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Processo de Comissionamento em Instalações Industriais  

Professor: Alexandre Guimarães  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Capítulo 1 ‐ APRESENTAÇÃO   

Bem vindo! 

Você está  iniciando o curso sobre Comissionamento em Instalações Industriais On e Offshore oferecido pela FUNCEFET. 

O  termo “Comissionamento” pode despertar em você  lembranças de  longas experiências de trabalho ou ser apenas um nome meio misterioso. Não se preocupe.   Se você é um veterano desta  área,  fique  certo  de  que  o  curso  trará  conhecimentos  novos  e  poderá  até mesmo surpreendê‐lo; se está sendo apresentado ao comissionamento agora, este nome estranho irá adquirir um  significado e perder o mistério. Mas para  isso, sua participação é  indispensável. Não deixe de perguntar e de contribuir com sua vivência, pois a troca de conhecimentos entre os presentes é importante para a consolidação dos conceitos que serão apresentados.  

Ao  final  do  curso  teremos  esclarecido  o  papel  desta  disciplina  em  um  empreendimento  e apresentado  uma metodologia  para  sua  aplicação,  desenvolvida  por  vários  especialistas  da Petrobras  e  adotada  como  procedimento  padronizado  pela  Engenharia  da  empresa.  A amplitude do tema e a  limitação de tempo  impedirão que os tópicos abordados sejam todos discutidos no nível de detalhe que você provavelmente gostaria, mas os demais módulos do programa existem para suprir essa demanda.  

 

 

Bom curso! 

 

 

ORGANIZAÇÃO 

Com o crescente volume de novos investimentos no segmento de Oil&Gas, a falta de mão‐de‐obra qualificada têm sido uma das principais dificuldades na  implantação e desenvolvimento de novos projetos. Especialmente na área de Engenharia Industrial, apresenta‐se uma carência de engenheiros e técnicos qualificados que atendam ao perfil multidisciplinar necessário para atuação  neste  segmento,  tornando‐se  desta  forma  indispensável  à  busca  por  uma especialização profissional. 

Este curso sobre o Processo de Comissionamento tem como objetivo atender a esta demanda por  qualificação  de  novos  profissionais,  que  pretende  proporcionar  ao  participante  o conhecimento multidisciplinar necessário dos conceitos e técnicas aplicadas ao Planejamento e  Gerenciamento  de  Comissionamento  e  Partida  de  Plantas  Industriais,  apresentando  a metodologia  do  processo  e  as  ferramentas  utilizadas  para  a  execução  das  atividades  de Comissionamento, considerando os aspectos gerenciais, técnicos e de segurança de processo, de  forma  clara  e  objetiva  permitindo  ao  aluno  o  domínio  do  conhecimento  teórico  e  das melhoras práticas aplicadas a projetos industriais. 

O método de condução das atividades em sala será conduzir um processo de conscientização dos  participantes  sobre  a  importância  do  comissionamento  para  o  sucesso  do empreendimento, apresentando os conceitos básicos do comissionamento, necessários para o gerenciamento dessa área de conhecimento e os elementos básicos para o planejamento, a coordenação e o controle do processo. 

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EMENTA 

1. Introdução ao Comissionamento 

a. Conceitos do Processo 

b. Principais Definições 

2. Metodologia de Comissionamento 

a. Etapas do Processo 

b. Condições de Operabilidade 

c. Gestão de Pendências 

3. Engenharia, Planejamento e Controle do Processo 

a. Manual do Comissionamento 

b. Divisão de Sistemas e Sub‐Sistemas Operacionais 

c. Rede de Precedência 

d. EAP do Processo de Comissionamento 

e. Cronogramas Master do Processo e de Atividades 

4. Organização e Documentação do Processo 

a. Estrutura Organizacional e Perfil Profissional 

b. FVI – Folha de Verificação de Itens 

c. FVM – Folha de Verificação de Malhas 

d. Pastas de Trabalho 

e. Pastas de Sistemas 

5. Preservação de Equipamentos 

a. Programação e Controle das Atividades 

b. Medição dos Serviços de Preservação 

6. Condicionamento  

a. TAF – Teste de Aceitação de Fábrica 

b. Inspeção de Recebimento 

c. Inspeção de Completação Mecânica 

d. Testes de Certificação 

e. CCM – Certificação de Completação Mecânica de Sub‐Sistemas  

7. Pré‐Operação & Partida 

a. Testes de Funcionamento 

b. TAP – Testes de Aceitação de Performance 

c. Testes de Confiabilidade, Teste de Desempenho da Instalação. 

8. Transferência de Sistemas Operacionais 

a. TTAS – Termo de Transferência e Aceitação de Sistema – Provisório e Definitivo 

b. Operação Assistida 

c. TTI – Termo de Transferência de Instalação 

9. Ferramentas de Gestão 

 

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Plano de Aula ‐ COMISSIONAMENTO, PRÉ‐OPERAÇÃO E OPERAÇÃO ASSISTIDA 

  1ª AULA  2ª AULA  3ª AULA 

1º tempo  Introdução ao Comissionamento 

Engenharia, Planejamento e Controle do Processo  Condicionamento 

Intervalo       

2º tempo  Introdução ao Comissionamento 

Engenharia, Planejamento e Controle do Processo  Pré‐Operação & Partida 

Almoço       

3º tempo  Metodologia de Comissionamento 

Organização e Documentação do Processo 

Transferência de Sistemas Operacionais 

Intervalo       

4º tempo  Metodologia de Comissionamento 

Preservação de Equipamentos  Ferramentas de Gestão 

 

CARGA HORÁRIA 

30 horas‐aula 

 

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO 

Os participantes  serão avaliados através  trabalhos em  sala de aula, onde a participação em grupo será avaliada. 

 

COORDENAÇÃO ACADÊMICA: PROF. RINALDO SODRÉ AGUIAR 

 

DOCÊNCIA: PROF. ALEXANDRE DE MORAES GUIMARÃES 

Engenheiro  de Mecânico  formado  pela  Universidade  Gama  Filho,  com MBAs  realizados  na Fundação Getúlio Vargas – FGV/RJ em Gestão Empresarial, Gestão de Negócios em Petróleo e Gás e Gerência de Energia. 

Atua há mais de 25 anos na área de projetos industriais e trabalha atualmente como Consultor na  Engenharia  da  PETROBRAS,  responsável  pelo  Programa  de  Treinamentos  em Comissionamento das novas  instalações,  tendo participado na  elaboração e  implantação da Metodologia  de  Comissionamento  para  aplicação  em  todos  os  empreendimentos  da Engenharia  da  PETROBRAS,  enfocando  o  desenvolvimento  do  processo  nas  áreas  de  E&P, Abastecimento (Refino) e Gás & Energia, atribuindo indicadores de desempenho, definição dos critérios de planejamento do processo e apoio às equipes de fiscalização nas obras. 

Participação  em  desenvolvimento  de  metodologias  de  Gestão  de  Projetos  em empreendimentos da Engenharia da PETROBRAS, enfocando as práticas de  implementações, controle de custos, escopos e prazos de execução. 

Possui larga experiência acadêmica, tendo ministrado disciplinas no Curso de Graduação para Tecnólogos em Petróleo e Gás pela Universidade Estácio de Sá, além de cursos específicos pelo PROMINP, Instituto SENAI de Educação Superior (ISES), e Fundação Getúlio Vargas. 

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CONTEXTO DO COMISSIONAMENTO 

Em um  fim de  tarde qualquer do século XVII,  três homens conversam à beira do cais de um porto  europeu.  O  comandante  de  um  navio  que  deverá  zarpar  no  dia  seguinte  para  uma viagem  ao Oriente  acerta  os  últimos  detalhes  com  o  armador  e  o mestre  dos  carpinteiros navais. Ele passará vários meses no mar, e uma de suas poucas certezas é que este será um tempo difícil em que terá de enfrentar situações imprevisíveis, que exigirão o máximo dele, de sua  tripulação e de seu equipamento. Em caso de problemas provavelmente não  terá como receber ajuda e deverá contar apenas com seus próprios recursos. Por isso, o comandante se preocupa com todos os detalhes. Quer saber se o mestre verificou o navio por completo – o cabrestante está engraxado? As velas de reserva estão no paiol? Os cabos de controle do leme foram  testados?  Cobra  do  armador  os  alimentos,  os  remédios,  as  vestimentas,  e  não  se esquece  das  cartas  de  navegação, manuais  náuticos,  etc.  Seus  dois  interlocutores  são,  em última análise, os fiadores do sucesso da viagem, pois uma bomba de porão que não funcione durante  a  tempestade  pode  significar  a  diferença  entre  a  vida  e  a morte.  Não  por  acaso, ambos  são  muito  experientes  e  conceituados  em  seus  ofícios,  e  possuem  grande conhecimento das realidades e necessidades desse tipo de empreendimento. Não por acaso, também, a relação entre esses três homens é marcada por uma grande confiança mútua. Só assim  os  enormes  riscos  de  tal  viagem  são  trazidos  a  níveis  menos  insuportáveis  e  os banqueiros de Antuérpia e da Liga Hanseática aceitam financiá‐la. 

Se  tudo  estiver  a  contento  o  comandante  dirá,  em  seu  jargão  naval,  que  o  navio  está “comissionado”, ou seja, preparado para cumprir sua missão. 

Em um  final de tarde qualquer do século XXI, três homens conversam à beira do cais de um porto europeu. O diretor de uma usina termelétrica que deverá entrar em operação comercial no mês  seguinte  para  alimentar  todo  o  complexo  portuário  discute  com  um  dos  sócios  da empresa e com o gerente da construtora responsável pela  implantação da usina. Ele aceitou assumir o cargo por pelo menos três anos, e uma de suas poucas certezas é que este será um tempo difícil em que terá de enfrentar situações imprevisíveis, que exigirão o máximo dele, de sua equipe e de seu equipamento. Em caso de problemas, provavelmente não haverá tempo de esperar por ajuda e terá de resolvê‐los com seus próprios recursos. Por isso, o diretor está profundamente  preocupado.  Quer  saber  se  a  construtora  atendeu  a  todos  os  requisitos técnicos, pois até agora não recebeu evidências de que  isso seja verdade. Cobra do sócio da empresa as licenças, contratos de apoio operacional e outros recursos prometidos e ainda não materializados.  Seus  dois  interlocutores  são,  em  última  análise,  os  fiadores  do  sucesso  da operação da usina, pois um simples sensor defeituoso pode causar graves danos aos grupos geradores e até acidentes  fatais. Deveriam  ser ambos muito experientes e conceituados em seus ofícios e deveriam possuir grande conhecimento das realidades e necessidades deste tipo de empreendimento. A relação entre os três homens deveria, também, ser marcada por uma grande confiança mútua. Estas são condições básicas para que os riscos do empreendimento sejam adequadamente administrados e os acionistas tenham uma razoável certeza de que seu investimento dará o retorno previsto. 

Mas não é o que acontece. Há controvérsias, desinformação, incerteza técnica, desconfiança e acusações.  A  usina  tem  que  partir,  pois  o  cronograma  já  está  atrasado, mas  as  condições operacionais  ainda  são  precárias.  Por  trás  dos  discursos,  as  equipes  de  campo  sabem  que estão  recebendo  uma  instalação  industrial  semi‐acabada,  insegura,  que  ainda  exigirá muito esforço  e  tempo para  ser  colocada  em ordem de marcha. A  curva de  subida  em produção prevista não será respeitada, os custos de operação & manutenção descolam do planejado, e é melhor nem pensar no que vai acontecer com o fluxo de caixa e a taxa de retorno.  

O que mudou? Por que o comandante do século XVII, apesar de todas as limitações da época, estava comparativamente em melhores condições para iniciar sua missão do que o diretor do 

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século XXI com seu aparato tecnológico? A resposta é complexa e transcende o escopo deste artigo,  mas  um  de  seus  componentes  pode  ser  identificado  nos  cenários  acima  e  será brevemente comentado aqui: o Comissionamento.  

 

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 

BENDIKSEN,  T.  e  YOUNG,  G.  –  Commissioning  of  Offshore  Oil  and  Gas  Projects  –  USA, AuthorHouse, 2005 

CONSTRUCTION BUILDING INSTITUTE – Planning for Start‐Up – USA, Texas University, 1998 

HORSLEY, D. – Process Plant Commissioning – UK, Institution of Chemical Engineers, 1998 

HARTER,  K.  –  Power  System  Commissioning  and Maintenance  Practice  –  USA,  Institute  of Electrical Engineers, 1998 

PETROBRAS/ENGENHARIA/AG‐PIE  – Manual  de  Gestão  da  Engenharia  (MAGES),  Volume  II, Capítulo 15 (Comissionamento e Transferência de Instalações), Rio de Janeiro, AG‐COM, 2011 

U.S.ARMY  –  TBM5‐697  Commissioning  of  Mechanical  Systems  for  C4ISR  Facilities  –  USA, Department of the Army, 2006 

U.S.  GENERAL  SERVICES  ADMINISTRATION  /  PUBLIC  BUILDING  SERVICE  –  The  Building Commissioning Guide – USA, GSA, 2005 

WILKINSON,  R.‐  Cx  Then  and  Now  –  Apresentação  feita  no  NE  Chapter  da  Building Commissioning Association, Nevada, USA, 2005 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Capítulo 2 – INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO 

PROCESSO DE COMISSIONAMENTO E TRANSFERÊNCIA DE INSTALAÇÕES 

O  processo  de  comissionamento  é  um  conjunto  estruturado  de  conhecimentos,  práticas, procedimentos e habilidades aplicáveis a um produto de engenharia  (ativo) visando  torná‐lo operacional dentro dos requisitos de desempenho especificados  

O objetivo central do processo de comissionamento é assegurar a  transferência de um ativo (instalação industrial, edificação, etc.) do responsável pela sua implantação para o usuário final de  forma  rápida,  ordenada  e  segura,  certificando  sua  operabilidade  em  termos  de desempenho, confiabilidade e conformidade normativa.  

ORIGEM DO TERMO 

Em  suas  origens,  o  termo  latino  committere  significava  “confiar”,  e  por  extensão  “atribuir cargo ou missão de confiança”. Passou para o idioma anglo‐saxão como “commissioning” e de longa data adquiriu a conotação, no meio marinheiro, de “entregar um navio ao serviço ativo”, indicando  claramente  o  componente  de  confiança  embutido  neste  ato.  À  medida  que  a tecnologia naval avançava, a entrega dos navios foi ganhando características de uma atividade específica,  conhecida  como  Provas  de  Cais  e  Mar.  Hoje,  embarcações  de  alto  conteúdo tecnológico como, por exemplo, navios de combate exigem planejamento elaborado,  tempo considerável e muitos profissionais altamente qualificados para vencer essa etapa e para que seus comandantes possam considerá‐los “prontos para cumprir sua missão”. 

Esta  evolução  por muito  tempo  não  teve  correspondente  claro  em  terra  firme.  A  situação começou  a  mudar  apenas  a  partir  dos  grandes  programas  de  engenharia  posteriores  à Segunda Guerra Mundial, que exigiram novos padrões de segurança e de confiabilidade para equipamentos complexos que deveriam operar corretamente na primeira vez em que fossem acionados.  Essa  necessidade  levou,  por  um  lado,  ao  desenvolvimento  dos  conceitos  da Garantia  da Qualidade  hoje  indispensáveis;  por  outro,  induziu  à  adaptação  das  práticas  do comissionamento  naval  para  as  implantações  de  ativos  industriais  e  a  fabricação  de equipamentos sofisticados como aviões e satélites.  

A  transposição  dessa  metodologia  não  se  fez,  porém,  de  forma  rápida  ou  inconteste.  O assunto manteve‐se restrito a setores de ponta, e somente a partir do final da década de 1980 surgem  às  primeiras  iniciativas  de  normalização  (ASHRAE  Standard  1‐1989R  e  normas NORSOK). A  literatura  especializada  aparece no  final dos  anos  1990  (mantendo‐se  até hoje bastante reduzida) e a partir do ano 2000 tem‐se notícia da primeira legislação contemplando o  uso  de  técnicas  de  comissionamento  (programa GBC  /  LEED  para  a  construção  civil,  nos Estados  Unidos).  Essa  evolução, mesmo  que  significativa,  está  longe,  porém,  de  significar consolidação  conceitual  ou  disseminação  ampla  no mercado.  Não  existe  ainda  um  padrão metodológico aceito pela maioria da  indústria, e a aplicação prática do comissionamento, na grande maioria dos casos, deixa muito a desejar. Nesse sentido, e respeitadas às proporções, pode‐se  estabelecer  um  paralelo  entre  o  comissionamento,  a  Qualidade  e  a  Gestão  de Projetos. Há cerca de trinta anos atrás, as duas últimas já tinham sua importância reconhecida, havia  normas  ou  boas  práticas  em  uso, mas  ainda  não  existiam  padrões  que  nivelassem  o conhecimento e estabelecessem uma base comum para a sua aplicação. A família de normas ISO 9000 e os guias metodológicos publicados por entidades  como o PMI, o  IPMA e o OGC atingiram esse objetivo em ambas as áreas de conhecimento. O comissionamento carece ainda de algo semelhante, embora esforços estejam sendo feitos nesse sentido e existam  inclusive estudos  visando  torná‐lo  uma  atividade  passível  de  certificação  por  órgãos  credenciados (Sociedades Classificadoras, por exemplo). 

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ABORDAGEM 

O  comissionamento,  como  já exposto, pode  ser definido  como um  conjunto estruturado de conhecimentos,  práticas,  procedimentos  e  habilidades,  aplicável  a  produtos  complexos  de engenharia  com  o  objetivo  de  assegurar  sua  operabilidade  e  garantir  sua  transferência ordenada e segura do construtor para o operador (ou da fase de construção e montagem para a fase de operação estável). O comissionamento representa hoje, claramente, uma transição de  velhas  práticas  de  implantação  de  ativos  físicos  em  direção  a  novos  conceitos  que enfatizam  a  operação  comercial  bem  sucedida,  e  não  apenas  a  obra  encerrada,  como  o verdadeiro  fator  crítico  de  sucesso  de  um  empreendimento.  O  valor  agregado  pelo comissionamento  a  um  empreendimento  já  foi  bem  identificado  por  vários  estudiosos  do assunto,  assim  como  os  ganhos  econômicos  proporcionados  por  sua  aplicação  correta, conforme pode ser constatado pela leitura das referências sugeridas nesta apostila. 

Porque, então, o comissionamento ainda é relativamente mal conhecido e mal aplicado? Para entender  isso, cabe  traçar um perfil da situação  típica da  implantação de um ativo  físico,  tal como  ainda  ocorre  em  boa  parte  dos  empreendimentos.  Verifica‐se  nesses  casos  um fenômeno que se resume em um ditado bem conhecido no mundo da engenharia: “Uma obra não se termina, abandona‐se.” Essa percepção cínica, porém verdadeira, expressa a realidade de  um  projeto  mal  planejado  e  mal  gerenciado  onde,  após  vários  prazos  e  orçamentos estourados, chega o momento em que é mais barato “deixar como está” e passar o problema à frente para os futuros operadores / usuários do que concluir o escopo do empreendimento.   

Declarar  um  ativo  pronto  nessas  condições  é  uma  falsa  solução,  acarretando  uma transferência de responsabilidades e custos para o operador / usuário, mascarando com  isso os  verdadeiros  custos  e  prazos  e  comprometendo  o  sucesso  do  empreendimento.  A observação  mostra  que  em  projetos  conduzidos  dessa  maneira,  o  comissionamento  é efetuado segundo um roteiro relativamente padrão:  

Início tardio e pouco planejado; 

Entendido apenas como um conjunto de testes pré‐operacionais, o comissionamento se torna um processo isolado do restante do empreendimento; 

Subordinação às prioridades da Construção & Montagem (C&M); 

Uso freqüente de conhecimento não‐estruturado; 

Falta de integração com a operação subseqüente. 

A equipe de comissionamento se vê, assim, diante de um contexto bastante desfavorável no qual é cobrada pela solução de  todos os problemas que aparecem durante os  testes  (muito embora  a  grande  maioria  desses  problemas  não  seja  sua  responsabilidade  e  as  soluções estejam  fora  de  seu  alcance),  é  pressionada  para  atender  a  prazos  irreais  e  descumprir procedimentos na tentativa de recuperar atrasos que não provocou, e recebe toda a descarga de insatisfação do cliente e dos operadores apenas porque é a última a permanecer no ativo.  

Sua capacidade de alterar a situação do ativo nesse estágio é pequena, sua participação nas etapas anteriores do projeto (onde esta influência poderia ter sido mais produtiva) é reduzida quando  não  inexistente,  o  valor  financeiro  atribuído  ao  seu  trabalho  não  estimula maiores atenções por parte dos  responsáveis do projeto, e o comissionamento  fica assim  relegado a um papel secundário, muito diverso daquele que tinha em suas origens. 

Seria então o caso de afirmar que um bom comissionamento é a resposta para todos os males que afligem os projetos industriais?  Evidentemente, não! Porém há evidências que indicam o comissionamento  como uma das  técnicas mais eficazes para assegurar uma  transição  suave entre as fases de Construção & Montagem (C&M) e de Operação de um ativo, mitigando riscos 

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e proporcionando uma entrada em serviço rápida e segura. De fato, o comissionamento tem sido interpretado por vários especialistas como uma grande ação de garantia da qualidade. 

Para  entender  essa  capacidade  do  comissionamento,  deve‐se  voltar  ao  início  e  lembrar  as bases desta atividade: competência, experiência e confiança.  Esperava‐se que os responsáveis pela sua realização possuíssem: 

Conhecimento,  habilidades  e  atitude  de  alto  nível  em  suas  áreas  de  atividade  (em outras palavras, deviam ser líderes por competência); 

Visão abrangente das necessidades e do funcionamento do empreendimento (visão de negócio); 

Credibilidade  advinda  da  competência,  da  experiência  e  do  comportamento (autoridade moral). 

Essas qualidades angariavam para esses profissionais o respeito das equipes e dos principais interessados  e,  associadas  às  posições  que  ocupavam  na  hierarquia,  asseguravam‐lhes autonomia para exercer suas funções sem interferências, além de uma visão de conjunto que era indispensável para que pudessem ter sucesso em sua atividade. Este quadro contrasta com a situação comumente encontrada nos dias de hoje, e aponta um primeiro caminho para que o comissionamento possa aumentar sua contribuição aos projetos atuais: 

Nível de qualificação dos profissionais responsáveis por essa atividade; 

Posicionamento  adequado  da  atividade  e  de  seus  responsáveis  na  organização  do empreendimento. 

O  primeiro  quesito  pode  ser  atendido  através  da  seleção  de  profissionais  que  possuam  as características citadas acima. Claro está que profissionais com este perfil são seniores, não se encontram  pelas  esquinas,  e  custam  relativamente  caro.  Por  outro  lado,  não  é  preciso  um grande número deles; uma equipe de gestão de comissionamento normalmente não terá mais do que  cinco ou  seis pessoas desse nível. O que deve  ser entendido pelos  responsáveis do empreendimento é que o custo / benefício desta equipe é amplamente favorável, e não tê‐la é sinônimo de problemas na fase crítica de transferência do ativo para o cliente / operador. 

A  posição  do  comissionamento  na  organização  do  projeto  não  é  ponto  pacífico,  gerando polêmicas entre clientes, construtores e comissionadores. Essa polêmica é alimentada por dois pontos mal compreendidos: o método de trabalho do comissionamento e as relações que se formam no ambiente do projeto entre construtores, comissionadores e cliente. Sem entrar em detalhes, cabe notar que o método de trabalho do comissionamento difere conceitualmente do método da C&M, e que a ação do comissionamento coloca‐o amiúde em desacordo com o construtor  e  alinhado  com  os  interesses  do  cliente.  Essas  constatações  sugerem  que  a subordinação usual do comissionamento à C&M merece reavaliação, de modo a não apenas eliminar  as  causas  de  conflito  observadas  como  também  devolver  ao  comissionamento  a capacidade de  integração que  representa uma das maiores contribuições que esta disciplina pode oferecer a um empreendimento. 

Ter  responsáveis  com  qualificação  sênior,  dotados  de  prestígio  e  qualidades  de  liderança, posicionados na organização de modo a poder atuar com autoridade e autonomia, é, portanto o primeiro passo para que o  comissionamento possa produzir  resultados  significativos. Mas não  basta.  São  precisos metodologia,  procedimentos  e  infraestrutura.  Para  avançar  neste terreno,  é  conveniente  retornar  à  questão  do  método  de  trabalho  apontada  acima.  Este método pode ser definido por três elementos, a saber: 

Visão Operacional – o ativo existe para efetuar operações de forma estável e confiável, dentro de requisitos de desempenho especificados; 

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Abordagem por Sistemas Operacionais – o ativo é composto por sistemas operacionais interligados de forma  lógica e que desempenham etapas delimitadas de um processo e/ ou função conhecido;  

Execução Progressiva Ascendente – as ações de campo são executadas seguindo uma seqüência  que  se  inicia  nos  componentes  isoladamente  até  a  instalação  como  um todo,  e  cada  passo  desta  seqüência  só  pode  ser  realizado  se  as  ações  precedentes tiverem sido efetuadas com sucesso.  

Este método pode ser desdobrado em metodologias diversas, ajustadas à natureza variada dos empreendimentos.  Todas, no  entanto, devem partilhar  algumas  características  comuns,  tais como: 

Ter como objetivo assegurar a operabilidade do ativo 

Ênfase em planejamento 

Início de aplicação pelo menos na fase de projeto executivo do empreendimento 

Emprego de técnicas de garantia da qualidade 

Integração (não subordinação) com a C&M 

Estímulo à participação do cliente / operador 

Transferência gradual do ativo do construtor para o operador 

O primeiro tópico traz um conceito aparentemente novo, mas que se alinha com a noção de que o ativo é um  instrumento a serviço de um negócio, e que o fator de sucesso é o negócio bem sucedido. Assegurar a operabilidade significa fazer com que o ativo não apenas funcione no  sentido  “eletro‐mecânico”  do  termo, mas  que  seja  transferido  ao  cliente  com  todas  as condições  necessárias  à  sua  operação  normal  atendidas.  Treinamento,  sobressalentes, contratos de apoio, licenças, etc. fazem parte da operabilidade de um ativo. 

