AS ORIGENS E OS
PRINCIPAIS TEÓRICOS
DA SOCIOLOGIA
Orientações:
Os conceitos destacados em vermelho constituem asdefinições e ideias mais importantes a serem assimiladase cobradas na avaliação.Questões:
1. Concepção de Estado para Max Weber.
2. Sociedade e Capitalismo para Weber.
3. Weber e a Ação Social.
4. A Sociedade, as Ciências e o Positivismo.
5. Durkheim – Fato Social e Coercitividade.
6. O papel social dos indivíduos na sociedade segundo Comte e Marx.
7. Marx e a centralidade do Trabalho.
8. A Divisão do trabalho segundo Durkheim.
9. O Crime, a Coesão Social e os conflitos segundo Durkheim.
10. O Positivismo e a compreensão da sociedade.
Não tinha, contudo, a forma de Ciência, estando vinculada mais aocaráter normativo.
Elementos Precursores
Tem seu ponto de partida na Grécia, em meio as preocupações emexplicar a sociedade, desenvolvidas pelos filósofos e oradores quebuscavam garantir aos homens possibilidades de compreensão doselementos que constituem a existência social.
Platão – Obra: A República, constitui osprincípios do modelo ideal de organizaçãopolítica .
Aristóteles – Obra: Política, defende que oshomens são animais políticos e, portanto,necessitam estabelecer leis para conviveremem harmonia.
Apresentava caráter fundamentalmentenormativo e dogmático, determinado pela Fé epela busca da salvação.
Elementos Precursores
No contexto da Idade Média, o pensamento e o conhecimentoestiveram sob domínio do teocentrismo cristão, onde se explicavaa existência a partir da Transcedência e da Vontade Divina
Santo Agostinho – obra: Confissões e A Cidadede Deus, onde defende que a sociedade deve seguiar pelo Reino de Deus.
Predomínio da ideia de que cada grupo socialdesenvolvia uma função específica em benefíciode todos.
Propagam-se valores mais adequados aos interesses sociais,políticos e econômicos da ascendente burguesia e do capitalismo
Elementos Precursores
Com a Idade Moderna, as influências do Movimento Renascentistabuscam libertar o homem do domínio teocêntrico, estimulando oresgate do Racionalismo e da laicização do conhecimento.
Maquiavel – Obra: O Príncipe. Concebe o pensamentopolítico moderno, desvincula os conceitos éticos dopensamento antigo e dos valores cristãos do períodomedieval
Hobbes – Obra: O Leviatã, defende que os homens são,naturalmente, perversos e egoístas e, portanto,necessitam de um governo absoluto para conviveremem harmonia.
A crítica ao Antigo Regime e, por consequência, a defesa daLiberdade, da Justiça e da Razão como instrumentos da autonomiahumana forjam os princípios revolucionários da Era das RevoluçõesBurguesas.
Elementos PrecursoresNo decorrer do século XVIII, o Iluminismo estabelece osfundamentos ideológicos da sociedade contemporânea.
A partir da efetivação da sociedadecontemporânea, sob as influências daRevolução Francesa e da RevoluçãoIndustrial, criam-se as preocupações eos fundamentos para o surgimento dasCiências Sociais como campo de análisedas transformações daquele contexto.
A Sociologia surgiu como uma disciplina no século XIX, naforma de uma resposta acadêmica para um desafio demodernidade: se o mundo está ficando menor e maisintegrado, a experiência de pessoas do mundo écrescentemente atomizada e dispersada.
Sociólogos não só esperavam entender o que unia osgrupos sociais, mas também desenvolver um "antídoto"para a desintegração social.
O surgimento da sociologia
CONTEXTO HISTÓRICO:A Revolução Industrial (Séculos XVIII/XIX).
• REPERCUSSÕES:
• O fim do produtor independente.
• Êxodo rural
• explosão demográfica urbana
• Processo de proletarização
• Miséria (doenças, prostituição, suicídios, alcoolismo, violências, etc.)
