1
ABORDAGEM TAXONÔMICA DA FAMÍLIA BORAGINACEAE Juss. NA ILHA
GRANDE, ANGRA DOS REIS – RJ
Karine Gomes Leite1
RESUMO Este presente trabalho é parte do projeto integrado “Estudos da Vegetação de Ambientes Terrestres e
Costeiros de Ilha Grande, RJ” desenvolvido pelo Herbarium Bradeanum em convênio com a UERJ, que tem
como objetivo aumentar o entendimento sobre a vegetação de ambientes terrestres e costeiros localizados em
Ilha Grande e gerar subsídios para o conhecimento da flora de Boraginaceae para o Estado do Rio de Janeiro.
A família Boraginaceae Juss. apresenta cerca de 2.000 espécies reunidas em 100 gêneros (BARROSO, et al.
1991). O trabalho visa descrever os gêneros e espécies da família Boraginaceae encontrados na Ilha. Para a
elaboração desta pesquisa taxonômica, foram feitas análises morfológicas, consultas dos tipos nomenclaturais
e aos materiais disponíveis nos herbários GUA, HB, R e RB. Assim pode-se concluir que a família está
representada na área de estudo por dois gêneros Cordia L. e Tournefortia L. e sete espécies Cordia alliodora
Ruiz et Pav.., C. magnoliifolia Cham., C. polycephala Lam., Tournefortia bicolor Sw., T.
membranacea Lam. Jhonston, T. gardneri A. DC. e T. villosa Salzm. ex. DC. Este trabalho conta também
com chaves analíticas, descrições dos devidos gêneros e espécies além de ilustrações.
ABSTRACT The present work is part of the integrated project called “Vegetation Study Environment Terrestrial
and Coastal of Ilha Grande, RJ” developed at the Herbarium Bradeanum and agreement whith the UERJ.
This research has the objectve to enlarge the understanding about the vegetation environment terrestrial and
costal localized in Ilha Grande and generate subsidy to the knowledge Boraginaceae flora to the Rio de
Janeiro state. The Boraginaceae Juss. family present around 2.000 species unite in 100 genus (BARROSO, et
al. 1991). The work was realized have in view describe the genus and species from the Boraginaceae family
finded in Ilha. To elaborate this resarch taxonomyc, it was morphologic analysis, nomenclature consultations
and disposable material investigations in herbarium GUA, HB, R and RB. Then, we can conclude that the
family is represented in the area of study by two genus Cordia L. e Tournefortia L. and seven species Cordia
alliodora Ruiz et Pav.., C. magnoliifolia Cham., C. polycephala Lam., Tournefortia bicolor SW., T.
membranacea Lam. Jhonston, T. gardneri A. DC. e T. villosa Salzm. ex. DC.. This work has analitic keys,
descriptions of due genus and species and illustrations too.
Palavras Chave: Ilha Grande. Taxonomia. Boraginaceae.
1 Licencianda do Curso de Ciências Biológicas da UCB
2
1. INTRODUÇÃO
A presente pesquisa objetiva estudar a família Boraginaceae na Ilha Grande, com
vistas a divulgar não apenas a diversidade florística para o estado, como também avaliar o
potencial deste grupo, que apresenta espécies madeireiras (RIZZINI, 1971) e medicinais
(VIEIRA, 1992) e investigar se há no mesmo endemismo, de modo a contribuir para o
monitoramento da área e do conhecimento fixado pelas comunidades no que tange à
utilização destes recursos vegetais.
Sendo a Ilha Grande uma área de conservação, é importante conhecer a diversidade
dos táxons existentes, e, em especial, desta família, por ser de grande representatividade na
Mata Atlântica. Além disso, poder-se-á detectar com estes estudos os padrões de
distribuição, espécies endêmicas e raras para a ciência, com base nos estudos do Estado do
Rio de Janeiro.
Assim, a importância do estudo da família Boraginaceae deve-se não apenas à sua
grande riqueza de espécies como também à sua complexidade taxonômica. Elas são plantas
que variam de ervas a grandes árvores, a família possui uma típica inflorescência
escorpióide, no entanto apresenta variedades florísticas e frutíferas de acordo com seu
gênero e eventual espécie (BARROSO et al, 1991).
Pretende-se, portanto, através dessa pesquisa, reconhecer as espécies de
Boraginaceae e suas adaptações, gerando possibilidades para o conhecimento da flora para
o estado do Rio de Janeiro e redimensionando esse olhar sobre a vegetação de ambientes
terrestres e costeiros localizados em Ilha Grande.
2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1. Área de Estudo
O local observado pertence ao Estado do Rio de Janeiro, município de Angra do Reis,
que está localizada a 155 km da cidade do Rio de Janeiro (Figura 1).
MAPA DA LOCALIZAÇÃO DE ANGRA DOS REIS. Fonte: www.angra.200.com.br - 01 de setembro 2006.
(Figura 01)
3
A Ilha Grande, com aproximadamente 193 Km² de extensão, está inserida na zona
de domínio ecológico conhecida como Mata Atlântica, predominando na área a floresta
ombrófila densa (www.ilhagrande.com).
