CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
BÁRBARA LAYS BEZERRA DA SILVA LAYSE CRUZ LIMA
ANÁLISE DO PROJETO E EXECUÇÃO DE ALVENARIA ESTRUTURAL DE BLOCOS DE CONCRETO EM
CONDOMÍNIO RESIDENCIAL VERTICAL NA PARTE ALTA DA CIDADE DE MACEIÓ: UMA IDENTIFICAÇÃO DE
INCONFORMIDADES
MACEIÓ-AL 2019/1
BÁRBARA LAYS BEZERRA DA SILVA LAYSE CRUZ LIMA
ANÁLISE DO PROJETO E EXECUÇÃO DE ALVENARIA ESTRUTURAL DE BLOCOS DE CONCRETO EM
CONDOMÍNIO RESIDENCIAL VERTICAL NA PARTE ALTA DA CIDADE DE MACEIÓ: UMA IDENTIFICAÇÃO DE
INCONFORMIDADES
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação da Msc Roseneide Honorato dos Santos.
MACEIÓ-AL 2019/1
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradecemos a Deus, por ter nos dado forças para conclusão
desta etapa, nos conduzindo com amor e compaixão. A nossa orientadora Prf. Msc
Roseneide Honorato por toda dedicação, instrução e compreensão nesta caminhada.
E ao Prof. Zeferino por toda disponibilidade e conselhos que foram essenciais em
muitos momentos de angustias.
Bárbara Lays Bezerra da Silva
Agradeço em especial aos meus avós Sebastião e Luzinete (in memoriam) por
toda educação, ensinamentos e cuidados, que foram fundamentais para minha
formação como pessoa. A minha mãe, Maria Bezerra por toda dedicação na minha
formação, por nunca ter medido esforços para que eu conquistasse meus sonhos, me
incentivando a ser melhor todos os dias e a lutar pelos meus objetivos, sem ela nada
disso seria possível. Agradeço também ao meu amigo e namorado, José Batista por
todo companheirismo, apoio e incentivo, por nunca me deixar baixar a cabeça ou
desistir e por toda compreensão nos momentos mais difíceis. Por fim, agradeço aos
meus amigos e familiares, por terem em algum momento dedicado um pouco do seu
tempo para me incentivar e torcer pelo meu sucesso.
Layse Cruz Lima
Agradeço em especial aos meus avós Péricles, Marilúcia, Dora e Gilson, por
não terem medido esforços para a realização do meu sonho. Aos meus pais, Evandro
e Ylana Luiza, por todo incentivo para que eu concluísse esta etapa da vida. Ao meu
filho Arthur, pela compreensão nos meus momentos de ausência como mãe. A
Samya, por ter me dado tanta assistência e carinho nos momentos mais difíceis
durante a graduação. A todos os meus amigos e familiares que de forma direta ou
indireta estiveram ao meu lado e contribuíram para o meu trabalho e minha formação.
ANÁLISE DO PROJETO E EXECUÇÃO DE ALVENARIA ESTRUTURAL DE BLOCOS DE CONCRETO EM CONDOMÍNIO RESIDENCIAL VERTICAL NA
PARTE ALTA DA CIDADE DE MACEIÓ: UMA IDENTIFICAÇÃO DE INCONFORMIDADES
Bárbara Lays Bezerra da Silva Graduanda do curso de Engenharia Civil no CESMAC
[email protected] Layse Cruz Lima
Graduanda do curso de Engenharia Civil no CESMAC [email protected]
Roseneide Honorato dos Santos Mestre em Engenharia Civil pela Universidade de Alagoas
RESUMO
O presente trabalho teve como objeto de estudo a alvenaria estrutural em blocos de concreto.
Predominante nas obras do programa Minha Casa Minha Vida – MCMV do Governo Federal, por ser
uma obra mais rápida, limpa e que ao conciliar mão de obra capacitada com o cumprimento das
normas, pode gerar uma economia de até 30% comparado com uma alvenaria convencional. Surge
então a problemática do trabalho: Quais os riscos e consequências de não seguir as prescrições
dispostas nas normas vigentes? Levando-nos ao objetivo geral do trabalho que é Identificar as
inconformidades surgidas na concepção e execução do projeto de um condomínio residencial na parte
alta da cidade de Maceió, com fins de atentar a consequências que resultam do não cumprimento das
normas.
Palavras- Chaves: alvenaria, inconformidade, norma.
ABSTRACT
The present work had as object of study the structural masonry in concrete blocks. Predominant in the
buildings of the Minha Casa Minha vida program (MCMV), that is a program of the Federal Government,
because it is a faster, cleaner work and that by reconciling skilled labor with compliance with standards
can generate savings of up to 30% compared to a conventional masonry. The problem of this work then
arises: What are the risks and consequences of not following the prescriptions laid down in the current
regulations? Taking us to the general objective of the work that is to identify the nonconformities that
arose in the conception and execution of the project of a residential condominium in the upper part of
the city of Maceió, in order to take care of the consequences that result from the non compliance of the
norms.
Keywords: masonry, nonconformity, standards.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO... ..................................................................................................... 7 1.1 Problema ............................................................................................................. 8 1.2 Justificativa ......................................................................................................... 8 1.3 Objetivos ............................................................................................................. 9 1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................... 9 1.3.2 Objetivos Específicos ........................................................................................ 9 1.4 Descrição de Capítulos ......................................................................................10 2 ALVENARIA ESTRUTURAL ................................................................................. 11 2.1 Considerações Iniciais ...................................................................................... 11 2.2 Componentes da Alvenaria Estrutural ............................................................ 11 2.2.1 Blocos................................................................................................................11 2.2.2 Argamassa.........................................................................................................14 2.2.3 Graute................................................................................................................15 2.2.4 Armaduras.........................................................................................................16 2.3 Projeto de Alvenaria Estrutural ........................................................................ 17 2.4 Execução de Obra em Alvenaria Estrutural .................................................... 18 2.4.1 Recomendações durante a execução da alvenaria estrutural .......................... 18 2.4.2 Ferramentas e equipamentos ........................................................................... 19 2.5 Patologias em Alvenaria Estrutural ................................................................. 20 2.5.1 Conceito de patologia ....................................................................................... 20 2.5.2 Conceito de patologia na construção civil ........................................................ 20 2.5.3 Patologias geradas na etapa de concepção do projeto .................................... 21 2.5.4 Patologias geradas na execução do projeto ..................................................... 21 2.5.5 Principais falhas construtivas na alvenaria estrutural ....................................... 21 2.5.5.1 Falta de prumo .............................................................................................. 22 2.5.5.2 Preenchimento das juntas ............................................................................. 22 2.5.5.3 Grauteamento incorreto ................................................................................. 22 2.6 Vida Útil e Durabilidade .................................................................................... 22 3 METODOLOGIA .................................................................................................... 23 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 27 4.1 Verificação do Projeto ....................................................................................... 27 4.2 Execução do Projeto ......................................................................................... 32 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 49 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 50
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1 INTRODUÇÃO
Com o aparecimento do programa MINHA CASA, MINHA VIDA – MCMV, do
Governo Federal, as obras em alvenaria estrutural com blocos de concreto, passaram
a ser mais comuns na construção civil, notadamente por serem mais práticas e
vantajosas financeiramente. Isso se dá em razão da própria alvenaria constituir a
estrutura da edificação, além de produzir poucos resíduos.