• Primeiras manifestações operárias (ludismo, cartismo)
• Ideologias operárias: comunismo e anarquismo.
• Criava-se uma sociedade altamente competitiva e individualista.
Existem quatro teóricos considerados os principaisprecursores da sociologia:
Henri de Saint-Simom. Pierre-Joseph Proudhon. August Comte. Herbert Spencer.
Há três pensadores que são considerados clássicos dasociologia:
Émile Durkheim. Max Weber. Karl Marx.
O surgimento da sociologia
A sociologia tem ao menos três linhas mestras explicativasdesenvolvidas pelos teóricos clássicos da Sociologia.
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POSITIVISTA-FUNCIONALISTA – Tendo como fundadorAuguste Comte e principal expoente Émile Durkheim,propondo uma investigação sistêmica dos fatos sociais.
SOCIOLOGIA COMPREENSIVA – Desenvolvida por MaxWeber que pretende entender e interpretar a açãosocial, para dessa maneira explicá-la causalmente emseus desenvolvimentos e efeitos
SOCIOLOGIA HISTÓRICO CRÍTICA – Iniciada por KarlMarx, que mesmo não sendo sociólogo, e sequer sepretendendo a tal, deu forma a uma profícua linha deexplicação sociológica
AugusteComte(1798-1857)
Auguste Comte(1798-1857)
Isidore Auguste Marie François Xavier Comte –Discípulo de Saint Simon, de quem recebeu influênciasignificativa.
Após intenso estudo sobre a estática e a dinâmica socialdesenvolveu os fundamentos da Sociologia.
Comte, que esperava unificar todos os estudos relativos ao homemcomo a História, a Psicologia e a Economia.
Seu esquema sociológico era positivista, (corrente que teve grandeforça no século XIX), e ele acreditava que toda a vida humana tinhaatravessado as mesmas fases históricas distintas e que, se a pessoapudesse compreender este progresso, poderia prescrever osremédios para os problemas de ordem social.
POSITIVISMOA Sociedade é regida por leisNaturais, independentes da vontadee da ação humana; na vida social,reina uma harmonia natural.
A Sociedade pode ser estudada pelométodos, trajetória e processosempregados pelas Ciências daNatureza.
As Ciências da Sociedade, assimcomo as da Natureza, devem limitar-se à observação e à explicaçãocausal dos fenômenos, de formaobjetiva, neutra, livre dejulgamentos de valor ou Ideologias(neutralidade axiológica).
Comte afirmava que a sociedade deveria ser consideradacomo um organismo vivo, cujas partes desempenhamfunções específicas que contribuem para manter oequilíbrio do todo.
Ele atribuía importância singular ànoção de “consenso”, ou seja, àsideias e crenças comuns,partilhadas por todas as pessoasde determinada sociedade, queseriam as responsáveis pormanter a ordem nessa sociedade.Garantindo, dessa forma, acoesão social
Na sua perspectiva teórica, Comte rompe com a tradiçãocatólica e monarquista. Defende a República Liberal eelabora uma proposta que busca resolver as contradições dasociedade de sua época.
Preocupa-se em organizar a sociedade em meio aosimpactos das Revoluções Burguesas, defendendo a plenareforma intelectual aos homens.
A Física Social tem o papel de analisar, cientificamente, asociedade, suas estruturas e processos de organização,estabelecendo os mecanismos necessários para tal reforma,apontando para a evolução da humanidade (DarwinismoSocial)
O DARWINISMO SOCIAL
Segundo Herbert Spencer, a Teoria da Evolução de Darwin,podia ser perfeitamente aplicada à evolução da sociedade:assim como existia uma seleção natural entre as espécies,com o predomínio dos animais e plantas mais capazes, elaexistia também na sociedade.
