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A VOZ DO E S T U D A N T E/Ot W ]P , ^ : 0 ^ \ ÓRGÃO OO G. E. “ RUI BARBOSA" DO O. E. E. N. “ HORÁCIO SOARES"Diretor i Prof. NORIVAL VIEIRA DA SILVA Redator: J O S É R A V I C Z

A N O 2 O U R I N H O S , Maio de 1956 N.o 1

NÓS E O JORNAL( C R Ô N I C A )

Há poucos dias, - lendo uma revista, notei um tre­cho interessante que dizia: “O mundo não é apenas o seu mundo. Aprenda a conhecê-lo como um todo do qual você é parte integrante através dos jornais.”

Nada mais correto do que estas palavras I Muitas pessoas se têm na conta de interessante,

cheias de personalidade, mas nada ou pouco sabem além do que se passa a seu redor, Têm preguiça de | perder 15 minutos diários com a leitura da fonte p re­ciosa dos últimos acontecimentos — o jornal.

Nâo estamos querendo dizer que qualquer pessoa que leia jornal, tenha de confundir seus amigos e co- ! legas com perguntas e comentários sôbre a situação | internacional ou sôbre o que se debateu na ONU.

Não! O objetivo vai muito mais além. Será al­guém que pode contribuir para resolver quaisquer si­tuações, porque possui base para discenir os fatos bons dos maus, os fúteis dos sérios, os falsos dos verdadeiros.

E estaremos ampliando largamente nossa cultura, através de contactos com inteligências, coisa quase que impossível há apenas algumas décadas.

E tem sido tão amplo êste setor de progresso que tal descoberta, tão poderosa, à fôrça de vulgarização se banaliza e é posta de lado.

Há anos atrás, conheci um senhor idoso que sa­bia ser analfabeto. Tôdas as tardes, porém, religiosa­mente passava pela banca de jornais e dizia orgulho­so — “O meu, por favor!” E lá se ia, lampeiro com o último jornal debaixo do braço, como um troféu.

Minha irmã não resistindo à curiosidade, pergun- tou-lhe certa vez:-

“Mas seu José, o senhor mora sozinho, não sabe ler e compra tôdas as tardes o jo rn a l! Por que, h e in !?...

Minha filha — disse êle — já que não recebi educação adequada para ler as notícias, posso pelo menos carregá-las, não é mesmo?”

E quantos de nós, podendo fazer o inverso do que fa­zia o velho da história, preferimos ser como êle; apenas carregamos as notícias para que os outros saibam e não nós mesmos, havendo a granda diferença de ter sido o velho iletrado e nós alfabetizados.

Mas não fiquemos nisto apenas. Prestemos um pouquinho de atenção e veremos que as pessoas mais procuradas e de conversa fluente e agradável são a- quelas cuja leitura não se limita apenas à consulta diária do jornal.

Devemos ler os jornais para nos informarmos do que vai “além de nós". í

Mais importante, porém, do que apenas nos in­formamos, é termos “consciência” do mundo como üm todo, do Brasil como parte dêsse todo, da nossa cidade como parte dêsse Brasil e principalmente de nós mesmos como parte da cidade.

An a Dora de - 1.0 Normal

P r o ê m i oLU IZ GONZAGA D IN IZ(Diretor do CEEN. “Horacio Soares”)

Volta à publicidade o vosso jornal.

No passado vimo-lo a- poiando a causa da educa­ção. Mercê de Deus, vemo-lo agora prestigiando a mes­ma em preitada.

À luz dos ensinam entos que aqui recebeis, cumpre- vos continuar a tarefa da bôa divulgação.

De vós, esperam os aquela dignidade com que sempre soubestes enxornar tan tas atitudes hoje rem em oradas com orgulho. Depois do la­bor, a colheita vos traga bons frutos. Amanhã, queremos falar de vós como de vós falamos agora quando reno­vais a publicação do vosso jornal.

Sabem o-vos atentos a que vos prestigiem os labor e ideal. Desnecessário se to r­na dizer que assim o fare­mos, mesmo porque a mis­são é incentivar decisões

bem tomadas.Também, estarem os pre­

sentes ao ato quando bebe- reis o licor generoso da re­com pensa espiritual que, pra­za aos réu s . não tardará para confirmar o vigor da em preitada laboriosa e idea­lista.