O  planejamento  é  a  essência  do  comissionamento. Muitas  das  atividades  de  campo  típicas desta área podem ser executadas por equipes de C&M ou mesmo de Operação & Manutenção (O&M), mas o planejamento da entrada em serviço de um ativo é algo que deve ser feito por profissionais especializados. É um grande equívoco achar que este planejamento cobre apenas a fase final da C&M, por um período curto de tempo. Ao contrário, para que a fase de entrada em operação de um ativo seja bem sucedida é necessário iniciar sua preparação muito antes, ainda na  fase de Projeto Executivo ou mesmo  antes.  É neste ponto que  as  informações de engenharia começam a  ser estruturadas de modo a atender não apenas às necessidades de Suprimentos e C&M, mas também às de entrada em operação do ativo. O planejamento deve ser consolidado em um Plano ou Manual, elaborado o mais cedo possível, e que defina como o comissionamento  será  organizado,  coordenado,  executado  e  controlado.  A  partir  daí  o planejamento evolui junto com o empreendimento, chegando ao nível de programação (folha tarefa) no campo. 

Em  paralelo  com  o  planejamento  ocorre  o  desenvolvimento  da  documentação  de  apoio, atividade chamada por alguns de “Engenharia de comissionamento”. Trata‐se da elaboração de um conjunto de documentos definidores do universo de aplicação do comissionamento no empreendimento,  da  definição  das  lógicas  de  processo  e  de  partida  do  ativo,  dos procedimentos  de  execução  das  atividades  de  campo,  dos  registros  dessas  atividades  e  de certificação dos resultados. Em especial, destacam‐se pela sua importância a Lista de Sistemas Operacionais, a Rede de Precedência de Partida, os Certificados de Completação Mecânica e os de Termos de Transferência e Aceitação. A Lista define como um ativo  terá seu processo dividido logicamente e quais os elementos que irão compor a seqüência de partida do mesmo; a  Rede  estabelece  esta  seqüência;  os  Certificados  indicam  que  os  sistemas  ou  subsistemas 

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operacionais  encontram‐se  aptos  a  iniciar  seus  testes  funcionais;  os  Termos,  finalmente, marcam o final desses testes e indicam que os sistemas estão prontos para operação normal. Esses  documentos  podem  ter  diversos  títulos, mas  seu  conceito  permanece  o mesmo  em qualquer metodologia de comissionamento.  

A gestão do comissionamento deve ser feita segundo o princípio da garantia da qualidade que estabelece  a  relação  procedimento  aprovado  /  ação  executada  /  resultado  certificado  / registro efetuado. Outro princípio a ser respeitado é o da rastreabilidade das informações.  

O histórico das ações efetuadas sobre cada item comissionável, subsistema e sistema deve ser preservado  e  colocado  à  disposição  do  cliente  /  operador  em  formatos  que  permitam  a recuperação  e  uso  das  informações,  especialmente  pelas  equipes  de  manutenção.  Nesse particular,  deve  ser  ressaltado  que  as  informações  produzidas  pelas  ações  de comissionamento são entradas para os sistemas de gestão de manutenção dos ativos e devem ser organizadas / formatadas com essa finalidade em vista. Ainda sob o ângulo da qualidade, note‐se que não se aplica ao comissionamento o critério de amostragem. Se um determinado tipo de item comissionável (classe de itens) deve ser submetido a um dado teste, então todos os  itens  daquela  classe  serão  testados.  A  aplicação  destes  conceitos  com  rigor  é  um  dos elementos  básicos  para  dar  ao  comissionamento  a  componente  de  confiança  que  é  a  sua essência. 

Outro elemento básico para estabelecer a relação de confiança essencial é a participação do cliente  / operador. As metodologias de  comissionamento atuais preconizam que o  cliente  / operador  acompanhe  o  planejamento  desde  o  início,  com  oportunidade  para  opinar  sobre aspectos que afetarão a rotina futura de O&M como, por exemplo, a organização do ativo em sistemas e subsistemas operacionais. Durante a fase de testes funcionais o acompanhamento transforma‐se em participação ativa, pois o  ideal é que os operadores  realizem os  testes de desempenho (mantida a responsabilidade dos trabalhos com o construtor). Esse procedimento atende  a  dois  objetivos:  corresponde  à  parte  prática  do  treinamento  dos  operadores  e promove o comprometimento destes com os resultados do trabalho. As observações mostram que dessa forma os atritos entre construtor e cliente / operador diminuem drasticamente e as condições  de  operabilidade  são  mais  facilmente  atingidas.  No  entanto,  as  observações mostram  também  que  esse  resultado  exige  quase  sempre  um  esforço  de  comunicação  e negociação por parte dos responsáveis do comissionamento, no sentido de vencer resistências e pré‐conceitos de ambos os lados.  

A participação dos operadores também é indispensável para permitir a aplicação do princípio da transferência gradual do ativo. Esse princípio estabelece que o cliente / operador aceite e assuma a responsabilidade por cada sistema operacional à medida que os respectivos  testes de  aceitação  de  desempenho  /  confiabilidade  sejam  executados  com  sucesso  e  as  demais condições de operabilidade correspondentes estejam atendidas. Dessa  forma a transferência se distribui ao  longo de um  intervalo de tempo, tornando‐se mais gerenciável para ambas as partes.  

Finalmente, cabe esclarecer um ponto básico que foi propositalmente deixado paro o final: a Operabilidade. Em termos sucintos, este conceito pode ser descrito como a capacidade de um ativo de atender a seus requisitos de desempenho especificados enquanto operando de forma estável e confiável.  

A operabilidade de um ativo é comprovada através do atendimento às seguintes condições:  

1. Todos os sistemas operacionais do ativo estão transferidos para o operador,  livres de pendências;  

2. O  controle  das  energias  utilizadas  no  ativo  está  inteiramente  transferido  para  o operador;  

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3. As equipes de operação e de manutenção receberam todo o treinamento necessário para guarnecer o ativo;  

4. A  documentação  necessária  à  operação  & manutenção  do  ativo  está  atualizada  e disponível para os usuários;  

5. As dotações previstas de sobressalentes, ferramentas e consumíveis de processo estão aprovisionadas;  

6. O ativo está conforme a todas as normas e regulamentos aplicáveis;  

7. As interfaces externas do ativo, necessárias ao seu funcionamento, estão operacionais;  

8. O ativo dispõe de todas as licenças e contratos necessários ao seu funcionamento;  

9. Os dispositivos e instalações temporárias de obra foram retirados, a área ocupada está reconstituída e não há mais empreiteiras no perímetro do ativo; 

10. O sistema de gestão de manutenção do ativo está operacional.   

As  responsabilidades  pelo  atendimento  das  condições  de  operabilidade  listadas  para  um empreendimento  devem  estar  esclarecidas  em  contrato  de  forma  clara  antes  do  início  das atividades, detalhando‐as quando necessário em sub‐tarefas.  

A  certificação  das  condições  de  operabilidade  atribuídas  ao  projeto  corresponde  ao  fim  do escopo técnico do projeto, e conseqüentemente do processo de comissionamento, e permite a transferência do ativo (conhecida como Transferência das Instalações) ao operador.  

O processo de comissionamento opera na interface entre a operação de um empreendimento, responsável por sua implantação, e os agentes executores do mesmo, conforme representado pelo  esquema  abaixo,  possuindo  um  caráter  integrador  e  agregando  a  visão  operacional  à gestão do empreendimento. 

Figura 1  

Processo de Comissionamento de um Empreendimento com foco na Operabilidade da Instalação 

Os responsáveis pela gestão e execução do processo de Comissionamento e Transferência de Instalações, devem estar definidos dentro dos  limites contratuais entre as partes, e o escopo dos  serviços  necessários  à  realização  do  processo  deve  ser  distribuído  entre  a  equipe  do projeto, as contratadas e o operador de acordo com a estratégia de implantação definida para o empreendimento. 

O comandante do navio do século XVII teria dificuldades para entender os termos modernos da  lista  acima,  mas  certamente  concordaria  com  seu  significado.  Ela  define  os  mesmos 

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objetivos que  ele perseguia quando  se preparava  para  a  longa  viagem. Hoje,  como ontem, estes  são  os  objetivos  a  atingir  na  implantação  de  um  empreendimento,  pois  são  os  que asseguram aos que recebem a missão de operá‐los que poderão fazê‐lo em segurança e com eficácia.  O  gerente  de  projeto  e  o  construtor  são  os  fiadores modernos  do  sucesso,  e  o comissionamento é um instrumento poderoso de que podem dispor para oferecer ao cliente a operabilidade  desejada.  Sua  aplicação  correta  em  um  empreendimento  não  irá  garantir  o sucesso do negócio, mas dará uma grande contribuição neste sentido. 

INÍCIO DO PROCESSO 

O Front End Loading ou simplesmente FEL é um processo muito utilizado em projetos de mega empreendimentos,  tecnicamente  denominados  de  projetos  de  capital.  Estes  projetos requerem  grandes  investimentos  e  os  processos  FEL  são  utilizados  com  o  objetivo  de minimizar  os  riscos  de  investimentos  em  projetos  não  viáveis  e  sem  atratividade  para  a organização. Normalmente o FEL é utilizado no setor industrial como, por exemplo, mineração, energia e petroquímica onde os  projetos são de alta complexidade e de altos custos. 

FEL é um processo que visa esclarecer os objetivos empresariais e potencializar o alinhamento estratégico  entre  as  iniciativas  (empreendimento,  objeto  ou  trabalho  a  ser  desenvolvido)  e estes objetivos, visando otimizar a produtividade através da eliminação de  investimentos em projetos não rentáveis e desalinhados com a estratégia do negócio. O FEL ajuda a definir bem o escopo e gerar um planejamento detalhado que garanta o mínimo de retrabalho e mudanças durante  a  fase  de  execução  dos  componentes  (projetos,  programas  e  outros  trabalhos)  do portfólio ou carteira de projetos da organização. 

 Figura 2 

Ciclo de vida do empreendimento segundo a  Metodologia FEL – Front End Loading 

O FEL é dividido em três fases com pontos de análise e aprovação, chamados de gates, entre estas fases. Estas fases são: 

FEL I – corresponde à fase de análise do negócio, cujo objetivo é avaliar a atratividade e oportunidade de investimento. Nesta fase os objetivos do projeto são alinhados aos objetivos estratégicos da organização. 

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FEL II – corresponde à fase de estudo de viabilidade técnica e econômica. Esta fase é responsável  em  selecionar  as  alternativas  (opções  para  desenvolver  as  iniciativas), estratégia de contratação e seleção tecnológica. 

FEL III – corresponde à fase de engenharia básica (primeira fase da implantação de um projeto  onde  são  revistos  os  trabalhos  de  engenharia  preliminar  que  consiste  em estudos  de  viabilidade,  lista  de  equipamentos,  fluxogramas  e  layouts)  e  visa  o desenvolvimento do projeto básico e do planejamento da execução do projeto. Nesta fase, o escopo é fechado através do detalhamento do produto. 

FEL IV – implantação do projeto 

FEL V – operação  

Segundo  a metodologia  FEL,  o  processo  de  comissionamento  se  inicia  na  Fase  III  (projeto básico do empreendimento) e se estende até o final da Fase IV (implantação), sendo o esforço principal realizado nesta última fase, conforme mostrado na figura a seguir. 

Figura 3 

Posicionamento do comissionamento e transferência de instalações  em um empreendimento 

Durante a Fase  III o comissionamento atua de  forma complementar, gerando pelo menos os seguintes resultados: 

Identificação e definição preliminar dos sistemas operacionais; 

Definição preliminar da seqüência de partida do ativo; 

Análise do projeto básico com vistas à operabilidade do ativo; 

Definição da estratégia de contratação e execução do comissionamento na Fase IV 

Na  Fase  IV  o  comissionamento  exerce  papel  integrador  no  empreendimento,  atuando  nas seguintes frentes:  

Apoio ao projeto executivo para assegurar a  funcionalidade e a mantenabilidade do ativo;  

Apoio  aos  suprimentos  para  assegurar  que  a  aquisição  de  materiais  e  serviços contemple os aspectos necessários de comissionamento; 

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Apoio  à  gestão para  assegurar que o planejamento  incorpore  todas  as  informações relativas às atividades de comissionamento, em especial as de pré‐operação e partida do ativo; 

Apoio à construção & montagem para assegurar a integração entre as atividades desta área e as do comissionamento; 

Apoio  ao  operador  para  assegurar  que  as  condições  de  operabilidade  sob responsabilidade  dele  sejam  atendidas,  e  que  os  subsídios  necessários  ao comissionamento, em especial à pré‐operação & partida, sejam colocados à disposição conforme planejado; 

Apoio às empresas contratadas para assegurar que suas responsabilidades em relação ao comissionamento sejam entendidas e cumpridas. 

As principais atividades de comissionamento na Fase IV são: 

• Contratação:  

o Definição da estratégia de contratação do comissionamento  

• Gerenciais:  

o Planejamento e Gestão 

o Documentação  

• Campo:  

o Preservação 

o Condicionamento 

o Pré‐Operação & Partida 

o Gestão de Pendências 

o Operação Assistida  

Estas atividades e seu encadeamento são mostrados na figura abaixo. 

Figura 4 

As atividades de comissionamento na Fase IV 

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Nota‐se, de  início, a duração preconizada para o processo de comissionamento. Ele se  inicia durante  a  fase  de  desenvolvimento  do  projeto  de  Engenharia  (Executivo  ou  Básico)  e  se estende até a completa entrega do ativo, bem após o encerramento da C&M. É o processo mais  longo do empreendimento, embora  isso não signifique que seja o mais caro ou o maior consumidor  de  recursos.  Essa  duração  corresponde  à  conveniência  de  inserir  no empreendimento, o mais cedo possível, os conceitos, o planejamento e as  informações que servirão para atingir a meta da Operabilidade e, no outro extremo, de assegurar essa mesma Operabilidade. 

O  Comissionamento  verifica  e  registra  o  funcionamento  e  o  desempenho  de  componentes (itens),  equipamentos  e  sistemas,  identificando  e  solucionando  as  pendências,  não conformidades,  defeitos  e  falhas,  quando  existirem,  desde  a  fase  de  projeto  até  a transferência das instalações ao operador.  

A  transferência  de  instalações  do  construtor  para  o  operador  deve  ser  ordenada  e  segura, assegurando a confiabilidade operacional e a rastreabilidade das informações.  

O eixo principal do processo é composto pelas atividades de Condicionamento, Preservação e de  Pré‐Operação  &  Partida,  que  conduzem  à  operação  do  ativo.  Este  eixo  é  balizado  por quatro  documentos:  Relatórios  de  Inspeção  de  Recebimento  (RIR),  Certificados  de Completação  Mecânica  (CCM),  Teste  de  Aceitação  de  Performance  (TAP)  e  Termos  de Transferência e Aceitação de Sistemas  (TTAS), os quais marcam os  limites de  início e  fim de cada atividade. 

A  Transferência  de  Instalações  se  conclui  com  a  emissão  do  Termo  de  Transferência  de Instalações (TTI). 

Uma ação que precede o efetivo início do processo de comissionamento é a definição do seu modo  de  execução.  Dependendo  da  estratégia  adotada  para  o  empreendimento,  este processo poderá ser assumido, em todo ou em parte, pela própria equipe do empreendimento ou  contratado  de  diferentes  formas  e  em  diferentes  momentos.  Como  diretrizes,  cabe ressaltar  a  conveniência  de  contratar  a  empresa  responsável pelo  comissionamento o mais cedo  possível,  as  prováveis  dificuldades  advindas  da  subordinação  do  comissionador  ao construtor / montador e a função de assessoria que esta empresa pode assumir junto à equipe do empreendimento nos aspectos relativos à qualidade do produto (ativo físico). Como apoio à contratação  dos  serviços  de  comissionamento  foi  elaborado  um  conjunto  de  Diretrizes Contratuais, alinhado com a metodologia aqui apresentada e aplicável aos diversos  tipos de empreendimentos da Petrobras mediante a configuração de uma matriz de responsabilidades e de alguns dados de entrada.  

Outro ponto relevante é a terminologia. A multiplicidade de práticas de comissionamento traz consigo  uma  variedade  de  nomenclaturas,  o  que  evidentemente  dificulta  a  transmissão  do conhecimento e o debate. Nomes diferentes para os mesmos  conceitos e definições pouco rigorosas  exigiram  que  a  construção  da  nova metodologia  se  iniciasse  pela  criação  de  um glossário preciso para as várias etapas e atividades do comissionamento. Os termos utilizados na metodologia  aqui  apresentada  procuram  respeitar  o  uso  comum,  evitam  na medida  do possível expressões em  inglês e buscam associações  claras entre  termos e  significados. Este glossário encontra‐se no Capítulo 2 desta apostila. 

 

 

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Capítulo 2 – TERMINOLOGIA DO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO 

ASSISTÊNCIA TÉCNICA DE FORNECEDORES Assistência prestada pelo fornecedor, estabelecida contratualmente no momento da aquisição do componente, que deverá ser executada mediante programação de atividades realizada pela Contratada para a instalação e entrada em operação. 

ASSISTÊNCIA TÉCNICA DE ENGENHARIA É  a  assistência  executada pela  empresa ou  área de  engenharia por  solicitação do operador após a transferência das instalações, ou seja, na conclusão do processo de comissionamento. 

O escopo da Assistência Técnica não deverá ser contemplado no contrato de serviços, uma vez que,  conforme definição  acima, os  serviços de Assistência Técnica  serão executados  após o encerramento do  Empreendimento  (Transferência  das  Instalações)  e, portanto,  não  estarão cobertos pelo contrato por conta do mesmo já ter sido encerrado. 

ATIVIDADES DE PRESERVAÇÃO DEFINIDAS Conjunto de atividades efetuadas  sobre os  itens  comissionáveis visando mantê‐los em boas condições de conservação desde o momento de sua aceitação no canteiro até o momento de sua preparação para Partida (quando é substituída pela manutenção). 

As  atividades  de  preservação  deverão  ser  exercidas  de  acordo  com  as  recomendações  dos fabricantes sempre que estas existirem, ou conforme as melhores práticas reconhecidas dessa atividade, sendo pré‐requisito para que a garantia do fabricante seja assegurada. 

Havendo necessidade, as atividades de preservação podem iniciar durante a preparação para o transporte entre o fornecedor e o canteiro de obras. 

AUTORIZAÇÃO PARA TESTES DE FUNCIONAMENTO (ATF) Documento emitido pela engenharia  solicitando ao operador de uma unidade em operação autorize  o  início  da  fase  de  Pré‐Operação &  Partida  de  um  subsistema  operacional  (SSOP), sempre que os testes deste SSOP  interferirem com o funcionamento ou a segurança daquela unidade. 

BLANK TEST Teste  efetuado  sobre  todas  as  malhas  elétricas  de  uma  instalação  (potência,  controle, comunicação  e  dados),  na  fase  de  Condicionamento,  com  o  objetivo  de  confirmar  sua continuidade através da injeção de sinal de baixa potência. 

CERTIFICAÇÃO DA OPERABILIDADE Aplicação da Lista de Verificação de Operabilidade ao ativo de modo a atestar que o mesmo se encontra em condições de ser transferido para a operação. 

A  certificação  da  operabilidade  deve  ser  efetuada  pela  engenharia  responsável  ou, opcionalmente, por uma terceira parte. 

CERTIFICADO DE COMPLETAÇÃO MECÂNICA (CCM) Documento emitido pelo executante do Condicionamento de uma  instalação atestando que um SSOP atende aos quesitos da Lista de Verificação de Completação Mecânica e se encontra apto  a  iniciar  seus  testes  de  funcionamento,  não  possuindo  pendências  impeditivas  à completação mecânica. 

A aceitação de um CCM pela engenharia assinala o  final da  fase de Condicionamento para o SSOP  correspondente  e,  por  conseguinte,  a  aceitação  de  todos  os  CCM  previstos  para  a 

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instalação  (conforme  a  Lista de  Sistemas Operacionais) marca o  encerramento da  etapa de Condicionamento daquela instalação. 

CERTIFICADOS DE TESTES E CALIBRAÇÕES Documento  que  comprova  a  execução  de  um  teste  ou  calibração  dentro  de  parâmetros previamente definidos. 

CERTIFICADOS DE TESTES E CALIBRAÇÕES PREENCHIDOS Registros  da  aplicação  de  procedimentos  de  teste  a  itens  comissionáveis,  preenchidos conforme previsto no procedimento correspondente, contendo os resultados da aplicação do procedimento  e  assinados  pelo  executante,  pela  área  da  Qualidade  do  executante  e  pela fiscalização da engenharia contratada pelo operador. 

CLASSE DE ITENS COMISSIONÁVEIS Grupo de  itens  comissionáveis de um ativo que executam  funções  similares e que possuem características técnicas semelhantes. Sinônimo de Família de Itens Comissionáveis. 

COMISSIONAMENTO Conjunto estruturado de conhecimentos, práticas, procedimentos e habilidades aplicáveis de forma  integrada  a  uma  instalação,  visando  torná‐la  operacional,  dentro  dos  requisitos  de desempenho desejados,  tendo como objetivo central assegurar a  transferência da  instalação do  construtor  para  o  operador  de  forma  rápida,  ordenada  e  segura,  certificando  sua operabilidade em termos de desempenho, confiabilidade e rastreabilidade de informações. 

COMPLETAÇÃO MECÂNICA Evento  que  assinala  o  final  da  fase  de  Condicionamento  de  um  SSOP,  caracterizado  pela emissão do respectivo Certificado. 

COMPROVAÇÃO DO ATENDIMENTO AS ESPECIFICAÇÕES DE PROJETO Evidências  obtidas  através  de  testes  que  comprovam  que  os  Sistemas Operacionais  (SOPs) operam de acordo com as especificações de projeto. 

CONDICIONAMENTO Conjunto de atividades  realizadas em  todos os  itens  comissionáveis e malhas da  instalação, com o objetivo de torná‐los aptos a iniciar seus testes de funcionamento.  

O  Condicionamento  inclui,  tipicamente,  testes  de  aceitação  em  fábrica,  inspeções  estáticas (recebimento,  conformidade  física,  etc.),  atendimento  a  normas  reguladoras,  aferições  e calibrações,  testes  de  pressão,  preparação  de  tubulações  para  receber  fluidos,  testes  de componentes elétricos desenergizados, e similares. 

CONTRATO E SEUS ANEXOS Documento  formal  acordado  entre  as  partes  (contratada  e  contratante)  que  define  os requisitos,  premissas  e  restrições  para  a  execução  do  escopo,  sendo  a  principal  fonte  de informação  para  o  gerenciamento  do  contrato.  Inclui  a  documentação  técnica  e correspondências circulares trocadas na fase licitatória.

CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO DA PRESERVAÇÃO DEFINIDOS Definição da sistemática para medição e pagamento das atividades de preservação no campo.  

CRONOGRAMA DO EMPREENDIMENTO Documento que mostra os marcos principais e as atividades que serão realizadas em escala de tempo,  sendo  representado  normalmente  através  de  um  Diagrama  de  Barras  (também 

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chamado  Gráfico  de  Gantt)  ou  Diagrama  de  Rede.  Também  conhecido  como  Cronograma Físico. 

CRONOGRAMAS DO COMISSIONAMENTO Documentos  de  planejamento  e  controle  das  atividades  de  comissionamento  que  contém informações físicas e/ou financeiras relativas ao projeto, usado para elaboração de projeções e análises que possam subsidiar a gerência do empreendimento na tomada de decisões. 

DADOS DE FABRICANTES DE ITENS COMISSIONÁVEIS Dados sobre as características e o desempenho dos  itens comissionáveis, fornecidos por seus fabricantes e necessários para  identificá‐los, preservá‐los, condicioná‐los, mantê‐los, testá‐los e colocá‐los em operação. 

DEFINIÇÃO DE REPRESENTANTES DA ENGENHARIA, OPERAÇÃO E CONTRATADA(S) Definição  dos  profissionais  que  representarão  a  Engenharia,  o Operador  a(s)  Contratada(s) para  desenvolvimento  do  planejamento  do  comissionamento.  Estas  dados  devem  estar inclusos no Plano de Comunicação do empreendimento. 

DESMOBILIZAÇÃO DE PESSOAL Encerramento  das  etapas  do  projeto  e/ou  das  atividades  com  a  devida  desmobilização  das equipes 

DOCUMENTAÇÃO DISPONÍVEL E CONFORME OS REQUISITOS Conjunto de documentos técnicos em conformidade com os requisitos do cliente e específicos da Engenharia. 

DOCUMENTAÇÃO E REGISTROS ENVIADOS PARA A OPERAÇÃO A  partir  do  momento  da  transferência  do  último  SOP  pertencente  à  instalação,  toda  a documentação de Engenharia deve estar atualizada (as‐built, relatórios de não‐conformidade, documentação de Construção & Montagem, pastas de Sistemas, etc.). 

EAP DO COMISSIONAMENTO A Estrutura Analítica de Projeto (EAP) é o agrupamento de elementos do projeto orientados ao resultado principal que organiza e define o escopo  total do  trabalho do projeto. Cada nível descendente representa uma definição cada vez mais detalhada do trabalho do projeto, até o nível que permita o gerenciamento e controle adequado do trabalho pelo empreendimento. 

Este documento é acompanhamento do avanço das atividades e de controle de valores. Seu modelo  pode  variar  em  função  das  práticas  do  usuário, mas  deverá  conter  no mínimo  a mesma subdivisão de valores existente no contrato, e a distribuição das parcelas no tempo de acordo com o Cronograma do Comissionamento. 

EQUIPE DE COMISSIONAMENTO São os  técnicos e engenheiros da empresa de contratada para a execução das atividades de comissionamento nos canteiros. 

ESTRUTURAS TEMPORÁRIAS DESMONTADAS E/OU REMOVIDAS Andaimes, tapumes, contêineres, todas as estruturas e/ou objetos que não sejam necessários à operação da instalação devem ser desmontados e/ou removidos após a conclusão da obra. A instalação deve ser entregue em condições adequadas de limpeza, conforme acordado com o cliente. É um dos requisitos para a Certificação da Operabilidade. 

