MINISTÉRIO DA SAÚDE
GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO
CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E PESQUISA EM SAÚDE – ESCOLA GHC
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO
GRANDE DO SUL – CÂMPUS PORTO ALEGRE
TÉCNICO EM ENFERMAGEM
A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO ÂMBITO
HOSPITALAR
GABRIELA VASCONCELOS PEREIRA
ORIENTADOR: SILVANI BOTLENDER SEVERO
PORTO ALEGRE
2018
GABRIELA VASCONCELOS PEREIRA
A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO ÂMBITO HOSPITALAR
Relatório apresentado como requisito
de conclusão do curso Técnico em
Enfermagem do Centro de Educação
Tecnológica e Pesquisa em Saúde -
Escola GHC
Orientadora: Silvani Botlender Severo
PORTO ALEGRE
2018
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus por ter me dado a oportunidade de
ingressar e concluir o curso. Agradeço a mim mesma por não ter desistido durante a
caminhada. Grata pelo apoio de minha família e meu namorado nas horas difíceis.
Um agradecimento especial a minha orientadora. Por fim, muito obrigada a meus
colegas que conviveram comigo durante esses dois anos de aprendizado.
RESUMO
Este trabalho é resultado das vivências nos campos de estágio do curso Técnico em
Enfermagem da Escola GHC, em alguns hospitais, unidades básicas de saúde
(UBS) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Grupo Hospitalar Conceição
(GHC). O tema traz relatos de vivências comparando-as com o aprendizado durante
o curso e mostra a importância da higienização de mãos. Este tema é complexo e a
observação demonstra dificuldades por parte dos trabalhadores em aderirem a esta
prática. Traz alguns questionamentos para os quais ainda não foram encontradas
respostas.
Palavras-chave: Higienização de mãos. Desinfecção das mãos. Controle de
infecções. Educação em saúde.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 5
2 RELATOS DE VIVÊNCIA........................................................................................ 6
3 HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS: A TÉCNICA E SUA IMPORTÂNCIA....................... 10
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................14
5 REFERÊNCIAS.......................................................................................................15
ANEXO A - ILUSTRAÇÃO DOS 5 MOMENTOS PARA HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS.........................................................................................................................16
ANEXO B - ILUSTRAÇÃO DA HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS ÃOS.....................17
5
1 INTRODUÇÃO
A higienização de mãos (HM) é um tema que está presente em todos os
lugares. Desde a infância aprendemos a necessidade de lavar as mãos para evitar
contaminações. E, no ambiente hospitalar, este procedimento é fundamental, pois
com a técnica e os passos corretos podemos melhorar nosso atendimento, evitando
inúmeras doenças e infecções.
Durante os estágios tive muitas experiências, algumas positivas e outras
negativas, ao trabalhar com profissionais que estão nesta área há bastante tempo.
As experiências negativas me inspiraram a fazer este trabalho com a finalidade de
relatar minhas vivências e compará-las com tudo que aprendi, mostrando então a
importância deste tema e trazendo alguns questionamentos.
Minhas vivências aconteceram no Grupo Hospitalar Conceição, mais
especificamente no Hospital Nossa Senhora da Conceição, Unidade Básica de
Saúde Parque dos Maias, Hospital da Criança Conceição, Hospital Cristo Redentor
e Unidade de Pronto Atendimento Moacyr Scliar, durante os estágios em todos os
semestres do curso Técnico em Enfermagem da Escola do Grupo Hospital
Conceição (GHC).
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2 RELATOS DE VIVÊNCIA
Resolvi falar sobre a higiene das mãos porque é um tema que sempre me
chamou a atenção tanto durante as aulas do curso Técnico em Enfermagem, quanto
nos campos de estágio. Desde o primeiro estágio, deparei-me com situações que
me fizeram refletir sobre esse assunto.
Aprendemos logo nas primeiras aulas a técnica correta para higienizar as
mãos. Desde lá, temos que usá-la sempre, pois sabemos seus benefícios e
malefícios, caso não a façamos corretamente. Lembrando também que não
devemos nos preocupar com esse assunto apenas no ambiente hospitalar, mas
também fora dele. Existem microrganismos em toda parte, e até sem perceber,
acabamos entrando em contato: no próprio hospital, no ônibus e até dentro de nossa
casa.
