Antecedentes das Reformas:
Questões socioeconômicas:
Formação dos Estados Nacionais Modernos:
Soberania em relação à Igreja;
Sentimentos nacionalistas;
Riquezas da Igreja:
Nobres e príncipes desejavam apossar-se dos bens da Igreja Católica;
Fim dos impostos papais;
Desenvolvimento da burguesia:
A usura e o preço justo;
Invenção da Imprensa (1449):
Difusão da leitura, sobretudo, da Bíblia;
“Ter Gutenberg escolhidoa Bíblia como primeiro livro a serdivulgado amplamente foi umgesto revolucionário; foi colocar osagrado em mãos profanas. Masvai ser no século XVIII, com oIluminismo, aprofundando algumasquestões colocadas peloRenascimento, que a leituraavança ainda mais, pois passou atraduzir para as línguas ocidentaismuitas das obras clássicas atéentão acessíveis apenas em gregoe latim, decorrendo daí uma maiorpopularização da tradição culturaldo Ocidente e do Oriente.”
(SANT’ANNA, Affonso Romano de. Ler o mundo)
Antecedentes das Reformas
Questões religiosas:
Críticos pré-reformistas:
Os pré-reformistas iniciaram a base ideológica de oposição ao cristianismo católico;
Valdenses:
1. Heresia pregada por Pedro Valdo (1174);
2. Voto de pobreza: os pobres de espírito;
3. Tradução e pregação da bíblia sem ser sacerdote;
4. Bíblia como a única autoridade eclesiástica;
5. Negação da autoridade de Roma e do culto à imagens.
Cruz huguenote
Antecedentes das Reformas
Questões religiosas:
Críticos pré-reformistas:
John Wycliffe:
1. Retorno a Igreja primitiva dos evangelistas;
2. Separação entre poder espiritual (Igreja) e temporal (Estado);
3. Retorno do cristianismo à Bíblia;
4. Negação da liderança do papa sobre a Igreja: Cristo como líder;
5. Voto de pobreza.
Antecedentes da Reforma
Questões religiosas:
Críticos pré-reformistas:
Jan Huss:
1. Influenciado pelas ideia de Wycliffe;
2. Também propunha o regresso aos ensinamentos bíblicos;
3. Desconfiava da autoridade papal;
4. Sacerdócio universal dos crentes;
“Ele chegou até a estaca olhandopara ela sem medo. Ele subiu nela depoisque dois assistentes do carrasco haviamrasgado suas roupas… Naquele momento,um dos eleitores, o príncipe Ludwig doPalatinado, subiu e implorou que Hussvoltasse atrás, para que fosse poupado damorte nas chamas. Mas Hus respondeu:‘Hoje vocês assarão um ganso* magro,mas em cem anos ouvirão um cisne cantar.Não serão capazes de assá-lo e nenhumaarmadilha ou rede poderá segurá-lo’. Oprincípe voltou cheio de pena e muitaadmiração”.
*Em tcheco da época, Huss significava ganso.
Carta de Poggius Florentini à Leonhard Nikolai (1415).
Antecedentes das Reformas
Questões religiosas:
A salvação no
pensamento católico:
Santo Agostinho: Fé e
predestinação;
São Tomás de Aquino:
Boas obras e livre
arbítrio.
Os sete pecados capitais, de Hieronymus Bosch, representando o imaginário religioso às
vésperas da reforma.
Antecedentes das Reformas
Principais críticas teológicas:
Indulgências: Papa Leão X vende o perdão dos pecados em troca de um valor que auxiliaria na construção da basílica de São Pedro;
Simonia: Venda de “relíquias” sagradas por parte do clero;
Desconhecimento da fé: Grande parte dos membros da Igreja Católica desconheciam os preceitos religiosos.
