AS CONSEQUÊNCIAS DA DROMOCRACIA E
A AUSÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO
SÓCIO-ECONÔMICO NA REGIÃO
AMAZÔNICA BRASILEIRA: DESAFIOS E
ENTRAVES SOB À LUZ DA TEORIA
CONSTRUTIVISTA DAS RELAÇÕES
INTERNACIONAIS CASTRO, Raylson Max da Silva
1
FERREIRA, Lygia Socorro Sousa2
RESUMO
O presente artigo irá descrever como a Dromocracia, conceito criado originalmente pelo civil francês
Paul Virillo, serviu como base para essa produção de conhecimento, com o intuito de compreender a
região da Amazônia Brasileira; descobrir o porquê desta região ser considerada “dromoinapta” no
quesito de desenvolvimento socioeconômico ao levar em consideração as outras regiões do Brasil. O
arcabouço histórico da região amazônica brasileira mostra o descaso e a ausência de ações de inclusão
de desenvolvimento, desde a metade do século XX, e que reverbera nos dias de hoje. Em seguida,
busca-se uma análise, sob à base da Teoria Construtivista, visões de conceitos, que dentro das teorias
positivistas não eram inseridos, questões como: a cultura, economia sustentável, segurança humana, e
entre outros conceitos que concerne o fenômeno social e, a partir deste ponto, discutir juntamente
entre Dromocracia e Teoria Construtivista das Relações Internacionais os desafios e perspectivas do
desenvolvimento da região.
Palavras-Chave: Dromocracia. Amazônia. Teoria Construtivista. Relações Internacionais. Brasil.
ASBTRACT
This article will describe how dromocracy concept originally created by the French civil Paul Virillo
(1977), was the basis for this article seeks to understand the region of the Brazilian Amazon; discover
why this region is considered "dromoinapta" in the category of socio-economic development to take
into account the other regions of Brazil. The historical framework of the Brazilian Amazon region
shows the indifference and lack of development inclusion initiatives since the mid-twentieth century,
and that reverberates today. Then search an analysis, on the basis of Constructivist Theory, visions of
inserted concepts, that within the positivist theories were not entered, issues such as: culture,
sustainable economy, human security, and among other concepts concerning the phenomenon social
1Acadêmico do 6º semestre do curso de Bacharelado em Relações Internacionais pela Universidade da
Amazônia – UNAMA. Contato: [email protected]
2Doutoranda em Comunicação e Semiótica - PUC-SP. Professora Adjunta dos Cursos de Relações
Internacionais, Comunicação Social e Administração – UNAMA. Professora Adjunta do Curso de
Comunicação Social - FAPAN-FAPEN. Professora Colaboradora - UFRA-Pa. Contato:
AS CONSEQUÊNCIAS DA DROMOCRACIA E A AUSÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÔMICO NA REGIÃO AMAZÔNICA BRASILEIRA: DESAFIOS E ENTRAVES SOB À LUZ DA TEORIA CONSTRUTIVISTA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
REVISTA DROMO&RI Belém, vol. 1, n°1, agosto/dezembro 2015. p. 85-101
and, from this point, discuss together between dromocracy and Constructivist Theory of International
Relations challenges and prospects of the development of the region.
Keywords: Dromocracy. Amazon. Constructivist Theory. International Relations. Brazil.
1. Introdução
Ao falar dos efeitos da Globalização pós Guerra Fria, são notórias as transformações
rápidas no mundo, em vários conceitos, tanto na área política, econômica, social, segurança e
entre outros, dado como uma nova era, de um novo sistema cada vez interligado nas suas mais
diversas variáveis e que vinha para ficar como modelo de desenvolvimento e crescimento de
uma determinada região, de um determinado estado-nação no Sistema Internacional. Porém,
mesmo diante de uma crise política, social e econômica nos dias de hoje, o capitalismo parece
não ter força para suprir e superar essas crises para um melhor desenvolvimento nessas
esferas.
Na região amazônica Brasileira, uma das biodiversidades mais ricas do mundo, a
“sensação” de globalização parece paulatinamente ganhar presença na região, porém, essa
mesma “sensação” de globalização parece separar do restante de outras regiões do Brasil, uma
vez que, seu contexto histórico mostra como a região não tem prioridade ou se tem, é uma
prioridade mínima para discutir e debater sobre desenvolvimento socioeconômico na região.
As políticas voltadas para o modelo de desenvolvimento dos governantes da época, ao se
referir no arcabouço histórico, serviu como análise para discutir de como o desenvolvimento
agora, pós-guerra fria, encontra-se ainda em desafios de desenvolvimento humanístico na
população amazônida.
O artigo presente pretende objetivar através do arcabouçou histórico Pós- Guerra Fria
a Região Amazônica que será analisado através do prisma da Dromocracia e da Teoria
Construtivista das Relações Internacionais o porquê que o desenvolvimento – se chegou, foi
mínimo e não supri a necessidade dos cidadãos -, não chegou à região, onde essa região, é
uma das mais ricas em biodiversidade do mundo, e como o governo federal, muita das vezes
não prioriza e não discute ações sérias para um modelo de desenvolvimento para a população
local.