A cobertura vegetal da Ilha Grande faz parte do maciço remanescente da Mata
Atlântica, que é conhecida por ser uma das regiões tropicais de maior biodiversidade do
planeta, e por seu alto grau de endemismo, matas de baixada, alagada, de encosta, de
neblina incluindo ainda campos de altitude (Figura 2).
Corresponde a um complexo vegetacional extra-amazônico, apresenta grande
heterogeneidade fisionômica e florística, englobando cerca de 15% do território nacional,
cobrindo total ou parcialmente 17 estados brasileiros (www.rbma.org.br).
FIGURA 2: REPRESENTAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA.
Fonte: www.educarede.org.br – 01 de setembro 2006.
Toda a Ilha Grande está contida na Área de Proteção Ambiental dos Tamoios (APA
dos TAMOIOS) constituindo-se na Reserva Biológica da Ilha Grande, esta está
subdividida em três áreas, com o objetivo de preservar integralmente as espécies de fauna e
flora raras, ameaçadas de extinção, são elas (Figura 3): PEIG = Parque Estadual da Ilha
Grande; PEMA = Parque Estadual Marinho do Aventureiro; e RBEPS = Reserva Biológica
Estadual da Praia de Sul.
4
FIGURA 3: MAPA DA LOCALIZAÇÃO DAS ÁRES DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DOS TAMOIOS. Fonte: www.ilhagrande.com.br - 05 de agosto 2006.
3.CONSULTA AOS HERBÁRIOS
Foi realizado um levantamento dos gêneros e espécies da família Boraginaceae já
coletados no Parque Estadual de Ilha Grande preservados em Herbários do Estado do Rio
de Janeiro, para posteriormente proceder-se comparações entre as espécies coletadas e as
estudadas.
Foram feitas visitas técnicas aos Herbários citados abaixo, cujas siglas e abreviações
seguem (HOLMGREN et al, 1990):
GUA – Herbário Alberto Castellanos – FEEMA, Centro de Botânica de Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro;
HB – Herbarium Bradeanum, Rio de Janeiro;
R – Herbário do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro;
RB – Sessão de Botânica Sistemática – Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio
de Janeiro, Rio de Janeiro;
Das exsicatas analisadas, foram anotadas de suas fichas o nome, número, localidade,
data de coleta, nome do coletor e suas observações.
3.1. Estudo Taxonômico e Descrição dos Gêneros e Espécies
Para a identificação do material da família Boraginaceae, foram utilizadas diversas
literaturas. Os gêneros e espécies foram descritos por meio de análises morfológicas
externas dos exemplares estudados. Para a identificação dos mesmos, foram elaboradas
5
chaves dicotômicas, empregando os caracteres florais e vegetativos. Dos gêneros foram
feitas ilustrações para sua melhor distinção. Cada táxon específico contém sua obra
original, seguida da descrição, tipificação, nome vulgar, fenologia, distribuição geográfica,
etimologia e lista de material examinado. Para a tradução dos termos do latim para o
português, foi utilizado a dicionário de RIZZINI (1978).
Os desenhos foram realizados com auxilio de microscópio esteroscópio Zeiss Stemi
SV-6 acoplado à câmera clara, em diferentes aumentos, usando-se grafite e posteriormente
passados a nanquim, sendo mostrados detalhes vegetativos e reprodutivos para a
identificação dos táxons. O material utilizado para as ilustrações foram às exsicatas de
Cordia alliodora nº 85295 do Herbarium Bradeanum e Tournefortia bicolor nº 86517
Também do Herbarium Bradeanum.
No material examinado serão utilizadas as seguintes siglas:
fl: Exsicata apresentando flor;
fr: Exsicata apresentando fruto;
st: Exsicata estéril.
4. RESULTADOS
4.1.Sinopse Histórica da Família
A família Boraginaceae foi descrita por Jussieu em 1789, e assim nomeada por sua
borragem, que significa planta herbácea de aplicações sudoríficas. Em árvore
filogenéticano sistema APG II (Figura 4), apresenta as quatro subfamílias da mesma, junto
às Hydrophyllordeae, com cerca de 70-85% suporte. A família ainda é objeto de estudo
neste sentido (disponível em www.mobot.org).
FIG 04 – Árvore Fiologenética da Família –
6
4.2. Descrição da Família Boraginaceae Juss.
Jussieu. Gen. Pl. 143. 1737.
