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Relevo Continental e Submarino: 1_1-1 RELEVO CONTINENTAL E
SUBMARINO 1. Relevo Continental Relevo so as formas e
compartimentos da superfcie do planeta (serra, montanha, colina,
planalto, plancie, depresso, entre outras). Essas formas e
compartimentos definem-se em funo da atuao de agentes internos e
externos crosta terrestre. - Agentes internos (formadores) -
vulcanismo, terremotos, movimento das placas; foras tectnicas em
geral. - Agentes externos (modeladores) - chuva, vento, geleiras,
rios, lagos, mares; agentes erosivos em geral. A orognese (formao
de uma montanha) ocasionada por agentes internos (dobramento, vulco
ou falha geolgica); sua forma atual decorre da ao de agentes
externos. A Geomorfologia a cincia que estuda o relevo.
Antigamente, na classificao do relevo, considerava-se apenas aquilo
que se via no terreno, as cotas altimtricas, por exemplo. Dizia-se
que Planalto era um "plano alto" e Plancie um "plano baixo".
Atualmente a dinmica tectnica e erosiva levada em considerao na
determinao e classificao das formas do terreno. Assim, temos por
definio: - Planalto: forma de relevo em que a eroso supera a
sedimentao. Portanto, um relevo que sofre desgaste, destruio. -
Plancie: forma de terreno mais ou menos plana em que a sedimentao
supera a eroso. Portanto, um relevo em formao. Note que as definies
no consideram cotas altimtricas. Podemos encontrar uma plancie a
4.000 m de altitude (Altiplanos Andinos) e um planalto a 20 m de
altitude (Bacia Amaznica). Obs.: No confundir bacia sedimentar com
plancie. A estrutura geolgica sedimentar corresponde origem, formao
e composio do relevo, ocorrida h muito tempo atrs. Durante sua
formao, a bacia sedimentar era (ou ) uma plancie. Porm, hoje, pode
estar em um processo de desgaste e corresponder a um Planalto
Sedimentar. Ex.: Baixo Plat Amaznico. 2. Pequeno dicionrio tcnico
(as definies que aparecem abaixo aplicam-se ao mapa de relevo do
Brasil elaborado por Jurandyr L.S.Ross) (Extrado de: Nova Escola -
outubro/1995) Depresso: superfcie entre 100 e 500 metros de
altitude com suave inclinao, formada por prolongados processos de
eroso. mais plana do que o planalto. O mapa escolar de Jurandyr o
primeiro a aplicar esse conceito. Planalto: ao contrrio do que
sugere o nome, uma superfcie irregular com altitude acima de 300
metros. o produto da eroso sobre rochas cristalinas ou
sedimentares. Pode ter morros, serras ou elevaes ngremes de topo
plano
(chapadas).file:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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2. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Plancie:
superfcie muito plana com no mximo 100 metros de altitude. formada
pelo acmulo recente de sedimentos movimentados pelas guas do mar,
de rios ou de lagos. Ocupa poro modesta no conjunto do relevo
brasileiro. Escarpa: terreno muito ngreme, de 100 a 800 metros de
altitude. Lembra um degrau. Ocorre na passagem de reas baixas para
um planalto. impropriamente chamada de serra em muitos lugares,
como na Serra do Mar, que acompanha o litoral. Serra: terreno muito
trabalhado pela eroso. Varia de 600 a 3.000 metros de altitude.
formada por morros ou cadeias de morros pontiagudos (cristas). No
se confunde com escarpa: serra se sobe por um lado e se desce pelo
lado oposto. Tabuleiro: superfcie com 20 a 50 metros de altitude em
contato com o oceano. Ocupa trechos do litoral nordestino.
Geralmente tem o topo muito plano. No lado do mar, apresenta
declives abruptos que formam as chamadas falsias ou barreiras. 3.
Mapas do Relevo Brasileiro O Retrato do Brasil dos anos 40...
Aroldo de Azevedo, o pioneiro Advogado que nunca exerceu a
profisso, o paulista Aroldo de Azevedo (1910-1974) foi um dos
primeiros professores de geografia da Universidade So Paulo (USP).
Foi tambm o nosso primeiro grande autor de livros didticos em
Geografia. Na dcada de 40, fez o primeiro mapa do relevo
brasileiro, ainda hoje usado em livros escolares. Dividia o pas em
oito unidades de
relevo.file:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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3. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino . . . retocado
em 1958 por : Aziz AbSaber, o discpulo Aluno de Aroldo de Azevedo,
o paulista Aziz AbSaber, hoje com 71 anos, deu prosseguimento obra
do mestre. Valeu-se sobretudo de observaes do relevo feitas
pessoalmente. Poucos gegrafos tero viajado pelo pas tanto quanto
ele. Seu mapa foi publicado pela primeira vez em 1958. AbSaber
acrescentou duas unidades de relevo s oito de Azevedo. Jurandyr
Ross, o inovador Deu aulas no primeiro grau ante de se tornar
professor da USP. Jurandyr Luciano Sanches Ross, paulista de 48
anos, ocupa a vaga que AbSaber deixou ao se aposentar. Durante seis
anos foi pesquisador no Projeto Radambrasil e ajudou a montar os
mapas com as fotos de radar que usaria para revolucionar nossa
Geografia. Com ele, as unidades de relevo saltam de dez para
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Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino 4. Trs grandes
perfis que resumem nosso relevo (Por Jurandyr Ross) Regio Norte
Este corte (perfil noroeste-sudeste) tem cerca de 2.000 quilmetros
de comprimento. Vai das altssimas serras do norte de Roraima, na
fronteira com a Venezuela, Colmbia e Guiana, at o norte do Estado
de Mato Grosso. Mostra claramente as estreitas faixas de plancie
situadas s margens do Rio Amazonas, a partir das quais seguem-se
amplas extenses de terras altas: planaltos e depresses. Regio
Nordestefile:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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5. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Este corte tem
cerca de 1.500 quilmetros de extenso. Vai do interior do Maranho ao
litoral de Pernambuco. Apresenta um retrato fiel e abrangente do
relevo da regio: dois planaltos (da Bacia do Parnaba e da
Borborema) cercando a Depresso Sertaneja (ex-Planalto Nordestino).
As regies altas so cobertas por mata. As baixas, por caatinga.
Regies Centro-Oeste e Sudeste Este corte, com cerca de 1.500
quilmetros de comprimento, vai do Estado de Mato Grosso do Sul ao
litoral paulista. Com altitude entre 80 e 150 metros, a Plancie do
Pantanal est quase no mesmo nvel do Oceano Atlntico. A Bacia do
Paran, formada por rios de planalto, concentra as maiores usinas
hidreltricas brasileiras 5. O Relevo Brasileiro Brasil: Cotas
Altimtricas terras baixas 41,00% 0 a 100 metros 24,90% 101 a 200
metros 16,91% terras altas 58,46% 201 a 500 metros 37,03% 501 a 800
metros 14,68% 801 a 1.200 metros 6,75% reas culminantes 0,54% 1.200
a 1.800 metros 0,52% acima de 1.800 metros 0,02% O territrio
brasileiro, de formao muito antiga e altamente desgastado pela
eroso, no apresenta
cadeiasfile:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino montanhosas
(Dobramentos Modernos). Isso, como vimos, devido ao fato de
localizar-se no meio de uma placa tectnica. Considerando a
classificao de Aziz AbSaber, notamos que basicamente o Brasil
possui dois planaltos: o das Guianas e o Brasileiro. Porm, o
Planalto Brasileiro dividido em vrias partes em funo da estrutura
geolgica e das formas diferenciadas em seu interior, j que grande e
sujeito a condies climticas e hidrogrficas (o que implica eroso)
distintas. Planaltos 1. Planalto Meridional Constitudo por um
derrame de basalto na era Mesozica (que deu origem terra roxa).
Tambm conhecido como planalto arenito basltico. 2. Planalto
Atlntico ou Serras e Planaltos do Leste e Sudeste Apresenta as
serras do Mar, Mantiqueira e Espinhao. Destacam-se, ao lado do Vale
do Paraba e em Minas Gerais os mares de morros. 3. Planalto
Nordestino Destacam-se as chapadas da Borborema e Apodi. 4.
