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APTIDÃO FÍSICA DE ADOLESCENTES DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIANA
Wania Klébia Mahnic1
Orientador: Rui Gonçalves Marques Elias2
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi oferecer meios para melhorar a aptidão física dos alunos da 6ª. Série do Colégio Estadual Joaquim Maria Machado de Assis, diante do baixo desempenho obtido na bateria de teste da PROESP-BR. O Trabalho constou de atividades físicas aplicadas após teste proposto. As aulas práticas semanais, com duração de 01h:40 min totalizaram 12 encontros e foram desenvolvidas através de modalidades de atletismo relacionadas às brincadeiras lúdicas de rua, respeitando a personalidade, a tipologia física e a aptidão física de cada aluno. As aulas teóricas, com duração de 50 minutos foram intercaladas, com atividades didáticas diversificadas, de acordo com as atividades físicas trabalhadas em quadra, sempre que possível em equipes, com o objetivo de reforçar, além do domínio físico, os domínios cognitivo, afetivo e social. Apesar do pouco tempo para o desenvolvimento do projeto, foi possível observar um avanço significativo, pois os resultados pós-teste do PROESP-BR mostraram que a estatura dos alunos aumentou de forma significativa, assim como o peso corporal,o aumento do IMC além, de itens como flexibilidade, força de membro inferior, agilidade, velocidade e resistência aeróbia. Esses resultados mostram que a Educação Física, numa perspectiva da prática frequente relacionada ao desenvolvimento da aptidão física contribui para melhorar o desempenho físico, além de trazer benefícios para a saúde e qualidade de vida. Palavras-chave: aptidão física, saúde, atividades físicas, adolescentes
ABSTRACT The objective of this study was to provide conditions for improving the physical fitness of students in the 6 séries do Colégio Estadual Joaquim Maria Machado de Assis de Santa Mariana PR, on the low performance in the test battery of PROESP-BR. The work consisted of physical activities implemented after the proposed test.
1 Professora graduada pela Universidade Estadual de Londrina no ano de 1987; especialização em Educação
Física Escolar pela F E F de Jacarézinho em 1997. Professora na disciplina de Educação Física no Colégio
Joaquim Maria Machado de Assis de Santa Mariana no Ensino Fundamental. [email protected]
2 Professor Mestre da Universidade Estadual do Norte do Paraná.
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The classes weekly, lasting 01h: 40min meetings totaled 12 and were developed through athletic disciplines related to playful banter street, respecting the personality, physical typology and Physical Fitness of each student. The lectures, lasting 50 minutes were interspersed with didactic activities varied according to physical activity worked on the court, whenever possible in teams, with the aim of strengthening beyond the physical domain, the cognitive, affective and social. These results show that physical education with a view of the frequent practice related to the development of physical fitness helps to improve physical performance, and benefit the health and quality of life.
Keywords: Physical Fitness, health, physical activities adolescents.
1 INTRODUÇÃO
A atividade física utilizada como ferramenta para promover a saúde é vista
como um conjunto de efeitos que beneficiam a qualidade de vida. A prática habitual
de atividade física proporciona ao indivíduo uma aptidão física que se relaciona com
duas abordagens, ou seja, ao desempenho esportivo que evidencia agilidade,
equilíbrio, velocidade e resistência anaeróbica e à saúde que evidencia força e
resistência muscular, flexibilidade, resistência aeróbica e composição corporal,
(BARBANTI, 1991).
Em grupos de adolescentes, a atividade física movida pela aptidão física é
importante para o desenvolvimento de habilidades psicomotoras e para o
desenvolvimento intelectual, podendo favorecer um melhor rendimento escolar e
também melhor convívio social. Mesmo o hábito da prática de atividades físicas na
adolescência não é necessariamente garantia de aptidão física.
O presente trabalho justifica-se por ser um assunto que tem despertado a
atenção de pesquisadores como: Gallahue (2000), Barbanti (2003), Guedes (1994),
Cooper (1972), Pitanga (2002) entre outros e pretende responder a seguinte
problemática: Qual o nível de a Aptidão Física dos adolescentes de 11 a 13 anos do
ensino fundamental, do Colégio Estadual Joaquim Maria Machado de Assis
(CEJMMA) de Santa Mariana - PR.
O trabalho foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica e pesquisa
descritiva de cunho experimental, uma vez que tem o objetivo de verificar o efeito de
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12 semanas de aulas de Educação Física na aptidão física de estudantes de 11 a
13 anos de idade.
