UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
WAGNER DUARTE FIGUEIREDO
ORIENTADORA
Mª. DINA LÚCIA CHAVES ROCHA
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Rio de Janeiro
2010
Apresentação de Monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Psicomotricidade. Por: Wagner Duarte Figueiredo
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AGRADECIMENTOS
Agradeço em especial a Deus, pois sem Ele
não teria forças para ultrapassar as barreiras que
encontrei nessa difícil caminhada. Agradeço ao meu
amigo Wellington que me ajudou na digitação dos
trabalhos e me ensinou entender de computador, a
minha irmã Vânia que me ajudou nas impressões, meus
amigos, meus amigos de classe e a todos aqueles que
me auxiliaram a desenvolver esse trabalho, de forma
direta e indireta.
4
DEDICATÓRIA
Dedico ao meu avô Nelson Torres, exemplo de
homem, caráter e ser humano incomparável, sinto muito
sua falta, pois não está mais conosco, mas a onde
estiver, tenho que certeza que está orgulhoso e feliz por
essa minha conquista.
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RESUMO
Esta pesquisa busca analisar por meio de referências bibliográficas as aulas de
Educação Física e a prática psicomotora como ferramenta de auxílio na
aprendizagem. Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento integral
dos alunos, propõem questões relacionadas à aprendizagem, a Educação
Física, a psicomotricidade e as possibilidades de intervenção de dificuldades
de aprendizagem por meio da prática psicomotora, que explora as funções
corporais. A aprendizagem é um processo que envolve todo o corpo, assim,
observam-se nas aulas de Educação Física os aspectos corporais e o vínculo
cognitivo, afetivo-emocional e motor nas ações e no processo de aprendizagem
escolar. Há sugestões de exercícios, brincadeiras e jogos como contribuição ao
desenvolvimento motor, social, emocional dos movimentos corporais na
promoção da totalidade do ser humano. Não há dúvidas de que a
Psicomotricidade representa um papel importante no desenvolvimento global
de um individuo. Assim, seu desenvolvimento físico, mental e emocional, como
sua adaptação social dependem, grande parte, das possibilidades que ele
adquire de mover-se com propriedade e de descobrir-se, bem como descobrir o
mundo que o cerca.
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METODOLOGIA
O levantamento dos dados para a composição deste trabalho sobre
A Importância da Psicomotricidade na Educação Física Escolar, se realizou
através de uma revisão bibliográfica em livros e artigos relacionados ao tema
proposto. Nesta revisão de literatura, objetivou-se investigar, analisar,
comparar sobre o assunto e teóricos da área.
Os autores pesquisados foram: Sidirley de Jesús Barreto, Vitor da
Fonseca, A. De Meur Coste e L. Staes, Elizabete José, André Lapierre, Marcel
Mouly, J. C. Coste, Suraya Darido, J. Le Boulch, Regina Morizot, G. C. Oliveira,
David Rodrigues, Hani Awad, Eleonor Kunz, B. Aucouturier, Alfredo Melhem e
Celso Santos.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8
CAPÍTULO 1
PSICOMOTRICIDADE ..................................................................................... 10
CAPÍTULO 2
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR ...................................................................... 23
CAPÍTULO 3
PROPOSTAS DE TRABALHOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ........ 30
CONCLUSÃO .................................................................................................. 41
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 42
WEBGRAFIA ................................................................................................... 44
ÍNDICE ............................................................................................................. 45
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INTRODUÇÃO
A Educação Física Escolar nos dias atuais levou a perceber as
diversas possibilidades de garantir a formação dos alunos por meio do
movimento humano.
A busca por ferramentas de auxílio na aprendizagem escolar tem se
tornado uma multidisciplinar, na qual a Educação Física e a psicomotricidade
nas aulas abrangem a relação desenvolvimento motor e intelectual da criança.
Compreendendo que os estudos ultrapassam os problemas motores,
pesquisam-se as ligações com as áreas psicomotoras: Coordenação Motora
Fina e Global, Estruturação Espacial, Orientação Temporal, Lateralidade,
Estruturação Corporal e as relações com a aprendizagem no contexto escolar.
Segundo Barreto (2000) o desenvolvimento psicomotor é importante
na prevenção de problemas de aprendizagem.
A psicomotricidade nas aulas de Educação Física pode auxiliar na
aprendizagem escolar, consiste de ações psicomotoras exercidas sobre o ser
humano de maneira a favorecer comportamentos e transformações.
Esta obra visa favorecer a compreensão da importância de se inserir
conhecimentos de psicomotricidade nas aulas de Educação Física, objetivando
auxiliar na aprendizagem global dos alunos. Qual a contribuição que a
Educação Física proporciona a criança com dificuldade de aprendizagem?
O seguinte trabalho propõe questões relacionadas à aprendizagem,
a Educação Física e a psicomotricidade, procura por instrumentos que auxiliem
na intervenção de crianças que apresentam dificuldades na aprendizagem e a
possibilidade de se encontrar nas aulas de Educação Física esse auxilio por
meio das práticas psicomotoras.
Sabe-se da importância da psicomotricidade na aprendizagem e no
desenvolvimento de crianças em idade escolar, por isso este trabalho contribui
tanto para área da Educação Física escolar quanto para a Educação de um
modo geral e para que outros profissionais possam explorar novas
9
possibilidades. Serão elaboradas algumas propostas psicomotoras para o
desenvolvimento de atividades nas aulas de Educação Física.
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CAPÍTULO I
PSICOMOTRICIDADE
1.1 Conceito
O homem comunica-se através da linguagem verbal, também
através de gestos, movimentos, olhares: sua linguagem corporal. A esta
comunicação, a este estar no mundo intenso dentro do limite da corporeidade,
espaço próprio do sujeito, pode-se nominar psicomotricidade.
Embora, conforme admitem os próprios autores, esta visão possa ir
longe demais enquanto generalização, os estudos sobre o desenvolvimento
humano parecem seguir esquemas, descrevendo o desenvolvimento normal
para que se possa compreender o diferente.
A psicomotricidade não foge a esta regra quando define os padrões considerados normais para o desenvolvimento psicomotor (considerando descrições feitas pela neurologia, fisioterapia, fonoaudiologia e áreas afins), desenvolvendo pontos de referência escalonados a partir dos quais se pode construir todos os testes infantis e as escalas de desenvolvimento; e, por conseguinte, avaliar e diagnosticar o atraso atual, assim como o desenvolvimento futuro. (COSTE, 1981, p.10)
A identidade da Psicomotricidade e a validade dos conceitos que emprega para se legitimar revelam uma síntese inquestionável entre o afetivo e o cognitivo, que se encontram no motor, é a lógica do funcionamento do sistema nervoso, em cuja integração maturativa emerge uma mente que transporta imagens e representações e que resulta duma aprendizagem mediatizada dentro dum contexto sócio-cultural e sócio-histórico. (FONSECA, 1989, p. 22).
