A FLORESTAA FLORESTANO OLHAR DA HISTÓRIANO OLHAR DA HISTÓRIA
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O principal segredo para perceber muitas coisas na mata écaminhar em silêncio, prestando bastante atenção, para identificaros aspectos mais característicos.
Como é a temperatura? É possível distinguir ambientes maisquentes ou mais frios? Que cheiros diferentes podem ser sentidos?Está claro ou escuro? Pode-se enxergar ao longe? Pare um pouco:quantas cores diferentes podem ser distingüidas? A mata é um localsilencioso ou nela podem ser ouvidos muitos sons ? Feche os olhos evá contando nos dedos quantos tipos diferentes de sons você ouviu.
(Não vale barulho de gente !)
T R I L H A S N A FL O R E S TA
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MATÉRIA ORGÂNICA EM DIFERENTESESTÁGIOS DE DECOMPOSIÇÃO
CAMADA ORGÂNICA RICA (HUMUS)
MATERIAL MINERAL INCONSOLIDADO EFRACA ATIVIDADE BIOLÓGICA
ROCHA CONSOLIDADAROCHA CONSOLIDADA
LENÇOL FREÁTICO
PLANTAS COM RAÍZES
LENÇOL FREÁTICO
AUSÊNCIA DE PLANTAS
CAMADA ORGÂNICA POBRE
EROSÃO DO SOLO
ROCHA CONSOLIDADA
MATERIAL MINERAL INCONSOLIDADOE FRACA ATIVIDADE BIOLÓGICA
A próxima etapa é a desertificação com a conseqüenteausência de VIDA!
PRODUTOS DA FLORESTA
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Os frutos e sementes são ricos em açúcares, gorduras e proteínas econstituem a base da alimentação não só de inúmeros animais,como do próprio homem que os consome na forma natural ouindustrializada.
As folhas acumulamsubstâncias medicinaisque podem ser utilizadassob a forma de chás einalações. Outras, ricasem fibras, servem para acobertura de casas oucomo material para afabricação de cestas,cordas e tecidos.
Arte Baniwa
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A celulose, existente não só namadeira, mas em todas as outraspartes dos vegetais, tem amplasaplicações.
PRODUTOS DA FLORESTADesde o início de sua existência, os Homens retiram das florestasalimentos, matéria prima, medicamentos, combustível. Consegue-se obter das plantas os mais variados produtos.
Do tronco, além damadeira com inúmerasutilidades, pode-se retirara cortiça proveniente dacasca, a borracha do látexproduzido em célulasespeciais, assim comoresinas e xaropes.
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Avanço da Ferrovia
Século XX
Como conseqüência dos trabalhos daComissão foi possível a construção deestradas de ferro e a fundação de cidades.Asfazendas viriam logo a seguir.
As estradas de ferro e as cidades atingem asbarrancas do Rio Paraná na década de 1950,finalizando a ocupação de todo o Estado.
Fim de Século
No final do século XX, os agricultoresperceberam que a agricultura deveria serencarada como uma empresa. A tecnologiachegou ao campo, diminuindo a mão-de-obra ereduzindo custos. Nessa fase as questõessócio-ambientais tornaram-se a nova eprincipal preocupação.
A derrubada da mata pelos colonizadoresantecede o cultivo do café, do algodão edemais culturas.Aatividade agrícola aumenta até transformar ocafé em produto dos mais importantes daeconomia nacional.Agricultores iniciam a derrubada da mata nooeste do Estado, na década de 1920, para darinício à colonização.
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Séculos XIX (1801 a 1900)
A cultura do café penetra no Estado de SãoPaulo, através do Vale do Paraíba, vindo doEstado do Rio de Janeiro. Entre 1820/30, asprimeiras fazendas instalaram-se na região deBananal e São José do Barreiro. A cultura docafé em local montanhoso tem cunho predatórioe em curto espaço de tempo exaure o solo. Porexemplo: em 1850, o auge da produção cafeeiralocalizava-se em Bananal; em 1860, na região deTaubaté; em 1870, em Jacareí, deixando paratrás um mar de morros pelados. Em 1880,transpunha a região de Atibaia, Bragança e todaa Mogiana. Vindo a ocupar toda a área daDepressão Periférica nos limites da Serra deBotucatu.
A Comissão Geográfica e Geológica (1886/1920)
No final do século XIX, todas as terras a leste daSerra de Botucatu já estavam ocupadas, e asterras a oeste eram um sertão desconhecido.Fez-se necessário conhecer essas terras paraabrir novas frentes de colonização. Por isso, em1886, o Governo do Estado de São Paulo cria aComissão Geográfica Geológica com a funçãode mapear e conhecer o interior do Estado.
Séculos XVI a XVIII (1501 a 1800)
Uma agricultura incipiente ocupava poucasterras no Vale do Paraíba e na região a oeste daCapital, em direção ao interior (Campinas, Itu,Sorocaba, Piracicaba, Mogi Mirim). A produçãoresumia-se à agricultura de subsistência (milho,feijão, mandioca) e à pequena produção eexportação de açúcar e de marmeladas.
