Cap QCO Info Filipe de Siqueira Fonseca Farias
SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE ESCALAS DE SERVIÇO: UMA PROPOSTA BASEADA EM ENGENHARIA DE SOFTWARE EM CONFORMIDADE COM O
PLANO DE MIGRAÇÃO PARA SOFTWARE LIVRE
Rio de Janeiro 2018
Cap QCO Info FILIPE DE SIQUEIRA FONSECA FARIAS
SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE ESCALAS DE SERVIÇO: UMA PROPOSTA BASEADA EM ENGENHARIA DE SOFTWARE EM CONFORMIDADE COM O PLANO
DE MIGRAÇÃO PARA SOFTWARE LIVRE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola de Formação Complementar do Exército / Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais como requisito parcial para a obtenção do Grau Especialização em Ciências Militares .
Orientador: Maj Luiz Fernando de Sousa Fonte
Rio de Janeiro 2018
Cap QCO Info FILIPE DE SIQUEIRA FONSECA FARIAS
SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE ESCALAS DE SERVIÇO: UMA PROPOSTA
BASEADA EM ENGENHARIA DE SOFTWARE EM CONFORMIDADE COM O PLANO DE MIGRAÇÃO PARA SOFTWARE LIVRE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola de Formação Complementar do Exército / Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais como requisito parcial para a obtenção do Grau Especialização em Ciências Militares .
Aprovado em
COMISSÃO DE AVALIAÇÃO
______________________________________________________ Ulisses Tavares Neves – TC Inf – Avaliador 1
Escola de Formação Complementar do Exército
____________________________________________ Luiz Fernando de Souza Fonte – Maj QCO Info – Avaliador 2
Escola de Formação Complementar do Exército
SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE ESCALAS DE SERVIÇO: UMA PROPOSTA BASEADA EM ENGENHARIA DE SOFTWARE EM CONFORMIDADE COM O PLANO DE MIGRAÇÃO PARA SOFTWARE LIVRE
Filipe de Siqueira Fonseca Fariasa
RESUMO
A escala de serviço é a atividade responsável por gerenciar a rotatividade de um grupo de militares nos serviços de uma Organização Militar (OM) distribuindo de forma equitativa o seu efetivo. Os requisitos que regem o gerenciamento das escalas de serviço estão definidos no Regulamento Interno e dos Serviços Gerais (RISG) fornecendo embasamento para a informatização dos processos por meio de um software. Porém o desenvolvimento de um sistema de gerenciamento de escala de serviços que atenda ao RISG deve estar em conformidade com o Plano de Migração para Software Livre no Exército Brasileiro, fazendo-se necessário a utilização de uma metodologia capaz de atender a essa demanda. Essa metodologia pode ser aplicada por meio da Engenharia de Software. Esse trabalho tem por finalidade propor um sistema de gerenciamento de escala de serviço que por meio da Engenharia de Software e utilizando de ferramentas atuais no mercado para desenvolvimento de software, apresente uma solução que esteja de acordo com o Plano de Migração para Software Livre no Exército Brasileiro. Palavras-chave: Escala de serviço. Software Livre. Engenharia de Software. ABSTRACT The duty shit schedule is the activity responsible for managing the turnover of a group of military in the services of a Military Organization (OM), distributing them in an equitable manner. The requirements governing the management of the duty shit schedule are defined in the Internal and General Services Regulations (RISG), providing a basis for the automation of processes through software. However, the development of a duty shit schedule management system that complies with the RISG must be in compliance with the Free Software Migration Plan in the Brazilian Army, making it necessary to use a methodology that can meet this demand. This methodology can be presented through Software Engineering. This work aims to present a service scale management system, through Software Engineering, using current tools in the software development market and in accordance with the Free Software Migration Plan in the Brazilian Army.