As sociedades se organizam, semodificam e se desenvolvem emum mesmo sentido, avançandode um estágio inferior para outrosuperior, caracterizado pelasobrevivência dos organismosmais fortes e evoluídos
Comte e os Três Estágios da Evolução Social
Teológico: Aquele em que os fenômenos e a existência socialsão explicados por elementos religiosos, como representaçãoda vontade dos deuses.
Metafísico: os fenômenos são explicados por meio de forçasocultas e/ou entidades abstratas. As abstrações personificadassubstituem as vontades sobrenaturais
Positivista: Estágio das sociedades industriais. Onde osfenômenos são compreendidos e explicados por definiçõescientíficas. No estágio positivo procura-se descobrir as leissegundo as quais os fenômenos se encadeiam uns aos outros.
Comte ainda avaliou que a sociedade possuía doismovimentos principais: dinâmico e estático.
Movimento dinâmico:É o responsável pela evolução socialque imprime sobre as sociedades astransformações para estágiossuperiores e mais complexos.(progresso)
Movimento estático:É o responsável pela organização eequilíbrio do organismo que ajustariaa sociedade ao seu melhorfuncionamento harmônico. (ordem)
ÉmileDurkheim
(1858-1917)
Émile Durkheim(1858-1917)
David Émile Durkheim foi um sociólogo, antropólogo,cientista político e filósofo francês. Formalmente,criou a disciplina acadêmica da sociologia
Muito de seu trabalho estava preocupado com a forma como associedades poderiam manter sua integridade e coerência namodernidade, tendo deixado como legado uma série de estudosque se notabilizaram pelo esforço em combinar pesquisa empíricae teórica, desenvolvendo uma metodologia sociológica.
Durkheim também estava preocupado com a aceitação dasociologia como ciência legítima. Aperfeiçoou o positivismo,promovendo o que poderia ser considerado como uma forma derealismo epistemológico
SOCIOLOGIA FUNCIONALISTA
Émile Durkheim quis fazer da sociologia uma disciplina objetiva,colocando como regra o FUNCIONAMENTO do método sociológicoa consideração dos FATOS SOCIAIS como coisas.
FATOS SOCIAIS:
COERÇÃO – Obriga um indivíduo a adotar um determinadocomportamento social. O grau de coerção de um fato social podeser identificado pelas sanções sociais que ele provoca.
EXTERIORIZAÇÃO – São externos porque são fatos coletivos, comoa religião ou o sistema econômico, por exemplo, independentesdos indivíduos.
GENERALIDADE – É social todo Fato que é geral, ou seja, que semanifesta em todos os indivíduos ou, pelo menos, na maioriadeles.
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Ao expor o conceito de Fato Social, Durkheim mostra como asociedade, através de eventos sociais, influencia a forma depensar e de estar de um indivíduo.Apesar de, no início dos seus trabalhos, ter focado no carátercoercitivo dos fatos sociais, o desenvolvimento dos estudos e oseu amadurecimento levou-o a explorar previamente as demaiscaracterísticas e, nos seus trabalhos mais recentes, a palavra"obrigação" quase não aparece relacionada aos fatos sociais.
Émile Durkheim e a coesão social
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Para Durkheim, a crescente especialização do trabalho promovida
pela produção industrial moderna trouxe uma
forma superior de solidariedade,
e não de conflito.
Centro de atendimento ao cliente na Índia,em 2004. Para Durkheim, a especialização edivisão do trabalho geram a coesão social.
DURKHEIM
Procura compreender o aumento do individualismo naintegração social.
Durkheim tenta entender o funcionamento da sociedadeda mesma forma que a Biologia entende ofuncionamento de um corpo.
Cada indivíduo tem uma função a cumprir que éimportante para o funcionamento de todo o corposocial.
DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO
SOCIEDADE PRÉ-CAPITALISTA SOCIEDADE CAPITALISTA
Tradicional
Não diversificada
Pré-industrial
Semelhanças de funções:
união
Simples
Causa da coesão social:
união
Pouca divisão do trabalho
Solidariedade mecânica
Moderna
Diversificada
Industrial
Especialização de
funções: dependência
Complexa
Causa da coesão social:
dependência
Muita divisão do trabalho
Solidariedade orgânica
Sociedade constituída por Solidariedade
Mecânica
Divisão do trabalho era poucodesenvolvida
Não havia um grande número deespecializações.