Parabendam os aos vossos professores e orientadores, os que iuspiraram a vo>sa tarefa. Se assim o fazemos cumprimos imperiosa obri­gação de reconhecer os que tiveram parcelas grandes de crédito no coroam ento do vosso êxito.

Pela palavra firme e pa­triótica e cristã deixareis muito de vós no coração dos outros, os que vos ben­dirão sempre e sempre.

A história, verdadeira e franca nos seus testemunhos, revelará à posteridade uma existência fecunda de ideal e de fraternidade constante.

1 VOZ 0 0 E S T U D i m“Depois de um longo e tenebroso inver­

no”, reaparece “A Voz do Estudante’'. É imen­sa nossa satisfação e nosso orgulho. Basta se pensar na importância do fato, para se sentir quão elevada é sua finalidade. O jornal con­serva e aumenta o interêsse dos alunos entre si e para com a escola. Cria um agradável ambiente de união e amizade, no estabeleci­mento, assemelhando-o à uma família O jor­nal nos torna indepenpentes e organizados. Êle nos irmana e nos fortalece

Saudemos o ressurgir de “ A VOZ DO ESTUDANTE” como grande passo pelo maior engrandecimento de nossa escola.

Medo A VOZ DO ESTUDANTE Página 2

TI R A D E N T E SEm memória de Ti-

radentes foram organi­zadas festividades pelo C. E. E. N. “ Horácio Soares de Ourinhos.

A programação cons­tou de um diálogo en­tre alunos do curso pri­mário anexo, o qual exaltou a figura do már­tir, números de poesia por alunos do ginásio e do normal. Não fal­tou a palavra patrióti­ca, e vibrante do pro­fessor Luiz G o n z a g a Diniz.

Na ocasião foi apre­

sentado o orfeão, regi­do pela professora Cley- de Bonetti, o qual pro­porcionou uma atuação brilhante.

A professora do cur­so primário anexo D. Maria ' Aparecida D. Pizzolante fez uma ora­ção cheia de fé na li­berdade, exaltando as figuras mártires.

Logo em seguida usou da palavra o orador oficial das comemora­ções do dia, prof. No- rival Vieira da Sitva.

14 D E A B R I LData que simboliza o

dia da Organização dos E s t a d o s Americanos, houve nêste Colégio Estadual festividades de exaltação a essa união.

F a l o u s ô b r e êsse ideal, com uma expla­nação das mais felizes sôbre o significado do panamericanismo, nos­so diretor, prof. Luiz G. Diniz.

Tivemos números de

poesia por alunos do curso ginasial e normal e o melodioso orfeão regido pela profa. D. Cleyde Bonetti.

O curso primário a- n e x o comemorou em particular nas suas clas­ses, sob a organização dos alunos do curso normal e com a super­visão da professora de Prática, Irmã lida L. Barbosa.

D I A D A S M A ESEm homenagem a ês-

te dia, o curso primário, com a participação do curso normal organizou uma festa em que se apresentaram os alunos

do primário, tendo fa­lado nosso diretor prof. Luiz Gonzaga Diniz e a profa. Maria Apareci­da D. Pizzolante, do curso primário.

R E L O J O A R I A G A I N ÜJóias, Relógios, Artigos para presentes.

GAINO serve com presteza e honestidade pelos m elhores preços da cidade.

Rua Antônio Prado, 26 - OURINHOS - Fone, 219

A R T IG O S F I N O SCASA ALBERTOO U R I N H O S

E X F» C MF o r a m inauguradas

nêste estabelecimento, dia 9 dêste, as exposi­ções de Música e Canto Orfeônico, T r a b a l h o s Manuais (seção Femi-

B I Ç A Onina), Português e Fran­cês.

Falaram na abertura nosso diretor Prof. Luiz Gonzaga Diniz e o Prof. Norival Vieira da Silva.