Foi aplicada a bateria de teste da PROESP-BR na qual configura-se num
projeto integrado de cunho interdisciplinar na área da Educação Física e esporte
escolar, para avaliação das crianças e jovens em níveis distintos, porém
complementares: crescimento e desenvolvimento somatomotor com o propósito de
avaliar a Aptidão Física e Saúde, entendendo que cabe à Educação Física enquanto
componente curricular dedicar-se, a promoção da saúde.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CONCEITO DE APTIDÃO FÍSICA
Segundo Gallahue (2000), o desenvolvimento motor do ser humano ocorre
em um processo contínuo de mudanças físicas e mecânicas, inter-relacionadas
com fatores do crescimento físico, da maturação, do desenvolvimento da aptidão
física, da atividade física, da idade e da experiência. As mudanças estão
representadas pelas alterações das características somatomotoras do indivíduo
que, em diferentes aspectos relacionam-se com o desempenho da aptidão física.
Todo o conjunto relacionado ao desempenho de atividades físicas com variações
temporais entre indivíduos tem sido definido como aptidão física, ou seja: a
capacidade de realizar as atividades quotidianas com serenidade e menor esforço.
Embora se possa identificar a importância da prática de atividade física, a
definição exata quanto à aptidão física não tem sido aceita universalmente. Aptidão
física, também conhecida como condição física, é uma tradução de “physical
fitness” na terminologia anglo-saxônica. Tradicionalmente, muitas das suas
definições procuram privilegiar unicamente as capacidades individuais
direcionadas à prática de esportes de alto rendimento, com a falsa ideia de que,
para apresentar bom estado de saúde e bem-estar é necessário demonstrar
elevada condição atlética (NIEMAN, 1999).
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Segundo Corbin (1997) apud Böhme (1994), a atividade física, é considerada
um processo que tem a aptidão física como produto. Desse modo, quanto maior sua
prática, melhor aptidão física será desenvolvida e melhor estado de saúde para o
indivíduo.
A aptidão física não é uma característica única, mas sim uma combinação da
capacidade aeróbica, força, velocidade, agilidade, coordenação e flexibilidade, que
no seu conjunto, determina a capacidade individual para o desempenho físico, em
que se incluem as atividades relacionadas com a vida quotidiana. A aptidão física,
na prática, permite ao indivíduo trabalhar de forma eficiente, reduzir o risco de
lesões, lidar com circunstâncias imprevistas, e apreciar o gosto por uma vida ativa, a
nível desportivo, o simples exercício ou lazer. A aptidão física foi também definida
como um importante marcador de saúde e bem-estar, (EUFIC, 2011).
Böhme (2003) aponta que a aptidão física pode ser considerada como um
produto resultante do processo do desenvolvimento motor e da atividade física. A
ligação entre atividade física e aptidão física está inserido nos termos de frequência,
intensidade e tempo. A interação entre a atividade física, a genética e a nutrição
sugerem o limite superior da aptidão física que pode ser esperado de um indivíduo.
2.2 DIVISÕES DA APTIDÃO FÍSICA
Segundo Bordignon e Olivoto (2011) a atividade física é parte integrante do
comportamento humano, envolve componentes culturais, socioeconômicos,
psicológicos e de fatores ambientais. Com passar dos anos, o ser humano, diminuiu
sua atividade física, devido às inovações das máquinas, que cada vez mais exigem
menos movimentos físicos. Porém, o homem necessita diariamente de movimento
para a manutenção e sustentação de seu próprio organismo, buscando assim
melhorar sua aptidão física, ou seja, a capacidade de um melhor funcionamento das
qualidades físicas e intelectuais. Existem duas abordagens: uma é a aptidão física
relacionada à saúde a outra é a relacionada à performance física;
Enquanto atividade física vem sendo entendida como qualquer movimento
corporal, produzido voluntariamente pelos músculos esqueléticos, que resulta em
demanda energética acima dos níveis considerados de repouso; aptidão física
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deverá expressar capacidade funcional direcionada à realização de esforços físicos
associados à prática de atividade física, representada por conjunto de componentes
relacionados à saúde e ao desempenho atlético (Caspersen, Powell, Khristensen,
apud Pereira; Graup, 2011). Por esse modelo conceitual, atividade física define-se
como processo estreitamente identificado com aspectos comportamentais, ao passo
que aptidão física caracteriza-se como produto voltado ao dimensionamento das
capacidades para realização de trabalho muscular.
Existem duas abordagens de aptidão física: uma está relacionada à saúde e
a outra relacionada ao desempenho físico.
2.2.1 Aptidão física relacionada ao desempenho físico
A aptidão física relacionada a habilidades esportivas ou performance motora
contribui para o desempenho das tarefas especificas, seja no trabalho ou nos
esportes (NIEMAN, 1999; NAHAS 2003). Além disso, estudos têm verificado que
mesmo as qualidades físicas, a princípio voltadas ao desempenho físico, como a
agilidade, o equilíbrio e a coordenação, também são extremamente importantes
para uma boa saúde, já que estão intimamente ligadas ao desempenho de tarefas
da vida diária, de origem profissional ou não, e possibilitam um estilo de vida mais
ativo e autônomo desde a infância até a terceira idade. (Andreotti e Okuma, 1999;
Etchepare, Pereira, Graup e Zinn, 2003; Shumway-Cook e Woollcott, 2003).
