1
ANAIS – TRABALHOS COMPLETOS
ORGANIZAÇÃO
GIGLIO, Zula Garcia MELLO, Regina Lara Silveira NAKANO, Tatiana de C. WECHSLER, Solange Muglia
Editoração: Jonas Garcia Giglio
2
APRESENTAÇÃO DOS ANAIS – TRABALHOS COMPLETOS .......... 6
CONFERÊNCIAS ........................................................................................................... 8
CRIATIVIDADE: DESAFIOS AO CONCEITO ............................................................................... 8
CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO NO CONTEXTO BRASILEIRO ...................................................... 29
EL ESTUDIO CIENTÍFICO DE LA CREATIVIDAD Y SU DIMENSIÓN APLICADA ........................... 43
INTERVENÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES PARA A CRIAÇÃO DE SISTEMAS DE INOVAÇÃO
ORGANIZACIONAL: O USO DO MÉTODO “PROBLEMAÇÃO” ................................................. 60
YOUTH LEADERSHIP: SHOULD IT BE TAUGHT? …CAN IT BE TAUGHT? .................................. 71
MESAS REDONDAS ................................................................................................. 86
ACASO, SERENDIPIDADE E INSIGHT NO PROCESSO DE CRIAÇÃO EM ARTE ........................... 86
ARTE, CRIAÇÃO: PENSAMENTO E AÇÃO ............................................................................... 96
AS PORTAS DO CÉU E DO INFERNO.................................................................................... 114
CRIATIVIDADE ARTÍSTICA E O INOVAR NA LINGUAGEM ..................................................... 131
CRIATIVIDADE NA ARTETERAPIA ........................................................................................ 144
CRIATIVIDADE NA PSICOTERAPIA ...................................................................................... 157
INTELIGÊNCIA: PENSAMENTO CRIATIVO E COMPLEXIDADE ............................................... 170
O PENSAMENTO JUNGUIANO COMO AJUDA NA COMPREENSÃO DO PROCESSO CRIATIVO NA
PSICOTERAPIA E NAS ATIVIDADES EDUCACIONAIS............................................................. 182
PROJETO JOVENS TALENTOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES
NA TEMÁTICA DA SUPERDOTAÇÃO ................................................................................... 189
COMUNICAÇÕES .................................................................................................... 201
CRIATIVIDADE E DESENVOLVIMENTO ...................................................... 201
ESTIMULANDO CRIATIVIDADE: A INFLUÊNCIA DOS CONTOS SOBRE O DESENVOLVIMENTO
CRIATIVO INFANTIL ....................................................................................................... 201
EDUCAÇÃO ............................................................................................................... 214
3
Ensino – aprendizagem ........................................................................................ 214
A CRIATIVIDADE NA PRÁTICA PEDAGÓGICA COMO FERRAMENTA DE AQUISIÇÃO DE
HABILIDADES E COMPETÊNCIAS NO AEE. ....................................................................... 214
A FÍSICA EXPERIMENTAL NO ENSINO MÉDIO PARA ALUNOS DAS REDES PÚBLICAS
MUNICIPAIS E ESTADUAIS ............................................................................................. 222
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS COOPERATIVOS NO PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS
COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS NAS SÉRIES INICAIS. ............................. 242
A INTERAÇÃO COMO ELEMENTO CONSTITUTIVO DOS PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO
DA CRIATIVIDADE .......................................................................................................... 255
CONCEPÇÃO, DESENVOLVIMENTO E EXECUÇÃO DE PROJETO INTEGRADOR POR
ESTUDANTES DE ENGENHARIA EM SÃO PAULO ............................................................. 268
CRIATIVIDADE E AUTO-PERCEPÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE ENSINO DE PROFESSORES
ALFABETIZADORES DE ADULTOS.................................................................................... 282
MOTIVAÇÕES PSICOSSOCIAIS PARA O APRENDIZADO DA MATEMÁTICA NO ENSINO
FUNDAMENTAL ............................................................................................................. 288
O CURRICULO E A EXPRESSÃO DA CRIATIVIDADE NA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ......................................................................... 297
Educação a Distância ............................................................................................. 309
CRIATIVIDADE E INOVAÇÂO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: O USO DE NARRATIVAS
HIPERMIDIÁTICAS EM AVEA INCLUSIVO ........................................................................ 309
Hipermídia .................................................................................................................. 321
A CRIATIVIDADE E AS NARRATIVAS HIPERMIDIÁTICAS ................................................... 321
Pesquisa Em Educação ......................................................................................... 334
A DIMENSÃO SUBJETIVA DA CRIATIVIDADE NA APRENDIZAGEM DA LEITURA E ESCRITA 334
CRIATIVIDADE E EDUCAÇÃO: ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA ................................. 346
LEVANTAMENTO DE PESQUISAS SOBRE CRIATIVIDADE EM DOIS IMPORTANTES
CONGRESSOS BRASILEIROS DE PSICOLOGIA................................................................... 355
Educação – Ensino Superior ............................................................................... 363
A CRIATIVIDADE COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO ENSINO SUPERIOR ................. 363
4
A FORMAÇÃO REFLEXIVA DO PROFESSOR NA ESCOLA: PRESSUPOSTOS AO
DESENVOLVIMENTO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS CRIATIVAS E INOVADORAS ............... 374
CRIATIVIDADE E PEDAGOGIA SOCIAL: UMA ALIANÇA NECESSÁRIA PARA O EDUCADOR
SOCIAL .......................................................................................................................... 385
AVALIAÇÃO DA ESCALA DE ESPERANÇA QUANTO AO FUTURO: UM ESTUDO COM
ACADÊMICOS DA UFAM ................................................................................................ 396
ESCALA DE ORIENTAÇÃO PARA A VIDA: INOVAÇÃO E DESAFIOS PARA SERVIÇO DE
ORIENTAÇÃO EDUCATIVA NO ENSINO SUPERIOR .......................................................... 405
SABER AMBIENTAL: UM DESAFIO EDUCACIONAL NA ATUALIDADE ................................ 416
CRIATIVIDADE NAS ORGANIZAÇÕES ......................................................... 425
A RECICLAGEM NA RESPONSABILIDADE SOCIAL EM EMPRESAS DE MANAUS: PERCEPÇAO
DOS GESTORES .............................................................................................................. 425
CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL AO SÉCULO XXI ..................... 438
INOVAÇÃO ABERTA E SEU SUCESSO NO CASE NATURA .................................................. 447
INOVAÇÃO E PSEUDOINOVAÇÃO ................................................................................... 458
O DESPERTAR CRIATIVO: VIVÊNCIA COMO ALICERCE PARA O DESENVOLVIMENTO DO
BRAINSTORMING NOS PROCESSOS DE NEGÓCIO EM ORGANIZAÇÕES EMPREENDEDORAS
..................................................................................................................................... 470
PERCEPÇÃO DE SEMELHANÇAS ENTRE LÍDER E PESSOA CRIATIVA POR FUNCIONÁRIOS DE
EMPRESAS DA REGIÃO DE CAMPINAS ........................................................................... 483
PROCESSOS CRIATIVOS E PRODUTOS ................................ 492
AREIA QUARTZOSA VERMELHA COM ADIÇÃO DE ESTABILIZANTE QUIMICO PARA
CAMADAS DE PAVIMENTO ............................................................................................ 492
CONSTITUIÇÃO DE REVISTA ELETRÔNICA COM DESIGN CRIATIVO PARA AMPLIAR OFERTA
DE PERIÓDICOS INDEXADOS NO AMAZONAS ................................................................. 504
FIBRAS DE BAMBU COMO AGREGAÇÃO DE VALOR: DO ARTESANATO A MATERIAIS DE
ENGENHARIA ................................................................................................................ 514
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NO ESTADO DO AMAZONAS: UM ESTUDO BASEADO NA PINTEC
..................................................................................................................................... 524
O ATO CONTEMPLATIVO E A NATUREZA NAS POÉTICAS VISUAIS ................................... 535
CRIATIVIDADE NA SAÚDE ................................................................................ 546
5
ENRAIZANDO A ALMA: RESIGNIFICAÇÃO DA IMAGEM CORPORAL ATRAVÉS DA ARTE .... 546
HUMANIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO CLÍNICA ATRAVÉS DA ARTE ................................... 556
IMPLICAÇÕES DO PERFIL CRIATIVO NA QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS COM DOR
CRÔNICA NA COLUNA LOMBAR ..................................................................................... 565
O SÓCIO-INTERACIONISMO NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE ................................................. 576
OUTROS TEMAS EM CRIATIVIDADE ........................................................... 588
ANALOGIAS NO PROCESSO CRIATIVO EM ARQUITETURA: UMA EXPERIÊNCIA NO ATELIER
DE PROJETO .................................................................................................................. 588
DIAGNÓSTICO E CARACTERIZAÇÃO DOS PLAYERS DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL – APL
TURÍSTICO DE PARINTINS/ AM ...................................................................................... 605
EXPERIÊNCIA ESTÉTICA, CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO: POSSIBILIDADES PARA O ENSINO E A
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES................................................................. 619
QUATRO DEFINIÇÕES DE CRIATIVIDADE: O CONSTRUTO POR MEIO DA ANÁLISE DE REDES
..................................................................................................................................... 627
RELAÇÃO ENTRE CRIATIVIDADE E INTELIGÊNCIA: LEVANTAMENTO DE PESQUISAS SOBRE A
TEMÁTICA ..................................................................................................................... 646
SUPERDOTAÇÃO: PRÁTICAS EDUCACIONAIS PODEM INIBIR A CRIATIVIDADE? ............... 656
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES ..................................................................... 667
6
APRESENTAÇÃO DOS ANAIS – TRABALHOS COMPLETOS
Anais - Trabalhos Completos do I CONGRESSO INTERNACIONAL DE CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO promovido pela Associação Brasileira de Criatividade e Inovação – CRIABRASILIS e a Universidade Federal do Amazonas - UFAM. Este evento teve lugar no campus da UFAM, em Manaus de 29 de junho a 1º. de julho de 2011. Presidência do Congresso Profª. Drª. Solange Muglia Wechsler CRIABRASILIS – Associação Brasileira de Criatividade e Inovação / PUC-Campinas Prof. Dr. José Humberto da Silva-Filho Laboratório de Avaliação Psicológica do Amazonas / Universidade Federal do Amazonas Comissão Científica Profª. Drª. Albertina Mitjáns Martinez (UnB) Profª. Drª. Denise de Souza Fleith (UnB) Profª. MSc. Elenara Dias Perin (FAPSI/UFAM) Profª. Drª. Eunice M. L. Soriano de Alencar (UCB/CRIABRASILIS) Prof. Dr. Fernando José Vieira C. de Sousa (Instituto Superior D. Afonso III, Portugal) Prof. Dr. Julio Romero (Universidad Complutense de Madrid, Espanha) Prof. Dr. Marcos Rizolli (Universidade Presbiteriana Mackenzie/CRIABRASILIS) Profª. Drª. Maria Alice D'Avila Becker (FAPSI/UFAM) Profª. Drª. Maria de Fatima Morais da Silva (Universidade do Minho, Portugal) Profª. Drª. Maria do P. Socorro Chaves (Núcleo de Inovação Tecnológica/UFAM) Profª. Drª. Nazaré Maria de Albuquerque Hayasida (FAPSI/UFAM) Profª. Drª. Regina Lara S. Mello (Universidade Presbiteriana Mackenzie/CRIABRASILIS) Profª. Drª. Tatiana de Cássia Nakano (PUC-Campinas/CRIABRASILIS) Profª. Drª. Zula Giglio (Unicamp/CRIABRASILIS) - Coordenação Comissão Organizadora
Profª. Drª. Denise Bragotto (CRIABRASILIS) Prof. Dr. José Humberto da Silva-Filho (LAP/FAPSI/UFAM) Prof. Dr. Lucídio Rocha Santos (FEFF/UFAM) Profª. Drª. Regina Lara S. Mello (Universidade Presbiteriana Mackenzie/CRIABRASILIS) Profª. Drª. Rosimeire de Carvalho Martins (FAPSI/UFAM) Prof. Dr. Walter Adriano Ubiali (FAPSI/UFAM) Profª. Drª. Tatiana de Cássia Nakano (PUC-Campinas/CRIABRASILIS) MsC. Maria Célia Bruno Mundim (CRIABRASILIS) Elizeu Gomes Saraiva (LAP/FAPSI/UFAM)
7
Jonas Garcia Giglio (CRIABRASILIS) Juliana Cohen (LAP/FAPSI/UFAM) Julyanne Rocha Garcez (LAP/FAPSI/UFAM) Walfredo Sebastião Moura (FEFF/UFAM)) Apresentamos aqui os textos completos que nos foram enviados. O número deles não perfaz o total dos trabalhos apresentados no evento, cujos títulos, autores e resumos constam do arquivo ANAIS – RESUMOS, também disponível neste site. Isto deve-se ao fato de que alguns participantes optaram por não enviar o texto completo, por diferentes razões, incluindo o fato de não estarem inseridos na vida acadêmica, em cujo âmbito as publicações são mais valorizadas. Os textos estão organizados em três grupos: as conferências, as mesas redondas e as comunicações. No grupo das comunicações há subdivisões temáticas. Também há no final um índice remissivo dos autores que aponta em que grupo o trabalho apresentado foi inserido. Salientamos ainda que a redação e apresentação dos trabalhos é de responsabilidade dos respectivos autores. Pela Comissão Científica do Congresso, Profa. Dra. Zula Garcia Giglio
656
SUPERDOTAÇÃO: PRÁTICAS EDUCACIONAIS PODEM INIBIR A
CRIATIVIDADE?