“Uma igreja romana, se apessoa simplesmente entrasse nela,tirava-lhe quarenta e oito mil anos desua sentença no purgatório. A cidadealemã de Wittenberg guardavadezessete mil relíquias, inclusive umapalha da manjedoura de Jesus, umagota de leite de Maria e duzentos equatro fragmentos dos ossos dascrianças trucidadas por Herodes. ACatedral de Exeter, na Inglaterra,abrigava a vela que iluminou o túmulode Cristo […]. Um mosteiro, Durhman,guardava zelosamente uma peça deroupa da Virgem e mostrava-a aosperegrinos após o pagamento de umpequeno donativo”
(LA MURE, Pierre. A vida privada de Mona Lisa.)
Reforma Luterana
Martinho Lutero:
Padre alemão que criticou a Igreja Católica;
Publicação das 95 teses contra as Indulgências (1517):
Documento público de repúdio às práticas da Igreja;
Declarado herege e é excomungado;
Proteção de nobres Sacro Império Romano-Germânico interessados nas terras da Igreja. Lutero afixando as “95 teses contra as
Indulgência” na Catedral de Wittenberg.
As 95 teses contra as Indulgências
6- O papa não tem o poder d perdoar culpa a não ser declarando ou confirmando queela foi perdoada por Deus; ou, certamente, perdoados os casos que lhe sãoreservados. Se ele deixasse de observar essas limitações, a culpa permaneceria.
21.Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvidade toda pena e salva pelas indulgências do papa.
27. Pregam doutrina mundana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada nacaixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].
45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar comindulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.
62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça deDeus.
82. Por exemplo: Por que o papa não esvazia o purgatório por causa do santíssimo amore da extrema necessidade das almas – o que seria a mais justa de todas as causas –,se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para aconstrução da basílica – que é uma causa tão insignificante?
Reforma Luterana
Doutrina:
A infalibilidade da Bíblia Sagrada:
As traduções religiosas teriam que ter sua origem na Bíblia Sagrada;
Necessidade traduzir e estudar a Bíblia;
Sacramentos: Batismo e Eucaristia;
Rejeição do culto à Virgem e aos santos;
O sacerdócio universal dos crentes:
Todos que estudassem as escrituras poderiam falar em nome de Deus, sendo pastores de seu rebanho;
Salvação pela fé:
A salvação provinha da fé interior e não de gestos exteriores.
Bíblia de Martinho Lutero (1534)
Reforma Luterana
Medidas políticas:
Dieta de Worms (1521):
Imperador Carlos V apoia a Igreja Católica e convoca Lutero;
Dieta de Spira (1529):
Aceitação dos luteranos apenas na região de Spira. Surgimento do termo “protestante”;
Paz de Augsburg (1555):
Cujus regio, ejus religio.
Lutero na Dieta de Worms,
gravura da pintura de Anton von Werner
(1843-1915), atualmente na Staatsgalerie
de Stuttgart.
Reforma Luterana
Movimento Anabatista:
Liderado por Thomas Müntzer;
Defendiam que o batismo poderia ser feito exclusivamente aos 21 anos e abrangência social das reformas;
Revolta camponesa de 1524: Um terço da Alemanha tendo a sua massa camponesa lutando contra o domínio feudal;
Lutero condena o movimento Anabatista;
Massacre dos camponeses na Batalha de Frankenhausen.
Batalha de Frankenhausen, de Werner Tuebke
(1983-87). A obra demonstra os anabatistas
em torno de uma pia batismal.
Reforma Luterana
Xilogravura feita por Cranach e Giovante (cerca de 1545). A figura representa, à esquerda, a Igreja de
Lutero e, à direita, a Igreja Católica. A Igreja Protestante tem Lutero apontando o sacrifício de Cristo inspirado no
Espírito Santo. Quase no centro, abaixo, está a pia de batismo e, mais abaixo, dois fiéis que comungam, ressaltando os
dois sacramentos conservados pelos luteranos. No lado católico do púlpito, um sacerdote faz suas pregações tendo atrás
de si, amparando-o, um demônio. Embaixo, à direita, o papa recolhe sacos de dinheiro. No altos, São Francisco implora a
Deus, e o “Pai Eterno”, desprezando tanta superstição e atuações indevidas, lança raios fulminantes de punição sobre
clérigos.
