ARQUIPÉLAGO CULTURAL
BRASILEIRO: PROPOSTA
METODOLÓGICA PARA SOLUCIONAR
A DESIGUALDADE DE DISTRIBUIÇÃO
DOS EQUIPAMENTOS CULTURAIS
CARIOCAS
Andréa Bonifácio (UNIRIO)
Andreia Ribeiro Ayres (UNIRIO)
Manoel Silvestre Friques (UNIRIO)
O presente artigo relaciona duas áreas fundamentais à Economia
Criativa contemporânea – quais sejam, as artes cênicas e a engenharia –
com o intuito de propor soluções a problemas brasileiros de longa data.
As desigualdades sociais que historicamente marcam o Brasil também
se manifestam na distribuição dos equipamentos culturais brasileiros,
em geral, e cariocas, em particular. Uma das formas de se solucionar
este problema encontra-se nos métodos desenvolvidos no contexto da
Engenharia de Produção. Dentre as diversas possibilidades de diálogo
entre estes dois campos, optou-se pela investigação de métodos e
ferramentas associados à Pesquisa Operacional. A questão propulsora
deste estudo é a seguinte: os métodos de Pesquisa Operacional
aplicados à Localização das Instalações Industriais podem contribuir
para uma melhor distribuição dos equipamentos culturais brasileiros? A
fim de responder esta indagação, esta pesquisa acessou os dados
oficiais disponibilizados pela esfera pública aliada à uma pesquisa
exploratória de base bibliográfica e documental com o objetivo de
estabelecer uma familiarização com o objeto estudado. A necessidade
desta exposição é uma só: mostrar que, diante das desigualdades sociais
refletidas na distribuição dos equipamentos culturais, os métodos da
Engenharia de Produção, em especial da Pesquisa Operacional, podem
apresentar soluções factíveis e, com isso, contribuir para um
desenvolvimento sustentável.
Palavras-chave: Equipamentos Culturais, Produção Cultural,
Economia Criativa, Engenharia de Produção Cultural, Pesquisa
Operacional
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1. Introdução
Nas últimas décadas, a economia criativa tem sido tratada, em âmbito nacional e
internacional, como um setor com forte potencial para incrementar o crescimento econômico.
Comprova o fato o grande destaque concedido a esta nova área na formulação das políticas
públicas dos governos de países desenvolvidos e em desenvolvimento. Nos fóruns mundiais,
o foco é voltado para abordagens vinculadas ao desenvolvimento, à valorização da
diversidade cultural e à inclusão socioeconômica. Outro tema relevante é a competição por
mercados globais, incluindo questões que envolvem patentes e a interface com as novas
tecnologias no campo da cultura.
Pode-se dizer que a economia criativa surge em decorrência de uma área correlata, a
economia da cultura. No contexto brasileiro, a economia criativa – termo derivado da
indústria criativa – ganhou maior projeção com a criação de uma secretaria específica no
Ministério da Cultura (MinC), em 2011. Os campos de atuação definidos pela Secretaria da
Economia Criativa demonstram o compromisso de abarcar o potencial cultural, criativo,
social e econômico das atividades criativas. A concepção de cultura, expressa no documento
As metas do Plano Nacional de Cultura, do MinC (2012), contempla as dimensões simbólica,
econômica e cidadã. Aborda questões relativas ao acesso aos bens e serviços culturais e ao
viés de mercado do setor cultural.
A economia criativa é vista como uma estratégia alternativa de desenvolvimento ao
modelo pautado pelo comércio de commodities e pela fabricação industrial devido ao seu
potencial de mercado e de inclusão socioeconômica, promovendo um desenvolvimento
sustentável. O diferencial em relação ao modelo tradicional de desenvolvimento é considerar
aspectos pouco comuns a este, tais como a valorização da singularidade e da diversidade
cultural fazendo uso da criatividade, da exploração da propriedade intelectual e da inovação
tecnológica.
