Download - Adosu o Significado Do Adosu Do Osù e Do Waji

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  • O SIGNIFICADO DO OSU- ADSU OSU o nome dado um cone feito de elementos prprios que compem o SE, que transferido ao OR do iniciado ou seja o YW. O OSU composto de algumas substncias in-natura, outras secas, sendo que devemos seguir a tradio do nosso separa que possamos ter todos os ingredientes necessrios eCORRETOS, como tambm para mistur-los. Ele serve de veculo para transmitir o se do RS a ser consagrado no futuro iniciado. O OSU formado por elementos essenciais de Transmisso e de Veiculao de SE, mas no somente carrega o SE,mas tambm a individualizao de cada RS; sendo assim h uma EXPRESSIVA DIFERENA entre os OSU. Cada qual leva suas substncias distintas e especficas, ou seja, um diferente do outro. a preparao Ritualstica de uma base apta a receber o RS ELD quando ELE manifestar-se no iniciado. Na iniciao do RS SNG na Nigria deixado um tufo de cabelo, mas mesmo assim o devoto utiliza o cone, que recebe o mesmo nome por lembrar o "chifre" do OR da galinha da angola. Todos os iniciados os OMO RS KON, so chamados de ADSU, ou seja, aqueles que possuem o OSU. Para que possa veicular o se pretendido, o OSU deve ser consagrado ritualisticamente em um ODO (almofariz-pilo) devidamente preparado para este tipo de cerimnia. O almofariz, onde os elementos sagrados so triturados considerado um objeto sagrado. . Simboliza as duas foras fundamentais: o almofariz representa o plo feminino, enquanto a mo do pilo representa o plo masculino. O que se obtm deles o terceiro elemento: O elemento criado, o elemento procriado. No ritual para o preparo do OSU, so recitados os GBDRA (rezas), e estes so de competncia nica e exclusiva dos BBLRS ou da YLRSA, ou da YAL ou YLSE, ou o BBAL ou BBLSE ( aquela ou aquele que a assistente direta do BB ou da Y, a segunda(o) em comando em qualquer assunto dentro do IL). Estes GBDRA so transmitidos aos futuros BBLRS ou YLRSA por seus SACERDOTES, quando estes recebem seu cargo de

  • OY , ou seja: a permisso de abrir a sua prpria CASA TEMPLO = IL mantendo assim a tradio dentro do SE. Em determinado momento da iniciao do BON ( que aps estes atos passara a se chamar YW ), o SACERDOTE ( a) pega esta massa do almofariz e a fixa em formato cnico, sobre o crnio raspado do BON; mais especificamente em um pequeno corte ritualstico denominado de GBR, por intermdio de um ritual que culmina quando se profere o OF, para consagrar o OSU. Uma vez Sacralizado corretamente e por quem de direito, o OSU fortalece o se do RS, consagrado no Iniciado, e, este passa ser chamado de ADSU. O denominao A'DOSU, resulta na forma contrada das palavras A + d + osu, interpretamos como: AQUELE QUE CARREGA O OSU ou O PORTADOR DO OSU ou CABEA QUE LEVOU O OSU. OBS- de suma importncia lembrar que a gramtica Yorb na prtica de sua linguagem comum usar o sinal diacrtico do APOSTROFO. Consiste em que se em uma mesma frase a palavra termina com uma vogal e a palavra seguinte comea com uma vogal, uma destas duas vogais sofre supresso, ento duas ou mais palavras tornam-se apenas uma. O perodo da iniciao consiste em um conjunto de vrios atos ritualsticos. Depois do ato do ORO, a Y KKER (a me que cria) ou a OJUBNA (aquela que conduz auxiliar da Y KKER ), lavar o corpo do INICIADO com o GBO preparado com as EW (folhas consagradas) e outros elementos ao RS do Iniciado. Este banho destinados estabelecer a ligao entre o RS ELD e o seu Iniciado. O corpo do YW impregnado com mais este SE , completando a ao do OSU, que estabeleceu em seu OR, os elementos sagrados e vitais do seu RS. O corpo do ADSU YW tornou-se o receptculo de energia e essncia que emana de seu RS completando assim a transmisso e veiculao do SE do seu RS ELD e do seu RS OR. Esta INICIAO s ocorrera UMA NICA VEZ para qualquer BON. Mesmo que este seja INICIADO em um RS que no pertence a sua FAMLIA DE RS. Por isto muito importante que os BON escolham muito bem em qual CASA TEMPLO freqentar, e, qual o SACERDOTE (a) que vai INICI-LO. OBS; J descrevi sobre o que quer dizer FAMLIA DE RS em outro tpico em meu blog. Exemplificando o OSU pode ser comparado a uma fotografia.