Estas abordagens são cruciais para entender-se o presente desta região, analisando o
passado, através de conceitos novos como a Dromocracia e que implicam diretamente no
campo de estudo das Relações Internacionais Contemporâneas e que serve como futuros
reflexões de solucionar um problema que se é antigo.
RAYLSON MAX DA SILVA CASTRO
REVISTA DROMO&RI Belém, vol. 1, n°1, agosto/dezembro 2015. p. 85-101
O artigo proposto será dividido em três tópicos e sub-tópicos além da conclusão. O
primeiro analisará, em um contexto histórico, a inclusão e exclusão da Região Amazônica
Brasileira e mostrar, resumidamente, o modelo de desenvolvimento antes pós-guerra fria,
aprofundar pós-guerra fria até chegar os dias atuais. Em seguida, faz-se uma análise da
Dromocracia como papel de vetor de velocidade na questão social, cultural e espacial e os
conceitos da Teoria Construtivista das RI’s que implicarão na análise desse artigo. E por fim
os dois conceitos (Dromocracia e Teoria Construtivista) que implicaram como forma de
descrever os problemas e futuras reflexões de soluções de problemas no conceito de
desenvolvimento sócio-econômico na região da Amazônia Brasileira.
2. A Política Externa Brasileira e a reverberação nas políticas para a região da Amazônia
Brasileira Pós-Guerra Fria: Contexto Histórico e efeitos da Globalização
Para poder entender o porquê da Globalização não chegar de forma rápida na região da
Amazônia brasileira, onde a globalização daria um norte para o desenvolvimento
socioeconômico adequado, mas nos demais estados e regiões do Brasil chegou este
desenvolvimento, principalmente na região centro-sul, é preciso olhar para trás, em seu
arcabouço histórico, como a região da Amazônia brasileira soube lhe dar com este novo
fenômeno e os avanços e desafios para superar esses gargalos socioeconômicos.
O artigo analisará o contexto histórico da região amazônica brasileira, bem como os
presidentes no período de seus mandatos, e como as políticas externas adotadas pulverizaram
o desenvolvimento na região amazônica, onde as transformações no mundo estavam passando
por tranformações pós guerra fria. Em seguida, serão apresentados os conceitos
epistemológicos da Teoria Construtivistas das Relações Internacionais, da Dromocracia e a
análise sob os prismas dessas teorias das ações dos governos no período do Governo Sarney
até o Governo Lula.
A região que detém da floresta amazônica, a chamada Pan-Amazônica compostos
pelos países sul-americanos (Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Brasil, Guiana, Guiana
Francesa e Equador) é, de fato, um dos biomas mais grandiosos do mundo. Porém, o Brasil,
possui a maior parte da Amazônia (61%), onde o tamanho é proporcional a tamanho de países
europeus, como Alemanha e França, por exemplo. (Ministério da Defesa, 2013).
A Amazônia Brasileira, desde o seu contexto histórico e político, foi vista como área
de integração do Brasil. A Política Externa é vista e adotada como política pública e também
AS CONSEQUÊNCIAS DA DROMOCRACIA E A AUSÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÔMICO NA REGIÃO AMAZÔNICA BRASILEIRA: DESAFIOS E ENTRAVES SOB À LUZ DA TEORIA CONSTRUTIVISTA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
REVISTA DROMO&RI Belém, vol. 1, n°1, agosto/dezembro 2015. p. 85-101
não deve deixar de ser discutido, uma vez que, essas políticas externas reverberam como
políticas domésticas também na região amazônica brasileira.
2.1 As atividades da Política Externa Brasileira no período Pós Guerra Fria e as
políticas internas voltadas para Amazônia entre os anos de 1985 a 2010.