Reforma Calvinista
João Calvino:
Intelectual humanista francês;
Perseguido na França, muda-se para Suíça;
Apoio da burguesia de Genebra;
Estímulo à congregações independentes, reguladas pela nova Igreja;
Expansão do Calvinismo:
Inglaterra: Puritanismo;
França: Huguenotes;
Escócia: Presbiterianos;
Reforma Calvinista
Doutrina da Predestinação:
Inicialmente, os calvinistas
acreditavam que seria
impossível conhecer o futuro
de sua alma;
Valorização do trabalho;
Riqueza como sinal exterior
da graça divina;
Rigidez moral como forma
de acumular bens.
“Nós chamamos apredestinação à decisão eterna deDeus pela qual determinou o quequeria fazer com cada homem. PoisEle os cria a todos em condiçõessemelhantes, mas ordena uns à vidaeterna e outros à eterna condenação.Assim, conforme o fim para o qual oHomem foi criado, dizemos que eleestá predestinado para a morte oupara a vida. [...] Os que Ele chamapara a Salvação dizemos que osrecebe de sua misericórdia gratuita,sem ter relação alguma com aprópria dignidade.”
(CALVINO, João. A instituição da religião cristã)
Reforma Calvinista
Princípios teológicos e práticos do Calvinismo:
Rigidez moral e disciplina rigorosa:
Condenação das diversões;
Obediência aos governantes;
Crítica a idolatria:
Proibição do culto e do uso de imagens e ídolos tanto em templo quanto no lar;
Deus como divindade mais importante que Cristo.
“João Calvino introduziu a
noção de progresso e sucesso. Para o
reformador genebrês, o indivíduo era
responsável perante Deus. De acordo
com suas possibilidades, devia tentar
utilizar os meios que Deus lhe dera
para se aperfeiçoar, dar a seus filhos
chances de sucesso (principalmente por
meio da educação) e trabalhar de
maneira a se tornar um exemplo para
seus próximos, seus vizinhos e sua
congregação.
(GARRISSON, s.d, p. 60).
Reforma Calvinista
“A ética protestante e o espírito do capitalismo”, de Max Weber (1920):
Tese: O protestantismo, sobretudo o
Calvinismo, gerou um ambiente propício para a organização racional da vida econômica e para o surgimento do espírito do capitalismo.
Indícios: Educação protestante: técnica;
Vocação: chamado de Deus para o trabalho;
Teoria da predestinação: valorização do enriquecimento.
“A emancipação do tradicionalismoeconômico parece sem dúvida ser um fatorque apoia grandemente o surgimento dadúvida quanto à santidade das tradiçõesreligiosas e de todas as autoridadestradicionais. Devemos porém notar, fatomuitas vezes esquecido, que a Reforma nãoimplicou na eliminação do controle da Igrejasobre a vida quotidiana, mas na substituiçãopor uma nova forma de controle. Significoude fato o repúdio de um controle que eramuito frouxo e, na época praticamenteimperceptível, pouco mais que formal, emfavor de uma regulamentação da condutacomo um todo, que penetrando em todos ossetores da vida pública e privada, erainfinitamente mais opressiva e severamenteimposta.”
(WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo.)
Reforma Anglicana
Fundada pelo rei inglês Henrique VIII;
Motivações:
Busca de anular seu casamento com Catarina de Aragão e se casar com Ana Bolena;
Contestação do poder papal na Inglaterra;
Interesse das gentry nas terras da Igreja;
Ato de Supremacia: Rei como chefe do Estado e da Igreja.
Reforma Anglicana
Princípios religiosos:
Preservação de elementos da tradição romana: liturgia, sacramentos e episcopado;
Permanência de dois sacramentos: Batismo e Eucaristia;
Valorização do trabalho;
Aproximação muito forte entre religião e poder político.