Em face da intensificação de obras utilizando este método construtivo, a
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, se dedicou entre os anos de 2010
e 2011 a revisar as normas que regem e determinam os métodos de construção com
blocos de concreto, tendo como foco principal o combate às patologias.
Após esta revisão, a NBR 8798/85 dividiu-se em NBR 15961-1/11 que trata do
projeto e a NBR 15961-2/11 que trata da execução e controle de obras de alvenaria
estrutural de blocos de concreto.
Uma construção imobiliária é edificada para perdurar por muitos anos. Para
tanto, é imperioso que o construtor obedeça à determinados padrões e exigências
essenciais à construção civil.
À vista disso, as empresas do ramo, tiveram que se adaptar a essas novas
exigências para fornecer um produto competitivo que atenda e satisfaça os desejos
do consumidor, além de reduzir reclamações e assistências após a entrega da obra.
Segundo Sabbatini (2002), alvenaria é um componente complexo, conformado
em obra, constituído por tijolos ou blocos unidos entre si por juntas de argamassa,
formando um conjunto rígido e coeso. Nada obstante, o uso do método construtivo de
alvenaria estrutural tem seus infortúnios, principalmente em virtude do não
cumprimento das exigências contidas na norma regente, que fixa as condições
exigíveis que devem ser obedecidas na execução e no controle de obras em alvenaria
estrutural de blocos vazados de concreto.
Segundo Lima (1990), os problemas patológicos que aparecem nas edificações
durante sua vida útil são originados durante a fase de construção da edificação, com
maior percentual na fase de projeto, no caso da Europa, sendo que, no caso do Brasil,
esse percentual se dá na fase de execução, daí a grande importância da
implementação de um sistema de gestão da qualidade para execução de obra.
(Tabela 1)
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Tabela 1: Causas de patologias no mundo
Fonte: Silva e Jonov (2014)
1.1 Problema
Segundo Lima (1990), a problemática da habitação está relacionada à
consideração dos seguintes parâmetros: quantidade, qualidade, custo e durabilidade.
A quantidade diz respeito ao déficit habitacional, a qualidade abrange outros conceitos
como desempenho e construtibilidade, além de estar diretamente relacionado com
custo e durabilidade.
As inconformidades encontradas na concepção e execução do projeto em
alvenaria estrutural de blocos de concreto, em um condomínio residencial vertical,
localizado na parte alta da cidade de Maceió serão o ponto preponderante deste
trabalho. Desta forma esse estudo se norteia na seguinte problemática: Quais os
riscos e consequências de não seguir as prescrições dispostas nas normas vigentes?
1.2 Justificativa
A construção civil vem se atentando em reproduzir obras com um índice
pequeno de defeitos em curto prazo devido ao crescimento do nível de exigência no
mercado. Isso deve-se ao desenvolvimento de novas tecnologias que são inseridas
até mesmo nas obras mais simples, além do aperfeiçoamento na compatibilização de
projetos, o que gera obras mais atualizadas e adaptáveis para cada tipo de uso.
9
Apesar da modificação no modo de construção, que passou do formato de
corretivo para preventivo, algumas partes incluídas nos projetos ainda são difíceis de
serem encaixadas no planejamento de determinadas obras.
A justificativa do tema escolhido se dá pela importância de criar setores nas
construtoras com o objetivo de atender e fiscalizar rigorosamente os critérios exigidos
nas normas regulamentadoras.
Tendo em foco as inconformidades observadas durante a concepção e o
processo construtivo, nesse caso através de pesquisas direcionadas a esse campo,
surgem questões sobre a origem dos problemas causados não só na concepção dos
projetos, mas também por descuidos no momento da execução ou da
compatibilização dos mesmos, que serão estudados nessa pesquisa, a fim de
constatar o índice de inconformidades.
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo Geral
Identificar as inconformidades surgidas na concepção e execução do projeto
de um condomínio residencial vertical na parte alta da cidade de Maceió, com fins de
atentar a consequências que resultam do não cumprimento das normas.
1.3.2 Objetivos Específicos
• Fazer levantamento bibliográfico, baseado em livros, com objetivo de
obter informações sobre o tema estudado;
• Verificar se o projeto e a execução atendem aos critérios exigidos pela
NBR 15961/11;
• Identificar as inconformidades;
• Demonstrar a importância do cumprimento das normas, a fim de se evitar
possíveis manifestações patológicas no período de concepção e
execução do projeto.
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1.4 Descrição dos capítulos
O capítulo 1 tratou das considerações iniciais, como a introdução, o problema,
a justificativa do tema escolhido e os objetivos que foram traçados.
Abordou-se no capítulo 2 o referencial teórico, os conceitos fundamentais de
alvenaria estrutural e patologia, assim como seus tipos e componentes. Também foi
abordado o processo executivo em alvenaria estrutural e suas principais falhas
construtivas.
O capítulo 3 trouxe a metodologia que se trata de um estudo explicativo, que
busca identificar as inconformidades encontradas durante a concepção e a execução
de um condomínio residencial vertical em alvenaria estrutural de blocos de concreto,
baseado em acervos bibliográficos e dados coletados no local de estudo.
No capítulo 4 foi apresentado os resultados encontrados na verificação
realizada, fazendo uma correlação entre as inconformidades apontadas e o
surgimento de anomalias.
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2 ALVENARIA ESTRUTURAL
2.1 Considerações Iniciais
A alvenaria estrutural tem como característica construtiva a execução
simultânea da estrutura e da vedação do edifício. O sistema dispensa o uso de pilares
e vigas, ficando a cargo dos blocos estruturais a função portante da estrutura.
Segundo Tauil e Nesse (2010) alvenaria é o conjunto de peças justapostas
colocadas em sua interface, por uma argamassa apropriada, formando um elemento
vertical coeso. Este conjunto coeso serve para vedar espaços, resistir a cargas
oriundas da gravidade, promover segurança, resistir a impactos, à ação do fogo, isolar
e proteger acusticamente os ambientes, contribuir para a manutenção do conforto
térmico, além de impedir a entrada de vento e chuva no interior dos ambientes.
Cavalheiro (2008) fala que nas últimas décadas com o objetivo de diminuir o
déficit habitacional no país, a alvenaria estrutural parece ser o método construtivo
mais compatível com nossa cultura, isto no ponto de vista de absorção e adequação
de mão-de-obra, quanto na diminuição de custos e racionalização, não considerando
ter uma política habitacional duradoura e sem garantia de demanda.
2.2 Componentes da Alvenaria Estrutural
Segundo Ramalho e Corrêa (2003), é de grande importância destacar dois
conceitos básicos: componente e elemento da alvenaria estrutural. Entende-se por
um componente, uma unidade básica, ou seja, algo que compõe os elementos que
irão compor a estrutura. Sendo os principais componentes da alvenaria estrutural:
blocos, argamassa, graute e armadura. Já os elementos são: paredes, pilares, cintas,
vergas.
