Aquarela de Tutóia.
Minha terra pequenina
Nem parece uma cidade
Mas parece uma menina
Sem requinte e sem vaidade.
Assim mesmo tão modesta
É tão linda ao por do sol
Nunca vi tanta seresta
Canta o mar canta a floresta
Canta os ventos nos coqueiros
Sábias nos cajueiros
Nos canteiros os rouxinóis.
Minha terra pequenina
Entre o verde manguezal
Sobre a luz da lamparina
E o azul celestial
Cidadezinha esquecida
Das cacimbas de beber
Dos quintais e capoeiras
Das salinas e caieiras
Dos frondosos coqueirais
Tantas coisas naturais
Impossível de esquecer.
Minha terra pequenina
Sai da margem da maré
Ganha a margem da colina
Vai beirando igarapé
Sai da margem da favela
Vai embora pro sertão
Lá se vai uma donzela
Confeitada de aquarela
Neste mapa juvenil
Deste gigante Brasil
Nos confins do Maranhão.
Minha terra pequenina
Taba dos teremenbés
Bem juntinho da colina
O mar lhe beijando os pés
Cidadezinha praieira
Distante da capital
Mairim dos Índios Mimosos
Foi depois Vila Viçosa
Hoje é bonita jóia
Cidade nova TUTÓIA
PRINCESA DO LITORAL
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