“O rei Henrique VIII, que governoua Inglaterra de 1509 a 1549, criou umalegislação específica sobre o trabalho. Nessalegislação, determinava-se: Os mendigosvelhos e incapacitados para o trabalhodeverão pedir licença para mendigar. Para osvagabundos jovens e fortes, açoites ereclusão. Serão presos à parte traseira de umcarro e se lhes açoitará até que o sangueemane de seu corpo, devolvendo-o emseguida, sob juramento, à sua terra natal ouao local onde residiram durante os últimostrês anos, para que “se ponham a trabalhar”.Em caso de reincidência, deverá açoitar-senovamente o culpado e cortar-lhe metade daorelha; na terceira vez, será enforcado comocriminoso perigoso e inimigo da sociedade.”
(MARX, Karl. O Capital.)
Contrarreforma católica
Reação católica às reformas, buscando fortalecer o papado e moralizar a Igreja Católica;
Fundação da Companhia de Jesus (1534):
Criada por Ignácio Loyola;
Conhecidos por “Soldados de Cristo”, devido as suas rígidas disciplina e hierarquia;
Buscavam expandir o cristianismo através das missões e do ensino;
Lema: Ad majorem Dei gloriam (Para a maior glória de Deus).
“Que os membros consagrarão
suas vidas ao constante serviço de Cristo e
do Papa, lutarão sob a bandeira da Cruz
e servirão ao Senhor Pontífice romano
como o vigário de Deus na Terra, de tal
forma que executarão imediatamente e
sem vacilação ou escusa tudo o que o
Pontífice reinante ou seus sucessores
puderem ordenar-lhes para proveito das
almas ou para propagação da fé, e assim
agirão em toda província aonde forem
enviados, entre turcos ou quaisquer outros
infiéis, na Índia distante, assim como em
região de hereges, cismáticos ou indivíduos
de qualquer tipo.”
(LOYOLA, Ignácio. Companhia de Jesus.)
Contrarreforma católica
Concílio de Trento (1545-1563):
Reafirmação dos princípios católicos:
Culto às imagens;
Celibato clerical;
Proibição da Bíblia em outras línguas;
Sete sacramentos e pecados capitais;
Condenação dos protestantismos;
Ações moralizadoras:
Proibição da venda de indulgências;
Formação de escolas para membros do clero;
"Se alguém diz que o ímpiose justifica unicamente pela fé, de talmodo que entenda que nada mais épreciso para cooperar com a graça,com o fim de obter a justificação, eque não é necessário que se prepare ese disponha por um movimento da suaprópria vontade, – que sejaexcomungado. Se alguém diz que ossacramentos da nova Lei não foramtodos instituídos por Nosso SenhorJesus Cristo, ou que há mais ou menosde 7, a saber: o batismo, aconfirmação, a eucaristia, apenitência, a extrema-unção, a ordeme o casamento; ou que algum destes 7não é própria e excomungado."
(Os Decretos de Concílio de Trento)
Contrarreforma católica
Index LibrorumProhibitorum:
Lista de livros proibidos pela Igreja Católica;
Eram proibidos os livros que fossem contrários à fé católica, como livros científicos ou protestantes;
Os livros podiam ser tirados de circulação e queimados.
Livro contendo a lista do Index Librorum
Prohibitorum (Veneza, 1564)
Contrarreforma católica
Tribunal do Santo Ofício ou Santa Inquisição:
Prática medieval retomada com o Concílio de Trento;
Responsável por acusar, julgar, condenar e punir àqueles que fossem contrários à fé;
Utilizava-se de um imenso número de torturas;
Adquiriu caráter político, sobretudo na Espanha e Portugal.