A criação do curso de Engenharia de Produção com habilitação em Produção em Cultura
da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), em 2010, vai ao encontro
destas novas perspectivas com relação à economia da cultura e à economia criativa, buscando
oferecer ao mercado um novo tipo de engenheiro de produção capaz de aliar a tecnologia com
a criatividade para identificar, formular e resolver problemas ligados a atividades de projeto,
de operação e de gerenciamento do trabalho e da produção de bens e serviços das mais
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diversas áreas, isto é, tanto àquelas tradicionais quanto outras associadas ao setor cultural.
Este novo perfil profissional do engenheiro de produção o possibilita, portanto, a empregar
todo ferramental próprio da engenharia de produção para a área cultural, em seus diferentes
setores, e nas indústrias criativas relacionadas, tais a como produção de suportes – tablets e
celulares – e demais produtos e serviços (GORGULHO, GOLDESTEIN, ALEXANDRE et
al., 2009).
Tendo em vista este novo paradigma econômico, o presente artigo pretende relacionar
duas áreas dos setores criativos nucleares, quais sejam, as artes cênicas e a engenharia. Dentre
as diversas alternativas de diálogo entre estes dois campos, optou-se pela investigação quanto
à possibilidade de utilização de métodos e ferramentas associados à Pesquisa Operacional de
modo a resolver problemas históricos referentes à produção cultural brasileira. Neste primeiro
momento, serão focalizados os equipamentos culturais cariocas, cuja distribuição espacial
desigual no tecido urbano reflete a desigualdade social no Brasil. A questão propulsora deste
estudo é a seguinte: os métodos de Pesquisa Operacional aplicados à Localização das
Instalações Industriais podem contribuir para uma melhor distribuição dos equipamentos
culturais brasileiros? A fim de responder esta indagação, esta pesquisa acessou os dados
oficiais disponibilizados pela esfera pública aliada à uma pesquisa exploratória de base
bibliográfica e documental com o objetivo de estabelecer uma familiarização com o objeto
estudado. Em um primeiro momento, cabe perguntar: o que são os equipamentos culturais e
como eles se distribuem no território brasileiro, em geral, e no carioca, em particular?
2. Equipamentos culturais: suporte para oferta e demanda de bens e serviços culturais
No âmbito da cadeia produtiva da produção cultural brasileira, os equipamentos culturais
cumprem função da maior importância, visto que suportam a produção e a oferta de bens e
serviços culturais. Ou seja, as instituições ou equipamentos culturais “contribuem para
democratizar a cultura e para integrar populações, tanto de áreas periféricas como centrais,
pois oferecem aos cidadãos acesso a bens e serviços culturais” (MinC, 2012, p. 88).
É mister salientar que a oferta de bens e serviços culturais contraria a Lei de Say – que
afirma que toda oferta cria sua própria demanda. Não basta oferecer equipamentos culturais à
população de maneira indiscriminada que a demanda por eles será invariavelmente criada; na
prática, deve-se considerar uma diversidade de públicos cuja demanda por cultura varia
conforme diversos indicadores sociodemográficos, tais como a renda, o tempo livre, a
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experiência cultural, a escolaridade, a programação cultural oferecida, a faixa etária e a
localização dos equipamentos culturais. A instalação de equipamentos culturais deve,
portanto, vir acompanhada de uma adequada política cultural. Nesta direção, uma das metas
do Plano Nacional de Cultura é a ampliação dos espaços culturais com vistas à
democratização do acesso à cultura. Este cenário coloca em evidência a oferta de
equipamentos culturais, o que envolve tanto os agentes públicos quanto os agentes privados.
