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1. Testes confirmatórios para HIV-1

A confirmação do diagnóstico de HIV é baseada na presença de anticorpos (Ac)

contra o vírus no soro sanguíneo humano. Primeiramente faz-se o teste ELISA, para HIV-

1/2. Quando nesse teste a reação é positiva, ou seja, quando por meio desse teste

detectam-se anticorpos contra o HIV no soro, existe a necessidade de realizar-se testes

confirmatórios, que podem ser o de Imunofluorescência (IFI), Imunoblot ou o de Western

Blot.

O teste de IFI, como foi dito, é um teste utilizado para confirmar a presença do Ac

para HIV em amostra de soro humano. Há cerca de 20 anos, iniciou-se no Brasil a

realização desse teste. Por ser um teste eficiente e cujos kits têm produção nacional, tem

proporcionado um custo relativamente menor, levando-se em conta os altos custos do teste

Western blot.

O Ministério da Saúde, através do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais,

mantém uma rede de laboratórios públicos no país, que realizam testes de IFI para HIV-1.

Esta é a Rede Nacional de Imunofluorescência que é composta por 141 laboratórios, que

recebem gratuitamente os kits para realização dos testes sorológicos de IFI.

Princípio do teste de Imunofluorescência indireta para diagnóstico da

infecção pelo HIV-1

Este teste consiste na reação de soros ou plasmas humanos com células K37-3,

infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1), previamente fixadas em

lâminas de microscopia para fluorescência.

Aproximadamente 25-35% das células possuem antígenos (Ag) virais capazes de

serem detectados em sua superfície. O soro humano pesquisado é considerado reagente

quando, ao entrar em contato com o Ag do HIV-1, produzir uma reação fluorescente. Essa

reação se dá devido à presença de Ac para HIV-1 no soro, que pode ser visualizada após a

adição de anti-imunoglobulina humana (anti-Ig) conjugada com isotiocianato de fluoresceína,

que se liga à reação Ag-Ac produzindo uma reação fluorescente. A reação negativa tem

ausência de fluorescência. São utilizados controles positivo e negativo para todas as

reações e a leitura da reação é realizada com microscópio de imunofluorescência.

O Ministério da Saúde utiliza o Teste Imunoblot Rápido DPP HIV ½ que é um teste

utilizado na rede laboratorial para confirmação da infecção pelo HIV1/2, ou seja, esse teste é

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utilizado na Etapa II do Fluxograma Laboratorial para Diagnóstico da Infecção pelo HIV, que

consta no Anexo III da Portaria nº 151, de 14 de outubro de 2009. Esse teste tem

característica de maior especificidade e será realizado em amostra que obteve resultado

reagente no teste laboratorial da Etapa I.

O Imunoblot Rápido é um teste imunocromatográfico e utiliza plataforma de duplo

percurso. Pode ser realizado utilizando amostra de sangue total, soro ou plasma, em

ambiente laboratorial. Esse teste está substituindo o teste de Imunofluorescência Indireta

HIV 1, nos laboratórios públicos.