P r o f a . C L E Y JTransferida, por concurso de

remoção, para o Colégio e E s­cola Normal de São José dos Campos, deixou nosso Colégio a Profa. Cleyde Bonetti, que durante três anos lecionou entre nós.

Professora de Música e Can­to Orfeônico, sempre se dis~ tinguiu por sua bondade e e- nergia, fazendo com que nos-

D E B O N E T T Isos orfeões se apresentassem com brilho, dentro e fora do Colégio.

Era a alma das festas de formatura, orientando e aju­dando os diplomandos.

A professora Dona Cleyde deixará sau lades em nosso Colégio. A ela formulamos vo­tos de felicidades em seu no­vo campo de trabalho.

P r o f a . M A R I iTransferida do Colégio Es­

tadual de Pirajú, é nossa no­va professora catedrática de Música e Canto Orfeônico a Sta. Profa. Maria Abujabra.

Já lecionou em Ourinhos,

i A B U J A B R Ano antigo “Instituto Educacio­nal de Ourinhos,” que funcio­nava em nosso prédio escolar.

À Profa. Dona Maria nossos votos de Boas Vindas.

DIA DO TRABALHOEm l.o de Maio, da­

ta em que se festeja a Confraternização Uni- varsal do Trabalho, fo­ram levadas a efeito nêste estabelecimento comemorações que reu­niram professôres e a- lunos. Falalaram na o- casião, opós a execução do Hino Nacional pelo Orfeão da Escola, o di­retor Prof. Luiz G. Di­niz e o catedrático de Sociologia, Prof. Theó- philo de Queiroz Junior, que discorreram sôbre aquêle dia festivo.

Ouviram-se números

de poesia e de canto pelo Orfeão regido pe­la Profa. Cleyda Bonetti.

Terminadas as festi­vidades comemorativos do dia foram inaugura­das solenemente as de­pendências do Grêmio Estudantino “ Rui Bar­bosa”, tendo na ocasião tomado posse a nova diretoria.

Em seguida foi rea­lizada uma visita aos detentos da Cadeia da Vila Odilon, estando presente o Dr. Lourival França Filho, Delegado de Polícia de Ourinhos.

Medo - _________ A VOZ DO ESTUDANTE Página 3

Folha Literária - Orgão Oficial do “Clube de Paituguês e Literatura’ do C. E. E. H, “Horácio S o a r e iOrientador: Prof. ALFREDO FRANCO, Catedrático de Português

O DIA DO TRABALHO O MELHOR TRABALHO DE 1955

C A B E L C S L O U D C IH É LIO S IL V A - Aluno do l.o Normal

R oubaste acaso do tribal m aduro O louro p u ro dêstes teus cabelos?Teus olhos, bela , q u em os fêz tão belos ?Fico a m irá-los e no olhar perduro.

R estas covinhas de teu rosto, ju ro ,M eu bem , se eu desse a lguns beijos singelos, Não m ais teria em vida ou tros anelos Sem m êdo a lgum de m e tornar per ju ro .

T udo , porém , não passa de u m desejo Pois, não terei, suponho, o grande ensejo De ver cum prido u m dia este m e u gôsto.

Se a lgum dia /á teu olhar m a tar-m e Ou nestas ondas louras afogar-m e, E nterra-m e nas covas do teu rosto.

L PernambucanasOnde todos com pram o s m elhores

tecidos pelos m enores preços.

PRAÇA M ELO PEIXOTO — O U R I N H O S

O melhor trabalho do m ês

d e s c r i ç ã o M I N H A T E R R AAntonio Cl nudino de - Aluno do 3 1 Ginasial

