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ACONSELHAR, ENSINAR-APRENDER A ACONSELHAR - INTERFACES DE UMA PRTICA EDUCATIVA EM SADE - Silvia Vargas de AndradeNingum educa ningum, ningum seeduca asi mesmo, os homens se educam entresi, mediatizados pelo mundo.Paulo FreireOpresente traalho discute opapel, limites e potencialidades das iniciativas detreinamento de e!uipes de sa"de em Aconselhamento para #S$, %&V e AS e sua rela'(ocom a !uali)ica'(o pro)issional e a )orma'(o de agentes multiplicadores. *esgatando minhae+peri,ncia na realiza'(ode capacita'-es emAconselhamento em#S$.%&V.ASparae!uipesmultipro)issionaisda/readasa"de, en)atizoocar/termediadordaeduca'(onasrela'-es no campo da sa"de. Proponho algumas !uest-es para pensar os caminhos poss0veisdo pro)issional de sa"de ao desempenhar duplamente o papel de educador, a saer, em suapr/tica 1unto 2 popula'(o usu/ria do servi'o de sa"de e como )acilitador1unto 2s e!uipes desa"de no conte+to de treinamentos desta /rea.Ser(o tra'ados os ne+os entre rela'-es educativas aconselhador 3 usu/rio do servi'o desa"de, no conte+to do aconselhamento, e multiplicador3pro)issional treinando, a partir de umrecorte epistemol4gico, aseado na constru'(o ativade novas prxis !ue visam a apropria'(ode )ormas aut5nomas e mais solid/rias sore o sentir, o pensar e o agir em rela'(o ao viversaud/vel. IntroduoAp4s umper0odo de relativa centraliza'(o das Pol0ticas 6rasileiras voltadas aocomate do %&V.AS, o desa)io atual, no cen/rio da sa"de p"lica, reside naconsolida'(odos processos de descentraliza'(o e sustentailidade das a'-es de preven'(o e assist,ncia, emdire'(oaos7stadose,principalmente,8unic0pios. 9oloca3seempautaaradicaliza'(odapremissa de !ue a AS um prolema de sa"de p"lica e !ue, portanto, diz respeito a toda asociedade, especialmente, 2sdiversasinst:nciasdeprodu'(odesa"de, n(odevendoestarrestritaapenasaservi'osespecializados ;comopor e+emplo, aos9entros de$estagemeAconselhamentoem%&V.AS??DE *ogers,>??>= consiste na promo'(o de uma re)le+(o sore as )ormas pelas!uais os su1eitos produzem, no conte+to da AS, signi)icados e representam a si mesmos,aos outros e suas rela'-es, como parte do conte+to em !ue vivem. O caminho desta re)le+(oem dire'(o a estratgias de avalia'(o dos pr4prios riscos e ado'(o de pr/ticas mais seguras,n(o apontado a priori pelo aconselhador, nem )eito solitariamente pelo su1eito. F por meioda media'(o do aconselhador, em um processo de parceria, !ue as condi'-es para a supera'(oe.ou amplia'(ode uma dada percep'(o sore a sua condi'(o se produzem. Sore este processo, a ora do artista pl/stico e matem/tico 8. 7scher O 7ncontro,produzida em >?GG, nos proporciona uma met/)ora acerca do !ue se produz noaconselhamento. Nesta ora, 7scher, representa duas )iguras ;uma em ranco outra em preto=,!ueinicialmenteest(odelimitandoumaaoutraemumdadoplanoderepresenta'(o. Nomomentoem!ueseo)ereceumoutroplanoaoselementos datela;demandaH=, torna3se22poss0vel o movimento, o deslocamento das )igura em ranco em uma dire'(o e da )igura empreto na dire'(o contr/ria.9omo o segundo plano o)erecido possui um vazamento em seucentro, resta 2s )iguras o movimento !ue redundar/ um ponto de encontro mais adiante. Odetalheinteressantedestarepresenta'(o!ue, amas )iguras, est(ocomumadas m(osestendidas. Oato de estender a m(o implica o)erecer algo, receer algo, ou os doissimultaneamente. F este ponto, !ue marca o envolvimento de, no m0nimo, dois su1eitos no atode aconselhar, receendo e o)erecendo algo com seus lugares e limites estaelecidos.Noaconselhamento, conte"dos emocionais, sociais ein)ormativos s(ointegrados,criando3seascondi'-es necess/riasparaarealiza'(odeumaavalia'(odolugar ondeoindiv0duosesitua;vulnerailidade=, vislumrando3seolugarondeestepodeviraocupar,reconhecendo as possiilidades ainda n(o concretizadas e a )orma de con!uist/3las;estratgias poss0veis de cuidado e prote'(o=.O )oco