Planalto do Maranho-Piau ou do meio Norte Apresenta chapadas de
origem sedimentar. 5. Planalto Central Chapades sedimentares
(Chapada dos Guimares). 6. Planalto Uruguaio-Sul Riograndense
Colinas suaves ou coxilhas. 7. Planalto das Guianas Extremo norte
do pas, coincide com o escudo cristalino das Guianas. a que aparece
o pico culminante do Brasil: Pico da Neblina (3.014 m). Plancies 1.
Plancie do Pantanal a mais tpica plancie brasileira por sofrer
inundao anual (Rios Paraguai e Taquari); quando a gua perde
velocidade s ocorre sedimentao. 2. Plancie e Terras Baixas
Amaznicas Apenas as vrzeas dos rios da Bacia Sedimentar Amaznica
constituem-se de Plancies. O que predomina so os baixo plats. 3.
Plancie Costeira Estende-se do Maranho ao Rio Grande do Sul
recebendo sedimentos tanto do continente quanto do oceano, conforme
a localizao. Relevo submarino e litoral 1.
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7. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino O relevo
submarino subdividido em quatro partes: Plataforma continental,
Talude, Regio Abissal e Regio Pelgica. Plataforma Continental a
continuao do continente (SIAL), mesmo submerso. Possui profundidade
mdia de 0 a 200 m, o que significa que a luz solar infiltra-se na
gua, o que gera condies propcias atividade biolgica e ocasiona uma
enorme importncia econmica - a PESCA. H tambm, na plataforma
continental, a ocorrncia de petrleo. Talude Desnvel abrupto de 2 a
3 km. o fim do continente. Regio Abissal Quando ocorre aparece
junto ao talude e corresponde s fossas marinhas. Regio Pelgica SIMA
- o relevo submarino propriamente dito, com plancies, montanhas e
depresses. Surgem aqui as ilhas ocenicas: - Vulcnicas, como
Fernando de Noronha - Coralgenas, como o Atol das Rocas 2. Litoral
Corresponde zona de contato entre o oceano e o continente; em
permanente movimento, possui variao de altura - as mars, que so
influenciadas pela Lua. Quando, durante o movimento das guas
ocenicas, a sedimentao supera o desgaste, surgem as praias, recifes
e restingas. Quando o desgaste (eroso) supera a sedimentao, surgem
as falsias (cristalinas ou sedimentares).
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Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Falsia Fonte:
Extrado do Panorama Geogrfico do Brasil - Melhem Adas O litoral
brasileiro pouco recortado. Esse fato ocorre em funo da pobreza em
glaciaes quaternrias que atuaram intensamente nas zonas temperadas
do globo. O poder erosivo das geleiras imenso. q O litoral norte
brasileiro apresenta a plataforma continental mais larga, pois
muitos rios (entre eles o Amazonas), ali desguam, despejando uma
quantidade enorme de sedimentos. O litoral nordestino possui a mais
estreita plataforma continental. q Principais lagoas costeiras: dos
Patos e Mirim (RS); Conceio (SC); Araruama (RJ). q Ilhas Costeiras
Continentais: Santa Catarina (Florianpolis); So Francisco (SC); So
Sebastio (Ilha Bela); Santo Amaro (Guaruj). q Ilha Costeira
Aluvial: Maraj. q Ilha Vulcnica: Fernando de Noronha. q Baas: Todos
os Santos (BA); Guanabara (RJ); Paranagu (PR); Laguna (SC); Angra
dos Reis e Parati (RJ).
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Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Matrias >
Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Fsica > Solos:
2_1-1 SOLOS 1. Introduo O solo (agrcola) constitudo por rocha
intemperizada, ar, gua e matria orgnica, formando um mato que
recobre a rocha em decomposio. 2. Intemperismo Fsico ou Desagregao
Mecnica Na superfcie da crosta terrestre as rochas expostas esto
sujeitas a grande variao diuturna e/ou anual de temperatura e,
portanto, grande variao no seu volume, decorrente da dilatao e
contrao dos minerais que as constituem. Essa dinmica rompe, divide
a rocha em fragmentos cada vez menores. 3. Intemperismo ou
Decomposio Qumica Decorre da reao qumica entre a rocha e solues
aquosas. Caso a rocha tenha sofrido prvio intemperismo fsico, a
decomposio qumica se acelera por atuar em fragmentos da rocha, ou
seja, a superfcie de contato aumenta. O intemperismo (qumico ou
fsico) est diretamente relacionado ao clima. Na regio Amaznica,
onde a pluviosidade elevada e a amplitude trmica pequena, h intensa
ao qumica. No Deserto do Saara, onde a pluviosidade baixssima e a
variao diuturna de temperatura muito alta, h intensa ao fsica,
decorrente da variao de temperatura. Ao sofrer intemperismo a rocha
adquire maior porosidade, com decorrente penetrao de ar e gua, o
que cria condies propcias ao surgimento da vegetao e conseqente
fornecimento de matria orgnica ao solo, aumentando cada vez mais a
sua fertilidade. 4. Horizontes do Solo A matria orgnica, fornecida
pela flora e fauna decompostas, encontrada principalmente na camada
superior da massa rochosa intemperizada que, ao receber ar, gua e
matria orgnica, transformou-se em solo agrcola. Essa camada
superior o Horizonte A. Logo abaixo, com espessura varivel
relacionada ao clima, encontramos rocha intemperizada, ar, gua e
pequena quantidade de matria orgnica - Horizonte B. Em seguida,
encontramos rocha em processo de decomposio - Horizonte C - e,
finalmente, a rocha matriz - Horizonte D - que originou o manto de
intemperismo, ou solo, que a recobre. Sob as mesmas condies
climticas, cada tipo de rocha origina um tipo de solo diferente,
ligado sua constituio mineralgica. Ex: Basalto - Terra Roxa.
Gnaisse - Massap OBSERVAO : Solos sedimentares ou Aluvionais no
apresentam horizontes. 5. Eroso Superficial Corresponde ao desgaste
do solo e apresenta trs fases: Intemperismo - Transporte -
Sedimentao. Depois de intemperizados, os fragmentos de rocha
estofile:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm (9
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10. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino livres para
serem transportados pela gua que escorre pela superfcie (eroso
hdrica) ou pelo vento (eroso elica). No Brasil, o escoamento
superficial da gua o principal agente erosivo. medida em que o
horizonte A o primeiro a ser desgastado, a eroso acaba com a
fertilidade natural do solo. A intensidade da eroso hdrica est
diretamente ligada velocidade de escoamento superficial da gua;
quanto maior a velocidade de escoamento, maior a capacidade da gua
transportar material em suspenso e, quanto menor a velocidade, mais
intensa a sedimentao. A velocidade de escoamento depende da
declividade do terreno - em reas planas a velocidade baixa - e da
densidade da cobertura vegetal. Em uma floresta a velocidade baixa
pois a gua encontra muitos obstculos (razes, troncos, folhas) a sua
frente e, portanto, a infiltrao de gua no solo alta. Em uma rea
desmatada a velocidade de escoamento alta e, portanto, a infiltrao
de gua pequena. 6. Conservao do Solo a) Rotao e associao de
culturas Toda monocultura (A) mineraliza o solo pois a planta
retira certos minerais (X) e repe outros (Y). Deve-se,
temporariamente, substituir (ou associar) a cultura (A) por outra
(B), que retire os minerais repostos por A e reponha no solo os
minerais retirados. b) Controle de Queimadas A prtica de queimada
acaba com a matria orgnica dos solos. Somente em casos especiais,
na agricultura, deve-se praticar a queimada para acabar com doenas
e pragas. c) Plantio em curvas de nvel e Terraceamento Curvas de
nvel so linhas que unem pontos com a mesma cota altimtrica. Tal
prtica diminui a velocidade de escoamento superficial da gua e, em
decorrncia, a eroso. 7. Eroso Vertical A - Lixiviao - a lavagem dos
sais minerais hidrossolveis (sdio, potssio, clcio, entre outros),
praticada pela gua que infiltra no solo, o que lhe retira
fertilidade. B - Laterizao q a formao de uma crosta ferruginosa q a
laterita, vulgarmente chamada Canga - via formao de hidrxidos de
ferro e alumnio, o que chega a impedir a penetrao de razes no solo.