Segundo Fonseca (1989) em Psicomotricidade, o corpo não é
entendido como fiel instrumento de adaptação ao meio envolvente ou como
instrumento mecânico que é preciso educar, dominar, comandar, automatizar,
treinar ou aperfeiçoar, pelo contrário, o seu enfoque centra-se na importância
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da qualidade relacional e na mediatização, visando à fluidez eutônica, a
segurança gravitacional, a estruturação somatognósica e a organização práxica
expressiva do indivíduo.
A psicomotricidade é a posição global do sujeito. Pode ser entendido
como a função de ser humano que sintetiza psiquismo e motricidade com o
propósito de permitir ao indivíduo adaptar de maneira flexível e harmoniosa ao
meio que o cerca. Pode ser entendido como um olhar globalizado que percebe
a relação entre a motricidade e o psiquismo como entre o indivíduo global e o
mundo externo. Pode ser entendido como uma técnica cuja organização de
atividades possibilite à pessoa conhecer de uma maneira concreta seu ser e
seu ambiente de imediato para atuar de maneira adaptada. (DE MEUR Y
STAES,1989)
A função motora, o desenvolvimento afetivo e o desenvolvimento
intelectual, estão completamente ligados uns aos outros. Em busca deste
movimento, que os Psicomotricistas tentam educar e reeducar o movimento,
confiando que o ato motor integra componentes de ordem cognitiva e afetiva.
A psicomotricidade integra várias técnicas com as quais se pode trabalhar o corpo relacionando-o com a afetividade, o pensamento e o nível de inteligência. Ela enfoca a unidade da educação dos movimentos, ao mesmo tempo em que põem em jogo as funções intelectuais. As primeiras evidências de um desenvolvimento mental normal são manifestações puramente motoras. (JOSÉ, 1999, p.108).
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1.2 Psicomotricidade Funcional e Relacional
A realização do movimento como atividade de um corpo por
diferentes estímulos, como andar, saltar, correr, rastejar, equilibrar, chutar, é
uma maneira de desenvolver o todo a partir da compreensão das áreas
psicomotoras.
Segundo Vitor da Fonseca (1988) a psicomotricidade atualmente é
concebida como a integração superior da motricidade, produto de uma relação
entre o individuo e o meio, na qual a consciência se forma e se materializa.
O poder agir, o poder sobre o próprio corpo, de acordo com Lapierre
(1988) e a descoberta deste “poder agir” associado ao “poder sentir” é o que
traz uma nova dimensão ao prazer do movimento, é o prazer de ação, de
vivenciar as coisas simples e complexas. O qual o prazer de viver o próprio
corpo é experimentar o prazer do movimento em si mesmo.
O constante processo de atualização e busca onde a concepção do corpo e o saber psicomotor focalizam seu objeto de estudo nas estruturas psicomotoras. A psicomotricidade apresenta o aspecto comunicativo do individuo, sendo eles funcionais e relacionais. Os conceitos funcionais são referentes à interação da motricidade do individuo em um determinado espaço e tempo, cuja ação e qualidade são percebidas e mensuradas através das estruturas psicomotoras definidas como básicas: Locomoção, Manipulação e Tônus que interagem o corpo como um só. (ASCENÇÃO, Vanessa. Disponível em: <http://www.boletimef.org.br>. Acesso em: 02/06/2010 – 11h00min).
Segundo Lapierre (op. cit.), a psicomotricidade relacional
possibilita à criança expressar suas dificuldades relacionais e ajudá-la a
superá-las. Não tem objetivos pedagógicos diretos, mas sim uma influência
clara sobre as dificuldades de adaptação escolar, na medida em que estão
diretamente relacionadas com os fatos psicoafetivos relacionais.
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A psicomotricidade relacional propõe operar em aspectos psicoafetivos que geram atitudes relacionais, oferecendo um espaço de jogo espontâneo com o seu grupo, para que possa manifestar suas necessidades e desejos, buscando potencializar e, muitas vezes resgatar o prazer corporal, através do movimento, reconhecendo uma unidade corporal. (SANTOS, Rodrigo dos. Disponível em: <http://www.danzema10.blogspot.com>. Acesso em: 23/08/2010 – 21h00min).
1.2.1 Conceitos Funcionais (LAPIERRE, 2002)
A psicomotricidade funcional nas aulas de Educação Física Escolar
pode auxiliar na aprendizagem escolar, e consiste de ações psicomotoras
exercidas sobre o ser humano de maneira a favorecer comportamentos e
transformações.
• Coordenação Motora Fina - Capacidade de controlar pequenos
músculos para exercícios refinados. Exemplo recorte, colagem, encaixe,
escrita, etc.
• Coordenação Motora Global - Possibilidade do controle e da
organização da musculatura ampla para a realização de movimentos
complexos. Exemplos: correr, saltar, andar, etc.
• Estruturação Espacial - É a orientação e a estrutura do mundo
exterior, a partir do Eu e o depois a relação com outros objetos ou pessoas em
posição estática ou em movimento, é a consciência da relação do corpo com o
meio.
• Organização Temporal - É a capacidade de avaliar tempo dentro
da ação, organizar-se a partir do próprio ritmo, situar o presente em relação a
um antes e a um depois, é avaliar o movimento no tempo, distinguir o rápido
do lento.
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• Estruturação Corporal - Relacionamento do individuo com o
mundo exterior, conhecimento e controle do próprio corpo e de suas partes,
adaptação do mesmo ao meio ambiente.
• Imagem Corporal - A experiência do individuo em relação ao
próprio corpo sujeito, impressão subjetiva.
• Conhecimento Corporal - Conhecimento intelectual que se tem do
próprio corpo.
• Esquema Corporal - Tomada de consciência de cada segmento do
corpo (interna e externa) o desenvolvimento do esquema corporal se da a
partir da experiência vivida pelo individuo com base na disponibilidade do
conhecimento que tem sobre o próprio corpo e de sua relação com o mundo
que o cerca.
• Lateralidade - Representa a conscientização integrada e simbólica
interiorizada dos dois lados do corpo, lado esquerdo e lado direito, o que
pressupõe a linha média do corpo, que no decorrer estão relacionados com a
orientação face aos objetos. Essa conscientização do corpo pressupõe a
noção de direita e esquerda e, sendo que a lateralidade com mais força,
precisão, preferência, velocidade e coordenação, melhor capacidade e
dominância cerebral.
1.2.2 Conceitos Relacionais (LAPIERRE, 2002).
• Expressão – A manifestação deve ser espontânea e de uma
espressão natural, por livre vontade.
• Comunicação – A comunicação e a expressão estão totalmente
ligadas. É através da comunicação verbal ou não verbal, que o indivíduo
organiza as relações com os objetos e os outros.
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• Afetividade – É completamente fundamental para o
desenvolvimento psicomotor e para o decorrer da vida. É uma troca entre um
sujeito e o outro.
• Agressividade – Desejar e não conseguir, percebendo que há
obstáculos e proibição, é levar ao conflito e o conflito gera a agressividade.
• Limites – É ter o estado entre a permissão e o limite. Devemos
levar o indivíduo à organização, respeito e responsabilidade e ao trabalho em
grupo.