As Boraginaceae¹ são plantas que variam de ervas a grandes árvores. As folhas são
simples geralmente alternas, raro opostas ou verticiladas, estípula ausente. Inflorescência
predominantemente de tipos cimosos mais ou menos amplas de ramos escorpióides ou
helicóides. Flores hermafroditas e unissexuais, por aborto, diclamídeas, actinomorfas ou
zigomorfas. Cálice gamossépalo, tubuloso, com lobos curtos ou meio profundos, corola
tubulosa, infundibuliformes, campanulada, hipocrateriforme ou rotácea. Androceu com
cinco estames livres, excertos ou não, com filetes curtos ou longos, antera bilocular,
rimosa, com lóculos globosos, ovóides, oblongos. Gineceu composto de dois a quatro
carpelos, constituindo ovário súpero, com dois a quatro lóculos, uniovulados, raro,
uniloculares, com quatro óvulos anátropos, estilete inteiro ou bipartido no ápice. Fruto
indeiscente, carnoso, constituindo uma drupa com dois a quatro lóculos ou pirenado por
aborto ou um esquizocarpo dissolvido em quatro núculas livres ou concrescidas duas a
duas, com estrutura drupácea, raramente o fruto é seco.
Semente com ou sem endosperma. Embrião reto ou curvo, com cotilédones planos
ou dobrados.
Em certos gêneros, há espécies trepadeiras (BARROSO, et al, 1991).
Muitas espécies do gênero Cordia apresentam mimecofilia, vivendo em associação
com formigas.
A família está representada, No Parque Estadual de Ilha Grande por dois gêneros e
sete espécies.
4.3. Chave para Identificação dos Gêneros
1. Estilete bi-partido, estigma-4 ................................................................... Cordia
2. Estilete inteiro, curto ou ausente, estigma único............................... Tournefortia
4.4. Descrição do Gênero Cordia L.
L., Gen. Pl. ed. 1: 52. 1737.
_______________ ¹Etimologia da palavra: Nome proveniente do gênero Borago L., que por sua vez é corruptela de “corago”, que vem do
latim cor (coração) e agere (agir, trazer), é erva que fortifica o coração. Presume-se ainda que venha de Bora (alimento),
assim significaria “erva comestível”. (SMTHI, 1970).
7
O gênero Cordia² está estimado com 250 espécies para o mundo, é representado no
Brasil por 65 (TARODA & GIBBS, 1986). (Figuras 5)
Caracteriza-se por ser composto de espécies arbóreas ou subarbustivas,
variadamente pubescentes, tricomas simples ou estrelados. Suas folhas são alternas,
raramente subopostas, pecioladas, inteiras ou dentadas. Flores sésseis, reunidas em
cimeiras dicótomas de ramos escorpióides, também em espígas cilíndricas ou em densos
capítulos; cálice tubuloso ou campanulado, liso ou com nervuras longitudinais, denteado.
Corola infundibuliforme ou tubular cilíndrica com quatro ou número indefinido de lobos;
estames epipétalos, excertos ou inclusos, geralmente vilosos na base; ovário tetraovular;
estilete alongado, bífido; fruto drupaceo contendo apenas uma semente.
Taroda e Gibbs em 1986 reorganizam o gênero em três subgêneros: subgênero
Varronia P.Brown, subgênero Cordia L. e subgênero Myxa Taroda.
Na área em estudo foram assinaladas três espécies: C. alliodora Ruiz et Pav., C.
magnoliaefolia Cham., C. polycephala Lam. distribuídas em 2 subgêneros: subgênero
Varronia e subgênero Myxa.
___________
²Nome dado em homenagem ao botânico Valerius Cordus, 1515-1544. (GUIMARÂES et
al., 1971)
8
FIGURA 5: C. alliodora Ruiz et Pav. A. “HABITUS”, B. DETALHE DO CAULE TOMENTOSO, C. DETALHE DA FOLHA FACE DORSAL COM TRICOMAS ESTRELADOS ESPARSSOS, D. DETALHE DA FOLHA FACE VENTRAL DENSAMENTE PILOSA ESTRELADA, E. DETALHE DA BASE DA INFLORESCÊNCIA COM DOMÁCIAS, F. FLOR ISOLADA, G. DETALHE DO CÁLICE COM TRICOMAS ESTRELADOS, H. GINECEU. 4.4.1. Chave para Identificação dos Subgêneros de Cordia
1. Inflorescências bem desenvolvidas, laxas em panícula ................................ Myxa
1’. Inflorescências usualmente congestas, em espigas, capítulos ou glomérulos
.......................................................................................................................Varronia
9
4.4.2. Descrição do Subgênero Myxa Taroda.
O subgênero Myxa (TARODA & GIBBS 1986), com aproximadamente 35
espécies ocorrente no Brasil, é o subgênero mais amplo em número de espécies
distribuídos nas Américas Central e do Sul.
Possui inflorescências usualmente laxas com panícula bem desenvolvida, o fruto
usualmente mais que 10mm lisos e algumas vezes estriados com as paredes coriaceas ou
compactadas, incluídos em uma persistente corola ou cálice marcescentes. Árvores
ocasionalmente arbustos.
As flores são alvas ou cremes, o cálice algumas vezes caduco usualmente
persistente, mas não acrescente ou apenas não dilatado, isto é, não incluindo drupa ou
cupulado e, parcialmente ou completamente incluindo o fruto mas não aderente a ele.
O subgênero Myxa divide-se em três seções, nas quais duas foram encontradas na
Ilha, são elas, seção Myxa (Endl.) A. DC. e seção Gerascanthus (Browne) Don.
