UNI V E R S I D AD E FE DE R AL D A B AH I A
P R Ó - R E I T O R I A D E P E S Q U I S A E P Ó S - G R A D U A Ç Ã O P r o g r a m a I n s t i t u c i o n a l d e B o l s a s d e I n i c i a ç ã o
C i e n t í f i c a
P I B I C
Relatório Final
2011 Bolsista PIBIC
Título do Plano de Trabalho do Bolsista
Uma Análise das Estratégias de Divulgação Implementadas pelo ELSA Brasil: Metodologia e Resultados.
Título do Projeto do Orientador
Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto – ELSA Brasil
Nome do Aluno Alexandro Mota da Silva
Nome do Orientador
Estela Maria Motta Lima Leão de Aquino
Grupo de Pesquisa (opcional)
Palavras Chave (até 3)
Divulgação, Comunicação, Saúde.
Período de Vigência
Agosto de 2010 a agosto de 2011
Resumo
As ações de divulgação realizadas na Bahia pelo Estudo Longitudinal de Saúde do
Adulto – ELSA Brasil, que resultaram no recrutamento de 2.031 voluntários para a
pesquisa, são objeto de discussão e análise deste artigo. Considerando que a
execução de um estudo de coorte multicêntrico é pioneira no Brasil, as estratégias
de comunicação refletiram esse caráter experimental, moldando-se às
necessidades surgidas ao longo do desenvolvimento da pesquisa. Este artigo traça
também paralelos entre ações planejadas e executadas pelo ELSA Brasil na
Universidade Federal da Bahia e a entrada de novos participantes na coorte. Para
isso, foram analisadas divulgações realizadas em campo, ações desenvolvidas
para públicos específicos, estratégias de fortalecimento da marca e campanhas de
indicação.
1. Introdução
A incidência e os fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas
na população brasileira, em especial as cardiovasculares e o diabetes mellitus,
são os principais objetos de investigação do Estudo Longitudinal de Saúde do
Adulto - ELSA Brasil -, pesquisa pioneira no país. O ELSA é um estudo de
coorte multicêntrico que acompanha o estado de saúde de 15 mil servidores de
seis instituições brasileiras de ensino e pesquisa: Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz); Universidade de São Paulo (USP); e as universidades federais da
Bahia (UFBA), Espírito Santo (Ufes), Minas Gerais (UFMG) e Rio Grande do
Sul (UFRGS).
Tendo em vista esses objetivos, o ELSA Brasil recrutou, entre os anos de 2008
e 2010, um total de 15.102 participantes – entre homens e mulheres,
servidores ativos e aposentados, com idades entre 35 e 74 anos1 – para serem
monitorados pelo período mínimo de sete anos. Durante a formação da linha
de base do ELSA Brasil, concluída em dezembro de 2010, os servidores
realizaram uma série de exames e entrevistas nos Centros de Investigação
(CIs) com o objetivo de compreender o estado de saúde dos voluntários sob
uma perspectiva multidisciplinar.
A etapa de recrutar voluntários para a coorte do ELSA consistiu em um
momento crucial para o início das atividades do estudo. As estratégias de
divulgação e comunicação junto à população elegível e ao público em geral
focaram na criação de uma imagem positiva do ELSA, consolidação do nome e
da logomarca, estreitamento das relações institucionais e, sobretudo, na
composição da coorte para viabilização da pesquisa.
As ações de comunicação que colaboraram para a conclusão desta etapa no
Centro de Investigação da Bahia (CI-BA) serão aqui objeto de estudo. A
1 Ao longo do artigo, entende-se por “servidores elegíveis” na Universidade Federal da Bahia
aqueles que se enquadram nesse perfil: homens ou mulheres, servidores/as do quadro permanente da UFBA, ativos/as ou aposentados/as, com idades entre 35 e 74 anos e residentes na Região Metropolitana de Salvador.
iniciativa visa documentar essas experiências - pioneiras no país - como forma
de contribuição para possíveis ações semelhantes no futuro, além de nortear
as próximas etapas do ELSA, visto que a manutenção da coorte e da imagem
positiva do estudo são fatores imprescindíveis para os resultados e
credibilidade do mesmo.
A divulgação da pesquisa na Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi
realizada por meio de eventos (lançamento da pesquisa e inauguração do
Centro de Investigação Bahia), produtos de comunicação (boletins
informativos, folders, guias, encartes, cartas, mensagens eletrônicas, etc.),
visitas de divulgação às unidades e órgãos, desenvolvimento e atualização do
website do ELSA, envio de releases para veículos institucionais da
Universidade, tais como websites da UFBA e parceiros, entre outras atividades.
Diferentes meios permitiram o contato de servidores interessados em ingressar
na pesquisa, tais como central de telefone para esclarecimentos e inscrição,
emails institucionais, fichas de contato anexadas ao folder e em versão on-line
no website do estudo, e outros meios utilizados em situações específicas ao
longo do processo de recrutamento.
Pretende-se, aqui, analisar estas estratégias de divulgação e comunicação,
buscando correlacioná-las aos fluxos de participantes inscritos ao longo do
tempo - considerando as devidas particularidades situacionais - e as formas de
inscrição utilizadas. A análise das ações em comunicação pode auxiliar na
elaboração e execução de novas estratégias que serão empregadas durante o
período de seguimento da coorte, com o intuito de garantir a permanência dos
servidores no estudo. Além disso, poderá nortear as atividades de
comunicação em futuras campanhas de recrutamento de iniciativas
semelhantes no país.
2. Materiais e métodos
Para tornar a análise viável, sem deixar de lado a diversidade de estratégias
empregadas com fins de divulgação, fez-se necessário traçar um recorte dos
produtos e atividades aqui descritos. Portanto, foram selecionadas algumas
ações dentro do universo de estratégias planejadas e executadas ao longo do
período de recrutamento de participantes para o ELSA na Bahia. A escolha do
corpus de análise pretendeu garantir a diversidade de estratégias aplicadas,
priorizando exemplos de ações que possuem registros (relatórios,
depoimentos, quantificações etc.) suficientes para traçar paralelos.
Para isso, dividimos as ações e produtos em quatro blocos distintos: divulgação
em campo; estratégias para públicos específicos; estratégias de fortalecimento
da marca e campanhas de indicação. Para análise da divulgação em campo, o
bloco foi subdividido em ações em unidades de ensino e em unidades
administrativas, por entendermos que o local de trabalho já é revelador do
público alvo, o que exigiu estratégias diferenciadas. No bloco estratégias para
públicos específicos, destacamos os grupos de servidores aposentados -
exemplo de estabelecimento de parceria como forma de potencializar a
divulgação - e de servidores do sexo masculino, como exemplo de reversão de
resistências. A distribuição de brindes, boletins e o uso de outdoor
correspondem ao terceiro bloco de análise, no qual foram discutidas as ações
de fortalecimento da marca ELSA Brasil na Bahia. A campanha “Quando 1 + 1
é igual a 2 mil” foi selecionada para o exame das campanhas de indicação de
novos voluntários para o estudo.
Destacamos que a divisão das ações e produtos de comunicação em blocos
visou operacionalizar a análise, mas estes não são excludentes, pelo contrário,
complementam-se. As estratégias de fortalecimento da marca, por exemplo,
estão presentes em todas as ações de comunicação, da mesma forma, ações
em campo e campanhas de indicações foram realizadas também a partir do
direcionamento para públicos específicos.
3. Resultados
Para o ELSA Bahia, o processo de recrutamento consistiu em uma ampla
oportunidade de construir, experimentar, adaptar e lapidar diversificadas ações
de comunicação. Trata-se de ações que ousaram perceber alternativas além
do óbvio, como por exemplo, a ação que buscou servidores em locais
estratégicos fora do seu ambiente de trabalho. É o caso das visitas a agências
bancárias dentro da UFBA durante o período de pagamento dos servidores ou
da ação que valorizou o espaço da Superintendência de Pessoal (SPE), por se
tratar de um local de grande trânsito de servidores.
Trata-se, ainda, de ações que ampliaram o número de agentes difusores da
proposta, como a criação de campanhas de indicação e o estabelecimento de
parcerias com o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da UFBA
e UFRB (Assufba), com a Associação dos Professores Universitários da Bahia
(Apub) e com a Assessoria de Comunicação do Complexo Hospitalar
Universitário Prof. Edgard Santos (HUPES). Foram ações que exploraram ao
máximo as mídias disponíveis para divulgação, como o mapeamento de sites
institucionais da Universidade para identificar quais deles permitiam a
publicação de notícias sobre o ELSA.
Considerando a articulação das ações de divulgação em campo, das
estratégias para públicos específicos, as campanhas de indicação e a
permanente gestão da marca, as ações de comunicação foram positivas na
Bahia e alcançaram as metas de forma eficiente, em especial pela
sensibilidade a mudanças, empenho e real comprometimento dos envolvidos,
além da valorização de agentes multiplicadores.
Para as próximas etapas, uma das ações imprescindíveis é o estreitamento da
parceria com a SPE com o objetivo de ter dados atualizados dos servidores da
UFBA que participam do ELSA, acompanhando assim a movimentação destes
na Universidade, com informações sobre local de trabalho e situação funcional.
Essa necessidade tem sido percebida pelo caráter longitudinal do estudo, que
prevê ações e contatos com os participantes ao longo dos anos.
As ações de fortalecimento da marca, visto que têm dado certo, devem ser
mantidas ou mesmo ampliadas. Uma sugestão para manter o participante
informado e próximo ao ELSA ao decorrer do estudo é a produção de um
newsletter mensal, com adaptações de textos e direcionamento para o site,
bem como dicas de saúde e bem estar produzidas pelos pesquisadores do
ELSA Brasil. A estratégia pode render bons resultados, principalmente se
considerarmos a eficiência e o baixo-custo do meio on-line.
O cruzamento dos dados de entradas relacionados com ações pontuais atesta
a decisiva inclusão das ações de comunicação no processo de recrutamento,
como é o caso do aumento de 1300% do número de inscrições durante a
semana de divulgação de outdoor e um aumento na ordem de
aproximadamente 152,43% do número de inscritos durante uma das
campanhas de indicação. A articulação das ações e a continuidade e o
alinhamento destas permitiu a constância de inscrição ao longo de toda etapa
de divulgação.
4. Discussão
As ações de comunicação desenvolvidas pelo Núcleo de Comunicação Social
do Centro de Investigação Bahia (CI-BA) durante o recrutamento de
participantes na UFBA serão aqui objetos de estudo, com a finalidade de
analisar e compreender os métodos empregados e os resultados obtidos. A
meta do CI-BA era recrutar 2 mil servidores da UFBA, entre professores e
funcionários técnico-administrativos, com idade entre 35 e 74 anos, ativos e
aposentados. Em setembro de 2010, o CI-BA atingiu o número de 2.031
recrutados, alcançando assim a sua meta.
A sensibilização de pessoas para participação em uma pesquisa na área de
saúde, como no caso do ELSA, exige a elaboração de estratégias de
comunicação de forma não apenas a promover a adesão dos voluntários, mas
também evitar evasões ao longo da pesquisa, visto que a permanência dos
colaboradores durante a realização do estudo, no mínimo 7 anos, é
fundamental para a consistência dos resultados. Por isso, é necessário ser
transparente na divulgação dos objetivos, etapas e procedimentos realizados
durante todo o estudo, bem como estabelecer relações coesas com seus
diversos públicos.
Pesquisas apontam (YANCEY, ORTEGA e KUMANYIKA: 2006) que a
desconfiança é uma das grandes barreiras para aceitação dos voluntários. Por
conta disso, é imprescindível a preocupação tanto com a imagem do estudo,
quanto do pré-conceito que o cidadão comum tem em relação a uma pesquisa
de saúde envolvendo seres humanos.
Investigadores afirmaram que muitas barreiras relacionadas com a confiabilidade podem ser eliminadas com uma melhor comunicação. Para isso, deve-se aumentar a concordância entre os objetivos e motivações da comunidade, dos potenciais participantes e dos investigadores (YANCEY, ORTEGA e KUMANYIKA: 2006, p. 9, tradução nossa).
No CI-BA, entre os principais argumentos utilizados para sensibilização de
potenciais participantes pode-se destacar a importância de contribuir com uma
pesquisa inédita no país, que servirá, entre outras coisas, para fundamentar os
futuros investimentos na saúde pública brasileira, tornando mais eficiente o
direcionamento de recursos. Difundir a idéia de que participar do ELSA é ajudar
na implementação de medidas que melhorem a saúde do povo brasileiro
posiciona os voluntários diante da importância social da sua disposição em
participar da iniciativa. Esse contexto, além de atribuir valor à dedicação dos
participantes, reforça a importância do exercício da cidadania.
O acesso às informações sobre C&T [Ciência e Tecnologia] é fundamental para o exercício pleno da cidadania e, portanto, para o estabelecimento de uma democracia participativa, na qual grande parte da população tenha a capacidade de influir,
com conhecimento, em decisões e ações políticas ligadas a C&T (OLIVEIRA: 2007, p.13).