A lixiviao e a laterizao so srios problemas em solos de climas
tropicais, onde o ndice
pluviomtricofile:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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11. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino elevado. 3_1
Matrias > Geografia > Geografia do Brasil > Geografia
Fsica > Hidrografia: 3_1-1 HIDROGRAFIA 1. Introduo O vapor dgua
contido na atmosfera, ao condensar-se, precipita. Ao contato com a
superfcie, a gua possui trs caminhos: evapora, infiltra-se no solo
ou escorre. Caso haja evaporao a gua retorna atmosfera na forma de
vapor; a gua que se infiltra e a que escorre, pela lei da
gravidade, dirigem-se s depresses ou parte mais baixas do relevo -
justamente a que surgem os lagos e os rios, que possuem como
destino, ou nvel de base, no Brasil, o oceano. Pas de grande
extenso territorial e boas condies de pluviosidade, o Brasil dispe
de uma vasta e rica rede fluvial, cujas caractersticas gerais so: q
Rios na maior parte de planalto, o que explica o enorme potencial
hidrulico existente no pas. q Existncia de importantes redes
fluviais de plancie e navegveis como a Amaznica e Paraguaia. q
Rios, na maioria perenes, embora existam tambm rios temporrios no
Serto nordestino semi-rido. q Drenagem essencialmente exorrica,
isto , voltada para o mar. q Regime dos rios essencialmente
pluvial, isto , dependente das chuvas e, como o clima predominante
o tropical, a maioria dos rios tem cheias durante o vero e vazante
no inverno. 2. Principais Bacias Hidrogrficas do
Brasilfile:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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12. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Bacia rea % da
rea Autnomas (Km2 ) do Pas 1 - Amazonas 3.984.467 48 2 - Paran
891.309 10 3 - Tocantins-Araguaia 809.250 9 4 - So Francisco
631.133 7 5 - Paraguai 345.701 4 6 - Uruguai 178.255 2 Bacias rea %
da rea Agrupadas (Km2 ) do Pas 7 - Nordeste 884.835 10 8 - Leste
569.310 7 9 - Sudeste 222.688 3 Bacia Amaznica Abrange na Amrica do
Sul uma rea de cerca de 6,5 milhes de Km (dos quais 4,7 milhes no
Brasil), e a maior do globo terrestre. Trata-se, na verdade, de um
enorme "coletor" das chuvas que ocorrem na regio de clima
equatorial, na poro norte da Amrica do Sul. Seus afluentes provm
tanto do hemisfrio norte (oriundos do planalto das Guianas e que
desguam na sua margem esquerda), quanto do hemisfrio sul
(procedentes do planalto brasileiro e que desguam na sua margem
direita), fato esse que provoca duplo perodo de cheias em seu curso
mdio. O Amazonas um tpico rio de plancie, j que nos 3.165 Km que
percorre em territrio brasileiro sofre um desnvel suave e
progressivo, de apenas 82 metros, sem a ocorrncia de quedas-dgua.
Isto
significafile:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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13. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino que excelente
para a navegao, podendo mesmo receber navios transatlnticos desde
sua foz, onde se localiza a cidade de Belm, at Manaus (prximo ao
local onde o rio Negro desgua no Amazonas, a cerca de 1.700 Km do
litoral), ou navios ocenicos de porte mdio at Iquitos (no Peru, a
3.700 Km da foz). Bacia do Tocantins-Araguaia Tanto o Tocantins
quanto o Araguaia so rios que nascem no Planalto Central.
Destaca-se, no baixo Tocantins, a hidreltrica de Tucuru. Bacia do
So Francisco O rio So Francisco nasce na serra da Canastra, em
Minas Gerais, e desgua no Atlntico - entre Alagoas e Sergipe -
depois de atravessar o serto nordestino. Bacia Platina formada por
um conjunto de rios: q Rio Paran: o principal rio da bacia, com
aproximadamente 4.025 Km; possui um grande potencial hidrulico q
Rio Uruguai: nasce do encontro dos rios Canoas e Pelotas, percorre
trechos de planalto em seu curso superior e de plancie no inferior,
onde utilizado para navegao. q Rio Paraguai: um tpico rio de
plancie, atravessa o Pantanal Mato-grossense e utilizado como
hidrovia. Bacias secundrias ou agrupadas As bacias secundrias so
agrupamentos de rios que no tm ligao entre si; so, na verdade,
agrupamentos de pequenas bacias. 4_1 Matrias > Geografia >
Geografia do Brasil > Geografia Fsica > Clima: 4_1-1 CLIMA 1.
Introduo Clima, por definio, a sucesso habitual dos tipos de tempo
(MAX SORRE) e tempo o estado momentneo da atmosfera, uma conjuno
momentnea dos elementos climticos: temperatura, umidade e presso.
Esses elementos, por sua vez, so determinados pelos fatores
climticos: Latitude, Altitude, Massas de Ar, Continentalidade ou
Maritimidade, Vegetao, Correntes Martimas, Relevo e Ao humana. 2.
Latitude Quanto maior a latitude, menor a temperatura. Devido
curvatura do globo terrestre, medida que nos afastamos do equador,
os raios solares incidem cada vez mais inclinados na superfcie
terrestre, tendo portanto que aquecer uma rea maior, o que diminui
a Temperatura. Ainda, quanto maior a latitude, maior a camada
atmosfrica a ser atravessada pelos raios solares, o
quefile:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm (13
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14. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino aumenta a
dificuldade desses raios atingirem a superfcie (nuvens). (Anurio
Estatstico do Brasil - 1995) 3. Altitude Quanto maior a altitude,
menor a temperatura. A atmosfera aquecida por radiao. Ao incidirem
na superfcie, os raios solares a aquecem e ela passa a irradiar
calor atmosfera. Portanto, um raio solar que seja refletido ou que
atravesse a atmosfera, sem incidir na superfcie ou em alguma
partcula em suspenso, no altera em nada a temperatura. Influncia da
Altitude nas Mdias de Temperatura Quanto maior a altitude, menos
intensa a radiao. 4. Massas de
Arfile:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm (14
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15. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Para entender
algumas das caractersticas dos tipos de clima no Brasil, interessam
as seguintes massas de ar: q Massa equatorial atlntica (mEa) -
quente e mida, domina a parte litornea da Amaznia e do Nordeste. O
centro de origem est prximo ao arquiplago dos Aores. q Massa de ar
equatorial continental (mEc) - tambm quente e mida. Com centro de
origem na parte ocidental da Amaznia, domina sua poro noroeste
durante o ano inteiro. q Massa tropical continental (mTc) - quente
e seca, origina-se na depresso do Chaco Paraguaio. q Massa polar
atlntica (mPa) - fria e mida, forma-se nas pores do Oceano Atlntico
prximo Patagnia. Atua de forma mais intensa no inverno, provocando
chuvas e declnio da temperatura. A massa polar atlntica pode chegar
at a Amaznia fazendo surgir o fenmeno da friagem. q Massa tropical
atlntica (mTa) - quente e mida atinge grande parte do litoral
brasileiro. r A. Massa Equatorial Atlntica r B. Massa Equatorial
Continental r C. Massa Tropical Atlntica r D .Massa Tropical
Continental r E. Massa Tropical Atlntica Com base nessas massas de
ar que atuam no territrio brasileiro, podemos agora entender a
classificao climtica de Arthur Strahler 5. Classificao Climtica
Brasileirafile:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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16. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino A classificao
climtica de Arthur Strahler (1951) tem por base a influncia das
massas de ar em reas diferenciadas. Ela no trabalha, portanto, com
as mdias de chuvas e temperaturas, mas com a explicao de sua
dinmica. A classificao climtica de Wilhelm Kppen, apesar de clssica
e intensamente utilizada at pouco tempo, e ter representado um