Desde o início do aprendizado sobre a técnica de higienização de mãos no
curso, venho observando tudo ao meu redor, inclusive, a mim mesma. Hoje a
primeira coisa que faço quando coloco os pés dentro de casa é higienizar as mãos.
Transmito esses ensinamentos às pessoas ao meu redor, mas percebo que não se
preocupam tanto. Percebi também, que para elas, se a mão não está com sujidade
visível, então não está suja.
Lembro-me perfeitamente, que em um campo de estágio no Hospital Nossa
Senhora da Conceição, fiquei com uma paciente que tinha feito uma apendicectomia
(retirada do apêndice). Infelizmente, fiquei com ela apenas uma manhã, mas nas
poucas horas que a cuidei pude ver que assim como nós, os pacientes podem ser
muito observadores. Ela perguntava sobre tudo quando tinha dúvidas,
principalmente qual medicamento eu oferecia e para que o mesmo servia. Cada
procedimento que eu fazia ela pedia explicação. Notei que era uma pessoa
inteligente que buscava entender tudo o que os profissionais faziam com ela. Apesar
de tantos questionamentos, era uma paciente que me transmitia muita calma,
fazendo eu me sentir muito à vontade apesar de ser um dos meus primeiros
estágios.
Ela estava em um quarto sozinha e sem acompanhantes, então me pedia
bastante ajuda para alcançar as coisas, erguer o travesseiro na cama e ir ao
banheiro. Sempre que eu entrava ou saía do quarto, passava álcool gel nas mãos.
Vendo isso se repetir várias vezes, a paciente me elogiou por eu ser uma das únicas
7
profissionais que realmente higienizava as mãos, antes ou depois de entrar em
contato com ela. Entrou em detalhes comigo, dizendo que há alguns dias ela
observou uma técnica de enfermagem que fazia os procedimentos sem higienizar as
mãos, tocando em um paciente e depois em outro com a mesma luva e depois que
as tirava, também não fazia a higiene. A paciente conversou com a técnica de
enfermagem sobre isso, falando do incômodo que sentia ao ver que ela não se
preocupava em limpar as mãos para tocar nos pacientes, colocando em risco a
saúde de todos que ela cuidava e, até dela mesma. A conversa não adiantou. A
paciente procurou então a enfermeira para fazer a reclamação da técnica de
enfermagem. Depois dessa conversa a paciente notou a diferença na higienização
das mãos dessa profissional, porém a mesma começou a evitar qualquer outro tipo
de contato entre as duas, provavelmente pela enfermeira ter chamado sua atenção.
O que observei em todos os campos de estágio, sem exceção, foi que
raramente os profissionais, incluindo técnicos de enfermagem, enfermeiros e
médicos, seguem à risca os momentos de higienizar as mãos. São eles, conforme
ANEXO A:
1. Antes de contato com o paciente 2. Antes da realização de procedimento asséptico 3. Após risco de exposição a fluídos corporais 4. Após contato com o paciente 5. Após contato com as áreas próximas ao paciente (BRASIL, 2018a)
O que mais me fez refletir nos campos de estágio é o que percebi como
desleixo com a saúde do paciente e com a própria saúde desses trabalhadores.
Observei vários profissionais e, em sua maioria, não percebi eles higienizarem as
mãos antes ou depois de contato com o paciente, tanto nos pacientes adultos
quanto recém-nascidos.
Mas qual será o motivo dos profissionais deixarem a situação chegar a este
ponto? Se todos em suas formações aprenderam basicamente os mesmos
assuntos? Será falta de tempo? Falta de motivação pela própria instituição? Escala
com poucos funcionários? Falta de informação? Água muito gelada no inverno? Ou
pensam que porque estão trabalhando no mesmo lugar há muito tempo, não
acontecerá nada com eles?
Durante os estágios, observei algumas técnicas sem o uso de luvas, como:
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- Abertura de curativos;
- Punções;
- Exame físico com a pele não íntegra;
- Esvaziamento de bolsas coletoras;
- Banho de leito;
- Troca de fraldas
Porém, o que mais me impressionou durante o estágio no 4B2 do Hospital
Nossa Senhora da Conceição, foi o fato da não utilização das indicações na
higienização das mãos por parte de uma profissional, o qual relatarei a seguir: em
uma manhã, quando fui instalar a dieta em um paciente que estava com uma sonda
nasoentérica e esta se encontrava obstruída, provavelmente, por não ter sido lavada
da última vez que foi usada, tentei desobstruir várias vezes, mas sem sucesso.