  • Ela contm em si a imagem latente do RS, impressa no momento da iniciao sobre um esprito virgem de toda impresso, e essa imagem revela-se e manifesta-se quando as condies favorveis esto reunidas. O OSU que no tenha sido submetido ao CORRETO RITUAL respeitando os FUNDAMENTOS e a RITUALSTICA, por quaisquer que sejam os motivos, ele no lhe foi transmitido o devido e Verdadeiro SE, assim sendo no ter utilidade litrgica, ser apenas um aglomerado de substncias e nada mais. Sendo assim isto poder colocar em RISCO esta INICIAO, de no ser considerado ( a) este BON como INICIADO. O OSU usado na INICIAO e nas OBRIGAES de trs e de sete anos e na morte, quando simbolicamente ele retirado do corpo morto, atravs de um ritual muito reservado. Quando a morte se d por um acidente difcil de usar o corpo, os Preceitos so feitos em uma cabaa, que representar o OR do falecido. Por todo o exposto que se justifica a crtica severa que ns Sacerdotes (a) fazemos a certos OGN que se aventuram mais tarde a serem BBLRS, como vemos muitos casos hoje em dia. ODB K OYA wr wa!!!

    Ax, efun e waji Para os Yorubs, o as, ou mais popularmente conhecido como ax, que a fora vital. Segundo Maupoil (citado por E. dos Santos, 1986) ax a fora invisvel, a fora mgico-sagrada de toda divindade, de todo ser animado, de toda coisa. No aparece espontaneamente, precisa ser transmitida.

  • Qualquer chance de realizao na existncia depende do ax que, enquanto fora, obedece a algumas leis: 1. absorvvel, desgastvel, elaborvel e acumulvel; 2. transmissvel atravs de certos elementos materiais, de certas substncias; 3. uma vez transferido por essas substncias a seres e objetos, neles mantm e renova o poder de realizao; 4. pode ser aplicado a diversas finalidades; 5. sua qualidade varia segundo a combinao de elementos que o constituem e que so, por sua vez, portadores de uma determinada carga, de uma particular energia e de um particular poder de realizao. O ax dos Orixs, por exemplo, realimentado atravs de oferendas e de ao ritual, transmitido por intermdio da iniciao e ativado pela conduta individual e ritual; 6. pode diminuir ou aumentar. O ax encontra-se numa grande variedade de

  • elementos do reino animal, vegetal e mineral. Encontra-se em elementos da gua, doce e salgada e da terra. Acha-se contido nas substncias essenciais de seres, animados ou no. Elbein dos Santos (1986) apresenta uma classificao do ax em categorias: sangue vermelho, sangue branco e sangue preto. O sangue vermelho, no reino animal compreende o sangue propriamente dito, animal e humano, a includo o fluxo menstrual; no reino vegetal, inclui o epo, azeite de dend, o osun, p vermelho extrado de pterocarpus erinacesses e o mel, sangue das flores. O sangue branco, inclue: no reino animal, o hlito, o plasma, o smen, a saliva, o suor e outras secrees; no reino vegetal, a seiva, o sumo, o lcool e as bebidas brancas extradas de palmeiras e de alguns vegetais, o ori, manteiga vegetal e oiyerosun, p esbranquiado extrado do irosun; no reino mineral, os sais, o giz, a prata, o chumbo, etc. O sangue preto compreende, no reino animal, as cinzas de animais; no vegetal, o sumo escuro de certas plantas, o ilu, ndigo extrado de diferentes tipos de rvores, p azul escuro chamado wji; no reino mineral, o carvo, ferro, etc.