É comum também, a presença de elementos pré fabricados, como coxins,
vergas, contravergas e outros acessórios.
2.2.1 Blocos
Segundo Ramalho e Corrêa (2003), os blocos, como componente da alvenaria,
são os principais responsáveis pela definição das características resistentes da
estrutura.
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A produção em série de blocos de concreto contribuiu de forma considerável
para a diminuição dos seus custos e melhoria da qualidade. Em suma, o processo de
fabricação dos blocos envolve a moldagem de concreto de consistência rija em
moldes com as dimensões pré-estabelecidas do bloco, compactados e vibrados por
máquinas automáticas, depois levados para cura e armazenagem até o momento da
entrega. Em muitas fábricas de blocos, algumas das fases do processo de produção
são totalmente automatizadas.
No que diz respeito à forma dos blocos, os mesmos podem ser maciços ou
vazados, sendo chamados de tijolos ou blocos como na Figura 1. Maciços são aqueles
que possuem um índice de vazios de no máximo 25% da área total, se os vazios forem
maiores que esse limite, são considerados vazados.
Figura 1: Forma dos blocos Fonte: Tauil e Nesse (2010)
As principais propriedades que os blocos devem possuir são:
• Resistência à compressão
• Estabilidade dimensional
• Vedação
• Absorção adequada
• Trabalhabilidade
• Modulação
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Segundo Thomaz; Helene (2000), os blocos devem apresentar um valor
mínimo de absorção de água, abaixo do qual não haverá adequada penetração de
nata de argamassa nos seus poros e um valor máximo para que não ocorra intensa
retirada de água da argamassa, prejudicando a hidratação do cimento.
Conforme a NBR 6136/16 “Blocos Vazados de Concreto Simples para
Alvenaria – Requisitos”, família de blocos é o conjunto de componentes de alvenaria
que interagem modularmente entre si e com outros elementos construtivos (Figura 2
e Figura 3). Os blocos que compõe a família segundo suas dimensões, são
designados como bloco inteiro, meio bloco, bloco de amarração L e T, blocos
compensadores e blocos tipo canaleta.
Figura 2: Família de blocos 10x39 Fonte: Tauil e Nesse (2010)
14
Figura 3: Família de blocos 10x29 Fonte: Tauil e Nesse (2010)
Os blocos devem ser homogêneos, compactos, e com arestas vivas, e não
devem apresentar fissuras, ou qualquer outro defeito que possa prejudicar o seu
assentamento ou afetar a resistência e durabilidade da edificação.
Em se tratando do recebimento dos blocos, a NBR 6136/16, prescreve algumas
condições para aceitação, como por exemplo a inspeção visual, as dimensões dos
blocos, resistência a compressão, retração e ensaio de absorção de água.
2.2.2 Argamassa
Segundo Campos (1993), argamassa é o componente utilizado na união dos
blocos, sendo responsável pela monoliticidade da alvenaria, pois transmite esforços
entre os blocos. Além disso também tem a função de garantir a vedação das juntas
contra a entrada de umidade nas edificações.
Segundo Ramalho e Corrêa (2003), A argamassa de assentamento possui as
funções básicas de solidarizar as unidades, transmitir e uniformizar as tensões entre
as unidades de alvenaria, absorver pequenas deformações e prevenir a entrada de
água e vento nas edificações. Usualmente é composta por um ou mais aglomerantes
(cimento e cal), por um agregado miúdo (areia) e água.
Sabbatini (2002) diz que a argamassa de assentamento dos blocos deve
promover uma adequada aderência entre blocos e auxiliar na dissipação de tensões
15
para evitar fissuras na interface bloco-argamassa e garantir o desempenho estrutural
e a durabilidade esperada da parede de alvenaria.
É importante frisar, que a alvenaria deve ter a capacidade de desenvolver
resistência necessária para obter os esforços que possam operar na parede logo
depois do assentamento. A argamassa pode ter origem na indústria ou preparada na
própria obra.
2.2.3 Graute
Segundo Manzione (2004), graute é um micro concreto de alta plasticidade,
cuja função principal é aumentar a resistência da parede à compressão, através do
aumento da seção transversal do bloco. Quando combinado com o uso de armadura
em seu interior, o graute combaterá também os esforços de tração que a alvenaria
por si só não teria condições de resistir.
Segundo Roman et al. (1999), o graute pode ser considerado um concreto ou
argamassa com fluidez suficiente para preencher os vazios dos blocos sem que haja
segregação dos seus componentes. É composto pelos mesmos materiais utilizados
para produzir concreto convencional, porém as diferenças estão nas dimensões dos
agregados (que devem ser mais finos, passando 100 % na peneira 12,5 mm) e na
relação água/cimento. Sua função é propiciar o aumento da área da seção transversal
das unidades e promover a integração dos blocos com eventuais armaduras
posicionadas nos seus vazios.
Segundo Richter (2007) o graute é um concreto fino (micro concreto), feito de
cimento, água, agregado miúdo e agregados graúdos de pequena dimensão (até
9,5mm), tendo que apresentar como característica alta fluidez de modo a preencher
de maneira adequada os vazios dos blocos onde serão distribuídos. Segundo a NBR
15961-1 (2011) a resistência característica do graute tem de ser maior ou igual a duas
vezes a resistência característica do bloco.
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Feita a limpeza, o graute é colocado no interior da célula com a ajuda de um
funil para evitar desperdícios e que algum material externo se misture, como mostrado
na Figura 4. Para todos os procedimentos de execução e controle de obras em
alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto existe a norma brasileira NBR
15961/11.
Figura 4 – Graute Fonte: ABCP (2003)
2.2.4 Armaduras
Segundo Ramalho; Corrêa (2007) as armaduras são as mesmas que são
usadas nas estruturas de concreto armado e têm o objetivo de maximizar a resistência
da estrutura aos esforços de tração, ou compressão. Elas são empregadas
verticalmente nos blocos, ou horizontalmente nas vergas, contra-vergas e canaletas.
As suas disposições têm de estar rigorosamente especificadas no projeto estrutural.
Segundo Manzione (2004), o uso de grampo cria uma atividade a mais na obra
e de difícil verificação. Como a utilização de grampos não permite a redistribuição de
tensões podem ocorrer patologias. Seu uso deve ser evitado sempre que possível
pelo calculista da estrutura. Deve-se dar preferência pela utilização de juntas
amarradas, definidas em projeto.
17
2.3 Projeto de Alvenaria Estrutural
Segundo Ohashi e Franco (2001), uma gestão ineficaz do processo de projeto
pode causar muitos problemas, podendo comprometer a qualidade de execução da
obra, além de causar atrasos no seu andamento.
Ainda segundo os mesmos autores, no processo construtivo em alvenaria
estrutural é imprescindível a coordenação e compatibilização de projetos desde o
início do processo, para que as inter-relações e as interferências existentes entre os
subsistemas sejam gerenciadas de forma a garantir a qualidade do empreendimento.