As pessoas se uniam não porquedependiam do trabalho das outras, masporque tinham a mesma religião, asmesmas tradições, os mesmossentimentos, os mesmos valores.
Nela a consciência coletiva era forte e
pesava sobre o comportamento de todos.
Predominava o Direito Repressivo (Penal)
pois o crime feria os sentimentos
coletivos.
Sociedade
constituída por
Solidariedade
Orgânica
Há divisão de trabalho porque hámais especialização de funções.
O que une as pessoas é ainterdependência das funçõessociais.
A consciência coletiva é fraca pois édifusa, difundindo-se pelas diversasinstituições.
Predomina o Direito Restitutivo(Civil), pois a função do Direito maisdo que punir o criminoso, érestabelecer a ordem que foiviolada.
Durkheim admite que a Solidariedade Orgânica é superior
à Mecânica, pois ao se especializarem as funções, a
individualidade de certo modo é ressaltada, permitindo
maior liberdade de ação
COESÃO, SOLIDARIEDADE E CONSCIÊNCIA
A “solidariedade social”, para Durkheim, é formada
pelos laços que ligam os indivíduos, membros de uma
sociedade, uns aos outros formando a coesão social .
Há dois tipos diferentes de solidariedade social. Esses
tipos tem relação com o espaço ocupado na
mentalidade dos membros da sociedade pela
consciência coletiva e pela consciência individual.
COESÃO, SOLIDARIEDADE E CONSCIÊNCIA
Consciência Coletiva – Conjunto de crenças e de sentimentos
comuns aos membros de uma mesma sociedade, formando um
sistema determinado, com atuação própria. É adquirida mediante
os processos de socialização aos quais somos submetidos ao longo
de nossa existência em sociedade.
Consciência Individual – É aquilo que é próprio do indivíduo, que o
diferencia dos demais. São crenças, hábitos, pensamentos,
vontades, que não são compartilhados pela coletividade, mas que
que são especificamente individuais (idiossincrasias)
FATO PATOLÓGICO E ANOMIA
O crescente desenvolvimento da indústria e da
tecnologia faz com que Durkheim tivesse uma visão
otimista sobre o futuro do capitalismo.
“O capitalismo é uma sociedade perfeita, pois a
maior divisão de trabalho aumenta a especialização
de funções que aumenta a dependência, tendo
maior solidariedade.”
Como explicar os problemas sociais, tais como favela,
criminalidade, suicídio, fome, miséria, poluição,
desemprego?
A crise da sociedade é moral. Ou as normas estão
falhando (fato patológico) ou há ausência de normas
(anomia).
FATO PATOLÓGICO E ANOMIA
As causas do suicídio são sociais, dependendo do maiorou menor grau de coesão social.
Três tipos de suicídio:
EGOÍSTA
ALTRUÍSTA
ANÔMICO
Falta de integração
Excesso de integração
Falta de limites e regras
SUICÍDIO
Se alguém se desvinculasse dasinstituições sociais e passasse a viversem limites.
Se alguém valoriza a sociedade mais doque a sim mesmo e decide morrer emrazão desse valor.
Se alguém não se sente partícipe dos“laços” de reciprocidade e identidadeao meio social.
Émile Durkheim, as instituições e o indivíduo
Para Émile Durkheim, a sociedade sempre prevalece sobre o indivíduo, dispondo de certas regras, normas, costumes e leis que formam uma consciência coletiva.
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A família, a escola, o sistema judiciário e o Estado sãoexemplos de instituições que congregam os elementosessenciais da sociedade, dando-lhe sustentação epermanência.
Faculdade de Direito da USP, em São Paulo, na década de 1930.