A pesquisa Perfil dos Municípios Brasileiros 2014, do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) aponta
[...] uma diferenciação nas regiões do País, do ponto de vista cultural. De um lado os
estados das Regiões Norte e Nordeste (exceções do Estado do Ceará, Pernambuco, e
Bahia), com um menor número médio de equipamentos em seus municípios. Do
outro lado, as Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, com diferenciações importantes
dentro dos estados, sendo encontradas as mais elevadas médias no sul e oeste de
Minas Gerais, sul de Goiás, região metropolitana e entorno da cidade de São Paulo,
leste do Paraná e sul do Rio Grande do Sul. Mato Grosso do Sul e Espírito Santo
também apresentaram médias municipais elevadas. O Distrito Federal, por ser uma
única unidade, apresenta o maior indicador mas não apresenta um espaço fixo para
atividades de circo. O Rio de Janeiro, dentre as demais Unidades da Federação, é a
que detém a maior média para os equipamentos culturais e dos meios de
comunicação (IBGE, 2015, p. 20-1).
A desigualdade referente à oferta de equipamentos culturais brasileiros, apesar de
caminhar em uma direção positiva referente a uma maior igualdade de distribuição, está
bastante longe do ideal. Nesse sentido, pode-se concordar ainda com o diagnóstico realizado
por Frederico Silva, do Ipea, que define o caso brasileiro como
um verdadeiro arquipélago formado por microilhas, uma espécie de Polinésia
cultural, onde se encontram alguns poucos casos de municípios que têm todos os
equipamentos e muitos com carências significativas. [...] Esses dados sugerem a
existência de arquipélagos culturais, constituídos pelo agrupamento de municípios
com características semelhantes, que formam clusters de alta, média e baixa
densidade de oferta. É preciso considerar também o cluster dos municípios sem
qualquer equipamento cultural. Portanto, há padrões de agrupamentos de
municípios, que fazem que entre eles não se configure uma área contínua, extensa e
homogênea de cultura, mas um conjunto de ilhas com características semelhantes
(SILVA, 2007, p. 65-74).
A meta 31 do Plano Nacional de Cultura (2012) indica os percentuais de municípios que
devem ter algum tipo de instituição ou equipamento cultural – museus, teatros, salas de
espetáculo, arquivos públicos, centros de documentação – de acordo com o número de
habitantes. Ela procura resolver o desequilíbrio na distribuição dos equipamentos culturais em
escala nacional e, para tanto, considera fundamental o engajamento dos municípios e estados
em sua realização:
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No Brasil, a distribuição desses espaços reflete as desigualdades socioeconômicas.
Essa situação pode se alterar se houver compromisso em aumentar a oferta de
equipamentos, serviços e bens culturais em todas as cidades, sejam elas pequenas ou
grandes, de todas as regiões do país (MinC, 2012).
2.1 As lonas culturais e as arenas cariocas: o acesso à cultura na periferia do Rio de
Janeiro
As lonas culturais surgiram no cenário carioca com a percepção de parte da sociedade da
escassez de equipamentos culturais na periferia do Rio de Janeiro e da possibilidade de se
reaproveitar as lonas utilizadas durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento (Eco-92) enquanto espaços de oferta de produção cultural. Na
paisagem carioca, as lonas se transformaram rapidamente em instrumentos para promoção dos
artistas locais e para formação de plateia, além de recurso fundamental à recuperação de
espaços públicos como instrumento de transformação social e de recuperação de regiões
abandonadas e entregues à marginalidade. Posteriormente, após reivindicações de
organizações sociais, elas foram encampadas pela política municipal de cultura, integrando-se
ao projeto da Rede Municipal de Teatros, na primeira gestão de César Maia, a partir de 1996.
O objetivo principal foi o de permitir o acesso à produção cultural pela população de regiões
mais periféricas e desprovidas de equipamentos culturais.
Durante as gestões municipais posteriores de César Maia (2001 a 2008), as lonas
culturais passam a ancorar diretrizes que entendem a cultura como instrumento de
transformação e desenvolvimento da cidade por meio da inclusão sociocultural. A
importância das lonas pode ser observada pelo expressivo público que as tornou um sucesso
desde o início do projeto:
As lonas ganharam bastante notoriedade no final da década de 1990 ao serem
divulgadas pela imprensa por serem um sucesso de público e uma opção ao artista
de circular seu trabalho pela cidade. Ao analisar os números de público, seus
resultados são realmente expressivos se comparados aos da Rede de Teatros
Municipais, mas isso também pode ser explicado pela quantidade populacional
desses bairros versus a quantidade de equipamentos dos mesmos (CARVALHO, p.