Para Cristina Pecequilo, quando avaliamos a evolução das Relações Internacionais do
Brasil, percebemos que a política externa envolve duas tradições, que foram ajustadas,
variadas e alternadas ao longo da história devido as transformações sociais, econômicas e
políticas pelas quais o Brasil passou: a bilateral-hemisférica e a global multilateral. Tais
tradições correspondem aos padrões de açãoes e valores compartilhados pelo Brasil no
sistema internacional diante de seus parceiros e estão associados aos eixos norte e sul além
das visões de primeiro e terceiro mundo. (Pecequilo, 2012)
A tradição Bilateral-Hemisférica dominou o campo diplomático de 1902 a 1961
etemos como prioridade na ação diplomática dois focos: EUA e cone sul. E relacionado ao
intercâmbio preferencial com Estados Unidos são cunhados os termos de alinhamento
pragmático e automático que se referem à forma de como o Brasil construiu sua relação com
este país, com uma política de barganha ou concordância e relativa subordinação-benefício
das iniciativas norte-americanas. (Pecequilo, 2012)
A Corrente global-multilateral substitui o primeiro padrão, expandindo as parcerias
além do hemisfério para sustentar as transformações domésticas do Brasil em um país de
porte médio definidas pela Política Externa Independente (PEI). (Pecequilo, 2012)
Para Amado Luiz Cervo os países abrigam sempre suas políticas externas e seu
modelo de inserção internacional dentro de paradigmas, sendo assim no Brasil temos tr^s
paradigmas. (Cervo, 2011)
O paradigma desenvolvimentista (1930-1989), momento no qual a depressão atingiu
os países capitalistas avançados e os jogaram no protecionismo e soluções nacionalistas. O
Brasil e América Latina mostraram grande dinamismo econômico e finalmente encontraram o
caminho ao mundo moderno. A sociedade ficou mais complexa. O país foi construído durante
essa fase, com forte industrialização e crescimento econômico em um modelo de inserção
internacional que durou 60 anos. (Cervo, 2011)
O segundo paradigma, chamado normal / Neoliberal (1990-2002), foi o momento de
abertura dos mercados, liberalização da economia, privatizações e retrocesso. Diante disso, o
ponto mais importante foi a total resignação em adotar fórmulas elaboradas nos países
RAYLSON MAX DA SILVA CASTRO
REVISTA DROMO&RI Belém, vol. 1, n°1, agosto/dezembro 2015. p. 85-101
avançados. O termo normal é mais apropriado porque foi o desejo do Brasil naquele
momento, ou seja, ser normal e estar atualizado com a última moda. (Cervo, 2011)
O terceiro paradigma, chamado de paradigma estado-logístico, deu início a partir do
ano 2000 onde encontramo perdura até os dias de hoje. Trata-se de um entendimento do
contexto internacional e reserva ao Estado a função de estrategista e não motorista. Em
verdade, traz para o Brasil o modo como os Estados Unidos fazem política exterior. Defesa do
interesse nacional, apoio às indústrias e disponibilização da infraestrutura necessária para o
empreendimento de uma nova inserção internacional. (Cervo, 2011)
Segundo Pecequilo (2012) e Cervo (2011), no final do governo José Sarney (1985-
1989), pós Guerra Fria, ainda era de um modelo de paradigma desenvolvimentista com perfil
Global Multilateral, ou seja, a crise econômica e a instabilidade interna também no campo
político, reverberaram na ausência de políticas voltadas para a região da Amazônia na época.
A tentativa da criação do Ministério Extraordinário para o Desenvolvimento e
Reforma Agrária (Mirad) no governo Sarney, o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária) criado em 1970, extinto em 1987, depois ressurgi em 1989 através do
Congresso Nacional, porém apresentando falhas e/ou estagnações devido à ausência de
investimentos financeiros e político no órgão, o que deixou praticamente parado. (José
Sarney; Ministério do Desenvolvimento Agrário – 2011, 2012)
Em seu mandato, Fernando Collor de Mello (1990-992) que buscou, através do perfil
bilateral juntamente com o Paradigma Neoliberal, promover a ascensão do País através de um
realinhamento com os Estados Unidos com implementações, sob à luz do consenso de
Washington, de privatizações, diminuição do estado, abertura econômica,
desregulamentação.) e que acabou não agradando a sociedade brasileira naquela época, e pois
fim seu mandato resultado de um impeachment. (Cervo; Pecequilo, 2011-2012)
Com abertura econômico, muitas ONG’s entraram massivamente em vários
ministérios no período de seu governo, principalmente, no que diz respeito ao conceito de
meio ambiente, porém foi inexpressivo na região amazônica. (INPA, 2011)
Itamar Franco (1992-1994) também adotou o paradigma e perfil similar de modelo de
Política Externa de José Sarney, porém com uma ressalva: estabilizou os efeitos negativos de
Fernando C. de Mello além de política de regionalização ser solidificada como a continuidade
do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e políticas voltadas para o âmbito regional. (Cervo;
Pecequilo, 2011-2012)
AS CONSEQUÊNCIAS DA DROMOCRACIA E A AUSÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÔMICO NA REGIÃO AMAZÔNICA BRASILEIRA: DESAFIOS E ENTRAVES SOB À LUZ DA TEORIA CONSTRUTIVISTA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
REVISTA DROMO&RI Belém, vol. 1, n°1, agosto/dezembro 2015. p. 85-101
O ex-presidente, ainda sob o viés da cooperação como forma de integração de uma
américa latina sólida no sistema internacional, reforçou o tratado Amazônica em 1978, ainda
no período militar, como um tratado que serviu de espelho para uma solidificação de união
dos países latinos americanos. O tratado serviu também como forma de se “comunicar” com
os países que fazem fronteiras com a região amazônica, porém, o desenvolvimento
socioeconômico, estava em passos curtos diante da globalização que estava emergindo
fortemente no sistema internacional daquela época. (FUNAG, 2008)
No primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso 1995-1999 foi adotado o perfil
bilateral hemisférico e ainda sob o prisma neoliberal, as ações brasileiras, somadas a
Diplomacia presidencial, consistiram-se da retomada da implementação e de projetos de
privatizações; no segundo mandato do Pte. FHC (1999-2002), houve uma crítica ao perfil da
Globalização, onde teve autonomia pragmático e que levou uma prática de globalização
solidária, que dividisse os benefícios da interdependência, com atenção aos custos sociais.
