3 para 2)1 FEV 1978 - Início da
actividade da AFA
A partir desta data os três
últimos anos do curso de Engenharia
Aeronáutica da FAP passam a
ser no IST
31 Eng.º Aeronáuticos16 Eng.º Electrotécnicos
Licenciados em Eng.ª Aeronáutica e Electrotécnica na A.M.
A Investigação e Desenvolvimento – AGARD e SHAPE
Em 16 e 17 de Setembro de 1964 realizou-se em Lisboa a 14ª
Assembleia Geral do AGARD. --------------------------------------------
Nos agradecimentos o Sr. General CEMFA, Gen. Corte Real, salientou
que:
A participação no AGARD tem sido diminuta, pelo facto da FAP enviar os seus engenheiros para o estrangeiro
para formação aeronáutica.
Agora, com a ajuda do Programa de Cooperação e Consultadoria do AGARD criamos um curso de
engenharia aeronáutica no IST .
Fonte. The AGARD History 1952-1987
Dr. Van Karman fundador do
AGARD em 24 de Julho de 1952
AGARD – Advisory Group for Aerospace Reseach and DevelopmentSHAPE - Supreme Headquarters Allied Powers Europe
Participação Portuguesa
Delegados Nacionais
B. Mira Delgado 1958 -1961J.A. de Almeida Viana 1962 - 64J.P do Nascimento 1964 – 1969J. De Sousa Oliveira 1970 - 1972H. De Faria Queirós 1972 - 1974
Painéis
Aerospace Medical - AMP)- 1952Avionics – AVP – 1957
Electromagnetic W. Prop.– EPP- 56Flight Mechanics – FMP- 1952Fluid Mechanics – FDP – 1952
Guidance & Control – GCP – 1965Propulsion and Energetics – PEP -52Structures and Materials - SMP – 55Technical Information – TIP - 1952
Em 1972 o Cor. Luis Morazzo participou
nas reuniões semestrais do
SHAPE Technical Center como representante
nacional.
Fonte: – Portugal e os 50 anos da Aliança Atlântica -A Força Aérea e a OTAN; Capitão Alves Quintas –Quadro 3- pág . 252
OGMA
• Fabrico e reparação• Exército • Motores e células
• Manutenção (grandes revisões) de todosos tipos de aviões existentes nas
• Forças Armadas Portuguesas• Eq. de voo, de apoio, de rádio e radar• Fabrico de aviões de instrução de uso
corrente• Realizar experiências ou fazer ensaios
técnicos
1950 1955
Fonte: Lei 2020 de 19 Março 1947 Fonte: Decreto Lei 40391 de 22 NOV 1955
Normas Orgânicas
1ª Secção - Aviões e montagem
Quadro OrgânicoFonte: Decreto Lei 40391 de 22 NOV 1955
SERVIÇOS CONTABILIDADE
DIRECTOR
SUBDIRECTOR
SERVIÇOS COMERCIAIS
SERVIÇOS INDUSTRIAISSERVIÇOS GERAIS
1ª DIV 2ª DIV 3ª DIV
1ª Secção – Radioelectricidade e Radar
2ª Secção - Electricidade e InstrumentosGabinete de estudos
Organização da produçãoOrçamentos fabris
Armazéns industriaisVerificação
Oficial qualquer Ramo /Serviço
3ª Secção - Maquinas e ferramentas
Eng.º AeronáuticoQ Eng.º qualquer especialidade
E Eng.º Electrotécnico I
C Oficial de AdministraçãoAE Eng.º Aeródromos Piloto de Teste
2ª Secção - Motores
CS
Chefe de Secretaria
LEGENDA
OGMA
P
E
A
Q
E
I CAE
P
E
E
A
A
AA
AA
A
Oficiais Sargentos Técnico Administrativo Menor FabrilDirecção 2 0 0 0 0 0 2Serviços Gerais 3 1 3 7 7 0 21Serviços Industriais 6 1 44 6 0 67 124Serviços Comerciais 2 1 6 6 0 3 18Serviços Contabilidade 1 0 0 20 0 0 21
total 14 3 53 39 7 70 186
Pessoal Militar Pessoal CiviltotalDirecção e Serviços
Fonte: Decreto Lei 40391, 40392 e 40393 de 22 NOV 1955
# ESPECIALIDADE POSTO1 Eng.º Aeronáutico Cor / Tcor2 Eng.º Aeronáutico Tcor / Major3 Eng.º Aeronáutico Major4 Eng.º Aeronáutico Tcor / Major5 Eng.º Aeronáutico Major6 Eng.º Electrotécnico Tcor / Major7 Eng.º Electrotécnico Major8 Eng.º Electrotécnico Major 9 Eng.º Aeródromos Cap. /Major10 Oficial de Qualquer Arma ou Serviço Major11 Oficial Superior dos Serv. Adm. Militar Tcor / Major12 Oficial qualquer Especialidade de Eng.ª Major13 Oficial de Qualquer Arma ou Serviço Cap. /Ten. /Alf14 Oficial do Serviço Geral Ten. / Alf.
