Drª Karla Oliveira
www.movasaude.com.br
Acompanhamento Nutricional nas Alergias e Intolerâncias
Alimentares
Dependente de mecanismos
imunológicos, cuja resposta ao
alimento é aguda e imediata.
Mecanismos fisiológicos
anormais não imunológicos que
ocorrem quando um alimento é
ingerido pelo indivíduo
intolerante.
Sistema digestório
Sistema nervoso central
Sistema respiratório
Constrição dos brônquios
Eczema
Edema
Anafilaxia
Exclusão/Substituição
alimentar
MANUTENÇÃO
DO ESTADO
NUTRICIONAL
ALERGIA ALIMENTAR INTOLERÂNCIA ALIMENTAR
Novos alimentos
-É estimado que 1/4 da população latino americana já passou por um episódio de reação adversa a algum alimento.
-A alergia alimentar é o tipo que ocorre com mais frequência em crianças menores de 3 anos (10-15%), mas também ocorre em pessoas mais velhas (6-8%).
-Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), 350 mil crianças brasileiras possuem APLV, 6 a 8% apresenta alergias alimentares verdadeiras e entre os adultos essa porcentagem é de 2 a 3%. -Estudos internacionais mostram que 1 a cada 100 pessoas no mundo seja celíaco e no Brasil 1 a cada 214 brasileiros.
-Alguns estudiosos acreditam que até 70% dos brasileiros apresentam algum sintoma que pode ser relacionado à intolerância à lactose.
-Em 2011, pesquisadores suecos e sul-africanos fizeram, pela primeira vez, um levantamento global indicando que 42 mil crianças morrem por ano por causa da doença celíaca – no Brasil esse número chega a 200.
Vieira MC, et al. A survey on clinical presentation and nutritional status of infants with suspected cow’ milk allergy. BMC Pediatrics 2010, 10:25. Sánchez J. Epidemiology of food allergy in Latin America. Allergol Immunopathol (Madr), 2013.
DOENÇA CELÍACA
Estado de resposta imunológica intensificada ao glúten ingerido (trigo, cevada e centeio) em indivíduos geneticamente suscetíveis.
Sintomas: diarreia, danos à parede do intestino, síndrome de má absorção e, consequentemente, desnutrição.
INTOLERÂNCIA AO GLÚTEN (sensibilidade ao glúten não-celíaca )
Presença de alterações morfológicas, funcionais e imunológicas, que respondem com a exclusão do glúten e que não apresenta as características patológicas e laboratoriais que definem a doença celíaca.
Causa:exposição frequente ao trigo e demais cereais.
ALERGIA AO TRIGO
Reação imunológica adversa às proteínas do trigo mediada por IgE. Pode apresentar-se com sintomas respiratórios , alergia alimentar e urticária de contato.
Sapone A, Bai JC, Ciacci C, Dolinsek J, Green PH, et al. Spectrum of gluten-related disorders: consensus on new nomenclature and classification. BMC Med 2012;10:13.
DOENÇA CELÍACA INTOLERÂNCIA AO
GLÚTEN ALERGIA AO TRIGO
Má absorção de nutrientes
DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL
Exclusão do GLÚTEN Substituição nutricional
Fatores importantes para o sucesso do tratamento: - Conhecimento do paciente em relação a sua doença e ao
tratamento; - Obediência ao planejamento nutricional isento de glúten; - Ler com atenção os rótulo dos alimentos a serem consumidos; - Estimular a preparação de receitas caseiras isentas de glúten. - Orientar onde adquirir produtos isentos de glúten.
INTOLERÂNCIA A LACTOSE (IL) -Atinge 7 em cada 10 brasileiros (MORAIS, 2006).
Sintomas: gastrointestinais, desconfortos e sintomas anormais (FRYE, 2002).
Reduzir os sintomas: - Diminuição do consumo leite e laticínios; - Substituir por produtos baixo teor de lactose; - Uso da enzima lactase exógena.
Classificação:
ALERGIA A PROTEÍNA DO LEITE DE VACA (APLV)
- Sensibilidade individual a proteína presente no leite de vaca, que em indivíduos alérgicos, provoca reações imunomediadas.
- Beta-lactoglobulina, alfa-lactoalbumina e as caseínas são as proteínas que mais ocasionam as reações alérgicas.