Fernanda Hellen Ribeiro Piske – Universidade Federal do Paraná
Tania Stoltz – Universidade Federal do Paraná
Resumo Esta pesquisa busca contribuir para a reflexão de educadores quanto às suas práticas educacionais direcionadas a alunos superdotados durante o processo de ensino-aprendizagem. O desenvolvimento de potencialidades e da criatividade acontece se houver um ambiente responsivo que possa suprir as necessidades sociais e emocionais de indivíduos superdotados (ALENCAR, 2001). A metodologia desta pesquisa é qualitativa e exploratória, respaldando-se na coleta de dados, realizada por meio de entrevistas semi-estruturadas e observações com 8 alunos superdotados de 13 a 16 anos de idade. Conclui-se que há uma lacuna significante na formação de professores no sentido de sua contribuição não só para a identificação de alunos com AH/SD, mas também para a prática pedagógica a partir da proposta de enriquecimento curricular.
Palavras- chave: Superdotação. Práticas educacionais. Criatividade
Abstract This research aims to contribute to the reflection of educators concerning their educational practices to gifted students during the process of teaching and learning. The development of potentiality and creativity only exists, if there is a responsive environment that can supply the social and emotional needs of gifted (ALENCAR, 2001). The method of this research is qualitative and exploratory, based on data collection made through semi-structured interviews and observations with eight gifted children from 13 to 16 years old. The conclusion shows that there is a significant gap in the formation of educators concerning their contribution not only for the identification of gifted students but also to the pedagogical practice according to the proposal of curricular enrichment. Key words: Giftedness. Educational practices. Creativity
Introdução
657
A finalidade desta pesquisa é contribuir para a reflexão de educadores quanto
às suas práticas educacionais direcionadas a alunos superdotados durante o
processo de ensino-aprendizagem. Diversos estudos (CHARTIER, 1978;
ALENCAR, 1986; GUSDORF, 1987; HOFFMANN, 1991; RENZULLI e REIS,
1997; LUCKESI, 2001; VIRGOLIM, 2003; TEIXEIRA, 2007 e outros) apontam a
importância da formação docente para exercer com eficiência as práticas
educacionais no âmbito escolar.
Guenther (2000) destaca que o ato de criar, inventar, descobrir, está
intrinsecamente relacionado ao trabalho mental da mais alta qualidade e se
torna em essência, enxergar algo que não foi descoberto antes. Desta forma, é
possível caracterizar o verdadeiro conceito de criar. A criatividade está
presente no incentivo maior à imaginação e do potencial criador, por isso, é
importante trabalhar em originar questões instigantes, pois a partir de uma
pergunta que estimule a curiosidade do aluno, é que uma reorganização da
realidade conhecida pode ser trabalhada e gerar grandes descobertas. Neste
contexto, a motivação, a criatividade, o envolvimento no processo de
aprendizagem que o aluno apresenta, irá depender da estimulação e
treinamento da equipe docente em sala de aula, pois as práticas educacionais
podem ser decisivas para que os alunos demonstrem o seu interesse pelo
conteúdo que lhes é ensinado. Alencar (2001, p. 60) destaca que
Um grande número de pesquisas tem mostrado que criatividade e
envolvimento com a tarefa podem ser influenciados pelas práticas
educacionais e desenvolvidos através de estimulação e treinamento
(ALENCAR, 2001, p. 60).
Porém, estas práticas muitas vezes ocorrem por meio de simples
reprodução de conteúdo. Ou seja, o conteúdo é apenas realizado por uma
transmissão, consequentemente não há inovações, e isto ocasiona a falta de
motivação em aprender. Por esta razão, jovens que apresentam altas
habilidades/superdotação (AH/SD) se sentem frustrados pela forma repetitiva e
658
monótona de ensino que seus professores oferecem durante as aulas. Neste
contexto, a escola se torna apenas uma instituição de reprodução, não
havendo uma formação docente adequada e muito menos alunos que reflitam
sobre o ensino-aprendizagem. Apple (1989, p. 30) expressa que
[...] as escolas são meramente instituições de reprodução em que o conhecimento explícito e implícito ensinado molda os estudantes como seres passivos que estarão então aptos e ansiosos para adaptar-se a uma sociedade injusta (APPLE, 1989, p. 30).
O que os educadores deveriam entender é que o processo de ensino-
aprendizagem envolve muito mais que um método repetitivo e cansativo. Este
processo abrange ação, movimento, provocação na ação educativa. Ou seja,
professor e aluno interagindo e confrontando suas idéias. Em relação a isso,
Hoffmann (1991) cita a importância da ―[...] ação, movimento, provocação, na
tentativa de reciprocidade intelectual entre os elementos da ação educativa.