As ações de divulgação desenvolvidas no CI-BA (ver anexo A) buscaram o
máximo de alinhamento entre o discurso utilizado pela equipe do estudo e as
reais expectativas de execução da pesquisa. A competência técnica na
execução e manipulação dos exames e resultados foram também elementos
usados para destacar a confiabilidade do ELSA. Tendo em vista o tempo da
pesquisa e a necessidade de manutenção da coorte, a criação de ambiente de
confiança, bem como fazer com que cada participante sinta-se integrante de
uma importante iniciativa, foram preocupações preservadas ao longo do
período de recrutamento. O êxito desta etapa certamente refletirá na
elaboração das ações de comunicação para as fases sucessivas.
Antes do início do período de divulgação do estudo, cada unidade ou órgão da
UFBA recebeu prévios contatos institucionais que permitiram o
estabelecimento de parcerias com os dirigentes e a viabilização de visitas de
divulgação. Feito os agendamentos, as visitas eram planejadas de acordo com
o máximo de informações disponíveis sobre cada local: números de servidores,
perfil (técnico-administrativos ou docentes), disponibilidade de sala,
possibilidade de uso de estande, entre outros fatores.
Nas visitas, os servidores eram abordados em seus locais de trabalho, um
estande era montado quando oportuno e materiais informativos sobre o ELSA
eram distribuídos. Na maior parte das unidades de ensino, visitas pontuais
eram realizadas em todas as salas onde havia potenciais participantes. Na
abordagem individual, cada servidor recebia as principais informações e o
material impresso da pesquisa, além de ser convidado a preencher a ficha de
contato que indicava o interesse em fazer parte da iniciativa.
Figura 1 – Print Screen da sessão "Participantes" do website institucional
Os materiais informativos e a ficha de contato estavam disponíveis também no
website oficial do estudo (www.elsa.org.br). Ao disponibilizar informações
relevantes para participantes, pesquisadores e o público em geral, o site se
constituiu como uma das ferramentas utilizadas para o esclarecimento de
dúvidas, divulgação de notícias e criação de imagem positiva do estudo diante
da sociedade.
A divisão do portal por sessões (participantes, pesquisadores e público em
geral) tornou possível o direcionamento do internauta para uma página
adaptada aos seus interesses. Durante o período de recrutamento, a sessão
“Participantes” disponibilizou instruções sobre como fazer parte da pesquisa,
bem como informações de interesses dos já recrutados, como, por exemplo,
detalhes dos exames que seriam realizados. Apesar da segmentação, todas as
sessões do site possuem acesso irrestrito, o que dá aos internautas a
possibilidade de visitar qualquer uma delas.
Desde o seu lançamento, em julho de 2008, o site do ELSA Brasil também
assumiu o papel de um difusor de ciência. A atualização de conteúdos
relevantes na área de ciência, como anteriormente citado, permite que, ao
visitar o website, o usuário tenha acesso à informação sobre saúde relacionada
às linhas de pesquisa do ELSA. Inesita Araújo chama a atenção para a
importância da comunicação em saúde:
A comunicação em saúde, mesmo quando se utiliza dos meios de comunicação comerciais, tem objetivos diferentes de quem está vendendo um objeto ou serviço. [...]. Já na saúde, as estratégias de comunicação devem ter o objetivo de estabelecer um debate público sobre um tema e de oferecer às pessoas informações suficientes para que elas possam tomar suas decisões e ampliar sua participação nas políticas públicas de saúde (ARAÚJO: 2001, p. 113).
A produção de conteúdo impresso (ver anexo B) também seguiu a lógica de
segmentação. O Folder de Sensibilização (ver anexo C) visou a sensibilização
de voluntários com conteúdo que detalhava a natureza do estudo, seus
objetivos, financiamento, o perfil exigido para participar, a importância da
participação, além da ficha de contato destacável. Uma versão com o mesmo
conteúdo foi produzida em braile para facilitar a participação de servidores com
deficiência visual.
Já o Folder Trilíngue traz informações sobre o estudo voltadas para a
comunidade científica internacional, entre docentes, pesquisadores e gestores.
Entre os conteúdos estão dados sobre o contexto de realização da pesquisa e
a sua importância dentro do quadro de geração de conhecimento científico no
Brasil. Além de folders, o ELSA produziu boletins informativos, lançados em
momentos importantes para a pesquisa. Até o encerramento desta análise, três
boletins foram elaborados. Em 2008, houve duas edições com distribuição
específica: apresentação do estudo na inauguração do CI-BA, no mês de
agosto, e no Congresso Mundial e Nacional de Epidemiologia, em setembro,
onde o estudo foi lançado oficialmente pelo então ministro da Saúde, José
Gomes Temporão. O último informativo, que marcou o encerramento da Onda
1 ou linha de base do estudo, foi amplamente distribuído em todas as unidades
da UFBA, em dezembro de 2010.
Além disso, brindes como canetas, bottons, calendários e bolsas têm sido
utilizados como forma de “estar presente” no dia a dia dos participantes, já que
os intervalos entre os contatos são de aproximadamente um ano e é
necessário mantê-los motivados a continuar contribuindo com a pesquisa.
Certamente, essas campanhas apresentaram diferentes resultados ao longo do
processo de recrutamento, tornando importante o cruzamento dos dados de
ingresso dos participantes na coorte com as atividades desenvolvidas pelo
ELSA. Para tanto, detalharemos a seguir algumas das ações e produtos
colocados em prática pela equipe do estudo na Bahia.
DIVULGAÇÃO EM CAMPO - UNIDADES DE ENSINO
Entendemos por divulgação em campo as ações realizadas em todo o campus
da UFBA, durante o período de formação da coorte, com o objetivo de informar
e convencer servidores elegíveis a participar do estudo. Entre as atividades de
divulgação em campo realizadas, aqui divididas em unidades de ensino e
unidades administrativas, escolhemos como exemplo as ações na Escola
Politécnica da UFBA e o censo para identificação de público realizado na SPE.
A Escola Politécnica da UFBA, que tem na sua grade 11 cursos de graduação
e 15 de pós-graduação, é uma das maiores unidades de ensino da
Universidade. As visitas realizadas pela equipe do ELSA no local, nos dias 19 e
28 de maio de 2009, tinham como objetivo sensibilizar servidores elegíveis à
proposta do ELSA. Para isso, a equipe realizou a ação de divulgação das 9h às
17h (inclusive durante o horário de almoço dos servidores) no dia 19, e das 13h
às 17h no segundo dia, 28.
A ação na Politécnica foi inicialmente planejada com o uso de estande, urna
para recolhimento das fichas de intenção e pontuais visitas a setores da
Universidade. No entanto, a visita à unidade foi um exemplo da necessidade de
não manter o plano de ação engessado. O uso de estandes, ação executada
na visita do dia 19, não foi eficiente para atingir interessados elegíveis e
acabou atraindo estudantes e não-servidores. Percebido isso, já no segundo
turno desse primeiro dia, identificou-se que era mais eficaz a realização de
visitas em cada sala, dividindo a equipe nessas duas estratégias (estande e
visita em sala).
Dois principais obstáculos foram percebidos na mudança de estratégia: a
dispersão dos servidores no grande espaço físico do instituto e a
inacessibilidade a algumas salas por fatores de segurança e/ou autorização. As
visitas apontavam que em cada setor havia apenas um ou dois servidores, as
demais pessoas presentes eram estagiários ou terceirizados. Como os
servidores dificilmente eram encontrados nos seus postos de trabalho, foi
necessário o estabelecimento de parcerias com outros funcionários para que
estes contribuíssem com o estudo no papel de multiplicadores. A partir dessa
experiência, foi definido que o levantamento do número real de servidores em
cada unidade seria uma estimativa necessária para as próximas ações em
campo.
Destacamos aqui um ponto negativo para a imagem do estudo, no entanto,
sem grandes possibilidades de reversão. Como a definição da coorte do ELSA
previa necessariamente critérios de exclusão, funcionários que se encontravam
fora da faixa etária ou que não eram servidores do quadro permanente da
instituição, por exemplo, costumavam demonstrar desagrado com o estudo ou
com a Universidade por não poderem participar. Nesses casos, sempre houve
a tentativa de reverter a situação, explicando os parâmetros nos quais se
baseiam a definição da coorte, como por exemplo, o estabelecimento da
participação apenas de servidores do quadro permanente, que tem o intuito de
facilitar o seguimento desses participantes ao longo do estudo, visto que esses
profissionais dificilmente se afastam da Universidade.
Destacamos ainda outro importante aspecto constatado nas unidades de
ensino: a inacessibilidade dos docentes. Trecho transcrito de relatório da visita
do dia 19 de maio de 2009 demonstra isso:
O mesmo não se pode dizer da maioria dos servidores docentes que não demonstrou muito interesse no ELSA e
alguns até desdenharam do estudo. Não foi incomum comentários como: „Prefiro ficar doente sem saber, essas coisas sempre pioram quando a gente fica sabendo‟ – „Se vocês querem cobaias, comprem uns ratinhos‟ – „Tenho mais o que fazer pra ficar brincando‟. Novamente nessa unidade foi perceptível que a divulgação para o público docente precisa de atenção específica, provavelmente algo mais institucional. Foi comum ver que ao avistar o estande, muitos se afastavam do local, não oferecendo oportunidade de contato com a equipe (Ver relatório completo no anexo D).
Essa situação demandou a elaboração de ações direcionadas aos docentes,
visto que as visitas em campo não conseguiram atingir plenamente esse
público. Envio de cartas com conteúdo voltado a este segmento e mensagem
por e-mail assinada por pesquisadores e coordenadores do ELSA foram
algumas das ações usadas para reverter o quadro.
DIVULGAÇÃO EM CAMPO: UNIDADES ADMINISTRATIVAS
As unidades administrativas da Universidade apresentam uma peculiaridade de
público. Algumas delas, além de terem servidores fixos, são locais procurados
por públicos de outras instâncias. Durante a divulgação nesses locais, foi
possível abordar servidores que já tinham tido contato anterior com uma equipe
do ELSA. Este é um aspecto positivo tanto pela possibilidade de maior
sensibilização - por oportunizar que os servidores retirassem possíveis dúvidas
do primeiro encontro-, quanto por atingir servidores e unidades que ainda não
tivessem recebido visitas. Outra benesse seria a possibilidade de contato com
servidores aposentados, público esse de difícil acesso, regressos à
Universidade para resolver alguma pendência administrativa.
A possibilidade de atingir uma maior quantidade de pessoas nessas unidades,
no entanto, é desafiadora por envolver uma pluralidade de públicos. Uma das
ações relevantes no processo foi um censo realizado pela equipe de
comunicação em um dos setores com maior fluxo de servidores: a SPE. O
órgão, que presta atendimento de segunda a sexta-feira das 8:30h as 16:30h, é
responsável pelo gerenciamento dos recursos humanos da UFBA (contratação,
readaptação, redistribuição, substituição, afastamento, desligamento e
aposentadoria), além de promover auditorias, manter arquivo e conceder
benefícios.
Nas visitas realizadas à SPE, mesmo antes da realização do censo, foi
identificada a possibilidade de contato com os servidores que eram atendidos
no local, além dos servidores da própria unidade, o que resultou em um
considerável número de preenchimento de fichas de contato. A unidade
consistia ainda em uma possibilidade de reforço da necessidade de novos
voluntários, mesmo entre os servidores já abordados. O fato de a equipe ser
vista em ação reiterava que o ELSA ainda precisava de participantes e esses,
os já recrutados, poderiam fazer indicações de colegas. Outro ponto positivo é
a possibilidade de ampliação da difusão da imagem positiva do ELSA, uma vez
que era comum encontrar participantes da pesquisa no local e os bons
comentários e reconhecimento da equipe por parte desses chamavam a
atenção dos demais servidores presentes.
Na referida unidade, destaca-se ainda a receptividade dos servidores que
atuam no local, tanto para participar do ELSA, quanto para ajudar na
divulgação entre os servidores que eram atendidos, o que culminou na
firmação de parcerias para outras atividades, como por exemplo, o envio de
cartas do estudo junto ao contracheque.
O censo na SPE, que fica localizada nas proximidades de um dos principais
acessos do campus de Ondina, foi realizado durante cinco dias (de segunda a
sexta-feira, das 08h-12h e da 12h30-16h30) entre os dias 12 e 16 de abril de
2010. A ação foi direcionada por um script pré-definido2. O objetivo era traçar
um cenário, em especial quanto ao perfil dos servidores da UFBA que são
atendidos no setor, e divulgar o ELSA para os mesmos, convidando-os a
participar do estudo. Todos/as transeuntes foram abordados para responder
questões sobre faixa etária, sexo e situação funcional (aposentado ou ativo).
2 Ver Script no anexo E.
Com essa finalidade, durante a referida semana, foi colocado um integrante da
equipe do ELSA no local, em cada turno. No total, 227 servidores da UFBA
estiveram na SPE durante a semana do censo e apenas quatro servidores
recusaram-se a responder as perguntas da ficha. Considerando os dias da
semana, os extremos (segunda e sexta-feira) consistiram em dias de maior
movimento. Juntos, correspondem a quase 50% (48,9%) da frequência
semanal. A avaliação por turno não apresentou discrepâncias: 52% no turno
matutino e 48% no turno vespertino.