Keywords: Duty shit schedule. Free software. Software Engineering.
a
Capitão QCO Informática da turma de 2010. Bacharel em Sistema de Informação pela Associação
Educacional Dom Bosco em 2008. Especialista em Aplicações Complementares às Ciências Militares pela EsAEx em 2010.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 5
2. REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 6
2.1 A ESCALA DE SERVIÇO INFORMATIZADA ................................................................ 6
2.2 SOFTWARE LIVRE ....................................................................................................... 7
2.3 ENGENHARIA DE SOFTWARE .................................................................................... 7
2.4 TECNOLOGIAS ............................................................................................................. 8
2.4.1 PHP ............................................................................................................................ 8
2.4.2 Boostrap e CSS .......................................................................................................... 9
2.4.3 MySql ........................................................................................................................ 10
3. METODOLOGIA ............................................................................................................ 10
4. RESULTADOS .............................................................................................................. 11
4.1 ANALISE BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 12
4.2 ENTREVISTA .............................................................................................................. 12
4.3 QUESTIONÁRIO ......................................................................................................... 12
5. DISCUSSÃO ................................................................................................................. 15
6. CONCLUSÃO ................................................................................................................ 17
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 18
5
SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE ESCALAS DE SERVIÇO: UMA PROPOSTA BASEADA EM ENGENHARIA DE SOFTWARE EM CONFORMIDADE COM O PLANO DE MIGRAÇÃO PARA SOFTWARE LIVRE
1. INTRODUÇÃO
No Exército Brasileiro (EB) o Regulamento Interno e dos Serviços Gerais (RISG),
complementado pelas normas internas de cada Organização Militar (OM), rege a forma
com que os serviços de escala devem ser executados. As diretrizes definidas pelo RISG
para o controle das escalas de serviço permitem “a distribuição equitativa de todos os
serviços de uma OM” (BRASIL, 2003). Essas diretrizes oferecem os requisitos básicos
que permitem informatizar os processos de gerenciamento de escala de serviço por meio
de um software.
O desenvolvimento de um software de gerenciamento de escala de serviços que
atenda ao RISG e que seja aplicado nas OM do EB deve estar em conformidade com o
Plano de Migração para Software Livre no Exército Brasileiro.
A portaria n° 016-STI, de 22 de outubro de 2004, publicada no Boletim do Exército
nº47 de 18 de novembro de 2004 aprovou a primeira edição do Plano de Migração para
Software Livre no Exército Brasileiro que, em consonância com o Planejamento
Estratégico da Implementação do Software Livre no Governo Federal, aprovado no ano
anterior, teve a finalidade de regular a estratégia para a implementação do Software Livre
(SL) em todos os escalões do EB. Entre as razões para a migração estabelecidas pelo
referido plano podem-se destacar: a economia de custos a médio e longo prazo com
software fechado; maior segurança, estabilidade e disponibilidade proporcionada pelo SL;
e a independência tecnológica. (BRASIL, 2004 p. 7).
O desenvolvimento de um sistema de qualidade para o gerenciamento das escalas
de serviço, de acordo com o que prescreve o RISG e que esteja em conformidade com as
diretrizes de SL do EB, necessita de uma ferramenta que auxilie no seu desenvolvimento.
A Engenharia de Software é um instrumento capaz de anteder a essas demandas.
De acordo com FILHO (2009) a Engenharia de Software oferece uma abordagem
sistemática, disciplinada e quantificável no desenvolvimento, na operação e na
manutenção de software podendo ser aplicada por uma equipe de desenvolvimento e
transmitida para outra.
6
Diante do exposto pode-se identificar o seguinte questionamento: De que maneira
a Engenharia de Software pode auxiliar o desenvolvimento de um sistema de escala de
serviço que atenda a politica de SL do EB?
Para responder a essa pergunta o presente estudo estabeleceu como objetivo
geral a apresentação de elementos de Engenharia de Software que sejam capazes de
unir os requisitos estabelecidos pelo RISG, as tecnologias mais atuais do mercado para
desenvolvimento de software e as diretrizes de Software Livre do EB fornecendo ao final a
proposta de um software de qualidade.
Como forma de se atingir o resultado esperado pelo objetivo geral, foram definidos
os seguintes objetivos específicos: apresentar os elementos da Engenharia de Software
capazes de embasar o desenvolvimento do sistema desejado à luz do plano de migração
de Software Livre; apresentar tecnologias atuais, que sejam consagradas no mercado;
apresentar os benefícios dessa abordagem.