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A Vege taç ão do Bras i l , ho je
Mata de Araucária
Campinarana
Floresta Amazônica
Floresta Estacional Semidescidual(Mata Mesófila)
Campos
Vegetação Litorânea(Restinga e Manguezal)
Cerrado
Pantanal
Caatinga
Mata Atlântica
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A VEGETAÇÃO DO BRASIL EM 1925
No começo do século XX a maior parte do território brasileiroera coberto por florestas, campos, cerrados e pantanal,
distribuídos em praticamente todo o país
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A abertura de novas fronteirasA década de 70 marca o início doperíodo denominado de "milagreeconômico" com a realização degrandes obras, tais como a estradatransamazônica e a Hidrelétricade Itaipu. Abrindo espaço paraessa expansão industrial e urbana,frentes de trabalho invadiam ederrubavam as grandes florestasentão existentes.
Percebe então que o modelo dedesenvolvimento econômicoempregado não é incompatívelcom a conservação do meioambiente. Multiplicam-se asunidades de conservação e osprojetos ambientais, aliandopesquisa científica, a participaçãod a c o m u n i d a d e e a ç õ e sg o v e r n a m e n t a i s e n ã ogovernamentais para proteção domeio ambiente.
Conservação e proteção
Na década de 90 temos ocresc imento do movimentoambientalista, em especial com aECO/92, realizada no Rio deJaneiro. O homem começa areavaliar sua relação com anatureza.
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A visão do homem em relação à floresta tem se modificado com o decorrerdo tempo. Diferentes necessidades, a falta de informações, a aquisição de
novos conhecimentos e práticas são responsáveis por mudanças que podemcausar a sua destruição ou levar à sua conservação.
Interação
Nos campos, no litoral ou no interior damata, os índios, seus primeiroshabitantes, viviam integrados ànatureza. Eram caçadores, coletores ouagricultores itinerantes; só retiravam doambiente o necessário à subsistência.
Desbravamento e cobiça
A perspectiva de descobrir novas riquezase a necessidade de mão de obra paratrabalhar nas povoações, moveram osbandeirantes a organizar incursões aointerior, devastando a mata e subjugandoseus habitantes.
Devastação e transformação
Com a demanda cada vez maior poráreas para pastagens e culturas, asmatas eram derrubadas e somente asmadeiras de lei eram aproveitadas. Osfazendeiros orgulhavam-se de podertransformar a natureza selvagem emterras “úteis e produtivas”.
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“ Uma árvore é diferente daoutra. E cada árvore tem suaimportância, o seu valor.Essa variedade é que faz afloresta tão rica. As árvoresexistem há muitos anos nomundo. Muito antes do inícioda existência do povoTicuna.”
Ticuna - O livro das ávores
“ Do século IV em diante, àm e d i d a q u e odesflorestamento da Gréciase acelerava, as leis paraproteção dos arvoredossagrados se tornam aindamais numerosas.”
John Perlin - História das florestas
A FLORESTA E A DIVERSIDADE
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*ngaura - termo indígena para serrapilheira
O povo original da floresta é o indígena. As nossas tribos são agente que sempre viveu na floresta.
(...) O povo que mais se aproximou, que mais aprendeu com o povoindígena nesse sentido, foram os seringueiros.
(...) O povo indígena sempre defendeu a floresta.
Ailton Krenak -(em entrevista para o antropólogo Beto Ricardo)
“ As folhas caem, apodrecem e misturam-se com os galhos secos. Assim seforma o *ngaura. O ngaura cobre o chão da floresta, enriquece a terra ealimenta as árvores.
As folhas velhas morrempara ajudar o crescimentodas folhas novas. Dentro dongaura vivem aranhas,f o r m i g a s , e s c o r p i õ e s ,centopéias , minhocas ,cogumelos e vários tipos deo u t r o s s e r e s m u i t opequenos.
As folhas também caem noslagos, nos igarapés e igapós.No fundo das águas, elashospedam o bodó, samoatá,acará, carauaçú e outrospeixes . Muitos peixesencontram aí seu alimento eusam as fo lhas paradesovar.”
Ticuna - O livro dasárvores.
A FL O R E S TA E A V I D A
O povo original da floresta é o indígena.As nossas tribos são a gente quesempre viveu na floresta.
(...) O povo que mais se aproximou, que mais aprendeu com o povoindígena nesse sentido, foram os seringueiros.
(...) O povo indígena sempre defendeu a floresta.
Ailton Krenak -(em entrevista para o antropólogo Beto Ricardo)
“As folhas caem, apodrecem e misturam-se com os galhos secos.Assim se forma o*ngaura. O ngaura cobre o chão da floresta, enriquece a terra e alimenta asárvores.
As folhas velhas morrempara ajudar o crescimentodas folhas novas. Dentro dongaura vivem aranhas,f o r m i g a s , e s c o r p i õ e s ,centopéias , minhocas ,cogumelos e vários tipos deo u t r o s s e r e s m u i t opequenos.
As folhas também caem noslagos, nos igarapés e igapós.No fundo das águas, elashospedam o bodó, samoatá,acará, carauaçú e outrospeixes . Muitos peixesencontram aí seu alimento eu s a m a s f o l h a s p a r adesovar.”
Ticuna - O livro das árvores.
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*ngaura - termo indígena para serrapilheira
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A F L O R E S TAÁRVORES
EMERGENTES
ESTRATOSUPERIOR
ESTRATOINTERMEDIÁRIO
ESTRATOINFERIOR
Área extensa coberta por árvores, arbustos, epífitas e vegetaçãorasteira, onde vivem muitas espécies de plantas e animais
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GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO
Secre ta r i a de Es t ado doMe io Ambien te
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