(Cervo; Pecequilo 2011-2012)
É notável a geografia física do espaço da região da amazônica brasileira como motor
de alocar famílias brasileiras neste espaço. Os modelos de aquisições de terras,
desapropriações, como meta de alcançar mais de 270.000 famílias foi um ensaio do
despreparo do governo nos dois períodos, tanto como desenvolvimento econômico e social. A
sustentabilidade, um novo modelo que já estava presente no sistema internacional desde
aquela época, não foi usada como forma de desenvolvimento humano, por questões
tecnoburocráticas do governo federal, para assim dar o desenvolvimento na região, onde olhar
humanístico estava ausente nessa população, onde 15% da população brasileira estavam em
55% do território do Brasil. (Tourneau; Bursztyn, 2010)
A Região Amazônica, tanto em âmbito brasileiro como dos países compostos pela área
da floresta amazônica, além de sofrer com atrasos em obras no que tange a desenvolvimento
sustentável, chegou a ser bastante questionada no por outros países fora dessa região no
período pós-guerra fria. Devido à ausência de políticas sólidas na região, os interesses de
outras nações passaram a ser notórias no bioma, pois questionava-se a ausência de soberania
dos países da região para dar uma melhor qualidade de vida para a população pan-amazônica
e a questão em si de cuidar da floresta. Um dos episódios mais conhecido, no que tange a
questão de Internacionalizar a Região Amazônica, é de que os países não seriam capazes de
aplicarem políticas sociais voltadas para o desenvolvimento sustentável humano na região.
RAYLSON MAX DA SILVA CASTRO
REVISTA DROMO&RI Belém, vol. 1, n°1, agosto/dezembro 2015. p. 85-101
"Como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia.
Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio,
ele é nosso. Como humanista, sentindo e risco da degradação ambiental que sofre a
Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais
que tem importância para a Humanidade. Se a Amazônia, sob uma ótica humanista,
deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do
mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto
a Amazônia para o nosso futuro(...) Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a
internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve
pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças
produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o
patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um
proprietário ou de um país(...) Como humanista, aceito defender a
internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro,
lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa." (Cristóvam Buarque, 2007).
Já no século XXI, o presidente Luis Inácio Lula da Silva (2002-2010) continuou seu
desenvolvimento pragmático com estado-logístico, perfil multilateral global, que se deu ao
início de uma nova era dos Eixos Combinados. (Cervo; Pecequilo, 2011-2012)
Deu continuidade ao processo de substituição do bilateralismo dos anos 1990 por uma
versão atualizada do eixo global-multilateral. Na escala de prioridades da política externa, o
eixo horizontal de parcerias Sul-Sul, ligadas à tradição global multilateral surge no topo da
agenda, refletindo a recuperação da identidade nacional como um país de Terceiro Mundo. Os
eixos não somente se combinam, como se complementam, agregando assertividade e
confiança à diplomacia, que amplia suas alternativas e possibilidades de ação internacional.
Em seu primeiro mandato (2002-2005), o ex Pte. assumiu com o propósito de ser um
global player, com sua Política Externa mais agressiva, elevando os BRIC’s, adotando
políticas humanísticas em âmbito internacional, ascendendo o desenvolvimento com
respaldos econômicos, com cooperação entre EUA-Brasil, porém sem alinhamento
automático com os norte-americanos, superando gargalos econômicos devido suas políticas
sob à ótica de uma Iniciativa para a Integração da Infra-estrutura Regional Sul-americana –
(IIRSA) como instrumento de política no território brasileiro. Uma maior fluidez, através da
multilateralização, se dar na política externa brasileira com um enfoque de desenvolvimento
que reverbera na política doméstica.
AS CONSEQUÊNCIAS DA DROMOCRACIA E A AUSÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÔMICO NA REGIÃO AMAZÔNICA BRASILEIRA: DESAFIOS E ENTRAVES SOB À LUZ DA TEORIA CONSTRUTIVISTA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
REVISTA DROMO&RI Belém, vol. 1, n°1, agosto/dezembro 2015. p. 85-101
No seu segundo mandato, Lula (2006-2010) se validou em seus eixos combinados,
multilateralizando-se relações com diversos países do globo, e tornando-se mais ainda a
política externa como política pública. (Cervo; Pecequilo, 2011-2012)
O Plano Amazônia Sustentável (PAS) com a tentativa de organizar e dar diretrizes as
políticas para uma Amazônia legal conjunta com governadores do estados da região norte do
país, porém estagnado entre os anos de 2003 e 2007 e só foi dado o “start” em 2008
(Ministério do Meio Ambiente). As duas fases do Plano de Ação para Prevenção e Controle
do Desmatamento na Amazônia Legal – PPCDAM com o intuito de reduzir índices de
desmatamento na região (Planalto, 2004), além das quatro fases do Plano Pluri Anual (Mdic;
Ministério do Planejamento; Planalto, 2009 – 2010 – 2011) foram fatores que levaram a
pulverização de ganhos sociais através dessas políticas voltadas para o desenvolvimento.
As questões da Política Externa Brasileira, por ser cada vez mais multilateralizada
fortemente em seu governo, fez com o que o desenvolvimento social, chegasse na
aplicabalidade em políticas domésticas na população da região amazônica.