Figura 2 - Ficha de questões do censo realizado no SPE
É importante destacar dois fatores que podem ter implicado no resultado desse
levantamento. Primeiro, a semana em que se realizou o censo foi marcada por
fortes chuvas em Salvador. O outro fator, relatado de maneira informal por uma
funcionária do local, foi um problema com o imposto de renda de alguns
servidores, em especial os mais idosos, demanda que pode ter contribuído
para o aumento desse público no local. Também foi percebido que na unidade,
além de servidores, havia muitos dependentes (filhos, esposas, entre outros),
logo, não elegíveis.
Número de entrevistados segundo sexo e faixa etária:
Sexo Frequency Percent
Masculino 89 39,9%
Feminino 134 60,1%
Total 223 100,0%
Tabela 1 - Censo SPE - Sexo
Idade Frequency Percent
< 35 14 6,3%
35 – 44 17 7,6%
45 – 54 44 19,7%
55 – 64 48 21,5%
65 – 74 41 18,4%
> 74 59 26,5%
Total 223 100,0%
Tabela 2 - Censo SPE - Idade
Na ocasião, o objetivo do censo foi verificar o fluxo de servidores elegíveis na
SPE que se enquadrassem nas faixas etárias e perfis com baixa participação
no estudo naquele período – mulheres acima de 55 anos e homens de
qualquer idade. Como revelou o resultado, percebemos que o fluxo dessa
demanda específica não atendia às expectativas, muitos servidores que se
encaixavam nesse perfil já eram participantes, motivo pelo qual não houve
novas ações de divulgação na SPE. O censo, dessa forma, permitiu constatar
estatisticamente o fluxo de diferentes públicos no local, o que orientou a
decisão de redirecionar os esforços para uma nova etapa da divulgação: a
ampliação das ações de indicação de participantes e de envio de mensagens
eletrônicas.
CAMPANHAS DE INDICAÇÃO
Ao longo do processo de recrutamento, muitos servidores inscritos, que
preencheram a ficha de contato e sinalizaram que desejavam participar do
ELSA, externavam orgulho na possibilidade de integrar o estudo. Percebido
isso, resolveu-se adotar como estratégia de recrutamento a indicação de
potenciais participantes pelos servidores inscritos no ELSA. Quando o ELSA
atingiu a marca de mil inscritos na Bahia, metade da meta estabelecida para o
estado, a campanha “Quando 1 + 1 é igual a 2 mil” foi lançada.
Esse é o início da mensagem encaminhada para a lista de e-mails dos
primeiros mil servidores inscritos, no período de 20 a 27 de agosto de 2009,
convidando-os para integrar a campanha, indicando um colega para fazer parte
do estudo:
“Olá nome do servidor inscrito, você faz parte dos mais de mil servidores da
Universidade Federal da Bahia que já se inscreveram para participar do ELSA
Brasil. Além de conhecer melhor a sua própria saúde e contribuir para a
construção de conhecimentos sobre a saúde do povo brasileiro, você pode
continuar colaborando, dessa vez nos ajudando a alcançar a meta de 2 mil
participantes na Bahia. Se cada um dos mil inscritos no ELSA trouxer mais uma
pessoa para participar, alcançaremos rapidamente a meta de 2 mil
participantes!”
Trata-se de uma campanha de indicação em que o servidor, que já teve
contato e acreditou na proposta do ELSA, é estimulado a repassar para os
colegas de trabalho a oportunidade de também participar do estudo. Destaca-
se nessa ação a utilização do e-mail, que por si só potencializa o alcance da
campanha, visto que a web constitui-se em espaço de compartilhamento de
informações. A mensagem eletrônica oferece a possibilidade ao servidor
inscrito de encaminhar imediatamente o convite para potenciais participantes,
mediante apenas alguns cliques.
O sucesso de uma campanha de indicação é determinado no contato com o
primeiro voluntário. A receptividade de cada voluntário pode difundir a imagem
do ELSA positivamente ou não. Destacamos algumas respostas3 de
participantes ao pedido de indicação, enfatizando alguns aspectos reveladores.
Na primeira mensagem destacamos a satisfação, o cumprimento de metas e a
abertura de canais de comunicação como formas decisivas para criar a
confiabilidade e, como consequência, a possibilidade de indicação de
potenciais participantes:
Nesta outra mensagem, é perceptível o envolvimento com a proposta macro:
A campanha registrou 53 inscritos durante a semana de envio dos e-mails e 39
inscrições na semana seguinte, números esses que superam ou mantém os
registrados na semana anterior à campanha (12 a 19 de agosto de 2009).
Como pode ser percebido no gráfico abaixo, houve um aumento progressivo do
número de aposentados – subindo de seis na semana anterior a realização da
campanha para, respectivamente, 15 e 23 inscritos nas duas semanas
subsequentes ao envio dos e-mails. Esse dado por si só já legitima a
importância da ação, visto que esse é um público de difícil acesso.
3 Grifos nossos. Ver outras respostas e texto completo do e-mail nos anexos F e G,
respectivamente. Os nomes dos participantes foram omitidos para preservar o anonimato e a confidencialidade dos dados.
Prezados Coordenadores e demais componentes do Elsa, O resultado dos meus exames eu o recebi logo, assim como a orientação de vocês. Sou muito grata por tudo, conforme já tive a oportunidade de me expressar. Liguei para vários colegas para participarem da pesquisa. Alguns me deram o retorno. Desejo para vocês amplo e irrestrito sucesso, hoje e sempre. Que Deus lhes ilumine. No momento eu estou com um probleminha de coluna (estenose) mas, já passei para Deus e confio que tudo está dando certo. Continuo à disposição do Elsa.
Prezados Coordenadores: para mim foi um prazer e de certa forma me senti recompensado por estar participando de um estudo que trará frutos futuros para outras pessoas, Parabéns pelo esforço e competência.
Tabela 3 - Campanha de indicação: situação funcional dos inscritos. A semana anterior à realização da campanha compreende os dias entre 12 e 19 de agosto de
2009; o período de execução da ação vai de 20 a 27 de agosto de 2009; e a semana seguinte vai de 28 de agosto a 4 de setembro de 2009.
Mesmo não se tratando de uma ação de indicação especifica para o público
masculino foi possível identificar um aumento do número inscrição de
servidores homens durante a realização da campanha. Na semana da ação
houve um aumento de 237,5% do número de inscrição de homens,
considerando os oito inscritos na semana anterior. Seguido de aumento de
162,5% - também em relação à semana anterior a campanha - na semana
após o envio dos pedidos de indicação.
Destaca-se nesta estratégia a ampliação de agentes multiplicadores – em
campanhas de marketing é conhecido como influência boca a boca4 –, o uso
do meio eletrônico e a dimensão do seu alcance, e a mudança de abordagem
como forma de replicar as tentativas de sensibilização anteriores, já que os
indicados possivelmente tiveram contato com o estudo, mas por alguma razão
não foram sensibilizados a participar inicialmente.
4 Comunicação pessoal sobre um produto realizado por aqueles que o adquirem entre seus
conhecidos próximos (Dicionário de Marketing, 2011)
0 20 40 60 80 100
Ativos
Aposentados
Situação funcional dos inscritos
Campanha de Indicação
Antes
Durante
Depois
ESTRATEGIAS DE DIVULGAÇÃO PARA PÚBLICOS ESPECÍFICOS
Homens e mulheres, aposentados e ativos, técnico-administrativos e docentes,
com diferentes níveis de escolaridade. O público buscado pelo ELSA para
integrar o grupo a ser estudado apresenta grande diversidade, o que refletiu
em diferentes respostas ao logo da divulgação.
Para Devani Reis, que se baseia nas teorias do estudioso Orozco Gómes5, a
perspectiva das mediações implica toda uma soma de fatores, que pode causar
influência no processo de sentido dos receptores, tais como a identidade
particular de cada um, a família, a escola, o grupo de amigos, o bairro, o
trabalho, a cidade, os meios de comunicação e a disposição dos indivíduos
frente a estes, o nível de instrução, sexo, idade, etnia, religião, salário, classe
social, ideologia, entre outros.
Assim, por meio dessa identidade construída – e jamais acabada -, o receptor produzirá significados próprios, particulares e individuais. A tal apropriação, a negociação ou até mesmo a resistência plena das mensagens são decorrentes diretamente das diferentes mediações. (REIS: 2010, p.19).
As diferentes respostas às atividades de divulgação provocaram adaptações e
melhorias das ações executadas e, em alguns casos, a criação de novas
estratégias. No ELSA Bahia, a gestão das expectativas individuais foi baseada
nas especificidades de cada público. A partir dela, conteúdos específicos foram
pensados, em especial, para os servidores que apresentaram maior resistência
às ações de comunicação inicialmente planejadas: os/as profissionais de
saúde6, os/as aposentados/as, os homens e os/as professores/as.
APOSENTADOS
Entre os aposentados, foi assertiva a parceria firmada com a Assufba, sindicato
dos servidores técnicos da UFBA. Através dessa organização, foi possível
5 Guillermo Orozco Gómez, doutor em educação pela Universidade de Harvard e catedrático
em Ciências da Comunicação na Universidade de Guadalajara, é pesquisador dos processos de recepção e do campo comunicação-educação. 6 Ver relato e produto para esse público no anexo H.
coletar um mailing de endereços dos aposentados para envio de
correspondência direcionada ao público7. Os integrantes da Coordenação de
Aposentados do sindicato se tornaram multiplicadores e parceiros essenciais
na divulgação da pesquisa.
A parceria incluiu a autorização para que a equipe do ELSA participasse de
eventos com grande concentração de aposentados – o que viabilizou o contato
pessoal com muitos desses servidores – e, ainda mais importante, a divulgação
da pesquisa para cada potencial participante que visitasse a coordenação.
Para isso, vários folders foram confiados, e repostos diversas vezes, na
coordenação, já que os multiplicadores incentivavam os visitantes a
preencherem as fichas de contato. A sensibilização dos servidores
aposentados através da equipe da Assufba mostrou-se eficaz. Entendemos
esse resultado por conta da proximidade e confiança entre os servidores e os
sindicalistas.
Durante a divulgação, por conta de algumas características percebidas,
constatou-se que cada contato com os servidores aposentados deveria ser
conduzido com redobrada atenção e encaminhado de forma a esgotar todas as
possibilidades de convencimento. Entre essas características, destaca-se a
inacessibilidade - em sua maioria, esses servidores não são encontrados na
Universidade – e certa resistência por, nessa faixa etária, esse público ter uma
rotina médica estabelecida, mostrar mais receio em aceitar participar da
pesquisa e temor em preencher a ficha de contato devido a possibilidade de
fraudes.
A escolha da ficha de contato e do telefone como forma escolhida por grande
parte dos aposentados (como ilustrado no gráfico abaixo com a forma de
inscrição de todos os aposentados no ano de 2009) é revelador do perfil desse
público: que é pouco alcançado pela internet e mais acessível ao
preenchimento de fichas nas ações em campo e ao telefone.
7 Para exemplo de produto elaborado para este público específico, ver encarte no anexo I.
Tabela 4 - Forma de inscrição adotada pelos aposentados
Dos 365 servidores aposentados inscritos para participar do estudo, 231
escolheram a ficha de contato como meio de demonstrar seu interesse. Deve-
se considerar que a categoria “ficha” corresponde à devolução da ficha de
contato, que acompanha o folder de sensibilização, preenchida. Quanto ao
indicador “telefone”, que somou 100 inscrições, trata-se do contato feito pelo
servidor para o ELSA e, nos gráficos aqui apresentados, não inclui contatos
feitos pelo ELSA Brasil para potenciais servidores. Já o indicador “web”, aponta
o recebimento de dados dos candidatos via site ou e-mail, 31 no total. E, por
fim, o número de servidores que foram ao CI Bahia fazer a inscrição – 3
pessoas – são indicados no campo “presencial”.
Encartes e cartas foram produzidos com conteúdos direcionados para este
público. Na elaboração, pensava-se cuidadosamente na adaptação da
linguagem e do tamanho das fontes (maior, por conta de prováveis dificuldades
de leitura). Argumentos importantes para sensibilizar este seguimento foi o
posicionamento dos aposentados como ainda integrantes da instituição e o
destaque da importância dos mesmos na produção de conhecimento da
Universidade.
0
100
200
300
FichaTelefone
WebPresencial
Entrada de aposentados em 2009
Modo de entrada dos participentes
SERVIDORES DO SEXO MASCULINO
Para traçar um panorama da saúde dos adultos brasileiros que preservasse a
diversidade no que diz respeito às questões de gênero, o estudo buscou
manter um número equilibrado entre homens e mulheres na formação da
coorte.
Em abril de 2010, então com 1700 voluntários inscritos e mais de 1300
participantes que já haviam realizado exames e entrevistas, o ELSA na Bahia
havia atingido 96% da amostra de mulheres. Entretanto, a participação de
servidores homens, independentemente da faixa etária e categoria
ocupacional, ainda era pequena.