19, 2013).
Na primeira gestão de Eduardo Paes (2009 a 2012), a carência de equipamentos culturais
nas áreas de planejamento (AP) das zonas Norte e Oeste do município foi identificada no
Planejamento Estratégico da Prefeitura do Rio de Janeiro referente ao período. As lonas
continuam tendo um papel importante para a difusão da cultura, mas a novidade são as arenas
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cariocas, inauguradas em 2012, como espaços multiuso (suas configurações variam da arena
ao palco italiano) que reforçam a oferta de equipamentos culturais na periferia.
Em consonância com o Plano Nacional de Cultura, o Planejamento Estratégico da
Prefeitura do Rio de Janeiro 2013-2016 proposto pela segunda gestão de Paes define ações
para ampliar o acesso aos bens e serviços culturais por meio de, entre outras ações, uma
revisão da estrutura dos equipamentos culturais. O caráter de continuidade de ações referentes
à cultura na periferia e à centralidade dos equipamentos culturais estão presentes no
Planejamento Estratégico de 2017-2020, conforme aponta as iniciativas: Territorialização do
fomento à cultura, direcionados aos subúrbios e periferias e com perfil comunitário;
Recultura, relacionado à revitalização da rede de equipamentos culturais; e o Cultura da Paz,
voltado para promoção da frequência de jovens da rede municipal e famílias nos
equipamentos culturais e naturais.
As 10 lonas culturais espalhadas em vários pontos da cidade, listadas na Tabela 1,
seguem um padrão: são cobertas por uma lona sintética nas cores verde e branco, com uma
arena no centro e a arquibancada em formato de ferradura, conforme imagens abaixo:
Imagem 1: Lonas Culturais Cariocas – arquitetura, disposição espacial, logo e mapa de acesso
Fontes: http://www.lonagilbertogil.com.br, http://noticias.band.uol.com.br/ e
http://www.rionoteatro.com.br.
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Tabela 1. Ano de inauguração, nome das lonas e bairro e sua área de planejamento.
Ano de
inauguração Nome das Lonas Culturais Capacidade Bairro AP
2005 Lona Cultural Municipal Herbert
Vianna 320 Maré AP 3
1999 Lona Cultural Municipal João Bosco 320 Vista Alegre AP 3
1999 Lona Cultural Municipal Carlos Zéfiro 320 Anchieta AP 3
2000 Lona Cultural Municipal Terra 320 Guadalupe AP 3
2010 Lona Cultural Municipal Renato Russo Ilha do Governador AP 3
2007 Lona Cultural Municipal Jacob Do
Bandolim 490 Jacarepaguá AP 4
1998 Lona Cultural Municipal Gilberto Gil 320 Realengo AP 5
1997 Lona Cultural Municipal Hermeto
Pascoal 300 Bangu AP 5
1993 Lona Cultural Municipal Elza Osborne 320 Campo Grande AP 5
2004 Lona Cultural Municipal Sandra De Sá 320 Santa Cruz AP 5
Fonte: Relatório de Gestão 2013.
Hoje, a Rede Municipal de Teatros é composta por 12 teatros, 10 lonas e 4 arenas (tabela
3) distribuídos de modo extremamente desigual pelas Áreas de Planejamento (APs) da cidade.
Vemos na Tabela 2, uma concentração dos teatros na AP 2 (área que engloba os bairros da
zona sul da cidade) e das lonas e arenas nas APs 3 e 5.
Tabela 2. Número de teatros, lonas e arenas por APs
AP TEATROS LONAS ARENAS
AP1 2 - -
AP2 9 - -
AP3 1 5 3
AP4 - 1 -
AP5 - 4 1
Fonte: Relatório de Gestão 2013.