Aptidão física relacionada ao desempenho atlético (agilidade, equilíbrio,
velocidade, potência, tempo de reação, coordenação) junto com os componentes
relacionados ao grupo da aptidão física relacionada saúde irão influenciar na prática
esportiva. A partir da verificação destes componentes através de análises
antropométricas e testes motores é possível caracterizar diferentes pessoas ou
grupos. A aptidão física relacionada ao desempenho atlético inclui aqueles atributos
necessários exclusivamente à prática mais eficiente dos esportes.
Operacionalmente, os componentes da aptidão física relacionada à saúde
contemplam indicadores quanto à capacidade cardiorrespiratória, à força/resistência
muscular, à flexibilidade e a gordura corporal (CORBIN, LINDSEY, 1997).
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2.2.2 Aptidão física relacionada à saúde
A aptidão física vista como um dos componentes da saúde pode ser
entendida de acordo com Bouchard et al (1990), como a capacidade das pessoas
realizarem esforços físicos que possam garantir a sua sobrevivência. Relacionada à
saúde, a aptidão física caracteriza-se pela capacidade de realizar atividades diárias,
com vigor e está relacionada com menor risco de doenças crônicas (NIEMAN,1999).
Pate (1988) e a American College of Sport Medicine (1996) definem aptidão
física como capacidade de realizar tarefas diárias com vigor e, demonstrar traços e
características que estão associados com um baixo risco de desenvolvimento
prematuro de doenças hipocinéticas
A importância de uma ou outra forma de aptidão, e seus componentes
relacionados à saúde, varia em função da idade, da condição geral de saúde e das
necessidades e interesses pessoais. Para indivíduos jovens, atletas, bombeiros,
garis, estivadores entre outros, percebe-se facilmente a importância da saúde
(desempenho motor) nas suas vidas. Alguns desses componentes assumem um
papel relevante na velhice, quando a independência e autonomia passam a ser
grandemente associados à capacidade de desempenho em tarefas da vida diária. O
equilíbrio e a força muscular, além da mobilidade, são fatores importantes para a
vida independente (NAHAS, 1989, 2003).
Autores como Cooper (1972); Gallahue (2003), entre outros afirmam que uma
vida, com menos riscos de problemas articulares e musculares, doenças
cardiovasculares, obesidade e outras doenças e perspectiva de vida mais longa e
autônoma pode estar relacionada à inclusão de componentes fundamentais da
aptidão física. São componentes como: aptidão cardiorrespiratória, composição
corporal e aptidão músculo esquelética (flexibilidade, força e resistência muscular).
Estudos epidemiológicos alertam para a importância da adoção de estilos de
vida ativos como meio de prevenção de doenças ocasionadas pela hipocinesia, das
quais se destacam as cardiovasculares, responsáveis pelo maior número de óbitos
no mundo (SOUZA, 2004).
Segundo Pitanga (2001), estudos realizados nas últimas décadas tem
demonstrado a relação da atividade física como meio de promoção de saúde,
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considerando que altos níveis de atividade física ou aptidão física estão associados
a diminuição no risco de doença arterial coronariana, diabetes, hipertensão,
osteoporose.
Ao fazer um estudo associado a prática de atividade física (atividades
cotidianas) e variáveis de aptidão física relacionada à saúde, Pitanga (1998),
observou que o maior gasto energético através da prática de atividades físicas está
associado com valores mais favoráveis de aptidão física relacionada à saúde,
principalmente em homens, e que o consumo máximo de oxigênio e gordura
corporal associaram-se positivamente em ambos os sexos. com os resultados
obtidos, o autor, sugere o incentivo à prática de atividades físicas e
consequentemente a diminuição de fatores de risco à saúde.
Muitos pesquisadores em aptidão entendem que a resistência
cardiorrespiratória definida como a capacidade de continuar ou persistir em tarefas
prolongadas que envolvem grandes grupos musculares é o componente mais
importante da aptidão relacionada à saúde. Para muitos estar “em forma” significa
ter boa capacidade de resistência cardiorrespiratória, exemplificada pela realização
de corrida, ciclismo, natação, durante tempos prolongados (BARBANTI, 1991).
2.3 APTIDÃO FÍSICA E SAÚDE NA ADOLESCÊNCIA
A adolescência é a fase de transição para a vida adulta. É um período muito
importante na vida de qualquer ser humano. É quando os jovens começam a ter
maiores responsabilidades e fazer escolhas que vão ser determinantes. É um
momento de autoafirmação, onde certa “rebeldia” e conflitos com os pais é até certo
ponto natural.