Chamei então minha professora que também tentou várias vezes e não conseguiu.
Restou-nos fazer a retirada da sonda e pedir para a enfermeira passá-la novamente.
A professora disse que poderíamos usar a mesma sonda se conseguíssemos
desobstruir. A colocamos em uma cuba rim com soro e deixamos por alguns
minutos. Dava para ver claramente a dieta endurecida em quase todo o trajeto da
sonda e isso tornava impossível outro alimento passar por ali.
Tentamos limpar com jatos de soro várias vezes e o alimento até havia
amolecido um pouco, mas não o suficiente para sair. Começamos a “massagear” a
sonda, então o alimento começou a sair pela ponta, mesmo com um pouco de
dificuldade, obviamente usamos luvas para fazer tudo isso.
Vendo nosso esforço, uma técnica de enfermagem tentou nos ajudar,
pegando a sonda na mão e a apertando para cima com a ponta da unha, que era
muito grande, saindo então o resto da dieta que estava no trajeto. Estaria tudo bem,
a não ser pelo fato da mesma não usar luvas, mesmo vendo que a sonda que
tínhamos acabado de retirar do paciente estava cheia de secreção na parte externa,
ela não usou luvas. E, para piorar a situação, depois disso, ela apenas passou um
pouco de água nas mãos, sem sabão e sem a técnica correta. Fiquei impressionada,
pois certamente ela contaminaria tudo que tocasse, além de colocar em risco sua
saúde e a saúde dos pacientes.
Fiquei me perguntando sobre a responsabilidade dessa profissional e o
motivo desta atitude. Um procedimento totalmente inadequado acerca das
9
orientações sobre a contaminação de microrganismos que esta profissional adquiriu
ao tocar a sonda.
Por outro lado, tive experiências positivas, como, por exemplo, num estágio
no 4B2 do Hospital Nossa Senhora da Conceição. Observei uma fisioterapeuta que
estava sempre de luvas e antes de tocar nos pacientes sempre passava álcool gel
nas mãos, fazendo a técnica correta. E, depois de todos os pacientes terem feito a
fisioterapia, ia até o posto de enfermagem e higienizava as mãos com água e sabão,
sempre com a técnica correta. Fiquei me perguntando porquê um profissional que
não tem as mesmas atribuições que um profissional da enfermagem, se preocupa
tanto com a higiene das mãos, e o próprio técnico de enfermagem não?
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3 HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS: A TÉCNICA E SUA IMPORTÂNCIA
Segundo a ANVISA, na higiene simples das mãos, devemos colocar uma
quantidade suficiente de sabão líquido para cobrir toda a superfície da mão e fazer a
técnica durante 40 a 60 segundos. (BRASIL, 2018b).
Aprendemos no nosso curso exatamente o que o site da ANVISA nos traz
sobre a higienização das mãos (ANEXO B):
1- Abra a torneira e molhe as mãos, evitando encostar na pia.
2- Aplique na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante)
3- Ensaboe as palmas das mãos, friccionando-as entre si.
4- Esfregue a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda (e vice-versa) entrelaçando os dedos.
5- Entrelace os dedos e friccione os espaços interdigitais.
6- Esfregue o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta (e vice-versa), segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem.
7- Esfregue o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda (e vice- versa), utilizando movimento circular.
8- Friccione as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha (e vice-versa), fazendo movimento circular.
9- Esfregue o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita (e vice- versa), utilizando movimento circular.
10- Enxágue as mãos, retirando os resíduos de sabonete. Evite contato direto das mãos ensaboadas com a torneira.
11- Seque as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos.
Como sabemos, carregamos em nossas mãos muitos microrganismos. Mas o
que muitas pessoas não sabem, é que o simples ato de higienizar as mãos
corretamente pode salvar vidas e evitar doenças, e, às vezes, quando sabem, não
colocam em prática.
Assim, quando não higienizamos as mãos, podemos transmitir
microrganismos: tocando direto na pele do paciente com as mãos contaminadas, ou
indiretamente, tocando em objetos contaminados, como a maçaneta da porta ou o
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corrimão da escada. Podemos disseminar vírus e bactérias por todo o ambiente
hospitalar e até fora dele, como por exemplo, dentro do ônibus, outro lugar propício
à contaminação.