 

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FERRAMENTAS E MATERIAIS PARA APLICAÇÃO DAS ROTINAS AOS ITENS Coletânea  de  equipamentos,  ferramentas  coletivas  e  individuais, materiais  de  aplicação  e consumíveis necessários para executar as rotinas de preservação ou de manutenção aos itens que devam recebê‐las. 

FERRAMENTA DE INTEGRAÇÃO E COMISSIONAMENTO (FIC) Ferramenta de Integração & Comissionamento é um software da Petrobras que provê suporte ao  processo  de  planejamento  e  gestão  do  Comissionamento. Gerencia  as  informações  dos itens comissionáveis, contendo informações de identificação do item e histórico das atividades de comissionamento a que foi submetido, inclusive a Preservação. Cada item comissionável é identificado  por  um  TAG  e  vinculado  a  um  subsistema  e  sistema  aos  quais  pertence  e  é caracterizado por um conjunto padronizado de dados técnicos, de acordo com sua natureza. 

FICHAS DE VERIFICAÇÃO Formulários  espelho  dos  registros  de  itens  comissionáveis  e  de malhas  da  ferramenta  de controle  do  comissionamento,  onde  são  registradas  as  ações  de  comissionamento  e  que servem como evidência objetiva de sua execução. 

FOLHA DE VERIFICAÇÃO DE ITEM (FVI) Formulário espelho dos  registros de  itens  comissionáveis, onde  são  registradas  as  ações de comissionamento  efetuadas  sobre  cada  item  e  que  serve  como  evidência  objetiva  de  sua execução. 

FOLHA DE VERIFICAÇÃO DE MALHA (FVM) Formulário espelho dos registros de malhas da  ferramenta de controle do comissionamento, onde são  registradas as ações de comissionamento efetuadas sobre cada malha e que serve como evidência objetiva de sua execução. 

GESTÃO DE ENERGIAS Conjunto de ações efetuadas durante as fases de Condicionamento e Pré‐Operação & Partida com  o  objetivo  de  assegurar  que  todos  os  testes  que  envolvam  o  uso  de  energias  sejam executados dentro de condições adequadas de segurança. 

GESTÃO DE PENDÊNCIAS Conjunto  de  ações  efetuadas  durante  a  implantação  física  do  ativo  com  o  objetivo  de assegurar  a  identificação  e  o  tratamento  das  pendências  em  tempo  hábil,  evitando interferências sobre o andamento do trabalho. 

ÍNDICE DE PERFORMANCE OPERACIONAL (IPO) O  indicador  IPO  mede  o  nível  de  operabilidade  da  instalação  através  da  relação  entre  a quantidade  de  produto  entregue  pela  instalação  e  a  capacidade  de  produção  nominal  de projeto, decorridos um ano da entrega de cada instalação. 

INSPEÇÃO DE COMPLETAÇÃO MECÂNICA Aplicação da  Lista de Verificação de Completação Mecânica a um SSOP de um ativo,  com o objetivo  de  atestar  sua  aptidão  para  início  dos  testes  de  funcionamento  (Pré‐Operação  & Partida). 

INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO Verificação da conformidade quantitativa e das condições de entrega (por inspeção visual) dos itens comissionáveis recebidos em seu local de aplicação. 

 

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INSPEÇÕES DE NORMAS REGULADORAS Inspeções executadas em atendimento às Normas Reguladoras Brasileiras  (NR) do Ministério do Trabalho. 

ITEM COMISSIONÁVEL Qualquer componente  físico associado a uma  função ou suporte de processo. O mesmo que item “tagueado” no fluxograma de processo. 

ITENS DE CONHECIMENTO Pontos de  atenção, boas práticas, ou  lições  aprendidas, que necessitam  ser  cadastradas de forma a agregar valor a serem absorvidos e aplicáveis em empreendimentos futuros. 

ITENS E EQUIPAMENTOS PRESERVADOS Qualquer  componente  classificado  como  instrumento,  equipamento,  acessório,  tubulação, área  ou  loop  de  controle  na  função  automação  “tagueados”,  que  possa  alterar  qualquer processo ou que esteja  sujeito a  Inspeção por entidade governamental ou certificadora, em boas  condições  de  conservação  desde  o  momento  de  sua  aceitação  no  canteiro  até  o momento de sua preparação para Partida. 

LIMPEZA DE TUBULAÇÕES Ação realizada na fase de Condicionamento efetuada pela Construção & Montagem sobre uma tubulação  (ou  trecho de  tubulação) com o objetivo de  retirar de  seu  interior os  resíduos de fabricação e montagem e eliminar a corrosão. 

LISTA DE ITENS COMISSIONÁVEIS Relação de todos os itens comissionáveis de um ativo, normalmente organizada por classes de itens (itens tecnicamente similares). 

LISTA DE PENDÊNCIAS Relação de pendências e desvios decorrentes dos não atendimentos aos requisitos contratuais, identificadas durante a execução de uma obra, contendo  sua classificação, ações corretivas, prazos de saneamento, responsáveis e status de resolução. 

São  identificados  por  meio  da  observação  das  atividades  rotineiras,  aplicação  de  LVs, verificação dos RDO auditorias, dentre outros. 

São  classificadas  como  não‐impeditivas  e  impeditivas  e  necessitam  de  tratamento  para  o atendimento da conformidade com os requisitos do contrato. 

Deve estar  consolidada em um único  Sistema de Gestão de Pendências, acessível a  todos  s envolvidos no processo.  

LISTA DE SISTEMAS OPERACIONAIS Relação  estruturada  de  todos  os  sistemas  e  subsistemas  operacionais  que  compõem  a instalação. 

LISTAS DE ITENS COMISSIONÁVEIS, SOBRESSALENTES, CONSUMÍVEIS E SIMILARES Relações  de  materiais  a  ser  submetidos  aos  procedimentos  de  comissionamento, sobressalentes de partida e de operação, consumíveis necessários à PO&P, e outras similares que se façam necessárias para planejar, organizar e controlar a transferência do ativo. 

LOOP TEST Teste de funcionamento efetuado sobre uma malha elétrica, hidráulica ou pneumática. 

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MALHA Conjunto  interligado de  itens comissionáveis que deva sofrer atividades de comissionamento como uma unidade funcional. 

MANUAL DE COMISSIONAMENTO Coletânea de documentos que estabelece como o processo de comissionamento deverá  ser organizado, coordenado, executado e controlado em um empreendimento. 

Trata‐se de um documento contratual, elaborado pela contratada e aprovado pela fiscalização da  engenharia,  cujo  objetivo  é  estabelecer  as  condições  de  realização  dos  serviços  de comissionamento,  em  termos  de  organização,  responsabilidades,  procedimentos  gerenciais, gestão do tempo e dos recursos, entre outros. 

MANUAL DE EQUIPAMENTO Coletânea de documentos de especificação, operação e manutenção de um equipamento ou componente, fornecida pelo seu fabricante. 

MANUAL DE MANUTENÇÃO Coletânea  de  documentos  que  estabelece  como  as  atividades  de manutenção  de  um  ativo devem ser planejadas, organizadas, executadas e controladas. 

MANUAL DE OPERAÇÃO Coletânea de documentos que estabelece como a operação de um ativo deve ser planejada, organizada, executada e controlada. 

MATRIZ DE RESPONSABILIDADES Documento que relaciona os processos as atividades vinculados a cada integrante da força de trabalho. 

Nela deverá conter relação nominal de todos os membros da equipe e a distribuição dos seus níveis de responsabilidade. 

MEMORIAL DESCRITIVO (MD) O memorial descritivo é o documento onde devem estar concentradas as informações geradas por  todas as disciplinas envolvidas no projeto. Este documento  tem por objetivo apresentar uma descrição geral do projeto e das instalações envolvidas. 

NORMAS E REGULAMENTOS TÉCNICOS APLICÁVEIS Conjunto de normas e regulamentos externos ou internos que se apliquem por força de lei ou de contrato ao processo de comissionamento. 

NORMAS TÉCNICAS Documentos  normativos  estabelecidos  por  consenso  e  aprovado  por  um  organismo reconhecido, que  fornece, para uso  comum e  repetitivo,  regras, diretrizes ou  características para atividades ou seus  resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. 

OPERABILIDADE É a medida da qualidade da operação de uma instalação industrial, através do atendimento à seus  requisitos  de  desempenho  especificados  enquanto  funcionando  de  forma  estável  e confiável 

 

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OPERAÇÃO ASSISTIDA Atividade de apoio às equipes de operação e manutenção do operador após a transferência de um SOP, com o objetivo de assegurar que o  início da operação seja a continuação segura da pré‐operação & partida. 

OPERADOR Proprietário da instalação, ou cliente final do ativo em implantação. Não deve ser confundido com a atividade funcional de operar uma instalação. Não deve ser confundido com funcionário da operação. 

FUNCIONÁRIOS DA OPERAÇÃO TREINADOS Qualificação dos profissionais das equipes de operação e manutenção para executar atividades de operação e manutenção nos Sistemas Operacionais testados.  

ORIENTAÇÕES DE PRESERVAÇÃO DOS FORNECEDORES / FABRICANTES Orientações passadas pelos  fabricantes  com as  recomendações básicas para preservação de equipamentos / itens. O atendimento a essas atividades é pré‐requisito para que a garantia do fabricante seja assegurada. 

PARTIDA Conjunto de testes de desempenho e de confiabilidade aplicados aos SSOP e SOP de um ativo com  o  objetivo  de  comprovar  sua  plena  funcionalidade  e  avaliar  seu  desempenho  em condições reais. 

PASTA DE SISTEMA Coletânea  ordenada  de  todos  os  documentos  de  comissionamento  relativos  a  um  dado sistema ou subsistema operacional. 

PASTA DE TRABALHO Conjunto de documentos e informações necessários para orientar e apoiar a realização de uma ou mais tarefas de campo, e que deve ser portada pelo respectivo executante.  

PENDÊNCIA Qualquer atividade pertencente ao escopo do projeto, não  realizada conforme planejado ou realizado de maneira não conforme. 

PENDÊNCIAS SANADAS E ACEITAS Pendências  verificadas  em  conjunto  com  o  operador  devidamente  resolvidas  por  parte  do executante. 

PLANEJAMENTO DE CONSTRUÇÃO E MONTAGEM Conjunto  de  documentos  que  definem  como  a  C&M  de  um  ativo  deverá  ser  organizada, coordenada, executada e controlada. 

PLANEJAMENTO DE TREINAMENTO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA Atividade  elaborada  pelo  responsável  pelo  processo  de  comissionamento  para  planejar, organizar  e  controlar  as  atividades de  treinamento  de operação & manutenção,  assistência técnica de fornecedores e outras atividades similares. 

PLANEJAMENTO DO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO Atividade  que  define  as  diretrizes  para  organização,  coordenação,  execução  e  controle  das atividades de comissionamento e gerencia sua aplicação ao longo de todo o processo. 

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PLANEJAMENTO E GESTÃO DE TREINAMENTOS Atividade  de  identificar  as  necessidades,  planejar,  coordenar  e  controlar  a  aplicação  dos treinamentos  operacionais  e  de  manutenção  necessários  ao  funcionamento  do  ativo.  O responsável pelo comissionamento aplica diretamente os  treinamentos  relativos aos SSOP e SOP, cabendo normalmente aos fabricantes os treinamentos dos itens comissionáveis. 

PLANO DE DOCUMENTAÇÃO Documento que descreve as atividades desenvolvidas nas etapas de execução e controle do processo de  gestão da documentação  técnica de  um  empreendimento.  Tem  como objetivo permitir maior agilidade na execução das atividades de documentação técnica e garantir sua entrega ao operador, no padrão acordado. 

PLANO DE GERENCIAMENTO DA INTEGRAÇÃO DO EMPREENDIMENTO Documento  formal  que  integra  e  coordena  os  demais  planos  do  empreendimento  (escopo, prazo, custos, riscos, qualidade, etc.), em uma base sólida e coesa.  

PLANO DE GESTÃO DO EMPREENDIMENTO Documento  que  define  como  um  empreendimento  deverá  ser  planejado,  organizado, coordenado, executado e controlado de modo a atender ao respectivo documento contratual. 

PLANO DE TRANSFERÊNCIA DE INSTALAÇÕES Documento  formal que  contém os  requisitos para  a  transferência da  instalação negociados entre o operador e a engenharia contratada. 

PRÉ‐OPERAÇÃO & PARTIDA Conjunto de atividades de campo executadas sobre itens, malhas, subsistemas e sistemas com o objetivo de levá‐los da Completação Mecânica até o estágio de operação plena. 

PRESERVAÇÃO Conjunto  de  atividades  efetuadas  sobre  o  material  do  ativo  visando  mantê‐lo  em  boas condições de conservação desde o momento de sua aceitação no canteiro até o momento de sua utilização. 

PRESERVAÇÃO DE ITENS COMISSIONÁVEIS Conjunto de atividades efetuadas  sobre os  itens  comissionáveis do ativo  com o objetivo de mantê‐los  nas  condições  em  que  foram  liberados  nas  instalações  dos  fornecedores  até  o momento da preparação para partida (início dos testes de funcionamento). 

PROCEDIMENTOS DE CONSTRUÇÃO E MONTAGEM Roteiros descritivos da  forma de execução das atividades de C&M, elaborados pela empresa responsável por esta atividade e liberados para uso pela engenharia. 

PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE ENERGIAS Documentos  de  caráter  orientador  voltado  para  o  controle  de  atividades  que  envolvam energias perigosas, visando à segurança dos executantes dos testes, da instalação testada e do meio ambiente. 

PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DE TESTES Documento  de  caráter  orientador  voltado  para  execução  de  testes,  que  apresenta  a sistemática de execução e registro dos resultados dos testes nos itens, malhas, subsistemas e sistemas. 

 

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PROCEDIMENTOS DE PRESERVAÇÃO DEFINIDOS Documento  de  caráter  orientativo  voltado  para  o  processo  de  comissionamento,  que apresenta a sistemática de execução das atividades de preservação.  

Os Procedimentos de preservação devem ser detalhados de  forma a permitir a execução da atividade  de  preservação  de  itens  detalhando  as  ações  de  curto, médio  e  longo  prazo,  e orientando o executante quanto ao acesso à documentação dos fabricantes. 

PROCEDIMENTOS DE PRESERVAÇÃO LIBERADOS PARA USO Roteiros  descritivos  da  forma  de  execução  das  atividades  de  preservação,  elaborados  pela empresa responsável por esta atividade e liberados para uso pela engenharia. 

PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES DE CAMPO DE COMISSIONAMENTO Conjunto de atividades relativas ao detalhamento do planejamento de comissionamento, com o objetivo de atingir um grau de detalhamento adequado à realização das tarefas de campo de preservação, manutenção, condicionamento e PO&P. 

PROJETO DE ENGENHARIA (BÁSICO, FEED OU EXECUTIVO) Conjunto de dados relativos ao projeto básico, ao FEED (Front End Engineering Design) ou ao projeto executivo. Para o gerenciamento e fiscalização de contratos verificam‐se os requisitos necessários para definição do produto a ser contratado, dependendo da natureza do contrato.  

No  processo  de  comissionamento  são  utilizadas  as  informações  referentes  ao  projeto  em andamento,  por  exemplo,  lista  preliminar  de  sistemas  operacionais,  Rede  de  Precedência preliminar e P&ID preliminares. 

PRONTUÁRIOS DE NORMAS REGULADORAS Compilação dos documentos e registros requeridos pelas Normas Reguladoras Brasileiras (NR) ou  outros  regulamentos  similares  aplicáveis  ao  ativo,  normalmente  organizados  por equipamento ou por SOP de acordo com os requisitos das normas. 

PT ASSINADAS PELA OPERAÇÃO Permissões  de  Trabalho  (PT)  são  autorizações,  emitidas  por  escrito  pelo  operador,  para execução  de  trabalhos  de manutenção, montagem,  desmontagem,  construção,  inspeção  e reparo de instalações, equipamentos ou sistemas a serem realizados nos Empreendimentos. 

REDE DE PRECEDÊNCIA DE PARTIDA DE SOP / SSOP Diagrama  que  apresenta  a  seqüência  de  entrada  em  operação  dos  sistemas  /  subsistemas operacionais  do  empreendimento,  levando‐se  em  conta  sua  dependência  funcional  e  a seqüência lógica de partida. 

REGISTROS DE EXECUÇÃO DAS ROTINAS Conjunto de documentos contendo as evidências de aplicação das rotinas de preservação ou de manutenção sobre os itens que devam recebê‐las, assim como os campos correspondentes da Ferramenta de Integração & Comissionamento preenchidos. 

SISTEMA DE PENDÊNCIAS Sistema  informatizado  que  provê  suporte  ao  processo  de  identificação,  classificação  e saneamento das pendências surgidas na implantação do ativo. 

SISTEMA OPERACIONAL (SOP) Conjunto  integrado de  itens comissionáveis e equipamentos, malhas capazes de efetuar uma função  produtiva  ou  de  apoio  ao  processo,  cujo  funcionamento  produz  ou mantém  uma determinada situação, processo, utilidade, ou facilidade operacional em condição segura. 

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SUBSISTEMA OPERACIONAL (SSOP) Subconjunto  de  um  SOP,  capaz  de  efetuar  a mesma  etapa  de  processo  com  capacidade, redundância ou funcionalidades reduzidas. 

TERMO DE RESPONSABILIDADE OPERACIONAL (TRO) Documento emitido pela engenharia executante que, uma  vez  assinado pela mesma e pelo operador,  transfere  a  responsabilidade  pela  operação  de  um  Subsistema  Operacional, mantendo‐se as demais responsabilidades com a engenharia. 

TERMO DE TRANSFERÊNCIA DA INSTALAÇÃO – TTI Documento  emitido  pela  engenharia  executante  onde  se  oficializa  a  transferência  da instalação,  atestando  o  atendimento  às  condições  de  operabilidade  colocadas  sob  sua responsabilidade  contrato  de  serviços  do  empreendimento  e  que,  uma  vez  aceito  pela operação, marca a transferência do ativo para o operador, representado pela responsabilidade sobre o patrimônio e a gerência da instalação passa a ser da operação, não eximindo terceiros de suas responsabilidades contratuais. 

TERMO DE TRANSFERÊNCIA E ACEITAÇÃO DE SISTEMAS – TTAS O Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas é um documento emitido pela engenharia executante  para  a  operação,  onde  se  oficializa  a  transferência  de  um  Sistema Operacional (bem como todos os documentos a ele correlacionados, inclusive as pastas de sistemas).  

Este  documento  atesta  a  operabilidade  do  SOP  em  conformidade  com  os  requisitos  de performance  estabelecidos  no  projeto.  A  partir  da  assinatura  deste  termo  toda responsabilidade pela operação e manutenção do SOP passa a ser do operador.  

Para que a unidade possa ser definitivamente  transferida, é pré‐requisito que todos os SOPs tenham sidos transferidos e todos os TTAS assinados. 

TESTE DE ACEITAÇÃO DE PERFORMANCE – TAP Testes  que  visam  garantir  que  o  desempenho  de  cada  SSOP  seja  compatível  com  as especificações e  requisitos de projeto. Estes  testes devem  ser  executados em  condições de operação  as  mais  próximas  possíveis  das  condições  reais,  utilizando  fluido  de  processo especificado, quando possível.  

Nesta  avaliação  operacional  de  um  SSOP,  todas  as  suas  funcionalidades  são  testadas  em conjunto  e  seu  desempenho  é medido  e  comparado  com  as  referências  especificadas,  de modo a comprovar sua capacidade em todas as condições previstas de operação. 

TESTE DE ACEITAÇÃO EM FÁBRICA – TAF Avaliação  de  funcionamento  de  um  equipamento  efetuada  nas  dependências  de  seu fabricante  ou  em  instalações  de  teste  especializadas,  com  o  objetivo  de  demonstrar  sua conformidade com as especificações contratadas e permitir sua liberação para entrega. 

TESTE DE CERTIFICAÇÃO Qualquer  teste  aplicado  a  um  item  comissionável  ou  malha  durante  a  fase  de Condicionamento. Substitui o termo “Teste a Frio”. 

TESTE DE CONFIABILIDADE Teste efetuado sobre um SOP, durante a fase de Pré‐Operação & Partida, com o objetivo de verificar  sua  estabilidade  de  funcionamento  em  condições  normais  de  operação  por  um período de tempo prolongado, que quando requerido, é realizado após o TAP. 

 

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TESTE DE FUNCIONAMENTO Conjunto de testes realizados em um SSOP ou SOP durante a fase de Pré‐Operação e Partida, iniciando‐se  após  a  emissão  do  CCM  e  concluindo‐se  na  aprovação  dos  TAP  aplicáveis. Substitui o termo “Teste a Quente”. 

TESTES DE MALHA Verificações  efetuadas  sobre  as  malhas  elétricas,  de  instrumentação,  de  telecom  e  de tubulação com o objetivo de atestar sua funcionalidade. 

As  verificações  de  continuidade  das  malhas,  realizadas  na  fase  de  Condicionamento,  são conhecidas como “blank test”, e as verificações de funcionamento, realizadas na fase de Pré‐Operação & Partida, como “loop test”. 

TESTES FUNCIONAIS Teste  realizado  sobre  itens  comissionáveis  ou malhas  na  fase  de  Pré‐Operação  &  Partida, precedendo  os  Testes  de  Aceitação  de  Performance  (TAP)  do  SSOP  ou  SOP  e  tendo  como objetivo atestar o correto funcionamento em vazio daquele item ou malha. 

TRANSFERÊNCIA DE SISTEMA OPERACIONAL Evento da entrega de um SOP à operação pela engenharia executante. 

TRANSFERÊNCIA DE INSTALAÇÕES A transferência da  instalação é um processo que visa ao encerramento da  implementação de empreendimento e compreende a transferência pela engenharia executante para o operador da instalação (ativo) e da responsabilidade integral e única pela gestão da Instalação, sendo a assinatura do Termo de Transferência de Instalações (TTI) o principal marco do processo. 

TRATAMENTO DE PENDÊNCIAS Execução das ações corretivas determinadas para cada pendência identificada. 

TREINAMENTOS REGISTRADOS Treinamentos  devidamente  registrados  para  Qualificação  dos  profissionais  das  equipes  de operação e manutenção. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Capítulo 3 – ETAPAS DO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO 

3.1 DOCUMENTAÇÃO Esta  atividade  inclui  a  obtenção  de  todas  as  informações  necessárias  à  preparação  dos documentos de apoio às atividades de campo, a elaboração destes documentos, a criação dos registros das tarefas de campo, a compilação dos documentos de apoio fornecidos junto com os itens comissionáveis e a elaboração dos documentos de entrega das instalações. 

Configuram‐se  elementos  de  entrada  para  elaboração  da  documentação  do  processo  de comissionamento os seguintes pacotes mínimos de informações: 

Contrato e seus anexos 

Projeto de Engenharia (Básico ou FEED ou Executivo) 

Plano de Gestão do Empreendimento 

Procedimentos de Construção e Montagem 

Plano de documentação 

Dados de fabricantes de itens comissionáveis 

Durante  o  processo  de  preparação  da  documentação,  os  produtos  (documentos)  de  saída, produzidos pela empresa contratada e pela engenharia serão obtidos após o levantamento das normas  e  procedimentos  aplicáveis  ao  empreendimento,  e  compreende  a  elaboração,  a distribuição,  a  atualização  e o  arquivamento dos documentos necessários  à  realização  e  ao registro das atividades de campo do comissionamento. Os  tipos de documentos elaborados, tipicamente, são: 

Listas de itens comissionáveis, sobressalentes, consumíveis e similares 

Lista de Sistemas e Subsistemas Operacionais 

Rede de Precedência de Partida 

Manuais de Operação e de Manutenção 

Prontuários de normas reguladoras 

Pastas  de  trabalho  (coletâneas  de  documentos  necessários  à  realização  de  uma atividade de campo) 

Pastas  de  sistemas  (coletâneas  dos  registros  e  certificados  emitidos  para  um  dado sistema operacional durante o processo de comissionamento). 

Planejamento de treinamento e assistência técnica 

Planos (de treinamento, de assistência técnica, etc); 

Procedimentos  (de  testes  de  certificação,  de  testes  funcionais,  de  testes  de desempenho, etc); 

Registros (atestados de realização de testes); 

A  elaboração  destes  documentos  depende  de  informações  provenientes  de  duas  fontes:  a empresa  projetista  de  engenharia  e  os  fornecedores  de  equipamentos.  Sem  o  projeto executivo das  instalações e os manuais dos equipamentos  (também  conhecidos como “data books”)  não  é  possível  preparar  a  maior  parte  dos  documentos  do  comissionamento, inviabilizando sua execução. A qualidade e a elaboração em tempo hábil destes documentos depende,  evidentemente,  dos  primeiros,  e  isto  faz  com  que  também  no  processo  de 

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preparação  da  documentação  seja  necessário  um  planejamento  integrado  entre, principalmente, as equipes de engenharia e de comissionamento. O exercício descrito no item anterior para a  integração dos planejamentos de comissionamento e de C&M deve estender‐se à empresa de engenharia, e as necessidades de  informações do comissionamento devem ser  claramente  especificadas  nos  contratos  de  fornecimento  de  equipamentos.  Como  boa prática neste sentido, cabe  incluir no Manual de Comissionamento a  lista de documentos de engenharia  necessários  ao  comissionamento  e  a  partir  daí  iniciar  a  integração  dos planejamentos de emissão de documentos.  

Outras  atividades  deste  processo  de  preparação  da  documentação  visam  colaborar  com  as áreas de engenharia e de suprimentos do empreendimento no sentido de reduzir as chances de problemas no comissionamento do ativo, em uma típica ação de garantia da qualidade. A colaboração com a engenharia se traduz pela participação em estudos como HAZOP e no uso sistemático  de  maquetes  eletrônicas  para  antecipar  dificuldades  operacionais  das  futuras instalações.  Sugestões  para  introdução  de  pequenas modificações  no  projeto  executivo  de modo a  facilitar os  testes e a operação  / manutenção das  instalações  também  fazem parte desta  colaboração.  Em  relação  aos  suprimentos,  a  equipe  de  comissionamento  deve  ser incluída no circuito de análise dos memoriais descritivos, convites, requisições de materiais, ou similares  de  modo  a  sinalizar  eventuais  carências  ou  inconsistências  em  itens  tais  como documentação  de  entrega,  sobressalentes,  serviços  de  assistência  técnica,  e  outros pertinentes ao campo do comissionamento. 