  • Para poder atuar, o ax deve ser transmitido atravs de uma combinao particular que contm representaes materiais e simblicas do branco, do vermelho e do preto, do aiye e do orun, competindo ao orculo a definio da composio necessria do ax a ser implantado ou restitudo. O sangue - animal, vegetal ou mineral - substncia indispensvel para a restaurao da fora. Todo ritual, seja uma oferenda, um processo inicitico ou uma consagrao, realiza implante da fora ou revitalizao. O que vive, para poder realizar-se ou realizar, precisa de ax e,

  • no sendo a fonte inesgotvel, a reposio se faz necessria e obtida atravs da prtica ritual que reatualiza a fora do tempo primordial, o tempo da criao! A importncia da regularidade dos ritos reside no fato de que a presena das entidades sobrenaturais favorecida pela atividade ritual, ocasio privilegiada da transferncia e redistribuio do ax. Este, oriundo das mos e do hlito dos mais antigos, na relao interpessoal, recebido atravs do corpo e atinge nveis profundos, includos os da personalidade, atravs do sangue mineral, vegetal e animal das oferendas. Primeiramente, gostaria de citar que existem diferenas entre efun e pemba, osn e urucum, wji e anil, estes primeiros facilmente importados do continente Africano, no havendo a necessidade de

  • substitu-los. Efun um nome jeje-nago dado a vrios tipos de p, utilizados nos rituais afro brasileiro. muito mais conhecido pelos leigos e na Umbanda como pemba, nomeclatura utilizada pela nao angola. No Afro-brasileiro utilizamos somente trs pinturas durante a cerimnia do EFUN AGB: efun - (um tipo de argila branca), osn um tipo de p vermelho, obtido da rvore Baphia nitida e Peterocarpus osun ambas Leguminosae Papilionoideae e o wji um tipo de p azul, obtido da rvore Indigofera sp. Leguminosae Papilionoideae. Cada uma destas cores esto relacionadas com determinados Odus e existem vrios significados para as pinturas, poderei citar as trs principais a saber: As trs representam as trs passagens do dia, o amanhecer (efun) o crepusculo (osn) e o anoitecer (wji). Essas pinturas tambm representam uma forma de proteo contra as foras malficas das trs principais Iyami j (as feiticeiras) impedindo-as que pousem sobre as pessoas e uma das principais caracteristicas destas pinturas, tem como objetivo vincular todo o se transmitido ao novio durante os ritos da iniciao.

  • O wji um elemento muito importante no culto aos Orixs, uma vez que, junto com outros elementos, ajuda a proteger a cabea dos nossos iyawos contra as Aj. Segunda a crena africana essas pinturas impediriam que eley (ave ligada as Iyami) pousasse no ori das neoiniciadas, pois caso isso ocorresse seria um desastre para vida dessa pessoa. O wji representa a cor dundun (preta), o sangue azul que vem das folhas. Existem diversas espcies que podem ser utilizadas para a produo de corantes azuis como a Isatis tinctoria , Indigofera tinctoria e o Lonchucarpus cyanescens. Segundo alguns relatos, as duas primeiras no seriam utilizadas para a produo do wji tradicional, sendo apenas usadas para a confeco do anil (usado para tingir jeans, por exemplo). O verdadeiro wji seria, portanto, retirado do processo de fermentao das folhas do Lonchucarpus sp. que conhecido pelo nome de ndigo africano ou ndigo Yorub. O processo de fabricao desse corante era complexo e

  • exigia grande percia, sendo cercado de prescries e proibies rituais. Era to importante que os tinteiros Yorubs cultuavam at uma divindade especfica para essa finalidade, Iy Mapo. O pano tingido de ndigo significava riqueza, abundncia e fertilidade.

    IYEROSUN

    Iyerosun, p produzido pela ao das trmitas sobre a madeira da rvore OSUN (Baphia ntida), o mais comumente usado pelos babalas de origem africana para a

    impresso das figuras dos Odus de If sobre o opon. O nome IYEROSUN resulta do

    acoplamento das palavras IYE (p) e OSUN nome da rvore que o produz, significando, portanto, p ou serragem da rvore OSUN.

    Esta no a nica utilizao do IYEROSUN. Ele serve de veculo para transmitir ax de

    diferentes formas, inclusive na confeco de medicinas para diversos fins, e at mesmo para ser ingerido na sua forma natural ou

    misturado a algum tipo de alimento ou bebida.

  • O IYEROSUN que no tenha sido submetido ao ritual onde os Odus so marcados e rezados,

    e onde o encantamento feito, no tem a mnima utilidade litrgica, apenas p de

    cupim e nada mais.

    Para que possa veicular o ax pretendido, deve ser consagrado no opon por cerimnias que so de competncia nica e exclusiva dos Babalawos e iniciados em If, investidos da

    autorizao e sabedoria para tal.

  • Uma vez sacralizado corretamente e por quem de direito, pode servir de e para fortalecer o ax de comidas oferecidas a Orunmil e aos

    Orixs.