Professor e aluno buscando coordenar seus pontos de vista, trocando idéias,
reorganizando-as‖. (HOFFMANN, 1991, p. 67).
Confrontar idéias é por em movimento o processo de ensino-aprendizagem.
Neste sentido, o confronto surge entre a interação entre os sujeitos que
pertencem ao cenário que envolve a escola, a sala de aula e seus
personagens. Os protagonistas não são os professores e nem os alunos, mas
todos os que participam deste processo. Então, o conteúdo desta
aprendizagem deve envolver a relação professor-aluno que devem apropriar-se
do conhecimento reciprocamente. A Educação tem que ter por objetivo
principal uma função emancipadora, onde os sujeitos possam produzir,
construir e reconstruir o conhecimento. Desta forma a aprendizagem pode ser
realizada de forma criativa e inovadora onde os sujeitos se envolvem e
trabalham em conjunto. Gadotti (2000, p. 8) expressa que
Cabe à escola: amar o conhecimento como espaço de realização
humana, de alegria e de contentamento cultural; selecionar e rever
criticamente a informação; formular hipóteses; ser criativa e inventiva
(inovar); ser provocadora de mensagens e não pura receptora;
produzir, construir e reconstruir conhecimento elaborado. E mais:
numa perspectiva emancipadora da educação, a escola tem que
fazer tudo isso em favor dos excluídos, não discriminando o pobre.
659
Ela não pode distribuir poder, mas pode construir e reconstruir
conhecimentos, saber, que é poder (GADOTTI, 2000, p. 8).
É preciso rever as práticas educacionais que estão sendo exercidas durante o
processo de ensino-aprendizagem, para que tanto os professores, bem como
seus alunos se sintam satisfeitos pelo seu desempenho nesta interação,
evitando assim a exaustão e monotonia de cada indivíduo envolvido neste
processo.
Práticas educacionais inibidoras do potencial criador
A inclusão de alunos superdotados na escola depende de vários
aspectos para que suas necessidades sejam atendidas. É preciso que a escola
proporcione práticas educacionais de inclusão mais efetivas, onde haja
recursos humanos e financeiros suficientes para atender a esta demanda.
Estas práticas são de extrema importância, principalmente para os alunos
superdotados que passam despercebidos em sala de aula e se sentem
isolados, com baixa autoestima e outros problemas emocionais, levando
consigo a falta de compreensão por parte de seus educadores. De acordo com
Rodrigues ―[...] a escola que pretende seguir uma política de educação
inclusiva (EI) desenvolve políticas, culturas e práticas que valorizam a
contribuição ativa de cada aluno [...] (Rodrigues, 2006).
A escola deveria dar atendimento adequado tanto por parte de professores
como por parte de psicólogos que proporcionam apoio psicopedagógico para
que estes alunos que apresentam Necessidades Educacionais Especiais
(NEES) não se sintam discriminados pelo próprio sistema educacional. ―A
inclusão essencial é a dimensão que assegura a todos os cidadãos de dada
sociedade o acesso e a participação sem discriminação a todos os seus níveis
[...]‖ (RODRIGUES, 2006). Porém, na realidade, o que se percebe ainda é que
a presença de alunos com características singulares continua sendo uma
preocupação freqüente para os educadores que na maioria das vezes
desconhecem a necessidade especial que os seus alunos apresentam, e
660
quando identificam, não sabem como lidar com esta situação.
Consequentemente, estes alunos se sentem excluídos e desestimulados a
prosseguir no processo educativo. Freitas e Negrini (2008, p. 282) indicam que
[...] os alunos com altas habilidades/superdotação estão presentes
em grande número nas escolas e que muitas vezes passam
despercebidos pelo olhar do professor e dos familiares. Esses alunos
possuem características singulares, relacionadas com suas diferentes
áreas de interesse, e caso não sejam identificados e estimulados,
podem sofrer com o fracasso escolar, chegando até a evadirem da
escola (FREITAS; NEGRINI, 2008, p. 282).
Então, pode-se perceber que a necessidade de inclusão dos alunos
superdotados é uma busca constante, pois, muitas escolas ainda não têm
recursos suficientes para que este processo ocorra. Muitos educadores ainda
se encontram despreparados para atender a esta clientela que busca mais
conhecimento, porém acaba encontrando práticas excludentes por parte dos
seus professores. Freitas e Negrini (2008, p.283) expressam que
[...] a inclusão dos alunos com altas habilidades/superdotação ainda
se faz necessário, uma vez que as escolas ainda não se sentem
preparadas para atendê-los e, mesmo sem perceber, realizam
práticas excludentes e desestimulantes para estes alunos, que vão à
escola em busca de novos desafios para a aprendizagem (FREITAS
e NEGRINI, 2008, p. 283).
Estas práticas educacionais excludentes e que inibem o potencial criador
fazem com que os alunos superdotados sofram com o desajuste emocional,
ficando desmotivados com o sistema de ensino e isto acaba ocasionado uma
grande frustração tanto por parte dos alunos, como por parte dos professores
que não sabem como agir nesta situação. Segundo Fleith (2004, p. 56),
A idéia de que o aluno superdotado tem recursos suficientes para desenvolver habilidades e produzir conhecimento é um mito que se reflete no uso limitado de práticas educativas direcionadas a esta clientela. É necessário que se desenvolvam estratégias educacionais que atendam às necessidades dos alunos superdotados e talentosos (MAIA-PINTO e FLEITH, 2004, p. 56).
661
Percebe-se a dificuldade contínua dos educadores em motivar os alunos
superdotados por meio de recursos que proporcionem o incentivo à educação e
dêem continuidade ao aprendizado, mas não em condições postas em limite
como são oferecidas quase na maioria dos casos, pelo contrário, os alunos
incluídos no sistema educacional precisam que suas necessidades sejam
supridas na totalidade.