O envolvimento da região amazônica nesse contexto traz as questões de modelos
desenvolvimentistas sustentáveis, uma vez que, resultados anteriores, onde a política
doméstica não estava dando certo para o desenvolvimento da população na região amazônica
brasileira, as questões agrárias, fundiárias e outros conceitos que mexeram diretamente na
sociedade da região amazônica, foram catalisadores para os conflitos por terras naquela
época. As políticas internas adotadas nos governos anteriores serviam apenas para
desenvolvimento de segurança territorial, com assentamentos humanos irregulares dessa
sociedade e à segurança humana desses civis brasileiros na região foram totalmente
ignorados.
“Tudo isso denota a carência de um modelo de desenvolvimento regional que saiba
integrar as instâncias econômicas, políticas, culturais, ambientais e agrárias do
processo de transformação social da região. O resultado disso tudo são programas
fragmentados, com múltiplas ações desconexas entre si e que não focam a promoção
e a conquista de direitos e, por isso, caracterizam-se por serem clientelistas e
paternalistas, reafirmando ainda mais o tipo de política pública que vem sendo
implementada na região desde a época do descobrimento do país.” (Mário Tito,
2013)
RAYLSON MAX DA SILVA CASTRO
REVISTA DROMO&RI Belém, vol. 1, n°1, agosto/dezembro 2015. p. 85-101
3. Dromocracia e Teoria Construtivista das Relações Internacionais: conceitos
epistemológicos
A Dromocracia, do francês Paul Virilio (1977), conceito este de duas palavras gregas
(dromo = velocidade e cratós = poder), busca exatamente explicar como a velocidade é um
fator de fenômeno social, explicitado em sua obra “Velocidade e Política”, e que a região
amazônica, o efeito da globalização e do desenvolvimento socioeconômico pós-guerra fria,
não chegou de forma expressiva, comparado a outras regiões do Brasil, tornando-se
“dromoinaptos” nessa questão de desenvolvimento e que não foram capazes de manipular o
vetor da velocidade e não tornando-se “dromoaptos”.
A Teoria Construtivista das Relações Internacionais, uma das teorias que analisará, a
partir dos pressupostos da virada linguística de Anthony Giddens, conceitos que na época de
1930-1980, onde as teorias positivistas das Relações Internacionais (também conhecida como
debate Neorealista x Neoliberalista) ganhou destaque por um bom tempo, pois, essas dois
prismas pincelaram as relações internacionais em suas respectivas épocas. Emanuel Adler
(1997) e Alex Wendt (1987) serão as bases para se buscar uma resposta válida para a situação
na Amazônia brasileira.
Neste tópico, será abordado como esses dois conceitos atuais e contemporâneos no
campo de estudo das ciências sociais e que claro, perpassa pelo campo das Relações
Internacionais tem a ver com o tema proposto. Por um lado está um conceito da velocidade e
poder, a Dromocracia, que advém do francês Paul Virillo (1977) e que se é estudado e ganha
força no Brasil através do professor Eugênio Trivinho.
3.1 Dromocracia: o efeito colateral da Globalização.
Um dos selos da contemporaneidade é a velocidade. A dromocracia, palavras de duas
origens gregas: dromos (velocidade) e cratós (poder). É o imperador da velocidade, que dar o
norte do ritmo da vida do ser humano e da sociedade em geral. O francês Paul Virilio,
sociólogo é o autor que mais refletiu sobre este conceito, em especial em sua obra
“Velocidade e Política”, de 1977.
Vivemos na era do glocal, segundo o sociólogo, pois um misto do local e do global,
sem se reduzir a tais. Ele diz que ultrapassa os conceitos globalistas e regionalistas, definindo
o tradicional conceito de sociedade e estados nacionais fronteiras que definem.
AS CONSEQUÊNCIAS DA DROMOCRACIA E A AUSÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÔMICO NA REGIÃO AMAZÔNICA BRASILEIRA: DESAFIOS E ENTRAVES SOB À LUZ DA TEORIA CONSTRUTIVISTA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
REVISTA DROMO&RI Belém, vol. 1, n°1, agosto/dezembro 2015. p. 85-101
Paul Virilio aborda que a velocidade organizou, na política, a vida social, cultural e
histórica. Na dromocracia há duas vertentes: "dromoaptos" e "dromoinaptos". São
questionados na medida em que dominam o fator da velocidade. Pode se dizer, que a
globalização é atingida em uma determinada região mais facilmente se detém esses vetores e
são mais velozes, nesse caso, os dromoaptos.
Eugênio Trivinho, pesquisador da PUC – SP, um dos maiores influentes nesta área, ele
diz que vivemos na dromocracia cibercultural. É uma definição de conceito muito
tendenciosa para entender como funciona a relação no sistema internacional atual. Pode se
entender, que os atores mais “dromoaptos” em quem domina a tecnologia ciberespacial, têm
fortes indícios de dominar também as relações no âmbito internacional e conseguir moldá-las
de acordo com seus interesses.