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Condicionado e controlado pelas instituições, cadamembro de uma sociedade sabe como deve agir para nãodesestabilizar a vida comunitária. Sabe também que, senão agir da forma estabelecida, será repreendido oupunido, dependendo da falta cometida.
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Segundo Durkheim, o processo de socialização dissemina as normas e valores gerais da sociedade e assegura a difusão de ideias que formam um conjunto homogêneo, para que a comunidade permaneça integrada e se perpetue no tempo.
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Durkheim compara a sociedade com um corpo. Aspatologias são consequências dos desvios moraispresentes na sociedade.
A Sociologia encontraria as “partes” da sociedadeque estão produzindo fatos sociais patológicos eapontar para a solução do problema.
Como nos referimos aos problemas de ordem moral,cabe à Sociologia apontar novos valores para que asociedade possa escolher aqueles que poderãoajudar a solucionar os seus problemas.
MaxWeber(1864-1920)
Max Weber(1864-1920)
Karl Emil Maximilian Weber, É considerado um dosfundadores do estudo moderno da sociologia, massua influência também pode ser sentida na economia,
Sua obra mais famosa é A ética protestante e o espírito docapitalismo, onde Weber argumentou que a religião era uma dasrazões do nascimento do capitalismo, da burocracia e do estadoracional e legal nos países ocidentais.
na filosofia, no direito, na ciência política e na administração.
Grande parte de seu trabalho como pensador e estudioso foireservado para o estudo do capitalismo e do chamado processo deracionalização e desencantamento do mundo.
Max Weber, o Indivíduo e a Ação Social
Para o alemão Max Weber, a sociedade existeconcretamente, mas não é algo externo e acima daspessoas, e sim o conjunto das ações dos indivíduosrelacionando-se. Partindo do indivíduo e de suasmotivações, Weber pretende compreender asociedade.
crédito das imagens: Thinkstock/Getty Images
Max Weber, mesmo sem eliminar o estudo das causas erigor na coleta de dados e no tratamento dos fatos,enfatiza a necessidade de se usar o método da“COMPREENSÃO”, em oposição ao critério da“explicação”, típico das ciências da natureza.
Destacam-se a AÇÃO SOCIAL e a DOMINAÇÃO LEGÍTIMA.
+
TIPOLOGIAS
TIPOLOGIA DA AÇÃO
SOCIAL
TIPOLOGIA DA
DOMINAÇÃO LEGÍTIMA
WEBER
RELIGIÃO E CAPITALISMO
AÇÃO
TRADICIONAL
AÇÃO AFETIVA
AÇÃO RACIONAL COM RELAÇÃO A
VALORES
AÇÃO RACIONAL COM RELAÇÃO A
FINS
Determinada por um costume“arraigado”.Ex.: Trocas de presentes no Natal,Dia dos namorados.
Especialmente emotiva, determinadapor afetos e estados sentimentaisatuais”. Ex.: Torcida do Flamengo
Determinada pela crença conscienteem valores (ético, estético, religiosoou qualquer outra forma)”Ex.: trabalho voluntario
Determinada por expectativas,condições ou meios para alcançar finspróprios, racionalmente perseguidos.Ex.: Empresa Capitalista
TIPOLOGIA DA AÇÃO SOCIAL
TIPOLOGIA DA DOMINAÇÃO LEGÍTIMA
DOMINAÇÃO TRADICIONAL
Refere-se à autoridade pessoal dogovernante, investida por força docostume. (Leviatã, Thomas Hobbes)
DOMINAÇÃO CARISMÁTICA
É baseada no carisma. Ou seja, nacapacidade excepcional de liderança dealguém (Presidente Lula)
DOMINAÇÃO RACIONAL-
LEGAL
baseada no direito que se liga a aspectosracionais e técnicos de administração(Chefes de Governo: Angela Merkel)
O Estado ou alguém detém a capacidade de dominar a sociedade porque são reconhecidos
como legítimos pelos indivíduos.