U b i a m a tu r , n o n l a b e r a tu r ;Si l a b o ra tu r , l a b o r a m atu r .“Quando se ama, não se

trabalha; e caso se tra­balhe, ama-se o traba­lho". Eis, senhores, um pensamento cristão sô­bre o trabalho, que vos proponho no dia de hoje,Não vos quero falar do

trabalho braçal daque­les que morejam de sol a solpara arrancar do seio da terra os meios para a vossa subsistência. Não vos quero falar do trabalho árduo daqueles que, no interior das fá­bricas, labutam por ofe­recer o conforto que a vida moderna vos propi­cia. Não vos quero falar do ssfôrço estafante daqueles que se dedicam à tarefa não menos di­fícil de esculpir nalma das crianças e adoles­centes o futuro espe­rançoso da Pátria, fa­zendo-os úteis à socie­dade, a Deus e aos seus semelhantes. Do vosso trabalho diário, da mis­são que a Providência vos impôs, numa palavra, do cumprimento do vosso dever de estado é que vos quero falar.De nada vos valeria o

colorido brilhante de vossos feitos, se dei- xásseis de lado os vos­sos deveres. E notai bem que não é lá difícil praticar grandes ações, que vos satisfaçam à vanglória, que vos li - songiem o amor próprio. Difícil tarefa é, exe­cutar com perfeição os pequeninos atos que constituem um dia em vossa vida.Sei que alimentais no

espírito grandes ide­ais. E ai de vós, senão fôsse verdade o que aca­bo de dizer, porque jo­vem sem ideal na vida soa como corpo sem alma; Mas, não coloqueis o ideal únicamente na realiza­ção de grandes feitos.

Colocai-o, era primeiro lugar, no cumprimento fiel dêstes pequeninos atos de vossas vidas que, se passam despercebidos do comum dos homens, são em realidade os verda­deiros tonificadores do vosso caráter, são em realidade os verdadei­ros plasmadores de vos­sos corações, os verda­deiros formadores de vossas inteligências.AGE QUOD AGIS - "Fazei

bem o que estais fazen­do agora" - diz um velho adágio latino. Vivei o vosso presente, vivei-o projetados, é verdade, para o vosso futuro, por­que. se sois jovens, ten­des um futuro, tendes u- ma missão a cumprir, tendes um ideal por rea­lizar. Mas, não vos ilu­dais com um futuro riso­nho, se vos descurais do presente que vos foge improfícuo e sem empre­endimentos , . .

Não quero dizer que devais consumir-vos em excessos de realiza­ções. Executai, porém, cada coisa a seu tempo e lugar. Diverti-vos, brincai; mas, estudai, quando o deveis fazer. Não transtorneis a or­dem das coisas. E fazei- o sempre imbuídos daque­le pensamento de Santo Agostinho: 11 Quando seama, não se trabalha; e caso se trabalhe, ama-se o trabalho".

Prof. Alfred

A cidade, onde morava o ano passado, é pequena, mas saudável.

Havia ali um pequeno rio, que na sua trajetória pela ci­dade corre como caracol, ten­do do outro lado um grande hotel em construção. Uns altos e baixos, que separavam o rio do “Climatérico”, ver­des e ondulantes, erguiam-se pela várzea.

O céu, pincelando de nu­vens brancas o horizonte, da­va ao quadro da natureza vivacidade especial, fazendo

lem brar as telas de um pin­tor famoso, de inspiração ad­mirável. Entre as onaulantes pastagens nota-se uma mina de águas cristalinas. Oásis dos veranistas, oferecendo em abundância o líquido crista­lino, parecia revigorar os que o tomavam como um tônico sobrenatural e milagroso.

A oeste da cidade, havia uma cascata sombria, cujas águas despencavam abrupta­mente de altas pedras e bor- bulhavam-se de encontro ao abismo. O mais belo local fica a leste, num planalto, junto de uma fonte de águas termais. De longe e ouvi­da com atenção, a cascata pa­rece um trovão rebombando nas quebradas dos montes e abafando todo o barulho da redondeza.

Na encosta dessa fonte de águas minerais, ao lado es-

Continua na Pagina 4

Discurse preferido a 1 /5 /1 9 5 5 .

]Bar ^ 1[•ideP e r f e i t o S e r v i ç o d e R e s t a u r a n t e

Rua Paraná, 295 — Fone, 281 — O U R I N H O S

Maio A VOZ DO ESTUDANTE Página 4

F Ô L H A L I T E R Á R I A . . . - Continuação da Pagina 3

MINHA TERRA... - Contlus»° 3querdo de um paredão, nota­va-se um velho monjolo que fazia lembrar a existência de uma fazenda esquecida e a- bandonada. Tudo indicava que aquêle local tinha sido o centro de uma próspera re-

comprá-lo a cidades em ruínas, nem mesmo a aldeias, porque uma paisagem de ra ­ra beleza, tingida de côres vivas e inspiradores dá ao visitante impressão de que um quadro de pintor famo-

gião; porém, não se podia l ao tornara-se realidade.