Os  registros dos  testes  são documentos de valor  legal que  comprovam a adequação de um componente,  equipamento ou  sistema  ao  emprego  a que  se destinam. Acidentes ou  falhas graves podem ser  investigados com base nesses registros, e apenas  isso seria suficiente para definir  sua  importância.  Além  disso,  os  registros  são  dados  de  entrada  para  o  sistema  de gestão de manutenção do ativo, constituindo‐se nas primeiras informações sobre a vida útil de cada  item. A  rastreabilidade  das  atividades  executadas  também  depende  da  qualidade  dos registros.   

Boa parte dos documentos produzidos pelo comissionamento, como prontuários, manuais e pastas de sistemas fazem parte do escopo do ativo, ou seja, devem ser entregues ao cliente / operador no momento da transferência das instalações. Essa entrega é uma das condições da Operabilidade. 

3.2 PLANEJAMENTO DO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO

O comissionamento tem início por esta etapa, que se divide em duas sub‐etapas:  

Planejamento de Gestão; 

Planejamento Executivo.  

A primeira corresponde ao  início das atividades de comissionamento e  tem como produto o Manual  de  Comissionamento  do  empreendimento.  Este  documento  define  as  estratégias  e procedimentos para planejar, organizar, coordenar, executar e controlar o comissionamento, servindo  como  regra  geral  para  a  realização  de  todo  o  processo.  Requer  validação  pelas principais partes interessadas que estejam envolvidas ou sejam diretamente afetadas por este processo. 

O Manual do Comissionamento deve conter no mínimo os seguintes documentos típicos:  

Matriz de Responsabilidades; 

Cronograma Geral de Comissionamento; 

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EAP (Estrutura Analítica do Projeto) de Comissionamento;  

Lista de documentos de comissionamento; 

Lista de sistemas e subsistemas; 

Rede de Precedência; 

Plano de Treinamento; 

Plano de Assistência Técnica; 

Plano de Comunicação; 

Plano de Mobilização; 

Plano de QSMS de Comissionamento; 

Plano de Contingência de Comissionamento; 

Plano de Preservação de Itens Comissionáveis; 

Plano de Gestão e Controle de Energias. 

O  Manual  de  Comissionamento  deverá  abranger  o  escopo  completo  dos  serviços,  a  ser realizados pela contratada, fabricantes de equipamentos e/ou subcontratadas. A inter‐relação entre  a  contratada  e  esses  intervenientes,  no  que  concerne  ao  comissionamento,  também deverá ser claramente explicitada no plano. 

Uma vez elaborado e aceito, o Manual será a regra principal para o comissionamento, devendo ser mantido atualizado em relação às condições de realização desse trabalho. 

A  fase  executiva  desta  etapa  consiste  na  aplicação  do  Manual  de  Comissionamento  no planejamento e gestão do empreendimento, com a elaboração / detalhamento / atualização de todos os documentos necessários à gestão do comissionamento e o gerenciamento de todo o processo.  

Prever em contrato o prazo no qual a Contratada deverá apresentar no mínimo os seguintes documentos típicos do Planejamento Executivo: 

Estrutura Analítica do Projeto atualizada; 

Lista final de itens comissionáveis; 

Ferramenta de Integração & Comissionamento carregada e atualizada; 

Registro do treinamento dos operadores e dos usuários na Ferramenta de Integração & Comissionamento; 

Folha de Verificação de Itens e Malhas; 

Rede de Precedência detalhada e atualizada por sistema; 

Conjunto  de  Fluxogramas  de  Processo  (P&ID)  com  identificação  dos  sistemas operacionais; 

Conjunto de Fluxograma por Sistema Operacional; 

Cronograma de Comissionamento detalhado por atividades sistemas e subsistemas, e incluindo  a  confirmação  do  planejamento  de  emissão  de  documentos  de comissionamento; 

Cronogramas com a programação de atividades por disciplina e por sistemas; 

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Certificado de Testes Funcionais; 

Pedidos / ordens de compras revisados; 

Lista de Malhas; 

Lista NR‐13 e Dossiês NR‐13; 

Lista de Assistência Técnica; 

Tabelas de interface com a produção; 

Controle de emissão de documentos de comissionamento; 

Procedimentos de Comissionamento (Certificação e Funcionamento); 

Pastas de sistemas e/ou subsistemas; 

Listas de sobressalentes, de consumíveis e de ferramentas especiais; 

Manuais de Operação e de Manutenção; 

Disponibilizar dados para carregamento do Sistema de Gestão de Manutenção. 

Um  ponto  central  desta  etapa  (e  de  resto  de  todo  o  processo  de  comissionamento)  é  a integração  dos  planejamentos  de  comissionamento  e  de  C&M.  Este  último  é  normalmente elaborado em uma seqüência direta, tendo como origem a data de abertura de um canteiro de obras  ou  equivalente  e  prosseguindo  até  a  conclusão  do  trabalho;  o  primeiro  segue  uma seqüência inversa, começando na data desejada de entrada em operação comercial do ativo e seguindo até a data de início do processo de comissionamento.  

Atividades típicas desta etapa são:  

programação e controle de atividades de campo,  

gestão de pendências,  

acompanhamento  da  implantação  das  interfaces  externas  ao  ativo  que  afetam  o processo,  

gestão do treinamento operacional,  

gestão da assistência técnica de fornecedores e similares. 

É  freqüente  que  estes  dois  planejamentos  não  sejam  inteiramente  compatíveis  em  suas versões iniciais, tornando‐se necessário um esforço conjunto, via de regra liderado pela equipe de  comissionamento,  para  integrá‐los.    O  resultado  será  um  planejamento  único  para  o empreendimento onde as necessidades de partida do ativo serão levadas em conta pela C&M, sem prejuízo das boas práticas desta disciplina. Cabe enfatizar a importância desta integração para o  sucesso do empreendimento. Sem um planejamento  integrado  retorna‐se à  situação em que o comissionamento fica refém da C&M, sem conseguir realizar sua missão, e a C&M avança em direção ao fim da obra, mas não ao objetivo de negócio do operador. 

3.3. PRESERVAÇÃO

Entende‐se por preservação o conjunto de  tarefas  realizadas com o propósito de manter os itens  comissionáveis  nas  condições  em  que  foram  entregues  por  seus  fornecedores, garantindo‐os em bom estado de conservação até a entrada em operação do ativo, evitando gastos com reparos ou novas aquisições, permitindo uma partida rápida, ordenada e segura. 

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A etapa tem  início após a conclusão dos testes de fabricação, desde a saída destes  itens das instalações  do  fornecedor  (preservação  de  transporte)  e  prossegue  durante  os  períodos de recebimento  e  armazenagem  no  canteiro  de  obras  e  de  C&M,  até  o  começo  dos  testes funcionais, sendo concluída com o início das rotinas de manutenção. 

Envolve um conjunto de rotinas aplicáveis a cada tipo (classe) de item comissionável e técnicas de preservação em campo. O término de aplicação da preservação a um item corresponde ao início  de  aplicação  das  rotinas  de manutenção  previstas  para  o mesmo,  o  que  implica  na preparação  destas  rotinas  durante  a  fase  de  C&M.  Também  o  sistema  de  gestão  de manutenção deve ser colocado em condições de uso a tempo de permitir a programação e o registro  das  ações  de manutenção  do  primeiro  subsistema  a  iniciar  seus  testes  funcionais. Falhas na  aplicação da preservação e da manutenção podem  implicar na perda da  garantia contratual de um item. 

Os  procedimentos  de  preservação  a  serem  empregados  dependem  do  tipo  do  item comissionável  e  das  recomendações  dos  respectivos  fornecedores  e/ou  fabricantes  sempre que  estas  existirem,  ou  conforme  as melhores  práticas  já  reconhecidas  e  aplicadas  dessa atividade. 

Os  procedimentos  de  preservação deverão  explicitar  cada  caso, detalhando as ações para  curto, médio e  longo  prazo,  além  de  especificar  os materiais  a  serem  utilizados  em  cada tipo  de  rotina  de  preservação  (gerar lista  de  material  e  insumos  para preservação).  

As  condições  de  preservação  deverão ser mantidas durante a montagem do  item, ou refeitas  imediatamente após o encerramento desta. Medidas adicionais de proteção devem estar especificadas e as rotinas de preservação aos itens já montados definida com o objetivo de identificar e reparar possíveis avarias. 

Todas as atividades e rotinas da preservação deverão ser gerenciadas através de um programa informatizado de controle e evidenciadas através de registros. 

Faz‐se  necessário  realizar  auditorias  no  processo  de  preservação  e  nas  reais  condições  de preservação  dos  itens. Os  resultados  destas  auditorias  devem  servir  como  referencial  para medição,  avaliação  de  desempenho  e eventuais ações corretivas a serem aplicadas junto à contratada. 

Quando detectada, a falta de preservação de um  item  deve  ser  informada  à  empresa responsável,  que  deverá  tomar  as  devidas ações corretivas.  

Os  procedimentos  de  Preservação  devem prever a progressiva passagem das rotinas de preservação para as  rotinas de Manutenção, sendo  que  o  carregamento  dos  dados  no sistema de Gestão de Manutenção da Operação já deverá estar executado nesta fase. 

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A emissão do Certificado de Completação Mecânica  (CCM) de um sistema não  interrompe a emissão e execução das rotinas de preservação. 

Seguem alguns exemplos de itens sujeitos as rotinas de preservação: 

Mecânica 

• Equipamentos  Estáticos:  Vaso,  Torre,  Permutador,  Reator,  Forno,  Tanque, Filtro, Esfera e outros.  

• Equipamentos Dinâmicos: Máquinas, Bomba, Compressor, Turbina, Ventilador, Exaustor, Misturador/Agitador, Guindaste, Ponte Rolante, e outros. 

• Acessórios  de  Tubulação:  Válvula  Manual,  Filtro  de  Y,  junta  de  expansão, Válvula de Retenção, Suporte de Mola, Purgador, e outros. 

Elétrica 

Equipamentos  e  Dispositivos  Elétricos  tais  como:  Painéis  Elétricos, Motores  (CC ou CA), Transformadores  (de  corrente, potências ou de iluminação),  Barramentos,  Reatores,  Disjuntores,  Baterias, Carregadores  de  Bateria,  Instrumentos  (indicadores,  medidores, registradores),  Relés,  Retificadores,  Luminárias  de  emergência, Botoeiras dentre outros; 

Instrumentação e Automação 

Instrumentos  e  Componentes  tais  como:  Válvulas  (On/Off  e  de controle,  solenóides  e  de  segurança  PSV),  Chaves  de  Nível,  Vazão, Temperatura,  Pressão,  Seletoras,  Fim  de  Curso;  Transmissores  de Nível, Vazão, Temperatura, Pressão, Disco de Ruptura, Chave Seletora; Rotâmetros,  Termômetros, Manômetros,  Termopares,  Analisadores, Sensores, Sistemas de Controle e de Intertravamento, Cartões Lógicos, Shelter dentre outros.  

Segurança 

Canhões monitores,  Câmaras  de monitoramento  (CFTV),  Detectores de gases, Salvatagem, Extintores químicos, Sinalização náutica, dentre outros.   

Definição dos procedimentos e atividades de preservação 

As tarefas de preservação e sua freqüência de execução variam conforme os tipos (classe) de equipamentos  ou  componentes  envolvidos  e  devem  observar  recomendações  especiais  de fabricantes e requisitos específicos do cliente.  Os  itens preservados devem ser  identificados no campo por uma etiqueta  indicando as datas de execução e da próxima preservação, além da identificação do executante.  Os  procedimentos  de  preservação  devem  definir  a  periodicidade  da  intervenção  de preservação, a quantidade de recursos, serviços, ferramentas, materiais e insumos necessários para cada atividade de preservação. 

Rotinas de Preservação 

As  rotinas  de  preservação  são  aplicadas  em  diversas  etapas  da  fase  construtiva  do empreendimento,  iniciando‐se  ainda  no  fabricante  é  concluindo‐se  na  transferência  dos 

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equipamentos juntos com os SOPs ao término do escopo técnico, sendo que as atividades de preservação  passam  a  ser  realizadas  pela  operação,  pela  gestão  de  manutenção  dos equipamentos. 

Rotinas  e  transporte  –  Aplicadas  no  trajeto  entre  as  instalações  do  fornecedor  e  o canteiro de obra.  

Rotinas de almoxarifado – Aplicadas durante o período em que o  item permanece no canteiro em local abrigado, fora das atividades de construção & montagem. 

Rotinas de campo – Aplicadas a partir do momento em que o  item é  transferido do local de armazenagem para o de montagem, sendo mantidas até o início dos testes de funcionamento.  

Rotinas de operação – Aplicadas durante o período de pré‐operação & partida. 

Rotinas de hibernação – Rotinas especiais aplicáveis a  itens que devam ser mantidos em espera por períodos longos e (possivelmente) em condições desfavoráveis.  

Procedimentos de preservação de transporte 

Elaborado pelo fabricante ou respeitando suas recomendações; 

 Comentado pelo transportador ou pelo fabricante, conforme o caso; 

 Levam em conta os planos de embarque e de manobra de pesos (“rigging”); 

 Adequado às condições esperadas de transporte (modal, trajetos, clima, inspeções em trânsito); 

 Levam  em  conta  eventuais  necessidades  de  hibernação  do material  (local  e  prazo previstos para esta condição). 

Observação:  A  correta  execução  deste  procedimento  é  pré‐condição  para  a  liberação  do transporte. 

Procedimentos de preservação em canteiro 

Elaborado pelo  comissionador ou pelo montador,  respeitando as  recomendações do fabricante; 

 Comentado pela empresa contratante ou pelo comissionador, conforme o caso; 

 Identifica as rotinas de preservação aplicáveis a cada classe de itens comissionáveis, e as respectivas freqüências de aplicação; 

 Define os materiais de preservação a serem utilizados; 

 Define a forma de  identificação física dos  itens preservados (etiquetas) e de registro no campo da execução das rotinas. 

Observação:  A  correta  execução  destes  procedimentos  é  pré‐condição  para  a  emissão  do Certificado de Completação Mecânica (CCM) e para a transferência de um SOP. 

Programação e controle de preservações 

A programação das atividades de preservação consiste em organizar no  tempo as rotinas de preservação de acordo com as recomendações dos fabricantes e boas práticas de engenharia. 

 A programação visa também nivelar os recursos e serviços necessários de forma a otimizar o tempo e custo destas operações. 

 

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As  responsabilidades  pela  preservação  devem  estar  explicitadas  na  matriz  de responsabilidades, determinado quais envolvidos realizam cada atividade, sendo estas: 

Fase de preparação para contratação de serviços 

• Requerer  que  estejam  incluídas  as  recomendações  de  preservação  nas contratações  de  equipamentos  e  materiais  para  as  aquisições  de responsabilidade  da  contratante,  assim  como  nas  de  responsabilidade  das contratadas; 

• Estabelecer  claramente  as  informações  a  serem  transferidas  para  a manutenção; 

• Definir a metodologia de transferências das atividades de preservação para as atividades de manutenção; 

• Verificar se as recomendações de preservação constam de todas as minutas e anexos dos contratos; 

• Verificar,  nas  Requisições  de  Materiais  (RM),  se  as  recomendações  de preservação foram incluídas antes das contratações.  

Fabricação e entrega 

• Cabe ao setor responsável pela liberação de fábrica garantir que os itens sejam preservados para transporte conforme as recomendações aplicáveis; 

• Implementar  a  preservação  para  transporte  conforme  as  recomendações aplicáveis. 

Construção & Montagem 

• Verificar e registrar as condições de recebimento dos itens; 

• Implementar a preservação conforme as recomendações aplicáveis a partir da Inspeção de Recebimento; 

• Preservar  os  itens  não  aceitos  na  Inspeção  de  Recebimentos  enquanto estiverem sob sua guarda; 

• Fiscalizar  e  auditar  os  procedimentos  e  a  execução  da  preservação  pela contratada. 

Pré‐Operação & Partida 

• Retirar  o  equipamento  das  condições  de  preservação  e  prepará‐lo  para  os testes de funcionamento; 

 Transição para Manutenção 

• Certificar a qualidade dos dados para carregamento no sistema de gestão de manutenção do cliente; 

• Colocar à disposição da Operação os dados certificados; 

• Carregar os dados certificado no sistema de gestão de manutenção. 

 

 

 

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Critérios de medição dos serviços de preservação 

 Tipos de contrato 

Formação do preço  Medição  Vantagens  Inconvenientes 

Preço unitário 

Tarifas horárias ou por 

atividade 

RDO endossado pelo fiscal 

Flexibilidade em quantidade e 

tempo 

Dificuldade de medição e de controle da qualidade 

 Preço fechado 

Valor fixo para um dado escopo 

Parcelas mensais fixas 

Transferência do risco e facilidade 

de medição 

Controle da qualidade e 

ajustes de escopo 

 Preço fechado 

Valor fixo para um dado escopo 

Parcelas mensais variáveis em função de auditorias 

Transferência do risco, facilidade de 

medição e controle da qualidade 

Ajustes de escopo 

 

Perfil da equipe de preservação de canteiro 

Coordenador – técnico sênior com experiência mínima de cinco anos em Preservação e formação  de  base  em  Mecânica,  Eletricidade  ou  Instrumentação,  tendo  também experiência em planejamento & controle. 

 Supervisores – técnicos plenos com pelo menos três anos de experiência na atividade de Preservação, com formação de base em Mecânica, Eletricidade ou Instrumentação, tendo a capacitação para organizar a equipe com um de cada especialidade. 

 Técnicos – formação em Mecânica, Eletricidade e Instrumentação. 

 Ajudantes – carpinteiros, lubrificadores e auxiliares de serviços gerais 

3.4. CONDICIONAMENTO

Conjunto  de  tarefas,  conhecidas  coletivamente  como  Testes  de  Certificação,  realizadas  em todos os itens comissionáveis e malhas da instalação, com o objetivo de certificar que os itens comissionáveis e os subsistemas operacionais encontram‐se  aptos  a  iniciar  seus  testes funcionais,  na  fase  de  Pré‐operação  & Partida, visando anteriormente a Certificação de Completação Mecânica.   

Esta  fase  desenvolve‐se  durante  a  C&M,  e engloba  também os Testes de Aceitação em Fábrica  dos  equipamentos  e  sistemas principais,  sendo  a  conclusão das  tarefas de condicionamento organizada por subsistemas operacionais (SSOP), e quando todos os itens e  malhas  de  um  dado  SSOP  foram submetidos  satisfatoriamente  a  todas  as  tarefas  previstas  de  condicionamento  a  primeira condição para a emissão do Certificado de Completação Mecânica deste SSOP é atendida. A 

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emissão  do  CCM  é  condição  necessária  para  declarar  encerrada  a  atividade  de Condicionamento sobre um SSOP. 

 As demais condições para a declaração da Completação Mecânica de um SSOP são: 

encerramento das atividades de montagem;  

disponibilidade da documentação; 

meios físicos e dos recursos humanos necessários para a execução da Pré‐operação & Partida; 

inexistência  de  pendências  impeditivas  ao  início  dos  testes  de  funcionamento previstos.  

Esta fase engloba tipicamente as atividades: 

teste de aceitação de fábrica (TAF); 

inspeção de recebimento calibrações de válvulas e instrumentos; 

inspeção física; 

testes de malhas com injeção de sinais (“blank tests”); 

limpeza e recomposição; 

atendimento as normas regulatórias tais como NR‐10 e NR‐13, portarias do INMETRO, entre outras; 

aferição e calibração de instrumentos e de componentes elétricos; 

testes  estáticos  de  tubulações,  componentes  mecânicos  e  cabos  elétricos,  entre outros.  

testes hidrostáticos e de estanqueidade de tubulações; 

testes de continuidade e de isolamento de cabos elétricos; 

testes de válvulas; 

testes de bancada, calibração e parametrização de componentes elétricos. 

O  Condicionamento  se  completa  com tarefas  documentais,  particularmente ligadas  à  montagem  de  prontuários  e  à compilação de documentos de fornecedores com vistas à fase de testes.  

A  completação  mecânica,  por  sua  vez, consiste  em  uma  ação  de  verificação  de conformidade que atesta o final de todas as tarefas de montagem, de todos os testes de certificação  e  de  todos  os  requisitos documentais  e  organizacionais  necessários para que um subsistema seja declarado apto a iniciar seus testes funcionais.  

Os dados necessários para a realização da fase de condicionamento, entre outros, são obtidos em: 

Procedimentos de execução de testes 

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Lista de Sistemas Operacionais 

Cronograma do empreendimento 

Listas de itens comissionáveis, sobressalentes, consumíveis e similares 

EAP detalhada 

E os registros do condicionamento são encontrados em: 

Certificados de completação mecânica assinados 

Certificados de Testes e Calibrações preenchidos 

Pendências sanadas e aceitas 

Informações atualizadas na FIC 

Fichas de Verificação de Item e de Malha 

Perfil da equipe de Condicionamento 

Coordenador  –  Engenheiro  com  experiência  mínima  de  cinco  anos  em Comissionamento, com  formação de base em Mecânica, Tubulações, Eletricidade ou Instrumentação, além de experiência em planejamento & controle; 

 Supervisores – engenheiros ou técnicos com pelo menos três anos de  experiência  em Preservação,  com  formação  de  base  em  Mecânica,  Tubulações,  Eletricidade  ou Instrumentação,  tendo  a  capacitação  para  organizar  a  equipe  com  um  de  cada especialidade. 

 Técnicos – formação em Mecânica, Tubulações, Eletricidade e  Instrumentação. 

 Ajudantes – mecânicos, eletricistas e auxiliares de serviços gerais 

Procedimentos de Condicionamento 

São elaborados pelo comissionador ou pelo montador, respeitando as   recomendações  do fabricante,  devendo  ser  comentados  pela  empresa  contratante  dos  serviços  ou  pelo comissionador,  especificando  os  testes  de  certificação  aplicáveis  a  cada  família  de  itens comissionáveis, e as respectivas condições de aplicação. 

A  correta  execução destes procedimentos  é pré‐condição para  a  emissão do Certificado de Completação Mecânica. 

O conteúdo típico dos procedimentos de condicionamento pode ser listado como abaixo:  

Normas  e  regulamentos de  referência  (obrigatórios  e  eletivos),  com  transcrição dos itens diretamente utilizados; 

Lista de equipamentos, ferramentas e materiais necessários ao teste, juntamente com as respectivas especificações; 

Lista de documentos de apoio necessários ao teste; 

Equipe necessária, incluindo suas qualificações; 

Condições ambientais e de segurança necessárias ao teste; 

Atividades predecessoras e interfaces necessárias ao teste; 

Passo a passo de realização do teste, incluindo a forma de registrar seus resultados. 

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Procedimentos de TAF – Teste de Aceitação em Fábrica 

Os  Testes  de  Aceitação  em  Fábrica  englobam  as  verificações  finais  de  componentes  / equipamentos  nas  instalações  dos  fornecedores,  tendo  como  objetivo  atestar  a  sua funcionalidade antes da liberação para embarque dos mesmos para o empreendimento. 

 Os  critérios  para  a  identificação  e  requisitos  que  determinam  quais  os  itens  a  serem submetidos  à  TAF  é  de  responsabilidade  do  planejamento  do  Comissionamento  e  o procedimento de  teste é normalmente elaborado pelo  fabricante, mas deve  ser  comentado pelo comissionador. 

Normalmente, os critérios que determinam a quais os item passarão por TAF são semelhantes aos que determinam se um item comissionável é crítico, sendo alguns destes motivos: 

Alta complexidade; 

Importância crucial para o processo da instalação; 

 Exclusivo ou nova tecnologia; 

 Longo prazo de entrega; 

 Alto custo; 

 Logística complexa para entrega 

 O registro de um TAF faz parte do histórico do item e deve ser arquivado na Pasta de Sistema respectiva. 

Inspeções de Recebimento  

É  a  verificação  quantitativa  e  qualitativa,  realizada  por  ocasião  do  recebimento  dos  itens comissionáveis  e módulos,  quando  de  sua  chegada  ao  local  de  aplicação  e  antes  de  sua admissão nas áreas de armazenagem,  tendo como  finalidade  atestar  sua  conformidade com a documentação contratual e de projeto, bem  como  a  ausência  de  avarias  e  as condições especificadas de preservação.  

Tipicamente  verifica  a  conformidade  com  a respectiva  Ordem  de  Compra,  a  condição física  do  material  e  dos  documentos,  não tendo  como  atribuição  verificar funcionamento nem desempenho. 

Inspeção quantitativa: 

• Verificação  da  documentação  técnica  que  acompanha  o  item,  conforme definido na Requisição de Material (RM); 

• Verificação da entrega de todos os itens que constam no romaneio; 

• Conferência dos sobressalentes e de ferramentas especiais conforme Lista de Documentos (LD) de contrato. 

Inspeção qualitativa: 

• Verificação das condições de embalagem e de preservação; 

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• Verificação visual das condições do equipamento e verificação da existência de avarias. 

A  Inspeção de Recebimento é registrada nas Folhas de Verificação de  Itens (FVI)  incluídos no fornecimento, e as rotinas de preservação devem ser iniciadas a partir deste registro. 

As pendências de recebimento devem ser registradas no Controle de Pendências para as ações corretivas cabíveis, e os itens com pendências devem ser mantidos em local segregado até que as mesmas tenham sido sanadas. 

Atendimento a normas e regulamentos  

Os procedimentos de condicionamento devem estar em conformidade com todas às Normas Reguladoras  (NR)  do  Ministério  do  Trabalho  aplicáveis  ao  empreendimento,  mas, particularmente, devem atender obrigatoriamente em registros específicos as normas: 

NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade 

NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão 

NR 26 – Sinalização de Segurança 

Além  das  normas  NR,  os  procedimentos  devem  estar  em  conformidade  com  normas  e regulamentos  de  outras  entidades  que  sejam  adotadas  no  empreendimento  (Sociedades Classificadoras, ASME, ∙ASHRAE, etc), e explicitadas em contrato. 