avano em sua poca (final do sculo XIX), hoje bastante problemtica,
pois no leva em conta os deslocamentos das massas de
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17. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Clima
Equatorial mido Mdias trmicas elevadas (24 a 27 C) o ano todo,
chuvas abundantes e bem distribudas (1500 a 2500 mm/ano). Pequena
amplitude trmica anual. Clima Litorneo
midofile:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm (17
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18. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Estende-se do
litoral do RN ao litoral de SP e apresenta apenas duas estaes: vero
chuvoso e inverno mais seco ( com exceo do litoral nordestino, onde
chove mais no inverno - 1 Ramo de mPa x mTa). Clima Tropical
Alternadamente mido e Seco o tropical tpico com vero quente e mido
e inverno ameno e seco. Clima Tropical Tendendo a Seco (pela
irregularidade de ao de massas de ar, ou clima semi-rido)
Encontrado no serto Nordestino, apresenta baixo ndice de chuvas,
concentradas no vero (at 800 mm), quando a mEc atua na regio. Clima
Subtropical mido Encontrado ao sul do Trpico de Capricrnio,
apresenta vero quente, inverno frio para os padres brasileiros, e
chuvas bem distribudas por todos os meses do ano. Principais
Observaes Meteorolgicas dos Municpios das Capitais 1992 Temperatura
do ar (C) Municpios das Umidade Relativa Altura Total da Precipitao
Capitais (%) Pluviomtrica (mm) Mxima Mnima Absoluta Absoluta Porto
Velho 34,8 15 84 2310,1 Rio Branco 35,6 ** 85 1855 Manaus 36,4 19,3
80 1965,7 Boa Vista ** ** ** ** Belm 33,8 20,2 87 2786 Macap 34
21,2 86 2905,4 So Lus 32,8 20,6 87 2786 Terezina ** ** ** **
Fortaleza 32,2 21 77 1075,8 Natal ** ** ** ** Joo Pessoa 31,2 20 75
1376,5 Recife 32 18,2 79 2491,1 Macei ** ** ** 1637,5 Aracaju 32,6
18 75 1246,6 Salvador 32,6 ** 81 1762,1 Belo Horizonte 31,5 11,6 89
** Vitria 36,5 15,1 77 1212,3 Rio de Janeiro ** ** ** ** So Paulo
33 6,4 76 1925,8 Curitiba 32,4 0,5 80 1238,1 Florianpolis 34,8 1,5
80 1770,9 Porto Alegre 38,2 0,6 72 1181 Campo Grande 35,3 4,1 75
1553file:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm (18
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19. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Cuiab 38,2 7 80
** Goinia 36,2 8,9 83 1534 Leitura Complementar EFEITO ESTUFA
Relatrio Aponta Solues para Efeito Estufa Jos Reis (Especial para
Folha) Muito alarido se tem feito ultimamente em torno do efeito
estufa, ligando-o a calamidades atuais ou iminentes, como por
exemplo grandes secas no hemisfrio norte. A verdade, porm, que esse
efeito um processo natural em nosso planeta e sem ele no estaramos
aqui. O efeito estufa nada mais que o resultado da irradiao de
parte da radiao infravermelha pela troposfera (a parte da atmosfera
em contato com a superfcie terrestre) no sentido dessa superfcie,
que assim se mantm aquecida. Dessa irradiao participam vrios gases,
o mais importante dos quais o dixido de carbono. Outros gases so o
vapor dgua, o metano, o clorofluocarbono, o xido nitroso etc. No
fosse tal efeito, nossa situao seria parecida com a da Lua, na qual
a temperatura sobe a 100C na superfcie iluminada pelo Sol e vai a
150C negativos noite, com uma temperatura mdia de 18C negativos. Na
terra, graas atmosfera que a envolve, a temperatura superficial
mdia de 15C e a camada gasosa, em consequncia do equilbrio da
radiao que entra e sai, mantm o planeta 33C mais quente do que
seria sem ela. "No h dvida", salienta R. Kerr, "que a Terra se acha
na iminncia de um aumento da temperatura global sem precedentes na
histria da civilizao humana e fato bem comprovado que tem havido um
aquecimento secular que culminou na dcada de 80". Mas os cientistas
tm se recusado a ligar esses extremos ao efeito estufa. Em
compensao, reconhecem que preciso organizar um esforo internacional
para prevenir as consequncias do aumento do efeito estufa, que
provavelmente se manifestaro nos tempos vindouros. Essa preocupao
com as conseqncias do aumento do efeito estufa, aliadas a certos
eventos como a destruio de parte da camada de oznio, justificou
vrios encontros internacionais que resultaram na elaborao do
chamado "Relatrio Bellagio" ("Science,", 241, 23). Este no
incorpora nenhum dado essencialmente novo, mas apresenta de maneira
nova as projees do aquecimento do globo em decorrncia do aumento do
teor de dixido de carbono e outros gases. Sabe-se que em 1957 a
concentrao bsica do dixido de carbono na atmosfera era de 315
partes por milho (ppm) e hoje de 350 ppm (0,035 por cento).
Previses As conseqncias do contnuo aumento de temperatura se
manifestariam no aquecimento e expanso dos oceanos, que avanariam
pelas costas adentro, podendo elevar o nvel martimo de 30 cm nos
meados do prximo sculo, atingindo at um metro e meio. Sofreria a
agricultura, especialmente a das regies semi-ridas, e sofreriam
ainda mais os sistemas ecolgicos no administrados. Incerteza
Cientfica Para enfrentar tal situao, que provavelmente sobrevir no
futuro, o relatrio salienta duas respostas. Uma consiste na adaptao
mudana do clima, por exemplo pela construo de muralhas contra a
invaso das guas, ou abandono das reas costeiras, medidas que em
certas regies j comeam a ser
tomadas.file:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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20. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Outra consiste
na limitao das mudanas de clima pela reduo da emisso dos gases
responsveis pelo aumento do efeito estufa. Esta soluo ser inevitvel
por ser proibitivo o custo da poltica de adaptao. Salienta o
relatrio que no nos devemos deixar imobilizar pelo conhecimento de
que se trata de eventos distantes, ou esperar "at que a incerteza
cientfica seja aceitavelmente pequena", protelando desse modo as
aes acautelatrias. Este o grande aviso contido no relatrio, que
ressalta que o tempo envolvido na efetivao das medidas grande. A
inrcia trmica dos oceanos retarda de vrias dcadas o prprio
aquecimento e as reaes da sociedade levam uns 30 a 50 anos para
concretizar-se. Restries Como recomendaes prticas imediatas, o
relatrio reclama rpida aprovao e implementao do protocolo firmado
em Montreal a respeito da proteo da camada de oznio. J lembramos no
outro artigo que a restrio do uso dos clorofluocarbonados, segundo
o protocolo, acarretaria baixa de 15 a 25% na taxa de aquecimento.
Alm de medidas imediatas, o relatrio enumera as de longo prazo, com
aumento da eficincia do consumo de energia, uso de energias
alternativas como a solar e a nuclear, substituio do carvo pelo gs
natural e reflorestamento. Prope ainda um relatrio mais estudo
cientifico sobre o efeito estufa e considerao de direitos da
atmosfera semelhante ao martimo, alm de convnios internacionais
como o do oznio. Inverso Trmica "Embora as condies normais por
vrias milhas (ou quilmetros) da atmosfera inferior mostrem um
decrscimo da temperatura com o aumento da altitude, freqentemente
acontece que estas condies se vejam invertidas atravs de algumas
camadas da atmosfera, de modo que as temperaturas temporria ou
localmente aumentem com a altitude. Esta condio, na qual o ar mais
frio est mais perto da Terra e o ar mais quente est acima, chamada
de "inverso "trmica". Uma das formas mais comuns de inverso de
temperatura aquela que ocorre nas proximidades da superfcie da
Terra e se forma como um resultado do resfriamento por irradiao do
ar inferior junto superfcie subjacente. Desde que a superfcie
terrestre um corpo radiante mais efetivo do que a prpria atmosfera,
o resfriamento noturno mais rpido no terreno do que na atmosfera.