Várias ações foram realizadas para reversão do quadro, principalmente por
meio do envio de mensagem direcionadas a este público. Entre elas, destaca-
se o envio de carta8 por e-mail para os servidores do sexo masculino, com
conteúdo direto e transparente sobre a real situação (número de mulheres
quase atingido e número reduzido de homens no estudo) e que incluía ainda
depoimentos de servidores que ingressaram no estudo e se sentiram acolhidos
e/ou surpreendidos com a iniciativa.
No mesmo modelo, e de forma a contemplar separadamente os públicos de
homens docentes e de homens aposentados, duas outras cartas foram
enviadas. Em maio de 2010, uma mensagem com conteúdo semelhante ao
descrito acima foi enviada a 248 professores através do e-mail de Maurício
Barreto, professor da UFBA que integra o grupo de pesquisadores principais do
ELSA na Bahia. Ao encaminhar a mensagem pelo e-mail de Barreto, a ação
visou aproveitar a credibilidade do pesquisador junto à comunidade acadêmica
para sensibilizar potenciais participantes.
8 Ver correspondência na integra no anexo J.
Para o grupo de homens aposentados foi enviada uma carta anexada aos seus
contracheques. A ação, realizada em junho de 2010, contemplou 1800
aposentados que estavam na faixa etária elegível para participar do estudo.
Mensagens com conteúdos semelhantes foram divulgadas nos sites
institucionais de diferentes unidades da UFBA. Além do envio de mensagens,
uma campanha boca a boca reforçou aos participantes, nas visitas destes ao
CI e durante as ações em campo, a necessidade de diversificação da coorte
com a entrada de novos participantes homens.
ESTRATEGIAS DE FORTALECIMENTO DA MARCA
Como citado anteriormente, a importância do fortalecimento da marca ELSA
Brasil na pesquisa vai além da possibilidade de agregar valores positivos ao
estudo e constitui-se em ponto-chave para a permanência dos participantes na
coorte. Depois da finalização da linha de base, momento no qual os
participantes realizaram exames e entrevistas no CI, os contatos diretos da
equipe do ELSA com os participantes são poucos ao longo do ano –
monitoramento por telefone anualmente e informações sobre resultados de
exames-, o que exige a elaboração de estratégias que permita ao ELSA Brasil
“estar presente” em outros momentos.
Reter e rastrear os participantes da coorte é crucial para estudos "longitudinais" de coorte, ou seja, aqueles que requerem contato periódico com os participantes após a entrada no estudo para atualização dos créditos e / ou eventos. Um grande esforço em tais estudos será dedicado ao acompanhamento, um dos maiores desafios para o sucesso de um estudo de coorte longitudinal. Embora estudos bem desenhados ainda tenham alguma perda de seguimento, existem várias estratégias e atividades que podem ser executadas para manter a perda ao mínimo (HUNT: 1998, p. 1, tradução nossa).
Na UFBA, as estratégias de fortalecimento da marca tiveram início na
inauguração do CI Bahia (com boletim sobre a pesquisa), continuando no
período de divulgação (com boletins, cartazes, folhetos, estande, urnas
personalizadas e outdoor), no recrutamento de participantes (caneta e bolsa
para transporte de coletores com logomarca) e se manteve ao longo da
formação da linha de base (com distribuição de calendários anuais, boletins de
balanço em momentos importante para o estudo e e-mails em datas festivas).
Figura 3 - (Esq. para dir.) Urna de coleta de fichas de inscrição, bolsa para transporte de coletores dos participantes, bolsa para entrevistadores e bottons
No inicio da divulgação, em 2008, outdoors foram utilizados e, na época,
tornaram-se importante elemento de fortalecimento da marca. No mês de
agosto de 2008, o referido outdoor foi colocado no espaço reservado ao
Instituto de Saúde Coletiva, no bairro do Canela, e exposto durante todo o
período de recrutamento.
Figura 4 – Outdoor
No período de 13 a 19 de agosto de 2008, outros quatro outdoors com o
mesmo layout foram disponibilizados na rede de outdoors da UFBA,
especificamente na rede B, que contempla os espaços da Faculdade de
Medicina (Vale do Canela), entrada principal do Campus de Ondina, Serviço
Médico Universitário Rubens Brasil (Federação) e Centro de Esportes
(Ondina). No outdoor, as características de elegibilidade para o estudo, contato
telefônico e endereço do Website são informados.
Na semana de exibição dos outdoors na rede UFBA houve um aumento de
1300% nas inscrições. O percentual é o mesmo para o número de inscritos na
semana que sucedeu a exibição da peça. O aumento do cadastramento
através do telefone, quase inexistente nas semanas vizinhas a campanha, bem
como o número de servidores ativos inscritos - considerando que esse é o
público de mais fácil alcance nessa ação – atestam a eficácia da campanha,
como ilustra os gráficos adiante:
Tabela 5 - Outdoor: entrada de participantes
5. Referências bibliográficas
ARAÚJO, Inesita Soares de. Comunicação e saúde. Educação e saúde. /
Organizado por Carla Macedo Martins e Anakeila
de Barros Stauffer. p. 101-224, Rio de Janeiro: EPSJV / Fiocruz, 2007.
Antes
Durante
Após0
5
10
15
20
25
30
TelefoneFicha
WebPresencial
Total
Outdoor: Modo de entrada de participante
Antes Durante Após
BIZZO, Maria Letícia Galluzzi. Difusão científica, comunicação e saúde.Cad.
Saúde Pública [online]. 2002, vol.18, n.1, pp. 307-314.
Bueno, Wilson da Costa. O que está faltando ao Jornalismo Científico
brasileiro? Disponível em:
<http://www.jornalismocientifico.com.br/jornalismocientifico/artigos/jornalismo_ci
entifico/artigo25.php>. Data do acesso: 26 de novembro de 2010.
HUNT, Julie R., WHITE, Emily. Retaining and Tracking Cohort Study
Members. Epidemiologic Reviews, 1998. 20: 57-70.
IVANISSEVICH, Alicia. A missão de divulgar ciência no Brasil. Cienc. Cult.
vol.61 nº 1. São Paulo, 2009. Disponível em:
<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-
67252009000100002&script=sci_arttext>. Data de acesso: 26 de novembro de
2010.
OLIVEIRA, Fabíola de. Jornalismo Científico. São Paulo: Contexto, 2007.
YANCEY, Antronette K., ORTEGA, Alexander N., KUMANYIKA, Shiriki K.
Effective Recruitment and Retention of Minority Research Participants.
Annu. Rev. Public Health, 2006. 27: 1-28.
REIS, Devani Salomão de Moura. Comunicação em saúde: variáveis que
interferem na recepção da mensagem. BIS - Boletim do Instituto de Saúde:
Comunicação e Saúde, São Paulo, v. 12, n1, p. 16-21, abr. 2010.
ZAMBONI, Lilian M. S. Cientistas, Jornalistas e a Divulgação Científica. São
Paulo: EditoraAutores Associados, 2001.
Relatório Final – Parte II
1. Atividades realizadas no período
- Levantamento, leitura e análise de relatórios das ações de divulgação;
- Levantamento e leitura de bibliografia;
- Tabulação comparativa entre o ELSA e outros três estudos internacionais
(The Multicenter AIDS Cohort Study, The Nurses'Health Study, The St Louis
Effort to Reduce the Spread of AIDS Study) ;
- Produção de matérias, entrevistas, agenda de eventos científicos e fotos para
atualização do site;
- Entrevista e discussão com envolvidos no processo de formação do Núcleo
de Comunicação e com equipe de comunicação e recrutamento;
- Planejamento e participação em campanha de fortalecimento da marca:
distribuição de calendários 2011;
- Redação do relatório de pesquisa.
2. Participação em reuniões científicas e publicações
- Reuniões periódicas com o Núcleo de Comunicação do ELSA Bahia.
- Palestra Desafios Atuais da Comunicação nas Organizações, ministrada pelo
Phd em comunicação Cláudio Cardoso no dia 18 de julho de 2011 na Livraria
Saraiva, Salvador.
- I Oficina Científica do ELSA Brasil realizadas no dia 6 e 7 de dezembro, no
Hotel Golden Tulip, com o objetivo de discutir a produção de artigos para um
suplemento especial da Revista de Saúde Pública dedicado ao estudo.
- Ciclos de Jornalismo: Jornalista Multimídia: que profissional é esse? Atividade
de extensão da Faculdade de Comunicação da UFBA (FACOM-UFBA)
realizado no dia 28 de outubro de 2010.
- Ciclos de Jornalismo: Jornal Popular: por que cresce na Bahia? Atividade de
extensão da Faculdade de Comunicação da UFBA realizado no dia 28 de
outubro de 2010.
- Café com Prosa: Mídias Sociais e o Mercado de Trabalho. Atividade de
Extensão do curso de Comunicação Social da Faculdade Social da Bahia
(FSBA) realizado no dia 30 de março.
- In-Gula: Prazeres e Riscos na Alimentação. Seminário realizado na
FACOM_UFBA para alunos de jornalismo com o terapeuta natural Dr.
Fernando Hoisel. Sobre alimentação e comunicação, evento realizado dia 07
de julho de 2011.
- Curso de Direitos Humanos e Mediação de Conflitos, entre os dias 3 e 14 de
maio, promovido pela ONG Juspopuli Escritório de Direitos Humanos.
- XI Seminário de Pesquisa e o XXIX Seminário Estudantil de Pesquisa da
UFBA, realizado no dia 11 de novembro de 2010. Apresentação do artigo
“Estratégias de divulgação de pesquisas na internet: um estudo de caso do
ELSA Brasil no contexto internacional” (Apresentador: Rafael Brandão Valois
Leite/Orientadora: Estela Maria Motta Lima Leão de Aquino).
- XI Seminário de Pesquisa e o XXIX Seminário Estudantil de Pesquisa da
UFBA, realizado no dia 11 de novembro de 2010. Apresentação do artigo
“Validação do questionário de frequência alimentar-QFA-ELSA Brasil (UFBA):
aspectos metodológicos” (Apresentador: Flaviane de Jesus Santos/Orientador:
Estela Maria Motta Lima Leão de Aquino).
ANEXO A – Registro das ações de divulgação do ELSA Bahia.
Registro das atividades de ComunicaçãoELSA Bahia
ATIVIDADE DATA(S) OU PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Criação da logomarca do ELSA 2006
Ações de divulgação voltadas para o lançamento do ELSA na UFBA (convite, cartazes, folder, release e registro
audiovisual). Outubro e novembro de 2006
Divulgação do ELSA durante cerimônia de aposentadoria de servidores da UFBA. Dezembro de 2007
Produção e envio de matéria informativa sobre o ELSA para a Assessoria de Comunicação do HUPES. Março de 2008
Criação do site do ELSA. Inauguração em Julho de 2008
Ações de divulgação voltadas para a inauguração do CI ELSA Bahia (convite, notícias e notas enviadas, relatório e
clipping do evento).De 20 de Julho a 20 de Agosto de 2008
Ações voltadas para a divulgação do ELSA no EPI 2008, incluindo presença com estande, produção e distribuição de
boletins confeccionados especificamente para o evento.De 01 a 24 de setembro de 2008.
Divulgação com Outdoor do ELSA no espaço reservado ao ISC (Canela).
Agosto de 2008
Divulgação com Outdoor do ELSA na rede B de outdoor da UFBA (Geociências, Medicina Veterinária, FACED e PAF).
13 a 19 de Agosto de 2008
Divulgação no Campus de Ondina (geral). Dias 01, 03, 04 e 11 de Dezembro de 2008
Distribuição dos Calendários ELSA, acompanhados de cartas direcionadas aos servidores.
Dias 12, 13, 14 e 19 de Janeiro de 2009
Divulgação na reunião de aposentados da Assufba. 21 de Janeiro de 2009
Nova distribuição dos calendários ELSA.Dias 11, 13, 16, 17, 18, 19 e 20 de Março de 2009
Envio de texto informativo sobre o ELSA para publicação no “UFBA em Pauta”.
23 de Março de 2009
ANEXO A – Registro das ações de divulgação do ELSA Bahia.
Divulgação no Núcleo 8 (Prefeitura do Campus; Coordenação de Segurança dos Campi; Superintendência de Pessoal; Superintendência Administrativa; Espaço do
Servidor).
06 de Maio de 2009
Divulgação durante curso para servidores no CDH.06 de Maio de 2009
Divulgação na Faculdade de Geociências. 14 de Maio de 2009
Envio de texto sobre a conclusão da primeira fase de divulgação para o “UFBA em Pauta”.
19 de Maio de 2009
Divulgação com estande na Escola Politécnica. Dias 19 e 28 de Maio de 2009
Divulgação na Prefeitura de Campus Universitário (PCU). 26 de Maio de 2009
Divulgação na Escola de Dança, Hospital de Medicina Veterinária Renato Medeiros Neto e na Escola de Medicina
Veterinária.04 de Junho de 2009
Divulgação no Núcleo 6 (Instituto de Biologia; Divisão de Material; Edufba; Faculdade de Comunicação).