- Alergia alimentar mais comum da faixa etária pediátrica, com prevalência de até 6% em crianças menores de 3 anos de idade (Solé D et al., 2008)
- 80% a 90% - costuma adquirir tolerância ao leite de vaca a partir do 2o ou 3o ano de vida
Sintomas: acometimento cutâneo, gastrintestinais, respiratórios e, mais raramente, choque anafilático.
Reduzir os sintomas:
- Eliminação total do consumo leite e laticínios
Redução OU eliminação da ingestão de leite de vaca
Comprometimento do aporte de cálcio, fósforo, zinco e
vitaminas.
Déficit de peso e estatura
Redução da Densidade Mineral
óssea
Contração muscular, coagulação sanguínea, transmissão de impulsos nervosos e secreção de hormônios
(BARBOSA, 2011).
Substituições Nutricionais na IL primária
- Lácteos Fermentados
Durante a fermentação, a proteína, a gordura e a lactose do leite
sofrem hidrólise parcial, tornando o produto facilmente digerível e tolerado (KLEIN, 2002; RODAS, 2001).
- Leites e derivados com baixo teor de lactose
Dieta de exclusão
do LV
Substituição nutricional dos produtos lácteos
Aporte nutricional equilibrado
Substituições Nutricionais na IL congênita e secundária e APLV
Diário Oficial - Poder Executivo - Seção I - Nº 223 - DOE de 28/11/07 - Saúde Resolução SS - 336, de 27-11-2007 - Protocolo Clínico para Normatização da Dispensação de Fórmulas Infantis Especiais a pacientes com alergia à proteína do leite de vaca, atendidos pelo Sistema Único de Saúde, bem como os mecanismos de acompanhamento e avaliação do tratamento proposto. Elaborado por pediatras e nutricionistas das escolas médicas e alguns hospitais públicos da cidade de São Paulo.
Diário Oficial - Poder Executivo - Seção I - Nº 223 - DOE de 28/11/07 - Saúde Resolução SS - 336, de 27-11-2007 - Protocolo Clínico para Normatização da Dispensação de Fórmulas Infantis Especiais a pacientes com alergia à proteína do leite de vaca, atendidos pelo Sistema Único de Saúde, bem como os mecanismos de acompanhamento e avaliação do tratamento proposto. Elaborado por pediatras e nutricionistas das escolas médicas e alguns hospitais públicos da cidade de São Paulo.
Nutritional management of cow´s milk protein allergy in infants and young children. Cardoso., AL - Pediatria
Moderna Nov 12 V 48 N 11.
Fórmulas de
proteína isolada de
soja (FPIS)
Fórmulas
extensamente
hidrolisadas (FEH )
Fórmulas de
aminoácidos livres
(FAA)
São purificadas e
suplementadas
Lactentes > 6
meses
Obtidas por hidrólise
enzimática e/ou térmica
da proteína ou até por
ultrafiltração da mesma.
As FEH estão indicadas
para os casos de alergia
não mediada por IgE
Lactentes > 6 meses e
que não respondem às
FEH
Pacientes com déficit de
crescimento, com atrofia
vilositária grave e
alergia a múltiplos
alimentos
Fórmulas Infantis
Rótulo dos alimentos
Pesquisa desenvolvida no Hospital das Clínicas de São Paulo (HC-
-FMUSP), em 2009, mostrou que 39,5% das reações alérgicas estão relacionadas a erros na leitura de rótulos dos produtos .
Outra pesquisa, realizada nos Estados Unidos em 2005, revelou que 16% das reações alérgicas durante a dieta de exclusão ocorriam em função do não entendimento de um termo listado entre os ingredientes, e 22% pela presença de componentes alergênicos não listados nos rótulos .
• Crianças e adultos com alergias e intolerâncias podem ter uma vida normal, basta seguir as recomendações do médico/nutricionista e entender sua patologia para fazer as substituições alimentares adequadas.
• Dê sempre preferência a alimentos frescos, preparados por você ou pessoas de sua confiança. O rótulo dos alimentos industrializados pode não ser tão claros.
• Evite produtos que não contenham rótulo com a lista de ingredientes (como, por exemplo, os produzidos em padarias e confeitarias).
• Cuidado com comidas vendidas em restaurantes, lanchonetes e similares. Converse com o responsável e se certifique dos ingredientes usados. Na dúvida, não coma.
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Drª Karla Oliveira
21- 98465 9322
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