de atua'(o do aconselhamento a mudan'a e.ou manuten'(o decomportamentos protetores por parte do indiv0duo. F a inst:ncia de primeira interven'(o !uevisatornar ossu1eitos mais sensiilizados !uantoaoseuauto3)ortalecimento, produzindocondi'-es paraaamplia'(odas potencialidades individuais nosentidodeaumentar suacapacidade de en)rentamento das imposi'-es e+ternas !ue a)etam suas condi'-es de vida e desa"de. O acesso 2 in)orma'(o, !ue contriua para a a!uisi'(o de maior autonomia por partedo usu/rio do servi'o de sa"de, possiilita a interlocu'(o e a produ'(o de novas )ormas deen)rentamento da epidemia, gestadas pelos di)erentes grupos> !ue so)rem mais ou menos, !ues(o mais ou menos atingidos por ela, considerando suas especi)icidades iol4gicas,psicol4gicas, sociais, culturais e econ5micas ;6astos C SzIarcIald, >???=. Nainter)acesu1etividades.coletividades, considerar adimens(odoso)rimentodoindiv0duo como n(o menos importante !ue os atravessamentos sociaisA!ue concorrem para!ue este aconte'a, conduz 2 re)le+(o sore a necessidade de estimular e viailizar ascapacidadesdosindiv0duosedosgrupossociaisdedesenvolveremmaior podersoreosdeterminantesdesuasvidaso!ueimplicaatuar,necessariamente, nocampodasrela'-essociais. 1 A referncia a palavra grupo grupo no est aqui associada a expresso grupo de risco mas foi empregada para ressaltar a necessidade de explicitarmos que diferentes segmentos populacionais esto expostos diferentemente a infeco pelo hiv. ais diferenas revelam a complexa din!mica intr"nseca da epidemia em suas m#ltiplas interfaces$ determina%es e sinergias.2&e'ro(me ao con)unto articulado de representa%es sociais e culturais que comp%em o universo sim*+lico acerca da aids produto das rela%es de poder e dominao as quais redundaram em movimentos de estigmati,ao$ discriminao e excluso.--C"+"!t"o $' A!on#$%&"'$nto , L't$# $ Po##-%d"d$#$odo pro1eto de capacita'(o voltado a e!uipes de sa"de tem por o1etivo a melhoria da!ualidade das suas interven'-es. A grande !uest(o !ue est/ posta para os traalhadores emsa"de n(o !uanto as suas )inalidades, !ue in!uestionavelmente s(o tanto a de promover eproteger a sa"de, individual e coletiva, !uanto a de curar, mas, sim, !uanto ao modo de cuidar,!ue poder/ ser ou n(o promovedor da sa"de ;8erhJ, ABBA=. Nestaperspectiva, para!uetaisa'-esrealmentesee)etivemse)aznecess/ria, comocondi'(o essencial, uma )orte sensiiliza'(o, desde as inst:ncias de gerenciamento at ase!uipes de sa"de, no sentido de aumentar a porosidade e conse!@ente acolhida de novas)ormas de atuar solidariamente no )azer sa"de ;9osta, >??G=E pois, n(o h/ como rever e.ouintroduzir novos saeres sem discutir os )azeres 1/ consolidados , pois nenhum n4sdeveria ser aceito como algo )ora de d"vida !uando se trata de olhar a dor dos outros;Sontag, ABBK=..A op'(o de capacitar os pro)issionais de sa"de, para atuarem como multiplicadores nointerior das suas e!uipes, se1am eles ligados a setores p"licos ou a outras organiza'-es dasociedade, representaumes)or'onosentidodegarantir interven'-es mais!uali)icadaseresolutivas das!uest-es ligadasa preven'(odas #S$.%&V ea assist,nciaaoportadoresedoentes deAS, apartir deumavis(odoatendimentointegral dapopula'(oemseusdi)erentes aspectos ;social, emocional, org:nico e ps0!uico=.No entanto, se a e+pectativa e+trair desta op'(o, toda sua potencialidade, preciso iralmnaidiadetreinar e!uipesemgrandeescalaparada0, por e)eitodemultiplica'(o,garantir a reprodu'(o de novas tecnologias leves em n0veis locais ;8erhJ, >??L=. 7m minhavis(o, aprepara'(odepro)issionaisparaarealiza'(odeinterven'-esmaisresolutivasdecomate 2 epidemia, n(o se resume a incluir mais uma tcnica por imposi'(o e+terna. 