Realização da pesquisa
Esta pesquisa foi realizada no município de Curitiba. A metodologia foi
qualitativa e exploratória, respaldando-se na coleta de dados fundamentada em
entrevistas semi-estruturadas e observações realizadas com 8 alunos
superdotados de 13 a 16 anos de idade, todos matriculados no Ensino Médio
de escolas pertencentes à rede pública e particular.
Inicialmente foi feita uma análise em escolas de Ensino Médio que
atendem alunos superdotados, em Curitiba. Foi possível constatar que a única
escola com mais acessibilidade e atividades em sala de recursos para alunos
do Ensino Médio com altas habilidades/superdotação (AH/SD), foi uma escola
da rede pública de Curitiba¹. A partir de então, foi feito contato com a
professora responsável pela área de AH/SD para poder fazer a pesquisa nesta
escola. Foi solicitada uma declaração de autorização de pesquisa por parte da
orientadora deste estudo e outra para que os responsáveis destes alunos
assinassem permitindo a participação destes adolescentes nas entrevistas e
observações. Preenchida esta documentação e contando com o consentimento
de todos, iniciaram-se as entrevistas após uma semana. É importante observar
que os alunos que participaram deste estudo frequentam a sala de recursos
desta escola, porém nem todos estudam neste local, muitos são oriundos de
outras escolas públicas e particulares. A coleta de dados desta pesquisa foi
realizada em aproximadamente dois meses, de acordo com a disponibilidade
dos alunos participantes.
No início da entrevista, as perguntas foram direcionadas a fim de
identificar a percepção dos alunos superdotados ao que concerne ao
662
atendimento na escola. Em seguida, as perguntas foram direcionadas para
verificar se há dificuldades na interação com seus professores. Neste sentido,
buscou-se perceber os processos de interação, como o convívio destes jovens
na escola. Para finalizar, foi analisada também a possibilidade de haver algum
tipo de frustração por parte dos alunos concernente ao processo de ensino-
aprendizagem. Durante as entrevistas e observações, buscou-se analisar o
comportamento destes alunos mediante cada resposta, bem como verificar o
nível de satisfação pessoal envolvendo este alunado, sua escola e as práticas
educacionais de seus professores.
Resultados e discussão
Na análise desta pesquisa foram confrontadas as respostas obtidas nas
entrevistas e nas observações, sendo possível caracterizar as interações entre
alunos superdotados e seus professores por meio das respostas coletadas
durante as entrevistas. Constatou-se que grande parte destes entrevistados
está insatisfeita e evidenciou-se em suas respostas que o principal motivo
desta insatisfação é a forma como alguns professores ensinam. Estes jovens
apresentam indicativos de se sentirem frustrados por causa das práticas
educacionais repetitivas e ineficientes.
Quanto à relação com seus professores, muitos alunos que foram
entrevistados estão insatisfeitos com o processo de ensino-aprendizagem.
Alguns alunos apontam suas dificuldades neste relacionamento observando,
fundamentalmente, o quanto as suas práticas estariam aquém de seus
interesses. Pode-se verificar na fala de Tobias1²: ―Há algum tempo discuti com
um professor porque eu não aguentava mais ele falando pela milésima vez a
mesma coisa de sempre (Tobias, 15 anos)‖. A aluna Monique também
apresenta insatisfação quanto às práticas educacionais de alguns professores
que tornam as aulas cansativas e desinteressantes. Sua fala é a seguinte: ―Me
sinto mal na sala de aula, tudo que o professor ensina eu já sei, então começo
a desenhar, daí ele briga comigo sem motivo, pois se não tem outra coisa para
fazer, eu me distraio desenhando, pelo menos estou expressando minha
663
criatividade. O professor deveria rever o que está ensinando e de que forma ele
ensina, pois é monótono e chato o jeito dele ensinar (Monique, 14 anos)‖.
Durante a pesquisa, evidenciou-se o papel importante da sala de
recursos, significando também um apoio para proporcionar boas relações
interpessoais entre alunos superdotados e seus professores. Neste local os
alunos superdotados têm a oportunidade de participar de vários grupos, a fim
de suprir suas Necessidades Educacionais Especiais (NEEs). Constatou-se
que há várias atividades que são trabalhadas com os alunos superdotados em
diferentes grupos na sala de recursos da escola. Há o grupo de Produção
Textual, grupo de Artes, Psicomotricidade Relacional, Aeromodelismo,
Literatura, Aves, Cinema, RPG, entre outros. Estes grupos surgiram a partir
dos interesses e necessidades dos alunos superdotados.
Verificou-se que a sala de recursos, ao oferecer programas de
enriquecimento extracurricular, favorece o desenvolvimento do potencial dos
alunos que apresentam AH/SD e possibilita o convívio entre estes
adolescentes e outros que possuem interesses semelhantes. Desta forma é
realizada uma troca de experiência e uma melhor interação entre os sujeitos,
uma vez que se sentem mais compreendidos. É importante ressaltar que ―os
programas de enriquecimento são boas alternativas educacionais que visam o
maior desenvolvimento de habilidades e interesses dos alunos superdotados‖
(BRASIL, 1999, p. 58). Na sala de recursos, também são realizadas atividades
relacionadas ao Grande Grupo, que acontecem em parceria com uma
Universidade situada neste Município. Estas atividades têm como objetivo
principal trabalhar as inteligências inter e intrapessoais. De acordo com
Gardner (1995, p.27-28)
A inteligência interpessoal está baseada numa capacidade nuclear de perceber distinções entre os outros; em especial, contrastes em seus estados de ânimo, temperamentos, motivações e intenções. [...] a inteligência intrapessoal – o conhecimento dos aspectos internos de uma pessoa: o acesso ao sentimento da própria vida, à gama das próprias emoções, à capacidade de discriminar essas emoções e eventualmente rotulá-las e utilizá-las como uma maneira de entender e orientar o próprio comportamento [...] (GARDNER, 1995, p. 27-28).
Verifica-se a importância em fazer com que os alunos superdotados
trabalhem suas inteligências pessoais para que saibam lidar com os seus
664
estados de ânimo, seus temperamentos e emoções. É importante ressaltar que
por meio de atividades que contemplam as diversas formas de expressão
realizadas no Grande Grupo, assim como a dança e a música, existe também a
proposta em ajudar os alunos superdotados a conseguirem um desempenho
global para superarem suas dificuldades. Além disso, busca-se estabelecer um
bom relacionamento familiar, a fim de superar conflitos e falta de compreensão
tanto por parte dos alunos superdotados, como também por parte da família.