Conforme Hammarlund e Josephson (1992), as decisões tomadas nas fases
iniciais do empreendimento, são as mais importantes, atribuindo-lhes a principal
participação não só na redução dos custos, como das falhas dos edifícios. Por isso
possuem fundamental importância para o sucesso de qualquer empreendimento.
O responsável pelo projeto estrutural deve conhecer tanto as teorias básicas
de dimensionamento, quanto as manifestações patológicas comuns a esse método
construtivo, para que o projeto contemple características que garantam condições de
prevenir as causas desses problemas, sendo responsabilidade do projetista incorporar
detalhes eficazes na eliminação ou na redução do aparecimento das patologias.
(ROMAN et al., 1999).
Para Penteado (2003), os projetos executivos normalmente utilizados são: as
plantas de primeira e segunda fiadas, planta de locação e elevações. Esses projetos
devem conter cortes, informações técnicas dos materiais a serem utilizados, detalhes
padrão de amarrações, das vergas e contravergas, passagens de tubulações,
localização de pontos elétricos e hidráulicos, pontos a serem grauteados, e
amarrações com ferros. (ROMAN et al., 1999).
Segundo a NBR 15961-1/11, deve-se obrigatoriamente ser indicado no projeto
as resistências à compressão dos elementos – blocos, argamassas, grautes – bem
como as especificações (classe e bitola) dos aços que deverão ser utilizados. A
resistência dos blocos também deve aparecer no projeto para garantir a resistência
de prismas.
18
2.4 Execução de Obra em Alvenaria Estrutural
De acordo com Franco, Agopyan (1994), a fase de execução da obra deve
incorporar soluções racionalizadas para a organização da produção, incluindo a
organização do canteiro de obra, a elaboração de um planejamento e programação
eficaz, o treinamento e a motivação da mão-de-obra, o uso racional de ferramentas e
equipamentos e o controle da qualidade baseada na padronização dos métodos e
técnicas produtivas, através de procedimentos.
Para atingir a precisão exigida durante sua execução, se faz necessário
ferramentas e equipamentos adequados ao sistema construtivo de alvenaria estrutural
de blocos de concreto.
Segundo Thomaz; Helene (2000), a execução das alvenarias deve ser baseada
em procedimentos técnicos que estabelecem o processo de execução, incluindo a
forma de locação das paredes, os detalhes de amarrações entre as paredes, a forma
de elevação dos cantos e marcação das fiadas, a disposição das armaduras
horizontais e verticais, a forma de assentamento de marco e contra-marco.
Os mesmos autores ainda recomendam que os projetos de alvenaria devem
ser enfocados de maneira mais ampla, levando-se em conta aspectos como o
desempenho térmico e acústico, a resistência ao fogo e permeabilidade à água,
identificando cuidados especiais no projeto e execução e detalhes construtivos,
inclusive traços que sirvam como base para graute e argamassa de assentamento.
2.4.1 Recomendações durante a execução da alvenaria estrutural
Sabbatini (2002) apresenta algumas recomendações fundamentais durante a execução:
• O assentamento não deve ser realizado debaixo de chuva. No caso de
interrupção dos serviços devido à chuva, a alvenaria recém-executada deve ser
protegida;
• A alvenaria de blocos de concreto não pode ser molhada durante a etapa de
assentamento. Neste caso a argamassa de assentamento deve ter retenção de água
suficiente para evitar a molhagem. A alvenaria cerâmica pode ser umedecida para
facilitar o assentamento;
• As alvenarias devem ser executadas com blocos inteiros. Não se deve cortar
ou quebrar blocos para obtenção de ajuste durante a elevação da alvenaria;
19
• Na construção de edifícios em alvenaria estrutural não se recomenda “esconder
na massa” as imprecisões e erros na execução das paredes, como é comum na
construção tradicional. Ou seja, a execução deve ser realizada com as tolerâncias e
a precisão especificada de modo que a qualidade final do edifício seja obtida na
execução da estrutura. Para isto é essencial que se utilize mão de obra treinada e
especializada e que se adote um completo programa de controle de qualidade de
execução (de aceitação, sob condições específicas, de cada etapa construtiva);
• As prumadas elétricas e hidráulicas não podem estar embutidas nas paredes
de alvenaria estrutural, devendo ser, preferencialmente, embutidadas em shafts
verticais, especificadamente projetados para esta finalidade;
• A união entre paredes estruturais deve ser feita preferencialmente por
amarração de blocos. E não se recomenda o uso de grampos, pois, além de difícil
controle em obra possibilitam o aparecimento de patologias;
• As paredes estruturais e não-estruturais não devem ser unidas, devendo ser
previstas juntas de trabalho.
2.4.2 Ferramentas e equipamentos
Os equipamentos e ferramentas (Figura 5) têm grande importância na
execução que qualquer serviço, causando impacto direto na produtividade e qualidade
na execução de edifícios em alvenaria estrutural (ABCP, 2004).
Roman et al. (1999) e ABCP (2004) sugerem as seguintes ferramentas e
equipamentos: masseiras metálicas, carrinhos especiais para transporte de blocos e
argamassas, escantilhão, esquadro, régua com bolha, régua metálica de 2 metros,
nível a laser e para o preciso espalhamento da argamassa, meia-cana ou palheta.
20
Figura 5: Ferramentas e equipamentos para execução de alvenaria estrutural Fonte: Manzione (2004)
2.5 Patologias em Alvenaria Estrutural
2.5.1 Conceito de patologia
Helene (1992) fala que a patologia pode ser entendida como a parte da
Engenharia que estuda os sintomas, os mecanismos, as causas e as origens dos
defeitos das construções civis, ou seja, é o estudo das partes que compõem o
diagnóstico do problema.
Algumas das patologias que aparecem nas edificações, existem umas que
comprometem só a parte estética, não causando riscos para as pessoas, enquanto
que existem outras que danificam a resistência e a permanência da edificação,
trazendo o risco e o desconforto.
2.5.2 Conceito de patologia na construção civil
Cánovas (1988) diz que a patologia na execução pode ser consequência da
patologia de projeto, havendo uma estreita relação entre elas, isso não quer dizer que
a patologia de projeto sendo nula, a de execução também será. Nem sempre com
projetos de qualidade desaparecerão os erros de execução. Estes sempre existirão,
21
embora seja verdade que podem ser reduzidos ao mínimo caso a execução seja
realizada seguindo um bom projeto e com uma fiscalização intensa.
2.5.3 Patologias geradas na etapa de concepção do projeto
São várias as falhas que podem ocorrer durante a concepção da estrutura.
Podendo ser originadas durante o lançamento da estrutura, a execução do
anteprojeto, ou do projeto final.
As falhas originadas por anteprojetos equivocados ou deficiência de um estudo
preliminar, são os principais responsáveis pelo encarecimento do processo
construtivo, ou por transtornos durante a utilização da obra. As falhas durante o projeto
final, geram problemas patológicos mais sérios, como os elementos de projetos
inadequados; falta de compatibilização entre estrutura e arquitetura; especificação
inadequada dos materiais; erros de detalhamento; detalhes em planta que não
conseguem ser executados; falta de padronização das representações; erros de
dimensionamento.