O D IA DAS MÃE SD I S S E R T A Ç Ã O

liirceu fíento daSflrs - Aluna do 2.8 GinasialÉ difícil falar sôbre a mãe,

não pelo fato de não term os o que dizer, mas em razão de não encontrarm os em nosso vocabulário expres­sões que correspondam aos sentim entos de um filho agradecido pela bondade in­com parável daquela que nos deu o sêr. Não encontra­mos recursos suficientes pa­ra traduzir em palavras aqui­lo que o nosso coração guar­da silenciosamente no seu íntimo, ao pensar naquela grande amiga de todos os momentos que é nossa mãe. Quando olhamos para ela e lemos em sua fisionomia to­da a bondade que uma pes­soa possa ter, não com pre­endemos como pode alguém desfazer da genitora sublime.

Vós que rebaixais a dig­nidade da mulher, vós que a considerais como um sêr quase desprezível, vinde à razão. O sêr de que falais tem dado vida a vossos he­róis e a vossos sábios.

Quando os homens ilus­tres e sábios cruzavam os ditosos dias da infância, uma mulher os fazia adormecer com os seus cantares de amor. Quando seus lábios articularam as prim eiras pa­lavras, uma mulher os ensi­nou a pronunciar seus no­

mes e ao mesmo tempo en­sinou-lhes uma doutrina san­ta e mostrou-lhes uma pá­tria para am ar, a mesma pátria que êles honraram com o brilho de suas con­quistas, com o mago resplen- dor de seus talentos. Os que negais absolutam ente as vir­tudes da mulher lembrai-vos de vossas m ã e s ! Os que ao nome ou à memória de mãe não sentirdes gritar de entu­siasmo • coração apartai-vos da humanidade! Mas não va- des aos campos, porque ali as ternas avezinhas, nos ni- hos, beijam suas mães. Ali o manso cordeirinho brinca alegrem ente junto da ovelha. Não vades às florestas, por­que podereis ver a pantera lam ber seus filhinhos c a leoa; suas crias. Não vades, porque não fica bem que a pantera e a leoa da flaresta, as ovelh as e as aves do cam ­po ensinem as leis imutáveis da natureza ao homem que é o rei da criação, a prim ei­ra figura do universo.

Em qualquer lugar onde haja espaço habitado por sêr vivente, em qualquer lugar onde exista lar organizado, ali reinará m ajestosam ente a maternidade.

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A E X P O S IÇ Ã O DE P O R T U G U Ê SIrene Castilho - Ifuai ftê-lirmal

1 IfflZ É

Posto Esso Vera CruzHOMERO FERREIRA

Rua Expedicionário, 893 — Fone, 229 Esquina D. Pedro 1 — O U R I N H O S

Tivemos, há dias, a oportu­nidade de percorrer nas de­pendências do C.E.E.N. “Ho­rácio Soares" as várias expo­sições das cadeiras de Músi­ca, Trabalhos Manuais, Socio­logia, Francês e Português. Sem desmerecer das qualida­des das demais exposições, va­mos nos demorar por hoje na apresentação da exposição de Português.

Foram expostos cadernos de tôdas as séries ginasiais bem como do Pré-Normal. trazen­do cada um sua etiqueta com o nome e número do aluno e seu respectivo lugar de clas­sificação. Trouxe grande bri­lho à exposição de Português a apresentação de cartazes fei­tos pelas séries ginasiais, pelo Pré-Normal e pelo 1.° Cien­tífico,

Os cartazes do 1.° e 2.° a- nos ginasiais exibiam conjuga­ções irregulares de verbos, mostrando através de diferen­tes côres a correlação entre os tempos primitivos e deriva­dos. Desta forma, ressaltou-se aos olhos dos visitantes como se ensina modernamente a con­jugar verbos, não mais apenas decorativamente, mas por meio de processos racionais. Foram os melhores trabalhos, neste sentido, os dos alunos João Jacob Laham e Ary dos San­tos, ambos da 2.a série A. Além disso, os alunos do 1.° ginasial apresentaram cartazes sôbre a acentuação gráfica das palavras destacando-se o tra­balho da menina Regina Ma­ria Trench de Medeiros.