Do ponto de vista cognitivo, segundo Piaget (1995), a adolescência é a fase
que corresponde ao estágio das operações formais (dos 11/12 aos 15/16 anos). A
transição para este estágio é bastante evidente, pois é nele que a criança ou
adolescente realiza raciocínios abstratos, não recorrendo ao contato com a
realidade. É nessa fase que se desenvolve a própria identidade do ser humano,
podendo haver dúvidas entre o certo e o errado e a manifestação de outros
interesses e ideais, de acordo com os seus próprios valores e naquilo que acredita.
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Do ponto de vista físico, é na adolescência que o corpo passa por mudanças
devido à alta concentração de hormônios. Os meninos começam a desenvolver
pelos pelo corpo e pelo rosto, a voz engrossa. Já nas meninas começam a aparecer
as formas mais arredondadas, os seios e a menstruação. É um momento que a
prática de alguma atividade física se torna muito importante, pois além dos
benefícios físicos trarão diversos benefícios psicossociais. Tal prática, tanto para
meninos quanto para meninas ajuda a alcançar o equilíbrio, aumenta a autoestima e
a interação com outros grupos sociais da mesma faixa etária (MILLANO, 2001).
Do ponto de vista da medicina em crianças e adolescentes, um maior nível de
atividade física contribui para melhorar o perfil lipídico e metabólico e reduzir a
prevalência de obesidade. E mais, é provável que uma criança fisicamente ativa se
torne um adulto também ativo. Esses são fatores relevantes, em consequência, a
saúde pública e medicina preventiva deveriam promover programas de incentivo à
atividade física na infância e na adolescência, ou seja, estabelecer uma base sólida
para a redução da prevalência do sedentarismo na idade adulta, contribuindo desta
forma para uma melhor qualidade de vida. Nesse contexto, deve ser ressaltado que
a atividade física é qualquer movimento com resultado de contração muscular
esquelética que aumente o gasto energético acima do repouso e não
necessariamente a prática desportiva (LAZZOLI, 2011).
No campo da saúde, componentes da aptidão física procuram abrigar
atributos biológicos que possam oferecer alguma proteção ao aparecimento e ao
desenvolvimento de distúrbios orgânicos induzidos por comprometimento da
condição funcional (CORBIN LINDSEY, 1997).
Lohman et al (2006), apontam que um reduzido gasto energético decorrente
de baixa atividade física é um fator que contribui para o aumento do sobrepeso e
obesidade na infância. Além disso, várias outras doenças como a osteoporose as
cardiopatias (acidente vascular cerebral, câncer) e hipertensão estão relacionadas à
falta de atividade física. A população jovem, apesar de menos ameaçada acumula,
já nesta fase, alguns fatores de risco que podem se estender por toda a vida.
Para Glaner (2005), a saúde de crianças e adolescentes, o bom
funcionamento orgânico e a realização de tarefas diárias se relacionam com os
componentes do crescimento físico (massa corporal e estatura) e da aptidão física
relacionada à saúde (AFRS - força/resistência muscular, flexibilidade, capacidade
cardiorrespiratória e gordura corporal). Tanto os componentes relacionados ao
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crescimento físico quanto os relacionados à AFRS, podem ser altamente
influenciados por fatores genéticos e biológicos e, muito especialmente, por fatores
socioeconômicos (KRISTENSEN ET AL, 2006).
2.4 CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO FÍSICA
De acordo com Luck (2000), a gestão escolar constitui em um conjunto de
ações que tem por objetivo promover a organização, a mobilização e a articulação
das condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos
processos sócio-educacionais, orientados para promover a aprendizagem dos
alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar os desafios sociais.
A escola como lugar de aprendizagens e de cultura que possibilita a
construção de significados compartilhados entre o professor e o aluno deve
favorecer reflexão sobre mudanças de paradigmas; reflexão individual e coletiva dos
processos curriculares, pedagógicos e administrativos; reflexões de relações do
ensinar/aprender e reflexões de trocas e interação entre a população que participa
da cultura escolar como lugar de organização e vida (PEREZ GÓMEZ, 2000).
Nesse meio, a Educação Física Escolar ganha um espaço importante na vida
da criança. É o momento em que ela pode ser ela mesma, longe das cobranças,
das cópias e das tarefas. E é exatamente nessa lacuna que pode haver outra forma
de aprendizado e interação, pois o corpo humano em contato com o outro, com o
meio e com ele mesmo possibilita o movimento que nessa faixa etária é tão
importante, para o desenvolvimento físico e cognitivo.