3.2 As Teorias Pós-Positivistas nas Relações Internacionais: A Teoria Construtivista
Ao longo da década de 1950, especialmente do advento da bipolaridade da guerra fria,
as ciências sociais passaram a ser dominadas pelos pensamentos norte-americanos. A
sociologia pensava em um modo europeu e um determinado momento passou a ser dominada
pelos americanos.
O consenso ortodoxo em que Anthony Giddens (1992), diz que, toda o pensamento de
uma sociadade, vai se dar a partir do paradigma estruturalista e positivista, onde a
mentalidade do povo americano é designado como matematizado, da causa, da comprovação,
ou seja, do pragmatismo-estruturalista-positivista. Ao falar de positivismo, é falar algo
matematizado. (Sarfati, 2005)
O conceito da “Virada Linguística” é quando as ciências sociais matematizadas
passam a ser vistas como ciências sociais mutáveis, pois ela é construída pelo consenso das
pessoas. As ideias dos paradigmas pós-positivistas são definidas como uma contínua
construção, onde, por exemplo, o sistema não é inexoravelmente estruturalmente anárquico,
para os pós-positivistas será definido na medida em que os atores agem para ser assim.
(Sarfati, 2005)
Na década de 80, as teorias positivistas não conseguiam explicar a realidade na sua
totalidade e não considerava outros elementos fundamentais no mundo pelo fato de
considerarem elementos quantificáveis. A base das leis das físicas foram estabelecidas nas
ciências sociais. (Sarfati, 2005)
RAYLSON MAX DA SILVA CASTRO
REVISTA DROMO&RI Belém, vol. 1, n°1, agosto/dezembro 2015. p. 85-101
Para os pós-positivistas, não existe um mundo independente dos fenômenos. Não pode
descrever nada sobre a realidade se não tiver envolvida nela. A linguagem foi construída
socialmente. Não existe também, um mundo objetivo dos fenômenos separados do mundo
subjetivo do sujeito. Pois o primeiro é a parte da própria interpretação do segundo. Não é
possível a descrição fidedigna de uma realidade, pois a verdade não existe exatamente e que
nada de existente é neutra de interesses.
“Todo o ponto de vista, é a vista de um ponto.” (Leonardo Boff, 1997)
Após esses conceitos básicos no final da guerra fria e a questão de mudança nas
Relações Internacionais, podemos compreender o conceito da Teoria Construtivistas das
Relações Internacionais.
Para essa a teoria, a realidade social e o conhecimento da realidade são produtos de
uma permanente construção, onde os agentes estão em uma contínua mudança e que não
possuem identidades devido à mudança contínua. Mas eles possuem uma identidade
relacional, onde é definido a identidade dependendo da relação.
A estrutura não é, ela está sendo porquê os agentes estão sendo o resultado das
relações dos agentes onde, por exemplo, a realidade social é fruto de uma construção histórica
e que, uma vez o mundo produzido pelo homem, a realidade é subjetiva, todos se
introjectaram socialmente. O mundo é objetivado, e todos socialmente construíram a realidade
do mundo.
Três fatores que determinam esse pensamento:
1 – As escolhas: a realidade é fruto das escolhas. O sistema internacional é fruto das
escolhas dos agentes devido as funções dos valores que estão em jogo.
2 – O sistema internacional é moldado pelas identidades dos agentes. Identidades
relacionais
3 – Tudo foi construído socialmente. Existe uma construção social de algo. Exemplo
do conceito soberania.
Sendo assim, os construtivistas criticam os positivistas (idealistas e realistas) porque
eles reduzem a realidade por condições materiais. Os construvistas vão além e afirmam que
mais do que isso, a realidade é formada por condições imateriais, situações abstratas e que
AS CONSEQUÊNCIAS DA DROMOCRACIA E A AUSÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÔMICO NA REGIÃO AMAZÔNICA BRASILEIRA: DESAFIOS E ENTRAVES SOB À LUZ DA TEORIA CONSTRUTIVISTA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
REVISTA DROMO&RI Belém, vol. 1, n°1, agosto/dezembro 2015. p. 85-101
tem papel preponderante no sistema internacional. Adler (1997) diz que o construtivismo é o
meio termo entre positivistas e pós-positivista, mas critica os positivistas, por ter reduzido a
análise da realidade por condições materiais, restritas e, ao mesmo tempo, levanta as
condições do sistema internacional por estados. Adler não nega os avanços positivistas, mas
essas teorias negam outros aspectos que são relevantes no mundo contemporâneo.
Wendt (1987), diz que a Anarquia, um dos conceitos em que Waltz (1979) usa, não é
algo existente, anteriormente aos estados. Pelo fato dos estados, nas suas relações entre si,
eles geram ou não geram anarquia dependendo do momento e do nível da relação entre várias
identidades.