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Tabela 3. Nome das arenas, capacidade, bairro e sua área de planejamento.
ARENA CARIOCA CAPACIDADE BAIRRO AP
Jovelina Pérola Negra 330 Pavuna AP 3
Dicró – Carlos Roberto de Oliveira 338 Penha AP 3
Fernando Torres 330 Madureira AP 3
Abelardo Barbosa 330 Pedra de Guaratiba AP 5
Fonte: Relatório de Gestão 2013.
Uma análise simples da distribuição dos equipamentos culturais da cidade do Rio de
Janeiro administrados pela Prefeitura revela o mesmo desequilíbrio apontado em escala
nacional quando se compara com o contingente populacional de cada Área de Planejamento
(AP) definida pela Prefeitura (tabelas 4 e 5). Há uma quantidade expressiva de lonas culturais
e arenas cariocas em áreas com menor presença de equipamentos culturais “clássicos” – como
teatro, museu, biblioteca, cinema e centro cultural –, mas que, curiosamente, abrigam a 1º e 2º
maior parcela da população carioca, respectivamente. Observa-se este fenômeno na AP3 e na
AP5, sendo a AP4 uma exceção.
As lonas culturais e arenas cariocas foram uma saída rápida, criativa e, sobretudo, barata
(tendo em vista que o custo de operacionalização e construção desses equipamentos são bem
menores do que o dos equipamentos culturais clássicos) para ofertar cultura à população
distante dos grandes centros culturais cariocas.
Tabela 4: Distribuição de Equipamentos Culturais Municipais por Área de Planejamento em 2013
Bibliotecas Teatros Museus
Lonas
Culturais
Arenas
Cariocas
Centro
Cultural Total
AP1 3 2 2 - - 5 12
AP2 2 9 2 - - 3 16
AP3 4 1 - 5 3 1 14
AP4 1 - - 1 - 1 3
AP5 2 - 1 4 1 - 8
Total 12 12 5 10 4 10 53
Fontes: Instituto Pereira Passos
Sem as lonas e arenas nas áreas de planejamento AP3 e AP5 – que reúnem os bairros da
periferia do Rio de Janeiro –, os dados sobre a distribuição dos equipamentos culturais no
município mostrariam uma distribuição ainda mais desigual dos equipamentos.
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Tabela 5: Áreas de planejamento e bairros da cidade do Rio de Janeiro
APs Bairros População
AP1
Saúde; Gamboa; Santo Cristo; Caju; Centro; Lapa; Catumbi; Rio
Comprido; Cidade Nova; Estácio; Imperial de São Cristóvão; Mangueira;
Benfica; Vasco da Gama; Paquetá; Santa Teresa.
297.976
AP2
Flamengo; Glória; Laranjeiras; Catete; Cosme Velho; Botafogo; Humaitá;
Urca; Leme; Copacabana; Ipanema; Leblon; Lagoa; Jardim Botânico;
Gávea; Vidigal; São Conrado; Rocinha; Praça da Bandeira; Tijuca; Alto da
Boa Vista; Maracanã; Vila Isabel; Andaraí; Grajaú.