• Corporeidade – É toda ação corporal.
1.3 A Psicomotricidade e a sua Relação com a Aprendizagem
De acordo com Oliveira (1997), o saber ler e escrever se tornou uma
capacidade indispensável para que o indivíduo se adapte e se integre ao meio
social, sendo a sua leitura e a escrita manifestações de linguagem importantes
para essa integração com o ambiente.
Oliveira (1997) ainda afirma que a fala é um ato motor organizado
que exploram funções corporais como percepção, coordenação motora,
orientação espacial, noção de esquema corporal e estruturação temporal. A
linguagem está ligada ao meio do individuo e é um aprendizado cultural, tendo
a função importante de comunicação com o ambiente.
Entre alguns conceitos deste crescimento Mouly (1979), afirma que
a aprendizagem refere-se a mudanças de comportamento resultantes de
experiências. Se a intenção da aprendizagem é tornar um individuo mais capaz
de lidar com situações semelhantes em seu ambiente, é preciso proporcionar
situações que o familiarizem com o meio.
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A linguagem é a forma de expressão das compreensões e de ações adquiridas através dos processos de aprendizagem. Portanto, a aprendizagem é um processo global que envolve todo o ser corpo. A aprendizagem se apresenta como continuação de um ciclo de ensino de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), e esse esforço coletivo para uma construção de ensino de qualidade, critico, cientifico e transformador que visa a formação do cidadão integrado e consciente de seu tempo, de sua herança histórico-cultural e de sua responsabilidade cultural. (ASCENÇÃO, Vanessa. Disponível em: <http://www.boletimef.org.br>. Acesso em: 02/06/2010 – 11h00min).
A aprendizagem da leitura e da escrita exige habilidades, tais como:
- dominância manual já estabelecida;
- capacidade de decompor palavras em sílabas e letras;
- possibilidade de reunir letras e sílabas para formar palavras e etc.;
- conhecimento numérico para saber quantas sílabas formam uma palavra;
- movimentação dos olhos da esquerda para a direita que são os adequados
para escrita;
- pronúncia adequada das letras, sílabas e palavras;
- noção de linearidade da disposição sucessiva das letras e palavras;
- discriminação de sons (percepção auditiva);
- adequação da escrita às dimensões do papel, bem como proporção das letras
e etc. (MEUR, 1989, p.63).
A psicomotricidade se integra paralelamente aos meios metodológicos para a integração desse processo de aprendizagem, com a possibilidade de se auto conhecer, explorar-se de acordo com o ambiente, e a busca pela totalidade do Ser. E priorizar um desenvolvimento em que se estimula um indivíduo dinâmico, criativo, capaz de considerar valores no desenvolvimento do ensino, por intermédio de atividades diversificadas, atraentes e conscientes, interagindo o individuo com a sociedade estimulando a construção do conhecimento por meio das estruturas psicomotoras. (ASCENÇÃO, Vanessa. Disponível em: <http://www.boletimef.org.br>. Acesso em: 02/06/2010 – 11h00min).
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1.4 Educação Psicomotora
Entendemos por Educação sendo um processo de desenvolvimento
das capacidades físicas, intelectuais e morais, tendo em vista integrar e
socializar o indivíduo.
Damos início citando Jean Le Boulch (1992, p.24 e 25) que
apresenta o objetivo da Educação Psicomotora proposta pela comissão de
renovação pedagógica para o 1º grau, na França.
A educação psicomotora deve ser considerada como uma educação de base na escola primária. Ela condiciona todos os aprendizados pré-escolares; leva a criança a tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, a dominar seu tempo, a adquirir habilmente a coordenação de seus gestos e movimentos.
A Educação Psicomotora deve ser praticada desde a mais tenra idade; conduzida com perseverança, permite prevenir inadaptações difíceis de corrigir quando já estruturadas (...).
Já Morizote (1979, p.16) define a Educação Psicomotora como:
Uma atividade através do movimento visando um desenvolvimento de capacidades básico-sensoriais, perceptivas e motoras -, propiciando uma organização adequada de atitudes adaptativas, atuando como agente profilático de distúrbios da aprendizagem.
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A educação psicomotora se preocupa com todas as etapas da
aprendizagem da criança. Tem como alvo todas as crianças, de maneira
individual ou coletiva, utilizando-se de procedimentos progressivos que
trabalham todas as etapas do desenvolvimento.
A necessidade da educação psicomotora dentro do contexto escolar
é grande, por conta disso, é proposta logo nas primeiras séries da educação
infantil. As atividades trabalhadas têm como principal finalidade ajudar as
crianças a se organizarem, dando-lhes subsídios para resolverem exercícios de
lógica e análise, ainda ensinando-lhes a se relacionarem com os números.
Para realização do trabalho de educação psicomotora, é importante
considerar que os métodos utilizados devem objetivar a formação inicial e
imprescindível do desenvolvimento motor, afetivo e cognitivo das crianças.
Para que isso aconteça são utilizadas atividades como os jogos e atividades
lúdicas, que dão oportunidade para criação da consciência sobre o próprio
corpo. Para desenvolver o ajustamento do comportamento psicomotor são
utilizadas atividades recreativas, aumentando assim as aptidões de percepção
das crianças. A recreação também pode ser utilizada para desenvolver controle
mental e motor, mas para que isso aconteça devem-se levar em consideração
os níveis biológicos maturacionais. A melhoria da saúde física, mental e do
relacionamento sócio-afetivo também é atingida através da aprendizagem das
atividades esportivas trabalhadas na recreação dirigida. O trabalho da
educação psicomotora também é importante na prevenção de problemas
relacionados ao tônus, postura, lateralidade e ritmo.
Podemos afirmar, então, que a educação psicomotora, juntamente
com o seu universo de atividades propostas, é a base vital do equilíbrio
humano através da interação do corpo, alma e afetividade, dando impulso à
totalidade do homem. Sendo assim, Le Bouche enfatiza que:
A educação psicomotora concerne uma formação de base indispensável a toda a criança que seja normal ou com problemas. Ela ainda responde por uma dupla finalidade: assegurar o desenvolvimento funcional tendo em conta
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possibilidades da criança e ajuda sua afetividade a expandir-se e a equilibrar-se por meio do intercâmbio com o ambiente humano. LE BOUCHE (1982, p. 68).
Sendo o homem um objeto de estudo nas suas relações com o
corpo em movimento, que em formas terapêuticas através desse movimento
objetiva uma melhor organização do desenvolvimento de suas capacidades,
cada fase é fundamental e importante para a criança adquirir ou completar seu
desenvolvimento, daí é indispensável que a criança não ultrapasse os períodos
necessários a serem vividos e experimentados.
Desde o nascimento e por toda a vida, através de jogos ou
exercícios bem variados e atividades do dia a dia, o indivíduo é levado a
perceber melhor seu corpo, dominar seus sentimentos e orientar-se no tempo e
no espaço para se desenvolver integralmente. A criança precisa vivenciar e
experimentar para desenvolver sua maturidade.