As premissas construtivistas podem classificadas em três colocações pontuais (Wendt,
1994):
I – Constituição mútua de agentes e estruturas. Os agentes são condições de que
alguém tem vontade própria para determinar/influenciar a relação dos outros e, quando há
uma relação entre os agentes, eles geram uma estrutura. A estrutura é o resultado da relação
entre os agentes, mas, ao mesmo tempo, a estrutura é aquela que condiciona, que influencia
no comportamento dos agentes. Os agentes modificam a estrutura e a estrutura modifica o
agente em um processo de retroalimentação continuada. (Wendt, 1992)
II – Compreensão de condicionalidade das estruturas não-materiais sobre as
identidades e interesses dos atores. As condições não materiais (Crenças, Normas, Valores,
Ideias e o papel do Líder) molda uma identidade dos atores. Pra moldar os interesses, o modo
de como eles agem(atores), é preciso levar as condições das estruturas não-materiais.
Dependendo do interesse, os agentes vão se mutabilizar. O interesse de um estado depende
desses fatores para que se molde uma estrutura.
III – A importância Equitativa, ou seja , de mesmo nível entre estrutura normativas e
materiais, ambas moldam o comportamento dos atores internacionais e esta interação entre os
atores que constroem os interesses e as preferências destes agentes se são por dois motivos:
dependendo dos interesses, dependerá da interação e que dependerá do momento da relação.
As identidades precedem os interesses, pois sua identidade ela é relacional.
4. Análise
RAYLSON MAX DA SILVA CASTRO
REVISTA DROMO&RI Belém, vol. 1, n°1, agosto/dezembro 2015. p. 85-101
Os dois conceitos apresentados são fatores preponderantes para o projeto de análise do
tema da ausência de desenvolvimento sócioeconômico. A Dromocracia, segundo Virillo
(1977), que traduz uma era da velocidade e que organizou nas áreas culturais, econômicas,
políticas, históricas não se enquadrou na região amazônica brasileira. Na era pós-guerra fria,
por questões de “dromoinaptidão” devido a ausência de políticas voltadas para o
desenvolvimento humano na Amazônia e sim, como um desenvolvimento exploratório, onde
as questões de políticas domésticas de securitização e integração da região a “qualquer custo”,
impactou na sociedade da região.
Outra reflexão bastante pertinente, são as ações das identidades dos perfis dos líderes
(papel dos presidentes) em cada mandato de governo citado neste presente artigo, e que
nenhum presidente foi capaz de desenvolver políticas sólidas, por exemplo, de
desenvolvimento sustentável na região, acabando não valorizando a população dessa região
em uma ótica humanística qualitativa, como no restante do país.
A contribuição da Teoria Construtivistas das Relações Internacionais nesse tema,
implica em dois fatores:
Primeiro, a comunidade epistêmica como um fator catalisador nesse processo de
desenvolvimento socioeconômico na região. Segundo Adler e Hass (1992), as comunidades
espistêmicas tem um papel fundamental para envolver, desenvolver assuntos internacionais e
que se pode desenvolver em âmbito interno para futuras negociações, por exemplo. A questão
dessas comunidades, fazem com que chame a atenção do estado, para que sejam tomadas
medidas contundentes para pôr em práticas modelos de segurança humana desenvolvimentista
no aspectro da população amazônida como uma referência mundial.
“Dessa forma, vemos que a construção de boas práticas depende do estabelecimento
de razões práticas, ou seja, de uma validação epistêmica sobre o que seria o correto
diagnóstico de um problema e sua solução.” (Gilberto Sarfati, 2005)
E segundo, pelo papel do Líder que, de acordo com os perfis e paradigmas da Política
Externa Brasileira adotados em cada período do governo Pós Guerra-Fria até o fim do
mandato do Governo Lula em 2010, mostrou-se claramente que as personalidades dos líderes
mudaram de acordo com seus interesses e que a identidade relacional foi um fator de
“desordem” na política externa brasileira, pois, mesmo mudando de alinhamentos automáticos
e pragmáticos, a política doméstica de desenvolvimento não eram fortes para a região
amazônica pois, não se via um modelo humanístico de desenvolvimento e sim, de
AS CONSEQUÊNCIAS DA DROMOCRACIA E A AUSÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÔMICO NA REGIÃO AMAZÔNICA BRASILEIRA: DESAFIOS E ENTRAVES SOB À LUZ DA TEORIA CONSTRUTIVISTA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
REVISTA DROMO&RI Belém, vol. 1, n°1, agosto/dezembro 2015. p. 85-101
assentamento humano na região à qualquer custo. As identidades dos perfis dos líderes foram
frágeis ou não buscaram uma solução inovadora diante do cenário amazônico de conflitos de
terras e reformas agrárias.
5. Considerações finais
O artigo mostrou claramente como as mudanças na Amazônia, de acordo com os
efeitos da Globalização, mesmo com a política externa branda, ganhando novas formas de
desenvolvimento, e suas políticas domésticas voltadas na região Amazônica brasileira, ainda
sim, tantos anos se passaram, a região continua dromoinapta em sua questão socioeconômica
do restante das demais regiões do país.
É certo que mudança na política de meio ambiente adotadas pelos países em âmbito
global, pode resultar em mundo melhor para todos no Sistema Internacional através da
governança global. Quando se olha para o Brasil, as medidas tomadas na arena internacional,
onde os países tentam buscar e passar a imagem de um país pacífico e esta disposição para
combater os efeitos colaterais do meio ambiente, se questiona o porque de não adotar medidas
agressivas de desenvolvimento na Amazônia, como se tem aptidão em âmbito global.