De acordo com os PCN de Educação Infantil (1998), o movimento é uma
dimensão do desenvolvimento e da cultura. As crianças se movimentam desde o
nascimento. Faz parte da natureza humana expressar sentimentos, emoções e
pensamentos através de gestos e posturas corporais. Por isso o "movimento
humano constitui-se em uma linguagem que permite às crianças agirem sobre seu
meio físico e atuarem sobre o ambiente humano". (p.15). Esse movimento possibilita
conhecer uma forma de comunicação. Em contato com o meio e com os amigos, a
criança recorre a temas e questões de seu interesse, além de aprender sobre o
mundo e si mesma pela linguagem corporal por meio das explorações que faz.
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As aulas de Educação Física não significam somente momentos de
descontração e brincadeiras. Cada vez mais, escolas estão percebendo que a
disciplina tem um papel essencial na formação de crianças e adolescentes, e
quando bem desenvolvida é capaz de reduzir a agressividade e a indisciplina dentro
da classe. Durante as atividades de Educação Física ocorre situações em que
expectativas e opiniões costumam divergir. Frente a estes problemas e na busca de
um melhor aproveitamento da afinidade que normalmente é observada no
relacionamento entre o professor de Educação Física e a criança, os professores
buscam respaldo em abordagens que possam melhor fundamentar seu trabalho
(SCHIEIBER; SCOPEL; ANDRADE, 2005).
Hoje, a Educação Física Escolar visa o desenvolvimento e o conhecimento
não somente por meio da capacidade motora, mas também por meio de
transformação pessoal, aspecto este fundamental para a melhora nas relações
sociais. A meta da Educação Física Escolar é desenvolver o potencial da criança,
incluindo-se as habilidades cognitivas, afetivas, sociais e motoras. Isso é possível,
por meio de um bom planejamento e conhecimento biológico dos movimentos e
fases de desenvolvimento da criança (IBID).
Na opinião de Freire (1991), as atividades de Educação Física podem atuar
no comportamento, atitudes e até mesmo na personalidade do aluno. Assim, é
importante entender as necessidades de cada fase da criança, e oferecer exercícios
adequados à aptidão física, de modo proporcionar benefícios continuados em todas
as áreas do desenvolvimento humano.
2.5 - PROESP –BR
A partir da década de 80, surgiu o conceito de aptidão física relacionada à
saúde (AFRS), que pode ser definida como a capacidade de realizar tarefas diárias
com vigor, e demonstrar traços e características que estão associados a baixo risco
de desenvolvimento prematuro de doenças hipocinéticas. Os componentes da AFRS
compreendem os fatores: morfológico, funcional, fisiológico, comportamental e
motor (PATE, 1988; ACSM, 1996).
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No ano de 2002, foi lançado, pelo Ministério dos Esportes, o Projeto Esporte
Brasil (Proesp-BR), tendo como um de seus objetivos o de delinear o perfil de AFRS
de crianças e adolescentes de todo o Brasil (PROESP-BR 2002).
O PROESP-BR é um projeto que se desenvolve prioritariamente no âmbito
da Educação Física Escolar (EFEsc) e parte do pressuposto de que a mesma
configura-se como disciplina curricular, cuja especificidade lhe atribui
responsabilidades inerentes ao desenvolvimento da cultura corporal do movimento
humano, ou seja, a competência relativa às habilidades passíveis de educar
crianças e jovens para a utilização adequada de seu tempo de lazer através de
práticas corporais relacionadas ao esporte, a dança, a ginástica e jogos.
Neste quadro amplo em que se configura a cultura corporal do movimento
humano, o PROESP-BR preocupado, principalmente, com o desenvolvimento da
cultura esportiva, atribui como responsabilidades inerentes à EFEsc:
• Realizar intervenções na área da promoção da saúde através da educação
para uma vida fisicamente ativa e esportivamente rica;
• Desenvolver estratégias para que crianças e jovens desenvolvam o hábito de
praticarem atividades esportivas;
• Desenvolver conhecimentos sobre as relações das práticas esportivas com a
saúde;
• Proporcionar hábitos de lazer fisicamente ativos através do acesso as prática
esportivas qualificadas;
• Desencadear alternativas para a democratização das práticas esportivas;
• Oportunizar formas de acesso de crianças e adolescentes às práticas
esportivas formais de rendimento.
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3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE PESQUISA
O trabalho foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica exploratória que,
segundo Mattar (2000, p.18), “visa prover o pesquisador de maior conhecimento
sobre o tema ou problema de pesquisa em perspectiva”. Utilizou-se também da
pesquisa experimental, uma vez que o objetivo foi verificar o o efeito de 12 semanas
de aulas de Educação Física na aptidão física de estudantes de 11 a 13 anos.