Segundo Lapierre (1989) a Educação Psicomotora é uma ação
psicopedagógica que utiliza os meios da educação física, como finalidade de
normalizar ou melhorar o comportamento do indivíduo.
O principal objetivo da Educação Psicomotora é consentir que a
criança aprenda sozinha através das experiências de vida. No entanto ela
precisa sujar-se, cair, machucar-se quando acontecer, com isso após o erro e o
acerto ela age e aprende. Esta vertente visa rodear todo o processo de
aprendizagem da criança: com isso, atingimos a criança no âmbito individual ou
coletivo. Dentro do ambiente escolar, é de vital importância o desenvolvimento
de uma educação psicomotora de base, e é por isso que devemos dar inicio
desde o maternal. Porém, quando a criança que chega ao ensino fundamental,
deverá receber o suporte nas atividades psicomotoras e possibilitando o aluno
mecanismo na resolução de problemas de seu cotidiano.
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1.5 Reeducação Psicotomotora
A reeducação psicomotora é a vertente da psicomotricidade que tem
como objetivo principal diagnosticar as causas dos distúrbios, dos atrasos e
das dificuldades psicomotoras apresentadas por algumas crianças, além de
fazer um balanço entre o que foi adquirido e as carências de conhecimento das
mesmas. Tudo isso deve ser levado em consideração antes da fixação de um
programa reeducativo.
O trabalho de reeducação psicomotora tem como alvo as crianças
que apresentam alguma anormalidade nas suas funções motoras. Através de
uma avaliação do perfil psicomotor e utilizando baterias de testes
psicomotores, esta vertente da psicomotricidade ensina a criança a reaprender
e executar determinadas funções. Tudo isso porque o corpo humano e visto
como um instrumento de músculos que, ao ser verificado o mau
funcionamento, deve ser consertado. O trabalho inserido pela reeducação
psicomotora utiliza exercícios de equilíbrio, exercícios de coordenação motora,
atividades lúdicas, exercícios de desenvolvimento motor, entre outros.
No início, existia uma dualidade no se refere à motricidade e os
fenômenos psicológicos como o caráter, ou seja, não se levava em
consideração a criança como um ser que expressava as emoções em suas
ações. Com o passar do tempo, alguns estudiosos começaram a se preocupar
com o desenvolvimento mais global da criança. Um desses estudiosos
chamava-se Aucouturier que dizia:
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Quando falo de globalidade da criança, falo de respeitar seu senso-motricidade, sua sensorialidade, sua emocionalidade, sua sexualidade, tudo ao mesmo tempo, falo de respeitar a unidade de funcionamento da atividade motora, da afetividade e dos processos cognitivos; falo de respeitar o tempo da criança, sua maneira totalmente original de ser no mundo, de viver, de descobrir, de conhecê-lo, tudo simultaneamente. (1986, p. 17).
A partir desse momento a reeducação psicomotora toma uma nova
postura frente à criança, preocupando-se com o significado do seu movimento
e passando a compreendê-la e entendê-la como um ser possuidor de
expressão motora.
Com a nova postura aderida pela reeducação psicomotora, a
formação do reeducador foi reformulada baseando-se na formação pessoal,
teórica e prática, sendo uma dependente das outras. Essa mudança foi fixada
para que o reeducador tenha mais competência profissional, isso quer dizer
que, para trabalhar com vivências corporais, afetividade e outras, existe a
necessidade de ter uma formação pessoal. O mesmo acontece com a
formação teórica, que dá embasamento para que o profissional analise,
justifique e reflita em cima dos seus métodos de trabalho e a formação prática
que dá subsídios para vivenciar de maneira concreta, juntamente com as
crianças, os estudos e teorias.
Com base no que foi abordado neste tópico, podemos verificar que,
com o crescimento da reeducação psicomotora os métodos atuais de trabalho
estão muito mais voltados para o desenvolvimento do ser humano como um
todo, objetivando a inserção do mesmo numa realidade mais social e cultural.
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1.6 – Terapia Psicomotora
A Psicomotricidade é uma área cientifica que estuda o psiquismo e a
motricidade num todo global e individual. A Reeducação ou Terapia
Psicomotora envolve mediação corporal em que o psicomotricista compensa a
expressão motora inadequada. Já a Terapia Psicomotora proporciona à criança
experiências corporal que lhe permitem desenvolver capacidades de
desempenho motor e psicológico. Centra-se na identificação de capacidades
individuais para a promoção de competências acadêmicas, sociais, cognitivas,
psicoemocionais e comportamentais.
A Terapia Psicomotora atende a crianças consideradas normais e
portadoras de deficiências físicas, com dificuldades de se expressarem
corporalmente, com distúrbios na comunicação e outros. É uma metodologia de
intervenção que tem como objeto o corpo em movimento e a sua expressão
(possibilidades em perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo
próprio), para organizar a atividade cognitiva, a atividade motora e o equilíbrio
emocional. Baseia-se num contexto lúdico e corporal, que utiliza o jogo e o
movimento, como instrumentos privilegiados na promoção do desenvolvimento
psicomotor, do comportamento sócio-emocional e da aprendizagem.
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CAPÍTULO II
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
2.1 A Identidade da Educação Física na Escola
Neste capítulo, apresentamos a Educação Física Escolar de modo
atual e histórico e compreender a atividade pedagógica e sua cooperação na
formação do aluno como um ser em constante processo de formação. Também
iremos abordar a relação da aprendizagem com a Educação Física Escolar, a
qual a procura de uma nova escola e se apresenta como um importante fator
de que os alunos sejam capazes de obter experiências e conhecimentos de
maneira global.
A Educação Física Escolar tem passado por diversas modificações,
ela vem sendo moldada por várias décadas e desde então essas influências
tem alcançado o campo cientifico pedagógico.
Hoje, na Educação Física Escolar existem várias concepções que
tem em comum a quebra do modelo esportista, mecanicista e tradicionalista na
prática pedagógica.
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A visão esportista em que buscava a descoberta de novos talentos
e o aumento da aptidão física na Educação Física Escolar que se excluíam os
menos habilidosos tem ficado para trás.
O papel da Educação Física Escolar, além de desempenho,
descobertas de talentos e competições, começou a contestar as influências das
teorias críticas da educação. Passou então a ter outro enfoque referente aos
objetivos, pressupostos pedagógicos de ensino aprendizagem e conteúdos,
podendo ser estendia além da visão biológica e dar enfoques sociais, as
dimensões psicológicas, afetivas e cognitivas, reconhecendo o aluno como um
ser integral.
A formação do ser humano integral com seus princípios culturais é
contemplado com vários conhecimentos produzidos e usados pela sociedade a
respeito do movimento e do corpo.
2.2 A Educação Física Escolar e a sua Relação com a
Aprendizagem
O sistema de aprendizagem escolar existe para desenvolver o
máximo crescimento da criança, abrange tanto a maturação de potencialidades
quanto a aprendizagem herdadas.
Mouly (1979) diz que a aprendizagem é a mudança de
comportamentos resultantes de experiências.