9omo nos lemra 9ampos ;>??L=, vivemos emumtempo do imperativo dosprocedimentos, da realiza'(o da intera'(o pro)issional3paciente via procedimentos. A rela'(opro)issional de sa"de3usu/rio tem sido mediada por um card/pio de procedimentos cada vezmais padronizados, mais controlados, reduzindo o espa'o para as trocas intersu1etivas. Poucaaten'(otemsidodada2veri)ica'(oseesses meios redundaramnaprodu'(oe)etivaourecupera'(o de sa"de, ou ainda,se reduziu danos considerando o menor grau de so)rimentoposs0vel 2s pessoas. &ncorporar ao card/pio de procedimentos,a'-es de aconselhamento,sem revolver os padr-es de su1etividade produzidos e reproduzidos no interior de processos..de traalho institu0dos, sem ampliar o )oco sore as pr/ticas ho1e dominantes do )azer sa"de eseus graus de compromisso com a de)esa da vida ;9ampos, >??L= seria um e!u0voco hist4rico< caminho este !ue 1/ )oi percorrido, muitas vezes, pelos modelos tradicionais aseados nasrela'-es de poder autorit/rias. Apromo'(o da aordagemdo aconselhamento emdi)erentes modalidades deatendimento, passa n(o s4 pelo dom0nio de um procedimento, de uma tcnica mas, tamm,pela sua conson:ncia com a estrutura'(o dos servi'os ;8attos, >???=, sua l4gica e seu pro1eton(o somente tecnol4gico mas, especialmente, tico e pol0tico. $rata3se sim, das possiilidades concretas das capacita'-es de provocarem o repensardeumal4gicade)azer sa"deo!ue, porsuavez, implicanae+plicita'(odosmodosdeproduzir cuidados no interior de um conte+to de m"ltiplas identidades pro)issionais ;8erhJ,ABBA= ainda dominados pelo discurso iomdico. &sto por!ue o aconselhamento, naperspectiva de)endida a!ui, acumulou e+peri,ncias nestas duas dcadas de epidemia, operoutrans)orma'-es em sua pr4pria pr/tica tornando3se cada vez mais solid/rio a uma vis(o deatendimento integral e )le+0vel voltado 2s demandas espec0)icas dos seus usu/rios. A propostade aconselhamento e+pandiu o seu olhar para alm das interven'-es sore o comportamentodo indiv0duo isoladamente, interven'-es estas criticadas como altamente su1etivas eindividualistas !ue colocavam no cerne do prolema da epidemia a culpailiza'(o sore oscomportamentos das pessoas ;Schall e Struchiner, >??D=.%o1e,a aordagemdo aconselhamentouscacontemplarosatravessamentoss4cio3culturaispresentesnopensar, )azer eagir dassu1etividades, trazendoparaocen/riodapreven'(oedaassist,nciaossu1eitoscomopartesleg0timasdoprocessoderepensarsuasa"de e seu adoecimento em um dado conte+to hist4rico de viver a vida. #e outra parte, naperspectiva da complementaridade, o aconselhamento tem apontado, a partir da demanda deseususu/rios, anecessidadeda)orma'(oderedesdeatua'(odasinst:nciasdesa"denosentidodeintervir emumadimens(omais macrodaprolem/tica. $r,saspectostornamevidentes estas rela'-esM a import:ncia da )orma'(o de v0nculo usu/rio3servi'o de sa"de, osmodos de acolhimento e o compromisso coma )orma'(o de solu'-es coletivas naresolutividade dos prolemas dos usu/rios. 9onsidero!ue, semestepercurso, poucoresultadoter3se3/garantido, enenhumacerteza de !ueas mudan'as operadas sesustentemaolongodotempoe promovamaamplia'(o do quantum de traalho vivo instituinte ;8erhJ, >??L=. Nesta perspectiva, de)endoa!ui a idia de !ue as estratgias de capacita'-es em aconselhamento n(o percam de vista umolhar mais amplo de re)le+(o sore os processos de traalho e contemplememseus//programas,estratgias !ue convidem os atores envolvidos neste processo a re)letir, tamm,soreosseuspr4priosmodosde)azer,pensaresentirassuasinterven'-espro)issionais.$omo como minhas as palavras de 8erhJ ;>??L= de !ue me+er em processo de traalho me+er com cae'as e interesses ;8erhJ, >??L, p. ?>=.Sendoassim, sustentoopoder empotencial das capacita'-es emaconselhamentocomo momentos privilegiados paraM Nan'ar um olhar cr0tico sore a organiza'(o dos processos de traalho dos servi'os desa"de, ou se1a, analisar como est/ a !ualidade do atendimentoH 9omo est/ estruturada al4gica de tais processos ;est/ centrada em procedimento ou nas reais demandas dos seususu/riosH=. 