2.5.4 Patologias geradas na execução do projeto
Ao iniciar a etapa de construção, podem ocorrer diversas falhas, associadas a
causas tão diversas como falta de condições no local de trabalho, falta de capacitação
profissional, controle de qualidade ineficiente, materiais de má qualidade e
irresponsabilidade técnica.
Na alvenaria e elementos estruturais pode ocorrer casos como a falta de prumo,
esquadro e alinhamento. Os sistemas construtivos, e a até mesmo a qualidade do
produto final, ficam bastante dependentes do grau de evolução técnico alcançado pela
indústria de materiais e componentes, sobre a qual a indústria da construção civil tem
pouca ou nenhuma interferência.
2.5.5 Principais falhas construtivas na alvenaria estrutural
As falhas na execução da alvenaria estrutural é um dos principais motivos de
surgimento de patologias, é preciso que se tenha uma boa mão de obra, qualidade
dos materiais e uma fiscalização adequada do serviço para que não ocorram
imprevistos no decorrer da construção. Algumas falhas são muito comuns nesse
sistema construtivo, são elas:
22
2.5.5.1 Falta de prumo
É necessário um controle exigente, pois, caso o desaprumo seja grande, será
necessária demolição da parede, sendo assim trazendo prejuízos e atrasos na obra.
2.5.5.2 Preenchimento das juntas
Roman et al (1999) diz que as juntas verticais, se forem mal preenchidas,
causam menor efeito na resistência a compressão e maiores efeitos na resistência a
flexão e cisalhamento das paredes. Já no preenchimento errado das juntas
horizontais, causam diminuição da resistência a compressão das paredes.
2.5.5.3 Grauteamento incorreto
Silva (2013) fala que é um fator a ser fiscalizado, principalmente a altura do
seu lançamento, se for lançado em uma altura muito elevada pode ocasionar
problemas como a segregação do material.
2.6 Vida Útil e Durabilidade
Segundo Souza e Ripper (1998) a vida útil é o período em que as propriedades
de um material permanecem acima dos limites mínimos especificados. A durabilidade
relaciona a aplicação das características de deterioração a uma determinada
construção, criando uma avaliação individual sobre os efeitos de agressividade
ambiental, definindo assim, a vida útil da mesma.
Pina (2013) diz que a durabilidade depende muito do conhecimento das
construtoras. Muitas vezes a falta de conhecimento faz com que os componentes
produzidos não tenham uma durabilidade muito boa, para um determinado ambiente.
A vida útil de um componente pode ser aumentada sem afetar muito a carga
ambiental. No caso da estrutura de concreto armado em um ambiente urbano, onde
se lida muito com o problema de corrosão das armaduras, um pequeno aumento no
cobrimento da armadura se 2,0 cm para 2,5 cm pode prolongar a vida útil da estrutura
de 50 para 78 anos, que representa um aumento de 56%.
23
3 METODOLOGIA
A análise bibliográfica, baseada em livros e trabalhos acadêmicos, bem como,
a pesquisa das normas regulamentadoras sobre execução e controle de obras em
alvenaria estrutural de blocos de concreto, serviram de alicerce para a pesquisa
desenvolvida neste trabalho.
Para alcançar o objetivo deste trabalho e obter melhores resultados, foi
desenvolvido o fluxograma exemplificado na Figura 6. Para isso, a pesquisa foi
dividida nas seguintes etapas:
Figura 6 – Fluxograma utilizado para desenvolvimento da pesquisa Fonte: Autor, 2019
24
O local escolhido para realização da pesquisa foi um condomínio residencial
vertical, localizado na parte alta da cidade de Maceió, Alagoas (Figura 7). A construção
possui método executivo em alvenaria estrutural de blocos de concreto. O
empreendimento é composto por 10 torres idênticas, 4 pavimentos cada torre e 6
apartamentos por pavimento.
Figura 7 – Local da pesquisa
Fonte: Autor, 2019
A escolha desse residencial, fez-se pela oportunidade em acompanhar a fase
de execução do instrumento de estudo, alvenaria estrutural. Durante análise, pôde-se
observar as inconformidades no processo construtivo, para que posteriormente,
fossem correlacionadas com o surgimento de manifestações patológicas.
A realização das diversas visitas ao local de estudo durante o período de
pesquisa, foi de fundamental importância para levantamento dos dados obtidos. As
visitas tiveram como objetivo conhecer melhor o empreendimento, analisar o projeto
de alvenaria estrutural e acompanhar sua execução, realizando levantamento das
inconformidades detectadas em cada etapa.
As visitas foram auxiliadas por quadros de verificação denominados de
checklists, elaborados com base nas exigências mínimas das normas
regulamentadoras e de acordo com o levantamento bibliográfico pesquisado, no
25
intuído de identificar a ocorrência de inconformidades nas etapas de cada processo,
verificando a influência dessas com o surgimento das anomalias.
A primeira visita foi realizada com o auxílio do quadro denominado
“CHECKLIST PARA VERIFICAÇÃO DO PROJETO”, desenvolvido com base na NBR
15961-1/11 Projeto para Alvenaria Estrutural, como mostra o Quadro 1, elaborado
com o objetivo de identificar inconformidades que influenciam no desempenho da
edificação, levando ao aparecimento dos problemas patológicos, podendo esse último
aparecer a curto ou longo prazo.
Quadro 1 – Checklist para verificação do projeto
Fonte: Autor, 2019
Como todos os blocos são espelhados, ou seja, idênticos, foi realizado apenas
um checklist para verificação do projeto.
As demais visitas foram realizadas com o auxílio do quadro denominado
“CHECKLIST DA EXECUÇÃO DO PROJETO”, desenvolvido com base na NBR
15961-2/11 para Execução e Controle de Obras, como demostrado no Quadro 2, com
objetivo de identificar falhas no processo de execução do projeto.
26
Quadro 2 – Checklist da execução do projeto
Fonte: Autor, 2019
Para realização do checklist em questão e objetivando obter melhores
resultados, o acompanhamento foi realizado através de amostragem, sendo
acompanhadas a execução das paredes em alvenaria estrutural de apenas 1
pavimento por bloco, totalizando 10 pavimentos verificados e acompanhados. Segue
escolha da amostragem:
• Bloco 01, 02 e 03 – Pavimento 01
• Bloco 04, 05 e 06 – Pavimento 02
• Bloco 07 e 08 – Pavimento 03
• Bloco 09 e 10 - Pavimento 04
O levantamento dos checklists, possibilitou detectar inconformidades presentes
nos projetos e na execução do mesmo, permitindo analisar a existência de uma
correlação entre as inconformidades e o aparecimento das manifestações patológicas
em alguns dos pavimentos analisados. As manifestações nas paredes da alvenaria
estrutural, foram fotografadas e identificadas através de dados obtidos nas visitas e
em pesquisas bibliográficas, permitindo assim, auxiliar na realização dos diagnósticos.
Após conclusão de todas as etapas, apresentou-se os resultados finais.
27
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Durante o tempo de estudo para a elaboração do presente trabalho, foram
evidenciadas inconformidades que afetam diretamente a vida útil do produto. A norma
15961-1/11 no item 5.1 explica que a estrutura de uma edificação deve ser projetada
para receber todas as influências ambientais sem produzir efeitos significativos na sua
construção e durante sua vida útil.