09 de Junho de 2009
Envio de texto de divulgação para o site da ASSUFBA.17 de Junho de 2009
Divulgação nas faculdades de Ciências Contábeis e Ciências Econômicas
17 de Junho de 2009
Divulgação no Serviço Médico Universitário Rubens Brasil –SMURB UFBA
18 de Junho de 2009
Divulgação nas escolas de Dança, Medicina Veterinária, Faculdade de Comunicação, Editora Universitária, Instituto
de Biologia e Divisão de Material.19 de Junho de 2009
Envio de “notícia padrão” informativa sobre o ELSA para sites de unidades da UFBA.
Julho de 2009
Envio de texto sobre divulgação do ELSA no Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES) para o
“UFBA em Pauta”.08 de Julho de 2009
Divulgação nos institutos de Física e Química.08 de Julho de 2009
ANEXO A – Registro das ações de divulgação do ELSA Bahia.
Divulgação no Pavilhão de Aulas do Canela (PAC) e na Faculdade de Farmácia.
13 de Julho de 2009
Divulgação no Hospital Universitário Professor Edgar Santos - HUPES
Dias 14, 15, 23, 24 e 30 de Julho de 2009
Divulgação na Biblioteca Central Reitor Macedo Costa e recolhimento das fichas em Física e Química.
16 de Julho de 2009
Envio de texto de divulgação para os sites das unidades da UFBA. 20 de Julho de 2009
Divulgação no Hospital de Medicina Veterinária 21 de Julho de 2009
Divulgação no PAF 3 e recolhimento de urnas na Biblioteca Central, PAF 2, Farmácia e Letras.
22 de Julho de 2009
Produção de texto para a Intranet do HUPES, destinado aos servidores do Hospital.
27 de Julho de 2009
Divulgação no PAF1 e no Instituto de Matemática e recolhimento de fichas no PAF 3. 29 de Julho de 2009
Divulgação na agência do Banco Real (Campus de Ondina) 03 de Agosto de 2009
Divulgação no Hospital Universitário Professor Edgar Santos - HUPES
Dias 12, 13, 18 e 19 de Agosto de 2009
Campanha 1 + 1 = 2000. 20 a 26 de Agosto de 2009
Divulgação na reunião do Grupo de Trabalho de aposentados da ASSUFBA.
20 de Agosto de 2009
Apresentação do ELSA no Projeto “Sala de Espera” e no “Programa de Convivência” do SMURB
25 de Agosto de 2009
Divulgação nas unidades/órgãos no Terreiro de Jesus (Faculdade de Medicina, Museus e Escola Oficina).
27 de Agosto de 2009
Divulgação na Prefeitura do Campus 31 de Agosto de 2009
Divulgação na agência do Banco Real (Campus de Ondina) 01 de Setembro de 2009
Divulgação na agência do Banco do Brasil (Campus de Ondina)
02 de Setembro de 2009
Divulgação para o Madrigal (Escola de Música) 21 de Setembro de 2009
ANEXO A – Registro das ações de divulgação do ELSA Bahia.
Divulgação na Faculdade de Educação, Instituto de Ciências da Saúde e Faculdade de Administração.
23 de Setembro de 2009
Divulgação para a orquestra da Escola de Música 24 de Setembro de 2009
Divulgação no Instituto de Ciências da Informação e na Escola de Nutrição
29 de Setembro de 2009
Divulgação na Escola de Nutrição 30 de Setembro de 2009Envio de texto com depoimentos de participantes para os sites de unidades da UFBA e para o “UFBA em Pauta”. 30 de Setembro de 2009
Divulgação na Faculdade de Odontologia 01 de Outubro de 2009
Divulgação na Assembleia de Aposentados da ASSUFBADias 21 de Outubro de 2009 e 18 de Novembro de 2009
Envio de texto sobre a marca de 1000 participantes recrutados para publicação no site da ASSUFBA. 01 de Novembro de 2009
Envio de matéria sobre a marca de 1000 participantes recrutados pra o site da UFBA. 13 de Novembro de 2009
Produção de texto sobre a marca dos 1000 participantes recrutados para Boletim da ASSUFBA. 17 de Novembro de 2009
Divulgação na Faculdade de Farmácia. 26 de Novembro de 2009
Divulgação no Congresso da Assufba. De 26 a 27 de Novembro de 2009
Distribuição de folders e colagem de cartazes nas unidades do campus de Ondina.
04 de Dezembro de 2009
Distribuição de folders e colagem de cartazes nas unidades localizadas na Federação.
10 de Dezembro de 2009
Distribuição de folders e colagem de cartazes nas unidades localizadas no Vale do Canela.
15 de Dezembro de 2009
Distribuição de folders e colagem de cartazes nas unidades localizadas no Canela.
11 de Janeiro de 2010
Divulgação em evento da Assufba de homenagem aos servidores aposentados.
22 de Janeiro de 2010
Envio de cartas para o endereço eletrônico de docentes da Universidade.
Fevereiro de 2010
Envio de cartas para e-mail de docentes homens. Abril de 2010
Envio de cartas (1300) para a residência de servidores aposentados da UFBA.
Março de 2010
Divulgação no SPE. 29 de Março de 2010
ANEXO A – Registro das ações de divulgação do ELSA Bahia.
“Censo” no SPE. De 12 a 16 de Abril de 2010
Divulgação na Prefeitura do Campus 27 de Abril de 2010
Divulgação na Faculdade de Direito. Dias 06, 17 e 21 de Maio de 2010Envio de texto de divulgação destinado a servidores homens
para os sites de unidades da UFBA. 13 de Maio de 2010
Envio de mensagens eletrônicas (248) para docentes do sexo masculino através do e-mail do Professor Maurício
Barreto.14 de Maio de 2010
Envio de texto destinado a homens para Boletim da APUB. 18 de Maio de 2010
Envio de texto dirigido aos servidores do sexo masculino para o “UFBA em Pauta”.
01 de Junho de 2010
Envio de cartas anexadas ao contracheque (1800) de servidores aposentados do sexo masculino.
Junho de 2010
Envio de mensagem para voluntários solicitando a indicação de conhecidos que ainda não faziam parte do ELSA. Dias 16 e 19 de Julho de 2010
Envio de e-mails de indicações de participantes docentes em nome da Prof.ª Cristina Quintella.
20 de Julho de 2010
Envio de cartas (150) para os servidores em situação pendente.
Julho/Agosto de 2010
ANEXO B – Registro de produtos de comunicação do ELSA Bahia
Produto Características Tiragem/Quantidade
Folder de Sensibilização
Folder entregue aos servidores na faixa etária indicada para participação no ELSA com informações sobre o que
é a pesquisa, quem pode participar e por que é importante participar do estudo. Contém a ficha de contato a ser preenchida pelo potencial participante.
6.500 (Bahia)
Folder em BraileVersão em braile do folder de sensibilização voltada para
pessoas com deficiência visual. 60 (Bahia)
Folder trilíngue
Produto voltado para a comunidade científica (docentes e pesquisadores). Contém informações sobre o que é o
estudo e qual sua importância no contexto de geração de conhecimento no país.
1800 (geral)300 (Bahia)
Encarte para aposentados
Deve ser anexado ao Folder de Sensibilização quando este for entregue a servidores aposentados que se
encaixem no perfil do estudo. O objetivo é que o material sirva de complemento ao conteúdo do Folder de
Sensibilização específico para os aposentados pelas especificidades de idade e situação funcional.
2500 (Bahia)16200 (geral)
Encarte para profissionais de
saúde
Deve ser anexado ao Folder de Sensibilização quando este for entregue a profissionais da área de Saúde que se encaixem no perfil do estudo. O encarte específico para esse público foi desenvolvido por esse ser um
segmento mais resistente e com conhecimentos específicos e afins ao objeto do Elsa. O encarte foi
pensado para profissionais dos hospitais universitários que vão de nível fundamental ao nível superior.
1800 (Bahia)2900 (geral)
Boletim ELSA Bahia agosto de
2008
Boletim de apresentação do ELSA e do CI Bahia distribuído no dia da inauguração oficial da sede.
1000
Boletim ELSA Brasil setembro de
2008 - ELSA Brasil no EPI 2008
Boletim que contém informações sobre o estudo e sobre a participação do ELSA Brasil nos Congressos Mundial e
Nacional de Epidemiologia.
5000
Calendário e carta aos servidores para início de
2009
Calendário anual de 2009 com a marca do estudo distribuído com uma carta de apresentação da pesquisa
aos servidores da UFBA.
2500
ANEXO B – Registro de produtos de comunicação do ELSA Bahia
Guia de Participação
Publicação voltada para participantes do estudo quecontém orientações para a realização dos exames e
visitas ao CI.16200 (geral)2500 (Bahia)
Guia de Serviços
Guia que lista órgãos e unidades de atendimento gratuito nas áreas de saúde e de assistência social entregue aos
participantes no fim da visita ao CI ELSA Bahia. 2000
CartazCartaz do estudo utilizado nas visitas de divulgação nas
unidades e órgãos da UFBA.3000 (geral)450 (Bahia)
Site
Website institucional do ELSA Brasil com conteúdo voltado ao participante da pesquisa, a pesquisadores e
ao público em geral sobre o estudo.
Urnas
Urnas de papelão colocadas nas unidades da UFBA nos períodos de divulgação para depósito das fichas de
contato. Três urnas foram colocadas de forma permanente nos seguintes locais: Assufba, SPE e
Smurb.20
OutdoorContém conteúdo de divulgação do ELSA e foi colocado
na rede de outdoors da universidade.5
CanetasCanetas com a marca do ELSA Brasil distribuídas como brinde aos participantes e colaboradores da pesquisa.
3000
Bottons Estampados com a marca do ELSA, os bottons foramdistribuídos em divulgações com uso de estande.
2500
Boletim ELSA Brasil setembro de
2010
Boletim que contém as informações da finalização da Onda 1, distribuído em todas as unidades e órgãos da
UFBA.
3000
ANEXO C – Folder de sensibilização - BA
ANEXO C – Folder de sensibilização - BA
ANEXO D – Relatório de visita à Escola Politécnica 19 e 28.05.09
Relatório de visita à Escola Politécnica 19.05.09
A visita foi realizada no dia 19 de maio de 2009, com saída do CI ELSA às 8h
45, utilizando veículo disponibilizado pelo ISC. Devido à utilização do estande para a
divulgação, os responsáveis pela divulgação no turno da manhã (Fábio – Comunicação
e Claudia – Entrevistadora) ficaram até pouco mais que 13h, quando Jane e Inês
(Comunicação) chegaram para assumir o turno da tarde. Assim, o estande não ficou
vazio, nem precisou ser desarmado, além de ter ficado disponível para os servidores
que só tiveram o horário de almoço para saber mais sobre o ELSA ou para preencher a
ficha. O estande foi desmontado às 16:45, com chegada no CI às 17:15.
Turno Matutino
Foi feito o contato com a secretária Cíntia que nos recebeu muito bem e nos
indicou o local onde deveríamos armar o estande. Pedimos autorização para
conversarmos com os servidores nas suas próprias salas de trabalho, todavia,
assim como aconteceu na maioria das unidades, ela pediu que fôssemos
apenas às salas administrativas, excluindo a possibilidade de acesso a
laboratórios ou salas de professores.
Cíntia nos alertou que a grande maioria dos servidores que tinha interesse em
ingressar no estudo já o tinha feito, mesmo assim, ela nos deixou a vontade para
tentarmos cooptar novos participantes, apenas respeitando as restrições já
esclarecidas no tópico anterior.
O local que ela indicou para colocação do estande foi uma área próxima aos
caixas do Banco do Brasil, no quinto andar, porém foi constatada pouca
movimentação de servidores. Assim o estande foi deslocado para o lado de fora
dessa área, onde ficam as escadas de acesso e a movimentação é maior.
Depois dessa alteração, foi possível ter acesso a um número maior de
servidores, principalmente, docentes.
Na divulgação feita nas salas, foi constatado que, apesar do tamanho da
unidade, há uma grande quantidade de espaços ociosos, além de um número
grande de funcionários terceirizados. Sem contar os servidores que trabalham
em laboratórios com quem não pudemos falar.
ANEXO D – Relatório de visita à Escola Politécnica 19 e 28.05.09
Os servidores com quem conseguimos falar mostraram-se interessados na
pesquisa, todavia a adesão imediata foi descartada pela maioria, que preferia
pensar melhor e afirmaram que, caso decidam pela participação, se
inscreveriam pelo site ou telefone.
O mesmo não se pode dizer da maioria dos servidores docentes que não
demonstrou muito interesse no ELSA e alguns até desdenharam do estudo. Não
foi incomum comentários como: “Prefiro ficar doente sem saber, essas coisas
sempre pioram quando a gente fica sabendo” – “Se vocês querem cobaias,
comprem uns ratinhos” – “Tenho mais o que fazer pra ficar brincando”.
Turno Vespertino
Durante a tarde, o trabalho foi divido: uma divulgadora ficou no estande e a outra
visitou as salas administrativas da unidade.
No estande, houve pouca circulação de servidores e os que pararam ao ver a
estrutura, em sua maioria, já estavam inscritos no projeto, apenas queriam tirar
dúvidas, ou demonstravam interesse em ver a divulgação na unidade, uma vez
que já estão participando do estudo.