Serviços Gerais
FUNÇÃO
Adjunto do Chefe da 3ª DivisãoEng.º dos Serviços GeraisChefe dos Serviços GeraisChefe dos Serviços ContabilidadeChefe dos Serviços Comerciais
Chefe de Secretaria dos Serviços Gerais
Adjunto do chefe dos Serviços IndustriaisChefe da 2ª Divisão / chefe da 1ª SecçãoChefe da 2ª Secção da 2ª Divisão
Chefe da 2ª Secção da 3ª DivisãoChefe da 3ª Divisão / Chefe da 1ª Secção
DirectorSuddirector/ Chefe dos Serviços Industriais
Nota: O pessoal militar colocado nas OGMA é considerado adido ao quadro
Quadro Orgânico (1955)OGMA
Oficiais Sargentos Técnico Administrativo Menor FabrilDirecção 2 0 0 0 0 0 2Serviços Gerais 2 0 12 25 26 0 65Serviços Industriais 34 5 191 34 0 232 496Serviços Comerciais 3 0 5 30 0 0 38Serviços Contabilidade 5 0 0 44 0 0 49
total 46 5 208 133 26 232 650
Direcção e ServiçosPessoal Militar Pessoal Civil
total
Fonte: Decreto Lei 40391 de 22 NOV 1955 e Portaria nº 22041 de 8 JUN 1966
• O Director e Subdirector - Eng.º Aeronáutico ou Electrotécnico, e o Director - Brigadeiro ou Coronel;• Os Serviços que mais cresceram foram os Industriais, (124 para 496) ;• A Divisão que mais cresceu foi a 2ª, a de Aviões, (42 para 200). • As áreas que mais cresceram foram as de Verificação do Trabalho e a de Orçamentos da 1ª Divisão. • O pessoal militar passou de 17 para 51, sendo igual o número de Eng.º Aeronáuticos e Electrotécnicos • Agora há oficiais técnicos de manutenção de armamento e equipamento e de material electrónico.• O número de pilotos de teste aumentou de 1 para 7 (1 Tcor, 3 Maj. ou Cap. e 3 Sargentos);• A 2ª Divisão passou de 3 a 6 secções (Estruturas de Avião, Montagem de aviões, Motores,
Acessórios, Maquinas e ferramentas, Equipamentos Terrestres)• A 3ª Divisão passou de 2 a 4 secções (Electricidade, Radar, Rádio e Instrumentos)
Alterações mais significativas no quadro orgânico da OGMA entre 1955 e 1966
Quadro Orgânico (1966) OGMA
Che
fe d
os S
ervi
ços
Indu
stria
is
1º DIV
3ª DIV
2ª DIV
Gabinete de Estudos
• Planos e projectos de fabricação• Trabalhos de Investigação com Institutos oficiais
Verificação (1960 - Controlo da Qualidade)
• Inspecção técnica das operações de fabrico• Responsável pelas normas de verificação e métodos de ensaio.
Secção de aviões e montagem
Secção de Motores
• Revisão, reparação e construção de células• Montagem e preparação para voo dos aviões• Inclui trabalhos de serralharia, carpintaria, soldadura, plásticos e estofadores,
entelagem, pintura e hélices
• Revisão e reparação de motores e dos trabalhos do Banco de ensaios
Secção de radioelectricidade e radar
Secção de electricidade e instrumentos
• Dispositivos e aparelhagem radioeléctrica e radar de bordo ou de terra
• Revisão das instalações eléctricas nos aviões, e dos instrumentos eléctricos e mecânicos para uso aeronáutico
• Instalações eléctricas industriais.