A seção Myxa é caracterizada pelas pequenas árvores ou arbustos, folhas
pecioladas com lâmina variável elíptica, oblonga, ovada, base arredondada,
ocasionalmente cordata, superfície superior (adaxial) glabra ou denso aminutamento
pubescente ou ocasionalmente vilosa, superfície inferior (abaxial) glabra ou espaço
adensamente tomentosa ou estrigilosa ocasional, vilosa ou híspida; as margens usualmente
inteiras ou raro denteadas; flores bem desenvolvidas dispostas em panículas divaricada,
algumas vezes as flores fechadas num ramo reduzido da panícula; o cálice campanulado
obcônico, semi-denteado, às vezes os lobos são oriundos da ruptura, eles podem ser
estriados ou lisos, extreno glabro ou pubescente; a corola é pequena acima de 10mm, a
forma é planada com lobos oblongos; androceu com cinco estames com filetes delgados, às
vezes vilosos na base; ovário periforme, glabro, viloso ou pubescente no ápice; fruto
drupáceo dentro do cálice esplanado e persistente; o pólen é prolado-esferoidal.
Nesta seção foi encontrada uma espécie Cordia magnoliifolia Cham.
A seção Gerascanthus está representada por árvores e algumas vezes arbustos,
folhas pecioladas, lanceoladas e elípticas, face adaxial, glabrescente ou com tricomas
estrelados constituindo uma superfície tomentosa, face abaxial glabra ou pubescente,
margem inteira, usualmente coriacea; flores hermafroditas, tubulares cilíndricas ou
campanuladas, fortemente estriado, variavelmente e densamente tomentosa, pubescente;
10
corola grande de 1,5 - 4,5 cm com lobos oblongos arredondados; androceu com 5-estames,
a base do filete dilatada, pilosa; ovário periforme globoso, glabro, o fruto envolvido pelo
cálice, corola marcescente; pólen oblato-esferoidal ou prolato com exina espinulosa.
Nesta seção foi encontrada uma espécie Cordia alliodora Ruiz et Pav.
4.4.3. Descrição do Subgênero Varronia (Browne) Cham.
(Browne) Cham. In Linnaea 5: 115. 1980.
O subgênero Varronia está representado no Brasil com aproximadamente 30
espécies.
Geralmente arbustivas a pequenas árvores de até 5m, suas folhas são pecioladas ou
sésseis de margem serrada, dentada ou crenada, ocasionalmente inteira; flores em
congestas inflorescências (espiga, capítulo ou glomérulo); cálice campanulado-5 dentado,
internamente glabro; corola alva, variável, vilosa abaixo da inserção do filete; estames 5,
inseridos no mesmo nível do tubo, ou às vezes em níveis diferentes; ovário glabro
usualmente com um único óvulo funcional; fruto com mesocarpo carnoso, verlucoso pelo
menos na metade basal.
Dentro deste subgênero foi encontrada uma espécie Cordia polycephala Lam.
Jhonston.
4.5 Chave para Identificação das Espécies de Cordia
1. Plantas com tricomas estrelados ...................................................... C. alliodora
1’. Plantas sem tricomas estrelados.
2. Folhas obovadas ou espatuladas, 20-27cm de comprimento.............................
.................................................................................................... C. magnoliifolia
2’.Folhas lanceoladas ou elípticas, 3-8cm de comprimento .................................
...................................................................................................... C. polycephala
4.6. Descrição das espécies do gênero Cordia
Cordia alliodora (Ruiz et Pav.) Cham. ex A. DC.; Prodr. 9: 472. 1845. (Figura 6)
Árvore de 10-20m de altura, com ramos lenticilados providos de pêlos estrelados,
folhas relativamente curto-pecioladas, lâmina foliar lanceoladas ou obovado-elípticas, de
ápice às vezes levemente acuminados, discolores verdes, pilosas na face ventral e
tomentosas na dorsal; inflorescências congestas em cimeiras terminais, cálice com lobos
11
elípticos obtusos ou arredondados no ápice; filetes pilosos na base, anteras oblongas
1,5mm de comprimento e 0,5mm de largura; ovário glabro, estilete bipartido com 7mm de
comprimento até a bifurcação.
Typus – In puruviae Silvis ad puzuzo, muna, dicetur Arbol de Ajo, ob corticem
recentem foliaque odorem penetratissium Alii Spirantia. Ruiz & Pavón s.n.
Fenologia – Floresce entre os meses de maio a setembro.
Distribuição geográfica – Brasil –Acre, Amazonas, Pará, Goiás, Mato Grosso e Rio
de Janeiro.
Etimologia – do latim alliodora: allium: alho; odora: odor, que tem odor de alho.
Observação – Esta espécie é muito utilizada em carpintaria para a construção de
casas. É muito próxima a C. Trichotoma (Vell.) Arrab. e confundida pelos pesquisadores
ao ser determinada. No entanto são distintas porque C. trichotoma apresenta flores maiores
e não dispõem de dilatações mirmecógenas, na base das suas inflorescências.