Segundo Oliveira (1997) ler e escrever são capacidades
indispensáveis para o indivíduo se adaptar e integrar ao meio social. Ele ainda
afirma que a fala é um ato motor organizado que exploram funções corporais
como noção do esquema corporal, estruturação temporal, percepção,
coordenação motora e orientação espacial.
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Segundo Barreto (2000, p.72) “O desenvolvimento psicomotor é de
suma importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na
reeducação do tônus, da postura, da direcional idade, da lateralidade e do
ritmo”.
Trata-se de linguagem a forma de expressão das compreensões e
das ações adquiridas pelo processo de aprendizagem, o qual é um método que
envolve todo seu corpo.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a
aprendizagem se mostra como continuação de um ciclo de ensino. Essa junção
de esforços para construir um ensino de qualidade, científico, transformador e
crítico, visando a integração do cidadão formado e conscientes do seu tempo,
de sua responsabilidade cultural e sua herança histórico cultural.
Trabalhos que cooperam para o crescimento intelectual, emocional e
a melhoria da qualidade de vida para a sociedade. No ambiente escolar
promove o desenvolvimento integral do educando, considerando habilidades,
atitudes, conceitos e emoções.
Semelhantemente aos meios metodológicos, se integra a
Psicomotricidade no processo de aprendizagem, como a possibilidade de se
explorar com o ambiente, de se auto conhecer e a busca pela totalidade do ser.
É prioridade de um desenvolvimento que estimula um indivíduo dinâmico,
capaz de considerar valores no desenvolvimento do ensino, por intervenção de
atividades psicomotoras diversificadas.
Darido (2003) afirma que a Educação Física Escolar se mostra por
meio de seus conteúdos. São eles: Jogos e brincadeiras, esporte,
conhecimento sobre o corpo, atividade rítmica expressiva, lutas, ginástica, para
além do lazer.
A Educação Física Escolar tem como objetivo, promover e propiciar
a auto estima dos alunos e oportunidades de refletir sobre suas ações de
maneira crítica por intermédio de acessos a informações e experiências
ambientais propostas pelo cotidiano escolar.
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O rodear da Educação Física na aprendizagem por meio de
atividades práticas corporais, projetos interdisciplinares e transdisciplinares e
ensino reflexivo, produz a integração professor aluno, mídia imaginário e
cultura escolar.
Segundo Soares (et. al. 1992) a apresentação da Educação Física
na escola é uma utilização da prática reflexiva sobre a cultura corporal
relacionada ao conhecimento global, além do desenvolvimento motor e da
aptidão física.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) nota-se que a
Educação e a Educação Física busca oferecer aos alunos o desenvolvimento
integral, visando o aumento de suas potencialidades, sistematizando situações
de ensino aprendizagem que da acesso ao conhecimento prático e conceitual.
Os métodos de ensino aprendizagem devem ser considerados nos
alunos em todas as proporções (afetiva, corporal, ética, cognitiva, inserção
social e relação interpessoal). A aprendizagem do aluno deve contribuir para
construção de um estilo pessoal.
Os aspectos corporais e a aprendizagem, embora sejam bem
evidentes na Educação Física, deve-se observar os aspectos cognitivo, afetivo
e corporal dos alunos em todas as suas manifestações. A Educação Física
também tem como objetivo capacitar o aluno a refletir suas possibilidades
como ser humano.
Aprender a se movimentar, envolve experimentar, planejar, optar
entre alternativas, avaliar, coordena ação no corpo interagindo no tempo e no
espaço e com outras pessoas. O sistema de ensino aprendizagem, deve
favorecer os procedimentos cognitivos.
2.3 A Importância da Cultura Corporal de Movimento
27
Sabemos que através da história podemos perceber que, a cultura
corporal sempre esteve presente e isto, vemos através das danças, lutas,
brincadeiras, jogos e ginásticas que expressam as mais variadas formas da
cultura que sempre esteve presente na história humana. Dentro da prática
corporal de movimento é muito importante eliminarmos a exclusão de certos
alunos com menor capacidade motora das aulas desprezando o auto-
rendimento e todo o processo de seletividade. Melhem, relata a respeito do
princípio da inclusão:
A sistematização de objetivos, conteúdos, métodos de ensino, aprendizagem e avaliação têm como meta a inclusão do aluno na cultura corporal de movimento, por meio da participação e reflexão concreta e efetiva. Procura-se reverter o quadro da valorização exacerbada do desempenho físico e da eficácia, entre indivíduos aptos e inaptos para as práticas corporais. MELHEM, ALFREDO (2009, p. 95).
O dever do professor é fazer com que o aluno participe das atividades
práticas da cultura corporal e com isso, darmos autonomia ao estilo de cada
aluno e oferecer mecanismos para que os mesmos possam desenvolver suas
capacidades motoras. O homem é fruto do meio em que vive, e com isso, veio
à necessidade de corresponder aos estímulos e aos desafios que lhes são
impostos. Por isso, jogamos, pulamos, arremessamos, saltamos etc. É de vital
importância garantir a aprendizagem dos nossos alunos através das práticas
corporais e manifestações culturais, e com isso poderemos abordar os
conteúdos dança, lutas, jogo, ginástica, atividades rítmicas e expressivas.
Santos, afirma que:
A educação é como um processo, pelo qual o ser humano conduz sua personalidade de dentro para fora, através da atividade lúdica, pelo movimento que realiza, organizando experiências e criando formas. Sem a ludicidade todos nós nos criamos rígido. SANTOS (1998, p.49).
28
2.4 A Educação Física e a sua Relação com a Psicomotricidade
A Educação Física Escolar com o decorrer do tempo passou a ter
uma nova visão e também a ser pensada como uma manifestação educativa
integral do ser humano, como da mesma forma a psicomotricidade refere o
sujeito sendo um ser capaz de pensar e agir, completo e único, deixando
esquecidas suas características de propriedade, corpo e mente, e sim como
um ser que se integra com o meio e com si próprio.
É indispensável que seja explorado por meio de jogos e atividades
lúdicas o desenvolvimento motor, afetivo e psicológico do indivíduo para a
conscientização do próprio corpo e ser.
Novas concepções sobre a formação integral nos conceitos da
Educação vêm sendo elaboradas como uma forma educativa de um ser
completo e autônomo de suas ações.
A Psicomotricidade e a Educação Física Escolar eram vistas
somente como ferramenta de desenvolvimento motor. Nos dias atuais com as
novas abordagens, temos uma Educação Física Escolar reconhecedora do ser
humano como um ser complexo de emoções e ações próprias, por um contato
corporal e a sua relação com o mundo.
Vitor da Fonseca (1988) comenta que a psicomotricidade é
atualmente concebida como a integração superior da motricidade, produto de
uma relação inteligível entre a criança e o meio. É um instrumento privilegiado
através do qual a consciência se forma e se materializa.
29
A Educação Psicomotora atinge a criança na sua totalidade. Isso
levou Staes e De Meur (1984, p. 91) a afirmar que:
No início da escolaridade aparecem as dificuldades escolares de muitas crianças. O problema não está no nível de classe em que elas se encontram, mas no nível da base. A estrutura da educação psicomotora centra-se no nível da base, onde estão os elementos básicos ou pré-requisitos que são as condições mínimas para uma boa aprendizagem.