Fonte Decreto Lei 40393 – 22Nov 1955 – Regulamento da OGMA
Serviços Industriais da OGMA. O ambiente dos engenheiros.(1955)
Fonte: Decreto Lei 40391 de 22 NOV 1955, Portaria nº 22041 de 8 JUN 1966 (*) Discurso do dOGMA em OUT 61- Mais Alto nº 30
Evolução do número de funcionários da OGMA entre 1955 e1966.
Em 1950 o número de funcionários era de 323Em 1957 o número passou para 1015 Em 1963 era de 2590 e um ano depois 3000. Em 1969 o número de funcionários rondava os 4000.Em 1974 o número de funcionários baixou para 3500.
Em 1972 estavam colocados na OGMA 12 oficiais engenheiros aeronáuticos e 4 engenheiros electrotécnicos
Fonte: Revistas da OGMA e da Revista do“75º aniversário”
Em 1961 60% do pessoal
da OGMA tinha
menos de 25 anos e somente 5% tinha mais de 50.(*)
A construção aeronáutica na OGMA (1951 e 1960)
ChipmunkEm 1951 foram adquiridos 10 aviões em Inglaterra.
No mesmo ano inicia-se a construção sob licença de 66aeronaves deste tipo na OGMA
Auster D5Depois de adquiridos a Inglaterra 15 Auster D.4/108, a
OGMA inicia em 1960 a fabricação de 148 Auster D.5/160, sob licença de fabrico da Auster Aircraft Co.
O objectivo era construir o
Piper mas não foi conseguida
a licença.
Em 29MAI1962 pelo DL44371 foram criadas as “Forças Aéreas Voluntárias” executavam missões aéreas complementares da acção militar. (Correio, medicamentos, pessoas, alimentos frescos) – Mais Alto 294 pág 16 a 21
As modificações de aeronaves na OGMA (1950-1974)
Alouette III Instalação de armamento
PV-2 • Transformado em avião de passageiros;
• Mudança do posto de radar do meio do aparelho para trás da cadeira do primeiro
piloto.
T- 6G Texan e T-6 HarvardInstalação de armamento
No início só três porta bombas
As modificações de aeronaves na OGMA (1950-1974)
Modernizações FIAT G-91
•Sistemas de Comunicações•VHF, UHF, IFF, VHF/FM
•Sistemas de Navegação•ADF, TACAN, Indicador de altitude de
emergência, Plataforma de Inércia
•ArmamentoProvisões para Sidewinder, Visor de Tiro,
Pylons porta-bombas
Envolveram modificações: Estruturais;,Cablagens eNovos equipamentos
A partir de 1968
OUT 1959
Contratos Internacionais com a USAF
Neste âmbito não havia apoio das Embaixadas para encontrar mercados.
IRAN do C-47 e C-54
USAF
(*) – Mais Alto nº 5 e 6 SET/OUT 1959
Contratos assinados com oFrance Air Logistics Office
da “Air Materiel Force, European Area “
(AMFEA)&
USAF. (**)
Sobressalentes fornecidos pela USAF
Missão permanente da USAF na OGMA
OGMA fornecia MOD, instalações. Equipamentos e artigos de consumo
C-47 – DakotasDe todo o Mundo.
No total 52. C-54 – Skymasters
Concurso público internacional.No total 12
O projecto aeronáutico na OGMA (1950-1974)
Havia pouca actividade de projecto aeronáutico
Salienta-se na Área de Armamento: (*)Projecto de um anti-missil;
Lança Rockets- Matra-----------------
Projecto de um Overcraft - Foi construído um modelo (**)-----------------
Projectos de simuladores (AL-II, AL-III e PUMA)----------------
Alteração de Bancos de Ensaio----------------
Instalação de armamento no Al-III, T-6, B-26 e DO-27----------------
Remotorização dos JU-52 (troca de BMW por R1340 Prat&Witney)
(*) – A OGMA tinha pessoal na fundição de OEIRAS, entregues à DSM, para acompanhar a fundição das bombas.(**) – Projecto desenvolvido pelo Engº Menezes e Eng.º Picolo
A ENGENHARIA AERONÁUTICA NO 3º QUARTEL DO SÉC. XX
Em África e na afirmação internacional(1961 a 1974)
III
Impacto na OGMA das mudanças estratégicas da OTAN e do corte do auxílio americano MDAP
1954 1961
Retaliação maciça Resposta flexível
Aproximação àRFA e à França
Acordos com a RFA• Construção da Base de Beja (1962 a 1968); seria outra Base de
manutenção com 7000 funcionários (*)
• Desenvolver a OGMA (Noratlas e F104);
• Contrapartida: Portugal usa em África aviões de transporte
alemães (DO-27 e Noratlas) e Fiat G-91.