4.1 Verificação do Projeto
A verificação do projeto de alvenaria estrutural definido para o condomínio
residencial, deu-se através do checklist desenvolvido com base em exigências
trazidas na NBR 15961-1/11, destacando os itens que permitissem a verificação de
um projeto pronto. No Quadro 3 encontra-se evidenciado o resultado obtido.
Quadro 3 – Checklist para verificação do projeto
Fonte: Autor, 2019
28
Para melhor evidenciar as inconformidades observadas no projeto, foram
criados gráficos com a porcentagem de conformidade e inconformidade encontradas
no projeto.
O item 6.1.3 da NBR 15961-1/11 evidencia o graute, especificando que a
resistência à compressão característica em mega pascal (Mpa) do mesmo, tenha o
valor mínimo de 15 Mpa para alvenaria armada. Porém, o projeto estudado
especificou uma resistência de 10 Mpa, sendo esse, abaixo do exigido por norma.
Com o ocorrido apresentado a gestão da obra, a mesma informou que contatou
o responsável técnico pelo projeto, para verificação das informações e em
contrapartida, como plano de ação para tratamento da inconformidade, foi solicitada
a análise do graute em laboratório através do ensaio de resistência à compressão,
realizado antes de iniciar o serviço de alvenaria por uma empresa especializada e só
após aprovação do laudo, foi liberado o início dos serviços, porém não obtivemos
acesso ao laudo do teste.
Entretanto, mesmo com a informação de aprovação do laudo e que o graute
utilizado estaria dentro do exigido pela norma, a inconformidade foi registrada, por ser
uma informação contida nos projetos utilizados.
Portanto, fica evidenciada a inconformidade de desenvolvimento do projeto,
demonstrado na Figura 8.
Figura 8 – Índice de inconformidade do graute Fonte: Autor, 2019
0
1
8. Especificação da resistência do traço
Conforme Inconforme
29
A Figura 9 retrata o índice de inconformidade encontrado na verificação dos
desenhos técnicos. A norma especifica todos os projetos necessários para realização
da parede em alvenaria estrutural, porém, o checklist foi criado com os mais
pertinentes. De acordo com a verificação dos projetos, esses itens encontram-se com
100% de conformidade.
Figura 9 – Índice de inconformidade dos desenhos técnicos Fonte: Autor, 2019
A Figura 10 retrata o índice de inconformidade encontrado na verificação dos
blocos de concreto. Neste item foram observados se os projetos continham as
especificações das famílias dos blocos, com suas dimensões e resistência necessária.
De acordo com a verificação do projeto, este item não apresenta inconformidade.
1 1 1 1 1 1
1. Plantas dasfiadas
diferenciadas
2. Elevação detodas as paredes
3.Posicionamento
dos blocosespeciais
4. Detalhe dasamarrações das
paredes
5. Localização dospontos
grauteados earmaduras
6.Posicionamento
de controle edilatação
Conforme Inconforme
30
Figura 10 – Índice de inconformidade dos blocos de concreto Fonte: Autor, 2019
A Figura 11 retrata o índice de inconformidade encontrado na verificação da
resistência da argamassa a ser utilizada. Este item verificou se o projeto especificava
a resistência a ser adotada na argamassa, para que com base na mesma, fosse
definido o traço. De acordo com a verificação dos projetos, este item não apresenta
inconformidade.
Figura 11 – Índice de conformidade da argamassa Fonte: Autor, 2019
1
0
7. Especificação da familia a ser utilizado
Conforme Inconforme
1
0
9. Especificação da resistência do traço
Conforme Inconforme
31
A Figura 12 retrata o índice de inconformidade encontrado na verificação da
especificação do aço. Este item verificou se o projeto continha as especificações do
aço a ser utilizado. De acordo com a verificação dos projetos, este item encontra-se
com 100% de conformidade.
Figura 12 – Índice de inconformidade do aço Fonte: Autor, 2019
O resultado obtido através do checklist aplicado para verificação do projeto,
proporcionou o levantamento do índice de inconformidade do mesmo, constatando-se
um total de 90% de conformidade e 10% de inconformidade no projeto da alvenaria
estrutural do condomínio residencial em estudo, como demonstrado na Figura 13.
Sendo analisados os seguintes itens:
• Desenhos Técnicos
• Blocos
• Graute
• Argamassa
• Aço
0
1
8. Especificação da resistência do traço
Conforme Inconforme
32
Figura 13 – Índice de inconformidade do projeto Fonte: Autor, 2019
4.2 Execução do Projeto
O acompanhamento da execução do projeto de alvenaria estrutural foi
realizado com o auxílio do checklist desenvolvido com base nas exigências da NBR
15961-2/11, sendo destacado os itens considerados essenciais para o desempenho
da alvenaria.
As verificações foram realizadas por amostragem identificando os blocos e
pavimentos que foram acompanhados. Os Quadros de 4 a 13 representam os
resultados obtidos com o checklist.
O Quadro 4 representa o resultado obtido com a verificação do bloco 01,
pavimento 01. Neste pavimento foi registrado que os blocos de concreto, estavam
expostos à agentes externos, sem qualquer proteção. Houve falha na colocação da
tela para alvenaria, que funciona como amarração da parede da varanda, com a
parede estrutural. A argamassa não seguiu o traço recomendado. E foi detectado o
não preenchimento de algumas juntas de argamassa na vertical.
90%
10%
TOTAL
TOTAL
Conforme Inconforme
33
Quadro 4 – Checklist da execução do projeto
Fonte: Autor, 2019
O Quadro 5 representa o resultado obtido com a verificação do bloco 02,
pavimento 01. Neste pavimento, assim como no anterior, foi registrado que os blocos
de concreto não estavam estocados da maneira correta, com proteção contra agentes
externos. A argamassa não foi produzida de acordo com o traço recomendado e foi
detectado a ocorrência de juntas sem preenchimento de argamassa na vertical.
Quadro 5 – Checklist da execução do projeto
Fonte: Autor, 2019
O Quadro 6 representa o resultado obtido com a verificação do bloco 03,
pavimento 01. Neste pavimento foram registrados que os blocos estavam estocados
34
de maneira incorreta. O graute não seguiu o traço recomendado. A argamassa não foi
produzida de acordo com o traço indicado e foi registrado a ocorrência de juntas sem
o preenchimento da argamassa na vertical.
Quadro 6 – Checklist da execução do projeto
Fonte: Autor, 2019
O Quadro 7 representa o resultado obtido com a verificação do bloco 04,
pavimento 02. Neste pavimento, foi registrado que os blocos de concreto estavam
estocados de maneira incorreta. A argamassa não foi produzida de acordo com o
traço recomendado e foi registrado a ocorrência de juntas sem preenchimento da
argamassa na vertical.
Quadro 7 – Checklist da execução do projeto
Fonte: Autor, 2019
O Quadro 8 representa o resultado obtido com a verificação do bloco 05,
pavimento 02. Neste pavimento registrou-se que os blocos de concreto não estavam
estocados da maneira correta. Notou-se que o graute não seguiu o traço
35
recomendado. A argamassa não foi produzida de acordo com o traço especificado e
foi registrado a ausência de argamassa em algumas juntas na vertical.