1.009.170
AP3
Manguinhos; Bonsucesso; Ramos; Olaria; Maré; Jacaré; São Francisco
Xavier; Rocha; Riachuelo; Sampaio; Engenho Novo; Lins de Vasconcelos;
Méier; Todos os Santos; Cachambi; Engenho de Dentro; Água Santa;
Encantado; Piedade; Abolição; Pilares; Jacarezinho; Vila Cosmos; Vicente
de Carvalho; Vila da Penha; Vista Alegre; Irajá; Colégio; Campinho;
Quintino Bocaiúva; Cavalcanti; Engenheiro Leal; Cascadura; Madureira;
Vaz Lobo; Turiaçu; Rocha Miranda; Honório Gurgel; Oswaldo Cruz;
Bento Ribeiro; Marechal Hermes; Higienópolis; Maria da Graça; Del
Castilho; Inhaúma; Engenho da Rainha; Tomás Coelho; Complexo do
Alemão; Penha; Penha Circular; Brás de Pina; Cordovil; Parada de Lucas;
Vigário Geral; Jardim América; Guadalupe; Anchieta; Parque Anchieta;
Ricardo de Albuquerque; Coelho Neto; Acari; Barros Filho; Costa Barros;
Pavuna; Parque Colúmbia; Ribeira; Zumbi; Cacuia; Pitangueiras; Praia da
Bandeira; Cocotá; Bancários; Freguesia; Jardim Guanabara; Jardim
Carioca; Tauá; Moneró; Portuguesa; Galeão; Cidade Universitária.
2.398.572
AP4
Jacarepaguá; Anil; Gardênia Azul; Curicica; Freguesia; Pechincha;
Taquara; Tanque; Praça Seca; Vila Valqueire; Cidade de Deus;
Joá.Itanhangá; Barra da Tijuca; Camorim; Vargem Pequena; Vargem
Grande; Recreio dos Bandeirantes; Grumari.
909.955
AP5
Padre Miguel; Bangu; Senador Camará; Gericinó; Deodoro; Vila Militar;
Campo dos Afonsos; Jardim Sulacap; Magalhães Bastos; Realengo;
Santíssimo; Campo Grande; Senador Vasconcelos; Inhoaíba; Cosmos;
Paciência; Santa Cruz; Sepetiba; Guaratiba; Barra de Guaratiba; Pedra de
Guaratiba.
1.704.773
Fontes: Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos e Censo 2010
Além de considerar a localização dos equipamentos, conforme a Tabela 4, foram
levantados dados referentes às APs quanto ao índice de desenvolvimento social (IDS) e
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rendimentos por domicílio, com o intuito de melhor fundamentar a análise da distribuição das
lonas e arenas pela cidade.
O índice de desenvolvimento social (IDS) é utilizado para estudar o desenvolvimento
social em áreas urbanas e inclui as seguintes dimensões de análise: acesso ao saneamento
básico, qualidade habitacional, grau de escolaridade e disponibilidade de renda média. Ao se
observar a distribuição dos equipamentos culturais no município e o índice de
desenvolvimento social (IDS) por APs (Tabela 3), verifica-se que a AP5 e a AP3 têm os
menores IDS – respectivamente, 0,56 e 0,59 –, ficando abaixo da média de 0,61 das APs.
Fazendo o paralelo entre a distribuição dos equipamentos culturais no município e o
rendimento médio dos responsáveis, que têm rendimento, pelos domicílios em salários
mínimos por APs (tabela 3), com base nos dados do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira
Passos (IPP), observa-se que as AP5 e AP3 também têm os menores rendimentos –
respectivamente, 2,51 e 3,14 –, ficando abaixo da média de 4,78 das APs.
Tabela 3: Rendimento médio dos responsáveis, que têm rendimento, pelos domicílios em
salários mínimos.
Áreas de Planejamento, Regiões de
Planejamento, Regiões Administrativas
e Bairros
Índice de
Desenvolvimento
Social
Rendimento médio dos
responsáveis, que têm
rendimento, pelos domicílios em
salários mínimos.
Media 0,61 4,78
AP1 0,60 3,27
AP2 0,70 9,57
AP3 0,59 3,14
AP4 0,62 6,67
AP5 0,56 2,51
Fonte: Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos
As análises dos dados do IDS, do rendimento médio dos responsáveis pelos domicílios
em salários mínimos e da distribuição por tipos de equipamentos culturais por APs
corroboram a orientação da política cultural municipal no sentido de ampliar o acesso de bens
e valores culturais para as regiões mais periféricas e com indicadores sociais mais baixos em
relação às outras APs. O coeficiente de correlação entre rendimento médio por AP e o número
de lonas e arenas como também o coeficiente de correlação entre o IDS por AP e o número de
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lonas e arenas são ambos iguais a aproximadamente -0,61, mostrando uma correlação
negativa entre essas variáveis, o que reafirma a política cultural do Rio de Janeiro.