Como conseqncia, o ar mais frio pode ser encontrado prximo
superfcie da Terra. As condies ideais para tais inverses trmicas
superficiais so: a) noites longas como no inverno, de modo que
haveria um perodo relativamente longo em que a sada de radiao
terrestre superaria a entrada de radiao solar; b) um cu claro ou
com nvens muito altas, de modo que a perda de calor pela radiao
terrestre seja rpida e no retardada; c) ar relativamente seco, que
absorve pouca radiao terrestre; d) ligeiro movimento de ar, de modo
que haja pouca mistura do ar, e a camada superficial, como
conseqncia teria tempo, por conduo ou radiao, de tornar-se
excessivamente fria; e) uma superfcie coberta de neve, que, devido
reflexo da energia solar, aquece pouco durante o dia, e, sendo um
pobre condutor de calor, retarda o fluxo ascendente de calor, do
terreno para cima". (Glen Trewartha) Fonte: Folha de So
Paulo.file:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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21. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino 5_1 Matrias
> Geografia > Geografia do Brasil > Geografia Fsica >
Vegetao e Domnios Naturais: 5_1-1 VEGETAO E DOMNIOS NATURAIS 1.Os
domnios naturais do Brasil Este mapa uma grande sntese das condies
fsicas do territrio brasileiro: nele podemos observar a distribuio
dos domnios naturais, que contm informaes sobre o clima, a vegetao
e o relevo; nos climogramas, podemos observar o comportamento das
temperaturas mdias e o total das chuvas nos principais
domnios.file:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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22. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino O domnio
amaznico Nessa regio de clima equatorial dominada pela Floresta
Amaznica, as mdias trmicas so elevadas e as chuvas abundantes
(observe o climograma). Na maior parte deste domnio predominam
terras baixas, de estrutura geolgica sedimentar e relevo plano. A
floresta Amaznica apresenta rvores de grande porte e uma enorme
variedade de espcies animais e vegetais (biodiversidade). Cerca de
15% da rea original da floresta j foi desmatada. O domnio das
caatingas A maior parte desse domnio uma depresso rea mais baixa
que as terras ao redor localizada entre planaltos e com presena de
chapadas. O clima semi-rido, com chuvas escassas e mal distribudas
ao longo do ano, o que provoca a existncia de rios temporrios, ou
seja, que secam. A vegetao da caatinga apresenta plantas com
espinhos e aparecem cactos, o que caracteriza uma formao xerfila
(adaptada escassez de gua). A caatinga desenvolve-se no Serto
nordestino. Cerca de 80% de sua rea j foi devastada pela implantao
de atividades agrcolas e pecurias. O domnio dos
cerradosfile:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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23. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Neste domnio o
clima tropical tpico (semi-mido), com vero quente e chuvoso e
inverno com temperaturas amenas e baixo ndice pluviomtrico. O
relevo predominantemente plano, com presena de chapadas. A vegetao
dos cerrados constituda predominantemente por arbustos e vegetao
herbcea (rasteira), sendo o ip a rvore mais famosa desta formao. No
cerrado a estao seca dura cerca de seis meses e os solos so
predominantemente cidos e ricos em alumnio. Nas reas de cultivo de
gros (soja, arroz, milho, trigo) e algodo, a acidez do solo
corrigida com a calagem utilizao de calcrio. Cerca de metade do
cerrado est ocupada por cultivo de cereais e pela criao de gado. O
domnio dos mares de morros Neste domnio aparecem vrias serras e
morros em forma de meia laranja, chamadas de mares de morros. onde
encontramos a Mata Atlntica. A Mata Atlntica uma floresta densa,
que possui uma enorme biodiversidade. Assim como a floresta
Amaznica, tambm latifoliada, ou seja, apresenta folhas grandes que
facilitam o processo de transpirao. Cerca de 95% da sua rea j foram
desmatados. O domnio das araucrias uma regio de planaltos e serras
com clima subtropical - chuvas bem distribudas durante o ano e
temperaturas mdias de inverno mais baixas que no restante do pas.
Na mata de araucrias se destacam os pinheiros (Araucaria
angustifolia) Na mata de araucrias as rvores ficam mais distantes
entre si, quando comparada s florestas tropicais. Cerca de 95% da
mata de Araucrias foi devastada pela extrao da madeira para a
construo de mveis, casas etc. O domnio dos campos naturais Neste
domnio aparecem as coxilhas - colinas de ondulao suave,
originariamente recobertas por campos naturais. A campanha gacha
tambm chamada de pradaria ou pampas. Cerca de 90% de sua rea esto
ocupadas pela agricultura e pecuria. Para saber mais: Na pgina
eletrnica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renovveis (Ibama), voc encontrar informaes sobre a fauna e
a flora brasileiras, alm de informaes sobre parques, reservas
ecolgicas e outras Unidades de Conservao. http://www.ibama.gov.br/
Na pgina do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
possvel acessar imagens de satlite com dados meteorolgicos e sobre
desmatamento e muitas outras coisas interessantes.
http://www.inpe.br/file:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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24. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Na pgina do
Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) possvel voc montar seus
prprios climogramas com dados de todas as capitais brasileiras.
http://www.inmet.gov.br/ Na pgina do Ministrio do Meio Ambiente
existem vrios dados e abordagens sobre os mais variados temas
ambientais. Visite-o: http://www.mma.gov.br/ 6_1 Matrias >
Geografia > Geografia do Brasil > Populao > O Crescimento
da Populao Brasileira: 6_1-1 O CRESCIMENTO VEGETATIVO DA POPULAO
BRASILEIRA O crescimento vegetativo de uma populao a diferena entre
o total de nascimentos e o total de mortes. Observe, no grfico, o
comportamento dessa taxa nas ltimas dcadas e sua projeo at o ano
2020: Brasil: crescimento vegetativo (1960-2020) Fonte: IBGE.
Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores
Sociais; Anurio estatstico do Brasil, 1997. Nota: Os ndices
indicados em sua relao %o (por mil) podem ser expressos em % (por
cento), caso sejam divididos por dez. Exemplo: 30,0%o = 3,0%. J a
taxa geomtrica de crescimento, ou simplesmente crescimento
populacional, engloba o crescimento vegetativo e os movimentos
migratrios. Portanto, mesmo regies que apresentam crescimento
vegetativo elevado podem estar passando por processo de reduo de
contingente, caso os fluxos migratrios estejam negativos, ou seja,
grande parte da populao esteja emigrando por qualquer motivo.
Analise, agora, o grfico que mostra a expectativa de vida da
populao
brasileira:file:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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25. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Fonte: IBGE.
Estatsticas histricas do Brasil; Anurio estatstico do Brasil, 1997;
Brasil em nmeros, 1998. Ao longo do sculo XX a reduo das taxas de
natalidade e de mortalidade e o aumento da expectativa de vida
estiveram associados ao processo de urbanizao e aos avanos da
medicina. Com o xodo rural e o conseqente aumento percentual da
populao urbana em relao populao rural, h uma mudana no
comportamento demogrfico da populao, com queda nos ndices de
fertilidade (nmero de filhos por mulher) devido aos seguintes
fatores: aumento do custo de criao, maior acesso a mtodos
anticoncepcionais, maior ndice de mulheres que trabalham fora de
casa. Ainda, com a urbanizao, ocorre queda nas taxas de mortalidade
e aumenta a expectativa de vida, uma vez que aumenta o percentual
de populao com acesso a saneamento bsico (gua tratada e coleta de
esgoto) e servios de sade, alm de maior eficincia nos programas de
vacinao. Tabela - Brasil: taxa de urbanizao por regies (%)
Planejamento familiar Para que as mulheres tenham condies de optar
conscientemente pelo nmero de filhos que desejam ter necessrio que
tenham acesso, em primeiro lugar, a um sistema eficiente de educao
e sade. medida que aumenta o ndice de escolarizao da populao, mais
mulheres passam a optar pelo mtodo anticoncepcional que seja mais
indicado, por um mdico, para a sua circunstncia pessoal.
Adolescentes de 15 a 17 anos que tiveram filhos 1995 (%) Fonte:
IBGE/PNAD. Indicadores sobre crianas e adolescentes, 1997. p.84. A
gravidez acidental na adolescncia compromete, na maioria dos casos,
a formao educacional e profissional das meninas. Muitas vezes fruto
da desinformao e da dificuldade de acesso a
mtodosfile:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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26. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino
anticoncepcionais. 7_1 Matrias > Geografia > Geografia do
Brasil > Populao > A Estrutura da Populao Brasileira: 7_1-1 A
ESTRUTURA DA POPULAO BRASILEIRA 1. A Pirmide de Idades A pirmide de
idades um grfico onde podemos obter dados sobre o nmero de
habitantes de uma cidade, um estado, um pas ou qualquer outra base
de dados, e sua distribuio por faixa etria e sexo. Ao observ-la
podemos tirar algumas concluses sobre a taxa de natalidade e a
expectativa de vida da populao: q quanto maior a base, maior a taxa
de natalidade e a participao dos jovens no conjunto total da
populao q quanto mais estreito o topo, menor a expectativa de vida
e a participao de idosos no conjunto da populao. Observe a evoluo
da pirmide brasileira nas ltimas dcadas: a reduo progressiva das
taxas de natalidade provocam reduo da base enquanto que o aumento
da expectativa de vida, um alargamento no topo e na parte central.