Os alunos das 4.as séries exibiram vários trabalhos sô­bre a descrição anatômica do aparelho fonador, sôbre a fi- siologia do mesmo na emissão das vogais, ressaltada através do Triângulo de Hellwag e

sôbre a classificação científica das consoantes. Destacaram-se os alunos Eurico de Oliveira Santos, Mário Takaes e Al­fredo A. Bessa Jr., o primeiro da4.a B e os dois últimos da 4 / A.

Do \.9 científico encontra­mos trabalhos que demonstra­vam num gráfico os fenôme­nos de Metaplasmo, encimado por um desenho ilustrativo na figura de um pintainho saindo de um ôvo, representando ês- te o latim vulgar e aquêle a língua português».

Finalmente pudemos verifi­car várias telas de alunas do Pré-Normal, que transladaram para o papel sob forma de de­senho descrições de José de Alencar e das próprias alunas, numa comparação sistemática e metódica. Êstes trabalho, segundo opinou o professor da cadeira, constituem novidade no assunto. Mostram aos es­pectadores como se pode as­similar conscientemente o es­tilo de um escritor sem resva­lar para o plágio. Consistem em imitar-lhe unicamente a estrutura lógica, fugindo por completo ao assunto e às pala­vras usadas pelo escritor. Apre­sentou o melhor trabalho a a- luna Magaly de Melo Fiório.

Tivemos oportunidade de ouvir o prof. Alfredo explicar êste trabalho» para alguns dos visitantes. DiSte êle que êste método se estrutura sôbre 09 mais abalizados estilistas que reco­mendam a leitura dos bons autore», afirmando ser a literatura a arte da imitação. Quase sempre, porém, li­mitam-se a dizer no que não con­siste a imitação, impugnando o plá­gio, a imitação servil. Por êste mé­todo, declarou o professor, tornamo» consciente a imitação que se faria inconscientemente através de simplêf leituras. Outros aspectos dêste pro­cesso ainda foram mostrados, os quais orientam grandemente o aluno na prática da redação e no aperfei­çoamento do estilo. Deixemos de re­latá-los por amor à brevidade.

Maio A VOZ DO ESTUDANTE Página 5

V O C Ê SABIA Q U E . . .. ..uma môsca, duran­

te o vôo, movimenta as asas 330 vêzes por se­gundo, uma abelha 240, uma vêspa 110 e uma borboleta apenas 9 vê­zes no mesmo espaço de tempo?

..os pardais, têm, em proporção a seu corpo, o cérebro mais volumo­so que o do homem ?

...o nome de Londres deriva de Slyndin que

quer dizer dos lagos” ?

a cidade

...a pirâme de Quéops tinha 2.300.000 blocos de granito, de um pêso médio de 2.000 Kg. ca­da um?

. . .Nabucodonosor en­louqueceu ao ver os Jardins Suspensos da Babilônia, e terminou seus dias pastando na grama ?

cASA SANTOSAlém de ser a maior Casa especialista em tintas da média

Sorocabana, também possue enorme estoque de Armas, Munições, e Artigos para Caça e Pesca.

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BOLO DELICIOSO

FILMES DA SEMANASegunda Feira - “PAPAI NÃO QUER. . .11 com Zequi-

nha e Carlos Vicente.Terça Feira - “ACORDES QUE CHORAM" com Pingão

e sua sanfona.Quarta Feira - “ESPINAFRE D0 P0PEYE11 com João

Vila Nova,Quinta Feira - "0 SOLITÁRIO" com Pedrão.Sexta feira - "NOITES DE HORROR" com Hélio Silva.Sábado - "A FUGA" com Roberto Faria, Sérgio

Paulo, Dora e Ranylson.Domingo (vesperal) - “SERÁ QUE VOU???.. . ’ ’ com

Odenis, Rubinho, Silvio Ney, Ravicz e ou­tros e mais um episódio do sensacional seriado ‘‘CAPITÃO MARVEL ENFRENTANDO A FAMÍLIA SILVANA11com Rubinho, Ravicz, Helsing e Mochinho

Domingo (à noite) - “A UM PASSO DA GLÓRIA11 com Toninho Victor.