Na ausência de equipamentos tradicionais, as lonas e arenas cariocas se destacam como
suporte para difusão dos bens culturais no âmbito da política cultural do município. Focalize-
se a presente análise nas APs 3 e 5: devido ao fato de 65% da população da cidade viver
nestas regiões, as atividades culturais realizadas aqui expressam a importância destes
equipamentos para difusão da cultura. Conforme o Relatório de Gestão de 2013 da Secretaria
Municipal de Cultura, quase 74% do total das atividades culturais realizadas na AP3
ocorreram nas lonas e arenas (Gráfico 1), enquanto que, na AP5, essa taxa chega a 93%
(Gráfico 2).
Gráfico 1: Percentual de atividades realizadas por equipamento na AP3
Fonte: Relatório de Gestão 2013
Observe-se que o percentual das atividades realizadas no único teatro localizado na
AP3 não aparecem no Gráfico 1 pois foram realizadas apenas 4 atividades ao longo do ano
2013, um percentual igual a 0,0006%.
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Gráfico 2: Percentual de atividades realizadas por equipamento na AP5
Fonte: Relatório de Gestão 2013
Quanto à demanda, as atividades desenvolvidas nas lonas e arenas cariocas também se
destacam pelo total de público, como se verifica nos Gráficos 3 e 4. A exceção é o Centro
Cultural Imperator, localizado na AP3, que teve um público muito acima dos demais
equipamentos.
Gráfico 3: Público das atividades realizadas por equipamento na AP3
Fonte: Relatório de Gestão 2013
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Gráfico 4: Público das atividades realizadas por equipamento na AP5
Fonte: Relatório de Gestão 2013
3. Contribuições do ferramental da pesquisa operacional na gestão de equipamentos
culturais
Nessa seção, propõe-se um levantamento de algumas técnicas de pesquisa operacional
que serão, em momentos posteriores desta pesquisa, aplicados ao problema da distribuição
desigual de equipamentos culturais no território carioca, à análise de eficiência desses espaços
e à compreensão das relações entre os diversos agentes para o funcionamento das atividades
nesses espaços. A necessidade desta exposição é uma só: mostrar que, diante das
desigualdades sociais refletidas na distribuição dos equipamentos culturais, os métodos da
Engenharia de Produção, em especial da Pesquisa Operacional, podem representar uma
solução.
O problema da localização de facilidades (escolas, hospitais, serviços, fábricas etc.) é
uma importante linha de investigação da pesquisa operacional. Em geral, o objetivo destes
problemas é determinar a quantidade e a localização ideal das facilidades de forma a atender
da melhor maneira possível um conjunto de usuários cuja localização é conhecida. Diversas
variantes do problema da localização de facilidades são encontradas na literatura (Arenales et
al. [2007] e Ballou [2004]). Dentre essas variantes destacam-se abaixo três modalidades de
problemas:
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No Problema das p-medianas, tem-se que a localização ideal das facilidades
corresponde a centros de gravidade que minimizem a distância usuário–
facilidade;
No Problema de Localização de Máxima Cobertura, tem-se a finalidade de
encontrar a melhor localização de facilidades de modo a cobrir uma região de
maneira eficiente;
No Problema dos p-centros, busca-se localizar as facilidades e clientes, de
modo a minimizar a distância máxima entre os clientes e a facilidade.
A pergunta que se pode fazer é a seguinte: de acordo com um determinado método de
localização de facilidade, as localizações das lonas culturais e arenas cariocas são adequadas
para atender à população da periferia do Rio de Janeiro?