A presente pesquisa justifica-se pela necessidade de se apresentar como forma de
uma “solução padrão” a proposta de um sistema de gerenciamento de escalas de serviço
que possa ser compartilhada, melhorada e incrementada pelas diversas Organizações
Militares do Exército.
A pesquisa foi apresentada da seguinte forma: uma revisão literária, apresentado
os Requisitos estabelecidos pelo RISG; os elementos da Engenharia de Software; as
tecnologias para desenvolvimento de software; o plano de migração de Software Livre do
EB; a metodologia e técnicas utilizadas para realização do trabalho; e por fim a conclusão.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
O presente capítulo tem por finalidade apresentar de forma contextualizada os
elementos capazes de estabelecer uma “ponte” entre o RISG, o Plano de Migração para
Software Livre no Exército Brasileiro e a Engenharia de Software.
2.1 A ESCALA DE SERVIÇO INFORMATIZADA
A atividade de gerenciamento do serviço de escala no Exército Brasileiro tem seus
requisitos gerais definidos pelo RISG em seu terceiro capítulo. O Gerenciamento dessa
atividade deve ao mesmo tempo obedecer a esses requisitos e ser flexível para se
adequar às diretrizes das Normas Gerais de ação (NGA) de cada OM.
7
Um caso de sucesso da aplicação de um software para gerenciar de forma
unificada a escala de serviço em substituição às soluções descentralizadas e sem
nenhum tipo de padronização pode ser observado na Academia militar das Agulhas
Negras (AMAN). A AMAN é uma das OM de maior visibilidade no Exército por ser a
escola responsável pela formação dos futuros oficias da linha bélica do Exército
Brasileiro. Trata-se de uma das OM com maior tamanho físico, efetivo e complexidade
dos seus processos no EB.
Por meio de entrevista com o pessoal da seção de sistemas da Divisão de
Tecnologia e Segurança da Informação (DTSIC) da AMAN, pode-se observar que a
informatização dos processos de escala de serviço por meio do SIGES acarretou como
benefício maior agilidade e transparência no processo de gerenciamento das escalas,
maior satisfação por parte dos envolvidos no processo e permitiu a integração com outros
sistemas da instituição o que permite que a manipulação dos dados desse sistema
atualize automaticamente outros sistemas e vice-versa.
2.2. SOFTWARE LIVRE
O movimento de Software Livre teve sua origem na década de 80 com o
pesquisador Richard Stallman e ganhou força com Linus Trovalds quando criou, por meio
de um sistema colaborativo, o núcleo do sistema operacional UNIX. (SILVA, 2014). No
Brasil as politicas de SL começaram a ser regulamentadas em 2003 pelo Decreto Federal
nº10.007. Em 2004 por meio da portaria n° 016-STI, de 22 de outubro, publicada no
Boletim do Exército nº47 de 18 de novembro de 2004, foi aprovada a primeira edição do
Plano de Migração para Software Livre no Exército Brasileiro.
O Guia Livre, documento do Governo Federal que objetiva formular orientações
para a migração para SL dos órgãos integrantes da Administração Pública Federal, define
que o Software Livre é o software disponibilizado com as premissas de liberdade de
instalação, plena utilização, acesso ao código fonte, possibilidade de
modificações/aperfeiçoamentos para necessidades específicas. O Guia Livre ainda
ampara a adoção do SL nos princípios de Impessoalidade, Eficiência e Razoabilidade,
visando à melhoria na qualidade dos serviços prestados e à promoção dos
desenvolvimentos tecnológico e social. (BRASIL, 2005).
8
2.3. ENGENHARIA DE SOFTWARE
A Engenharia de Software é uma tecnologia dividida em camadas tendo por foco a
qualidade. A camada de processo é a responsável por manter as demais camadas
coesas e por isso ele é a base da engenharia de software, a camada de métodos fornece
informações técnicas para o desenvolvimento de software e a camada de ferramentas
automatizado ou sintomatizado para o processo e para os métodos. (PRESSMAN, 2016)
Valendo-se da Engenharia de Software é possível, por meio dos processos,
definidos pelo RISG e pelo plano de migração de SL do EB, dos métodos definidos pela
própria Engenhara de Software e pelas ferramentas disponíveis no mercado, entregar um
software de qualidade que esteja de acordo com as diretrizes organizacionais do Exército,
reduzindo as chances de falhas, vícios e atrasos que o processo de desenvolvimento de
software corre o risco de sofrer.