Acordos com FR• Portugal compra Allouette, Puma, Noratlas e
T-6 de ataque ao solo;
• A OGMA fabrica componentes para ALIII e
Lama;
• Contrapartida: A França instala estação de
rastreio de satélites nos Açores; Fonte: – Portugal e os 50 anos da Aliança Atlântica A Força Aérea e a OTAN; Capitão Alves Quintas –Quadro 2- pág . 253
(*) – informação do MGen Alberto Fernandes
Os EUA em Maio de 61 decidem cortar o auxílio militar a PO para 2002 de 1M$
para 20 mil $ (só instrução) e
instrui o MAAG para certificar que não estavam a ser usados em Angola as
aeronaves recebidas do MDAP
• Infraestruturas:– PISTA – aumentada de 1200 para 3000m e reforçada
para receber DC8 e B-707; Aviões da Portela- Ogma.– HANGAR - H 10 – 120x60m– TRITON – nave de 150x130m (22000 m2); - Edifício de gerência c/ 100m;- Oficina de acessórios de motor;- Banco de ensaio de motores a jacto;
- PT - 6000 KVA ( o triplo do que dispunha)
• Formação:– Enviados durante vários meses, oficiais,
engenheiros e praças para a Alemanha (Kaufheuren)– Criado o Centro de Instrução na OGMA: 11 salas;– 1º Curso em Alverca (24NOV65) – 60 operários – 6
meses;– Utilizados “mock-ups” da Lockheed;
• Pessoal– previa-se emprego para 400 trabalhadores ;
• Acompanhamento do Programa– Criado na OGMA o “Grupo de Ligação, apoio e
manutenção” com militares alemães. – Foi efectuada a manutenção a 2 F-104G na OGMA.
O contrato F-104 G – “Starfighter” na OGMA (1-2)
1961-1968
O contrato F-104 G – “Starfighter” na OGMA (2-2)
• Projecto• Lockheed (741) • Consórcio Europeu – MBB (50), Messerchmitt (210)
Fiat (44), Fokker (350) e a Sabca (188). Total 1242.• Produzidos de todos os tipos um total de 2578.
• Impacto Tecnológico• Aviónicos
• Radar MTI – NASARR (*)• Plataforma de Inércia (calibração)• Equip. de reconhecimento aéreo• Tacan e Visor óptico;• Sistema de controlo de tiro; C.T. Alcochete é
pequeno
• Air Data Recorder (avarias). ATE. • Motores• J79-GE-11A• Fabricado sobre licença na Europa ( Alfa-
Romeo, Fiat, Fabrique Nationalle);• Velocidade: mach 2.• Armamento• AIM-7 Sparrow• AIM-9 Sidewinder• M61 Vulcan 20mm Gatling Gun• Pilons central e asas: bombas, rockets e fuel
(*) – NASARR – North American Search and Ranging Radar
Contrato de contrapartidas alemão:– São reparados durante a década de 60
mais de 500 Noratlas na OGMA ;
O Contrato NORATLAS na OGMA
21NOV69
Este contrato incluía:
– Fabricação e montagem de armários;
– Cablagens;
– Caudas do helicóptero LAMA (200
unidades)
– Soldaduras a halogéneo e formação pela
OGMA a outras entidades portuguesas;
– A OGMA adquire 2 Noratlas novos para o
Contrato SNIAS.
– As aquisições Alouette II e III permitem
contrapartidas para as OGMA.
– Fabricação de vários componentes do
Alouette – III.
O Contrato SNIAS (FR) na OGMA
1966
SA-315B “LAMA”
SA-316/319 “Alouette III”
O T-37C e o B-26 “Invader” e a OGMA
• Finais de 1962
• 12 aviões novos Cessna T-37 C, acordo MDAP.
• Em Fevereiro de 1963 os aviões são entregues à
FAP, antes da data prevista.