Na visita às salas do setor administrativo, muitos servidores já conheciam o
estudo, ou porque algum colega já estava inscrito ou porque receberam a visita
de divulgação pela manhã. O número de servidores nas salas estava bem
abaixo do esperado, apenas uma ou duas pessoas do turno vespertino em cada
sala, além de muitas salas fechadas ou com acesso restrito.
Entre essas pessoas, não participantes e servidores que ainda não haviam
recebido a visita naquele dia, houve poucas recusas em participar do projeto.
Pode-se dizer que o número reduzido de fichas de contato preenchidas se deva
ao pequeno número de servidores nos locais, ainda que o tamanho da unidade
indique o contrário. É provável que os locais de acesso restrito, como
laboratórios e salas de professores, concentrem vários servidores ainda não
contemplados na divulgação.
Novamente nessa unidade foi perceptível que a divulgação para o público
docente precisa de atenção específica, provavelmente algo mais institucional.
ANEXO D – Relatório de visita à Escola Politécnica 19 e 28.05.09
Foi comum que ao avistar o estande, muitos se afastavam do local, não
oferecendo oportunidade de contato com a equipe.
Ficou claro que o uso de servidores multiplicadores é uma estratégia que precisa
ser explorada, já que entre os servidores já participantes do estudo, inclusive
professores, a opinião positiva em relação ao mesmo foi unânime. Um dos
docentes, inclusive, afirmou que ia avisar aos colegas para visitarem o estande.
Relatório de visita à Faculdade Politécnica 28.05.09
A visita foi realizada no dia 28 de maio de 2009. A programação inicial previa
saída de Fábio (Comunicação) e Acácia (Entrevistadora) do CI ELSA pela manhã, às
9h, com urna, estande e material de divulgação, e a ida de Inês e Jane (Comunicação)
para a Politécnica às 13h, com retorno ao CI às 17h. Este plano não pôde ser cumprido
porque Acácia ficou doente e não houve outro/a entrevistador/a disponível.
Turno Vespertino
Na chegada, a dupla fez contato com a secretária da administração. Ela
confirmou a autorização para visitar os laboratórios e salas de professores na
unidade.
As visitas realizadas nos locais aos quais não tínhamos acesso incluíram:
Laboratório de Termoquímica, Geotecnia, Laboratório de Reações de Químicas,
Laboratório de Energia, Laboratório de Análises Físico Químicas, TECLIM,
grupos de Resíduos Sólidos, Saneamento e Saúde Ambiental, Núcleo de
Pesquisa em Engenharia Ambiental e as salas dos professores Ednildo Andrade
(uma seção que reunia várias salas/professores), José Oliveira Júnior, Fausto
Júnior e Franklin Teixeira, e José Barbosa Filho, estando estas três últimas
fechadas.
A visita foi realizada em toda a unidade, inclusive nas salas já visitadas. Nestas
os servidores já haviam preenchido a ficha de contato. Como na visita anterior,
foi constatado que o número de servidores é bem menor que o esperado. Há
ANEXO D – Relatório de visita à Escola Politécnica 19 e 28.05.09
muitos terceirizados, antigos na UFBA, mas sem o vínculo com a instituição
necessário para participar da pesquisa. Na maioria das salas visitadas, há
apenas um servidor responsável pelo local, os demais são estudantes ou
terceirizados. Esse profissional, por sua vez, dificilmente é encontrado em sala.
A estratégia adotada foi deixar as fichas com algumas secretárias junto com o
contato da equipe de Comunicação do estudo. Essas prometeram ligar para nos
avisar quando buscar as fichas. Nas salas onde não havia essa opção, a ficha
foi deixada em cima da mesa de trabalho do servidor e, no caso dos
professores, colocada por baixo da porta.
Toda a unidade foi visitada, com exceção de um complexo de salas no fim do
corredor do 3º andar, Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais.
Após contato com a secretária, optamos por não entrar já que esta disse que no
local os professores estão sempre em aulas ou atividades de pesquisa e que o
acesso só seria possível se usássemos o interfone para ligar para o ramal de
cada professor chamando o mesmo para a divulgação. Mesmo visitando todas
as demais salas da unidade, nenhuma ficha de contato foi obtida, pois todos os
servidores que estavam em suas salas e foram abordados, com exceção de dois
professores e um funcionário que pediram para ler o material e decidir depois,
disseram já ter preenchido a ficha de contato em visitas anteriores. Nos locais
novos, praticamente não havia servidores.
Como a quantidade de fichas preenchidas nas sucessivas visitas à Politécnica é
bem abaixo do esperado considerando o tamanho da unidade, acreditamos que
a atual estratégia, a visita em cada sala com duplas, já não surte o efeito
desejado. Como opção para rever a divulgação na unidade, sugerimos que seja
obtido o número total de servidores do local, discriminando docentes e
funcionários. Numa comparação com dados do número de fichas de contato de
funcionários da Politécnica já preenchidas, será possível ver se os resultados
estão mesmo insuficientes ou se o número de funcionários é menor que o
imaginado, como demonstram as impressões obtidas com as visitas (os
servidores que diziam já estar inscritos quando perguntados sempre falavam
que naquele corredor todos já estavam participando). Caso isso esteja correto,
será necessário focar a divulgação nos docentes, público pouco sensibilizado
com a atual estratégia de divulgação do projeto, como dito anteriormente.
ANEXO D – Relatório de visita à Escola Politécnica 19 e 28.05.09
Os dados sobre o número de funcionários e docentes em cada unidade/órgão
seria uma informação importante em todas as visitas agendadas a partir de
agora.
Sugerimos também que a visita marcada pela manhã seja realizada com o fim
de buscar as fichas de contato dos folders distribuídos neste dia, além da
possibilidade de acesso aos servidores que estavam fora das salas no período
da tarde.
Contatos para uma nova visita:
1 - Laboratório de Termoquímica/servidora Simone – 3º andar (não estava no local,
folder deixado na mesa);
2 – Geotecnia – 3º andar (folders para cinco servidores deixados com a funcionária
terceirizada Lívia, a mesma se comprometeu a reunir as fichas preenchidas e nos
ligar para buscá-las);
3 – Sala de Ednildo Andrade – 3º andar (folders para cinco servidores deixados com
a funcionária terceirizada Vera, a mesma se comprometeu a reunir as fichas
preenchidas e nos ligar para buscá-las);
4 – Secretária de Minas e Energia - 3º andar (secretária já inscrita, foi deixado um
folder para a secretária da manhã)
5 - Grupo de Resíduos Sólidos – 4º andar (ficha entregue à professora responsável,
única servidora que trabalha no local);
6 – Laboratório de Análises Físico-Químicas – 4º andar (os servidores estavam
trabalhando no momento, a “divulgação” foi feita para um deles que se
comprometeu a distribuir os folders para os 5 funcionários);
7 – Núcleo de Serviços Tecnológicos – 8º andar (folder entregue ao servidor Luís,
disse que ia ler melhor em casa e decidir depois) .
Folders utilizados: 18
ANEXO E – Script para abordagem dos servidores no SPE
Script para abordagem dos servidores no SPE
O objetivo da ação que será realizada no SPE (Superintendência de Pessoal) durante a
semana de 12 a 16 de abril (segunda a sexta-feira), nos turnos matutino e vespertino, é
traçar um perfil de servidores da UFBA que são atendidos no setor e divulgar o ELSA
para eles, convidando-os a participar do estudo.
O contato para solicitar autorização para a ação foi feito com a servidora Rosely (r.
6423) por Fábio (Comunicação). Por telefone ela autorizou a permanência da equipe
durante a semana e disse que não era necessário enviar nenhum tipo de ofício ou
formalização.
Procedimentos para abordagem:
Todas as pessoas que entrarem no SPE durante a permanência da equipe ELSA no local
devem ser abordadas para preenchimento da ficha com questões sobre faixa etária, sexo
e situação atual (ativo ou aposentado). Por meio dessas informações preenchidas na
ficha será possível conhecer o fluxo de servidores no local e o perfil destes, o que nos
dará embasamento para futuras ações de divulgação no setor.
Em primeiro lugar é preciso se apresentar como integrante da equipe ELSA e
informar que está ali para realizar uma ação de divulgação do projeto (é
importante que a equipe esteja com a camisa do ELSA e/ou crachá).
Após a identificação, deve-se perguntar se a pessoa é servidora da UFBA.
1 - Em caso de resposta negativa, agradecer a atenção e explicar que a pesquisa é
voltada para servidores da Universidade.
2 - Em caso positivo, fazer as três perguntas da ficha para a pessoa (na questão
sobre o sexo – masculino ou feminino – não é preciso perguntar, apenas marcar a
resposta).
3 - Caso a pessoa se recuse a responder, assinalar na ficha como “Recusa”.
ANEXO E – Script para abordagem dos servidores no SPE
É importante deixar claro para os servidores o porquê das perguntas: explicar que
estamos traçando um perfil das pessoas que freqüentam o SPE, pois queremos fazer
uma divulgação específica direcionada aos visitantes do local.
Após o preenchimento da ficha, nos casos em que a pessoa não seja participante
do ELSA, passar para a abordagem padrão, convidando o servidor a se inscrever
como voluntário do estudo e enfatizando que, no momento, estamos priorizando
grupos com menor participação no ELSA (homens e pessoas acima de 55 anos).
Observação: Nos casos das mulheres com idade inferior a 55 anos, aceitar novas
inscrições, informando a elas que:
- No momento elas não serão chamadas para a entrevista, pois estamos dando prioridade
aos grupos menos representados – homens, de uma maneira geral, e pessoas maiores de
55 anos. No entanto, elas podem se inscrever na lista de espera e, futuramente, poderão
ser chamadas.
Escala da equipe:
Segunda (12.04): Fábio (manhã), tarde (entrevistador a definir)
Terça (13.04): Fábio (manhã), Ciro (tarde)
Quarta (14.04): Acácia (manhã), Rafael (tarde)
Quinta (15.04): Acácia (manhã), Inês (tarde)
Sexta (16.04): Fábio (manhã), Rafael (tarde)
Horário
Manhã: 08h-12h
Tarde: 12h30 – 16h30
ANEXO F – Algumas mensagens de participantes em resposta ao email enviado pelo ELSA em janeiro de 2011
Os nomes dos participantes foram omitidos para preservar o anonimato e a confidencialidade dos dados.
Prezados Coordenadores e demais componentes do Elsa,
O resultado dos meus exames eu o recebí logo, assim como a orientação de vocês. Sou muito grata por tudo, conforme já tive a oportunidade de me expressar. Liguei para vários colegas para participarem da pesquisa. Alguns me deram o retorno.
Desejo para vocês amplo e irrestrito sucesso, hoje e sempre. Que Deus lhes ilumine. No momento eu estou com um probleminha de
coluna(estenose)mas, já passei para Deus e confio que tudo está dando certo.
Continuo à disposição do Elsa. Um grande abraço,
Além de parabeniza-los pelo meta alcançada retribuo o carinho e lembrança de dejar-me um feliz Natal e Ano novo
Obrigada pela lembrança,
Estarei aguardando ser chamada para a segunda etapa.
Aproveito para desejar a todos do projeto Elsa um Feliz 2011!
Agradeço o carinho e atenção. Feliz 2011 para todos vocês.
Abrs.
OBRIGADA PELAS INFORMAÇÕES. COMPARECEREI PARA BUSCAR OS RESULTADOS DOS EXAMES E MARCAR ALGUNS QUE FALTAM AINDA FAZER.
ANEXO F – Algumas mensagens de participantes em resposta ao email enviado pelo ELSA em janeiro de 2011
Os nomes dos participantes foram omitidos para preservar o anonimato e a confidencialidade dos dados.
FELIZ ANO NOVO PARA TODOS!!
Obrigada, por ter cuidado da nossa saúde.
Sucesso!
Prezados Coordenadores: para mim foi um prazer e de certa forma me senti recompensado por estar partipando de um estudo que trará frutos futuros para outras pessoas, Parabéns pelo esforço e competência, Roberto Cortizo, prof. Aposentado.
Eu, __________
Sinto-me feliz com esta vitoria , pois o Elza só fez bem a população Brasileira, é o que eu pense e sinto.
Este projeto Elza ainda vai dar muitas vitorias para vocês.
Parabéns pelo projeto
2011 Será melhor
Senhores professores doutores Estela Aquino e Eduardo Mota,
Parabéns pelo imenso e importante nível do projeto Elsa.
Agradeço-lhes pelos votos e os retribuo com a certeza de que 2011 será de saúde e paz para os professores Estela e Eduardo e entes queridos.
Atenciosamente,
ANEXO G – Campanha 1+1=2000
Mensagem do ELSA Brasil para você
“Quando 1 + 1 é igual a 2000”
Ajude o ELSA a alcançar o número de 2 mil inscritos na Bahia
Olá xxxxx, você faz parte dos mais de mil servidores da Universidade Federal da Bahia que já se inscreveram para participar do ELSA Brasil. Além de conhecer melhor a sua própria saúde e contribuir para a construção de conhecimentos sobre a saúde do povo brasileiro, você pode continuar colaborando, dessa vez nos ajudando a alcançar a meta de 2 mil participantes na Bahia.