A Análise feita por Brod e Kafer em seu artigo Engenharia de Software para
Software Livre, identifica a utilização dessas práticas em grandes projetos de SL de nível
global como OpenOffice, Linux, Apache, Pyton, Drupal, Ruby on Rails e PostgreSQL. As
comunidades responsáveis por esses projetos utilizaram práticas de Engenharia de
Software como Gerência de Configuração, Coordenação, Gerência de Evolução e
Manutenção, Reuso e Componentização, Teste e Garantia da Qualidade, Refatoração,
Práticas de desenvolvimento ágil e Padrões de Projeto. A utilização dessas práticas é
capaz fornecer elementos para conduzir o processo de desenvolvimento de um software
que atenda as diretrizes de SL do EB.
2.4 TECNOLOGIAS
A sugestão de tecnologias para desenvolvimento de software levaram em conta os
seguintes fatores:
- Apresentar bom desempenho de forma a permitir um sistema ágil;
- Apoio de comunidades que contribuam constantemente para sua
atualização a fim de não tornar o sistema obsoleto;
- Plataformas baseadas em SL livres;
- Possuir baixa curva de aprendizagem para que os responsáveis pela
implementação do software possam facilmente instalá-lo e manuteni-lo em suas OM.
Baseado nesses itens foram escolhidas as seguintes tecnologias: PHP com CSS e
Bootstrap e banco de dados MySql.
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2.4.1 PHP
O PHP é uma linguagem de programação de código aberto voltada principalmente
para desenvolvimento em ambiente web. “Estima-se que o PHP seja utilizado em mais de
80% dos servidores web existentes, tornando-o disparadamente a linguagem mais
utilizada para desenvolvimento web.” (DALL’OGLIO, 2015).
Além disso, o PHP possui outras vantagens com as elencadas por PERICANO
(2014); sua gratuidade, ter distribuição livre do produto final, apresentar baixo custo de
hospedagem em servidores, possuir código maduro, manter atualizações consistentes, se
integra a quase todos os bancos de dados e ter baixa curva de aprendizagem.
Por seu amplo uso para aplicações web e por suas vantagens o PHP atende os
requisitos necessários para ser utilizado no desenvolvimento de um sistema que obedeça
as diretrizes de SL do EB.
2.4.2 Boostrap e CSS
A aparência de uma aplicação é um dos pontos essenciais para uma boa
interação do usuário com o sistema. O Cascading Style Sheets (CSS) é uma linguagem
de estilização de páginas HTML. Com o CSS pode-se personalizar os elementos
presentes em uma página definindo todas as características relacionadas à aparência,
customizando cores, formas, fontes, etc.
Quando se trata de propor o desenvolvimento de um sistema não se pode ignorar
que “o tráfego mundial da internet móvel está se aproximando de 60%,”. (ALBINO; et all,
2015). Por isso é importante que uma aplicação se adapte ao tamanho de tela dos
dispositivos de onde ela pode ser acessada, desde um celular até uma smart tv. A essa
adaptabilidade dá-se o nome de design responsivo.
O Bootstrap é um framework baseado em CSS capaz de entregar as aplicações
web um design responsivo. A Responsividade do Bootstrap se dá por meio de um sistema
de grade que de acordo com o tamanho da tela onde será exibida a página, pode-se
alterar a forma de distribuição dos elementos dessas grades. Isso faz com que a página
se ajuste ao dispositivo garantindo uma melhor experiência durante a navegação.
Tomazini e Lopes em seu artigo Web design responsivo – Bootstrap, definem o
Bootstrap como uma coleção de vários elementos e funções personalizáveis para projetos
da web de código aberto para facilitar o desenvolvimento de sites e sistemas web.