“Um famoso escândalo políticofoi o de Antônio Perez, que em 1571 erasecretário de Estado de Felipe II, tendoalcançado um dos postos mais importantesna monarquia. Por rivalidades, viu-seenvolvido em intrigas internacionais.Conhecia todos os segredos da coroa,tendo absoluto controle sobre o Tesouro.Foi acusado de vender cargos, de suborno ede trair segredos do Estado. Felipe viu umcaminho para atingi-lo: a Inquisição. Tinhade ser acusado de heresia. Foi difícilencontrar provas contra seu catolicismo,mas o confessor do rei conseguiu-as.Mesmo sendo íntimo amigo do inquisidor-mor e tendo o apoio da população deSaragoça, Perez foi acusado de herege.Conseguiu fugir e morreu em Paris, e,conforme testemunhou o núncio apostólicoda região, sempre viveu como fiel católico.”
(NOVINKY, Anita. A inquisição)
Barroco
Contexto histórico:
Reformas Protestantes e
Contrarreforma:
Concílio de Trento, Index,
Companhia de Jesus e Santa
Inquisição;
Crise econômica, política e
social na Europa;
Apogeu de uma nova forma
de pensamento racional;
O triunfo da Divina Providência, de
Pietro de Cortona (1633-1639)
Barroco
Características Gerais:
Século XVI;
Etimologia: barueco(pérola de forma irregular);
Arte dacontrarreforma:Maneira de atrair fiéis;
Pintura típica da IgrejaCatólica;
Barroco
Características Gerais:
Dúvidas existenciais;
Dualismo:
Racionalismo e humanismo X Postura
religiosa;
Toda forma exige fechamento e fim, e o barroco se define pelo
movimento e instabilidade; parece-nos, pois, que ele se encontra
ante um dilema: ou negar-se como barroco, para completar-se numa
obra, ou resistir à obra para persistir fiel a si mesmoJ. Rousset
O rapto de Proserpina, de Gian Lorenzo Bernini
Barroco
Características artísticas:
Fusionismo: culto dos contrastes;
Cultismo: rebuscamento e jogo
de palavras – paradoxos e
antíteses – e imagens de
maneira racional;
Niilismo: percepção da miséria
da condição humana;
Dinamismo: sensação de
movimento e transitoriedade
da vida humana; Papa Urbano VIII, Bernini
Barroco
Pintura:
Representou o apogeu dos temas religiosos;
Plasticidade das sombras: Utilização da técnica do contraste claro/escuro;
Cenas de grande intensidade dramática;
Simetria diagonal;
Deposição de Cristo da cruz, Michelangelo
Caravaggio.
Barroco
O Barroco holandês:
Presença das reformas religiosas: Iconoclastia;
Mecenato: burgueses;
Representação de cenas populares;
Extremamente realista;
Principais artistas: Rembrandt e Vermeer.
Moça com o brinco de pérola, Johanes Vermeer (1665)
Barroco
Escultura:
Exuberância das
formas e movimento;
Contraste: cenas
sacras e erotismo;
Dramatismo;
Faces expressivas e
roupas esvoaçantes.
O êxtase de Santa Teresa, Bernini
Barroco
Arquitetura:
Destaque para as formas de curvas, espirais e forma elípticas;
Complexidade arquitetônica: sensação impactante e teatral;
Integração com a pintura e escultura.
Basílica de São Pedro (Vaticano), Paul Romini.
Barroco
Literatura:
Desenvolveu versos
complexos, geralmente
decassílabos;
Prosa moralizante;
Uso excessivo de figuras de
linguagem: paradoxos,
hipérboles, antíteses,
metáforas, entre outros.
A instabilidade das cousas do mundo
Gregório de Matos
Nasce o sol e não dura mais que um dia. Depois da luz, se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém, se acaba o sol, porque nascia?
Se é tão formosa a luz, porque não dura?Como a beleza assim se transfigura?Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no sol e na luz falta a firmeza;Na formosura, não se dê constânciaE, na alegria, sinta-se tristeza.
Começa o mundo, enfim pela ignorância,E tem qualquer dos bens por natureza:A firmeza somente na inconstância.
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