Se cada um dos mil inscritos no ELSA trouxer mais uma pessoa para participar, alcançaremos rapidamente a meta de 2 mil participantes!
Convide seus colegas que também são servidores da UFBA, ativos ou aposentados, com idade entre 35 e 74 anos, para participar do ELSA. Repasse essa mensagem principalmente para aqueles que se encaixam em categorias ainda com menor participação na pesquisa como, por exemplo, os homens e os/as aposentados/as. Com isso, alcançaremos resultados que reflitam melhor a diversidade da população brasileira.
Quem quiser saber mais sobre a pesquisa pode entrar em contato conosco pelo telefone 3283-7480 ou acessar o site www.elsa.org.br.
Agradecemos a sua colaboração!
Equipe ELSA BrasilCentro de Investigação ELSA BahiaAv. Araújo Pinho, 513, Canela. CEP: 40110-150. Salvador – BATelefone: (71) 3283-7480E-mail: [email protected]
ANEXO H – Encarte direcionado à profissionais de saúde
Quanto às estratégias direcionais para públicos específicos, no caso dos profissionais de saúde - grande parte deles concentrados no Serviço Médico Universitário Rubens Brasil Soares (SMURB), no Hospital Universitário Prof. Edgard Santos (HUPES) e na Maternidade Climério de Oliveira (MCO) – houve um levantamento de pesquisas que explicassem o motivo da resistência desses profissionais em relação à poposta do ELSA. O fato de expor que compreendemos os motivos que levam a essa despreocupação com a própria saúde aproxima e desperta ao profissional dessa área a curiosidade de saber “quem é esse” que conhece o meu universo.
ANEXO I – Encarte para aposentados
ANEXO J – Carta para servidores do sexo masculino
1
CARTA PARA OS HOMENS
Prezado/a XXXXX
O Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - ELSA Brasil é um
sucesso na Bahia. São 1700 voluntários inscritos e mais de 1300
participantes que já realizaram exames e entrevistas em nosso
Centro de Invest igação. Em sua reta f inal, 96% da amostra de
mulheres já foi alcançada, entretanto, a part ic ipação de servidores
homens, independente da faixa etária e categoria ocupacional,
ainda é pequena.
Para traçar um painel sobre a saúde do adulto brasileiro que ref lita
a diversidade da população brasi leira, o ELSA não pode f icar sem
a participação masculina. Então, para que os homens não f iquem
sub-representados na pesquisa, queremos contar com a sua
participação.
Se interessou e quer saber mais sobre o ELSA? A equipe do
estudo pode agendar uma visita e ir até você, basta entrar em
contato pelo telefone 3283-7495 ou 3283-7480. Para saber mais
sobre o ELSA, visite nosso site www.elsa.org.br .
Confira o que os servidores da UFBA que participam do ELSA
falam sobre a pesquisa:
“Eu não costumo ir ao médico, não gosto de tomar remédio, não
faço revisão, enf im, não procuro sarna pra me coçar. Então você
pode imaginar que não foi muito confortável para alguém como eu
ANEXO J – Carta para servidores do sexo masculino
2
passar uma manhã inteira fazendo exames, sendo mexido aqui e
ali. Mas a grande recompensa é saber que estou contribuindo com
uma pesquisa inédita e importante para o país. Além disso, a
equipe do estudo é ef iciente, simpática e bem treinada, o que
deixa tudo mais tranquilo”. André Rodrigues Netto, professor de
Geologia da UFBA.
“Tenho uma agenda muito sedentária e decidi mudar meu padrão
de vida, cuidar da minha saúde e fazer mais exercícios. Então
aproveitei essa oportunidade de realizar um check-up para fazer
da minha part icipação no ELSA um ponto de partida para me
conhecer melhor e mudar os meus hábitos”. Celso Eduardo
Avelar Freire Sant’ana, Professor do Departamento de
Pediatria da Faculdade de Medicina.
“Eu não estava dando muita atenção para a minha saúde, em
cinco anos tirei sangue apenas duas vezes. O ELSA, com uma
equipe bem treinada e um trabalho organizado, superou minhas
expectativas”. Ricardo Couto, Chefe de laboratório do Hupes –
Hospital Universitário Professor Edgard Santos.
Quer mais informações sobre o ELSA? Visite nosso site
www.elsa.org.br. Quer participar da pesquisa? Entre em
contato com nossa equipe pelo telefone 3283- 7495.
ANEXO K - Entrevista com Simone Bortoliero
Entrevista com Simone Bortoliero
A paulista Simone Bortoliero é coordenadora do primeiro curso de especialização em jornalismo científico e tecnológico da Bahia, estado onde ensina há dez anos na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Mestre e Doutora em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo, Simone lançou recentemente o livro "Diálogos entre Ciência e Divulgação Científica: leituras contemporâneas" (EDUFBA, R$35), do qual é coautora. No ELSA Brasil, além de compor o grupo de 2 mil
servidores participantes da pesquisa no Centro de Investigação baiano, teve papel fundamental na formação do Núcleo de Comunicação do estudo.
ELSA Brasil: Você fez parte da formação do núcleo de comunicação do ELSA. Como vê a importância desse estudo no contexto brasileiro e o investimento em jornalismo científico no país?
Simone Bortoliero: O núcleo foi formado por pessoas da saúde e da comunicação. Pude entender que, nesse tipo de pesquisa, o Brasil se situava em um contexto muito baseado nos dados estatísticos que vinham de outros países. Então, como iríamos traçar uma política de saúde pública eficiente para o adulto, se todas as pesquisas com as quais vínhamos trabalhando em anos anteriores são de uma realidade do contexto internacional? O ELSA tem um valor único por reunir, a nível nacional, um conjunto de servidores de seis instituições que vão contribuir com políticas públicas na área da saúde do adulto. É uma possibilidade de, através do levantamento de dados locais, contribuir com um debate sobre que saúde do adulto nós falamos e quais são as principais doenças que acometem a saúde da população brasileira. Outra questão importantíssima se refere à escolha da Bahia, porque aqui tem a maior população afrodescendente do país. Então vamos entender mais um pouco da saúde dos negros brasileiros, algo que é bastante reivindicado pelas comunidades afrodescendentes. A terceira questão envolve a universidade e como conseguir reunir homens e mulheres de uma determinada faixa etária para conhecer um pouco da realidade da hipertensão e diabetes no país. Reunir tudo isso num projeto de comunicação envolvendo pessoas que são de áreas diferentes, mas estão comungando nessa interface comunicação e saúde é um grande desafio. Importante ressaltar a importância da comunicação para ajudar essas pessoas, que serão acompanhadas durante longos anos, a continuarem nesse projeto. Portanto, esse é um ponto fundamental para ter um bom resultado de pesquisa.
ANEXO K - Entrevista com Simone Bortoliero
E.B.: Como avalia a eficiência das políticas públicas para a divulgação científica e quais ações destaca?
S.B.: A minha realidade hoje é a Bahia e aqui nós temos alguns problemas. Temos o investimento do governo estadual, do ponto de vista das agências como a Fapesb, durante a Semana de Ciência e Tecnologia, que ocorre desde 2004. O governo Lula instituiu essa semana nacional visando popularizar o conhecimento científico. Na universidade, vejo que a UFBA cresceu nos últimos anos. Mas eu acho que a popularização da ciência e a divulgação científica na Bahia ainda não se tornaram políticas de Estado, que é o que tem que ser, e não uma política de governo. Para isso, a Fapesb precisa reconhecer a necessidade de investimento em editais que tratem da mídia e da ciência. Além disso, precisamos trabalhar para melhor formação de jornalistas para trabalhar com jornalismo científico nos veículos tradicionais da cidade. Então estamos em um processo: formando jornalistas, formando grupos de pesquisadores mestres
e doutores nessa área. Bem diferente do eixo Rio-São Paulo, onde a divulgação científica já existe de forma bem organizada desde a década de 80.
E.B.: Considerando a necessidade de ciência e divulgação caminharem juntos, como avalia certos bloqueios que pesquisadores têm com a imprensa e como você vê essa relação?
S.B.: Essa sempre foi uma relação bastante conflituosa, ou por uma má formação dos jornalistas para tratar de temas de ciência, ou por uma má compreensão dos pesquisadores no uso do jargão científico e por não quererem entender que falar para o grande público é tão importante quanto publicar um artigo em uma revista especializada. Inclusive, eu acho que o sistema de avaliação da Capes deveria ser mudado, deveria ser dado um peso relevante para os pesquisadores que fazem divulgação científica, assim como existe um peso para quem publica em revistas qualis A, qualis B, qualis C. No Brasil, dos anos 80 para cá, eu acho que melhorou muito. Temos muito mais pesquisadores falando em veículos de comunicação. Criou-se o Globo Ciência, revistas como Super Interessante, se teve um avanço da revista Ciência Hoje, tanto para criança, quanto para adulto. A própria Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência investiu nessa área com produtos online e revistas impressas. A própria Fapesp tem sua revista. A UNB agora está criando um portal institucional de divulgação científica. Acho que tem que haver esse investimento nos produtos, a internet ajuda muito nesse sentido, para que haja espaço para o pesquisador falar e fazer com que essa relação entre jornalistas e cientistas se torne mais dinâmica em prol da democracia e do conhecimento científico, em prol da acessibilidade desse conhecimento para o cidadão comum.
ANEXO K - Entrevista com Simone Bortoliero
Acho ainda que isso vai avançar se a gente capacitar também os pesquisadores, chamá-los para a responsabilidade fazendo com que entendam que o processo de divulgação faz parte de uma prestação de serviço à população. Grande parte do dinheiro investido em pesquisa é público e os pesquisadores precisam ter consciência do seu papel, que é também o de contribuir com a democracia. Acho que não se trata de uma relação individual: "eu gosto disso e vou divulgar porque acho bonito divulgar o que estou fazendo". Não, acho que é um compromisso social que ambos os setores devem ter, tanto a mídia e os jornalistas com suas experiências, assim como os pesquisadores.
Para fazer essa relação ser boa é preciso investir na formação dos jornalistas e também na formação dos pesquisadores. Os pesquisadores precisam ter uma idéia de como a mídia funciona. A gente pode dar curso de comunicação e saúde para os hospitais, por exemplo. E fazer com que os profissionais de lá entendam como a mídia funciona por dentro. Podemos criar manuais para as redações para explicar como a comunidade científica se relaciona. É preciso criar mecanismos de facilitação, de diálogo entre os setores.
"Falar para o grande público é tão importante quanto publicar um artigo em uma revista especializada"
E.B.: Quais as especificidades da formação de um jornalista científico e, nesse aspecto, qual a importância do curso de especialização em jornalismo científico que você coordena na Faculdade de Comunicação da Ufba?
S.B.: Essa ideia do jornalista geral é aparentemente bonita. A formação do jornalista na Bahia está muito debilitada. Mesmo estando em uma universidade federal, a grade curricular não garante aos estudantes uma formação multidisciplinar. Eles precisariam saber mais de economia, política, cultura, mas também saber mais de ciência. O jornalista científico precisa entender da filosofia, da sociologia e da história da ciência, ele tem que entender de temas
ANEXO K - Entrevista com Simone Bortoliero
que muitas vezes não estão disponíveis nos cursos de comunicação. Então, ou ele busca a especialização fora da graduação, ou ele, enquanto está em uma universidade federal ou estadual que possibilita esse trânsito entre os créditos, busca essas disciplinas em outras unidades. Eu acho que a comunicação não é suficiente para um bom jornalista de ciência. A Associação Brasileira de Jornalismo Científico considera que os cursos de graduação deveriam ter optativas desse segmento dentro da grade. A Facom não tem optativa, a gente dá as disciplinas camufladas de outros nomes, como jornalismo especializado, tópicos em jornalismo. Ou seja, temos que recorrer aos cursos de especialização para capacitação dos jornalistas. "Mas o jornalista especializado delimita o campo e atuação do mercado de trabalho?". Não, eu acho que o mercado de trabalho tem que se abrir para o jornalismo especializado.
Nós estamos no ano internacional da química. Quais os jornalistas em Salvador têm condições de falar da contribuição da química, ou de sua não-contribuição, os seus avanços, seus retrocessos, seus problemas, os benefícios trazidos para o planeta? Quem seriam os jornalistas capazes de falar sobre isso? Poucos ou ninguém. Em âmbito nacional há vários cursos de especialização na área, com vários enfoques. Mas eu acho que essa formação tem que ser de base humanística, trazendo conhecimento não só da área da comunicação, como filosofia, história da ciência, educação e cultura científica. Além de empreendedorismo, afinal os jornalistas têm que ser empreendedores. Nós temos poucos produtos midiáticos e de comunicação na área da ciência, então é um bom momento para o mercado de Salvador se abrir. As assessorias de comunicação das universidades não trabalham com divulgação científica, por exemplo, então há mercado para esse jornalista.
E.B.: O curso tem como produto final uma Agência de Ciência e Tecnologia. Qual a importância da agência de divulgação científica para a universidade? Quais têm sido as principais dificuldades na implementação?