“O Bootstrap, particularmente em sua versão 3, possui um sistema de Grade muito sólido e capaz de permitir o desenvolvimento de um conjunto de páginas que se ajustam ao dispositivo garantindo então uma melhor experiência durante a
10
navegação. Bootstrap aumenta sua produtividade de desenvolvimento, tornando fácil a criação e edição de páginas responsivas.”(ALBINO; et all, 2015)
2.4.3 MySql
O Banco de dados é o componente responsável por armazenar as informações e
processar as requisições das aplicações como atualização, inclusão ou exclusão de
dados.
O MySql é “sistema de gerenciamento de banco de dados de código aberto mais
amplamente utilizado” (LETKOWSKI, 2015, tradução nossa)b. Seu uso é extenso em
aplicações web, de forma especial naquelas desenvolvidas em linguagem de
programação PHP. A literatura apresenta várias referências ao uso dessa combinação,
como os livros Desenvolvimento Web com PHP e My SQL de Evaldo Junior Bento, PHP
and MySQL Web development de L Welling e L Thomson, MySQL/PHP database
applications de J Greenspan e B Bulger entre outros. “Há muitas opções de linguagens
de programação e de bancos de dados, mas a dupla PHP e MySQL é das mais
importantes no mercado Web atual ”(BENTO, 2014)
As principais características do MySQL são: portabilidade, podendo ser utilizado
em sistemas Unix, OS X e Windows; suportar a maioria dos tipos de dados; ter suporte as
diversas funções da linguagem SQL; possuir segurança com sistema de senha e
privilégios que é flexível e seguro, onde a segurança da senha é feita por criptografia;
permitir conexão do cliente com o MySQL utilizando diversos protocolos; possuir um
conjunto de recursos práticos desenvolvidos em cooperação com os usuários. (LEITE;
BONOMO, 2017).
Portanto o MySQL mostra-se como uma boa opção para ser utilizado como banco
de dados no sistema proposto por esse trabalho.
3. METODOLOGIA
O presente trabalho baseou-se na consulta bibliográfica das normas que regulam o
serviço de escala no EB, das documentações sobre SL no EB, de material sobre
Engenharia de Software e ferramentas para desenvolvimento de software. Os meios
utilizados foram artigos, trabalhos de conclusão de curso, dissertações, teses, legislações
b “the most widely used, open source, relational database management system” (LETKOWSKI, 2015)
11
e manuais do EB. As pesquisas foram realizadas por meio de documentos físicos e nos
sites de busca Google Acadêmico, SciELO, Rede BIE e Biblioteca Digital do Exército.
Por tanto se trata de uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa com o
intuito de analisar e criticar as informações, com finalidade básica estratégica, buscando
aprofundar o conhecimento sobre o assunto e propondo uma abordagem que pode ser
continuada, utilizando-se do método hipotético-indutivo e elaborada por processos
bibliográficos, documentais e de pesquisa de campo.
A entrevista que visou conhecer o Sistema de Gerenciamento de Escalas de
Serviço (SIGES) da AMAN, foi realizada com o elemento da Seção de Sistemas da
DTSIC, responsável de desenvolvimento e implementação do SIGES. Teve o intuído de
conhecer as funcionalidades e benefícios do sistema.
Os dados do questionário foram coletados e analisados por meio da ferramenta
Google Forms.
A população analisada foram os militares das diversas OM do EB tendo por
amostra aqueles que estão envolvidos nos processos referentes às escalas de serviço,
sejam eles atuando de forma ativa, representado pelos indivíduos que operam escala
(escalantes), ou de forma passiva, que são aqueles que concorrem à escala.
O questionário teve por objetivo conhecer a realidade das diversas OM no que diz
respeito ao processo de gerenciamento das escalas de serviço, buscando saber se as
OM possuem algum tipo de solução informatizada e se os militares consideram o
processo transparente e ágil. A Intenção foi descobrir se a transparência e agilidade do
processo possuem alguma relação com a utilização do sistema informatizado.