Quadro 8 – Checklist da execução do projeto
Fonte: Autor, 2019
O Quadro 9 representa o resultado obtido com a verificação do bloco 06,
pavimento 02. Neste pavimento foram registrados que os blocos de concreto foram
estocados de maneira incorreta. O graute não seguiu o traço recomendado. A
argamassa não foi produzida de acordo com o traço indicado. Sendo também
registrado a ocorrência de juntas sem preenchimento da argamassa na vertical e foi
identificado alguns pontos sem grauteamento.
Quadro 9 – Checklist da execução do projeto
Fonte: Autor, 2019
O Quadro 10 representa o resultado obtido com a verificação do bloco 07,
pavimento 03. Neste pavimento foram registrados que os blocos de concreto foram
estocados de maneira incorreta. A argamassa não foi produzida de acordo com o traço
36
recomendado. Foi registrado a ocorrência de juntas sem o preenchimento da
argamassa na vertical.
Quadro 10 – Checklist da execução do projeto
Fonte: Autor, 2019
O Quadro 11 representa o resultado obtido com a verificação do bloco 08,
pavimento 03. Neste pavimento foram registrados que os blocos de concreto foram
estocados de maneira incorreta. O graute não seguiu o traço recomendado. A
argamassa não foi produzida de acordo com o traço indicado e algumas juntas na
vertical não foram preenchidas com argamassa.
Quadro 11 – Checklist da execução do projeto
Fonte: Autor, 2019
O Quadro 12 representa o resultado obtido com a verificação do bloco 09,
pavimento 04. Neste pavimento, foi registrado que os blocos estavam estocados de
maneira incorreta. O graute não seguiu o traço recomendado. A argamassa não foi
37
produzida de acordo com o traço recomendado. Foi registrado a ocorrência de juntas
sem preenchimento da argamassa na vertical e pontos sem graute.
Quadro 12 – Checklist da execução do projeto
Fonte: Autor, 2019
O Quadro 13 representa o resultado obtido com a verificação do bloco 10,
pavimento 04. Neste pavimento registrou-se a estocagem dos blocos de forma
incorreta. O graute não seguiu o traço recomendado. A argamassa não foi produzida
de acordo com o traço indicado. Foi registrado também a ocorrência de juntas sem
preenchimento da argamassa na vertical e pontos sem graute.
Quadro 13 – Checklist da execução do projeto
Fonte: Autor, 2019
De acordo com os resultados obtidos com a execução do projeto, foi realizada
análise apenas dos itens que registraram inconformidade.
O item 6.2.2 da NBR 15961-2/11 estabelece que os blocos de concreto devem
ser protegidos da chuva e de qualquer elemento que possa prejudicar o desempenho
38
da alvenaria. Com base neste item, verificou-se que todos os pavimentos
acompanhados estiveram expostos ao ar livre, sem qualquer tipo de proteção contra
agentes externos.
Na Figura 14, os blocos encontram-se empilhados da maneira correta, porém
embalados apenas como forma de proteção para os blocos não desmoronarem. A
superfície superior, não possui plástico, lona, ou qualquer outro material que possa
evitar a ação dos agentes externos. O não cumprimento deste item influencia
diretamente na resistência dos blocos. Portanto, de acordo com o item da norma
citado acima, o armazenamento não foi realizado conforme especifica a mesma.
Figura 14 – Estocagem dos blocos de concreto Fonte: Autor, 2019
Como prescrito no item 9.3.1 da NBR 15961-2/11, sobre assentamento dos
blocos, durante a elevação das paredes, os blocos devem ser alinhados e assentados
de acordo com a especificação do projeto, exigindo o mínimo possível de ajuste.
Baseado neste item, verificou-se que os blocos 01 e 10, não seguiram a amarração
da alvenaria da varanda.
O encontro da parede estrutural com a não estrutural acontece de forma
indireta, por junta a prumo. Por esse motivo é recomendável a realização de
amarração por meio de tela galvanizada com malha de 15x15mm para alvenaria,
39
como pode ser observado na Figura 15. O objetivo é criar uma ligação que impeça o
deslocamento da alvenaria e reduzir as tensões na argamassa de assentamento. A
não aplicação da mesma, pode acarretar no aparecimento de fissuras.
Figura 15 – Aplicação da tela para alvenaria da varanda Fonte: Autor, 2019
Nos blocos 01 e 10 observou-se o aparecimento de fissuras verticais, Figura
16, localizadas na ligação entre a parede estrutural e não estrutural, provavelmente
ocasionadas pela não aplicação da tela metálica para alvenaria.
40
Figura 16 – Fissura na vertical Fonte: Autor, 2019
De acordo com o item 7.2.1 da NBR 15961-2/11 o graute deve ser produzido
de modo a garantir a resistência característica estabelecida no projeto. O mesmo item
especifica que a consistência do graute deve ser adequada para preencher todos os
vazios, evitando que ocorra segregação. Com base neste item e nos resultados
obtidos com o Checklist de verificação do projeto, analisou-se o traço do graute
utilizado, como o graute especificado no projeto encontra-se divergente do exigido na
norma, a resistência adotada foi o resultado do teste realizado em laboratório.
O traço adotado pela construtora, após teste foi 1:2 que corresponde a um saco
de cimento para seis latas de areia grossa, utilizado com no máximo dezoito litros de
água. Contudo, ao observar a produção do graute in loco, verificou-se em alguns
pavimentos, a não obediência ao traço informado. Foi observado também erro na
tabela de traço, onde encontra-se o valor de 30 litros de água, como observado no
41
Quadro 14, para o mesmo traço 1:2, registrando assim, inconformidade no processo
de produção do graute dos blocos 03, 05, 06, 09 e 10.
Quadro 14 – Traços para realização do graute e argamassa
Fonte: Adaptada pelo autor, 2019
O graute tem como principal função, aumentar a resistência à compressão
localizada na parede, além de permitir que a armadura trabalhe em conjunto com a
alvenaria. Deste modo, é imprescindível que todos os pontos de grauteamento
localizados no projeto sejam seguidos com muito rigor, mas ao realizar a conferência
da planta de ponto de graute com o executado, nos blocos 05, 06 e 09 foram
registrados pontos sem aplicação. Essa inconformidade, resulta na diminuição da
resistência da alvenaria.
Nas Figuras 17 e 18 pode-se observar outro fator que resulta na diminuição da
resistência da alvenaria estrutural, são os furos realizados de forma indevida nos
blocos.
42
Figura 17 – Furos nos blocos Fonte: Autor, 2019
Figura 18 – Furos nos blocos Fonte: Autor, 2019
43
A argamassa de assentamento é de grande importância no desempenho da
alvenaria estrutural. Com a função básica de unir os blocos de concreto, vedando as
juntas contra a penetração da água da chuva, além de transmitir e uniformizar as
tensões entre toda a alvenaria. Pensando em atender todos esses requisitos, o traço
da argamassa destinado para uso pela construtora foi de 1:3 correspondendo a um
saco cimento com doze latas de areia fina e duzentos ml de aditivo, como observado
no Quadro 14. Porém, após acompanhamento do serviço, os betoneiros estavam
realizando o traço 1:9 correspondente a um saco cimento com nove latas de areia e
cem ml de aditivo. Ficando registrada a inconformidade no cumprimento do traço de
todos os blocos acompanhados.