Procedimentos de certificação de tubulações e equipamentos 

Os testes de pressão de tubulações e equipamentos deverão ser definidos em procedimentos pela  empresa  contratada  a  serem  comentados  e  aprovados  pela  fiscalização  da  empresa contratante,  sendo que a  fiscalização acompanhará e  testemunhará a execução de  todos os testes de pressão (hidrostáticos ou pneumáticos).  

Estes  testes  têm  como  objetivo  garantir  a  integridade  estrutural  das  tubulações  e equipamentos quando submetidas às respectivas pressões de teste. 

Os certificados dos testes deverão ser assinados por todas as partes envolvidas. 

Testes hidrostáticos – realizados sobre trechos isobáricos de tubulações (linhas) com o objetivo de atestar a resistência mecânica do conjunto  montado; 

Testes pneumáticos – utilizados em situações especiais onde um teste   hidrostático não possa ser realizado, e sob condições controladas; 

Testes de estanqueidade – realizados após o final da montagem de uma  linha, para a verificação das condições de vedação da mesma. Podem ser aplicados em acessórios de fechamento como portas de visita e similares; 

Limpeza  (“flushing”) – procedimentos que buscam  assegurar  a ausência de detritos, contaminantes  e  corrosão  no  interior  das  tubulações  montadas.  A  sopragem  de circuitos de vapor é um tipo específico de limpeza de   tubulações; 

Procedimentos para limpeza interna tubulações e equipamentos

Os métodos  de  limpeza  interna  de  tubulações  e  equipamentos  deverão  ser  definidos  em procedimentos pela empresa contratada a serem comentados e aprovados pela fiscalização da 

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empresa  contratante,  sendo  que  a  limpeza  deverá  ser  certificada  através  de  atestado específico.  

Para  casos  específicos  e  previamente  definidos  em  contrato  pela  fiscalização,  as  evidências deverão  ser  certificadas  por meio  de  registros  com  a  utilização  de  Sistema  de  Circuito  de Controle de TV (CCTV), ou videoboroscopia. 

Procedimentos de certificação para calibração de válvulas e instrumentos  

Válvulas  de  segurança  e  alívio  deverão  ter  sua  calibração  verificada  antes  da  montagem independentemente da existência de certificados de calibração emitidos pelo  fabricante, em conformidade  com  a  NR‐13.  As  válvulas  reprovadas  na  verificação  de  campo  devem  ser reparadas  ou  substituídas  conforme  Procedimento  Específico  previamente  aprovado  pela fiscalização.  

Todos os instrumentos a serem instalados deverão ser aferidos antes da montagem, de acordo com as normas aplicáveis. Cabe à fiscalização definir eventuais exceções a este critério, assim como o  tratamento a ser dado aos  instrumentos  integrantes de equipamentos ou conjuntos montados (skids) que sejam entregues certificados pelos fabricantes. 

Caso estes instrumentos tenham sido removidos ou sujeitos a ações que possam comprometer sua calibração os mesmos deverão ser necessariamente aferidos. 

 Testes de válvulas – realizados sobre válvulas de segurança, de alívio de pressão, de estanqueidade total e similares com o objetivo de atestar suas  condições de operação; 

 Aferição  –  efetuada  sobre  os  instrumentos  de  medição  de  temperatura,  pressão, vazão e nível com o objetivo de certificar sua calibração. Instrumentos não aprovados devem ser calibrados. 

Procedimentos de certificação de equipamentos mecânicos  

Verificações  de  conformidade  – realizadas  sobre  equipamentos  como bombas,  compressores,  dosadores  e similares para atestar a conformidade de aspectos como:  

• Nivelamento e alinhamento 

• Suportação e fixação 

• Acessibilidade 

• Elementos filtrantes, vedantes e isolantes 

• Conexões 

• Acessórios 

• Limpeza 

Procedimentos de certificação de componentes elétricos  

Testes de cabeamento 

• Testes  de  Isolamento  –  verificação  da  resistência  de  isolamento  de  cabos, motores  e  outros  componentes  elétricos,  tais  como:  todos  os  condutores  e cabos  de  potência,  controle,  intertravamento  e  comunicações,  que  deverão 

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ter  sua  condição  de  isolamento  atestada  após  o  seu  lançamento  no  leito conforme projeto. 

• Testes  de  continuidade  –  confirmação  de  que  os  condutores  elétricos  estão íntegros e conectados nos terminais corretos em ambas as extremidades, tais como  os  condutores  e  cabos  de  potência,  controle,  intertravamento, comunicações e aterramento, que deverão  ter sua condição de continuidade elétrica  atestada. Os  testes de  continuidade deverão  ser  executados  após  a realização dos testes de isolamento. 

Testes  de  aterramento  –  verificação  das  condições  de  aterramento  de  todos  os equipamentos elétricos, que deverão estar conectados à terra conforme especificado, tais como: equipamentos, tubulações e estruturas metálicas. 

Sentido de rotação – verificação da correta conexão dos terminais dos  motores elétricos (sem operação dos mesmos);  

Calibração / parametrização – ajuste dos parâmetros de operação de   componentes como relés e disjuntores  

Transformadores – conferência da conformidade entre a polaridade de placa   e  da polaridade real dos enrolamentos, existência de curto circuitos ou circuitos abertos; 

 Carga de baterias – verificação das condições de baterias recarregáveis; 

 Condições  mecânicas  –  verificação  do  estado  dos  elementos  mecânicos  e  do funcionamento correto das partes móveis dos componentes.   

Procedimento de testes de certificação em malhas de controle e comunicação  

 Simulação operacional – aplicada a malhas de potência e de controle   através  da  simulação de sinais, para verificação de seu funcionamento conforme especificado. 

Testes com injeção de sinal (Blank tests) 

• Na  fase  de  Condicionamento,  após  a  montagem  e  interligação  de equipamentos elétricos, todas as malhas de potência, aterramento, controle, intertravamento e  comunicações deverão  ser  testadas através da  injeção de sinal  ou  outra  forma  que  garanta  sua  continuidade.  O  conjunto  destas atividades é denominado como blank test.  

• Estes  testes  são  aplicados  conforme  planejamento  antecipado  e  após  a conclusão  das  malhas  respectivas do sistema a ser testado. 

Testes de simulação (Loop Tests)  • Após  a  completação  mecânica,  ou 

seja,  somente  na  fase  de  Pré‐Operação  &  Partida,  todas  as malhas  de  potência,  controle, intertravamento  e  comunicações deverão ter seu funcionamento simulado, desde as conexões ao processo dos instrumentos e válvulas, incluindo os sistemas de controle e  intertravamento, passando pelo sistema supervisório. 

• Esta  simulação pode  ser executada de diversas  formas,  tais como:  simulação de  processo,  simulação  de  variáveis,  atuação  nas  válvulas  e  motores,  e simulação dinâmica através de uso de softwares para este fim. 

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Certificado de Completação Mecânica – CCM 

A Completação Mecânica  representa  a  transição  entre  as  fases de Condicionamento  e  Pré‐Operação & Partida, sendo caracterizada ao nível de sistema ou subsistema operacional. 

Um  sistema  ou  subsistema  operacional  receberá  um  Certificado  de  Completação Mecânica (CCM) quando atendidas no mínimo as seguintes condições: 

Todas  as  ações  de  Construção  e Montagem  previstas,  incluindo  a  identificação  dos itens comissionáveis (tubulações, equipamentos, instrumentos, etc.) para este sistema ou  subsistema  operacional  terem  sido  concluídas  e  certificadas,  sem  pendências impeditivas ao início da Pré‐Operação & Partida; 

Todas  as  ações  de  condicionamento  previstas  para  os  itens  comissionáveis  deste sistema  ou  subsistema  terem  sido  executadas,  certificadas  e  registradas  na Ferramenta de Integração & Comissionamento; 

Os  Registros  e  Certificados  correspondentes  às  ações  acima  estarem  assinados  e arquivados na Pasta de Sistema correspondente; 

Os comprovantes de atendimento a requisitos legais estarem disponíveis e arquivados na Pasta de Sistema; 

Prontuários referentes a Normas Regulamentadoras aplicáveis estarem concluídos, tais como NR‐10 e NR‐13, inclusive para materiais e equipamentos importados; 

Documentação de projeto dos itens comissionáveis proveniente dos fabricantes deste sistema ou subsistema. 

A  partir  da  emissão  deste  Certificado,  ações  de  Construção & Montagem  neste  sistema  ou subsistema  só poderão  ser executadas mediante prévia autorização da  fiscalização  incluindo saneamento de pendências não‐impeditivas. 

Os componentes sujeitos a testes de certificação devem ser  identificados por etiquetas, com data e responsável pela execução dos serviços.  

Caso  ocorram  novas  ações  de  Construção  &  Montagem  que  afetem  as  atividades  de Condicionamento  já  efetuadas,  um  novo  Certificado  de  Completação Mecânica  deverá  ser emitido. 

Certificados cancelados ou substituídos deverão ser mantidos na Pasta do Sistema, para fins de rastreabilidade. 

Os Certificados de Completação Mecânica deverão ser emitidos pela empresa contratada após aplicação  de  Lista  de  Verificação  (LV)  pela  fiscalização,  sendo  que  o  CCM  não  poderá  ser emitido  caso  existam  pendências  impeditivas  ao  prosseguimento  do  Processo  de Comissionamento. 

 

 

 

 

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3.5 PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA

A Pré‐operação & Partida  é o  conjunto de  atividades  efetuadas  sobre  itens  comissionáveis, malhas,  SSOP  e  SOP  com  o  objetivo  de  avaliar  suas  condições  de  funcionamento  e  de desempenho e permitir a transferência dos SSOP / SOP para a operação.  

A PO&P é organizada em torno dos SSOP / SOP e da Rede de Precedência de Partida e se inicia, para  cada  SSOP,  a partir do  encerramento  formal do  condicionamento do mesmo, ou  seja, após a emissão do Certificado de Completação Mecânica – CCM. 

Quando  necessário,  o  início  da  Pré‐operação  &  Partida  requer  também  a  emissão  da Autorização de Testes Funcionais (ATF), o qual tem como pré‐requisito a existência do CCM do SSOP correspondente assinado. A emissão do ATF consiste em uma autorização para entrada em pré‐operação dos SSOPs em testes que apresentem  interfaces críticas com outros SOPs / SSOPs em operação contínua. 

As atividades típicas de PO&P incluem: 

testes de funcionamento em vazio de equipamentos dinâmicos; 

testes de equipamentos elétricos com uso de energia; 

testes de funcionamento de malhas; 

testes de intertravamento lógico; 

testes de desempenho 

Os testes de desempenho avaliam as condições operacionais e o atendimento aos parâmetros especificados  de  desempenho  de  SSOP  e  SOP  nas  condições mais  próximas  possíveis  das normais de operação, sendo consolidados nos Testes de Aceitação de Performance (TAP).  

A  realização  satisfatória  dos  TAPs  de  todos  os  SSOP  que  compõem  um  SOP  é  a  primeira condição para que o  respectivo Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas  (TTAS) seja emitido  e  assinado,  caracterizando  o  final  da  atividade  de  PO&P  naquele  SOP  e  sua transferência para a operação.  

Para  permitir  a  partida mais  rápida  do  ativo  o  TTAS  é  dividido  em  Provisório  (TTAS  1)  e Definitivo  (TTAS  2),  sendo  a  diferença  entre  ambos  a  existência  ou  não  de  pendências impeditivas à transferência final do ativo para a operação (pendências impeditivas à operação normal do SOP, constatadas nos TAP, impedem a emissão do TTAS 1).  

O conjunto de documentos e informações necessários à execução da fase de Pré‐Operação & Partida, são entre outras: 

Certificados de completação mecânica assinados 

Autorizações para Teste de Funcionamento (ATF) quando aplicável 

Lista de Sistemas Operacionais 

Rede de Precedência de Partida 

Manuais de Operação e de Manutenção 

Cronograma do empreendimento 

EAP detalhada 

Procedimentos de execução de testes 

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Manuais de equipamentos 

Sendo o conjunto de resultados desta etapa listada abaixo: 

Operadores treinados 

Teste de Aceitação de Performance (TAP) 

Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas (TTAS) 

Itens de conhecimento para registros de lições aprendidas 

Como mencionado  anteriormente,  as  atividades de Pré‐Operação & Partida  são  executadas sobre itens, malhas, sistemas e subsistemas operacionais (SOP e SSOP). 

A  PO&P  é  composta  pelo  conjunto  de  atividades  executadas  com  o  objetivo  de  realizar verificações  e  testes  nas  condições  de  funcionamento  do  SOP,  sendo  a  Partida  dos  SSOPs caracterizada  pela  realização  dos  testes  finais  de  performance  (TAP),  estendendo‐se  até  a comprovação do atendimento às especificações de projeto. 

A  transição para o  início e  término da etapa de Partida deve ser negociada entre a empresa contratada e a operação, com as condições definidas anteriormente em contrato. 

Em função das relações de dependência entre sistemas, as atividades desta fase devem seguir a seqüência definida no cronograma de comissionamento, que tem como referência básica a rede de precedência de subsistemas e sistemas operacionais. 

A seguir são descritas atividades típicas a serem desenvolvidas durante esta fase: 

Preparação de Equipamentos 

Após a emissão e assinatura do CCM para um determinado SSOP,  são  iniciadas as  rotinas e procedimentos necessários para colocar os equipamentos que pertencem ao respectivo SSOP em condição de Testes de Funcionamento. 

Quando a preparação implicar na interrupção das atividades de preservação, as atividades e os registros de manutenção deverão ser iniciados.  

A preparação compreende, no mínimo, as seguintes atividades: 

Retirada da preservação; 

Aplicação do plano de raqueteamento; 

Instalação / remoção de itens ou acessórios temporários; 

Carregamento de consumíveis; 

Atendimento ao plano de Controle de Energias. 

Uma vez preparados os equipamentos para a execução dos Testes de Funcionamento, deve ser emitido  o  documento  ATF  (Autorização  Para  Testes  de  Funcionamento),  que  comunica  as partes  envolvidas  e  autoriza  o  início  das  atividades  em  um  SSOP  e  malhas  Devido  a particularidades do projeto este documento pode ser não aplicável, entretanto a dispensa do mesmo deve estar prevista em cláusula contratual. 

 

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Testes de intertravamento lógico 

Os testes de intertravamento lógico são executados para cada SSOP, de modo a assegurar que todos os recursos e dispositivos de  intertravamento e segurança estejam em  funcionamento adequado, antes da liberação das instalações para a execução dos Testes Funcionais. 

Testes funcionais 

Testes  funcionais  consistem nos  acionamentos de  equipamentos  e  instalações,  alimentados pelas energias definitivas. 

Os testes funcionais devem atestar a correta operação das funcionalidades dos itens, conjunto de itens, malhas, sistemas e subsistemas operacionais. Devem fazer parte dos testes funcionais pelo menos: 

Atuação dos dispositivos de segurança e controle; 

Movimentação em vazio de todos os atuadores mecânicos, hidráulicos e pneumáticos; 

Rotação em vazio de motores e demais equipamentos dinâmicos; 

Atuação de disjuntores, relés e contatores; 

Os testes funcionais devem ser realizados no sistema supervisório, a partir da sala de controle, e  somente  serão  considerados  satisfatórios quando  todas as  funções desse  sistema  tiverem sido avaliadas com sucesso. 

Teste de Aceitação de Performance (TAP) 

Os Testes de Aceitação de Performance (TAP) têm como objetivo garantir que o desempenho de cada SSOP seja compatível com as especificações e requisitos de projeto. 

A liberação para execução dos Testes de Aceitação de Performance (TAP) requer, ao menos, os seguintes itens: 

Registros dos testes funcionais dos componentes do SSOP; 

Registro dos testes de intertravamento lógico; 

Inexistência de pendências impeditivas. 

Estes  testes devem  ser executados em  condições de operação o mais próximo possível das condições reais, utilizando fluido de processo especificado, quando possível. 

Os  resultados dos  TAP devem  ser  registrados  e  comparados  aos parâmetros de projeto, os quais  poderão  ser  analisados  conjuntamente  pela  fiscalização,  pela  operação  e,  quando aplicável, por entidade classificadora / reguladora. 

Uma vez concluídos satisfatoriamente os TAP1 (por exemplo, quando da conclusão e aceitação dos testes com fluido seguro) para um determinado SSOP, o usuário final da  instalação pode optar por assumir a operação do mesmo para a execução dos TAP subseqüentes (com fluido de processo, por exemplo). Para estes casos, recomenda‐se a utilização do documento Termo de  Responsabilidade  Operacional  (TRO),  que  transfere  a  responsabilidade  operacional  do SSOP, mantendo  a  responsabilidade  técnica  com  a  empresa  contratada. A  assinatura  deste termo,  entretanto,  não  exime  a  necessidade  de  assinatura  dos  Termos  de  Transferência  e Aceitação  de  Sistemas  (TTAS)  após  a  conclusão  de  todos  os  testes  aplicáveis  ao  respectivo SSOPs / SOP. 

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Teste de Longa Duração (TLD)  

O  teste  de  longa  duração  de  um  determinado  SOP  consiste  no  acompanhamento  do funcionamento  em  operação  normal  durante  um  período  pré‐definido  contratualmente. Nestes  testes  é  avaliada  a  ocorrência  de  falhas  relevantes  pré‐definidas  em  documentos contratuais.  No  caso  de  ocorrência  de  falhas  relevantes,  após  a  correção  das mesmas,  o período de duração do teste deve ser reiniciado. 

Treinamento de operadores 

Os  treinamentos para qualificação dos profissionais das equipes de operação e manutenção deverão ser previamente definidos no Plano de Treinamento. Os treinamento teóricos deverão ser realizados previamente aos Testes Funcionais e complementados com treinamento prático durante os Testes de Aceitação de Performance. 

Para  a  realização  dos  treinamentos,  a  empresa  contratada  deverá  informar  o  operador previamente, com a antecipação definida em contrato, a programação de  testes de  forma a permitir ao usuário da  instalação contratar ou prover operadores para o evento, bem como serão necessários que os Manuais de Operação & Manutenção dos SOPs / SSOPs em questão estejam prontos e aprovados pela Operação. 

3.6. TRANSFERÊNCIA DE SISTEMAS OPERACIONAIS

Premissas 

Durante  FEL  III  do  empreendimento,  na  elaboração  dos  documentos  contratuais  para  a contração  de  serviços  em  FEL  IV,  a  empresa  contratante  deve  determinar  uma  relação  de critérios para transferência e aceitação dos SOPs. 

Estes critérios devem levar em consideração alguns dos seguintes aspectos: 

Lista preliminar de SOPs, se possível com SSOP; 

Rede de Precedência preliminar dos SOPs; 

Definição dos critérios para a divisão dos SOPs em SSOPs; 

Elaboração de Rede de Precedência preliminar de SSOPs, quando possível; 

Definição prévia dos SSOPs que deverão ser previamente operados de modo a permitir a  continuidade  dos  testes,  antes  mesmo  do  SOP  estar  pronto  para  partida,  e conseqüentemente para a operação estável e segura; 

Quando  ocorrer  em  um  empreendimento  já  em  andamento,  sem  que  as  premissas  acima tenham sido efetivadas em FEL III do projeto, pode‐se restabelecer o planejamento e execução das atividades e as  condições necessárias que possibilitem  realinhar o escopo do projeto, e promover a correção do Processo de Comissionamento, visando atender às necessidades de início de operação estável e segura pela operação, e às características construtivas e de testes. 

Planejamento 

Considerando que um SOP deve ser transferido quando o mesmo estiver operando de forma estável e  segura, após  ter atingido a performance em  todos os  testes  realizados, deve‐se o planejamento de Pré‐Operação & Partida dos SOPs a partir da rede de precedência preliminar previamente estabelecida. 

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A  importância do planejamento de Pré‐operação & Partida dos SOPs é grande na medida em que este permite à elaboração dos demais planos necessários tais como: 

Plano de Mobilização de Operadores; 

Plano de Treinamento dos Operadores; 

Plano de Entrega de Manuais de O&M dos SOPs; 

Plano de Testes de Aceitação de Performance (TAP). 

Estes documentos deverão estar incluídos no Manual do Comissionamento 

Fluxo de transferência de sistemas recomendável 

A transferência de um SOP consiste na troca de responsabilidades entre a empresa contradata e  a  contratante  (usuário  final  responsável  pela  Operação  do  ativo),  a  partir  da  data  de assinatura do documento de transferência, as atividades de operação e manutenção passam a ser  de  total  responsabilidade  da  operação,  assim  como  a  guarda  dos  equipamentos, ferramentas especiais, sobressalentes e documentação técnica.  

Todavia, a transferência não exime a empresa contratada, seus fornecedores, subcontratados e terceiros das responsabilidades contratuais e/ou civis. 

 Figura 5 

Sistemática Recomendável para Transferência de SOP 

Onde: 

CCM = Certificado de Completação Mecânica 

ATF = Autorização para Testes de Funcionamento 

TAP = Testes de Aceitação de Performance 

TTAS = Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas 

TLD = Teste de Longa Duração 

A assinatura do Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas Definitivo de um dado SOP poderá  ser  efetuada  a  partir  do momento  em  que  este  SOP  tiver  atendido  aos  seguintes requisitos: 

Testes de Aceitação de Performance, de todos os SSOP pertencentes ao SOP, tenham sidos realizados e aceitos; 

Não existam pendências de qualquer natureza atribuídas ao SOP; 

Toda a documentação pertinente tenha sido fornecida e atualizada (as‐built); 

Todos os sobressalentes contratuais e ferramentas especiais tenham sido transferidos para a operação; 

Todos os treinamentos acordados e contratados tenham sido fornecidos. 

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O  Termo  de  Transferência  e Aceitação  de  Sistemas  (TTAS)  é  o  documento  que  formaliza  a transferência da responsabilidade sobre um Sistema Operacional e pode ser dividido em duas etapas: 

Quando os Testes de Aceitação de Performance (TAP) dos SSOPs de um SOP tiverem sido  executados  satisfatoriamente,  porém  existirem  pendências  não‐impeditivas  de qualquer natureza e/ou for previsto um teste de longa duração (TLD), será emitido um Termo de Transferência e Aceitação de Sistema Provisório (TTAS‐1). O TTAS‐1 deverá conter obrigatoriamente a lista de pendências não‐impeditivas correspondente.  

A  emissão  do  TTAS‐1  caracteriza  a  transmissão  da  responsabilidade  de  operação  e manutenção para a Operação, mantendo‐se, porém a responsabilidade de solução das pendências  com  a  empresa  contratante.  A  partir  da  emissão  do  TTAS‐1,  inicia‐se  a etapa de Operação Assistida deste SOP. 

O  Termo  de  Transferência  e  Aceitação  de  Sistema  Definitivo  (TTAS‐2)  será  emitido após a solução de  todas as pendências e, quando aplicável, a  finalização do  teste de longa duração  (TLD). O TTAS‐2 não encerra a as atividades de Operação Assistida do SOP. 

Recomenda‐se que a transferência de Sistemas Operacionais siga o fluxo conforme descrito na Figura 4 anterior. Porém, existirão casos em que ocorrerá a necessidade de adequação deste processo devido às especificidades de cada empreendimento. Para estes casos, é sugerida a utilização de fluxos de transferência alternativos, conforme item a seguir. 

Fluxos de transferência de sistemas alternativos 

O  objetivo  deste  item  é  apresentar  alternativas  para  possibilitar  o  atendimento  às necessidades específicas de cada projeto.  

Estes  fluxos alternativos são  resultado de características  técnicas específicas dos projetos, e, portanto  conhecidas  deste  a  elaboração  do  projeto  executivo,  podendo  ser  previsto  com  a antecedência necessária durante a etapa de planejamento, além de ter feito parte da Matriz de  Responsabilidades  presente  no  Plano  de  Transferência  da  Instalação  contido  nos documentos contratuais. 

A  seguir  serão  apresentadas  as  possibilidades  que  podem  ser  aplicadas,  conforme  as especificidades de cada empreendimento: 

Especificidade 1 

Caso o documento ATF não for aplicável ao processo, desde que acordado entre as partes em documento  contratual,  e  com  as  responsabilidades  pela  execução  dos  Testes  de Funcionamento  esclarecidas  na  Matriz  de  Responsabilidades,  o  fluxo  deve  ser  alterado conforme Figura 5 abaixo. 

 

Figura 6 Caso seja negociado entre as partes que o ATF não será aplicável 

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Especificidade 2 

Quando houver a necessidade de que os SSOP sejam operados pelo usuário final (Operação) antes  da  transferência  e  aceitação  completa  do  SOP  através  de  TTAS,  deve  ser  utilizado  o documento Termo de Responsabilidade Operacional (TRO) para o mesmo, de forma a permitir a continuidade dos Testes de Aceitação de Performance dos SSOPs do mesmo ou de outros SOPs. 

Este  documento  transfere  a  responsabilidade  operacional  do  SSOP,  mantendo  a responsabilidade técnica e manutenção do SSOP com a empresa contratada. Recomenda‐se a utilização  deste  documento  quando  a  operação  optar  por  executar  TAP2  e/ou  TLD  com  o acompanhamento da empresa contratada. Assim sendo, o  fluxo deve ser alterado conforme Figura 7 abaixo. 

 

Figura 7 Caso o TRO seja necessário 

Especificidade 3 

Caso a Operação opte por assumir a operação & manutenção  integral dos  SOPs a partir da conclusão satisfatória dos TAP1 (exemplo, após a conclusão dos testes com fluido seguro em todos os SSOPs) e, desde que esta decisão esteja firmada em cláusula do contrato, o fluxo deve ser alterado da seguinte forma: 

 

Figura 8 Caso a Operação opte por assumir integralmente a 

responsabilidade pelo SOP após TAP‐1 

Neste  caso  específico,  caberá  à  empresa  contratada  iniciar  a  Operação  Assistida  do  SOP mantendo as responsabilidades técnicas e pelo saneamento das pendências não‐impeditivas.  

As pendências  impeditivas, que porventura  surgirem durante a execução do TAP‐2, deverão ser  solucionadas  conforme  as  responsabilidades  acordadas  em  contrato.  O  Termo  de Transferência  e  Aceitação  Definitivo  (TTAS‐2)  só  poderá  ser  assinado  quando  os  requisitos estabelecidos para TAP2 e/ou TLD forem comprovados. 