7+plicitar o 0ndice de integra'(o e horizontalidade das rela'-es no interior das e!uipes,destacandoa)ormacomosed/2circula'(odepoderesentreseusintegrantes esuareceptividade para opensar mais amplo dos atos produzidos nointerior da e!uipe,considerando os desdoramentos da inclus(o do aconselhamento ;necessidade derediscutir a )orma como os usu/rios s(o acolhidos=. #iscutir a !uem se destina tais a'-esde aconselhamento a serem implementadas e por !uais pro)issionais dever(o ;poder(oH=ser realizadas. *ever os modelos pedag4gicos nos !uais as pr/ticas de produ'(o de sa"de ;programas,campanhas, a'-es preventivas e curativas= est(o alicer'adas em um dado servi'o de sa"de,e+plicitando a presen'a de modos distintos de )azer sa"de.S".d$ Co'o Prt!" Edu!"t/"$e4ricos do campo da educa'(o t,m de)endido a idia de !ue vivemos, ho1e, em umaSociedade Pedaggica ;Ni:neo, >??LE 6eillerot, >??D=. O termo Sociedade Pedaggicaao!ual Ni:neo )az re)er,ncia, )oi cunhado por OacP 6eillerot ;>??D=, ao aordar a e+tens(o daspr/ticas pedag4gicas para outros campos alm do :mito das institui'-es escolares. Para esteautor, as atividades culturais, de organiza'(o da sociedade civil, atividades pulicit/rias e decomunica'(o de massa, programas de preven'(o e in)orma'(o emsa"de, cursos decapacita'(o e aper)ei'oamento pro)issional, atividades cient0)icas tais como encontros,congressos, pulica'-es, campanhas institucionais,consistemempr/ticas pedag4gicasvariadas !ue contriuem para a constru'(o do universo sim4lico dos su1eitos.00Neste conte+to, a produ'(o de conhecimento n(o est/ mais circunscrita 2s institui'-esescolares provocando uma verdadeira crise a respeito da necessidade e do papel espec0)ico daci,ncia pedag4gica. Ou se1a, diante de tantos instrumentos sociais e culturais !ue in)luenciamparaaconstru'(odementesecorpos, haverianecessidadedeuma)orma'(opedag4gico3did/tica espec0)ica dos educadoresH6eillerot;>??D= divide a a'(o pedag4gica em tr,s grandes modalidadesMa primeirare"neos pro)essores detodos os n0veis deensino, monitores, educadores, treinadores 3a!uelespro)issionais!uesededicamessencialmente2atividadepedag4gica. Nasegundamodalidade, est(o os especialistas ministrantes de cursos e capacita'-es, consultores 3 a!uelespro)issionais !ue ocasionalmente lidam com atividades pedag4gicas ou ainda !ue realizama'-es educativas menos e+pl0citas, mas !ue de alguma )orma est(o ligados 2 transmiss(o deum saer ou de uma pr/tica, !ue visam convencer, estimular, e+plicar... $odas as atividadesn(o ligadas ao mundo pro)issional estariam na terceira das modalidades de a'(o pedag4gica,reunindo as pr/ticas educativas desenvolvidas no conte+to social e da vida privada, como pore+emplo, o !ue ocorre nas intera'-es )amiliares, nas ruas, nas cidades, movimentos eorganiza'-es de lazer entre outros.Ni:neo ;>??L=, sore essa !uest(o, chama a aten'(o pela amplia'(o do conceito depr/tica educativa ao contemplarmos todas essas modalidades de natureza pedag4gica. N(o setrata de pretens(o !ue a sociedade possa ser e+plicada pela Pedagogia, ademais uma atitudeing,nua. 8as se o campo do pedag4gico re)ere3se a tudo o !ue diz respeito 2 transmiss(o desaeresemodosdea'(o, implicandointencionalidadesmaisoumenose+pl0citas, pode3se)alar, e)etivamente, de uma pedagogiza'(o da sociedade, por mais !ue esse )en5meno envolvaa aplica'(o de v/rios campos do conhecimento e a a'(o de muitos agentes sociais ;p. >KQ3>K?=. Rm outro en)o!ue !ue apro+ima o ato de produzir sa"de com o ato de educar nos dadopor 8erhJ e colegas ;>??L= !ue, ao analisar as tecnologias do campo da sa"de, considera adimens(osempreinditaeartesanal dosdois)azeresotraalhoemsa"decentradonotraalho vivo em ato permanentemente, um pouco 2 semelhan'a do traalho em educa'(o ;p.