CONTAGEM DA POPULAO - 1996 A intensidade da prtica anticonceptiva
no Pas, quer seja atravs de mtodos previsveis (como a plula
anticoncepcional) ou a esterilizao feminina, contribui para
acelerar o ritmo de declnio da natalidade ao longo da dcada de 1980
(Grficos 4 e 5). Composio Etria segundo idades individuais 1980
Fonte IBGE, Centro Demogrfico de 1980. Composio Etria segundo
idades individuais,
1991file:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm (26
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27. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Fonte IBGE,
Centro Demogrfico de 1991. Envelhecimento Populacional - um
importante indicador que est relacionado estrutura etria de um povo
e que relaciona a populao idosa com o contigente de crianas.
Trata-se de uma derivao do ndice de envelhecimento populacional,
que se presta a significativos estudos comparativos. O entendimento
desse ndice traduz-se da seguinte forma: quanto maior sua
magnitude, mais elevada a proporo de idosos - no caso, a populao de
menos de 15 anos de idade. O Brasil como um todo possui um ndice de
16,97%, que est em ascenso, visto ter sido de 13,90% em 1991.
Quando se estabelecem comparaes regionais, percebe-se inicialmente
que o ndice est subindo praticamente em todas as regies, o que
reflete a influncia da continuada queda da fecundidade e,
simultaneamente, do aumento consistente da esperana mdia de vida.
Proporo de populao de menos de 15 anos e de 65 anos e mais; e Relao
Idoso/Criana, segundo as grande regies (1980 - 1996). Proporo da
Populao (%) Relao Grandes Idoso/Criana (%) regies Menos de 15 anos
65 anos e meio 1980 1991 1996 1980 1991 1996 1980 1991 1996 Brasil
66,23 57,43 50,18 6,95 7,98 8,52 10,49 13,90 16,97 Norte 90,47
78,13 67,88 5,51 5,52 5,70 6,09 7,07 6,52 Nordeste 83,29 70,95
60,30 8,34 9,11 8,34 10,02 12,04 15,40 Sudeste 55,09 49,06 43,18
6,00 5,06 8,78 12,27 16,47 20,33 Sul 60,57 50,98 45,51 5,41 7,88
8,68 10,58 15,57 19,08 Centro- 71,04 57,41 49,85 4,51 5,31 6,84
6,26 9,26 11,71 Oeste Fonte: IBGE, Censos Demogrficos de 1980 e
1991 e Contagem da Populao de 1996 Os nveis mais elevados so
encontrados nos estados pertencentes Regio Sudeste, destacando-se o
comportamento do Rio de Janeiro, com uma relao idoso/criana de
25,79%. As estimativas atualmente disponveis sugerem que esse ndice
dever continuar crescendo no Brasil, a partir principalmente da
proporo de populao jovem. Fonte IBGE, Censo demogrfico de 1980 e
1991 e Contagem da populao de 1996 Extrado do CD-ROM: IBGE Contagem
da Populao,
1996file:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm (27
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28. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Populao Segundo
Grupo de Idades - Brasil (1940-2010) - Distribuio Relativa (%) 2.
As atividades econmicas medida que a economia de um pas vai-se
desenvolvendo, diminui a participao da agricultura e aumenta a
participao da indstria e dos servios na composio do PIB. Observe os
dados da tabela: Tabela de composio do PIB em alguns pases
desenvolvidos, subdesenvolvidos e emergentes Pas PIB Agricultura
Indstria Servios (bilhes de (% do PIB) (% do PIB) (% do PIB)
dlares) Estados Unidos 7 834 2 27 71 Japo 4 190 2 38 60 Reino Unido
1 286 2 31 67 Brasil 820 8 35 35 Coria do Sul 442 6 43 51 Mxico 403
5 26 69 Bangladesh 41 24 27 49 Paraguai 10 23 22 55 Etipia 6 55 7
38 Nicargua 2 34 22 44 Fonte: Relatrio do Desenvolvimento Humano
1999, PNUD. Lisboa: Trinova, 1999. Observe, no grfico abaixo, que
24,5% da PEA * esto no setor primrio da economia, responsvel por 8%
do PIB. Esses nmeros evidenciam a predominncia de utilizao de
mo-de-obra desqualificada, apresentando baixa
produtividade.file:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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29. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Fonte: IBGE,
Brasil em nmeros, 1998 * A PEA (Populao Economicamente Ativa)
formada pelos trabalhadores empregados mais os desempregados que
esto em busca de nova ocupao. 8_1Matrias > Geografia >
Geografia do Brasil > Populao > O ndice de Desenvolvimento
Humano (IDH): 8_1-1O NDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - IDHDesde
1990, os relatrios divulgados pela Organizao das Naes Unidas (ONU)
nos permitem realizar algumascomparaes entre a qualidade de vida da
populao dos diversos pases do planeta utilizando o ndice
deDesenvolvimento Humano (IDH). Este ndice reflete as condies de
trs variveis bsicas para uma boa qualidade devida: a expectativa de
vida ao nascer, a escolaridade e o Produto Interno Bruto per
capita. Veja o que significam essasvariveis: q Expectativa de vida
ao nascer se a populao apresenta uma expectativa de vida elevada,
isto indica que as condies de saneamento bsico, alimentao,
assistncia mdico-hospitalar e moradia so boas, alm de haver o
acesso a um meio ambiente saudvel. q Escolaridade quanto maior o
ndice de escolarizao da populao, melhor o nvel de desenvolvimento,
exerccio da cidadania, produtividade do trabalho etc. q Produto
Interno Bruto per capita o Produto Interno Bruto (PIB) a soma de
tudo o que foi produzido pela economia de um pas no perodo de um
ano. O PIB de um pas dividido por sua populao corresponde renda per
capita, que o valor que caberia, em mdia, a cada pessoa. No clculo
do IDH, o PIB ajustado ao poder de compra da moeda nacional, porque
os gastos com alimentao, sade e moradia variam muito de um pas para
outro.Essas trs variveis so expressas em uma escala que varia de
0,0 a 1,0: quanto mais baixo o ndice, piores so ascondies de vida;
quanto mais prximo de 1,0, mais elevada a qualidade de vida da
populao em geral.Os pases so divididos em trs categorias:- baixo
desenvolvimento humano: IDH menor que 0,500- mdio desenvolvimento
humano: IDH entre 0,500 e 0,799- alto desenvolvimento humano: IDH
de 0,800 ou mais.Observe o IDH de alguns pases.ndice de
Desenvolvimento Humano - 1997Alto Desenvolvimento Humano Mdio
Desenvolvimento Humano Baixo Desenvolvimento Humano
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30. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino1 - Canad 0,932
48 - Venezuela 0,792 142 - Sudo 0,4742 - Noruega 0,927 50 - Mxico
0,786 146 - Nigria 0,4563 - EUA 0,927 58 - Cuba 0,765 150 -
Bangladesh 0,4404 - Japo 0,924 71 - Rssia 0,747 158 - Uganda 0,4045
- Blgica 0,923 79 - Brasil 0,739 160 - Angola 0,39810 - Reino Unido
0,918 84 - Paraguai 0,730 164 - Ruanda 0,37919 - Itlia 0,900 91 -
Ucrnia 0,721 167 - Eritria 0,34630 - Coria do Sul 0,852 98 - China
0,701 169 - Moambique 0,34139 - Argentina 0,827 112 - Bolvia 0,652
172 - Etipia 0,29844 - Polnia 0,802 132 - ndia 0,545 174 - Serra
Leoa 0,254 Fonte: Relatrio do Desenvolvimento Humano, 1999, p.