Todos temos microbiota transitória e residente, ou seja, microrganismos que
estão na camada mais superficial da nossa pele e podem ser facilmente removidos
com água e sabão, e microrganismos que ficam na camada mais profunda da pele e
que são mais resistentes à remoção.
Mas qual a importância da higiene das mãos no hospital?
Lavar as mãos não significa apenas tirar a sujidade visível, mas também
remover a microbiota que causa infecções, ou seja, no âmbito hospitalar onde se
encontram pessoas doentes e com a imunidade baixa, temos que ter uma atenção
maior com nossas mãos, pois o simples fato de tocar num paciente sem lavá-las
após ter tocado em outro antes, pode prejudicar a sua saúde.
Devemos ressaltar também a importância do autocuidado, higienizar as mãos
sempre que possível, pois as mãos contaminadas podem ser levadas facilmente aos
olhos ou boca, causando então doença e infecções como diarreia, gripe e hepatite.
Em 2005, a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, da Organização Mundial de Saúde (OMS), propôs o primeiro Desafio Global para a Segurança do Paciente, denominado ‘Cuidado limpo é cuidado mais seguro’, tendo como um dos seus principais objetivos o aprimoramento de práticas de Higienização das Mãos (HM), visando prevenir infecções e
promover a segurança dos pacientes e dos profissionais (BELELA-ANACLETO et al., 2013, p 902).
Os profissionais da saúde estão diretamente ligados à melhoria da saúde do
paciente. O cuidado não se trata somente em administrar medicações, mas também,
em evitar infecções que podem piorar o quadro de saúde deste, causando mais
tempo de internação e ao mesmo tempo mais gastos para o hospital. Juntando a
isso, a preocupação dos familiares ao verem seu parente piorando ou mesmo com a
possibilidade de vir a óbito. “As infecções hospitalares são causas de morte em
pacientes hospitalizados, suas taxas representam cerca de 15% dos pacientes no
Brasil” (JEZEWSKI et al., 2017, p. 1778).
Novamente questiono: o que fazer diante desse cenário? Os profissionais
realmente sabem o que podem transmitir com suas mãos? Se sabem, por que não
fazem uso do saber?
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Observei diversos trabalhadores fazendo procedimentos nos pacientes sem a
adequada higienização das mãos. Quando higienizam, não fazem a técnica correta
colocando uma quantidade muito pequena de sabão na palma da mão e as
friccionam por 2 ou 3 segundos. Isto gera uma falsa impressão de mãos limpas,
quando na verdade, a maior parte, ou toda ela, pode permanecer com
microrganismos, disseminando vírus e bactérias direta ou indiretamente por todo o
ambiente hospitalar e até fora dele.
Nota-se também o uso constante do álcool como forma de higienizar as mãos,
mas até que ponto o álcool pode ser usado? Segundo a ANVISA, o álcool reduz a
carga microbiana, podendo substituir a higienização com água e sabão quando as
mãos não estiverem com sujidade visível, o tempo de duração do procedimento é de
20 a 30 segundos (Brasil, 2018b).
Mas qual a posição dos profissionais perante essa informação?
Um estudo realizado num hospital particular mostra como os profissionais se
relacionam com a higienização das mãos com o uso de álcool referente ao tempo do
procedimento “Os resultados encontrados foram: 32,6% dos participantes referiram
o tempo de 3 segundos; 28,3%, tempo de 10 segundos; 20 segundos
corresponderam a 17,4%; e 1 minuto, ao total de 21,7%” (JEZEWSKI et al, 2017, p.
1782).
Perante essas dificuldades na adesão às orientações em relação ao tema,
como garantir a segurança do paciente, sendo ele cercado por essa realidade?
Refletindo sobre esta questão (GUEDES et al., 2012, p.308) nos diz que:
a conduta adotada frente à doença ou ameaça à vida é influenciada pelas crenças que a pessoa tem em relação à efetividade das alternativas que visam prevenir ou evitar a ameaça. A crença pessoal e os hábitos adquiridos durante a vida podem desempenhar maior influência na adesão à HM do que o conhecimento sobre as medidas de precaução e controle de infecções adotadas na prática.
Esses autores referem que, muitos estudos confirmam a redução das
infecções em serviços de assistência à saúde através da prática da HM, entretanto
“estudos observacionais evidenciam que a adesão dos profissionais de saúde à HM
é inferior a 50%, variando entre diferentes áreas da assistência, categorias
profissionais e condições de trabalho” (GUEDES et al., 2012, p.305).