>AB=.Situamos aEdu!"o $' S".d$, tanto 2s pr/ticas dedicadas a educar a popula'(opara preven'(o e recupera'(o dos prolemas da sua sa"de, como a!uelas !ue se produzem na)orma'(o das e!uipes de sa"de, no locuscircunscrito 2s pr/ticas de ordem tica e pol0ticaconstru0das socialmente, !uetraalhampelapromo'(ointegral dos seres humanos comosu1eitos em rela'(o entre si e o mundo. Na contram(o do ditado popular Faa o que eu digo,no o que eu fao, proponho a necessidade da constru'(o de coer,ncias ticas, te4ricas e11metodol4gicas entre os processos educativos !ue se desenvolvemnestes dois :mitosdistintos de educa'(o em sa"de. Por educa'(o, entende3se toda a'(o e processo de )orma'(opelo!ual indiv0duospodemintegrar3secriativamentenaculturaem!uevivem;Ni:neo,>??L=.*essalto, neste ponto, a premissa de !ue amas as situa'-es re)erem3se a conte+tosonde se processamrela'-es educativas,pois envolvemsu1etividades, historicamentesituadas, enga1adasvoluntariamenteemsitua'-esestruturadas eplani)icadas !uevisamatransmiss(oeassimila'(oativas dee+peri,ncias, saeresemodos deagir o1etivandoasupera'(o de uma dada realidade ;como resolver os seus prolemas de sa"de ou os do outro=.A rela'(o educativa,nesta perspectiva,tempor responsailidadeau+iliarnaconstru'(oderespostas 2s necessidades concretas dos su1eitos envolvidos.AsidiasdeautorescomoNi:neoe8erhJa1udamapensarn(os4adimens(opedag4gicaimplicadanasa'-esdepro)issionaisdesa"de!uesededicamaatividadesde)orma'(o de outros pro)issionais, por mdio de capacita'-es e.ou atividades de multiplica'(o,comotammavan'amnare)le+(odasrela'-eseducativasproduzidasinerentementenasintera'-es pro)issionais de sa"de 3 su1eito usu/rio do servi'o ;individual e coletivamente=. Porconta da an/lise das intera'-es !ue ocorrem no interior destes conte+tos pode3se apreender omodelo pedag4gico ao !ual tais pr/ticas est(o suordinadas, !ual a sua concep'(oepistemol4gica, o papel do su1eito edo educador nesta rela'(o.8as para !ue se possa dar continuidade a esta discuss(o,seria importante introduzira!ui algumas !uest-esM !ual o modelo su1acente 2s pr/ticas pedag4gicas !ue se realizam nascapacita'-es para aconselhamentoH Sual o modelo su1acente 2s pr/ticas pedag4gicas !ue serealizamna aordagemdo aconselhamentoH %averia ne+os dese1/veis entre estes doisconte+tos e se, sim, !uais seriam elesHDo# S"-$r$# N$!$##ro# "o Edu!"dor Da $ Na S".d$Pouca aten'(o ainda tem sido dada a outros campos de conhecimento necess/rios paraomelhordesempenho das a'-eseducativas ;tanto na )orma'(o dos pro)issionais desa"de!uanto nas atividades 1unto 2 popula'(o= !ue n(o 2!ueles ligados especi)icamente ao saertcnico3cient0)ico 3 entenda3se iomdico. Por e+emplo, do corpo mdico, espera3se um omdom0nio sore diagn4stico e mane1o cl0nico das #S$, do %&V e da AS.,sendo assim, ascapacita'-es giram asicamente em torno deste recorte espec0)ico do conhecimento. 8uitasvezes, ainten'(oderomper coma)ragmenta'(odossaeresdosdi)erentespro)issionais22envolvidos natare)adepreven'(o, diagn4sticoetratamentodo%&V,contemplandoumaaordagem mais ampla e integradora sore o ser humano, s(o receidos com resist,ncia, poistais pro)issionais n(o reconhecem essas !uest-es como pertinentes ao seu campo espec0)icode atua'(o. Ainda nesta l4gica, sup-e3se !ue ser um om tcnico, um expert em determinada /rease1a su)iciente para realizar a tare)a de ensinar, )ormar, susidiar as e!uipes alvo dotreinamento. Portr/sdestaconcep'(o, temosoeducadorcomoa!uele!uetransmiteoconhecimento.7le )ala, demonstra,e os alunos receem a in)orma'(o.Os programas detreinamento relacionados a este estilo de ensinar, s(o geralmente organizados como uma listade palestrantes com seus respectivos assuntos e hor/rios. 9ada um como respons/vel pela suaparte do conhecimento promove um revezamento estrategicamente organizado de tal )orma!ue, no )inal do curso, resta ao aluno a tare)a de reunir todos os aspectos aordados e )ormar otodonecess/rioaoseudesempenho. #etendoagoraoconhecimentodivulgado,estar(oaptos a realizar a incorpora'(o do mesmo na sua pr/tica. Os saeres n(o conversam entre si.#a mesma )orma, espera3se ser su)iciente a capacita'(o tcnica, dom0nio deprocedimentos, paradar contadosdesa)ios reveladospelaepidemiado%&V.Soreisso,9amargo ;>???