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IMPORTANTE:  É  permitido  a  empresa  contratada  adotar  combinações  entre  as  três especificidades  

Responsabilidades e composição mínima dos documentos de transferência de SOPs 

O Termo de Transferência e Aceitação de Sistema Provisório (TTAS‐1) é de responsabilidade da empresa  contratada,  devendo  ser  assinado  após  a  comprovação  dos  requisitos  de transferência de um SOP estabelecidos no contrato. 

O  TTAS‐1  deve  conter  minimamente  os  seguintes  anexos,  previamente  acordados  em contrato: 

Lista de  Equipamentos  –  Lista  contendo  relação dos  equipamentos pertencentes  ao SOP; 

Lista de documentos – Lista contendo relação de: 

• Documentos comprobatórios de treinamentos dos operadores; 

• Procedimentos e Manuais de O&M do respectivo SOP; 

• Relação de consumíveis, sobressalentes e ferramentas especiais pertencentes ao SOP e igualmente transferidos. 

Lista  de  pendências  não  impeditivas  –  Lista  contendo  relação  de  pendências  não‐impeditivas sob responsabilidade da empresa contratada; 

Lista de TAPs aprovados – Lista contendo a relação dos TAPs de  todos os SSOPs que compõem os SOP aprovados. 

O documento deve conter a  informação sobre a responsabilidade da empresa contratada no tratamento de todas as pendências contidas na  lista anexada ao TTAS‐1, sendo que esta não deverá ser alterada ou sofrer inclusões de novas pendências, exceto nos casos de realização de testes previstos após a emissão do TTAS‐ 1, visando à emissão do TTAS‐2. 

Na emissão do Termo de Transferência e Aceitação de Sistema Definitivo (TTAS‐2), o mesmo será  assinado  após  a  solução  de  todas  as  pendências  de  responsabilidade  da  empresa contratada, listadas no TTAS‐1, e atendido aos demais itens mínimos estabelecidos em prévio e comum acordo no contrato. 

A  assinatura  destes  documentos  não  exime  a  empresa  contratada,  seus  fornecedores, subcontratados  e  terceiros  de  responsabilidades  contratuais  e/ou  civis  quanto  à  garantia funcional e técnica do projeto e sua execução. 

Após  a  realização  dos  TAPs  dos  SSOPs  que  compõem  o  SOP,  e  a  eventual  inexistência  de pendências de qualquer natureza e atendimento  integral aos demais  itens mínimos definidos em  contrato,  a  transferência  definitiva  do  SOP  poderá  ser  feita  diretamente  através  da assinatura  dos  campos  do  TTAS‐1  e  TTAS‐2  simultaneamente.  Apesar  de  não  ocorrer  a transferência  provisória,  todos  os  demais  anexos,  excetuando‐se  a  lista  Ed  pendências inexistente, deverão estar anexos ao formulário e apresentados. 

3.7 OPERAÇÃO ASSISTIDA

A operação assistida é a atividade de apoio da empresa contratada às equipes de operação e manutenção, por especialistas das diversas competências necessárias ao  funcionamento por sistemas operacionais e pela  instalação, após a transferência, mesmo que provisória (TTAS‐1) 

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de um SOP, com o objetivo de assegurar que o início da operação seja a continuação segura da Pré‐Operação  &  Partida.  O  encerramento  da  Operação  Assistida  de  cada  SOP  ocorre  ao término do prazo estabelecido em contrato. 

Os dados necessários e documento de entrada nesta etapa são: 

Termo de Transferência e Aceitação de Sistemas (TTAS) 

Rede de Precedência de Partida 

Cronograma do empreendimento 

EAP detalhada 

E o resultado esperado ao término do prazo das atividades de Operação Assistida de cada SOP consiste em um SOP em operação normal. 

As  qualificações  e  as  condições  de  nível  de  serviço  devem  ser  definidas  por  meio  de instrumentos contratuais, de forma a garantir a continuidade operacional do sistema. 

Deve‐se registrar que a Operação Assistida inicia‐se após a emissão do TTAS‐1, e portanto, até a emissão do TTAS‐2 a empresa contratada deverá manter distintas as equipes de Operação Assistida, que deve estar à disposição da Operação, e a equipe de solução de pendências. 

A conclusão da Operação Assistida marca a conclusão do escopo do Comissionamento. 

Orientações adicionais 

A empresa contratada deve prestar os serviços de Operação Assistida durante os horários de funcionamento do Sistema Operacional, em três níveis: 

Através  de  atendimento  remoto,  com  a  colocação  à  disposição  dos  operadores  de correio eletrônico e número de telefone específicos para essa finalidade. 

Através de atendimento local emergencial, através do comparecimento do especialista à presença dos operadores quando solicitado. 

Através de atendimento local programado através da presença do especialista durante a  realização  de  atividades  ou  operações  específicas  onde  a  necessidade  de  sua participação seja previsível (desde que esta programação seja feita com antecedência de, no mínimo, quarenta e oito horas). 

3.8 TRANSFERÊNCIA DE INSTALAÇÃOES

A Transferência da  Instalação é o processo que visa ao encerramento da  implementação de empreendimento  e  compreende  a  transferência  da  instalação  para  o  usuário  final  e  da responsabilidade  integral e única pela gestão da  Instalação, sendo a assinatura do Termo de Transferência de Instalações (TTI) o principal marco do processo.  

O processo se  inicia após a transferência definitiva do último SOP e a conclusão do prazo de Operação  Assistida  do  mesmo,  incluso  também  o  início  da  desmobilização  das  equipes envolvidas  no  projeto,  remoção  de  Infra‐estruturas  da  instalação,  entrega  dos  documentos contratuais e demais documentação técnica para entrega ao Operador. 

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Planejamento da Transferência das Instalações  

Compreende  a  etapa  de  definição  dos  requisitos,  atribuições  e  responsabilidades  para  a transferência da instalação, que devem ser estabelecidos em contrato. 

Este planejamento deve abordar, no mínimo, os seguintes assuntos: 

Rede de Precedência Preliminar de Sistemas Operacionais (SOP); 

Critérios para aceitação de TAF (Testes de Aceitação no Fornecedor); 

Treinamento das Equipes de Operação e Manutenção; 

Critérios de aceitação de Testes de Performance a serem adotados; 

Requisitos  e  prazos  com  relação  à  etapa  de  Operação  Assistida  pela  empresa contratada; 

Transferência de sobressalentes e ferramentas especiais e utilização de consumíveis de processo; 

Definição das responsabilidades para transferência de dados para o Sistema de Gestão de Manutenção da Operação; 

Requisitos para transferência da documentação técnica e legal; 

Requisitos para assistência técnica e manutenção da unidade após a Transferência das Instalações. 

Preparação para Transferência das Instalações 

Quando  todos os Sistemas Operacionais  tiverem  sido  transferidos, ou  seja,  todos os TTAS‐2 assinados, e a Operação Assistida estiver  concluída, a empresa contratada deve  se preparar para a conclusão do processo de  transferência das  instalações executando atividades como, por exemplo: 

Desmontagem  e  remoção  de  estruturas  temporárias  da  obra  como  andaimes, tapumes,  contêineres,  embalagens,  alojamentos,  etc.,  ou  o  gerenciamento  destas atividades  quando  a  execução  for  de  responsabilidade  da  empresa  contratada.  As instalações também devem estar limpas, organizadas e prontas para o trabalho normal da Operação; 

Identificação e tratamento dos passivos ambientais; 

Substituição da sistemática utilizada para o Controle de Energias; 

Formatação da documentação técnica e legal para a entrega, atendendo aos requisitos estabelecidos no Plano de Documentação; 

Preparação para desmobilização das equipes envolvidas no projeto; 

Verificar se os dados sobre itens comissionáveis foram transferidos para o Sistema de Gestão de Manutenção da Operação durante a transferência dos SOPs. 

Conclusão da Transferência das Instalações 

A conclusão da Transferência das Instalações é a etapa que se caracteriza pela formalização da aceitação  das  instalações  pela  empresa  contratante,  formalizado  pela  aceitação  formal  da instalação  através  do  Termo  de  Transferência  da  Instalação  (TTI),  que  deverá  ser  assinado pelas partes envolvidas. 

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Processo de Transferência da Documentação Técnica e Legal 

Quando aplicável, os requisitos para transferência da documentação devem estar contidos no Plano de Documentação do empreendimento.  

Nos  eventos  de  Transferência  dos  Sistemas  Operacionais,  devem  ser  transferidos  os documentos  de  projeto  como,  por  exemplo,  “as‐built”,  “data‐books”,  registros  de  Não‐Conformidades, etc. 

Os Manuais de Operação e Manutenção dos Sistemas deve estar entregues ao operador desde antes do início da etapa da Pré‐Operação & Partida dos mesmos. 

Documentos não transferidos 

Recomenda‐se  às  empresas  contratadas,  responsáveis pela Construção  e Montagem de um ativo /  instalação, manter, por um período de 5  (cinco) anos a partir da data de emissão do Termo de Transferência da Instalação, todos os registros da qualidade gerados durante a Obra e não transferidos.  

3.9 GESTÃO DO CONTROLE DE ENERGIAS

Definição 

Gestão  do  Controle  de  Energias  deve  ser  adotada  nos  empreendimentos  e  visa  garantir  a segurança  entre  a  instalação  existente  em  operação  e  os  novos  sistemas  e  subsistemas operacionais que serão interligados a esta ao longo dos trabalhos de construção e montagem, através do travamento mecânicos e/ou elétricos. 

Este  travamento  deverá  ser  efetuado  por  meio  de  dispositivo  mecânico  apropriado  para garantir  o  isolamento  das  energias  (correntes, multibloqueios,  cadeados,  raquetes,  flanges cegos,  figura  8,  trava  disjuntor,  etc.).  As  chaves  dos  cadeados  e/ou  travas  utilizados  neste bloqueio, deverão ser guardados em local adequado que será trancado por um cadeado sob a responsabilidade  da  empresa  contratante  definida  em  contrato  de  serviços.  Além  do dispositivo de travamento, uma etiqueta padronizada deverá ser utilizada para fornecer dados sobre o travamento. 

A empresa  contratada deverá elaborar matrizes de  travamento e de Gestão do Controle de Energias de  acordo  com padrão  estabelecido  em  contrato  e prover de um banco de dados específico para o Controle de Energias. 

Todo o processo deve estar bem detalhado em uma Análise Preliminar de Riscos – APR, que deve  ser  elaborada  antes  do  início  das  atividades  e  de  preferência  em  conjunto  com  as matrizes de travamento e de gestão de controle de energias.  

Este  controle  deverá  ser  aplicado  em  todos  os  pontos  onde  ocorrerão  novas  interligações mecânicas ou elétricas, aos sistemas já em operação ou que poderão antecipadamente serem acionados e só poderá ser removido quando a gestão do controle de energia da instalação, for transferido para o usuário final, responsável pela operação. 

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Os  colaboradores  envolvidos  diretamente  na  execução  de  novas  interligações  nos empreendimentos  deverão  utilizar  seu  cadeado  individual  de  travamento,  como  dispositivo mecânico de isolamento de energia pessoal. 

Todo  o material  necessário  para  efetuar  a  Gestão  de  Energias  deverá  ser  fornecido  pela empresa contratada, por tanto deverá constar como item contratual.  

Plano de Gestão do Controle de Energias 

O  plano  deverá  ser  elaborado  pela  empresa  contratada  especificando  os  objetivos  e  os resultados  esperados,  além  do  nível  de  autoridade,  responsáveis,  métodos  e  meios necessários  para  o  isolamento  e  controle  das  fontes  de  energia,  etc.  Este  plano  deve  ser aprovado pela empresa contratante e deverá conter no mínimo o seguinte: 

Todas as etapas necessárias para a parada ou  intervenção,  isolamento e bloqueio de um equipamento ou sistema com fins de assegurar o controle das fontes de energia; 

Todas  as  etapas  necessárias  para  a  colocação,  e  remoção  de  dispositivos  de travamento (cadeados, raquetes, figura 8, travas, correntes, etc.); 

Exigências  específicas  para  testes  de  verificação  da  eficácia  dos  dispositivos  de bloqueio, identificação, aviso e de outras medidas de controle de energia; 

A  indicação  de  um  local  específico  para  guarda  das  etiquetas,  cadeados,  correntes, pinos, cintas e outros dispositivos capazes de bloquear máquinas e equipamentos de fontes  de  energia,  com  a  finalidade  de  mantê‐los  disponíveis  e  em  condições adequadas de uso; 

Todas as  intervenções e  isolamentos deverão  ser planejadas e analisadas através da APR,  com  a participação da das partes envolvidas no  contrato e  as  áreas de QSMS, utilizando‐se projetos, esquemas e diagramas atualizados e outros documentos que se façam necessário. Na APR além das medidas mitigadoras dos riscos, devem estar bem definidos  e  detalhados  todos  os  equipamentos  de  proteção  individual  –  EPI, necessários para a realização segura das atividades; 

Deverão ser  identificados  todos os pontos que serão bloqueados e quais os  tipos de bloqueio que serão utilizados. 

Processo para a Gestão de Controle Energias 

Treinamento e Comunicação 

Deve existir um processo de comunicação e treinamento que garanta que os objetivos e propósitos do Controle de Fontes de Energias sejam entendidos pelos empregados que  atuarão  direta  ou  indiretamente  aos  trabalhos  e  que  eles  tenham  os conhecimentos necessários para aplicação dos procedimentos. 

Todo responsável pelo  isolamento deve receber treinamento no reconhecimento das fontes de energias, o tipo e magnitude das fontes de energias existentes em seu local de trabalho, os métodos e meios necessários para o isolamento e controle das fontes de energias. 

Todo  empregado  executante  deve  receber  treinamento  a  respeito  do  Controle  de Fontes de Energias. 

Todos  os  demais  empregados  cujo  trabalho  seja  realizado  na  área  onde  os procedimentos  estabelecidos pelo  Programa de Controle de  Fontes de  Energias  são 

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empregados devem receber informação a respeito do Controle de Fontes de Energias e  a  respeito  da  proibição  de  energizar  máquinas  ou  equipamentos  que  estejam isolados ou etiquetados. 

Matrizes de Isolamento 

A  elaboração das Matrizes de  Isolamento  e Bloqueio  é de  responsabilidade  da  gerência  de C&M  a  que  pertence  o  equipamento  ou  sistema.  As  matrizes  devem  ser  previamente elaboradas  por  empregados  treinados.  A matriz  de  isolamento  é  utilizada  para  orientar  o isolamento, bloqueio e  aviso dos equipamentos ou  sistemas nos quais é necessário  realizar intervenções.  

Uma Matriz de Isolamento deve ser específica para o objetivo (serviço) nela descrito, e restrita a um único equipamento ou sistema, perfeitamente identificado e delimitado. 

Antes de ser utilizada, a matriz de  isolamento deve ser analisada quanto a sua atualização e existência de modificações (mudanças) realizadas no equipamento ou sistema.  

Deve verificar a eficiência com que a energia  foi  isolada depois de concluído o  isolamento e bloqueio das fontes de energias pelo empregado autorizador responsável. 

Dispositivos de isolamento de energia 

Os dispositivos mecânicos de isolamento de energia e dispositivos de manobras são utilizados para isolar as energias dos equipamentos ou sistemas. 

Cada  dispositivo  de  isolamento  deve  receber  um  dispositivo  de  bloqueio.  O  uso  desses dispositivos garante que os dispositivos mecânicos de  isolamento de energia e de manobra não sejam movimentados acidentalmente. Tais dispositivos devem ser  instalados  juntamente com suas respectivas etiquetas. 

Alguns  dispositivos  de  isolamento  não  possuem  recursos  para  instalação  de  dispositivos de bloqueio. Nestes casos, podem ser instalados lacres metálicos, juntamente com sua respectiva etiqueta.  

Nota 1: Quando se utilizar raquetes, figura 8 e flange cego, não é necessária a instalação de cadeado e corrente. 

Nota 2: As exceções serão definidas após Análise de Riscos com equipe multidisciplinar e com a aprovação do gestor da atividade onde devem ficar definidas ações que ofereçam o mesmo grau de segurança que os dispositivos de isolamentos. 

Etiqueta de Advertência 

Etiquetas  de  advertência  devem  ser  instaladas  em  todos  os  pontos  de  bloqueio  e/ou isolamento, sendo o modelo da etiqueta ser definido em procedimento específico.  

Remoção de Bloqueios e Isolamentos 

Antes da remoção dos dispositivos de bloqueio, a área de trabalho deve ser inspecionada por responsável  pelo  isolamento  e  todos  envolvidos  diretamente  ao  bloqueio  devem  ser informados.  

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A  remoção dos dispositivos de bloqueio, aviso e  isolamento, deve  ser  realizada apenas pelo empregado  responsável  ou  autorizado  e  os  dispositivos  mecânicos  de  isolamento  serão removidos pelo empregado executante. 

Violação (remoção)  

A violação do cadeado só poderá ser realizada após autorização do gestor do empreendimento ou  responsável  designado.  Fora  do  horário  administrativo  o  coordenador  responsável  pelo turno  poderá  autorizar  a  violação,  mediante  acompanhamento  desta,  comunicando formalmente ao gestor ou responsável designado. 

Responsabilidades 

Ocorre a transferência de responsabilidade para o caso de bloqueios temporários, o nde o responsável  pelo  isolamento  ao  concluir  sua  jornada,  transfere  a  responsabilidade  pelas chaves, bem  como  todas  as  atividades pertinentes  ao  controle de  energias  em uso,  ao  seu substituto correspondente, documentando este ato através de relatório.  

São de responsabilidade dos gerentes de C&M as seguintes ações: 

Designar os empregados revisores de sua gerência 

Autorizar a remoção de cadeado de bloqueio em caso de perda ou extravio da chave. 

Recomendações 

Recomendações de bloqueio 

Notificar pessoal afetado; 

Bloqueio (desligamento) apropriado do equipamento; 

Isolar todas as fontes de energia; 

Aplicar os dispositivos de bloqueio e etiquetas de bloqueio; 

Checar novamente todos os bloqueios das fontes de energia 

Recomendações para remoção de bloqueios das fontes de energia 

Assegurar que todas as ferramentas e itens tenham sido removidos; 

Confirmar que todos os empregados estejam em local seguro; 

Verificar se os controles estão neutros; 

Remover os dispositivos de bloqueio/isolamento e reenergizar o equipamento; 

Notificar todos os empregados afetados que os serviços foram completados. 

Importância da Gestão e Controle de Energias para o Processo de Comissionamento 

Considerando  que  o  Processo  de  Comissionamento  visa  a  transferência  de  uma instalação  de  forma  ordenada  e  segura  da  empresa  construtora  para  a  operação, atendendo  aos  requisitos  de  desempenho,  confiabilidade  e  rastreabilidade  de informações, dentro do prazo  contratual e  sem pendências, a Gestão e Controle de Energias tem papel fundamental, pois a prevenção de ocorrências, acidentes e falhas 

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57 

poderão  impactar  significativamente  os  objetivos  do  processo  e  interferir  na operabilidade da instalação. 

3.10 PRINCIPAIS CONCLUSÕES DO CAPÍTULO Contribuir  para  que  a  documentação  contratual  contenha  definições  claras  de responsabilidade sobre as condições de operabilidade do ativo e sobre a transferência das instalações; 

Contribuir para que o projeto básico do ativo  inclua a visão operacional e de partida das instalações; 

Contribuir  para  que  o  planejamento  de  implantação  do  empreendimento  incorpore uma estratégia bem definida de partida e de transferência do ativo; 

Contribuir para que as subcontratações realizadas  incorporem requisitos consistentes com a estratégia definida no planejamento e com as diretrizes estabelecidas; 

Utilizar as diretrizes contidas no anexo contratual de comissionamento; 

Contribuir  para  que  o  projeto  executivo  do  ativo  aprofunde  e  dê  continuidade  aos aspectos de comissionamento presentes no projeto básico, e produza as  informações necessárias ao processo em tempo hábil e na qualidade desejada; 

Assegurar que as empresas contratadas e que tenham envolvimento com o processo de comissionamento sejam capacitadas para tal, dentro das diretrizes estabelecidas; 

Assegurar a capacitação do pessoal‐chave envolvido no comissionamento do ativo; 

Assegurar que a organização de  trabalho  seja adequada à  realização do processo de comissionamento; 

Elaborar,  durante  o  planejamento,  os  procedimentos  de  atividades  de  campo  de comissionamento  para  que  sejam  executados  e  registrados  nas  demais  etapas  do processo; 

Contribuir e incentivar a participação do usuário final (responsável pela operação) em todas as fases do processo de comissionamento, particularmente na Pré‐Operação & Partida; 

Contribuir para que  as  interfaces  externas  ao  ativo  e que  sejam necessárias  ao  seu funcionamento estejam disponíveis em tempo hábil; 

Transferir  o  ativo  ao  operador  conforme  contratado  e  respeitando  as  diretrizes contratuais estabelecidas; 

Assegurar a rastreabilidade dos documentos do processo de comissionamento; 

Respeitar a rede de precedência de SOP e SSOP; 

Atuar  como  processo  integrador  da  implementação  de  empreendimentos, colaborando com a consistência entre os planejamentos dos demais processos; 

Coordenar o controle de energias perigosas em conjunto com o operador; 

Utilizar  as  ferramentas  AST  –  Análise  de  Segurança  da  Tarefa  e/ou  APR  –  Análise Preliminar de Riscos para execução de tarefas no campo; 

Atuar na gestão de pendências; 

Apoiar a operação, visando à estabilidade e a  segurança da  subida em produção da instalação. 

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Capítulo 4 – FERRAMENTAS OU SISTEMAS DE GESTÃO DO PROCESSO 

O objetivo de uma ferramenta ou sistema de gestão do processo de comissionamento é  acompanhar  e  registrar  as  atividades,  fornecendo meios  para monitorar  e  extrair informações para decisões gerenciais, atendendo os requisitos técnicos exigidos pelas boas práticas de mercado e procedimentos estabelecidos em contratos para execução das atividades de comissionamento de uma instalação. 

Resumidamente: 

“O objetivo central de qualquer ferramenta ou sistema de gestão do processo de comissionamento é falar a mesma língua, trabalhando da mesma forma, 

garantindo a qualidade dos empreendimentos e agindo de forma proativa.” 

Falando a mesma  língua tudo fica mais fácil e transparente para as partes envolvidas no  processo, minimizando  as  possíveis  irregularidades,  através  da  transparência  no processo de Comissionamento e da facilidade de utilização da ferramenta em todos os projetos. 

Ao  trabalhar da mesma  forma as  informações  tornam‐se padronizadas,  fazendo com que  todos  consigam  analisar  os  dados  da mesma  forma,  entendendo  o  projeto  da mesma maneira. 

O ganho é comum para a todos, já que dessa forma será possível executar os projetos de forma similar e com o mesmo tipo de documentação, gerando maior agilidade no controle das obras. 

Aplicando  uma  ferramenta  ou  sistema  integrado  de  gestão  para  a  condução  do Processo  de  Comissionamento,  assegura‐se  que  a  rastreabilidade  com  uma  maior qualidade na entrega dos empreendimentos. 

Trata‐se da execução do processo de forma diferente, buscando gerir pela qualidade, com melhoria contínua na compilação das lições aprendidas. 

Ao seguir o processo e utilizar de  forma adequada qualquer  ferramenta, as ações de trabalhar ficam mais proativas, podendo agir com base nas informações recebidas. 

As  principais  características  exigidas  em  um  sistema  de  gestão  para  o  processo  de comissionamento são: 

Ser  amigável  e  acessível  à  todos  os  usuários  envolvidos  nas  atividades  de  C&M  e Comissionamento das instalações; 

Atuar em ambiente web, com acesso via internet, permitindo aplicação durante testes em fornecedores e sites de construções diferentes; 

Permitir o controle de acesso, por usuário, projeto e contratos; 

Perfis de acesso diferenciados dependendo das atribuições e funções de cada usuário dentro do processo de comissionamento; 

Ser “multi‐projetos”, ou seja, permitir aos gestores acesso simultâneo nos projetos que o mesmo tiver acesso 

Possibilitar a carga de dados,  independente das ferramentas fonte, de forma direta e sem interfaces intermediárias; 

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59 

Permitir ampla rastreabilidade das informações e auditorias de processos; 

Ser acessível e permitir diversas interfaces; 

Permitir o controle de todas as fases do processo de comissionamento. 

Permitir  o  cadastro  e  o  planejamento  de  todas  as  atividades  de  comissionamento, organizadas por item, disciplina e sistema; 

Permitir o registro e a certificação dos resultados de todas as atividades; 

 Emitir relatórios de acompanhamento organizados por item, disciplina, sistema, etc.;  

Ser  compatível  com  sistemas  de  gestão  de  manutenção,  de  modo  a  permitir  a transferência simples de dados; 

Permitir a operação remota no campo, através de equipamentos tipo   PDA.  

Atualmente são muitas as opções de sistemas e ferramentas de controle do processo de  comissionamento disponíveis. Estas opções  variam  conforme o entendimento de cada fabricante de software e/ou da empresa desenvolvedora a respeito do processo, sendo as opções de mercado conhecidas, entre outras: 

SGCweb – PETROBRAS 

FIC – Ferramenta de Integração & Comissionamento – PETROBRAS 

HMS – Handover Management System – Forship Engenharia 

SIGCOM – Sistema de Gestão do Comissionamento – Technotag 

WinPCS – Windows Project Completion, Certification Tracking System 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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SLIDES DE AULA  

Engenharia de Equipamentos Onshore e Offshore e Engenharia de Inspeção e Manutenção da Indústria do Petróleo

PROCESSO DE COMISSIONAMENTO EM INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS

Professor: Engº Alexandre GuimarãesTurma 02 / 2012

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OBJETIVO E RESULTADOS ESPERADOS

OBJETIVO

Apresentar os conceitos principais da área de conhecimento Comissionamento e sua aplicação em empreendimentos industriais.

RESULTADOS ESPERADOS

Os participantes passam a dispor de uma ferramenta eficaz para assegurar a transferência ordenada e segura das instalações industriais a seus operadores,

dentro das especificações estabelecidas.

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PORQUE COMISSIONAR UMA INSTALAÇÃO ?