O Estado constitui a instituição que tem o uso legítimo da forçapelo controle do aparato legal jurídico (a Lei) e do aparatorepressor (a Ordem / Polícia)
RELIGIÃO E CAPITALISMO
“A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” (1904)
ÉTICA PROTESTANTE
ÉTICA DA SALVAÇÃO ÉTICA CALVINISTA
PREDESTINAÇÃO
RACIONALIDADEBUSCA RACIONAL DO LUCRO
VALORIZAÇÃO DA PROFISSÃO
DISCIPLINA
PARCIMÔNIA
DISCRIÇÃO
POUPANÇA
ESPÍRITO DO CAPITALSIMO
KarlMarx(1818-1883)
Karl Marx(1818-1883)
foi um filósofo, sociólogo, jornalista e revolucionáriosocialista. Nascido na Prússia, ele mais tarde setornou apátrida e passou grande parte de sua vida emLondres, no Reino Unido.
A obra de Marx em economia estabeleceu a base ao entendimentoatual sobre o trabalho e sua relação com o capital, além dopensamento econômico posterior. Ele publicou vários livrosdurante sua vida, sendo que O Manifesto Comunista (1848) e OCapital (1867-1894) são os mais proeminentes.
Elogiado e criticado, Marx tem sido descrito como uma das figurasmais influentes na história da humanidade. Muitos intelectuais,sindicatos e partidos políticos a nível mundial foram influenciadospor suas ideias, com muitas variações sobre o seu trabalho base
Os conceitos de Marx deram ênfase na crítica de umadominação com base econômica, sofrendo diversas inflexõese desdobramentos.
Marx estabeleceu importantesconceitos para compreender ofuncionamento do capitalismo,como a “mais-valia”, Reflexãocrítica sobre a realidade pormeio da DIALÉTICA e as formasde exploração das classestrabalhadoras, tendo o Estadocomo reprodutor ideológico.
ANÁLISE SOBRE O MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA
É composto pelos meios de produção e as relações deprodução.
Meios de produção: Máquinas, ferramentas, tecnologia, forçade trabalho
Relações de produção: Somente por meio delas se realiza aprodução. Elas variam de acordo com os meios de produção.São as próprias relações e organizações entre os homens.
No intercâmbio entre as relações de produção e as forçasprodutivas que a riqueza se transformam em capital, somentepor meio do trabalho tal relação é concretizada.
As relações de produção condicionam as relações sociais.
A EXPLORAÇÃO CAPITALISTA
Mais Valia: é a quantidade de trabalho não paga ao trabalhador.
Duas formas de extração da mais-valia:
Absoluta: Aumento da jornada de trabalho
Relativa: Aumento da intensidade do trabalho. Que pode se darpelo incremento de tecnologia na produção, aumentando aprodutividade da produção.
Os meios de produção capitalistas se transformamincessantemente, sua base é revolucionária, ao passo que os modosde produção anteriores eram essencialmente conservadores.
Essa constante revolução se da às custas dos operários: pois otrabalho se torna parcelar; o próprio trabalhador não reconhece oproduto do seu trabalho.
ESTADO E SOCIEDADE
O Estado é produto das contradições inerentes à própriasociedade.
O Estado é a expressão essencial das relações de produçãoespecíficas do capitalismo.
O monopólio do aparelho estatal, diretamente ou por meio degrupos interpostos, é a condição básica do exercício dadominação.
O poder político é na verdade o poder organizado de uma classepara a opressão das outras.
Mercantilização de todas as relações humanas.
A política também se torna mercantilizada. OLHA O SARNEY!
A globalização (ou a mundialização) do capital foi um fenômeno previsto por Marx em suas análises.
MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO
O materialismo designa um conjuntode doutrinas filosóficas que, aorejeitar a existência de um princípioespiritual liga toda a realidade àmatéria e a suas modificações.
Materialismo Histórico é uma tese domarxismo, segundo a qual o modo deprodução da vida material condiciona oconjunto da vida social, política eespiritual. É um método de compreensão eanálise da história, das lutas e dasevoluções econômicas e políticas.
método dialético são a tese, a antítese e a síntese.
