A humanidade fascina-me. Fascinam-me os gestos simples, os olhares cansados, de
carinho ou mágoa. Apaixonam-me os movimentos dos ombros ou da curva das
costas quando alguém se senta ou se levanta. A força da alma em cada coreografia
do simples existir quotidiano.
A pessoa é tão complexa, tão sublime e, ao mesmo tempo, tão banal.
No meu trabalho procuro, com simplicidade, transcrever a busca de individualidade.
No desenho, na pintura, em composições por vezes mistas, descubro pessoas –
marcadas pelos seus gestos, confrontadas com um espaço sintomaticamente
invasivo que questiona a sua identidade. Os rostos, muitas vezes estão ausentes ou
apenas sugeridos com traços ou sombras. Em alguns momentos são compostos por
fragmentos, faixas, linhas – que se acompanham, cruzam, mas desagregam em
tentativas de criar uma forma, uma pessoa. Os corpos podem ser planos de cor,
deformados ou desconstruídos, onde a luz e a sombra sugerem as formas e dão
sentido aos gestos ou movimentos.
A actualidade da vida moderna condena-nos a uma constante procura de forma, de
saber ser e saber estar. Mutação. Metamorfose. Desencaixe.
Velocidade que não conseguimos acompanhar, mas para onde somos puxados
quase imperceptivelmente. E tentamos adaptarmo-nos, adequarmo-nos. E
fragmentamo-nos, tentando sempre encaixar, tentando pertencer, apenas para
descobrir que já tudo mudou. Outra vez.
AMS
2015
CVAna Margarida Soares
n. 1973 em Sintra, Portugal
E-mail: [email protected]
Tlm: 91 662 75 03
https://www.facebook.com/amsarts
EXPOSIÇÕES
1998 Restaurante-Galeria 8, Estoril
Mostra individual de desenho e pintura
1997 Bar, Sintra
Mostra individual de desenho e pintura
FORMAÇÃO ACADÉMICA
2004 SNBA Lisboa
1º Ano do Curso Livre de Iniciação à Pintura
1991–1997 Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa
Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Franceses e Ingleses
2006-2007 ISCTE
Pós-Graduação em Gestão de Recursos Humanos
perceptionPerception is always wrong.
It works both ways, but the fact is that it eludes truth as part of its existence.
Perceive.
Deviation by means of the interference of the self.
My perception is someone else's truth. My truth is mine alone. But never real as it is mine and lacks consistency on the outside.
It is outside that is embodies existence.
What is that you perceive I am? Can you grant me existence?
I travel through many perspectives. My body revolves in an endless prism, reflecting myself in shades of me.
AMS2008
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