SEMINÁRIO INTERNO PARA DISCUSSÃO DA CATÁSTRO DE NOV/08
Blumenau 24/03/2009
Título:
A rede tecnocientífica de gestão dos desastres no Vale do Itajaí
Autor:
Dr. Marcos Antônio MATTEDI [email protected]
Universidade Regional de Blumenau
Mestrado em Desenvolvimento Regional
ARGUMENTO DE TRABALHO
I – Os desastres não são fenômenos naturais;
II – Os desastres constituem um reflexo da organização da sociedade;
III – Os desastres são construídos pela vulnerabilidade social da população;
IV – Os desastres são experienciados socialmente de forma diferenciada;
V – Os desastres constituem uma oportunidade de aprendizado social.
ESQUEMA DE DESENVOLVIMENTO DO ARGUMENTO
1 – Definição de desastres
2 – O processo do construção social dos desastres
3 – Formas de confrontação sociopolítica
4 - Subsídios para desenvolver uma “região mais segura”
1 – Definição de desastres
1.1 – Desastres como hazards: o paradigma dos hazards caracteriza os desastres como um problema para a sociedade. Desastres são vistos como fenômenos exteriores a sociedade: efeitos de fenômenos físicos (chuvas, ventos, tremores de terras, etc.).
1.2 – Desastres como vulnerabilidade: o paradigma da vulnerabilidade caracteriza os desastres como um do problema da sociedade. Os desastres são vistos como fenômenos interiores a sociedade: efeitos da organização social (ocupação de áreas de riscos, padrão de utilização dos recursos, etc).
DEFINIÇÃO DE DESASTRES:
Desastres (D) podem ser definidos como uma função do processo de construção social do risco. Isto é resultado da combinação do risco de ocorrência de um fenômeno (r), e as condições de vunerabilidade da população (v).
D = r + v
Logo nós temos uma passagem: princípio de continuidade
Tempo 1 Tempo 2
(pré-impacto) (pós-impacto)
DIMENSÕES
PROCESSOS
3 - Agente
1 - Natural 2 - Social
4 - Impacto
2 - O PROCESSO DO CONSTRUÇÃO SOCIAL DOS DESASTRES
QUESTIONAMENTO:O que torna os indivíduos e as comunidades vulneráveis a desastres? Intencionais MATERIAL: produção social do risco InintecionaisCONSTRUÇÃOSOCIAL Individual SIMBÓLICA: representação social do risco Coletiva Caracterização dos desastres:Os desastres compreende o processo de dissolução das redes sócio-técnicas associação simbolicamente e materialmente o mundo social ao mundo natural.
3 – Formas de confrontação sociopolíticas
IMPACTOS PRODUZIDOS POR
DESASTRES
DEMANDAS DAS COMUNIDADES
FALSA IMAGEM DE SEGURANÇA MEDIDAS
SEGMENTADAS
DimensãoNatural
DimensãoSocial
DESASTRE
Dimensãointerna
Dimensãoexterna
Açãogovernamental
4 - Subsídios para desenvolver uma “região mais segura”4.1 – O desastres constituem uma ameaça social e não natural4.1 – O desastres constituem uma ameaça social e não natural: os : os desastres constituem uma ameaça da comunidade e não para a desastres constituem uma ameaça da comunidade e não para a comunidade; comunidade;
4.2 - Intervenção baseada na comunidade:4.2 - Intervenção baseada na comunidade: a intervenção não pode ser a intervenção não pode ser padronizada, mas localmente controlada valorizando o “saber local” das padronizada, mas localmente controlada valorizando o “saber local” das comunidades impactadas;comunidades impactadas;
4.3 – Diminuir a vulnerabilidade é aprender conviver com o risco:4.3 – Diminuir a vulnerabilidade é aprender conviver com o risco: enfatizar a diminuição da vulnerabilidade social;enfatizar a diminuição da vulnerabilidade social;
4.4 – Fortalecer a capacidade pró-ativa da comunidade: os desastres representam um oportunidade de aprendizado social – resiliência
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