1. Comissionamento ou Condicionamento ?

2. Quando começa um empreendimento ?

3. Quando termina ?

4. E o Comissionamento ? Quando começa e quando termina ?

5. Necessita de planejamento ?

6. Conhece empreendimento que terminou no prazo ?

7. E no custo previsto ?

8. Encerra sem pendências ?

9. Termina no prazo a qualquer custo ?

10. Entrega-se uma obra ou um ativo operacional ?

RESPOSTA:Garantir que o projeto vai:• Atender ao ESCOPO,• dentro do PRAZO,• no CUSTO previsto,• e estará OPERACIONAL conforme desejado.

DÚVIDAS ???

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PORQUE COMISSIONAR UMA INSTALAÇÃO ?

Ele está operando ou

está operacional ?

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REFLEXÃO

“Ao homem que não sabe aonde vai, nenhum caminho lhe convém.”

Lucius Anneus Sêneca

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REFLEXÃO

e agora ?

para onde eu vou ?

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REFLEXÃO

“É importante ter metas, mas também é

fundamental planejar cuidadosamente

cada passo para atingi-las.”

Bernardinho

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REFLEXÃO

Parece sempre faltar tempo para fazer certo da

primeira vez e sobrar para corrigir depois.

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REFLEXÃO

INFLUÊNCIA X GASTOS

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UM PEQUENO ACIDENTE

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OUTRO PEQUENO ERRO !!!!

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ESTE RESULTADO FOI EM XANGAI…

Teste pneumático em planta de GNL

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ONDE TUDO COMEÇA ????

PLANEJAMENTOCONHECIMENTOINFORMAÇÃO

Dica Importante !!!!“Quando você achar que já planejou bastante....

Planeje um pouco mais.”

PREPARO DOLOCAL

FUNDAÇÕES

ESTRUTURA INSTALAÇÕES

PAREDES TETOS

ACABAMENTOS

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CONCEITOS

MÉTODO – do grego methodos, “caminho para chegar a um fim”

METODOLOGIA – do grego methodos + logos, “o estudo ou conhecimento do caminho”

COMISSIONAMENTO – tradução livre do inglês commissioning, do latim committere (confiar), através de commissus e commission, (cargo ou missão de confiança); por extensão, “ato de atribuir tal cargo ou missão”; na terminologia naval, “ato de entregar um navio ao serviço ativo”

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CONCEITOS

METODOLOGIA DE COMISSIONAMENTO

“O conhecimento do caminho para entregaruma instalação ao serviço ativo.”

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CONCEITOS

É prepará-lo para a sua missão, assegurando que todos os seus equipamentos estão operacionais e que todo o necessário para a viagem está disponível a bordo antes da partida.

Fonte: (Haasl, T., and K. Heinemeier. 2006. "California Commissioning Guide: New Buildings”

Comissionar um navio....

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CONCEITOS

Preparação do navio Provas de Cais e Mar

Obras simples Empreendimentos complexos

Migração de conceitos

“O conhecimento do caminho para entregaruma instalação ao serviço ativo.”

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CONCEITOS

Comissionar éuma relação de

CONFIANÇA

Quem disse que a bomba de esgoto foi

testada ?@#&!

As atividades de Comissionamento são SEMPRE REGISTRADAS.

Atividades realizadas e não registradas, são atividades NÃO REALIZADAS.

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CONCEITOS

Importância Percebida

• A Completação Mecânica não é o objetivo do projeto.

• O sucesso do projeto é a Operação Comercial.

• A Operação Comercial requer uma Partida planejada e bem sucedida.

• Para um projeto de sucesso, deve-se planejar para uma partida bem sucedida.

Fonte: Adaptado de “Planning for Start-Up”, Construction Industry Institute (CII)

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CONCEITOS

“Consistentemente a análise de custo mostra que é durante o

comissionamento que o potencial de perdas se manifestará.

Esta é a fase onde as falhas de projeto e os erros de construção

aparecerão (...). Este fato deveria ser o alerta para qualquer

equipe de gestão, que em termos de administração, tenha a

certeza que o foco no processo de comissionamento deve ser

dado desde o primeiro dia do projeto.”

Fonte: “Commissioning of Offshore Oil and Gas Projects”, Trond Bendiksen e Geoff Young

A Visão Atual

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CONCEITOS

1. Assegurar uma partida rápida e eficiente para produção da planta;

2. Validar que a equipe de construção instalou de acordo com as especificações;

3. Assegurar que 100% dos testes mecânicos, elétricos e automatização foram feitos antes da partida;

4. Esclarecer as responsabilidades sobre as atividades da equipe antes da transferência;

5. Demonstrar e documentar que todos os Sistemas estão operacionais;

6. Ajustar ou modificar equipamentos para uma melhor operabilidade e manutenção;

7. Ser a ligação entre o término da fase de construção e o início da operação;

8. Registrar completamente todos os documentos de transferência;

9. Assegurar que a equipe de operação recebeu o treinamento apropriado durante o período do projeto.

Fonte: Adaptado de Ross Francis, The End of the Beginning

A Missão do Comissionamento

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CONCEITOS

O Método do Comissionamento

Hierarquia de Sistemas

VisãoOperacional

Avanço Progressivo Ascendente

A instalação deve OPERAR de forma integrada, estável e segura.

A instalação é um conjunto de SISTEMAS OPERACIONAIS que executam

o processo desejado segundo uma lógica definida.

O comissionamento se inicia ao nível de componentes, e segue uma

SEQÜÊNCIA LÓGICA na direção de Subsistemas, Sistemas e Instalação.

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CONCEITOS

Comissionamento Construção & Montagem

Hierarquia de Sistemas

Visão Operacional

Avanço Progressivo Ascendente

Visão de Obra

Hierarquia de Disciplinas

Avanço Progressivo por Áreas

O Comissionamento atua na obra como elo entre a C&M e a Operação

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CONCEITOS

TESTES

Projeto de Engenharia

Suprimentos

Fabricação, Construção e Montagem

Comissionamento

Início tardio e com pouco planejamento

Processo isolado

Conhecimento tácito e empírico

Início adiantado com ênfase em planejamento

Processo integrador

Conhecimento estruturado

Operação

“Uma obra não é entregue, abandona-se”

A Prática Convencional do Mercado

A instalação é entregue plenamente operacional

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CONCEITOS

Enquanto isso...

Quanto tempo leva para construir um prédio de

15 andares?

Na China, seis dias. As fundações já estavam

feitas, mas o prédio fica em pé em menos de 48

horas. O resto do tempo foi usado para finalizar a

obra.

E os responsáveis pelo feito garantem que o

edifício é confortável, ambientalmente correto e,

claro, seguro. Ele tem nível 9 de segurança contra

terremotos, paredes a prova de som, com

isolamento térmico, a iluminação é toda de LED e

há um sistema que garante a circulação do ar, com

três níveis de purificação. O lixo produzido na obra?

Apenas 1% de tudo que foi usado. Os materiais são

quase todos pré-fabricados.

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Geração da idéia Portão

1Portão

2Portão

3 Partida

Encerramento do Empreendimento

FEL IIdentificação

da Oportunidade

FEL IIProjeto

Conceitual

FEL IIIProjeto Básico

FEL IVExecução

FEL VEncerramento

Ciclo de vida do empreendimento

Aprovação do EVTEA

Fase I

Aprovação do EVTEA Conceitual

Aprovação do EVTEA

Básico

Transferência das Instalações

Configuração do Ativo para Operabilidade

COMISSIONAMENTO

Operação Comercial

METODOLOGIA FEL – FRONT END LOADING

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OBJETIVO E RESULTADOS ESPERADOS

Definição:

O processo de comissionamento consiste de um conjunto estruturado de conhecimentos, práticas, procedimentos e habilidades aplicáveis de forma integrada e seqüenciada em uma instalação, visando torná-la operacional, dentro dos seus requisitos de desempenho do projeto.

Objetivo:

O objetivo central do comissionamento é assegurar a transferência da instalação do construtor para o operador de forma rápida, ordenada e segura, certificando sua operabilidade em termos de desempenho, confiabilidade e rastreabilidade de informações.

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MACROFLUXO DO PROCESSO DE COMISSIONAMENTO

Processo de Comissionamento

Preservação

Planejamento e Gestão do Processo

Fabricação, Construção e Montagem

Suprimentos

Projeto

Assi

st. T

éc.

Enge

nhar

ia

Tratamento de Pendências

Assistência Técnica de Fornecedores

Con

trat

ação

Pré-Operação

Operação Assistida

Condicionamento

Dire

triz

es C

ontr

atua

is

& Partida Operação

Manutenção

Garantias

Gestão do Controle de Energias

Certificação de Operabilidade

TTI

TAF

Testes de CertificaçãoPreenchimento do Campo III e IV das FVIs

Completação Mecânica

Participação do Cliente

CCM de SSOPs ATF -

Transferência

Testes FuncionaisFVMs e Campo V das FVIs

Manual do Comissionamento

Transferência de SOPs

Manuais de O&M

Testes de Funcionamento- Teste de Aceitação de Performance (TAP)

TTAS 1 TTAS 2Treinamento

dos Operadores

Disponível para SAP/PM

Campo

Com

entá

rios

sobr

e o

Proj

eto

Com

entá

rios

sobr

e os

Ite

ns C

rític

os

Com

entá

rios

sobr

e C&

M

Registros na Ferramenta ou Sistema de Gestão do Comissionamento

Acompanhamento do Cliente

Inspeção de Recebimento de

Itens em Canteiro

Documentação do Processo Entrega de Data Books

Engenharia de Comissionamento

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DEFINIÇÃO COMPLEMENTAR

OPERABILIDADEÉ a medida da qualidade da operação de uma instalação industrial, através do

atendimento à seus requisitos de desempenho especificados enquanto funcionando de forma estável e confiável.

1. Todos os sistemas estão entregues ao operador, livres de pendências;

2. A documentação necessária à operação e à manutenção está atualizada e disponível para o usuário;

3. As equipes de operação e manutenção estão treinadas;

4. As dotações de consumíveis, sobressalentes e ferramentas estão aprovisionadas;

5. As estruturas temporárias de obra foram retiradas, as instalações estão prontas para o trabalho normal e o controle de energias está entregue ao operador;

6. O sistema de gestão de manutenção está operacional e disponível;

7. As interfaces externas ao processo industrial estão operacionais;

8. A unidade está conforme a todas as normas e regulamentos aplicáveis e possui todas as licenças e contratos necessários.

Condições da Operabilidade:

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O PROBLEMA DA MÃO DE OBRA…

Perfil do profissional de campo para a execução das atividades de Comissionamento ao longo do projeto

Condicionamento Pré-Operação & Partida

Disciplinas

Sistemas Operacionais

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O PROBLEMA DA MÃO DE OBRA…

O Perfil da Fiscalização

FRASE DO DIA:

“A FISCALIZAÇÃO DEVE IMPEDIR QUE ATRASOS NÃO OCORRAM.”

Autor: Melhor não falar

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O PROBLEMA DA MÃO DE OBRA…

Missão:

Foco:

Abordagem:

Atuação:

Assegurar que as condições da Operabilidade sejam atingidas

Nos resultados, “fiscalizando” os meios

Ênfase na orientação e na prevenção

• Ações preventivas sobre o planejamento, a organização e a qualificação

• Ações corretivas sobre o progresso e a qualidade dos resultados

O Perfil da Fiscalização

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___________________________________

___________________________________

HIERARQUIA DOS PROJETOS

TAGs – Itens comissionáveis

SSOPs – Subsistemas Operacionais

SOPs – Sistemas Operacionais

Empreendimento

UIE – Unidade de Implementação de Empreendimento

Instalação

Contratos

ATIVID

AD

ES D

EC

OM

ISSION

AM

ENTOFVI / FVM

CCM / TAP

TTAS

TTI

PRESERVAÇÃO

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___________________________________

___________________________________

___________________________________

Page 72: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

71 

SOP – SISTEMA OPERACIONAL

Conjunto de itens comissionáveis e malhas capaz de realizar uma etapa de um processo industrial.

FLUXOGRAMA DO SISTEMA DE HIDROGÊNIO

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___________________________________

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___________________________________

___________________________________

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SSOP – SUBSISTEMA OPERACIONAL

Sub conjunto de um sistema operacional capaz de realizar parte do processo.

FLUXOGRAMA DO SISTEMA DE HIDROGÊNIO

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___________________________________

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TAG e ITEM COMISSIONÁVEL

TAG é a posição identificada do item comissionável no projetoItem comissionável é o equipamento físico especificado no projeto e alocado na obra

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Page 73: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

72 

TAG e ITEM COMISSIONÁVEL

Quais dos itens abaixo são comissionáveis? Por que?

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___________________________________

TAG e ITEM COMISSIONÁVEL

Componente Item comissionável? Porque?

Motor elétrico SIM – transfere energia ao processo

Tubulação SIM – spool montado; NÃO – parque de tubos

Disjuntor SIM – controla o fluxo de energia elétrica

Sensor de temperatura SIM – controla uma variável em um ponto do processo

Software SIM – controla a seqüência de ações do processo

Cabos elétricos SIM – cabo instalado; NÃO – bobinas de cabos

Prédio NÃO – é um sistema operacional

Aço NÃO – é matéria prima

Skid NÃO – é uma sub-montagem de itens comissionáveis

___________________________________

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TAG e ITEM COMISSIONÁVEL

Lista de equipamentos ou itens

Itens críticos Itens não críticos

• Alta complexidade

• Exclusivo ou nova tecnologia

• Longo prazo de entrega

• Alto custo

• Logística complexa para entrega

• Número restrito de itens

• 100% de fiscalização de preservação

• Baixa complexidade

• largamente disponível no mercado

• Entrega imediata

• Baixo custo

• Encontrado no mercado nacional

• Grande número de itens

• Fiscalização de preservação por amostragem

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Page 74: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

73 

PRESERVAÇÃO

PREOCUPAÇÃO GERAL

ATÉ:

DESDE:

$$$ !!

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PRESERVAÇÃO

Conjunto de ações realizadas com o objetivo de manter os itens comissionáveis nas condições em que foram liberados

por seus fabricantes até a transferência para o cliente.

___________________________________

___________________________________

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___________________________________

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PRESERVAÇÃO – ROTINAS

Almoxarifado

Campo

Operação

Aplicadas durante o período em que o item permanece no canteiro em local abrigado, fora das atividades de construção & montagem

Aplicadas a partir do momento em que o item é transferido do local de armazenagem para o de montagem, sendo mantidas até o início dos testes de funcionamento

Rotinas especiais aplicáveis a itens que devam ser mantidos em espera por períodos longos e (possivelmente) em condições desfavoráveis

Transporte

Hibernação

Aplicadas no trajeto entre as instalações do fornecedor e o canteiro de obra.

Aplicadas durante o período de pré-operação & partida

___________________________________

___________________________________

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Page 75: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

74 

PRESERVAÇÃO DE TRANSPORTE

Elaboração do procedimento de

preservaçãoInspeção de Recebimento

Fluxo típico para uma entrega

Liberação do procedimento

Aplicação do procedimento

Liberação para transporte

transporte

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___________________________________

___________________________________

PRESERVAÇÃO DE TRANSPORTE

Procedimento

Elaborado pelo fabricante ou respeitando suas recomendações;

Comentado pelo transportador ou pelo fabricante, conforme o caso;

Leva em conta os planos de embarque e de manobra de pesos (“rigging”);

Adequado às condições esperadas de transporte (modal, trajetos, clima, inspeções em trânsito);

Leva em conta eventuais necessidades de hibernação do material (local e prazo previstos para esta condição).

A correta execução deste procedimento é pré-condição para a liberação do transporte

Atenção

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

PRESERVAÇÃO DE CANTEIRO

Elaboração dos procedimentos de preservação de

canteiro

Inspeção de Recebimento

Fluxo típico para um item comissionável

Liberação do procedimento de

almoxarifado

Completação Mecânica

Início de aplicação do

procedimento de almoxarifado

armazenagem, montagem,

condicionamento

Operação

pré-operação & partida

Início de aplicação do

procedimento de operação

Aplicação do procedimento de

campo

___________________________________

___________________________________

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___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

Page 76: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

75 

PRESERVAÇÃO DE CANTEIRO

Procedimento

Elaborado pelo comissionador ou pelo montador, respeitando as recomendações do fabricante;

Comentado pela Contratante ou pelo comissionador, conforme o caso;

Identifica as rotinas de preservação aplicáveis a cada família de itens comissionáveis, e as respectivas freqüências de aplicação;

Define os materiais de preservação a serem utilizados;

Define a forma de identificação física dos itens preservados (etiquetas) e de registro no campo da execução das rotinas.

A correta execução destes procedimentos é pré-condição para a emissão do Certificado de Completação Mecânica e para a transferência de um SOP

Atenção

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___________________________________

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PERFIL DA EQUIPE DE PRESERVAÇÃO DO CANTEIRO

Coordenador – técnico sênior com experiência mínima de cinco anos em Preservação; formação de base em Mecânica, Eletricidade ou Instrumentação; experiência em planejamento & controle.

Supervisores – técnicos plenos com pelo menos três anos de experiência em Preservação; formação de base em Mecânica, Eletricidade ou Instrumentação; se possível, organizar a equipe com um de cada especialidade.

Técnicos – formação em Mecânica, Eletricidade e Instrumentação.

Ajudantes – carpinteiros, lubrificadores e auxiliares de serviços gerais

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___________________________________

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___________________________________

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CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO DE PRESERVAÇÃO

Tipos de contrato

Formação do preço Medição Vantagens Inconvenientes

Preço unitário Tarifas horárias ou por atividade

RDO endossado pelo fiscal

Flexibilidade em quantidade e tempo

Dificuldade de medição e de controle

da qualidade

Preço fechado Valor fixo para um dado escopo

Parcelas mensais fixas

Transferência do risco e facilidade de

medição

Controle da qualidade e ajustes de escopo

Preço fechado Valor fixo para um dado escopo

Parcelas mensais variáveis em

função de auditorias

Transferência do risco, facilidade de medição e controle

da qualidade

Ajustes de escopo

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Page 77: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

76 

Considerando que a preservação não é uma atividade acumulativa, ou seja, o dano causado

em um equipamento pela não realização de uma rotina, ou uma execução mal realizada, esta

não é recuperada com a execução programada a seguir. Portanto, recomenda-se:

Definir em contrato uma pontuação para a qualidade da preservação;Conforme pontuação recebida, aplicar o valor em uma tabela para valores de medições.

Exemplo:

1. Troca de etiquetas dos equipamentos preservados = 0 à 2 pontos2. Qualidade da preservação realizada = 0 à 8 pontos3. Calcula-se a média da pontuação obtida no período de medição pela fiscalização4. Aplica-se sobre o valor fixo mensal da verba de preservação os resultados da tabela.

De 10 à 8 pontos 100% do valor mensal

De 8 à 6 pontos 80% do valor mensal

De 6 à 4 pontos 60% do valor mensal

De 4 à 2 pontos 40% do valor mensal

De 2 à 0 pontos 20% do valor mensal

Valor da Preservação na EAP = R$ 600.000,00

Nº de meses previstos para preservação = 6 meses

Valor da parcela mensal = R$ 100.000,00

Pontuação no mês = 7 pontos (2 etiquetas + 5 qualidade)

Valor pago na medição do mês avaliado = R$ 80.000,00

Diferença não é paga ao final do contrato a título de ressarcimento

CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO DE PRESERVAÇÃO

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FVI – FOLHA DE VERIFICAÇÃO DE ITEM

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FVI – FOLHA DE VERIFICAÇÃO DE ITEM

Conteúdo da FVI:

FVI (Folha de Verificação do Item)

Cabeçalho – Dados de Projeto

Campo I – Especificação do Item

Campo II – Inspeção Técnica

Campo III – Inspeção Mecânica

Campo IV – Testes de Certificação

Campo V – Testes Funcionais

Assinaturas – Liberações rastreáveis

Folha de registros de especificação de projeto, dados

de equipamentos fornecidos, dados de recebimento, inspeções técnicas, testes de certificação e

funcionais.Constitui-se no principal registro

do Processo de Comissionamento, aplicável à

TODOS os itens comissionáveis

Seção de registros dos dados de projeto, que objetiva posicionar o TAG, que é a posição identificada do item comissionável no projeto.Registro de informações sobre o

Item comissionável adquirido conforme projeto, sendo este o equipamento físico especificado

no projeto e alocado na obra.

Inspeção verificada sobre o Item Comissionável, no recebimento

do mesmo no local de montagem, caracterizando-se por uma

verificação que certifica que o item apresentado está em

conformidade com o especificado.

Conjunto de verificações que tem como objetivo certificar que o item

comissionável está montado conforme especificação de

projeto.

Conjunto de verificações que tem como objetivo certificar que o item

comissionável executa individualmente as atividades desejadas para uma perfeita

operação futura quando associado aos demais itens

especificados no projeto.

Conjunto de verificações funcionais que tem como objetivo

avaliar a performance do item comissionável quando operando

em conjunto com os demais itens especificados no projeto.

Campos de preenchimento obrigatório que tem como objetivo

prover a rastreabilidade das informações quanto à liberação do item comissionável em cada

etapa do Processo de Comissionamento, sendo

essencial para a medição dos serviços e avanço físico do

processo.

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Page 78: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

77 

MALHA

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MALHA

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MALHA

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Page 79: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

78 

MALHA

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ITEM COMISSIONÁVEL E MALHA

MALHAConjunto de itens comissionáveis capaz de realizar uma função dentro de um processo que não pode ser executada por nenhum

deles isoladamente

ITEM COMISSIONÁVELQualquer componente ou equipamento que exerça uma função

unitária dentro de um processo

Não confundir a função com

o item

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CCM – CERTIFICADO DE COMPLETAÇÃO MECÂNICA

1 2

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Page 80: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

79 

TTAS – TERMO DE TRANSFERÊNCIA E ACEITAÇÃO DE SISTEMAS

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___________________________________

PROJETO BÁSICO

“RESOLUÇÃO Nº 361, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1991

Art. 3º

f)  definir  as  quantidades  e  os  custos  de  serviços  e 

fornecimentos com precisão compatível com o tipo e porte 

da  obra,  de  tal  forma  a  ensejar  a  determinação  do  custo 

global da obra com precisão de mais ou menos 15% (quinze 

por cento);”

CREA / CONFEA

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Page 81: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

80 

PLANEJAMENTO DO COMISSIONAMENTO

O PLANEJAMENTO É UMA TRILHA ...

NÃO UM TRILHO.

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PLANEJAMENTO VALE DINHEIRO…

t

Incerteza

Custo da Mudança

Reduzir a incerteza reduz a probabilidade de mudanças

O custo de mudanças tardias pode inviabilizar um empreendimento

___________________________________

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___________________________________

CONCEITOS SOBRE PLANEJAMENTO

PLANEJAMENTO Processo realizado com o objetivo de atingir um determinado resultado, de maneira efetiva,

otimizando o emprego dos recursos disponíveis.

PLANEJAMENTO TÁTICOProcesso de definição dos meios necessários para atingir os objetivos e metas

estabelecidos pela estratégia.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICOProcesso de definição da estratégia mais adequada à obtenção de um resultado. Estabelece

objetivos e metas.

PLANEJAMENTO OPERACIONALProcesso de definição da forma de aplicar dos meios definidos no planejamento tático .

___________________________________

___________________________________

___________________________________

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Page 82: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

81 

Processo de Comissionamento

Preservação

Planejamento e Gestão do Processo

Fabricação, Construção e Montagem

Suprimentos

Projeto

Ferramenta Informatizada de Comissionamento Ass

ist.

Téc.

En

genh

aria

Saneamento de Pendências

Assistência Técnica de Fornecedores

Documentação do Processo

Acompanhamento do Cliente Participação do Cliente

Con

trat

ação

Pré-Operação

Operação Assistida

Condicionamento

Dir

etriz

es C

ontr

atua

is

& PartidaOperação

Manutenção

Garantia

Gestão de Energias

Certificação de Operabilidade

TTI

Manual de Comissionamento

Ges

tão Executivo

Estratégico Tático Operacional

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INICIAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Portfólio Declaração de Escopo

Contrato

+

Plano do Empreendimento

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___________________________________

DECLARAÇÃO DE ESCOPO

“A Declaração de Escopo do projeto é a definição do projeto – o que precisa ser realizado”.

PMBOK® Guide 2004

A Declaração de Escopo deve incluir pelo menos:

• Caso de negócio• Escopo positivo (o que deve ser realizado)• Escopo negativo (o que não deve ser feito)• Premissas

• Restrições• Critérios de aceitação ESTRATÉGIA

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

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___________________________________

Page 83: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

82 

PLANO DO EMPREENDIMENTO

Plano do Empreendimento

Plano de RH

Plano de Comunicação

Plano de Suprimentos

Plano de Custo

Plano de Riscos

Plano da Qualidade

Plano de EscopoPlano de

Prazo

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___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

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___________________________________

ESTRATÉGIA DE CONTRATAÇÃO

OPERAÇÃO ENGENHARIA DO PROJETO

Contrato / Declaração de Escopo

Plano do Empreendimento

Estratégia de ImplementaçãoModelo de Contratação

Modelo de Organização

___________________________________

___________________________________

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___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

MODELO DE CONTRATAÇÃO

EPC

Integraçãodo Operador

Comissionamento faz parte do escopo do Integrador.