Nas Figuras 19 e 20 podem ser observados que a realização do traço incorreto
ocasionou várias manifestações patológicas nas paredes, como a retração da
argamassa por umidade, levando ao destacamento entre a argamassa e o substrato.
Figura 19 – Destacamento entre argamassa e substrato Fonte: Autor, 2019
44
Figura 20 – Destacamento entre argamassa e substrato Fonte: Autor, 2019
Outro ponto observado foi a aplicação da argamassa. Em todos os blocos,
notou-se a falta da mesma, aplicada na vertical, como demonstrado nas Figuras 21 e
22. A ausência de argamassa entre as unidades age diretamente no comportamento
mecânico da alvenaria. Neste caso, não interferem muito na resistência a
compressão, e sim, na resistência a tração e ao cisalhamento, essas “juntas secas”
não são recomendáveis em nenhuma hipótese na alvenaria estrutural.
45
Figura 21 – Ausência de argamassa entre os blocos Fonte: Autor, 2019
Figura 22 – Ausência de argamassa entre os blocos Fonte: Autor, 2019
46
As manchas por umidade observadas nas Figuras 23 e 24, são consequências
das inconformidades encontradas na execução e aplicação da argamassa. Isso
acontece porque a argamassa é feita de materiais porosos que absorvem a água com
facilidade, ocasionando infiltrações que atingem os blocos e alcançam o revestimento.
Figura 23 – Manchas por umidade Fonte: Autor, 2019
Figura 24 – Manchas por umidade Fonte: Autor, 2019
47
A fissura escalonada evidenciada na Figura 25, também é consequência de
inconformidade na argamassa. Esse tipo de fissura aparece por fatores que geram
tensões, provocando o destacamento entre a argamassa e os blocos. Podendo ser
um problema nos materiais utilizados na composição da argamassa e que levam ao
comprometimento da sua resistência.
Figura 25 – Fissura escalonada Fonte: Autor, 2019
48
Os resultados obtidos com os checklists de verificação da execução do projeto
e demonstrados na Figura 26, permitiram identificar a ocorrência das inconformidades
existentes em cada pavimento. Analisando os resultados obtidos nos itens
acompanhados, constatou-se um total de 47,5% de inconformidades na execução das
alvenarias.
Figura 26 – Índice de inconformidade de verificação da execução
Fonte: Autor, 2019
49
5 CONCLUSÃO
Com base no conhecimento adquirido nesses meses de pesquisas, conclui-se
que para uma obra não sofrer com o surgimento de patologias é de suma importância
respeitar o sistema construtivo, fazendo-se necessário que cada etapa seja realizada
obedecendo a peculiaridade de cada item da norma regulamentadora. Respeitar a
norma em conjunto com uma fiscalização eficiente das etapas executadas é
fundamental para eficiência do sistema construtivo em alvenaria estrutural.
Ao decorrer do trabalho pôde-se perceber que um dos maiores problemas
encontrados no canteiro de obra e que resultou em muitas inconformidades, foi a falta
de conhecimento técnico e mão de obra qualificada, resultando em falhas no
assentamento dos blocos, com juntas de assentamento sem preenchimento, equívoco
na dosagem dos traços da argamassa e graute, além da interpretação de projeto.
Um dos erros que comumente aparecem na alvenaria estrutural, são as
quebras infundadas dos blocos de concreto, ocorrendo estas por erros na execução
de projetos complementares como hidrossanitários e elétricos, ou mesmo com a
necessidade da execução de serviços secundários que não foram previstos na
concepção do projeto, essas condutas têm como consequências a diminuição da
resistência e eficiência da alvenaria.
Todas as inconformidades apresentadas poderiam ser evitadas com a
eficiência do controle de sistema de qualidade da construtora, para isto faz-se
necessário a qualificação dos profissionais e realização de uma fiscalização mais
rigorosa. Para tanto, deve-se criar o hábito de equiparar o executado no canteiro com
o exigido na norma, a propósito fica evidenciado este como um dos pontos de maior
problema da construtora em estudo, muitos não tem conhecimento algum da norma
necessária para a execução do serviço.
Como sugestão para trabalhos futuros, entende-se como importante o
levantamento das patologias que se manifestaram após alguns anos de uso do
empreendimento estudado, criando um mapeamento que possibilite a identificação
dos locais onde houveram maiores incidências de manifestações patológicas. Após
isso, diagnosticar e propor possíveis soluções de reparo.
50
Pode-se ainda, diante desse levantamento de patologias, criar sistemáticas de
prevenção dessas ocorrências.
REFERÊNCIAS
ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland). Alvenaria com Bloco de Concreto: Prática Recomendada. Recife, 2004. Disponível em: <http://www.abcp.org.br/downloads/index.shtml>. Acesso: 25 set 2018 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6136: Bloco vazado de concreto simples para alvenaria estrutural: procedimento. Rio de Janeiro, 2016. _____NBR 8798/85. Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto. Rio de Janeiro, 2003. _____NBR 15961-1: Alvenaria estrutural - Blocos de concreto Parte 1: Projeto. Rio de Janeiro, 2011. _____NBR 15961-2: Alvenaria estrutural - Blocos de concreto Parte 2: Execução e controle de obras. Rio de Janeiro, 2011. CAMPOS, F. T. N. Alvenaria armada em blocos de concreto: um estudo comparativo. Dissertação de M. Sc., Universidade Federal Fluminense – UFF. Niterói, RJ, 1993. CÁNOVAS, Manuel F. Patologia e terapia do concreto armado; tradução de M. Celeste Marcondes, Beatriz Cannabrava. São Paulo: PINI, 1988. CAVALHEIRO, P.O. Alvenaria estrutural, Tão antiga e Tão atual. UFSM 2008. FRANCO , L.S.; AGOPYAN, V. (1994). Racionalização dos processos construtivos em alvenaria estrutural não armada. In: 5th INTERNATIONAL SEMINAR ON STRUCTURAL MASONRY FOR DEVELOPING COUNTRIES, Florianópilis, BR, 1994. Anais. Floanópolis, UFSC/ University of Edinburg/ ANTAC. V.1, p.497-508. HAMMARLUND, Y.; JOSEPHSON,P.E. Qualidade: cada erro tem seu preço, 1992. Tradução de Vera M. C. Revista Téchne. HELENE, P. Manutenção para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto. Pini, 2ª ed. São Paulo, 1992. LIMA, Helder. A geometria do reboco. Revista Construção. São Paulo, 1990. MANZIONE, L. Projeto e execução de alvenaria estrutural. São Paulo: O Nome da Rosa Editora, 2004. OHASHI, E.A.M., FRANCO, L.S. Fluxo de informações mo processo de projeto em alvenaria estrutural. São Paulo: USP, Boletim técnico. 27p. 2001.
51
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