A importância da educação física para alunos levou Le Boulch (1982,
p. 93) afirmar a introdução da educação psicomotora nas aulas de Educação
Física Escolar.
Nos casos em que as perturbações do relacionamento fundamental entre o eu e o mundo são evidentes, a reeducação psicomotora às vezes permite obter resultados espetaculares. O que é bem-sucedido com os deficientes poderia se impor também às pessoas normais durante o período de estruturação do seu esquema corporal: a psicocinética, que toma o aspecto de uma educação psicomotora, quando se aplica as crianças (...) como uma forma eletiva de educação física nesta idade.
Podemos então compreender que a Educação Física Escolar e a
Psicomotricidade são metodologias contextualizadas, perceptivas, em que o
desenvolvimento dos aspectos motor, social, emocional e lúdico da
personalidade e a destreza dos movimentos corporais são vivenciados, através
de atividades motoras organizadas e seqüenciais. A ligação da Educação
Física Escolar com a Psicomotricidade têm como base as necessidades do ser
humano em completar-se com si próprio e com o ambiente, por ações e
movimentos concretos e de experiências vivenciadas e adquiridas em todo o
percurso de sua vida. A Educação Física e a Psicomotricidade completam-se,
pois a criança ao praticar qualquer atividade usa o seu todo, mesmo regida,
predominantemente, pelo intelecto.
30
CAPÍTULO III
PROPOSTAS DE TRABALHOS NAS AULAS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA
Neste capítulo serão apresentadas algumas atividades comuns em
aulas de Educação Física, com uma abordagem psicomotora.
Os jogos podem ser de qualidade recreativa, cooperativa ou competitiva, que apresentam uma aptidão maior nos seus regulamentos que são adaptados em função do objetivo proposto. Os jogos e as brincadeiras são partes fundamentais da cultura corporal, também são atividades lúdicas que proporcionam prazer e são conteúdos fundamentais para o processo educativo e de aprendizagem, já que eles passam a ser incorporados as nossas experiências junto com as sensações e emoções de agrado e de prazer. (Disponível em: <http://www.educacaofisica.pro.br>. Acesso em: 23/08/2010 – 21h50min).
3.1 Atividades Pré-Desportivas de Cultura Corporal de
Movimento (AWAD, 2006).
Bola na Cabeça
31
Organização: Dividir os alunos em duas equipes iguais separadas por uma
linha central. Desenvolvimento: Os alunos dispostos em sua área de defesa
tendo cada time um goleiro, os demais componentes terão como objetivo
realizar o máximo de gols, mas para isso será necessário trocar passes de bola
entre si com a mão e para finalizar terão de fazer o gol com a cabeça podendo
a bola ser jogada por um companheiro ou pelo próprio componente da equipe.
Fundamentos: Passes, deslocamento corporal. Objetivo: coordenação global,
conhecimento corporal.
Futquadrado
Organização: Dividir os alunos em duas equipes em um espaço com quatro
cantos com cones dispostos como bases. Desenvolvimento: Uma equipe fica
disposta livremente pelo espaço dentro do quadrado de quatro cantos e a outra
do lado de fora que terá de lançar a bola com o pé um por vez para dentro do
quadrado e correr por todas as bases sem ser tocado pela bola, enquanto o
outro time recebe a bola e tentara tocar o adversário com a bola antes de
percorrer todas as bases. No segundo momento troca as posições das
equipes, pontua a equipe que conseguir tocar o maior numero de adversários.
Fundamentos: Chute, deslocamento corporal e passes manuais. Objetivo:
Esquema corporal, coordenação global, percepção.
Dez Passes
Organização: Dividir os alunos em duas equipes em um espaço amplo para
movimentação. Desenvolvimento: Ao sinal do professor estará os componentes
de cada equipe terão de trocar passes com a mão realizando uma contagem
sem interrupções do adversário até o décimo passe, pontua a equipe que
conseguir trocar os passes dez vezes. Fundamentos: Deslocamentos e passes
manuais. Objetivo: Percepção, coordenação global, orientação temporal.
32
Basquete na Linha
Organização: Duas equipes na quadra de basquete. Desenvolvimento: As
equipes dispostas na quadra e até três componentes de cada equipe dispostos
sobre as linhas e delimitações da quadra de basquete segurando um arco que
será a cesta, cada equipe faz ponto nos arcos segurados por integrantes de
sua equipe tentando impedir que a outra equipe o faça também. Fundamento:
deslocamentos, passes e arremessos. Objetivo: Lateralidade, percepção,
coordenação global, orientação temporal e estruturação espacial.
Queimada com Cones
Organização: Dividir a turma em duas equipes protegendo os cones dispostos
em seu campo. Desenvolvimento: Divide-se a turma em dois grupos separados
por uma linha central e terão como objetivo proteger seus cones e derrubar os
cones do outro grupo sem ultrapassar a linha central da quadra apenas
arremessando as bolas, quando algum componente da equipe for atingido em
alguma parte do corpo que não seja a mão este é dado como queimado e vai
para zona dos queimados no fundo da quadra, vence a equipe que derrubarem
primeiro todos os cones. Fundamento: passes, arremessos e esquivas.
Objetivo: Estruturação espacial, coordenação global, esquema corporal,
conhecimento corporal.
Inversão de Queimada
Organização: Dividir os alunos em duas equipes. Desenvolvimento: Dois
grupos separados por linha central e lateral e um participante de cada grupo
ficara ao centro se protegendo das bolas sempre que for “queimado” um
componente do outro grupo passa para ajudar seu companheiro, vence o grupo
33
em que todos queimaram. Fundamento: arremessos e esquivas. Objetivo:
esquema corporal, conhecimento corporal, coordenação global.
Pique Bandeira
Organização: Duas equipes. Desenvolvimento: Dois grupos divididos por uma
linha central e um local específico como pique, o objetivo é capturar a bandeira
da outra equipe e proteger a sua, podendo capturar os componentes da outra
equipe que tentar invadir o território para capturar a bandeira ficando este
imóvel esperando alguém de seu grupo para salva-lo com um toque em alguma
parte do corpo. Fundamento: deslocamento e esquivas. Objetivo: Coordenação
global e estruturação espacial.
Caçador de Esportes
Organização: Todo participante estará munido de uma bola (várias
modalidades), ficando todos espalhados pela quadra. Dois ou mais alunos
serão os caçadores de esportes ficando sem bola.
Desenvolvimento: Ao sinal do professor, os participantes terão que fugir
conduzindo a sua bola de acordo com a modalidade esportiva que se refere à
bola, bola de basquete: quicando; voleibol, toques e manchetes; handebol:
quicando; futsal: driblando com os pés, fazendo embaixadinha, entre outros.
Cada jogador munido de sua bola deverá evitar que o caçador pegue. O
jogador que perder a bola passará a ser o caçador, sendo que este não poderá
tirar a bola daquele que antes o havia tirado. Objetivo: Atenção, agilidade,
noção espacial, coordenação motora ampla.