Tese = afirmação inicial
Antítese= oposição à tese
Síntese = resultado do conflito entre tese e
antítese
De acordo com Marx, as pessoas constroem suahistória, mas não da maneira que querem, pois osfatos são condicionados por situações anteriores.
AS CONDIÇÕES MATERIAIS DE TODA A SOCIEDADE CONDICIONAM AS DEMAIS RELAÇÕES .
O estudo de qualquer sociedade deve partir das RELAÇÕESSOCIAIS que os homens estabelecem entre si para utilizar osmeios de produção e transformar a natureza.
As relações sociais de produção são a base que condiciona todo o resto da sociedade.
Para Marx, só é possível entender as relaçõessociais dos indivíduos com base:
nos antagonismos;
nas contradições;
na complementaridade entre as classes sociais.
Bibliotéque Nationale, Paris, França
O “homem real” faz a História: populares invadem a Assembleia Constituinte da França em 15 de maio de 1848,
para reivindicar a manutenção de suas conquistas democráticas e sociais. Pintura de autor desconhecido, s.d.
A chave para compreender a vida
social contemporânea está na luta de classes,
que se desenvolve à medida que homens e
mulheres procuram satisfazer suas
necessidades, “oriundas do estômago ou da
fantasia”.
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De acordo com teoria marxista conclui-se que:
a) Podemos conhecer a sociedade concreta a partir dasrelações das pessoas no processo produtivo de bens materiaise,
b) Buscando compreender o estágio de desenvolvimento quese encontram as forças produtivas.
Dessa forma, podemos afirmar que:
As Relações Sociais de Produção+
As Forças Produtivas=
A Base econômica das sociedades hierarquicamente construídas
As relações sociais de produção podem ser entendidas como aorganização e interação das pessoas e das classes na sociedade,tendo em vista a produção material e a reprodução social, amanutenção e a ampliação das relações socio-político-econômicas.
As forças produtivas são a terra, trabalho, capital e tecnologia:elementos essenciais à produção capitalista.
OU SEJA...
MARX AFIRMA QUE:
“ O MODO DE PRODUÇÃO DA VIDA MATERIAL (base econômica daprodução de bens materiais) CONDICIONA O DESENVOLVIMENTODA VIDA SOCIAL, POLÍTICA E INTELECTUAL EM GERAL(superestrutura da sociedade).”
A base da organização da sociedade é econômica, e a partir dessaorganização surgem as outras estruturas da sociedade (instânciaspolíticas, jurídicas e ideológicas).
Tudo isso representa a reprodução das relações de produção
Base econômica da sociedade=
Forças Produtivas + Relações Sociais de Produção
Instâncias políticas Instâncias Ideológicas Instâncias jurídicas
Método – O PESQUISADOR NÃO DEVE SE LIMITAR À DESCREVER AREALIDADE SOCIAL, MAS DEVE PROCURAR IDENTIFICAR COMOESSA REALIDADE SE PRODUZ E SE REPRODUZ AO LONGO DAHISTÓRIA.
MARX CIÊNCIA TEM UM PAPEL POLÍTICO
Deve ser INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO DA REALIDADE,AGINDO COMO INTELECTUAL ORGÂNICO PELA REVOLUÇÃO.
Texto e Contexto
Manifesto Comunista
“Dentre todas as classes que hoje se defrontam com aburguesia, apenas o proletariado é uma classeverdadeiramente revolucionária.
Os proletários... têm de destruir tudo o que até agora vemgarantindo e assegurando a propriedade privada existente. Oproletariado fará uso de seu domínio político para retirargradualmente todo o capital da burguesia, para centralizartodos os instrumentos de produção nas mãos do Estado, ouseja, do proletariado organizado como classe dominante.”
(MARX, Karl & ENGELS, Frederich. O Manifesto Comunista, 1848)
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