4. RESULTADOS
Com levantamento bibliográfico realizado, associado ao questionário aplicado em
diversas OM do EB e a entrevista feita na Seção de Sistemas da DTSIC - AMAN foi
possível:
- Conhecer os principais requisitos para o desenvolvimento de um sistema de
escala de serviço baseado no RISG.
- Apresentar as a definição de SL bem como suas diretrizes no âmbito do
Exercito Brasileiro.
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- Identificar casos práticos e de relevância na comunidade internacional da
aplicação da Engenharia de Software para o desenviolamento de software livre.
- Identificar tecnologias que podem ser utilizadas para o desenvolvimento de
um software de gerenciamento de escala de serviço por meio da engenharia de Software
e respeitando as diretrizes de SL do EB.
- Identificar os benefícios que a utilização do software proposto pode trazer.
- Conhecer o funcionamento de sistema de gerenciamento de escala de
serviços.
4.1. ANÁLISE BIBLIOGRÁFICA
Para o embasamento deste trabalho foram analisadas as leis e regulamentos que
normatizam a utilização do software livre no Exército Brasileiro, livros, artigos, trabalhos de
conclusão de curso, dissertações e teses que tratam sobre Software Livre, Engenharia de
Software e tecnologias para desenvolvimento de software. Por meio dessa análise foi
possível realizar uma ligação entre os elementos escala de serviço, software livre e
engenharia de software demostrando a possibilidade de se proceder com essa
abordagem.
4.2 ENTREVISTA
Foi entrevistado na Seção de Sistemas da DTSIC - AMAN o 1º Sgt Schineider,
militar responsável pelo desenvolvimento e implementação do SIGES – Sistema de
Gerenciamento das escalas. A Entrevista teve por objetivo conhecer o SIGES, a
motivação de seu desenvolvimento, os principais benefícios que o sistema trouxe para o
processo e a aceitação dos usuários.
Por meio da entrevista foi possível identificar os seguintes pontos:
- O Sistema de Gerenciamento de Escala de Serviço (SIGES) começou a ser
utilizado no primeiro semestre de 2017.
- Anteriormente as escalas eram controladas de forma Independente por meio
de fichas ou planilhas.
- Não se tinha o controle exato de quantas escalas existiam em toda a AMAN
- A AMAN possui atualmente 23 escalas cadastradas no SIGES.
- A utilização do SIGES trouxe agilidade e transparência ao processo.
13
4.3 QUESTIONÁRIO
O questionário foi aplicado por meio da ferramenta Google Forms em militares de
diversas OM do EB envolvidos com processo de escala de serviço. O questionário teve o
intuito coletar a percepção desses militares no que diz respeito à utilização de um software
de controle de escala de serviços em suas OM.
Foram analisados os seguintes pontos. Qual é a interação do indivíduo com o
processo de escala de serviço, se o usuário já utilizou algum sistema informatizado de
escala de serviço e a percepção do militar em relação à utilização de um software de
escala de serviço. Foram Obtidos os seguintes resultados.
GRÁFICO 1 – Funções desempenhadas pelos militares no processo.
Fonte: O autor.
GRÁFICO 2 – Ferramentas utilizadas para o gerenciamento das escalas de serviço.
Fonte: O autor.
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GRÁFICO 3 – Ferramentas utilizadas para divulgação das escalas.
Fonte: O autor.
GRÁFICO 4 – Percepção dos militares quanto à agilidade nas trocas de serviço.
Fonte: O autor.
GRÁFICO 5 – Militares que consideram benéfico o uso de um sistema informatizado de escala de serviço.
Fonte: O autor.
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GRÁFICO 6 – Percepção dos militares quanto à transparência do processo.
Fonte: O autor.
GRÁFICO 7 – Percepção dos militares quanto à eficiência do processo.
Fonte: O autor.
5. DISCUSSÃO Por meio da análise bibliográfica, entrevista e questionário, buscou-se obter o
conhecimento necessário que permita propor o desenvolvimento de um SL capaz de
gerenciar o processo de controle das escalas de serviço em uma OM, baseado nas
diretrizes do EB e que utilize como ferramenta para garantir a qualidade no processo de
desenvolvimento a Engenharia de Software.