A Amazônia Brasileira é pobre e rica ao mesmo tempo, mas, para tornar-se equitativo
a relação de “ganha-ganha” é preciso que os futuros líderes presidenciais, olhem com muito
mais atenção pois, caminhar com o futuro da população, tanto na região amazônica brasileira
quanto na região pan-amazônica, é caminhar também com a biodiversidade mais rica do
planeta.
6. REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Mário Tito. As Organizações Internacionais e a Segurança Humana na
Amazônia: Desafios e Perpectivas. Julho de 2013. Disponível em:
http://www.encontronacional2013.abri.org.br/arquivo/download?ID_ARQUIVO=2612
Acessado em 21 de Setembro de 2015.
Brasil. Presidente (1992-1994:Itamar) Seleção de discursos/Presidente Itamar
Franco. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2008. 74 p.
CARDOSO, Fernando Henrique; MÜLLER, Geraldo. Amazônia: expansão do
capitalismo. São Paulo: Brasiliense; Cebrap, 1977. 208 p., mapas.
BUARQUE, Cristovam. Internacionalização da Amazônia. 05 de novembro de 2007.
Disponível em: http://cristovam.org.br/portal3/biblioteca-cristovam-buarque/category/8-
meio-ambiente.html?download=15%3Aa-internacionalizacao-da-amazonia Acessado em
21 de Setembro de 2015.
RAYLSON MAX DA SILVA CASTRO
REVISTA DROMO&RI Belém, vol. 1, n°1, agosto/dezembro 2015. p. 85-101
FERNANDES, Cláudio. Guerra Fria. Disponível em:
http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/guerra-fria.htm Acessado em:
20 de Setembro de 2015.
Ministério da Defesa. Política de Fronteira e Defesa Nacional.
http://www.defesa.gov.br/arquivos/ensino_e_pesquisa/defesa_academia/cadn/artigos/xii_c
adn/politica_de_fronteira.pdf, Acessado em: 28 de setembro de 2015.
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMERCIO EXTERIOR,
Relatório de Avaliação do Plano Plurianual 2008 – 2011, 2009, Disponível em:
www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1291649455.pdf, Acessado em: 28 de setembro de
2015.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, Plano Amazônia Sustentável, Disponível em:
www.mma.gov.br/.../pas_versao_consulta_com_os_mapas.pdf, Acessado em: 28 de
Setembro de 2015.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, Plano Plurianual 2008-2011, Disponível em:
http://www.planejamento.gov.br/noticia.asp?p=not&cod=191&cat=155&sec=10,
Acessado em: 28 de Setembro de 2015.
SARFATI, Gilberto. Teoria das Relações Internacionais. São Paulo: Saraiva, 2005.
Site Oficial do INCRA. Disponível em: http://www.incra.gov.br/content/o-incra Acessado
em 27 de Setembro de 2015.
NYE, Joseph S. Jr. Cooperação e Conflitos nas relações internacionais: uma leitura
essencial para entender as principais questões da política mundial. Rio de Janeiro:
Gente, 2010.
Portal Brasil - Defesa Nacional. Ministro destaca presença das Forças Armadas na
Amazônia. 04 de Março de 2015. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/defesa-e-
seguranca/2015/03/ministro-destaca-presenca-das-forcas-armadas-na-amazonia, Acessado
em: 29 de Setembro de 2015.
VIRILIO, Paul. Velocidade e Política. São Paulo: Estação Liberdade. 1996.
PLANALTO, Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na
Amazônia Legal – PPCDAM, Disponível em:
www.planalto.gov.br/casacivil/desmat.pdf, 2004, Acessado em: 28 de Setembro de 2015.
PLANO BRASIL, Plano Plurianual 2004-2007, Disponível em:
http://www.planobrasil.gov.br/arquivos_down/plRevisao_Vol2.pdf, Acessado em: 28 de
setembro de 2015.
QUINTO, Antonio Carlos. Presença Militar na Amazônia aumento após guerra fria.
24 de Agosto de 2009. Disponível em: http://www.usp.br/agen/?p=1990, acessado em: 28
de Setembro de 2015.
AS CONSEQUÊNCIAS DA DROMOCRACIA E A AUSÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÔMICO NA REGIÃO AMAZÔNICA BRASILEIRA: DESAFIOS E ENTRAVES SOB À LUZ DA TEORIA CONSTRUTIVISTA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
REVISTA DROMO&RI Belém, vol. 1, n°1, agosto/dezembro 2015. p. 85-101
TRIVINHO, Eugênio. Introdução à dromocracia cibercultural: contextualização
sociodromológica da violência invisível da técnica e da civilização mediática
avançada. Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia, v. 1, n. 28, 2006.
VAL, Adalberto Luis; SANTOS, Geraldo Mendes dos. GEEA: Grupo de Estudos
Estratégicos Amazônicos. Manaus; Editora INPA, 2011. v.4. Disponível em:
https://www.inpa.gov.br/comites/arquivos_geea/livro_geea_n4.pdf. Acessado em 29 de
Setembro de 2015.
Top Related