Além de dificuldades estruturais e dos processos de trabalho, existem os
comportamentais.
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A análise das crenças e percepções sobre elementos que interferem na adesão à HM consiste em subsídio para a compreensão do comportamento humano e é importante ao planejamento e implantação de estratégias educativas no contexto da HM (GUEDES et. al., 2012, p.308).
Enfim, podemos pensar que não há uma única resposta correta: é necessário
continuar educando os profissionais desde sua formação, enfatizando matérias e
exercícios voltados a essa temática, mostrando e comprovando a importância de
higienizar as mãos no local de trabalho e ter uma estrutura que facilite essa prática,
com pias, sabão líquido, recipiente para álcool gel e papeis-toalha, disponíveis em
locais de fácil acesso. Lembrando também, a importância de descartar esse material
no lixo adequado.
Outro fator importante, é em relação ao número adequado de funcionários
para o plantão, pois a falta de profissionais sobrecarrega os que estão escalados,
ocasionando pouco tempo para realizar rotinas simples como a higienização das
mãos.
Também seria interessante maior divulgação de material sobre higienização
das mãos nos corredores, elevadores, alertando cada vez mais as pessoas sobre a
importância do assunto, assim como reuniões e palestras sistemáticas ressaltando o
tema.
Temos o conhecimento de que nesses hospitais onde realizamos os estágios
existem os setores de Controle de Infecção Hospitalar (CIH) que realizam estas
atividades de conscientização junto aos profissionais, entretanto, na prática
observada existem muitas situações onde estes procedimentos inadequados são
realizados.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A higienização de mãos é uma técnica simples, mas com um imenso papel no
âmbito hospitalar. É um assunto que não deve ser esquecido, e sim cada vez mais
estudado e divulgado na área da saúde.
Com este trabalho, pude relatar minhas vivências e comparar técnicas que
aprendi durante o curso e que na prática foram pouco observadas.
Pude refletir sobre minha importância neste meio, hoje, como estagiária, e
futuramente como uma profissional que poderá usar deste conhecimento para fazer
a diferença no âmbito hospitalar. Lembrando também que é importante a divulgação
de informações para uma melhor adesão da equipe de saúde.
Compreendi com a realização deste trabalho que, essa diferença entre as
orientações sobre a Higienização das Mãos e a prática cotidiana nos serviços é
assunto complexo, visto que possui várias influências, tanto organizacionais, como
do comportamento dos profissionais.
15
REFERÊNCIAS:
BELELA-ANACLETO, Aline Santa Cruz et al. Higienização das mãos e a segurança do paciente: perspectiva de docentes e universitários. Texto Contexto - Enferm., Florianópolis, v. 22, n. 4, p. 901-908, dez. 2013. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072-013000400005&lng=en&nrm=isso>. Acesso em: 20 maio 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Anvisa. Higienização das mãos em serviço de saúde. Brasília, DF,: OMS 2018b. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/tecnicas.htm>. Acesso em: 15 maio 2018.
______. Higienize as mãos: salve vidas. Higienização simples das mãos. Brasília, DF,: OMS 2018c. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/higienizacao_simplesmao.pdf>. Acesso em: 16 maio 2018
______.Os 5 momentos para higienização das mãos. Brasília, DF,: OMS, 2018a. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/hotsite-/higienizesuasmaos/produtos/5momentosa3.pdf>. Acesso em: 15 maio 2018.
GUEDES, Matilde et al., Adesão dos profissionais de enfermagem à higienização das mãos: uma análise segundo o modelo de crenças em saúde. Cogitare Enfermagem, Curitiba, v. 17, n. 2,p. 304. 309, abr./jun. 2012. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/27886 >. Acesso em: 26 maio 2018
JEZEWSKI, GorettiMoisiane et al. Conhecimento de profissionais de enfermagem de um hospital privado acerca da higienização das mãos. RevCuid, Bucaramanga, v.8, n. 3, p. 1777-1785, dez. 2017. Disponível em: <http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2216097-32017000301777&lng=en&nrm=isso>. Acesso em: 18 maio 2018.
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ANEXO A- ILUSTRAÇÃO DOS 5 MOMENTOS PARA HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS
Fonte: BRASIL, 2018a.
17
ANEXO B- ILUSTRAÇÃO DA HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS
Fonte: BRASIL, 2018b.
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