S.B.: Nós temos uma grande universidade federal, universidades estaduais e particulares produzindo conhecimento. Temos a maior instituição de pesquisa na área da saúde, que é a Fiocruz, na Bahia. Temos a Embrapa, que produz conhecimento em toda área de agronegócio, rural, conhecimento de mudanças climáticas. Temos a Petrobras produzindo conhecimento com muitas pesquisas em andamento. É inadmissível que essa produção de conhecimento não seja visível na mídia nacional. Esse é o papel da agência: tornar visível a produção científica na Bahia. Não de uma única instituição, mas em âmbito estadual. A ciência tem que fazer parte da cultura do baiano, nós somos um local de conhecimento. Produzimos música, carnaval, axé, mas também produzimos ciência. Outro produto do curso é uma revista na área de inovação com a perspectiva de mostrar essa relação público-privado. O que está se inovando do
ANEXO K - Entrevista com Simone Bortoliero
ponto de vista empresarial - que você pesquisa e a empresa aglutina. Além dever o que a Bahia está registrando de patentes.
A grande dificuldade é manter jornalistas formados e capacitados trabalhando com bolsas, boas bolsas. Quero criar na agência uma realidade de mercado. Sair do aspecto meramente acadêmico para ser um produto jornalístico de fato. Queremos que a agência se torne importante para o estado e, para isso, precisamos de bons profissionais. Outra dificuldade é fazer com que o pesquisador tenha um espaço para escrever, não só pra discutir sua pesquisa, mas também a política científica, discutir o que ele pensa de ciência na Bahia.
E.B.: Quanto ao livro "Diálogos entre Ciência e Divulgação Científica: leituras contemporâneas", recentemente lançado pela Edufba, como foi o processo de seleção dos artigos publicados e como avalia a diversidade das áreas
envolvidas?
S.B.: Junto com alguns outros professores do Grupo Cultura e Ciência, do Programa de Pós-graduação em Cultura e Sociedade, resolvemos reunir trabalhos de professores colegas, alguns deles professores da especialização. Tem artigo meu, de Audre Alberguinim, Graça Caldas, Cristiane Porto, Antonio Marcos Brotas, de Lígia Rangel, além do professor Wilson Bueno, responsável pela primeira tese de doutorado no Brasil na área de jornalismo científico. Convidamos colegas da área para mostrar como a divulgação científica se aplica em várias áreas do conhecimento. O objetivo é discutir o que é a cultura científica. O livro traz a possibilidade de debater esse conceito e ver como é que a gente pode trabalhar com divulgação na Bahia e também em outros locais. Tem temas de meio ambiente, saúde, arte reunidos para mostrar que também aqui na Bahia estamos produzindo conhecimento nessa área.
Fotos de Alexandro Mota
ANEXO K - Entrevista com Simone Bortoliero
E.B.: Você acha que o conhecimento da academia tem sido replicado em termos práticos? Esse conhecimento tem sido de fácil acesso à população interessada?
S.B.: Para que o conteúdo científico esteja presente desde a base e os alunos saibam o que é "Ciência", é preciso investimento massivo na educação, na formação dos professores e na rede básica. Atualmente, o que está acontecendo com o conteúdo científico ministrado no ensino regular, sem qualidade, faz com que os alunos cheguem ao ensino superior com essa visão de ciência deturpada, fora da realidade.
A popularização da ciência não pressupõe que estou divulgando conteúdo científico. A divulgação científica tem relação com os museus de ciências que as crianças podem visitar para brincar com equipamentos e entender a lei da gravidade. Ela não vai ver a formula lá exposta, vai entender por outras vias.
Ter uma relação diferente da química do cotidiano, a física do dia-a-dia. E na área de ciências humanas é entender o porquê a filosofia é importante para minha vida, como posso ser mais reflexivo diante das coisas que vou lidar no dia-a-dia. Enfim, desmistificar essa ideia de que o conteúdo tem a ver com a educação formal e seus modelos. A divulgação científica não está preocupada com conteúdo científico, está preocupada em aproximar a ciência produzida por uma instituição de pesquisa do cidadão, mostrando sua aplicabilidade, mas também em mostrar que a ciência pode se tornar mais palatável, uma coisa que faz parte da nossa vida. É uma coisa que o professor Carlos Vogt falou [na palestra de lançamento do livro Diálogos entre Ciência e Divulgação Científica]: quando a ciência for igual ao futebol, uma coisa que todo mundo acha que entende, mas ninguém é técnico, então teremos alcançado um dos objetivos da divulgação científica.
ANEXO L – Tabulação comparativa entre o ELSA e outros estudos longitudinais
Retenção e Rastreamento dos Membros da Coorte do Estudo HUNT, Julie R., WHITE, Emily. Retaining and Tracking Cohort Study Members. Epidemiologic Reviews, 1998. 20: 57-70.
Disponível em: http://epirev.oxfordjournals.org/content/20/1/57.full.pdf
A publicação lista algumas das estratégias comumente usadas para a manutenção dos membros da coorte, lembrando a necessidade de adapta-las a realidade de cada estudo.
- Multicenter AIDS Cohort Study , Nurses' Health Study , Women's Health Initiative Clinical Trial and Observational Study e o St. Louis Effort foram estudos usados na publicação para ilustrar os tipos de estratégias possíveis.
Segue tabulação de iniciativas analisados na publicação Retaining and Tracking Cohort Study Members e ao final as ações realizadas pelo ELSA Brasil na Bahia.
ANEXO L – Tabulação comparativa entre o ELSA e outros estudos longitudinais
Estudo Participantes Objetivo Duração Recrutamento Follow-up Adicionais Rastreamento Resultado
The Multicenter AIDS Cohort
Study
4954 homens com risco de infecção pelo
vírus HIV
Investigar a história natural do HIV-1 entre
os homens homossexuais e
bissexuais
9,5 anos - Recrutados em 4 centros;
- Divulgação em bares gays, jornais e centros
comunitários;
-A inscrição consistiu em exames médicos,
questionários, informação de documentação, “nomes e endereço de duas pessoas que sempre sabem como
contatá-los” e do seu médico.
- Exames a cada 6 meses;
- Em cada visita eram encorajados a
fazerem a próxima consulta;
- Carta enviada 2-4 semanas antes da consulta seguinte;
- Duas semanas após a carta eram
realizados contatos telefônicos para
confirmar a consulta.
- Após 3 semanas sem respostas são feitos
contatos telefônicos;
- Contatos trimestrais são feitos com
participantes muito doentes;
- Médicos dos participantes que não
podem se deslocar recebem um kit sangue
para encaminhar o material para o
laboratório, à entrevista é por telefone nesses
casos.
- Pesquisa (contatos,
obituários...);
- Carta registrada;
- Correção de endereço
89%
ANEXO L – Tabulação comparativa entre o ELSA e outros estudos longitudinais
Participantes Objetivo Duração
Recrutamento Follow-up Adicionais Rastreamento Resultado
The Nurses'Health Study
121.700 enfermeiras
Examinar arelação entre
anticoncepcionaleo câncer de
mama; posteriormente expandido para
incluiralimentação e outros fatores.
20 anos
Recrutados por e-mailatravés de uma carta
de apresentação, questionário de duas
páginas, e envelope de retorno pré-pago.
Dados coletados: nome do participante, número do CPF, data de nascimento, e o nome, endereço e
número de telefone de um contato
pessoal.
- Questionários sãoenviados a todos os
membros da coorte a cada 2 anos;
- Um boletim sobre o progresso dos estudos
acompanha os questionários;
-Contatos pessoas atualizados a cada 4
anos;
- Após 3 meses de envio dos questionários, nova via é reenviada em caso de não terem retornado
as respostas;
- Newsletter com atualizações de estudo
através do mailing
- Após 8 anos da pesquisa foi
incluído telefonemas em
casos de não-respondentes dos
questionários enviados;
- Na metade do estudo os
questionários começaram a ser enviados através
de carta registrada, aplicando
posteriormente essa estratégia
para não-respondentes dos anos anteriores.
- Rastreamento através do
postmaster local, os conselhos estaduais
de enfermagem, e os contatos pessoais
listados pelos participantes;
- As mortes são relatadas pelos
parentes próximosdo participante ou
por autoridades postais.
90%
ANEXO L – Tabulação comparativa entre o ELSA e outros estudos longitudinais
studo Participantes
Objetivo Duração
Recrutamento Follow-up Adicionais Rastreamento Resultado
The St Louis Effort to
Reduce the Spread of AIDS
Study
479usuários de
drogas injetáveis
Reduzir a propagação do HIV entre a população consumidora de
drogas St. Louis e melhorar o
tratamento do abuso de drogas.
18 meses
- Selecionados porfuncionários de extensão
da rua;- Avaliações iniciais incluíram doenças
psiquiátricas, comportamento de alto
risco, e a resposta ao tratamento;
- O consentimento informado garantia de
sigilo de dados- O tratamento
medicamentoso foidisponibilizado para os
interessados- Dados: nome legal, alcunhas e apelidos,
endereço e nome ompleto dos pais, número da
Segurança Social, data de nascimento, o nome,
endereço e número de telefone do advogado, oficial de justiça, ou do
oficial de liberdade condicionall, se houver.
- Os participantes
foram acompanhados nos meses 3, 6,
9, 12 e 18 meses do estudo.
- Lembrete do agendamento
da visita.
- Contatos adicionais
foram feitos com o objetivo de convencer participantes desistentes;
- Uso de bonificações para tarefas realizadas.
- Reuniões semanais da equipe para
coordenar os esforços de
monitoramento.
- Sistema de monitoramento em
três estágios:Telefone, sistema e campo (que inclui:
visita a participante, casas vizinhas e locais
"supostamente freqüentados por eles, como bares, salões de bilhar,
barbeiro, esquinas);
- Parceria com várias agências de crédito, locais e estaduais,
hospitais, programas de tratamento,
prisões, agências de bem-estar,
recenseamento eleitoral, e do
departamento de veículos automóveis.
96,8%(455 dos
470participant
es ainda vivos foramlocalizados)
.
ANEXO L – Tabulação comparativa entre o ELSA e outros estudos longitudinais
Estudo Participantes Objetivo Duração
Recrutamento Follow-up Adicionais Rastreamento Resultado
Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - ELSA
Brasil1
15.102 servidoresPúblicos de
instituições de pesquisa e
universidades federais
brasileiras com idade entre 35 e
74 anos.
Bahia: 2031
Investigar a incidência e os
fatores de risco para o
desenvolvimento de doenças
crônicas na população
brasileira, em especial as
cardiovasculares e o diabetes
mellitus.
7 anos*
*mínimo
- Visita as unidades de trabalho com
distribuição de ficha de contato;
- Ficha de contato disponível pela
internet;
- Contatos telefônicos;
- Associação com sindicatos;
- Dados coletados:Nome, endereço, telefone e e-mail
pessoal, telefones de contatos de pessoas
mais próximas,Informaçõs referente
à saude.
- Visita para realização de
novos exames a cada 3 anos;
- Contatos telefônicos anuais
de monitoramento;
- Boletins em datas marcantes do estudo (inicio ou finalização de
etapas)
- Distribuição de brindes;
- Lembretes das consultas em
períodos estratégicos.
- Reuniões semanais entre a coordenação;
- Contatos telefônicos e discussão de caso entre a
gestão do estudo para
convencimento de desistentes;
- Atualização anual dos contatos
- Busca através dos telefones de
contatos informados;
- localização através de
dirigentes ou contatos firmados
durante o processo de
recrutamento unidade de
trabalho ou do setor de Recursos
Humanos da universidade ou
instituição de pesquisa.
1 As ações aqui apresentadas referem-se a Centro de Investigação da Bahia e não apresenta resultados considerando que se trata de um estudo em andamento.
ANEXO L – Tabulação comparativa entre o ELSA e outros estudos longitudinais
ANEXO M – Exemplo de texto jornalístico produzido para o site do ELSA
Prêmio incentiva participação feminina na ciência
Com o objetivo de incentivar a presença e a visibilidade das mulheres na produção de
pesquisas, o Programa L'Oréal/Unesco para Mulheres na Ciência abre inscrições para mais
uma edição do prêmio. Idealizado pela indústria de cosméticos L'Oréal, em parceria com a
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a
premiação conta ainda, no Brasil, com o apoio da Academia Brasileira de Ciências (ABC).
A comissão julgadora, composta por nove membros da ABC, além de uma representante
da L'Oréal e outro da Unesco no Brasil, elegerá os melhores trabalhos inscritos no Programa.
Cada uma das sete vencedoras receberão bolsa-auxílio no valor equivalente a US$ 20 mil.
Podem se inscrever pesquisadoras das áreas de ciências biomédicas, biológicas e da saúde,
ciências físicas, ciências matemáticas e ciências químicas. As inscrições, que vão até o
próximo dia 13 de maio, devem ser submetidas através do site loreal.abc.org.br/.
Entrega do prêmio à bioquímica Patrícia Fernanda Schuck (esquerda), uma das vencedoras do programa em
2010.
Disponível em: http://www.elsa.org.br/outras_14032011.html
Top Related