Segundo Silva e Fleith (2008, p. 240), ―é fundamental a relação do jovem com
seus professores e sua família, que proporcionarão as condições adequadas
para que este desenvolvimento ocorra‖.
Devemos pensar na Educação de forma mais ampla e criar
possibilidades de desenvolvimento, pois ―a aprendizagem é mais efetiva
quando os alunos desfrutam o que estão fazendo‖ (RENZULLI, 2004). Neste
sentido, a alteridade torna-se elemento fundamental na sociedade, pois ao
partir do princípio de que todo o indivíduo social interage e interdepende de
outros sujeitos, indica a necessidade que os homens apresentam em trocar
experiências e vivenciar relações interpessoais de caráter afetivo, social e
cognitivo. Segundo Stoltz e Guérios (2010) a emancipação passa pela
experiência da alteridade, sendo assim, deve contar com o apoio da educação
para que este processo ocorra. Neste contexto, nos tornamos visíveis a nós
mesmos diante do olhar dos outros. A cultura está na origem do que somos,
porque a intersubjetividade provém de um universo sensível onde o eu e os
outros estão em interrelação.
Conclui-se que estilos de aprendizagem, áreas de interesse de alunos
superdotados estão relacionados às práticas pedagógicas que devem
apresentar estratégias de diferenciação quanto ao currículo regular, para desta
forma adequar o processo de ensino-aprendizagem de acordo com as
características e necessidades de cada aluno (RENZULLI e REIS, 1997;
ALENCAR, 2001). É preciso que educadores se preocupem com esta questão
favorecendo uma educação ampla que saiba lidar com a alteridade e as
diferenças na escola. É fundamental contar com práticas educacionais
adequadas, que possam atender as Necessidades Educacionais Especiais
665
(NEES) destes alunos e estimulá-los a desenvolver seu potencial criador.
Observa-se uma lacuna significante na formação de professores no sentido de
sua contribuição não só para a identificação de alunos com AH/SD, mas
também para a prática pedagógica a partir da proposta de enriquecimento
curricular.
Referências
ALENCAR, Eunice M. L. S. de. Psicologia e educação de superdotado. São Paulo:
EPU, 1986. ALENCAR, Eunice M. L. S. de. Criatividade e educação de superdotados. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001. APPLE, Michael. Reprodução, contestação e currículo. In: Educação e Poder. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1989.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Programa de capacitação de recursos humanos do ensino fundamental: superdotação e talento. Brasília: MEC/SEESP, 1999. 2 v. CHARTIER, Émile A. (1978). Reflexões sobre a Educação. São Paulo: Saraiva.
FREITAS, Soraia N. e NEGRINI, Tatiana. A identificação e a inclusão de alunos com
características de altas habilidades/superdotação: discussões pertinentes. Revista
“Educação Especial”, Santa Maria, n. 32, p. 273-284, 2008. Disponível em:
<http://www.ufsm.br/revistaeducacaoespecial>. Acesso em: 01/05/2010.
GADOTTI, Moacir. Perspectivas atuais da educação. São Paulo em Perspectiva [online]. 2000, vol.14, n.2, pp. 03-11. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/spp/v14n2/9782.pdf> Acesso em: 01/07/2010 GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. GUENTHER, Zenita. Desenvolver capacidades e talentos: um conceito de inclusão.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
GUÉRIOS, Ettiène. STOLTZ, Tania. Educação e Alteridade. Organizadoras: Ettiène
Guérios, Tania Stoltz. – São Carlos: EdUFSCar, 2010.
GUSDORF, Georges. (1987). Professores para quê? São Paulo: Livraria Martins
Fontes. HOFFMANN, Jussara M. L. Avaliação: mito e desafio-uma perspectiva
construtivista. Educação e Realidade, Porto Alegre, 1991.
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 14º, Ed. – São Paulo: Cortez, 2002.
MAIA-PINTO, Renata. R. e FLEITH, Denise S. de. Avaliação das práticas educacionais de um programa de atendimento a alunos superdotados e talentosos. Psicologia escolar e educacional, jun. 2004, vol.8, no.1, p.55-66. RENZULLI, Joseph S. & REIS, Sally M. (1997). The schoolwide enrichment model
(2nd ed.) Mansfield Center, CT: Creative Learning Press.
666
RENZULLI, Joseph S. O que é esta coisa chamada superdotação, e como a
desenvolvemos? Uma retrospectiva de vinte e cinco anos. Educação, v. 27, n. 1, p.
75-131, Jan./Abr. 2004. Disponível em:
<http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/375/272>.
Acesso em: 09/04/2010.
RODRIGUES, David. (org). Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação
inclusiva. São Paulo: Summus, 2006.
RODRIGUES, David. (org). Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. In. Dez idéias (mal) feitas sobre a educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2006. SILVA, Paulo. V. C. e FLEITH, Denise S. de. A influência da família no desenvolvimento da superdotação. Psicologia escolar e educacional, v.12, n. 2, p.337-346. dez. 2008. Disponível em: <http://pepsic.bvs-psi.org.br/pdf/pee/v12n2/v12n2a05.pdf> Acesso em: 01/05/2010. TEIXEIRA, Beatriz B. de. Ainda cabe a pergunta: psicologia para quê? In: Psicologia – interfaces com a educação e saúde. Juiz de Fora: Editora UFJF,
2005. VIRGOLIM, Angela. M. R. A criança superdotada e a questão da diferença: um olhar sobre suas necessidades emocionais, sociais e cognitivas. Linhas críticas: revista da
faculdade de educação da UnB, Brasília, v. 9, n. 16 p. 13-31, 2003. Disponível em: <http://www.fadinhadalua.hpg.ig.com.br/a_crianca_sd.pdf>. Acesso em: 22/04/2010.
Fernanda Hellen Ribeiro Piske – possui graduação no curso Superior de Tecnologia
em Comércio Exterior na Faculdade de Tecnologia Internacional de Curitiba (2010).