Material examinado – F. Pinheiro 784, S. B. Gonçalves, L. R. Andrade, Alberto, N.,
D.B. Campos & Costa, A.G., fl., Trilha para mãe d’água, 21-IV-2001 (HB).
FIGURA 6: EXSICATA DE C. alliodora. HB COM FLOR. Foto: Karine Leite – 11 de outubro 2006.
12
• Cordia magnoliifolia Cham. Linnaea 4:476 1829 (Figura 7)
Arvoreta de 2-14m de altura, com ramos foliares sub-cilíndricos, estriados. Folhas
glabras, nítidas e pecioladas; pecíolo 1cm; lâmina espatulada de ápice abruptamente
acuminado e mucronado, decorrente na base, com 20-27 cm de comprimento por 6,5-8 cm
de largura. Inflorescências em cimeiras terminais pedunculadas, pedúnculos e pedicelos
adpresso-pilosos. Cálice campanulado, 3-5-dentado, levemente adpresso-piloso na face
interna. Corola hipocrateriforme com lobos reflexos e 6 mm de comprimento. Estames
excertos, com filetes pilosos na base e inseridos no tubo da corola. Ovário glabro.
Typus – E Brasília aequinoctiali misit Sellowius.
Fenologia – Floresce entre os meses de janeiro a julho.
Distribuição geográfica – Brasil: do estado de Minas Gerais até o Paraná.
Etimologia – que tem folhas semelhantes às de Magnólia.
Material examinado –– R. Schell- Ybert 332, D.B. Velludo, J. A. P. Gonçalves et F.
de Paula, fr., RBEPS, entre Praia longa, vertente próxima à Praia do Sul. 6-IV-2003 (RB,
GUA); R. Scheel–Ybert 466, J. de C. Silva, R. Freitas et M. Zborowski, fl., Reserva
Biológica Estadual da Praia de Sul. Mata Atlântica de encosta à beira da Trilha do
Aventureiro/ Provotá, 7-III-2004 (RB, GUA); Dorothy Araújo 4.188, fl., Praia do leste, 03-
XII-1980 (GUA); R. Ribeiro, D. F. Lopes 389, fl., RBEPS, Mata de encosta, 20-III-1992
(GUA).
FIGURA 7: EXSICATA DE C. magnoliifolia, RB COM FLOR. Foto: Karine Leite – 11 de outubro 2006.
13
• Cordia polycephala Lam. Jhonston in J. Arnold Arb. 16:33 1935 (Figura 8)
Arbusto pequeno escabro com caule cilíndrico. Folhas curto-peciolada, pecíolo de
0,5 cm de comprimento; lâmina lanceolada, membranáceo-rígida, serrada, com 3-8 cm de
comprimento e 1-2,5 de largura. Inflorescência em corimbo ou capítulos. Flores quase
sésseis. Cálice campanulado, adpresso-piloso, 5-dentado, com 4mm de comprimento.
Corola 10-dentada, de 4,5mm de comprimento, pilosa a baixo da inserção dos filetes.
Estames levemente excertos; anteras oblongas. Ovário glabro, estilete com 1mm de
comprimento.
Typus – Habitat in Cumana, Humboldt & Bonpland s.n.
Fenologia – Floresce entre os meses de novembro a junho.
Distribuição geográfica – Brasil: Acre, Ceará, Espírito Santos, Goiáis, Brasília,
Mato Grosso, Pará, Roraima e Rio de Janeiro.
Etimologia – polycephala do grego poly = numerosos e cephala = cabeça, capítulo,
provavelmente relacionado às numerosas inflorescências capituliformes.
Material examinado – C. C. Zysko, 169, L. A. Ribas, S. Scheider, et al, fl., Trilha
da Parnaióca, 2-III-2002 (HB); S. B. Gonçalves 176, P. W. Feteira & L. O. F. de Sousa, fl.,
fr.,trilha do Caxadasso, próximo ao início da região das mangueiras, 12-X-2001 (HB); C.C.
Zysko, 242, L. A. Ribas, S. Scheider, et al., fl., Vila dos Rios VII-2002 (HB); Anderson. E.
S. Oliveira 083 et al., fl., a Trilha entre Santo Antônio e Caxadasso, 11-III-200, (RB). A.
Castelanos 23.918, st., Ilha Grande, estrada, 28-IV-1963 (GUA); R. R. de Oliveira, fl.,
RBEPS, 30-IV-1992 (GUA);C.A.L. de Oliveira 628, st., RBEPS, Mata de encosta, 30-IV-
1992 (GUA), Dorothy Araújo 6468, fl., RBEPS, 18-XII-1984 (GUA).
FIGURA 8: EXSICATA DE C polycephala, HB COM FLOR. Foto: Karine Leite – 11 de outubro 2006.