=, ao analisar o cen/rio das pol0ticas p"licas e a preven'(o do %&V.AS,re)ere !ue a concep'(o da etiologia viral tem norteado a representa'(o cient0)ica da AS etemsidoocernedoen)o!uedas interven'-es 1unto2popula'(o. Noentanto,ov0rustransmite3se atravs de pr/ticas vinculadas em "ltima an/lise 2 pr4pria e+peri,ncia humana,irredut0vel aosmodelos da iologia... a!uest(o )undamental comointervir em/reas t(odelicadas dae+peri,nciahumanacomoase+ualidade, aomesmotempoatravessadasportaus e preconceitos !ue a epidemia ressaltou ;9amargo Or, >???, p. AK>=. Neste sentido, vivenciar as !uest-es do %&V e da AS, traz consigo a necessidade dediscutir e e+plicitar modelos de compreens(o sore uma psico-lgica e umascio-lgicadaepidemia vivida por indiv0duosem situa'-es concretas. #a0 teremos como desenvolver umaepistemo-lgica !ue se coadune com o nosso dizer e o nosso )azer. Ou se1a, o pro)issional desa"de !ue desconsidera a import:ncia de tais processos, tende a en)atizar, tanto na rela'(ocom seus pares !uanto na rela'(o com o usu/rio do servi'o, o conte"do a ser in)ormado comoalgo de valor em si, com poderes su)icientes de modi)icar pr/ticas e concep'-es.Sedesconsidero o !ue meu interlocutor pensa e compreende sore os prolemas !ueen)renta, e n(o tomo esse dado como ponto de partida, parto ent(o da premissa de !ue eucompreendo mais sore ele do !ue ele mesmo. A vis(o do especialista se torna " /#o, n(ou'" /#o!ue dialoga e produz o en)rentamento com outras vis-es de mundo. N(o estou33a!ui, e+altando o relativismo p4s3moderno, tampouco diminuindo a import:ncia dain)orma'(o. Apenas colocando3acomocondi'(onecess/ria, pormn(osu)icienteparaatrans)orma'(o dos indiv0duos. 8ostra3se como desa)io 2s capacita'-es ampliar as re)le+-esdos su1eitos nela envolvidos ;capacitadores e e!uipes= tentando integrar 2 perspectiva tcnicaespec0)ica, 2!uelas ligadasaosaspectoscognitivos, a)etivos epol0tico3sociaispartindodesitua'-es e conte+tos carregados de sentido. Assim, elenco como saeres necess/rios ao pro)issional da sa"de, alm da capacita'(otcnica estrita, a compreens(o sore o modo como os su1eitos aprendem, como estruturam suavis(ode mundo, elaoramconceitos cotidianos e se apropriamde pr/ticas socialmentelegitimadas ;acerca damorte, vida, se+ualidade, sa"de, doen'a=. Ocampodas 9i,nciasSociais e da Psicologia 9ognitivo tem au+iliado neste entendimento ao e+plicitar o conte"do eos processos de )orma'(o de tais modos de viver e entender a vida. ;9anes!ui, >??LE OliveiraC Oliveira, >???=. Do Lu("r do Su*$to no Pro!$##o d$ A+r$nd$r-A+r$$nd$r - R$"+r$nd$r " Vd"V/rios s(o os estudos !ue se dedicam a analisar as tend,ncias pedag4gicas presentesnas pr/ticas de 7duca'(o em Sa"deK, portanto, n(o me deterei a!ui a esta revis(o. Passo aen)ocar acontriui'(odas teorias de cunhos4cio3hist4rico, as !uais situamas pr/ticaseducativas como processos mediadores de apropria'(o criativa da cultura. Nesta perspectiva,a aprendizagem acontece atravs da vida, sendo sempre cont0nua e nunca acaada.O ato de aprender resultado da participa'(o ativa do su1eito !ue aprende por meio daapropria'(o e de constru'(o de sentido sore o mundo em !ue vive. Na vis(o de um processocont0nuo de aprendizagem, cadaeventoassimiladoouapropriadoemtermos do!ue)oiantes. 7nt(o o processo n(o como a adi'(o de um ti1olo em umaconstru'(o 3 onde o ti1olo aparece t(o evidente e autocontido comona m(o do construtor. Ao contr/rio, um pouco como a adi'(o deuma cor a outra cor em uma pintura, onde a cor adicionada se tornainseparavelmente uma parte da cor !ue l/ est/ antes e amas s(otrans)ormadas no processo. #essa )orma, o !ue aprendido nuncapode ser 1ulgado somente em termos do !ue ensinado ;6roInC#uguid, >???, p.>?=.Acentralidade do conceito de constru'(o interativa do su1eito como mundo entendida por VJgostPJ ;>?QGE>?Q?