34
A Torre
Organização: 1º. Numa quadra de futsal são colocadas as duas banquetas,
uma em cada lado, a uns seis metros da linha de fundo. Ao seu redor é traçado
um circulo de dois metros de circunferência. 2º. Formam-se dois grupos e cada
equipe envia um participante ao campo adversário para ser a torre, subindo na
banqueta. Sorteia quem sai com a bola.
Desenvolvimento: Os participantes podem passar a bola com as mãos entre si,
porém, não poderão andar com ela, apenas pode trabalhar com o pé de apoio,
ou ir quicando com ela, porém, caso a quiquem, após parar deverão passa - lá.
Sempre que um participante conseguir passar a bola para sua torre, e que a
mesma não a derrube, ganha um ponto. A torre não pode descer da banqueta
e nem os participantes poderão entrar no circulo. Objetivo: Agilidade,
habilidade, atenção, equilíbrio, coordenação motora ampla e cooperação.
Futsal de Mão
Organização: Estipula–se a quadra de futsal para a realização do jogo,
formam–se duas equipes de até 10 jogadores cada.
Desenvolvimento: O jogo consiste e fazer gol conduzindo a bola com as mãos,
na trave do adversário. A bola deve ser conduzida e não deve ser erguida,
deve manter constante contato com o solo. Será vencedora a equipe que
conseguir marcar o maior numero de gols em um determinado tempo, ou ainda
pode–se determinar um placar para se encerrar o jogo. Objetivo: Agilidade,
atenção, equilíbrio, coordenação motora ampla e cooperação.
Futsal em Duplas
35
Organização: O jogo é similar ao futsal convencional, no entanto os
participantes ficam unidos em pares segurados pelas mãos (podem-se formar
os pares com dois meninos, ou duas meninas, ou ainda misto).
Desenvolvimento: Os jogadores têm por finalidade fazer o gol com os pés, mas
não se pode em momento algum se soltar as mãos, eles podem driblar passar
a bola um para o outro ou ainda para seus companheiros de equipe. Os
goleiros devem se encontrar também em duplas para fazerem à defesa.
Objetivo: coordenação motora, agilidade e orientação espacial.
Quem Passa Mais, Ganha
Organização: Numa quadra de handebol formam-se duas equipes de até 10
participantes.
Desenvolvimento: Os participantes devem passar a bola entre si com as mãos,
porém não poderão andar com ela. Inicia-se com uma equipe passando a bola
para seus companheiros; sempre que seu companheiro conseguir pegar a bola
deve iniciar a contagem, indo até 10, a cada 10 passes conta-se um ponto para
a equipe, a equipe adversária deverá tentar tomar a bola; caso a consiga,
começa uma nova contagem indo sempre até 10, e assim sucessivamente.
Objetivo: Atenção, agilidade, coordenação motora.
Voleibol no Escuro
Organização: Uma rede de vôlei ou corda revestida com uma lona preta que
impossibilite a visualização da equipe adversária.
Desenvolvimento: Joga-se livremente, sem se preocupar com a qualidade de
toques. A finalidade principal é fazer com que a bola caia dentro do campo
adversário ou toque em um dos jogadores e saia fora da quadra ou espaço
demarcado. A pontuação se dá conforme as regras do voleibol. Objetivo:
Atenção, agilidade, coordenação motora e cooperação.
36
Voleibol de Fronha
Organização: Cada equipe será composta por seis duplas. Esta atividade
depende de todos os componentes da equipe e principalmente da cooperação
de cada dupla.
Desenvolvimento: Cada dupla mantém esticada uma fronha ou o material
selecionado, segurando-a pelas extremidades. A recepção e a posse da bola
se fazem com a fronha. Cada time deve obrigatoriamente passar a bola por
pelo menos três duplas de sua equipe para depois lança - lá para o campo
adversário. Caso a bola toque o chão ou não passe da rede, será ponto do
adversário. A dupla que esta com a posse da bola na fronha não podem
caminhar, contudo, as demais duplas podem se movimentar livremente.
Objetivo: Atenção, agilidade, coordenação motora.
3.2 Atividades Recreativas de Cultura Corporal de Movimento
(KUNZ, 2004)
Três Jamais
Organização: Alunos dispostos na quadra. Desenvolvimento: Alunos
espalhados em duplas sentados no chão próximos, e em pé um pegador e um
fugitivo, o fugitivo ao sinal do professor poderá sentar próximo de uma dupla,
então este em que ele encostar será o pegador e o outro terá então de fugir
aguardando o sinal do professor. Fundamento: deslocamento corporal.
Objetivo: coordenação global, estruturação espacial.
Pelo e Pena
37
Organização: Dois grupos em fileiras paralelas separados por uma linha
central, e a linha de fundo o pique. Desenvolvimento: Dois grupos separados
por uma linha central de costas um para o outro, cada grupo será identificado
como bicho de pelo e o outro bicho de pena, então sempre que o professor
disser algum animal que tenha pelo o grupo de pena tenta capturar os bichos
de pelo antes que este cheguem na linha de pique, ou vice-versa. Todos os
capturados trocam de equipe. Fundamento: Deslocamentos corporais.
Objetivo: estruturação espacial, orientação temporal e coordenação global.
Relógio
Organização: Dividir a turma em quatro colunas em formato de cruz.
Desenvolvimento: Divide o grupo em quatro grupos, e forma como se fossem
pontos cardeais e numera os grupos em seqüência igual na frente dos grupos
coloca algum objeto, dará o sinal quando um dos números que terá nas quatro
colunas e estes terão de dar uma volta no relógio e voltar para sua coluna ai
pode ir variando, zigue-zag na coluna, por baixo da perna, pulando os colegas
e pegar o objeto que esta a frente da coluna. Fundamento: deslocamento
corporal. Objetivo: Esquema corporal, coordenação global.
Avenida e Rua
Organização: Dividir a turma em colunas paralelas e dois alunos para ser o
gato e o rato. Desenvolvimento: Divide-se a turma em quatro a cinco colunas
de alunos, formando corredores e ao sinal rua ou avenida movimenta-se e
altera os corredores, enquanto se alternam os corredores dois alunos brincam
de gato e rato entre os corredores ao sinal do professor troca à dupla.
Fundamento: deslocamentos. Objetivo: Lateralidade, percepção, coordenação
global, estruturação espacial.
Bruxa Cácá
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Organização: Um aluno de costa para o restante da turma em local pré
determinado distante dos demais. Desenvolvimento: Um aluno fica disposto em
um lado oposto ao restante da turma de costa para estes que perguntarão ao
aluno que está separado Dona Cácá que horas são? E este irá dizer de 1 a 12h
e qual for dita será o numero de passos que os demais darão para próximo
dele, e assim segue a atividade até que ele perceba pelo som que eles estão
próximos e reponde no lugar da hora a frase “Hora marcada!!” onde ele sai a
captura dos outros alunos. Fundamento: deslocamento corporal. Objetivo:
Percepção, estruturação espacial, coordenação global.