14
4.7. Descrição do gênero Tournefortia L.
L. Syst. Ed.1. 1753.
O gênero Tournefortia³ caracteriza-se por está constituído de árvores ou
subarbustos, folhas alternas, pecioladas e inteiras; inflorescência em cimeira escorpióide
com flores abundantes e pequenas; cálice 5-partido de sépalas unidas apenas na base;
corola tubular cilíndrica com lobos normalmente lineares; estames 5, inclusos com filetes
curtos inseridos na base, anteras ovais, oblongas ou lanceoladas, apiculadas ou armadas;
ovário 4-locular; estilete terminal simples, óvulos abaixo do ápice, lateralmente afixos e
pêndulos; fruto drupas pequenas, com exocarpo carnoso, 4-pirenado; 1 ou 2 sementes
pêndulas ou oblíquas; embrião com cotilédones ovais ou elíticos. (Figura 9)
Na área em estudo foram assinaladas 4 espécies: T. bicolor Sw., T. membranacea
(Gardn.) DC., T. gardneri A. DC. e T. villosa Salzm. ex. DC..
_
FIGURA 9: Tournefortia bicolor Sw. A. “HABITUS”, B. DETALHE DO CAULE, C. DETALHE DA FOLHA FACE DORSAL PUBESCENTE, D. RAMO DA INFLORESCÊNCIA COM FLORES E FRUTOS, E. FLOR ISOLADA, F. GINECEU, G. FRUTO.
________ ³Nome dado em homenagem a J. P. Tournefort, 165-1708 (GUIMARÃES, et al. 1971).
15
4.8.1. Chave para Identificação das Espécies de Tournefortia
1. Anteras livres entre si; fruto pouco ou não lobado ................................. T. bicolor
1’. Anteras coerentes entre si; fruto fortemente lobado.
2. Flores laxas ............................................................................. T. membranacea
2’. Flores condensadas.
3. Folhas glabrescentes a branco-estrigosas ................................... T. gadneri
3’. Folhas densamente ferrugineo-vilosas ..................................... T. villosa
4.9. Descrição das Espécies de Tournefortia
• Tournefortia bicolor Sw., Prodr. 40 1788, et Fl. Ind. Occ. !: 344. 1797.
(Figura 10)
Arbusto glabro. Folhas pecioladas, cartáceas, descolores verdes, pecíolo até 1cm;
lâmina oblongo-lanceolada, acuminada, inteira, com 7-12 cm de comprimento e 3-5 cm de
largura. Inflorescência terminal, pedúnculos pubescentes. Cálice pubescente duas vezes
mais curto do que o comprimento da corola, com lacínios ovais, agudos no ápice. Corola
pilosa com lobos ovais. Anteras oblongo-lanceoladas, de filetes curtos inseridos na porção
mediana inferior do tubo. Ovário glabro, estilete nulo.
Typus – In Jamaica, Swartz. s.n.
Nome vulgar - Caruru-de-veado-bicolor.
Fenologia – Floresce quase todo ano.
Distribuição geográfica – Amazonas, Pernambuco, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Etimologia – do latim bicolor que tem duas cores, relacionado às suas folhas
descolores.
Material examinado –L. de O. Barbosa, 26, R. C. C. reis, fl., rio no início da Trilha
do Caxadasso, 30-VIII-2002, (HB); S. B. Gonçalves 177, W. Gomes & L. O. F. Sousa, fr.,
12-X-2001, (HB); D. Sucre 4876 et (P. I. S. Braga 1605), fl., fr., Estrada de Angra dos
Reis, 11-IV-1969, (RB).
16
FIGURA 10: EXSICATA DE T. bicolor, HB COM FRUTO. Foto: Karine Leite – 11 de outubro 2006.
• Tournefortia membranacea (Gardn.) DC. Prodr. 9: 530. 1845. (Figura 11)
Arbusto escandente, tomentoso, caule cilíndrico. Folhas pecioladas, pecíolo até
1cm; lâmina ovada ou oblongo-lanceolada 5cm de comprimento e 2,5-5cm de largura.
Inlorescencia com pedúnculos delicados e patentes. Flores laxas. Cálice com 5 lacíneos
subulados. Corola pilosa, 5-laciniada. Anteras coerentes no ápice, cordiformes na base e
estreitando-se em direção ao ápice, com os filetes inseridos acima da porção mediana do
tubo. Ovário glabro, estilete com 8mm de comprimento.
Typus – Subscandens. Ad Morro do Flamingo, prov. Rio de Janeiro, jeg. Gardner
82 (1836).
Nome vulgar – Caruru-de-veado-da-praia.
Fenologia – Floresce entre os meses de julho a março.
Distribuição geográfica – Brasil: Rio de Janeiro e São Paulo.
Etimologia – do latim, membranacius, a, um – membranácea, relacionando à
textura da lâmina foliar.
Material examinado - D. Sucre 11320 et. J. Gomes, fl., Ilha Grande dos Porcos,
1980, (RB); Dorothy Araújo 4192, fl., Praia do Leste, próximo as rochas, 04-XII-1980
(GUA); Dorothy Araujo 6156, fl., RBEPS, Praia do Leste, 10-IV-1984 (GUA).
17
FIGURA 11: EXSICATA DE T. membranacea, RB COM FLOR. Foto: Karine Leite – 11 de outubro 2006.