• Aviões equipados com UHF e VOR. (*)
• Agosto de 1965
• FAP recebe 7 B-26
• Os sobressalentes são arrestados nos EUA.
• JAN 66 - 1ª inspecção na OGMA
• Instaladas metralhadoras de nariz
• Instalados suportes de bombas de 50 e 200 Kg no
Bomb bay e instalados nas asas porta-bombas com
lança foguetes (**)
(*) – Mais Alto 359 pág 30
(*) – Mais Alto 375 pág 24
Montagem T-37
Modificação B-26
Direcção de Serviço de Material – DSM
Os aeronaves de África
Fonte: Guerra Colonial 1961-1974 – RTP www.guerracolonial.org
Fonte: Guerra Colonial 1961-1974 – RTP www.guerracolonial.org
DOGMA 2
Del. DSM
BA9
54
Angola – 7 Formações (FAV201 a 207)
Fonte: Guerra Colonial 1961-1974 – RTP www.guerracolonial.org
DOGMA 3
Del. DSM
BA10
Moçambique – 12 formações (FAV301 a 312)
Fonte: Guerra Colonial 1961-1974 – RTP www.guerracolonial.org
BA12
Bissalanca
• Grandes manutenções – OGMA e DOGMA 2 e DOGMA3;
• Manutenções de nível orgânico e intermédio – grupos de material das próprias bases;
• Suporte da cadeia de Abastecimento –DGMFA;
• Suporte e gestão técnica – DSM e delegações junto dos comandos das regiões e zonas aéreas;
• Actividades de intendência e contabilidade – DSIC e delegações junto dos comandos das regiões e zonas aéreas
A Logística durante a Guerra
Delegação da OGMA -2 aeroporto de Luanda em 1962
As DelegaAs Delegaçções da OGMA em ões da OGMA em ÁÁfrica frica –– DOGMA 2 e DOGMA3DOGMA 2 e DOGMA3
Equipa de reparação de Equip. Electrónicos
• As Delegações da OGMA:
Luanda DOGMA-2
Beira DOGMA -3
•Chefiadas por um TECAER (100 pessoas)
•Especialistas em manutenção DEPOT
•A DOGMA -2 podia efectuar IRANs, (ex. PV-2)
• Davam apoio às Unidades Aéreas
As delegações da DSM solicitavam muito apoio
Aeronaves adquiridas por Portugal entre 1950 e 1974Aeronaves adquiridas por Portugal entre 1950 e 1974
(*) 66 Chipmunk fabricados na OGMA (**) 84 Auster fabricados na OGMA Fonte: Os aviões da Cruz de Cristo, pág.137
0 50 100 150 200 250 300
1950
1951
1952
1953
1954
1955
1956
1957
1958
1959
1960
1961
1962
1963
1964
1965
1966
1967
1968
1969
1970
1971
1972
1973
1974
(*)
(**)
125 F-84G , 30 T-33 e 29 C47 Dakota
78 (T-6G Texan) da A.M.
34 PV-2 Harpoon, 1 Sikorsky UH-19A9 SC-54D Skymaster
65 F86F Sabre e 7 Alouette II
12 PV2-5 Neptune
133 Do 27, 30 T-37C e 10 DC-6
142 Alouette III
40 Fiat G-91 e 7 B-26 Invader
19 Noratlas
2 Boeing 707
24 C-212 Aviocar e 32 Cessna FTB
60 T-6 Harvard II A
13 SA-330 Puma
64 T-6 Harvard IV
50 F-47D, 2 Vampire T-55 Primeiros aviões a jacto em Portugal
Primeiro helicóptero em Portugal
• Desempenhavam funções de Direcção e de Chefia de Divisão;
• Eram responsáveis pela implementação de novos programas de manutenção, de actualização e de fabricação;
• Asseguravam as relações com os fabricantes e os clientes, principalmente na vertente técnica;
• Mantinham uma ligação privilegiada com a FAP e em particular com a DSM;
• Apoiavam o Gabinete de Apoio Técnico e de Estudos em acções de carácter inovador ou de grande risco;
• Contribuíam a todos os níveis para que a OGMA mantivesse uma importância de alto relevo na Economia Nacional e de prestígio no seio da Indústria Aeronáutica internacional.
Os Engenheiros Aeronáuticos na OGMA (1950-1974)
MUITO OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO
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