134-7. PNUD [TP1][TP1]. Lisboa: Trinova, 1999 Observao: Em 1999,
houve alterao do peso da renda no clculo do ndice. O Brasil, que
era classificado como um pasde alto desenvolvimento humano, foi
rebaixado para mdio. Como os dados da tabela abaixo so de 1996, h
diferena naclassificao. Brasil: IDH 1970 Brasil: IDH 1991 Brasil:
IDH 1996Brasil: Populao absoluta e IDH por estados PIB per
Expectativa de vida Populao Absoluta Analfabetismo (1995) capita
IDH (10 anos ou +) (em dlar) 14,8Brasil 157.079.73 67,6 6.403 0,830
7,9Rondnia 1.231.007 67,0 6.398 0,820 16,0Acre 483.726 67,0 741
0,754 9,7Amazonas 2.389.279 67,6 5.718 0,775 7,6Roraima 247.131
66,3 6.231 0,818 12,0Par 5.510.849 67,5 4.268 0,703 8,7Amap 379.459
67,8 5.370 0,786 23,2Tocantins 1.048.642 67,2 1.575 0,587
31,0Maranho 5.222.565 63,6 2.158 0,547 35,4Piau 2.673.1763 64,4
2.004 0,534 30,2Cear 6.809.794 65,1 2.667 0,590 27,8R. G. Norte
2.558.660 65,2 4.083 0,668 30,6
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31. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e SubmarinoParaba 3.305.616
28,5 63,1 2.438 0,557Pernambuco 7.399.131 34,7 62,4 3.213
0,615Alagoas 2.633.339 25,3 61,9 2.496 0,538Sergipe 1.624.175 26,9
66,0 5.122 0,731Bahia 12.541.745 12,7 66,5 3.677 0,655M. Gerais
16.673.097 12,8 69,2 5.968 0,823Esp. Santo 2.802.707 6,3 69,2 6.251
0,836R. de Janeiro 3.406.379 6,9 67,0 6.477 0,844So Paulo
34.120.886 10,2 69,4 6.511 0,868Paran 9.003.804 6,7 69,2 6.402
0,847S. Catarina 4.875.244 7,1 70,5 6.405 0,863R. G. Sul 9.637.682
11,9 70,8 6.446 0,869M. G. Sul 1.927.834 13,8 69,2 6.393 0,848M.
Grosso 2.235.834 13,7 68,0 5.003 0,767Gois 4.515.868 6,0 68,6 5.238
0,786Dist. Federal 1.821.946 6,0 68,4 6.580 0,869Fonte: IPEA, FJP,
IBGE, PNUD. Desenvolvimento humano e condies de vida: Indicadores
brasileiros, 1998.IBGE. Contagem da populao, 1996.Para saber
mais:No site do Instituto de Pesquisas Econmicas Aplicadas (IPEA)
est disponvel o relatrio: DesenvolvimentoHumano e Codies de Vida:
Indicadores Brasileiros. Conecte-se: www.ipea.gov.br 9_1 Matrias
> Geografia > Geografia do Brasil > Populao >
Desemprego e Concentrao de Rendas: 9_1-1 O DESEMPREGO E A
CONCENTRAO DE RENDA 1. A Distribuio de Renda Brasil: famlias, por
classe de renda familiar per capita, em salrios mnimos 1998 Fonte:
IBGE: Sntese de indicadores sociais, 1999, p.145. Distribuio do
rendimento dos 50% mais pobres e dos 1% mais ricos em relao ao
total dos rendimentos 1998 Fonte: IBGE: Sntese de indicadores
sociais, 1999, p.104.
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32. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino 50% mais
pobres: 13,5% 1% mais ricos: 13,8% Nos pases subdesenvolvidos, h
uma grande concentrao da renda nacional, principalmente em funo de
trs fatores: q 1. a inflao nunca integralmente repassada aos
salrios, o que aumenta o lucro dos empresrios e diminui o poder
aquisitivo dos assalariados; q 2. a carga de impostos indiretos
(ICMS, IPI, ISS e todos os outros tributos que esto embutidos no
preo das mercadorias e servios que consumimos) elevada; como o
pobre e o rico pagam o mesmo valor de impostos ao comprar uma
mercadoria, essa forma de arrecadao pesa mais para a populao de
baixa renda; q 3. a precariedade dos servios pblicos diminui as
possibilidades de a classe baixa ascender profissionalmente e
melhorar seus rendimentos. Se as polticas pblicas de planejamento
no considerarem como est distribuda a renda pela populao, suas
estratgias de melhoria dos sistemas de educao e sade, das condies
de habitao, transportes, abastecimento, lazer etc. estaro
condenadas ao fracasso. Contagem da populao - 1996 Taxas de
escolarizao das pessoas de 4 a 25 anos de idade por sexo, Segundo
grandes regies e grupos de idade - 1996 Grande regies Taxa de
escolarizao (%) e grupos de idade Total Homens Mulheres Brasil 4 a
6 anos 55,4 54,6 56,3 7 a 9 anos 91,4 90,07 92,1 10 a 14 anos 89,5
88,9 90,1 14 a 17 anos 66,8 65,5 68,0 18 a 24 anos 25,8 24,7 26,8
Extrado do CD-ROM: IBGE - Contagem da Populao, 1996 Rendimentos
(mdia real mensal em R$/set-97 das pessoas com mais de 10 anos de
idade) Distribuio da renda Ganho dos 10% Ganho dos 10% mais mais
pobres da populao ricos da populao 1990 32 2049 1992 29 1716 1993
28 1986 1995 56 2474 1996 61 2496 1997 58
2463file:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm (32
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33. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Fonte: IBGE,
PNDA (obs. no houve PNDA em 1991 e 1994 O controle da inflao, a
partir de 1994, com a implantao do Plano Real, promoveu ganhos
expressivos para a populao de baixa renda. No endereo eletrnico do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica) voc encontra
vrios dados estatsticos sobre os mais variados temas da geografia
fsica, humana e econmica do Brasil. Visite-o:
www.ibge.gov.br/ibgeteen/index.html 10_1 Matrias > Geografia
> Geografia do Brasil > Produo e Consumo de Energia e
Minerais Metlicos > A Extrao de Minerais no Brasil: 10_1-1 A
extrao de minerais no Brasil Valor da produo nacional dos
principais minerais metlicos, no metlicos e energticos (1000 US$,
1995) Minerais metlicos Minerais no metlicos Minerais
energticosfile:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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34. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Fonte: Anurio
Estatstico do Brasil, 1997. A extrao de minerais metlicos no Brasil
controlada pela Companhia Vale do Rio Doce, empresa criada em 1942
por Getlio Vargas e privatizada em 1998. Para explorar uma provncia
mineral, as empresas dependem de uma autorizao especial, fornecida
pelo Ministrio das Minas e Energia, que pode suspender a autorizao
a qualquer momento, em nome dos interesses nacionais. As principais
reas de extrao do Brasil so: q Quadriltero Central ou Ferrfero
(MG): localizado no centro-sul de Minas Gerais, responsvel pela
maior produo brasileira de minrios de ferro e mangans. Tambm produz
bauxita e cassiterita em menores quantidades. q Projeto Carajs: a
serra dos Carajs se localiza no sudeste do Par, onde foi
encontrada, no final da dcada de 60, a maior provncia mineral do
planeta, com enorme abundncia de ferro, mangans, bauxita, estanho,
ouro, cobre e nquel. q Projeto Trombetas (PA): localizado no Par,
no vale do rio Trombetas, fornece bauxita a diversas empresas do
Projeto dos Plos de Alumnio que se instalaram dentro do projeto
Carajs. q Macio do Urucum (MS): trata-se de uma provncia mineral
localizada no meio do Pantanal Mato-grossense, beira do rio
Paraguai, por onde escoada sua modesta produo de ferro e mangans.
Para saber mais sobre estes temas visite o site do Ministrio do
Desenvolvimento, Indstria e Comrcio (http://www.mdic.gov.br/) e do
Ministrio do Planejamento (http://www.planejamento.gov.br/) 11_1
Matrias > Geografia > Geografia do Brasil > Industrializao
Brasileira > Histrico da Industrializao Brasileira: 11_1-1
HISTRICO DA INDUSTRIALIZAO BRASILEIRA 1. Concentrao Industrial
Indstrias de base, bens de produo ou intermedirias Produzem
matrias-primas secundrias como, por exemplo, alumnio, ao
(siderurgia), cimento e derivados de petrleo (petroqumica).
Indstrias de bens de capital Produzem mquinas, peas e equipamentos
industriais. Indstrias de bens de consumo q Durveis: automveis,
eletrodomsticos, mveis
etc.;file:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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35. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino q Semidurveis:
calados, roupas, lpis etc. q No-durveis: alimentos, bebidas,
remdios etc. Distribuio regional da receita lquida de vendas das
indstrias: Norte: 3%; Nordeste: 8%; Sudeste: 69%; Sul: 18%;
Centro-Oeste: 2% Fonte: IBGE. Anurio estatstico do Brasil, 1997. O
parque industrial brasileiro est amplamente concentrado nos estados
do Centro-Sul e nas maiores regies metropolitanas. Porm, nas ltimas
dcadas, vem passando por um processo de disperso espacial, que
acontece medida que vai-se dispersando a infra-estrutura de
transportes, energia e comunicaes e o poder pblico oferece
benefcios fiscais para atrair investimentos. No interior das regies
e dos estados est ocorrendo o mesmo processo. 2.