• Tournefortia gardneri A. DC., Prod. 9: 526. 1845. (Figura 12)
Liana, muito delgada, ramos branco-estrigosos, folhas lanceoladas, raro oblongas,
ápice acuminado, base aguda a arredondada, face dorsal densamente estrigosa,
inflorescência terminal, paniculada, flores congestas com cálice sub-séssil densamente
pubescente, lobos estreitamente triangulares, atenuados, corola pubescente, tubo
subcilíndrico, fruto glabro, depresso-globoso, 5mm de largura, fortemente 4-lobado.
Typus – “ in Brasília merid. ad Rio comprido . . . Gardner n. 175”
Nome vulgar – Caruru-de-viado-de-flores-amarelas.
Fenologia – Floresce todo o ano.
Distribuição geográfica – Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul.
Etimologia – gardneri: em honrra de George Gardner, 1812-1849, botânico inglês
que muito explorou o nordeste do Brasil. (SMITH, L 1970)
Material examinado – Dorothy Araújo 4163, fr., Praia do Leste, 03-XII-1980
(GUA).
FIGURA 12: EXSICATA DE T. gardneri,GUA COM FRUTO. Foto: Karine Leite – 01 de novembro 2006.
18
• Tournefortia villosa Salzm. ex. DC., Prodr. 9: 524. 1845 (Figura13)
Lianas ou arbustos delgados, menores que 2,4m de altura, ramos furrogineo-
tomentosos, folhas usualmente ovadas, raramente lanceoladas, ápice acuminado, base
arredondada até atenuada, 4-9cm de compr., 1,5-5,5cm de larg., superfície adaxial
densamente estrigosa, superfície abaxial vilosa, tricomas ferrugíneos, pecíolo de 5-10mm
de compr., inflorescência terminal, laxas e paniculadas, 5-13cm de compr., flores
condensadas, com cálice sub-séssil, ferrugíneo-tomentoso, lobos ovados e ápice
acuminado, tubo subcilíndrico, estames com anteras coerentes, lineares, estilete delgado,
fruto glabrescente, depresso globoso, fortemente 4-lobado.
Typus – im Brasília prope Bahiam in Seibus (Salzm 369).
Nome vulgar – Caruru-de-veado-peludo.
Fenologia – Floresce entre os meses de setembro a fevereiro.
Distribuição geográfica – Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e
Rio Grande do Sul.
Etimologia – do latim villosa = de pêlos vilosos.
Material examinado – Dorothy Araújo 2750, fr., RBEPS, Mata da restinga, 28-II-
1985 (GUA); Dorothy Araújo 9018, fr., Praia do Sul, na restinga arbustiva, 28-XI-1989
(GUA); Dorothy Araújo 5867, fr., Praia do Sul, na restinga arbustiva, 14-XII-1983 (GUA);
Dorothy Araújo 5698, fl., Praia do Sul, Mata de restinga, na beira da Trilha, 27-IX-1983
(GUA).
FIGURA 13: EXSICATA DE T. villosa, GUA. COM FLOR. Foto: Karine Leite – 01 de novembro 2006.
19
5. DISCUSSÃO
Este trabalho trata do estudo da família Boraginaceae Juss. como um auxílio para o
conhecimento da flora do Estado do Rio de Janeiro, assinalando-se os táxons dos gêneros
Cordia L. e Tournefortia L. que se apresentam no Parque Estadual de Ilha Grande. As
espécies estudadas são freqüentes na Floresta Ombrófila Densa Submontana, Montana e
Alto-Montana, preferindo locais luminosos e apresentando hábito terrestre, herbáceo ou
arbustivo.
6. CONCLUSÃO
A família Boraginaceae Juss. está representada na Parque Estadual de Ilha grande
até o momento, por sete espécies distribuídas em dois gêneros. O gênero Cordia L.
apresentando três espécies C.alliodora Ruiz et Pav., C. magnoliifolia (Cham.) Linnaea e C.
polycephala (Lam.) Jonhston. e o gênero Tournefortia L. com 4 espécies T. bicolor Sw., T.
membranaceae (Gardn.) DC., T. villosa Salzm. ex. DC. e T. gardneri A. DC.
Verificou-se durante o desenvolvimento do trabalho que há um número razoável de
material nos herbários visitados, alguns apresentam em suas fichas falta de informações de
campo, no que diz respeito aos aspectos morfológicos do vegetal, apresentam uma
representatividade média da família na área em estudo. Pode-se então destacar a
importância de visitas ao campo com coletas intensivas, inserindo quando possível detalhes
que são de valor para as descrições, uma vez que os materiais herborizados são deficientes
no que se refere a cor de flores, tonalidade das folhas, entre outros caracteres.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANGRA DOS REIS, 2005. Disponível em: www.angra-dos-reis.com. Acessado em: 13 ago. 2005. APG II, 2005. Disponível em: www.mobot.org . Acessado em: 16 out. 2005. ÁRVORE FILOGENÉTICA DA FAMÍLIA. Disponível em: www.mobot.org. Acessado em: 20 set. 2006. BARROSO, G.M.; PEIXOTO, A.L.; COSTA, C.G.; ICHASO, C.L.F.; GUIMARÃES, E.F. & LIMA, H.C. de 1991. Sistemática de Angiospermas do Brasil, v. 3, Universi//Federal de Viçosa, Imprensa Universitária, 326p. il. BRADE, A.C. 1932. Gêneros Cordia e Tournefortia (Família Boraginaceae) No Herbário do Museu Nacional. Boletim do Museu Nacional – Rio de Janeiro. 8: 13 – 47. BRIGADAMIRIM, 2005. Disponível em www.brigadamirim.org.br 2005. BUENDIA-FERNANDEZ, M. E. 1986. Boraginaceaes de los valles zaña chancay, la leche yolmos. 102 f. Dissertação (Mestranda em Ciências Biológicas - Licenciatura). Universidad Nacional Pedro Ruiz Gallo.