Um estudo de localização como esse exigirá um conhecimento da distribuição
geográfica da população da região, o que pode ser realizado por meio da divisão em setores
censitários divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Então, na
modelagem, usa-se um grafo ponderado, onde os vértices são os centroides de cada setor
censitário e os pesos nas arestas são as distâncias euclideanas entre os centroides. O uso de
softwares SIGs (Sistemas de Informação Geográficos) será fundamental para representar os
espaços e fazer análises.
Nas tabelas apresentadas ao longo do texto, observa-se uma diferença no número de
público alcançado pelos equipamentos. Uma análise da eficiência desses espaços poderá ser
obtida por meio da ferramenta Análise por Envoltória de Dados (DEA), uma técnica de
pesquisa operacional utilizada para medir a eficiência de unidades produtoras de bens e
serviços chamadas DMUs (abreviação do inglês Decision Making Units).
Para produzir os bens e serviços (outputs), as DMUs utilizam insumos (inputs), como
por exemplo, matéria-prima, mão-de-obra, capital. Considerando-se DMUs que desenvolvam
atividades semelhantes, suas produtividades podem ser comparadas e, com isso, é possível
determinar a DMU mais produtiva. Esta, em geral, é aquela que utiliza mais tecnologia, mão-
de-obra mais qualificada, melhores matérias-primas e melhor gerenciamento dos recursos. O
DEA calcula a eficiência de uma DMU em relação à DMU que apresentar melhor
desempenho, dentre as componentes da amostra analisada.
Para usar a análise por envoltória de dados para medir a eficiência dos equipamentos
culturais da cidade do Rio de Janeiro, será necessário estabelecer os inputs e outputs para esse
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estudo. Esses dados podem ser coletados por meio dos relatórios de gestão fornecidos pela
SMC do Rio de Janeiro. Os dados condensados neste estudo já caminham nesta direção.
Uma outra vertente de atuação proposta aqui se refere ao estudo de redes, que, por sua
vez, tem despertado muito interesse da comunidade científica devido às diversas aplicações ao
mundo real. Uma rede pode ser representada por um grafo. Numa rede social, os vértices
podem representar pessoas ou organizações e as arestas expressam as relações entre eles
(como, poder, amizade ou conhecimento).
Na análise de redes, destaca-se o estudo da centralidade de um vértice, onde busca-se
determinar qual é a importância do vértice na rede ou qual é o vértice mais central. A noção
de centralidade em redes sociais foi introduzida por Bavelas em 1948, de modo que um
vértice numa rede social era considerado mais central se estivesse localizado num caminho
mais curto de comunicação entre os pares. Porém, existe na literatura uma boa variedade de
medidas de centralidade, que tentam ressaltar diferentes aspectos da posição de um vértice na
rede. Dessa forma, a escolha da medida de centralidade a ser adotada dependerá do problema
analisado.
No caso dos equipamentos culturais lonas e arenas, muitos são os elos de conexão com
os diversos agentes: usuários, empresas privadas, governo, artistas, comunidade, atividades
culturais, organizações não governamentais. É mister saber em que medida ocorrem essas
interações com esses agentes de modo a favorecer uma maior colaboração com agentes com
pouco aproximação e aprimorar a gestão desses espaços. Diversos modelos de redes podem
ser formulados com essa temática, atribuindo-se vértices respectivos aos equipamentos,
usuários, empresas, artistas, governo, ONGs, tipos de atividades culturais etc. Para obter a
rede, é necessário realizar uma pesquisa empírica com a aplicação de questionários aos
gestores desses equipamentos.
4. Considerações finais
As desigualdades sociais que historicamente marcam o Brasil também se manifestam na
distribuição dos equipamentos culturais. Diante desta questão histórica e social, uma das
formas de se buscar uma solução encontra-se nos métodos desenvolvidos no contexto da
Engenharia de Produção. O estudo das localizações das instalações culturais baseado em
métodos disponibilizados pela Pesquisa Operacional insere-se neste esforço, sendo o presente
artigo apenas o primeiro passo nesta direção.
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