A análise bibliográfica foi obtida por meio de livros físicos, legislações e
regulamentos e por ferramentas especializadas em busca de conteúdo acadêmico tendo
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por objetivo levantar dados que amparem a abordagem proposta pelo presente trabalho.
Teve ainda o intuito de apresentar os elementos da Engenharia de Software capazes de
embasar o desenvolvimento do sistema de gerenciamento de escala de serviço à luz do
plano de migração de Software Livre; apresentar tecnologias atuais, que sejam
consagradas no mercado; e apresentar os benefícios dessa abordagem.
A entrevista e o questionário aplicados tiveram por objetivo coletar informações a
respeito da utilização de um software de escala de serviço no EB, procurando conhecer a
solução existente na AMAN, identificando se outras OM já possuem alguma solução
informatizada e levantando qual a percepção dos militares no que diz respeito a uma a
necessidade se utilizar um sistema desses.
Ao se relacionar o que foi obtido por meio da revisão bibliográfica podemos
identificar:
- o RISG fornece os requisitos básicos para o desenvolvimento, mas o
software deve ser flexível para se adequar as NGA das OM.
- Ao se projetar o sistema devem-se seguir as diretrizes do EB, por isso é
preciso respeitar as diretrizes do Plano de Migração para Software Livre no Exército
Brasileiro, bem como atender as orientações do Guia Livre.
- Levando-se em consideração os itens anteriores, é preciso escolher uma
ferramenta que permita garantir a qualidade do sistema e a Engenharia de Software
mostrou-se capaz de atender a essa demanda.
- Foi identificado ainda que as grandes comunidades de SL se valem da
Engenharia de Software para condução dos seus projetos e realizam suas atividades de
forma colaborativa permitindo assim que várias pessoas trabalhem de forma livre porém
coordenada no desenvolvimento do sistema, na correção de bugs e na melhoria dos
elementos já existentes.
- As tecnologias apresentadas mostraram-se capazes de serem utilizadas
como uma boa opção para o desenvolvimento do sistema nos moldes propostos pelo
estudo.
Os dados obtidos pela entrevista realizada na AMAN e pelo questionário aplicado
foram convergentes e mostraram que a utilização de um software para gerenciamento das
escalas de serviço trazem benefícios ao processo.
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6. CONCLUSÃO
O presente estudo buscou conhecer os principais pontos que permitam propor um
software para gerenciamento das escalas de serviço de uma OM. Para isso foram
identificados os requisitos estabelecidos pelo RISG, as normas que regulam o SL no EB,
as tecnologias que podem ser utilizadas nessa proposta e como a Engenharia de software
consegue atender as demandas de desenvolvimento de um SL garantindo a qualidade no
processo.
Ao analisar o referencial teórico combinado às pesquisas de campo, foi possível
construir uma análise que corroborou para confirmar a hipótese levantada pela presente
pesquisa. Por meio da Engenharia de Software é possível desenvolver um sistema de
gerenciamento de escalas de serviço de acordo com o Plano de Migração para Software
Livre no Exercito Brasileiro. Essa abordagem mostra-se pertinente uma vez que é
possível observar a aplicação da Engenharia de Software em grandes projetos de SL no
mundo inteiro, como OpenOffice, Linux, Apache, Pyton, Drupal, Ruby on Rails e
PostgreSQL.
Diante do exposto, a hipótese de que é possível, por meio de uma abordagem
baseada em Engenharia de Software e em SL, desenvolver um sistema que gerencie as
escalas de serviço em uma OM foi confirmada. Além disso, foi possível identificar um
ponto que pode ser explorado em um próximo estudo que é a utilização da Engenharia de
Software como ferramenta para o desenvolvimento de Software Livre de forma
colaborativa no Exército Brasileiro.
Portanto ao se responder o questionamento inicial desse estudo identificou-se que
a Engenharia de Software pode auxiliar no desenvolvimento de um sistema de escala de
serviço que atenda a politica de SL do EB por meio de seus processos, métodos e
ferramentas, prática essa que já é amplamente utilizada pelas comunidades de SL em
grandes projetos de âmbito global.
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