3.2 LOCAL DA PESQUISA
O município de Santa Mariana originou-se com a formação de um pequeno
povoado em 1934, aos pouco, com a presença de forasteiros de várias regiões do
Brasil, atraídos pela fertilidade da terra o povoado foi se e já, em 1.938 pelo
Decreto-Lei Estadual nº 7.573, foi criado o Distrito de Santa Mariana, com território
desmembrado do Município de Bandeirantes.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE a
população urbana do município, hoje é de 8.668 e a rural 4.802, num total de 13.470
habitantes. A principal atividade econômica do município, ainda hoje é a agricultura,
pois além dos grandes produtores rurais que cercam o município, há também o
incentivo aos micros e pequenos produtores no desenvolvimento da agricultura
familiar, com apoio do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão
Rural - EMATER. Com um bom percentual de geração de empregos, o setor da
agricultura colabora para economia do comércio local (SANTA MARIANA, 2011).
No que diz respeito a educação 95% da população entre 06 a 17 anos de
idade estão matriculados no ensino fundamental e médio cumprindo que determina
a Declaração Universal de Direitos Humanos:
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1.Toda pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito. 2.A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das Nações Unidas para a manutenção da paz. 3.Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o gênero de educação a dar aos filhos (DECLARAÇÃO... 1978, P. 491).
O objetivo de universalizar o ensino básico de crianças em idade escolar foi
praticamente alcançado. Houve progressos no aumento do número de crianças
frequentando as escolas do município de Santa Mariana que conta com uma rede
de ensino distribuídas entre Educação Infantil, Ensino Fundamental Ensino Médio
Ensino Profissionalizante e Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos,
dentre eles o Colégio Estadual Joaquim Maria Machado de Assis, local onde foi
efetuado a pesquisa.
3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população estudada foi composta por alunos com idade variando entre 11 e
13 anos, do sexto ano do ensino fundamental do Colégio Estadual Joaquim Maria
Machado de Assis de Santa Mariana - PR
3.4 INSTRUMENTOS E TÉCNICAS
Foi aplicado a bateria de teste da PROESP-BR a qual se configura num
projeto integrado de cunho interdisciplinar e interinstitucional, na área da Educação
Física e esporte escolar. Este projeto propõe a realização de uma avaliação das
crianças e jovens em três níveis distintos, porém complementares: crescimento e
desenvolvimento somatomotor no âmbito da promoção da saúde – Aptidão Física
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referenciada à Saúde (ApFS), Aptidão Física referenciada ao Desempenho Motor
(ApFDM) e Detecção de Talentos Motores (DTM). Nesse projeto foram avaliadas a
Aptidão Física e Saúde, pois nosso pressuposto é o que cabe à Educação Física
enquanto componente curricular dedicar-se dentre seus tantos objetivos, a
promoção da saúde. A bateria de testes é composta de 11 testes, neste projeto
foram aplicados 10. São eles:
1º Medida da massa corporal
Material: Uma balança eletrônica com precisão de até 500 gramas.
2º Medida da estatura
Material: Trena métrica com precisão até 2 mm.
3º Medida da envergadura
Material: Trena métrica com precisão de 2mm.
4º Teste de flexibilidade (Sentar-e-alcançar)
Material alternativo: Caixa de papelão com 30 cm de altura; virar a caixa com o
fundo para cima (a parte aberta da caixa voltada para baixo); no fundo da caixa
(parte superior) fixar uma régua de pelo menos 40 cm de modo que a marca dos 23
cm coincida com a linha vertical onde os alunos apoiarão os pés.
5º Teste de força explosiva de membros superiores (arremesso do medicineball)
Material: Uma trena e um medicineball de 2 kg.
6º Teste de força-resistência (abdominal)
Material: colchonetes de ginástica e cronômetro.
7º Teste força explosiva de membros inferiores (salto horizontal)
Material: Uma trena e uma linha traçada no solo.
8º Teste de agilidade (teste do quadrado)
Material: um cronômetro, um quadrado desenhado em solo antiderrapante com 4m
de lado, quatro cones de 50 cm de altura.
9º Teste de velocidade de deslocamento (corrida de 20 metros)
Material: Um cronômetro e uma pista de 20 metros demarcada com três linhas
paralelas no solo da seguinte forma: a primeira (linha de partida); a segunda,
distante 20m da primeira (linha de cronometragem ou linha de chegada) e a terceira
linha (linha de referência), marcada a dois metros da segunda (linha de chegada). A
terceira linha serve como referência de chegada para o aluno na tentativa de evitar
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que ele inicie a desaceleração antes de cruzar a linha de cronometragem. Dois
cones para a sinalização da primeira e terceira linhas.
10º Teste de resistência geral (9 minutos)
Material: Local plano com marcação do perímetro da pista. Cronômetro e ficha de
registro. Material numerado para fixar às costas dos alunos identificando-os
claramente para que o avaliador possa realizar o controle do número de voltas.