Atualmente é mestranda em Educação da Universidade Federal do Paraná (2011). É
membro da Associação de Criatividade e Inovação (Criabrasilis).
Tania Stoltz – Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Tuiuti do Paraná
(1987), graduação em Educação Artística pela Faculdade de Educação Musical do
Paraná (1984), mestrado em Educação pela Universidade Federal do Paraná (1992),
doutorado em Educação (Psicologia da Educação) pela Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (2001)e pós-doutorado pelos Archives Jean Piaget, em
Genebra, Suíça (2007).
667
ÍNDICE REMISSIVO DE AUTORES ANDRADE, Francisco Alcicley Vasconcelos; SOUZA, Paulo Augusto
Ramalho de Diagnóstico e caracterização dos players do arranjo produtivo local – APL turístico de Parintins/ AM. [Outros temas em Criatividade]
ALMEIDA, Úrsula N. Mendes de; FRANÇA, Patrícia A. Ribeiro de; ANDRADE, João Bosco L. de
A reciclagem na responsabilidade social em empresas de Manaus: percepçao dos gestores.[Criatividade nas Organizações].
ARRUDA, Tatiana Santos; SOUSA, Maria de Fátima Guerra de
O currículo e a expressão da criatividade na organização do trabalho pedagógico na educação infantil [Educação – Ensino e Aprendizagem]
BACHERT, Cristina Maria D´Antona et alli.
Criatividade e educação: Análise da produção científica DAMASCENO, Yung Sun Lee; NAKANO, Tatiana de Cássia; WECHSLER, Solange
Muglia. [Educação - Pesquisa em Educação] BARROS, Djalma; SILVA, Ivanir Cozeniosque
O ato contemplativo e a natureza nas poéticas visuais [Processos criativos e Produtos]
BRAGANÇA, Maria das Graças Viana; OLIVEIRA, Zélia Maria Freire de -
Criatividade e pedagogia social: Uma aliança necessária para o educador social. [Educação - Ensino e Aprendizagem]
CAMPOS, Carolina Rosa; SILVA, Talita F. da; Nakano, Tatiana de Cássia
Relação entre criatividade e inteligência: Levantamento de pesquisas sobre a temática [Outros Temas em Criatividade]
COELHO, Moisés Israel B. de Andrade; ALMEIDA, Edileno Garcia de
Inovação tecnológica no Estado do Amazonas: Um estudo baseado na PINTEC [Processos criativos e Produtos]
COELHO, J.G.M. et all
668
Areia quartzosa vermelha com adição de estabilizante químico para camadas de pavimento [Processos criativos e Produtos]
PIRES, J.S.; SOUSA, J.G.M.; DIAS, C.G.B.T.
COLE, Ariana Daniela.
Arte, Criação: Pensamento e Ação [Mesa: Criação como rede em construção]
COMAPRINI, Ingrid P.; MOTTA, Sarah D.; WECHSLER, Solange M. Estimulando criatividade: A influência dos contos sobre o desenvolvimento criativo infantil [Criatividade e desenvolvimento]
COPPETE, Maria Conceição; FIGNONI, Alicia Graciela
Experiência estética, criatividade e inovação: Possibilidades para o ensino e a formação continuada de professores. [Outros Temas em Criatividade]
COSTA, Deibson Silva da; FUJIYAMA, Roberto Tetsuo –
Fibras de bambu como agregação de valor: do artesanato a materiais de engenharia [Processos Criativos e Produtos]
CUNHA, Valdenice Henrique da; MELLO,Márcia Eliane Alves de Souza e
Saber ambiental: um desafio educacional na atualidade [Educação - Ensino Superior] CURCIO, Célia A. Fudaba; MAGALHÃES, Claudio M. R. SOUZA, João B. Santos
Concepção, desenvolvimento e execução de projeto integrador por estudantes de engenharia em São Paulo [Educação – Ensino e Aprendizagem]
CURCIO, Ítalo Francisco; MALANOS JUNIOR, Michel
A física experimental no ensino médio para alunos das redes públicas municipais e estaduais [Educação – Ensino e Aprendizagem]
FEIJÓ, Martin Cezar
As portas do céu e do inferno [Mesa: Inteligência, Criatividade, Contracultura]
669
FLORIO, Wilson
Analogias no processo criativo em arquitetura: uma experiência no atelier de projeto. [Outros temas em Criatividade]
GIGLIO, Joel Sales
Criatividade na psicoterapia. [Mesa: O papel da Criatividade na saúde] .
GIGLIO, Zula Garcia; GIGLIO, Joel Sales
Criatividade na Arteterapia [ Mesa: O papel da Criatividade na Saúde] GONÇALVES JÚNIOR, Elifas
Inovação e pseudoinovação [Criatividade nas Organizações] GUMS, Eliezer Fernandes; WECHSLER, Solange Múglia
Criatividade e auto-percepção de estratégias de ensino de professores alfabetizadores de adultos [Educação – Ensino e Aprendizagem]
HENN, Simone; PRESTES, Rosilei Almeida
A criatividade na prática pedagógica como ferramenta de aquisição de habilidades e competências no AEE. [Educação – Ensino e Aprendizagem]
LAPOLLI et alli.