150 gramas do cabelinho ondulado da Maria Amélia; 180 gramas da alegria da Ma­ria Hisae; 200 gramas da mei- guice da Maria Neusa; uma dose da quietude da Emiko; umas pitadas da simpatia da Jacy Maria; uns tabletes do sossêgo do Luiz Flávio; 1 co­po do convencimento do Re­nato; 4 colheres do riso ado­cicado da Genil; 3 colheres e meia da brandura da Sati­co; uma pitada da voz me­lodiosa da Carmélia; 2 chíca- ra da delicadeza do Antônio Odenis; uma boa dose do a- canhamento do Luiz Junior; com 200 gramas da voz (te­nor) do Agenor.

Acrescenta-se aos poucos os olhares da Terezinha Már­cia, com a fantasia da Maria Aisna.

A seguir mexe-se muito bem com os dedinhos do Jo­sé Laidir, com o ânimo (em futebol) do Floriano Roberto. Adiciona-se a bondade da Shimada e o sorriso da Ve-

A D V É R B I Obios?Em primeiro lugar

vem a história do pro­fessor, que, no exame, perguntou ao aluno:

— Você é capaz de me dizer dois advér-

E o aluno respon­deu:

— Não a b s o l u t a ­mente.

PRESSA— Aonde vai você ?— Não sei. E você?— Também não sei.— Então vamos de­

pressa, senão chega­mos atrazados.

N E G Ó C I O S— Seu f i lho e s tá

bem no Rio?— Muito bem. Faz

negócios brilhantes..—- Que ramo de ne­

gócios ?— É engraxate.

ra Marta, junto com a voz vibrante da Maria Aparecida.

Cosinha-se muito bem com a jovialidade da Maria Tere- za e franqueza do Adail. Re­cheia-se com a modéstia do Altair.

Novamente bate-se muito bem com as piadas do Fran­cisco, junto com a sensatez do Carlos Erivany e o fingi­mento da Aracy.

Glacé:- Os sonhos irreali- záveis da Urma, com o amor da Maria Inês e a sincerida­de do Paulo Luiz.

Enfeita-se com a elegância da Irene e polvilha-se com a delicadeza jàa Maria de Lourdès e a sensibilidade da Itsuve.

Eu tMadalena Hisako, apre- ciadora dêste gênero de arte culinária, recolhi êstes ingri- dientes na 3.a Série B. dêste Ginásio e confecionei êste delicioso Bôlo.

0 HOMEM PERFEITOSegundo as qualidades de certas figurinhas

do Colégio, o homem para ser perfeito deveria:1.0 Possuir a “elegância impecável’ ’ do

Roberto Faria2.0 A "voz abafante" do Roberto Pelegrino3.0 0s "olhos redondinhos" do Mário Mizato4.0 Um pouquinhô de "cartaz" do Carlos

Alberto5.00 “cabelo ondulado" do Ravicz6.0 A ''testinha'' do Odênis7.0 A '‘inocência intransferível'' do João

Vila Nova8.0 E para terminar, as conquistas do Car­

los Vicente (Zequinha)

A VOZ DO ESTUDANTEÚRGÁO DO G. E . " R U I B A RBO SA" DO C . R . E. N . "H ORÁCIO SO A R E S"

ANO 2 OURINHOS, Maio de 1956 N.° 1

L O G O G R IF O EM V E R S O S

H E I D E Á N I CSinto Saudades da menina que amo Daquela linda menina mulher

I Sinto saudades porque sempre a chamo 8-9-5-11 -[6-2-5-64-3-4-5-6-4.

Mas, ela não ouve, porque ouvir não quer

II

III

IV

É triste a vida quando ela não vem 3-10-1-7-5-[8-9-1-8-7.