Trena métrica.
3.5 COLETA DE DADOS
A coleta de dados foi realizada na quadra do Colégio Estadual Joaquim Maria
Machado de Assis, divididos em quatro dias:
� Primeiro dia:
• Medida de massa muscular;
• Medida de estatura;
• Medida de envergadura;
� Segundo dia:
• Teste de flexibilidade (sentar-e-alcançar);
• Teste de força explosiva de membros superiores (arremesso de
medicineball);
• Teste de força-resistência (abdominal);
� Terceiro dia
• Teste de força explosiva de membros inferiores (salto horizontal);
• Teste de agilidade (teste do quadrado);
• Teste de velocidade de deslocamento ( corrida de 20 metros);
� Quarto dia
• Teste de resistência geral (9 minutos).
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Foram também desenvolvidas as atividades físicas e didáticas propostas na
Unidade Didática conforme o quadro abaixo
Encontro Tema Atividades
1º Encontro Atividades didáticas
Medida certa
Aptidão Física
.Comentário sobre o baixo
desempenho obtido pelos alunos;
.Projeção de vídeo;
.Exposição oral do tema.
2º Encontro Atividades didáticas
Atletismo
.Exposição do tema oral do tema;
.Fazer uma lista com os elementos
positivos e negativos para a saúde;
.Montagem de quadro mural.
3º Encontro Corrida livre
Revezamento
.Corrida dos números;
.Duplas de cangurus.
4º Encontro Corrida
Arremesso
.Arrancada em linha reta;
.Acerte os objetos.
5º. Encontro Atividades didáticas .Projeção do vídeo “A Pista”;
.Aplicação de questionário;
.Pesquisa recorte e colagem.
6º Encontro Corrida com obstáculo
Lançamento de pelota
.Competição sob forma de estafeta;
.Tico-tico fuzilado.
7º Encontro
Atividades Didáticas .Leitura do Texto;
.Responder as questões;
.Caça palavras;
.Atividade extraclasse - pesquisa:
Origem das brincadeiras de rua
8º Encontro Corrida com obstáculo
Corrida de revezamento
.Rouba bandeiras;
.Passagem do bastão;
9º Encontro Atividades Didáticas .Expressar opiniões;
.Relacionar brincadeiras de rua a
modalidade de atletismo.
10º Encontro Corrida com obstáculo
Corrida de revezamento
.Rouba bandeira;
.Passagem do bastão.
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11º Encontro Atividades Didáticas .Opiniões sobre as brincadeiras;
.Completar questões;
.Completar diagrama.
12º Encontro Arremesso de martelo
Corrida de revezamento
.Helicóptero;
.Recuperando o bastão.
13º Encontro Atividades didáticas .Resolução de caça palavras;
.Exercícios de completar.
14º Encontro Arremesso de pelotas
Corrida com obstáculos
.Queimado;
.Competição sob forma de estafeta.
15º Encontro Atividades didáticas .Leitura e comentários sobre o texto l;
.Exercícios de associação de ideias;
.Recorte e colagem.
16º Encontro Arremesso de dardos
Arremesso de pelotas
.Jogo de estátuas adaptado;
.Jogo dos 5 passes.
17º Encontro Atividades didáticas .Pesquisa.
18º Encontro Lançamentos e
arremessos
.Jockey Pow de lançamentos e
arremessos.
19º Encontro. Atividades didáticas .Leitura;
.Listar atividades físicas;
.Exercícios de completar.
20º Encontro Lançamentos de dardos
Corrida com obstáculo
.Jogo de estátua;
.Mãe da rua.
21º Encontro Atividades Didáticas .Pesquisa; Desenho; Pintura.
22º Encontro Corrida com obstáculo
Lançamento do martelo
.Adaptação da dança das cadeiras;
.Boliche americano;
23º Encontro Arremesso de martelo
Arremesso de pelotas
.Batata quente adaptada;
.Tiro ao alvo.
24º Encontro Atividades Didáticas .Avaliação dos resultados.
Após as 24 atividades de intervenção divididas em 12 semanas, a bateria de
teste foi reaplicada seguindo o mesmo procedimento do período pré-teste.
18
3.6 ANÁLISE DE DADOS
Os dados foram analisados, inicialmente, por meio de procedimentos
descritivos no programa Excel. O teste t de Student para amostras independentes
foi utilizado para as comparações, o mesmo foi realizado através do programa
SPSS 15.0. O nível de significância estabelecido para análises foi de P < 0,05.
3.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Tabela 01 – Médias, desvio padrão e valor de p, dos testes de aptidão física
pré e pós intervenção no Colégio Estadual Joaquim Maria Machado de Assis (Idade
média de 12,89±0,15 anos).