= pelo e)eito mediador dos instrumentos !ue realizam a-Para revis(o sore esse tema verM Schall e Struchiner ;>??D=. 7duca'(o no 9onte+to da 7pidemia de %&V.ASM$eorias e $end,ncias Pedag4gicas. 7mM 9zeresnia, #. et al ;orgs.=. AS?QG=, ouse1a, a!uilo!ueosu1eiton(oconsegue alcan'ar espontaneamente, sozinho, por seus pr4prios meios, mas !ue otmsucesso ao enga1ar3se em intera'-es sociais delieradamente estruturadas, como por e+emplo,no!ueocorrenaa!uisi'(odeconceitos desenvolvidospelaci,ncia. 7stasaprendizagensdespertam processos de desenvolvimento !ue s4 ocorrer(o na intera'(o com outros su1eitos!ue 1/ se apropriaramdestes processos mentais. Osu1eito reconstr4i internamente oconhecimentosocialmentecompartilhadoproduzindo,individual esu1etivamente,sentidopara o conhecimento culturalmente acumulado.1111Do# N$0o# $ntr$ A!on#$%&"r $ En#n"r " A!on#$%&"r#e nada adianta o discurso competente se a a'(o pedag4gica imperme/vel a mudan'as.Paulo Freire Aordei !uest-es relativas 2s demandas atuais pela incorpora'(o de a'-es deaconselhamento em todas as inst:ncias de preven'(o e assist,ncia.#iscuti o potencial dascapacita'-es em aconselhamento para rever os modelos de produ'(o de sa"de. Apresentei osaspectoseducativos envolvidos nasrela'-es servi'os.pro)issionais desa"deeusu/rios, oprocessodeensino3aprendizagemnaperspectivas4cio3hist4ricaetammosprocessodeprodu'(o de conhecimento desenvolvidos no aconselhamento.Nas rela'-es de aprendizagem propostas pela aordagem do aconselhamento,podemos identi)icar umsu1eitoativo, participativo, capazdereconstruir seussaeres emsitua'-es de re)le+(o e apropria'(o de in)orma'-es mediadas pelo aconselhador. Nesteconte+to, o su1eito parte integrante,parceiro do processo de autoconhecimento,capaz detrans)ormar sua realidade a partir da trans)orma'(o de sua vis(o de mundo, seu modo de ser,sentir e perceer asi e aos outros, a partir de umentendimentosoresuas condi'-essu1etivas, individuais e culturais, e tamm seus limites.8ostra3se interessante, para a con!uista de ne+os dese1/veis entre o dizer e o fazer doaconselhador !ue pretenda multiplicar seus saeres no conte+to de treinamentos ecapacita'-es emaconselhamento, !uesereproduzamas condi'-es deaprendizagem!ueproporcionem ao su1eito !ue aprende, situa'-es estruturadas !ue considerem como ponto departida os saeres !ue os participantes 1/ possuem para, a partir destes, promover interven'-escapazes de provocar a re)le+(o sore sua a'(o, produzir a troca de e+peri,ncias e a constru'(odenovasalternativasmediadapeloeducador !uevisemmudan'assigni)icativas emseusprocessos de traalho.As capacita'-es em aconselhamento prev,em o acesso a uma teoriza'(o !ue de)ina ecaracterize esta aordagem, porm torna3se necess/rio tanto !uanto a perspectiva te4rica, apossiilidade de acompanhamento de servi'os de aconselhamento !ue visem articular pr/ticae teoria, viv,ncia e teoriza'(o para uma melhor de)ini'(o deste instrumento de interven'(o nointerior de realidades espec0)icas. Uarantir a participa'(o ativa do su1eito se1a ele usu/rio deumservi'o de sa"de ou pro)issional do servi'o de sa"de,!ue dese1a apropriar3secriativamente e autonomamente de instrumentos !ue viailizemsua inser'(onomundo1212;pro)issional e pessoal= tem se revelado um caminho de coer,ncia entre o dizer e o fazer dospro)issionais !ue aceitam o desa)io de ocupar duplamente o lugar de educador. 9onhecer paraagir, agir para conhecer.R$)$r1n!" 2-%o(r)!" Assis, 85nica. ;ABB>=. Rma Nova Sensiilidade nas Pr/ticas de Sa"de. 7mM Vasconcelos, 7Jmar 8our(o. A Sa"de nas Palavras e nos UestosM re)le+-es da rede educa'(o popular e Sa"de. 7ditora %ucitec. S(o Paulo.6astos, Francisco&n/cioCSzIarcIald, 9lia Nandmann. ;>???=. Aids ePauperiza'(oMPrincipais 9onceitos e7vid,ncias 7mp0ricas. 7mM SoreA7pidemiadaAids no6rasilM#istintas Aordagens. 6rasil. 8inistrio da Sa"de. 6roIn, Oohn SeelJ e #uguid, Paul. ;>???=. O 9onhecimento *ouado. 