20
CARPENEZZI, A. A.; KANASHIRO, M; RODRIGUES, I. A; BRIENZA JUNIOR, S. & MARQUES, L. C. T. 1982. Informações sobre Cordia alliodora (R & P.) Open na Amazônia brasileira. Belém, Embrapa – CPATU. 19 p. ilust. (Embrapa – CPATU. Documento 10). CRONQUIST, A. 1981. Na Integrated System of classificatium of flowering plants. New York. Columbia University, 555p. DE CANDOLLE A. 1845. Boraginaceae. Prodromus 459 systematis naturalis regni vegetabilis. Parisiis J.Bot., p.466-573. ERCOLINI BARROSO, I. C., OLIVEIRA, F. de, BRANCO, L. H. Z., KATO, E. T. M. & DIAS, T. G. 2002. O gênero Cordia L. botânica, química e farmacologia. Revista Lecta, Bragança Paulista, v.20, n.1. p. 15-34. jan./jun. FRESENIUS, G. 1857. Cordiaceae, Heliotropieae et Boraginaceae In Flora brasiliensis (Martuis, C.F.P.; Eichler, A.G.; Endlicher, S.L. & Urban, I. ed.), 8 (1): 1- 63. Wein, Leipzig, v.8, part.1, p.1-64, pls. 1-10. GUIMARÂES, E. F., BARROSO G. M., ICHASO. C. L. F. & RANGEL A. B. 1971. Flora da Guanabara. Facurtiaceae – Olacaceae – Boraginaceae. Rodriguésia 26 (38): 194 – 220, est.1 – 21. GUIMARÃES, E. F., MOUTONE, L., RIZZINI, C. T. & FILHO, A. de M. 1993. Árvores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. p.113 e 114. HOLMGREN, P. K.; HOLMGREN, N. H. & BARNETT, L. C. 1990. Index Herbarium. Part. 1: The Herbário of the World. Regnum vegetabile, 8ªed. New York: New York Botanical Garden, 693p. HUTCHINSON, J. 1969. Evolution and Phylogeny of flowering plants – Dicotyledons: Fact end theory. Academic Press, Londres e Nova Iorque. Ilha Grande. Disponível em: www.ilhagrande.com. Acessado em: 17 jul. 2006. JOHNSTON, I. M. 1930. Observations on the species of Cordia and Tournefortia known fron Brazil, Paraguay, Uruguay and Argentina. Contributions from the gray Herbarium of Harverd University. 92: 3-95. JUSSIEU, A. L. 1789. genera lantarum ordines naturales disosita, justa methodum in horto régio parisiensis exaratum. Herissant Typographum, p. 498. Paris. MAPA DA LOCALIZAÇÃO DAS ÁRES DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DOS TAMOIOS. Disponível em: www.ilhagrande.com. Acessado em: 05 ago. 2006. MAPA DA LOCALIZAÇÃO DE ANGRA DOS REIS. Disponível em: www.angra.200.com.br – Acesso em: 01 set. 2006. Mata Atlântica. Disponível em: www.rbma.org.br. Acessado em: 22 ago. 2006. REPRESENTAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA. Disponível em: www.educarede.org.br. Acessado em: 01 set. 2006.
RIZZINI, C. T. 1978. Latim para Biologistas. Rio de Janeiro: Jardim Botânico, (Academia Brasileira de Ciências. Rio de Janeiro.) ____________. 1971. Plantas do Brasil, árvores e madeiras úteis do Brasil. Manual de Dendrologia Brasileira. ed. Universidade de são Paulo, p. 46-48. SMITH, L. B. 1970. Boraginaceae. In: Flora Ilustrada Catarinense (Reitz, R. ed.), Itajaí, Santa Catarina, 85p.;1fig.;18 mapas. SOARES, Z. F. 1973. Nota sobre as Boraginaceaes da Região de Porto Alegre e arredores. Separata da revista Iheringia. Série Botânica n° 17. p.28-31. TARODA, N & GIBBS, P. E. 1986. A revision of the Brazilian species of Cordia subgenus Varronia (Boraginaceae) - Notes from the Royal Botanic garden Edinburgh. 44(1): 105-140.
Top Related