Ê triste e eu sofro nêste mundo incertoSofro porque sou mísero tam bémSofro porque a amo e não a vejo perto 11-0-5-6-9.

Sei que ela entende minha pobre preceMas finge não entender para eu chorar 3-9-11-6-4-7,Mas, de que vale chorar se ela esquece

Que os prantos meus são vozes a rezar.São gritos dêste peito que fenece Porque não a tenho e tanto a quero am ar.

Gervásio CJolução no próximo número.

G r ê tn i t E s t n d a n l i n o 1111 B A R B O S A ”E leição da Diretoria:

Em eleições realizadas no dia 25 de Abril de 1956, foram eleitos por maioria de votos os seguinter alunos, para dirigirem os destinos do Grêmio durante o corrente a n o : Presidente - Onílton V. Bicca; Vice Presidente Carlos Alberto B. Braz; 2.0 Vice Pres. - Zensho Yama- moto; 3.o Vice Pres. Nilson Zuim Pinar; Secretário G e­ral - Gervásio Cypriano da Silva; 1.o Secretário - Tereza Chafran; 2.o Secretário, Orison Fernandes Alonso; 1.o T e­soureiro Aldo M atachana Thomé; 2 o Tesoureiro - Rubens Oliveira Santos; Orador - Luciano Correa da Silva; Vogal do Científico - Erialdo Ga-zola da Costa; Suplente - Sô­nia M arques de Brito; Vogal do Normal - A na Dora de Almeida; Suplente - Ely M aryse Ferraz; Vogal do Ginásio José Carlos Marâo Suplente - Joel M. S. Guardiano.

À nova diretoria, nossos votos de feliz gestão, e nossas mais sinceras congratulações aos orientadores, professores Norival Vieira da Silva e Exedil Magnani por mais êste grandioso em preendim ento.

c i í n p l í m m i rA mais perfeita do ramo. — Representante para Ourinhos

e região das Baterias Heliar-

R O D O L F O P E L L E G R I N ORua Expedicionário, 65T - Caixa Postal, 364 — O U R I N H O S

DRQGATIPE LTDA.O PRONTO SOCORRO DA CIDADE.

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C O O P E R A T I V A( I n f o r m a ç ã o )

Foi organizada a Coope­rativa do nosso grêmio, es­tando a mesm a já em fun­cionamento. Tem ela como orientador o Prof. Exdil Mag­nani e como diretor o aluno Dilair M oraes.

A cooperativa já entrou

em entendimento com o Prof. Vicente Caputti Sobrinho, ex Prof. de Psicologia em nosso estabelecimento, ora no Departam ento de Insti­tuições Escolares, departa­mento que dá assistência aos grêmios estudantinos.

FESTA JUNINAO Grêmio realizará

uma animada festa no “Cine Clube de Ouri- nhos” em prol dos fes­

tejos de Formatura dos ginasianos e normalis- de 1956.

F A T O S E B O A T O S1. Que a Glória é bonita é boato, mas que é convencida é fato.2. Que o Aldo namora a Dorita é fato, mas que êle é sincero é boato

3. Que o Ranylson e o Camerlingo estão no Orfeão é fato mas que cantam é boato.

4. Que a Ely Maryse namorou alguém do Científico é fato, mas que ela o esqueceu é boato.

5. Que o Samir Macários estuda é boato, mas que êle vem de Ipauçú para estudar é fato.

FÔLHAS CAÍDASGervásio Cipriano da Silva

Aluno do 3.o Científico

S in to tristeza nêste ar que respiro.S in to saudade nestas folhas caídas,Que pelo chão se rolam , qua l suspiro Das velhas árvores já com balidas.

S in to tr is teza , quando as fôlhas m iro. S in to tristeza de vê-las perdidas Por en tre êste ar, esta poeira que aspiro. S in to tristeza . . São alm as feridas!...

Mas, por que s in to tristeza no nada?!Q ual a razão por que vivo chorando Na vida am arga e desesperançada?!

S in to nas fô lhas secas q u e , rolando Vão pelo m u n d o em louca disparada O m e u viver que o m u n d o está m atando.