Histricofile:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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36. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino A economia
brasileira s comeou a se estruturar em escala nacional a partir da
segunda metade da dcada de 1930. At ento, a organizao espacial das
atividades econmicas era dispersa, as economias regionais chamadas
de arquiplagos econmicos regionais - se estruturavam de forma quase
totalmente autnoma. Com a crise do caf e o incio da industrializao,
comandada pelo Sudeste, esse quadro mudou. Getlio Vargas passou a
promover a integrao dos arquiplagos regionais atravs da instalao de
um sistema de transportes ligando os estados, o que aumentou o
fluxo de mercadorias e pessoas entre os mesmos. A partir de ento,
at a dcada de 1980, a concentrao espacial da indstria na regio
Sudeste se explica por trs fatores bsicos: q Complementaridade
industrial as indstrias de autopeas tendem a se localizar prximo s
automobilsticas; s petroqumicas, prximo s refinarias etc.; q
Concentrao de investimentos pblicos nos setores de energia e
transportes por fim, mais barato para o governo concentrar
investimentos em determinada regio do que espalh-los pelo territrio
nacional. Essa tendncia concentrao perdurou at o final da dcada de
70, quando comearam a surtir efeitos os investimentos do II PND e
serem inauguradas as primeiras grandes usinas hidreltricas na regio
Nordeste. 12_1 Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Urbanizao Brasileira > As Regies Metropolitanas: 12_1-1 As
regies metropolitanas A partir da segunda metade do sculo XX houve
um processo de expanso das reas urbanas das grandes cidades em
direo periferia; vrios municpios tornaram-se um nico bloco. Essa
situao caracteriza a conurbao, sistema no qual os problemas de
infra-estrutura urbana (transportes coletivos, segurana, moradia,
saneamento etc.) e integrao socioeconmica devem ser administrados
conjuntamente. Exemplo: uma pessoa trabalha e estuda em um municpio
diferente daquele em que mora (e pelo qual paga IPTU). Esse
processo, verificado em vrias regies do pas levou o Governo Federal
a criar, em 1973, as regies metropolitanas: um conjunto de
municpios contnuos e integrados scio-economicamente a uma cidade
central, com servios pblicos e infra-estrutura comum. Cada metrpole
administrada por um Conselho, nomeado pelo governador do estado
onde se encontra. Confira, no quadro abaixo, as principais regies
metropolitanas do pas Brasil Regies metropolitanas (1996) Populao
residente Populao da cidade principal So Paulo 39 municpios
16.583.34 9.839.436 Rio de Janeiro 19 municpios 10.192.097
5.551.538 Belo Horizonte 24 municpios 3.803.249 2.091.448 Porto
Alegre 23 municpios 3.246.869 1.288.879 Recife 14 municpios
3.087.967
1.346.045file:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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37. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Salvador 10
municpios 2.709.084 2.211.539 Fortaleza 9 municpios 2.582.820
1.965.513 Curitiba 24 municpios 2.425.361 1.476.253 Belm 5
municpios 1.485.569 1.144.312 Vitria 5 municpios 1.182.354 265.874
Baixada Santista (SP) 9 municpios 1.309.263 412.243 So Lus 4
municpios 940.711(*) 780.833 Natal 6 municpios 21 656.037 RIDE (21
municpios) ** 91 1.821.946 Fonte: IBGE. Anurio Estatstico do Brasil
,1998; Contagem da Populao, 1996. (*) exceto a populao do municpio
de Raposa (**) Regio Integrada de Desenvolvimento do Entorno (de
Braslia) Quanto maior e mais diversificada a atividade econmica,
cultural e poltica de uma cidade, maior a rea na qual se estende
seu poder de polarizao. So Paulo e Rio de Janeiro so consideradas
metrpoles nacionais porque concentram quase o pas inteiro, uma vez
que suas atividades econmicas so de maior porte e mais
diversificadas que as das demais capitais do pas. Curitiba, Belo
Horizonte, Recife e outras capitais estendem suas zonas de
influncias por reas territoriais menores e so consideradas
metrpoles regionais. As metrpoles so os maiores centros de
polarizao do territrio. Nessa hierarquia urbana h, ainda, as
capitais regionais, os centros regionais e as cidades locais; estas
ltimas polarizam apenas suas respectivas zonas rurais. Essas
cidades que se relacionam no territrio atravs de sistemas de
transportes e de comunicaes formam a rede urbana. Nas regies onde
as cidades esto dispersas pelo territrio, ou seja, onde a rede
urbana desarticulada, os nveis de polarizao seguem uma hierarquia
mais ou menos rgida. Por exemplo, se uma pessoa que mora em uma
pequena cidade do interior do Nordeste quiser viajar ao exterior,
qual dever ser o seu percurso? Na maioria das cidades pequenas s
existem nibus que vo para os centros e capitais regionais. Exemplo:
no h nibus direto de Carolina, pequena cidade do Maranho, para
Salvador ou Recife (cidades que possuem aeroportos internacionais).
O viajante teria que se deslocar para Imperatriz e de l para uma
metrpole. Para dar continuidade aos estudos ou comprar livros de
editoras especializadas, as pessoas que moram em cidades pequenas
de regies onde a rede urbana esparsa tm de se deslocar de cidade em
cidade. Nas regies em que a rede urbana densa e articulada, as
cidades locais podem estar diretamente ligadas a uma metrpole
nacional. Se a pessoa do primeiro exemplo apresentado morasse numa
pequena cidade do interior, no precisaria deslocar-se por tantas
cidades para viajar ou para dar continuidade a seus estudos.
Compare os dois grficos e veja como a rede formada pelas cidades
diferente em cada caso: Ttulo: Relaes entre as cidades em uma rede
urbana Esquema
clssicofile:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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38. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Relaes entre as
cidades em uma rede urbana Esquema atual Legenda: A modernizao dos
sistemas de transportes e comunicaes integra as cidades de
diferentes portes que formam a rede urbana. Dentro do que
legalmente considerado permetro urbano, o governo municipal
arrecada o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU); fora desses
limites, na zona rural, arrecadado o Imposto Territorial Rural
(ITR). Como o IPTU vai direto para os cofres da prefeitura e mais
caro que as outras taxas cobradas, alguns prefeitos estendem o
permetro urbano para as reas rurais do municpio. Para ter acesso a
informaes sobre os municpios da Regio do Entorno do Distrito
Federal acesse: www.gdf.gov.br/entorno No captulo que trata da
populao brasileira, vimos que o crescimento populacional est
associado a dois fatores: o crescimento vegetativo e a migrao.
Entre as dcadas de 1930 e 1970, as capitais industriais do Sudeste
(So Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte), cidades que mais
cresciam no pas, foram os grandes plos de atrao de migrantes. A
diferena entre o crescimento dessas cidades e as de porte mdio era
enorme. Um dos resultados dessa dinmica o fato de a regio
metropolitana de So Paulo, ainda hoje, abrigar quase 40% da populao
de todo o estado e cerca de 10% da populao do pas. A partir da
dcada de 1980, em conseqncia do processo de disperso das atividades
econmicas por novas reas do territrio nacional, muitas capitais
passaram a apresentar um ritmo de crescimento inferior ao
verificado nas mdias cidades. Observe a tabela abaixo: POPULAO
RESIDENTE E TAXA DE CRESCIMENTO, SEGUNDO OS MUNICPIOS Municpios
Populao residente Taxa de crescimento (%) das capitais (1970/1996)
1970 1996 1970/80
1991/96file:///C|/html_10emtudo/Geografia/html_geografia_total.htm
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39. Matrias > Geografia > Geografia do Brasil >
Geografia Fsica > Relevo Continental e Submarino Porto Velho
84.048 294.334 4,77 0,48 Manaus 311.622 1.157.357 7,35 2,78 Belm
633.374 1.144.312 3,95 1,15 Fortaleza 857.980 1.965.513 4,30 2,17
Recife 1.060.701 1.346.045 1,24