Teste Pré Pós P
Estatura 1,56±0,01 1,58±0,01 0,000
Peso 49,08±1,60 51,03±1,65 0,000
IMC 19,98±0,47 20,33±0,48 0,034
Envergadura 1,57±0,01 1,59±0,01 0,000
Flexibilidade 19,77±0,30 22,10±0,49 0,000
Abdominal 35,33±0,99 33,77±0,87 0,002
Força membro inferior (salto
horizontal)
4,32±2,03 4,51±2,17 0,00
Força membro superior (medicine) 2,35±0,55 2,33±0,06 0,037
Agilidade (Quadrado) 7,06±0,12 7,01±0,11 0,000
Velocidade (20m) 3,93 4,10±0,11 0,001
Resistência Aeróbia (9 minutos) 1171,05±22,26 1198,88±28,09 0,007
Pode-se observar na tabela 01 que a estatura dos alunos aumentou de forma
significativa, assim como o peso corporal. Esses resultados influenciaram
diretamente o aumento do IMC. Após a intervenção foi constatado também que as
crianças e adolescentes aumentaram significativamente alguns itens da aptidão
19
física como flexibilidade, força de membro inferior, agilidade, velocidade e
resistência aeróbia.
3.5 DISCUSSÃO
A avaliação da aptidão física dos adolescentes da sexta série do Colégio
Estadual Joaquim Maria Machado de Assis de Santa Mariana-PR foi efetuada, de
acordo com a bateria de testes propostos pela PROESP-BR, com o propósito de
medir o desempenho físico dos adolescentes e ficou constatado no pré-teste um
índice abaixo da média, ou seja, a falta de aptidão física na população estudada.
Numa tentativa de reverter esse índice negativo, foram elaboradas atividades
lúdicas, de acordo com a idade e necessidades dos alunos.
As atividades práticas foram desenvolvidas na quadra do CEJMMA, buscando
associá-las as brincadeiras de rua, presentes no dia a dia desses alunos e
relacionadas às modalidades do atletismo como: corridas, saltos, arremessos e
lançamentos.
Todas as atividades físicas foram complementadas com atividades didáticas
diversificadas trabalhadas em sala de aula, inclusive oferecendo oportunidade para
o aluno expressar-se oralmente, por meio de críticas, sugestões e opiniões. As
atividades desenvolvidas propiciaram meios para melhorar os domínios físico,
cognitivo, motor, afetivo e social.
Observou-se que a associação de atividades físicas com a ludicidade é um
instrumento capaz de desenvolver a aptidão física nos adolescentes, dado resultado
positivo obtido no pós-teste mostrado na tabela 01, com o aumento significativo em
todos os itens relacionados à aptidão física como, flexibilidade, força de membro
inferior, agilidade, velocidade e resistência aeróbia.
Apesar do pouco tempo de trabalho, os resultados foram positivos e
mostraram que a Educação Fisica, numa perspectiva da prática frequente de
atividades físicas relacionadas ao desenvolvimento da aptidão física contribuíram
para melhorar o resultado no pós-teste da bateria de teste PROESP-BR, além de
promover benefícios para a saúde e qualidade de vida dos alunos.
20
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A atividade física motivada pela aptidão física é importante para o
desenvolvimento psicomotor cognitivo e pode melhorar rendimento escolar, o
convívio social, além de direcionar os adeptos para a adoção de um estilo de vida
mais saudável, prevenindo doenças crônico-degenerativas, cardiopatias, acidente
vascular cerebral entre outras.
Ao desenvolver nos alunos uma nova perspectiva de Educação Física,
através das brincadeiras lúdicas relacionadas ao atletismo olímpico, observou-se
que tais atividades podem ser usadas como estratégia motivadora para a prática de
atividades físicas condicionadas à saúde e qualidade de vida. Essa é uma
preocupação, dado o baixo desempenho físico obtido na bateria de teste PROESP-
BR, aplicado nos alunos da 6ª. Série do Colégio Estadual Joaquim Maria Machado
de Assis de Santa Mariana-PR.
A série de atividades, aplicadas de acordo com proposta da Unidade Didática,
proporcionou meios para a constatação de que o lúdico é um importante aliado na
prática de atividades físicas visando melhorar o desempenho físico. Isso ficou
provado na bateria de teste PROESP-BR reaplicado logo após o término das
atividades propostas, pois de modo geral, os participantes melhoraram os índices de
aptidão física obtido na fase inicial deste projeto.
Esse resultado evidenciou a importância de novos projetos que venham
completar o trabalho que já foi iniciado, pois certamente isso afetará de maneira
positiva o crescimento e desenvolvimento dos adolescentes nas áreas física,
motora, cognitiva, afetiva e social proporcionando melhora na autoestima e na
prevenção da obesidade e de doenças crônico-degenerativas.
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prescrição de exercício. 4. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1996.
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