A Igreja em prol da ciência na Idade Média
Ao contrário do que muitos pensam, a Igreja sempre
deu apoio para a construção de universidades e
apoio financeiro aos cientistas, fossem eles clérigos
ou não.
Neste artigo da série “Lições de Fé” temos a proposta de
divulgar a participação de clérigos em descobertas
científicas e tecnológicas, a fim de derrubar com fatos
documentados a mentira de que a Igreja é “inimiga da
ciência” e “defensora do obscurantismo e da superstição”,
lenda negra obstinadamente martelada pelo laicismo
antirreligioso.
E pra começar, você sabia que as escolas na Idade
Média eram mantidas geralmente pela Igreja?
Havia escolas das paróquias, das catedrais
e dos mosteiros. Com isso, foi a própria Igreja
que montou para o imperador católico, Carlos
Magno, a sua política escolar e retomou a tarefa
educadora no século X após o fim do seu império.
O III Concílio de Latrão (1179), em Roma, presidido pelo
Papa Alexandre III (1159-1181), ordenou ao clero que
abrisse escolas gratuitas por toda a parte para as crianças.
Obrigou a todas as dioceses terem ao menos uma. Essas
escolas foram as precursoras das Universidades que logo
surgiam: Sorbone (Paris) e Montpellier, Bolonha, La
Sapienza, Salerno e Raviera (Itália), Oxford e Canterbury
(Inglaterra), Toledo e Salamanca (Espanha); Coimbra em
Portugal, e muitas outras.
A carta encíclica “Fides et Ratio“, de São João Paulo
II, aborda com profundidade a relação
entre fé e razão, “as duas asas com as quais o
espírito humano se eleva para a contemplação da
verdade”
A Igreja considera que a ciência é
um instrumento imprescindível
para que a humanidade conheça
as maravilhas do universo e
entenda cada vez mais
claramente a estrutura, a ordem
lógica e a origem do mundo
criado, a fim de nos ajudar a
responder às perguntas cruciais
sobre o sentido da vida: quem
somos, de onde viemos e para
onde vamos.
A fé não tem medo da verdade:
pelo contrário – a verdade científica
destaca ainda mais a abertura do
espírito humano à transcendência e
ao mistério.
Na sequência, apresentamos
uma série de fatos e de
importantes contribuições da
Igreja Católica para a ciência.
O Vaticano possui um observatório astronômico
premiado internacionalmente.
A Santa Sé mantém a Pontifícia Academia
de Ciências, da qual fizeram parte 70
cientistas ganhadores do prêmio Nobel.
NOTAS MUSICAIS: O sistema para
representar as notas musicais foi
criado pelo monge Guido d’Arezzo,
que viveu na Idade Média, entre
992 a 1050.
CRATERAS DA LUA:
Cada cratera da lua
tem um nome,
conforme um sistema
de nomenclatura
criado pelo astrônomo
e sacerdote jesuíta
Giovanni Battista
Riccioli (1598–1671).
ARCO-ÍRIS:
Na Idade Média, o monge dominicano Teodorico de Freiberg (1250-
1350) conseguiu reproduzir o arco-íris primário e secundário e
escreveu o livro “Sobre o Arco-Íris e as Impressões Causadas pelos
Raios”. O padre inglês Roger Bacon e o arcebispo de Spalato,
Antonius de Dominis, também apresentaram importantes
contribuições para o estudo do fenômeno.
INTERIOR DA TERRA:
Athanasius Kircher foi um jesuíta de
grande influência no século XVII, com
estudos sobre vulcões, peste bubônica,
elefantes, egiptologia e matemática. Foi
ainda inventor e escreveu mais de
quarenta livros, entre eles o famoso
“Mundus Subterraneus”
(1665), explicando o
entendimento da época
sobre o interior da Terra.
RELÓGIOS: Entre as muitas
pessoas que trabalharam para
aperfeiçoar o relógio, destaca-se o
abade Richard de Wallingford.
AVIAÇÃO: Todos os anos, a Força Aérea
Brasileira concede a Medalha Bartolomeu de
Gusmão a pessoas que prestaram serviços
importantes para a aeronáutica. A medalha
tem o nome do padre Bartolomeu Lourenço
de Gusmão (1685-1724), um dos precursores
da aviação.
CÉLULAS: Jean-Baptiste Carnoy, padre e botânico
promoveu o uso do microscópio e foi pioneiro no
estudo das células. É dele a criação da importante
fórmula da medicina conhecida como “solução de
Carnoy”.
MANCHAS SOLARES: O monge Benedetto Castelli, amigo e
colaborador de Galileu Galilei, desenvolveu um método para
projetar a imagem do sol sem prejudicar a visão, ajudando assim
no estudo feito por Galileu sobre as manchas solares.
ÁTOMOS E MOLÉCULAS: O cientista que recuperou
as ideias dos antigos gregos sobre a existência dos
átomos e que fez a primeira distinção entre átomos
e moléculas foi Pierre Gassendi, nascido na França
em 1592 e ordenado padre em 1616.
GENÉTICA: Ao estudar ervilhas, o monge católico
Gregor Mendel (1822-1884) fez as descobertas
científicas que deram origem à Genética.
ESTRELAS BINÁRIAS: O astrônomo Christian Mayer
ajudou a implantar observatórios na Alemanha,
estudou o movimento das estrelas e elaborou um
catálogo com dezenas de estrelas binárias
observadas a partir de 1776. Ele era padre jesuíta e
estava na Companhia de Jesus desde 1745.
E finalizamos com as palavras do papa Bento XVI, proferidas em um
discurso na assembleia plenária da Academia pontifícia das
Ciências: “A verdade científica em si mesma é uma forma de
participação da verdade divina. A ciência assim entendida pode
ajudar a filosofia e a teologia a compreender também melhor a
pessoa humana e a revelação de Deus acerca do homem, uma
revelação que é completa e perfeita em Jesus Cristo. A natureza é
um livro cuja historia, cuja evolução, cuja escritura e significado nós
lemos segundo os diferentes contatos das ciências, mantendo ao
mesmo tempo firme o pressuposto da presença fundante do autor
que se quis revelar na natureza”.
DEZEM
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Lições de FÉ
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CienciaConteúdo e slides por:
Guilherme Bousada, Marco Túlio Miranda, Mateus
Amâncio, Mateus Tomaz, Rayane Freitas, Thaiane Gomes.
FONTES:
http://pt.aleteia.org/2015/06/15/padres-cientistas-eles-sao-e-fazem-muito-mais-do-que-voce-imagina-em-prol-da-ciencia/
http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2013/04/22/a-igreja-proibiu-o-ensino-na-idade-media/
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