Cabe a ele decidir se executa diretamente ou se

terceiriza a atividade

Comissionamento dentro do contrato de Construção &

Montagem

Comissionamento contratado à parte

Anexo de Diretrizes de Comissionamento

Contrato de Serviços de Comissionamento

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Page 84: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

83 

MODELO DE CONTRATAÇÃO

Anexo de Diretrizes de ComissionamentoEstabelece as condições para a execução do processo de Comissionamento

Não trata de condições de contratação

Não define procedimentos técnicos

Organizado por entregas

Centrado em torno de uma matriz de responsabilidades configurável

Contrato de Serviços de ComissionamentoEstabelece as condições para a contratação de serviços de Comissionamento

Estabelece as condições de execução do processo de Comissionamento

Não define procedimentos técnicos

Organizado por entregas

Posiciona o Comissionador como elemento de gestão mais do que de execução

As diretrizes são organizadas na forma de um Anexo Contratual, que deve ser consistente com os demais documentos do Contrato

___________________________________

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MODELO DE ORGANIZAÇÃO

EPC

Integração do Operador

Contratante

Contratada

Contratante

Contratada

Fiscalização não executiva

Responsável por todo o processo; provavelmente duas equipes

Planejamento e fiscalização

Responsável por todo o processo, partilhando o planejamento e talvez

delegando a execução; apoio à Contratante em relação a outras contratadas

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MODELO DE ORGANIZAÇÃO

Equipe do Empreendimento

Estratégia Tática Aplicação

• Gerência do Empreendimento

• Coordenador de Integração

• Gerência do Empreendimento

• Coordenador de Integração

• Coordenador ou Gerente de Comissionamento

• Gerência do Empreendimento

• Coordenador de Integração

• Coordenador ou Gerente de Comissionamento

• Fiscais

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Page 85: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

84 

MODELO DE ORGANIZAÇÃO

Equipe de Execução

Tática Aplicação

• Gerência do Contrato

• Gerente de Comissionamento

• Equipe de planejamento

• Equipe de engenharia de comissionamento

• Gerência do Contrato

• Gerente de Comissionamento

• Equipe de planejamento

• Equipe de programação e controle

• Equipe de engenharia de comissionamento

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___________________________________

___________________________________

___________________________________

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___________________________________

MODELO DE ORGANIZAÇÃO

Perfil das equipesPredominância de profissionais sênior

Elementos-chave com experiência em gestão de projetos

Componente de planejamento reforçado

Engenheiros de processo para a equipe de engenharia

Supervisores de preservação e condicionamento especialistas por disciplinas

Supervisores de pré-operação & partida com perfil de operação

Supervisores e técnicos com registro profissional (CREA)

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___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

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MODELO DE ORGANIZAÇÃO

Equipe do Empreendimento

Mobilizar o gerente ou coordenador o mais cedo possível,

Selecionar profissional com experiência em gestão de projetos ou em planejamento

Evitar a subordinação do responsável de Comissionamento à área de C&M

Considerar a possibilidade de ter representante do Cliente na equipe

Solicitar e avaliar os CV da equipe de execução o mais cedo possível, mesmo antes da

Autorização de Serviço

Mobilizar equipe de campo a tempo de conhecer o projeto e participar do planejamento de gestão

Aproveitamento de fiscais de C&M para as atividades de Preservação e de Condicionamento

normalmente é satisfatório

Fiscais de Pré-Operação & Partida tem perfil de operadores mais do que de montadores

Fiscais de PO&P assumem a supervisão de sistemas operacionais, não de disciplinas

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Page 86: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

85 

MODELO DE ORGANIZAÇÃO

Equipe de Execução

Mobilizar o gerente de Comissionamento junto com os demais gerentes que compõem o núcleo da equipe da Contratada

Evitar a subordinação do responsável de Comissionamento à área de C&M

Mobilizar profissionais de planejamento e de engenharia de comissionamento (ou de processo) imediatamente após o contrato

Integração com as equipes de gestão de prazos e de riscos

Integração com a equipe de projeto de engenharia

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___________________________________

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PLANEJAMENTO DA GESTÃO DO PROCESSO

Emissão da AS

Reunião de Abertura de Comissionamento

60 a 180 dias

Trabalhoconjunto com a Contratada

Emissão do Manual de Comissionamento

Manual de Comissionamentocronograma mestre de comissionamento matriz de responsabilidadeslistas de itens comissionáveisfluxogramas com identificação de sistemasrede de precedência lista de documentos de comissionamento lista de documentos de engenharia para comissionamentoOrganogramaEAP – Estrutura Analítica do Projetoplanos de mobilização, suprimentos e comunicaçãoplano de contingência / análise de riscos

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___________________________________

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DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM SOPs e SSOPs

___________________________________

___________________________________

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Page 87: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

86 

DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM SOPs e SSOPs

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DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM SOPs e SSOPs

UNIDADE 100

SOP 100.002

SOP 100.001

SOP 100.005

SSOP 100.001.002

SSOP 100.001.001

SSOP 100.001.003

SSOP 100.002.001SSOP 100.005.001

SOP 100.003

SSOP 100.005.001

SOP 100.004

SSOP 100.003

SSOP 100.002.002

SSOP 100.003.003

SSOP 100.003.001

SSOP 100.003.002

SSOP 100.004.001

SSOP 100.004.003

SSOP 100.004.004

SSOP 100.004.002

1 Unidade5 SOPs15 SSOPs

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___________________________________

___________________________________

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DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM SOPs e SSOPs

UNIDADE 200

SOP 200.002

SOP 200.001

SOP 200.003

SSOP 200.001.003

SSOP 200.001.004SSOP 200.001.005

SSOP 200.001.002

SSOP

200.00

1.001

SSOP 200.002.001

SSO

P 20

0.00

2.00

2

SSO

P 20

0.00

2.00

3

SSOP 200.003.004

SSO

P 20

0.00

3.00

1

SSO

P 20

0.00

3.00

2

SSO

P 20

0.00

3.00

3

2 Unidades8 SOPs27 SSOPs

UNIDADE 100

SOP 100.002

SOP 100.001

SOP 100.005

SSOP 100.001.002

SSOP 100.001.001

SSOP 100.001.003

SSOP 100.002.001SSOP 100.005.001

SOP 100.003

SSOP 100.005.001

SOP 100.004

SSOP 100.003

SSOP 100.002.002

SSOP 100.003.003

SSOP 100.003.001

SSOP 100.003.002

SSOP 100.004.001

SSOP 100.004.003

SSOP 100.004.004

SSOP 100.004.002

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

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Page 88: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

87 

DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM SOPs e SSOPs

UNIDADE 300

SOP 300.003

UNIDADE 100

SOP 100.002

SOP 100.001

SOP 100.005

SSOP 100.001.002

SSOP 100.001.001

SSOP 100.001.003

SSOP 100.002.001SSOP 100.005.001

SOP 100.003

SSOP 100.005.001

SOP 100.004

SSOP 100.003

SSOP 100.002.002

SSOP 100.003.003

SSOP 100.003.001

SSOP 100.003.002

SSOP 100.004.001

SSOP 100.004.003

SSOP 100.004.004

SSOP 100.004.002

UNIDADE 200

SOP 200.002

SOP 200.001

SOP 200.003

SSOP 200.001.003

SSOP 200.001.004SSOP 200.001.005

SSOP 200.001.002

SSOP

200.0

01.00

1

SSOP 200.002.001

SSO

P 20

0.00

2.00

2

SSO

P 20

0.00

2.00

3

SSOP 200.003.004

SSO

P 20

0.00

3.00

1

SSO

P 20

0.00

3.00

2

SSO

P 20

0.00

3.00

3

SOP 300.002

SOP 300.001

SOP 300.004

SSO

P 30

0.00

1.00

1SS

OP

300.

001.

002

SSO

P 30

0.00

1.00

3

SSOP 300.001.004

SSOP 300.004.001

SSOP 300.004.002

SSO

P 30

0.00

2.00

1

SSOP 300.002.003

SSO

P 30

0.00

2.00

2

SSOP 300.003.003

SSO

P 30

0.00

3.00

2SS

OP

300.

003.

001

3 Unidades12 SOPs39 SSOPs

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

REDE DE PRECEDÊNCIA

REDE DE PRECEDÊNCIA DE PARTIDA

Seqüência na qual os sistemas e subsistemas operacionais de uma unidade industrial devem entrar em funcionamento, de modo a assegurar que:

a) cada um seja testado nas condições mais realistas possíveis;

b) o processo do qual fazem parte seja ativado conforme suas especificações;

c) a ativação da unidade industrial ocorra de forma controlada e segura.

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

REDE DE PRECEDÊNCIA

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL

ENERGIA PRIMÁRIAELÉTRICA

SUPRIMENTO TEMPORÁRIO

SISTEMA F&GDETECÇÃO

ÁGUAREFRIGERADA

ENERGIA SECUNDÁRIA PNEU / HID.

VAC

SISTEMA DE ESD(INTERLOCKING

TEST)

SISTEMA F&GCOMBATE

OUTROS SISTEMAS DE SEGURANÇA

SISTEMAS DE CONTROLES

OUTROS SISTEMAS

UTILIDADES

SISTEMA. CAPACITAÇÃO

DE ÁGUA

SISTEMA DE ÁGUA SALGADA

SISTEMA DE PRODUÇÃO

SISTEMA ÁGUAPRODUZIDA

(NÃO CRÍTICOS)

SISTEMA DE FLUIDOS CRÍTICOS

DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA

SISTEMA DE ÁGUA POTÁVEL

ENERGIZAÇÃO SEGURANÇA E CONTROLE UTILIDADES PROCESSO

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

Page 89: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

88 

REDE DE PRECEDÊNCIA

ENERGIA

SEGURANÇA

UTILIDADES

PROCESSO

CONTROLE

Meta: fazer funcionar o processo produtivo no menor prazo possível, com segurança

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

REDE DE PRECEDÊNCIA

UNIDADE 300

SOP 300.003

UNIDADE 100

SOP 100.002

SOP 100.001

SOP 100.005

SSOP 100.001.002

SSOP 100.001.001

SSOP 100.001.003

SSOP 100.002.001SSOP 100.005.001

SOP 100.003

SSOP 100.005.001

SOP 100.004

SSOP 100.003

SSOP 100.002.002

SSOP 100.003.003

SSOP 100.003.001

SSOP 100.003.002

SSOP 100.004.001

SSOP 100.004.003

SSOP 100.004.004

SSOP 100.004.002

UNIDADE 200

SOP 200.002

SOP 200.001

SOP 200.003

SSOP 200.001.003

SSOP 200.001.004SSOP 200.001.005

SSOP 200.001.002

SSOP

200.0

01.00

1

SSOP 200.002.001

SSO

P 20

0.00

2.00

2

SSO

P 20

0.00

2.00

3

SSOP 200.003.004

SSO

P 20

0.00

3.00

1

SSO

P 20

0.00

3.00

2

SSO

P 20

0.00

3.00

3

SOP 300.002

SOP 300.001

SOP 300.004

SSO

P 30

0.00

1.00

1SS

OP

300.

001.

002

SSO

P 30

0.00

1.00

3

SSOP 300.001.004

SSOP 300.004.001

SSOP 300.004.002

SSO

P 30

0.00

2.00

1

SSOP 300.002.003

SSO

P 30

0.00

2.00

2

SSOP 300.003.003

SSO

P 30

0.00

3.00

2SS

OP

300.

003.

001

3 Unidades12 SOPs39 SSOPs

INTEGRAÇÃO

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

Page 90: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

89 

Licenças e Documentação pelo ClienteAquisição de produtos pelo ClienteAntecipação de ReceitasDuas ilhas de combustíveis independentesServiços:

• Todos os combustíveis• Gasolina• Etanol• Diesel• GNV

• Loja de Conveniência• Borracheiro• Troca de Óleo• Lava a Jato

Concorrência:• C&M do Posto de Combustíveis• Apresentar Divisão de SOP/SSOPs• Rede de Precedência atendendo aos requisitos

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

PLANEJAMENTO EXECUTIVO

Reunião de Abertura de

Comissionamento

Duração indeterminada

Trabalho conjunto com a

Contratada

Entrega do último Sistema

Operacional

Trabalho conjunto com o

Cliente

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

PLANEJAMENTO EXECUTIVO

Atividades

detalhamento progressivo do Planejamento de Gestão

atualização constante da ferramenta de controle do processo

programação e controle da produção

controle de emissão de documentos

controle do avanço físico / financeiro

emissão de relatórios de acompanhamento

coordenação da assistência técnica de fornecedores

coordenação do treinamento

coordenação do controle de energias

gestão de pendências

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

Page 91: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

90 

DOCUMENTAÇÃO

pedidos / ordens de compra revisados

procedimentos operacionais

planos (treinamento, assistência técnica)

listas (sobressalentes, consumíveis, ferramentas)

prontuários de normas e regulamentos

manuais de operação e de manutenção

pastas de sistemas (data book)

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

DOCUMENTAÇÃO

Pasta de Sistema – conteúdo típico

Fluxograma de Sistema (com identificação de SSOP)

Fluxogramas de processo que contenham o SOP

Lista de Itens Comissionáveis do SOP (por categorias)

Lista de Malhas do SOP (por tipo)

Lista de SOP predecessores e sucessores

Coletânea de FVI (preenchidas e assinadas)

Coletânea de FVM (preenchidas e assinadas)

Certificados de Completação Mecânica dos SSOP (assinados)

Registro do TAP

Termos de Transferência e Aceitação provisório e definitivo (assinados)

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

Conjunto de ações realizadas com o objetivo de colocar os itens comissionáveis em condições de iniciar seus testes de funcionamento.

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

Page 92: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

91 

CONDICIONAMENTO

CONTEXTO DO COMISSIONAMENTO PARA ESTA FASE:

Os pontos básicos referem-se ao planejamento das atividades para:

• Garantia da operabilidade de forma estável e confiável

• Minimizar os problemas para que essa operabilidade seja atingida no menor espaço de tempo possível

• Desempenho especificado

• Envolvimento de TODOS os participantes

• Fabricante

• Empresa de inspeção

• Integradora (EPC)

• Subcontratados

• Fiscalização

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS:

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

Page 93: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

92 

CONDICIONAMENTO

PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS:

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS:

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS:

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

Page 94: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

93 

CONDICIONAMENTO

PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS:

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS:

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

PRINCIPAIS TIPOS DE ITENS COMISSIONÁVEIS:

INSTRUMENTOS DE CAMPO

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

Page 95: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

94 

CONDICIONAMENTO

ETAPAS DO CONDICIONAMENTO

• Teste de Aceitação de Fabricação (TAF);

• Preservação e preparação para transporte;

• Recebimento;

• Armazenamento;

• Preservação (anterior e posterior a montagem, Rotinas de Fiscalização);

• Condicionamento (Ensaios, testes e ações para preparação de operação).

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

TESTES DE ACEITAÇÃO DE FÁBRICA (TAF)

• Teste Hidrostático;

• Teste de Funcionamento Mecânico e Desempenho;

• Teste de rigidez estrutural (“Pipe Load”);

• Teste de Desempenho do equipamento completo +

periféricos (String Test);

• Teste de Estanqueidade e Vazamento de Gás;

• Teste de Resposta ao Desbalanceamento (URT);

• Inspeção Final

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

PRESERVAÇÃO E PREPARAÇÃO PARA TRANSPORTE

Após a liberação do material, os equipamentos são preparados para transporte até a obra, de acordo com as especificações do fabricante.

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

Page 96: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

95 

CONDICIONAMENTO

Recebimento

• Quantitativo

• Almoxarife

• Qualitativo.

• Inspetor

• Área específica

ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:

Recebimento

• Definir armazenamento

• Área específica para material

• Não conforme

• Segregado

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:

PRINCIPAIS TÓPICOS E ATIVIDADES DE RECEBIMENTO

• Análise de documentação do fornecedor (Data book)

• Inspeção de recebimento

• Tratamento de não-conformidades fabricação / recebimento

• Definição de local de armazenamento

• Início da preservação

• Registros na FVI, RIR e etiqueta de preservação

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

Page 97: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

96 

CONDICIONAMENTO

ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:

PRINCIPAIS TÓPICOS E ATIVIDADES DE RECEBIMENTO

• Geralmente, o data book do equipamento chega a obra ainda com pendências de documentação.

• Verificar os registros de fabricação, comparando os certificados / relatórios ao discriminado no PIT (Plano de Inspeção e Testes).

• Verificar Inspeção de fabricação CLM – Comunicado de Liberação de Material assinado pelo inspetor.

• Verificar se existem pendências de fabricação ainda não tratadas –reproduzi-las no Relatório de Recebimento.

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:

RIR (Relatório de Inspeção de Recebimento)

• Dados• Características técnicas• Laudo

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:

FALHAS DETETADAS NO RECEBIMENTO

Unidade seladora montada invertida

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

Page 98: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

97 

CONDICIONAMENTO

ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:

FALHAS DETETADAS NO RECEBIMENTO

Quebra de “tubing” (montado em balanço)

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:

FALHAS DETETADAS NO RECEBIMENTO

Válvulas de segurança transportadas soltas, fora da vertical

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:

TESTE DE CERTIFICAÇÃOCALIBRAÇÃO

• Procedimentos específicos

• Condições ambientais

• Controle dos padrões

• Envolve, no mínimo, um padrão

• Certificado de calibração

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

Page 99: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

98 

CONDICIONAMENTO

ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:

TESTE DE CERTIFICAÇÃOFIAÇÃO – TENSÃO APLICADA

• Gerador de alta tensão

• Leitura de corrente elétrica

• Defeito “PULSO DE CORRENTE”

o Roçamento em canto vivo

o Dobras demasiadas

o Cabos defeituosos

o Montagem

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:

TESTE DE CERTIFICAÇÃOFIAÇÃO - ISOLAÇÃO E CONTINUIDADE

Gerador de alta tensão

Leitura de resistência elétrica

Defeito “BAIXA RESISTÊNCIA DO ISOLAMENTO”

Perfuração do isolamento

Rompimento do isolamento

Dano na bobina

Dano de transporte

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:

TESTE DE CERTIFICAÇÃOMECÂNICOS (HIDROSTÁTICO)

• Resistência mecânica

• Classe

• Defeito “VAZAMENTO”

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

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Page 100: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

99 

CONDICIONAMENTO

ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:

TESTE DE CERTIFICAÇÃOMecânico (Hidrostático e Pneumático)

Leitura de vazamento (Classe)

Válvula tipo

Fechada (NF) aberta (NA)

Atenção

Posicionadores (Esferas)

Sistema de medição

Defeito

“VAZAMENTO ACIMA DO PERMITIDO”

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:

TESTE DE CERTIFICAÇÃOTESTE DE MALHA

Definição (Malha aberta / fechada)

• Injeção de sinal (sensor)

• Leitura no painel (malha aberta)

• Leitura no painel + posicionamento do elemento final (malha fechada)

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:

TESTE DE CERTIFICAÇÃOTESTE DE MALHA

• Leitura na válvula (malha aberta)

• Injeção de sinal (no painel)

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Page 101: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

100 

CONDICIONAMENTO

ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:

TESTE DE CERTIFICAÇÃOTESTE DE MALHA

Principais falhas detectadas no teste de malha:

• Ligações erradas

• Configurações erradas

• Endereço

• Parâmetros

• Calibrações erradas

• Defeitos elétricos

___________________________________

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___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:

MONTAGEM • Realização de montagem (% andamento físico)

• Aspectos técnicos de instrumentação

• Tratamento de Não-Conformidades

• Preservação pós montagem

• Registro

• Sistema próprio

• FVI (Inspeção mecânica)

___________________________________

___________________________________

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___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

CONDICIONAMENTO

ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:

MONTAGEM • Falhas de montagem

• Limite de bateria IN / TUB.

• Atendimento a detalhes típicos

• Danos

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___________________________________

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Page 102: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

101 

CONDICIONAMENTO

ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:

MONTAGEM

Falhas de Montagem

• Montado e não protegido

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___________________________________

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___________________________________

CONDICIONAMENTO

ATIVIDADES DE COMISSIONAMENTO:

Etapas Condicionamento de Dutos Terrestres: • Esvaziamento • Pré - Secagem• Limpeza Final

• Secagem• Inertização• Inspeção do revestimento externo após a cobertura

• Método de Atenuação de corrente

• Método DCVG• Sistema de proteção catódica• Restauração da faixa• Montagem e instalação de complementos

• “De acordo do proprietário”

___________________________________

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___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

___________________________________

PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs

A Pré-Operação é composta pelo conjunto de atividades executadas com o objetivo de realizar verificações e testes nas condições de funcionamento do Subsistema (SSOP).

A Partida é caracterizada pela realização dos testes finais de performance, estendendo-se até a comprovação do atendimento às especificações de projeto.

As atividades de Pré-Operação & Partida são executadas sobre itens, malhas, subsistemas e sistemas operacionais.

Em função das relações de dependência entre sistemas, as atividades desta fase devem seguir a seqüência definida no cronograma de comissionamento, que tem como referência básica a rede de precedência de subsistemas e sistemas operacionais.

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Page 103: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

102 

PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs

A preparação de equipamentos para TFs compreende, no mínimo, as seguintes atividades:

• Retirada da preservação *;

• Aplicação do plano de raqueteamento;

• Instalação / remoção de itens ou acessórios temporários;

• Carregamento de consumíveis;

• Atendimento ao plano de Controle de Energias.

PREPARAÇÃO DE EQUIPAMENTOS:

* Obs.: Substituir as rotinas de preservação por manutenção.

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___________________________________

PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs

Substitui o antigo termo

“Teste à Quente”

TESTES DE FUNCIONAMENTO:

Realizado na fase de Pré-Operação & Partida, trata-se de quaisquer

testes ou verificações realizados em um item comissionável, malha ou

subsistema com aplicação de energia, fluidos e / ou passagem de

produto, ou seja, em regime de trabalho.

Testes de Funcionamento = TF + TAP + TLD + ...

___________________________________

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___________________________________

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PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs

TESTES FUNCIONAIS (TF):

Testes Funcionais consistem nos acionamentos de equipamentos e

instalações, alimentados pelas energias definitivas.

Os Testes Funcionais devem atestar a correta operação das

funcionalidades dos itens, conjuntos de itens, malhas, sistemas e

subsistemas operacionais.

Ex.: Testes de Intertravamento Lógico

Os testes de intertravamento lógico são executados para cada subsistema, de modo a assegurar que todos os recursos e dispositivos de intertravamento e segurança estejam em funcionamento adequado, antes da liberação das instalações para a execução dos Testes de Aceitação de Performance.

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Page 104: Apostila de Comissionamento - FUNCEFET - Versão completa

103 

PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs

TESTES FUNCIONAIS (TF):

Devem fazer parte dos Testes Funcionais pelo menos:

• Atuação dos dispositivos de segurança e controle;

• Movimentação em vazio de todos os atuadores mecânicos, hidráulicos e

pneumáticos;

• Rotação em vazio de motores e demais equipamentos dinâmicos;

• Atuação de disjuntores, relés e contatores;

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___________________________________

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PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs

TESTES FUNCIONAIS (TF):

Os Testes Funcionais devem ser realizados no sistema supervisório, a partir

da sala de controle, e somente serão considerados satisfatórios quando

todas as funções desse sistema tiverem sido avaliadas com sucesso.

Sala de controle.

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PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs

TESTES DE ACEITAÇÃO DE PERFORMANCE (TAP)

Os Testes de Aceitação de Performance (TAP) têm como objetivo garantir que o desempenho de cada subsistema operacional seja compatível com as especificações e requisitos de projeto.

Os testes devem ser executados em condições de operação o mais próximo possível das condições reais, utilizando fluido de processo especificado, quando possível.

A liberação para execução dos TAP requer ao menos os seguintes itens:

• Registros dos Testes Funcionais dos componentes do Subsistema;

• Registro dos Testes de intertravamento lógico;

• Inexistência de pendências impeditivas.

Os resultados dos TAP devem ser registrados e comparados aos parâmetros de projeto. Estes resultados poderão ser analisados conjuntamente pela fiscalização, pela operação e, quando aplicável, por entidade classificadora / reguladora.

A aceitação dos resultados dos TAP é pré-requisito para a emissão de um Termo de Transferência e Aceitação de Sistema (TTAS) para este sistema operacional.

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PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs

TESTES DE LONGA DURAÇÃO (TLD)O teste de longa duração de um subsistema operacional consiste no acompanhamento do funcionamento em operação normal durante um período pré-definido contratualmente. Nestes testes é avaliada a ocorrência de falhas relevantes pré-definidas em documentos contratuais.

No caso de ocorrência de falhas relevantes, após a correção das mesmas, o período de duração do teste deve ser reiniciado.

TREINAMENTO DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO:

Os treinamentos para qualificação dos profissionais das equipes de operação e manutenção deverão ser previamente definidos no Plano de Treinamento.

Os treinamentos teóricos deverão ser realizados previamente aos Testes Funcionais e complementados com treinamento prático durante os Testes de Aceitação de Performance.

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PRÉ-OPERAÇÃO & PARTIDA DE SOPs

TRANSFERÊNCIA DE SISTEMAS OPERACIONAIS (SOP):

SSOP 01.03

SOP 01

SSOP 01.01

SSOP 01.02

Testado Ok!

TTAS-1 TTAS-2Pendências saneadas

Pendências não-

impeditivas!!Testado Ok!

Testado Ok!

Testado Ok!

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OPERAÇÃO ASSISTIDA

A Operação Assistida tem início a partir da transferência para o operador do primeiro sistema operacional, e encerra-se depois de transcorrido um período pré-estabelecido após o término da transferência do último sistema operacional.

TTAS-1

Período contratual (ex.: 90 dias)

TTAS-2

Esta atividade consiste no apoio às equipes de operação e manutenção por especialistas das diversas competências necessárias ao funcionamento por sistemas operacionais e pela instalação, colocados à disposição pela Engenharia, dentro de condições de nível de serviços pré-estabelecidas.

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OPERAÇÃO ASSISTIDA

A conclusão da Operação Assistida em todos os SOPs marca a conclusão do escopo do Comissionamento

ATENÇÃO !!!!

EQUIPE DE OPERAÇÃO ASSISTIDA EQUIPE DE SOLUÇÃO DE PENDÊNCIAS

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CERTIFICAÇÃO DE OPERABILIDADE

Com o último TTAS-2 assinado, temos ?

Todos os SOP testados s/ pendências

Documentação Entregue

Operadores treinados

Sobressalentes, consumíveis,... transferidos

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CERTIFICAÇÃO DE OPERABILIDADE

Com o último TTAS-2 assinado, temos ?

Interfaces externas estão prontas (ex: fornecimento de energia elétrica) ?

O Sistema de Manutenção está operacional ?

A instalação cumpre todas as normas e regulamentos?

Todas as estruturas de obra foram removidas ? As equipes do empreendimento e contratadas jáforam desmobilizadas ? As instalações estão prontas para o trabalho normal ?

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TRANSFERÊNCIA DA INSTALAÇÃO

Uma vez atendidas as condições de operabilidade:

TTI = Termo de Transferência da Instalação

O TTI oficializa a transferência de responsabilidade pelo patrimônio e

gerência das instalações, da Engenharia para o Cliente.

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Engº Alexandre GuimarãesE-mail: [email protected]. 021 32293902

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