Criatividade e inovaçâo na educação a distância: o uso de narrativas hipermidiáticas em AVEA inclusivo. BUSARELLO, Raul Inácio; QUEVEDO, Silvia R.P.de; VANZIN, Tarcísio; ULBRICHT,
Vania. [Educação – Educação a distância] MAIA Velcimiro Inácio
Marketing ambiental e formação de brand equity: Estudo de uma marca brasileira atuante no canal de venda direta
MELLO, Regina Lara Silveira
Acaso, serendipidade e insight no processo de criação em arte. [Mesa: Criação como rede em construção]
MORAES, Cibelle Barbosa da Silva; SILVA. Fabrício Valentim da
O sócio-interacionismo na educação em saúde. [Criatividade na saúde}
670
MORAIS, Maria de Fátima
Criatividade: Desafios ao conceito. [Conferência]
MORAIS, Lerkiane Miranda de; MASCARENHAS, Suely
Avaliação da escala de esperança quanto ao futuro: um estudo com acadêmicos da UFAM. [Educação – Ensino Superior]
MORAIS, Lerkiane Miranda de; MASCARENHAS, Suely
Escala de orientação para a vida: Inovação e desafios para serviço de orientação educativa no ensino superior. [Educação – Ensino Superior]
MUNDIM, Maria Célia Bruno; WECHSLER, Solange Muglia
Percepção de semelhanças entre líder e pessoa criativa por funcionários de empresas da região de Campinas. [Criatividade nas Organizações]
MUNIZ, Luciana Soares; MARTÍNEZ, Albertina Mitjáns
A dimensão subjetiva da criatividade na aprendizagem da leitura e escrita. [Educação – Pesquisa em Educação]
OBREGON, Rosane de Fatima Antunes et alli
A interação como elemento constitutivo dos processos de desenvolvimento da criatividade VANZIN, Tarcísio; ULBRICHT, Vânia R.; GONÇALVES, Marília Matos;
ZANDOMENEGHI, Ana Lúcia A. O. [Educação – Ensino e Aprendizagem]
OLIVEIRA, Maria Antonia de
Projeto jovens talentos: Relato de experiência de capacitação de professores na temática da superdotação. [Mesa:―Altas habilidades: questões, programas e identificação‖ ]
PFEIFFER, Steven I.
Youth Leadership:Should It Be Taught? …Can It Be Taught? [Conferência]
PINHEIRO, Igor Reszka ; CRUZ, Roberto Moraes
Quatro definições de criatividade: o construto por meio da análise de redes. {Outros temas em Criatividade]
PIRES, Valdívia de Lima; MARTINEZ, Albertina Mitjáns
A formação reflexiva do professor na escola: Pressupostos ao desenvolvimento de práticas pedagógicas criativas e inovadoras [Educação - Ensino superior]
PISKE, Fernanda Hellen Ribeiro; STOLTZ, Tânia
671
Superdotação: Práticas educacionais podem inibir a criatividade? [Outros temas em Criatividade]
QUEVEDO, Silvia R. P. de et alli
A criatividade e as narrativas hipermidiáticas ULBRICHT, Vania Ribas; GONÇALVES, Marília Matos; FLORES, Angela; RIBAS,
Armando; AMARAL, Marilia A.; VANZIN, Tarcísio. [Educação – Hipermídia]
RIZOLLI, Marcos Criatividade artística e o inovar na linguagem. [Mesa Redonda: ARTE, LINGUAGEM E CULTURA ESCOLAR]
RODRIGUES, Renan Albuquerque et. alli.
Motivações psicossociais para o aprendizado da matemática no Ensino Fundamental. [Educação – ensino e aprendizagem] BELTRÃO, Éder Pedreno; AMOEDO, Pedro Marinho; RAMALHO, Paulo Augusto; BARRETO, William de Souza
RODRIGUES, Renan A.; NEVES, Sorianny S.; ALBUQUERQUE, Gerson A. F.
Constituição de revista eletrônica com design criativo para ampliar oferta de periódicos indexados no Amazonas [Processos Criativos e Produtos]
Romo, Manuela
El estudio científico de la creatividad y su dimensión aplicada. [Conferência]
SALES, Roxane Mangueira
Enraizando a alma: resignificação da imagem corporal através da arte. . [Criatividade na saúde]
SALES, Roxane M.; BARBOZA, Michelli C. de Camargo; NATIONS, Marilyn Kay
Humanização da comunicação clínica através da arte. [Criatividade na saúde] SANTOS, Flávio Anthero Nunes Vianna ; ALBUQUERQUE, Priscilla
Inovação aberta e seu sucesso no case Natura. [Criatividade nas Organizações] SILVA, José Vicente Rodrigues da
672
A importância dos jogos cooperativos no processo de inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais nas séries inicais. (Educação – Ensino e Aprendizagem]
SILVA, Mirian Torquato; WILLERDING, Inara A.V.; ULBRICHT, Vânia R.
O despertar criativo: vivência como alicerce para o desenvolvimento do brainstorming nos processos de negócio em organizações empreendedoras. [Criatividade nas Organizações]
SILVA, Talita Fernanda da; CAMPOS. Carolina R.; NAKANO, Tatiana de C.
Levantamento de pesquisas sobre criatividade em dois importantes congressos brasileiros de psicologia. [Educação – Pesquisa em Educação]
SILVEIRA ,Isabel Orestes
Inteligência: pensamento criativo e complexidade. [Mesa: Inteligência, criatividade e contracultura]
SOUZA, Adriana Paula Maia de et alli.
Criatividade e inovação - da revolução industrial ao século XXI. [Criatividade nas organizações] NEVES, Anderson de Souza das; MENEGHINI, Rafael Ivan Freire; SOUZA, Thatyana Cruz de; ALMEIDA, Úrsula Naiara Mendes de; GUIMARÃES, Maria da Glória Vitório
SOUSA, Fernando
Intervenção nas organizações para a criação de sistemas de inovação organizacional: o uso do método ―Problemação‖ [Conferência]
STEFANI, Alessandra Márcia de Freitas,
Procedimento de investigação do contexto do usuário para projeto de produto sustentável [Mesa: Design, tecnologia, inovação e meio ambiente].
ULBRICHT, Vania Ribas et alli.
A criatividade como ferramenta pedagógica no ensino superior GONÇALVES, Marília Matos; BOSSE, Yorah; BRAGA, Marta C. G.; FLORES,
Angela; QUEVEDO, Silvia R. P. de; VANZIN, Tarcísio; SAVI, Rafael. [Educação – Ensino Superior]
WECHSLER, Solange Muglia
673
Criatividade e inovação no contexto brasileiro. [Conferência] ZAVARIZE, Sergio Fernando; WECHSLER, Solange Muglia
Implicações do perfil criativo na qualidade de vida de pessoas com dor crônica na coluna lombar. [Criatividade na saúde]
ZIMMERMANN, Elisabeth Bauch
O Pensamento Junguiano [mesa: O papel da criatividade na saúde]
Top Related