9adernosPedag4gicos, numero >Q, >Q3ADE Secretaria 8unicipal de 7duca'(o de Porto AlegreE PortoAlegre.9amargoO*, V. *. ;>???=Pol0ticas PulicasePreven'(oem%&V.aids. 7mM ParPer, *.EUalv(o, O.E 6essa, 8. S. ;org= ;>???=. Sa"de, #esenvolvimento e pol0tica < *espostas )rente 2AS no 6rasil. *io de Oaneiro. A6&AE S(o Paulo, editora KG.9ampos, Uast(o Wagner de Souza. ;>??L=. Su1etividade e Administra'(o de PessoalMconsidera'-es sore modos de gerenciar otraalho eme!uipes de sa"de. 7mM 8erhJ,7merson 7lias e OnoPo, *osana.;orgs.=E ;>??L=. Agir em Sa"de, um desa)io para o p"lico.S(o PauloE 7ditora %ucitec.9osta, Ourandir Freire. ;>??G=. Pre)/cio. 7mM ParPer, *ichard. SolidariedadeM aids, se+ualidadee pol0tica no 6rasil, A6&A,*elume3#umar/E *io de Oaneiro.Freire, Paulo. ;>??X=. Pedagogia daAutonomiaM saeres necess/rios 2pr/ticaeducativa.7ditora Paz e $erra. S(o Paulo.Nianeo, 1. c. ;>??L=. Pedagogia e 8odernidadeM Presente e Futuro da 7scola. 7m UhirardheliOr, Paulo ;org=. &n):ncia, 7scola e 8odernidade. 7ditora 9ortez. S(o Paulo. 8anual de Aconselhamento em #S$, %&V e aids < #iretrizes e procedimentos /sicos. ;ABBB=8inistrio da sa"de. 6rasil.8attos, *.A. Soreoslimiteseaspossiilidadesdos7studos Acercadosimpactosdaspol0ticas p"licas relativas 2 epidemia de %&V.AidsM algumas re)le+-es metodol4gicas )eitas apartir docasorasileiro. 7mM ParPer, *.E Ualv(o, O.E 6essa, 8. S. ;org= ;>???=. Sa"de,#esenvolvimento e pol0tica < *espostas )rente 2 AS no 6rasil. *io de Oaneiro. A6&AES(oPaulo, editora KG.8erhJ, 7merson 7lias e OnoPo, *osana.;orgs.=E ;>??L=. Agir em Sa"de, um desa)io para op"lico. S(o PauloE 7ditora %ucitec.1-1-8erhJ, 7merson 7lias. ;>??L=. 7m 6usca do $empo PerdidoM a micropol0tica do traalho vivoem sa"de. 7mM 8erhJ, 7merson 7lias e OnoPo, *osana.;orgs.=E ;>??L=. Agir em Sa"de, umdesa)io para o p"lico. S(o PauloE 7ditora %ucitec.8erhJ, 7merson 7liasE 9haPPour, 8auricioE Ste)ano. 8aria 7rc0liaE Santos, 9laudia 8enezesE*odrigues, *odrigoArnaldoe Oliveira, Patr0cia 9oncei'(o Pires ;>??L=. 7m6usca deFerramentas Analisadoras das$ecnologias emSa"deM ain)orma'(oeodiaadiadeumservi'o, interrogandoegerindotraalhoemsa"de. 7mM 8erhJ, 7merson7liaseOnoPo,*osana.;orgs.=E ;>??L=. Agir emSa"de, umdesa)iopara op"lico. S(oPauloE 7ditora%ucitec.8erhJ, 7merson 7lias.;ABBA=. Sa"deM 9artogra)ia do $raalho Vivo.7ditora %ucitec,S(oPaulo.Nogueira, *oerto Passos. ;ABB>=. %igiomaniaM a osess(o coma sa"de na sociedadecontempor:nea. 7mM Vasconcelos, 7Jmar 8our(o. ASa"de nas Palavras e nos UestosMre)le+-es da rede educa'(o popular e sa"de. 7ditora %ucitec. S(o Paulo.ParPer,*.E Ualv(o, O.E 6essa, 8. S. ;org=;>???=. Sa"de, #esenvolvimentoePol0tica??D=. OProcessode Aconselhamento. 7ditora8artins Fontes, S(o Paulo.*ogers, 9. *. ;>?L>=. Nierdade Para Aprender. 7ditora &nterlivros, 6elo %orizonte.Salvador, 9sar 9oll. ;>??G=. Aprendizagem 7scolar e 9onstru'(o do 9onhecimento. Artes8dicas, Porto Alegre.Schall, Virginia$. eStruchiner, 8iriam.;>??D=. 7duca'(ono9onte+toda7pidemiade%&V.ASM teorias e tend,ncias pedag4gicas. 7mM 9zeresnia, #inaE Santos, 7lizaeth8oreiraE 6arosa, *egina %elena Sim-es e 8onteiro, Simone ;orgs.= Aids, Pes!uisa Social e7duca'(o. A6*AS9OE 7ditora %ucitec, S(o Paulo.SmePe, 7lizaeth de Neone 8onteiro. ;ABB>=. 7duca'(o em Sa"de e 9oncep'-es de Su1eito.7mM Vasconcelos, 7Jmar 8our(o.A Sa"denasPalavrasenosUestosM re)le+-esdaredeeduca'(o popular e sa"de. 7ditora %ucitec. S(o Paulo.Sontag, Susan. ;ABBK=. #iante da #or dos Outros. 9ompanhia das letras, S(o Paulo.Valla, Victor Vincent. ;ABB>=. Uloaliza'(o e Sa"de no 6rasilM a usca da soreviv,ncia pelasclasses populares via !uest(oreligiosa. 7mM Vasconcelos, 7Jmar 8our(o. ASa"denasPalavrasenosUestosM re)le+-esdaredeeduca'(opopularesa"de. 7ditora%ucitec. S(oPaulo.VJgotsPJ, N. S. ;>?QG=. A Forma'(o Social da 8ente. 8artins Fontes, S(o Paulo. VJgotsPJ, N. S. ;>?Q?=. Pensamento e Ninguagem. 8artins Fontes, S(o Paulo. 1.1.