Corrida com Cones
Organização: Cones dispostos pelo ambiente e a turma disposta entre os
cones, e um aluno ficara fora do espaço para iniciar. Desenvolvimento: Cones
dispostos pela quadra ou salão e a turma também, e um aluno ira lançar uma
bola para a turma e tentara derrubar todos os cones com a mão sem ser
queimado pela bola, que estará passando entre os alunos que não poderão se
mover com a bola na mão apenas trocar passes para queimá-lo. Fundamento:
deslocamento corporal. Objetivo: Estruturação espacial, esquema corporal,
coordenação global.
Vai e Vem
Organização: Formar um grande círculo e um aluno fora. Desenvolvimento: Um
grande círculo com a turma toda e um aluno fica por fora da roda tocando as
costas dos colegas e assim que este achar o momento toca forte nas costas e
diz a palavra Vem e este terá de percorrer o círculo e disputar seu lugar com
quem o tocou se perder o lugar faz o mesmo se não o outro continua.
Fundamento: Deslocamento corporal. Objetivo: Coordenação global, orientação
temporal e estruturação espacial.
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Cachorro, Rato e Gato
Organização: Três alunos dispostos livremente pelo espaço e um grande
circulo com o restante da turma. Desenvolvimento: Um grande círculo e alunos
de mãos dadas, e três alunos que serão cão, gato e rato em que um foge do
outro para não ser pego, entrando e saindo do circulo enquanto os alunos
dificultam ou facilitam a entrada e a saída da roda, ao ser capturado trocam os
integrantes com alguém do circulo. Objetivo: Estruturação espacial,
coordenação global.
Encestar o Arco
Organização: O professor divide os alunos em colunas, coloca-se a uma
distância determinada por ele, os outros do outro lado. Desenvolvimento: O
primeiro da coluna com o arco terá que encestar o arco em seu companheiro.
Após o ato, este virá correndo, passando o arco para o próximo, e dirige-se
para o final da coluna, e o aluno que lançou o arco tomará o lugar do que foi
encestado. O jogo termina quando o primeiro aluno voltar à sua posição inicial.
Objetivos: Desenvolver explorando os movimentos naturais e logo após os
mais complexos fazendo com que os mesmos seja de uma forma progressiva.
Corrida de Jornal em Duplas
Organização: As duplas unidas por argola de câmara de ar nos tornozelos, de posse
cada dupla de duas folhas de jornal. Desenvolvimento: Cada dupla ficará sobre
um jornal e colocará outro à frente. Ao sinal do professor, a dupla passará para
o jornal da frente e puxará num segundo momento, o jornal que ficou para trás,
para sua frente, repetindo o gesto que ultrapassem a linha de chegada. Não
será permitido deslocar-se fora do jornal. Objetivos: Desenvolver o equilíbrio, a
interação e a cumplicidade em grupo de trabalho.
40
Bola ao Túnel
Organização: Os alunos formarão um círculo com as pernas afastadas, os pés
encostados uns aos outros e as mãos nos joelhos. Desenvolvimento: O
professor ficará no centro jogando uma bola entre as pernas dos alunos, que
por sua vez, não deixarão a bola passar por debaixo de suas pernas, entrará
no círculo e com outra bola ajudará o professor nos arremessos, dificultando
para os demais alunos. Objetivos: Motricidade, agilidade, espaço e percepção.
Distribuir e Recolher
Organização: Dois grupos com números iguais de alunos, estarão em coluna
atrás de uma linha demarcada. Na frente das colunas serão colocadas quatro
bolas para cada grupo, ao lado da linha de saída. Desenvolvimento: O primeiro
corredor deverá carregá-las uma a uma, em quatro corridas, colocando-as
dentro dos arcos dispostos à frente. O corredor seguinte deverá apanhá-las
uma a uma em quatro corridas. Será vencedor o grupo que terminar em
primeiro Objetivos: O trabalho em equipe, percepção motora ao recolher e
distribuir, noção de espaço e agilidade.
41
CONCLUSÃO
Os professores de educação física que atuam em escolas devem
ter conhecimentos sobre a Educação Física e a Psicomotricidade como
ferramentas importantes para o desenvolvimento da criança, já que são
profissionais comprometidos com seus alunos e com a educação, onde eles
quase sempre conseguem incluir todos os alunos nas atividades propostas em
suas aulas, porém, sabemos que conflitos irão sempre existir, o professor tem
que está atento e ter sensibilidade para resolver possíveis problemas durante
sua prática escolar.
Como o tema desta pesquisa é a Importância da
Psicomotricidade na Educação Física Escolar, mostramos a importância da
disciplina com a Psicomotricidade sendo um elemento de transformação dessa
realidade, já que a educação física escolar deve ser um momento que
proporcione ao aluno à descoberta de suas capacidades, a experimentação, a
exteriorização das emoções, o convívio, com pessoas.
Tudo isso é manifestado na aula, onde ao receber estímulos através
de brincadeiras, jogos, desafios, músicas que acaba sendo envolvido em
situações que o levem a desenvolver suas potencialidades como o raciocínio,
trabalho em grupo, consciência corporal, enfim experiências que deverão fazer
parte de toda a sua vida.
42
BIBLIOGRAFIA
ANTUNES, Celso. As inteligências múltiplas e seus estímulos, Campinas.
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43
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45
ÍNDICE AGRADECIMENTOS ....................................................................................... 3
DEDICATÓRIA ................................................................................................. 4
RESUMO .......................................................................................................... 5
METODOLOGIA ............................................................................................... 6
SUMÁRIO ......................................................................................................... 7
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 8
CAPÍTULO 1 ................................................................................................... 10
PSICOMOTRICIDADE .................................................................................... 10
1.1 Conceito .................................................................................................... 10
1.2 Psicomotricidade Funcional e Relacional .................................................. 12
1.2.1 Conceitos Funcionais ....................................................................... 13
1.2.2 Conceitos Relacionais ...................................................................... 14
1.3 A Psicomotricidade e a sua Relação com a Aprendizagem ..................... 15
1.4 Educação Psicomotora ............................................................................. 17
1.5 Reeducação Psicomotora ......................................................................... 20
1.6 Terapia Psicomotora ................................................................................. 22
CAPÍTULO 2 ................................................................................................... 23
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR .................................................................... 23
2.1 A Identidade da Educação Física na Escola ............................................. 23
2.2 A Educação Física Escolar e a sua Relação com a Aprendizagem ......... 24
2.3 A Importância da Cultura Corporal de Movimento .................................... 26
2.4 A Educação Física e a sua Relação com a Psicomotricidade .................. 28
CAPÍTULO 3 ................................................................................................... 30
PROPOSTAS DE TRABALHOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ...... 30
46
3.1 Atividades Pré-Desportivas de Cultura Corporal de Movimento ............... 30
3.2 Atividades Recreativas de Cultura Corporal de Movimento ...................... 36
CONCLUSÃO ................................................................................................. 41
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 42
WEBGRAFIA ............................................................................................... 44
ÍNDICE ......................................................................................................... 45
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