Assistência de enfermagem em
afecções do sistema Urinário:
Incontinência Urinária, Infecção do
Trato Urinário
Profa. Raquel SoeiroEnfermagem em clínica médica
• Incontinência urinária é a perda involuntária da urinapela uretra variando de uma ligeira perda de urinaapós espirrar, tossir ou rir até a total incapacidade decontrolar a micção.
Incontinência Urinária
CAUSAS
A eliminação da urina é controlada pelo sistema nervoso autônomo, mas pode ser comprometida nas seguintes situações:
• Comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico;
• Gravidez e parto;
• Tumores malignos e benignos;
• Doenças que comprimem a bexiga;
• Obesidade;
• Tosse crônica dos fumantes;
• Quadros pulmonares obstrutivos que geram pressão abdominal;
• Bexigas hiperativas que contraem independentemente da vontade do portador;
• Procedimentos cirúrgicos ou irradiação que lesem os nervos do esfíncter masculino.
TIPOS E SINTOMAS
• Incontinência urinária de esforço: O sintomainicial é a perda de urina quando a pessoa tosse, ri, fazexercício, movimenta-se;
• Incontinência urinaria de urgência. Mais grave doque a de esforço, caracteriza-se pela vontade súbita deurinar que ocorre em meio as atividades diárias e apessoa perde urina antes de chegar ao banheiro;
• Incontinência mista: Associa os dois tipos deincontinência acima citados e o sintoma mais importanteé a impossibilidade de controlar a perda de urina pelauretra.
Fonte: Google
DIAGNÓSTICO• São dados importantes para o diagnóstico o
levantamento da história dos pacientes e aelaboração de um diário miccional onde elesdevem registrar as características e frequênciada perda urinária.
• Outro recurso para firmar o diagnóstico é oexame urodinâmico, que é pouco invasivo eregistra a ocorrência de contrações vesicais e aperda urinaria sob esforço.
TRATAMENTO
• O tratamento da incontinência urinária por esforço é basicamente cirúrgico,mas exercícios ajudam a reforçar a musculatura do assoalho pélvico.Atualmente, a cirurgia de Sling, em que se coloca um suporte pararestabelecer e reforçar os ligamentos que sustentam a uretra e promoverseu fechamento durante o esforço, é a técnica mais utilizada e a que produzmelhores resultados.
• Para a incontinência urinária de urgência, o tratamento é farmacológico efisioterápico. O farmacológico pressupõe o uso ininterrupto de váriasdrogas que contêm substâncias anticolinérgicas para evitar a contraçãovesical.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM• Orientar o uso de medicações conforme prescrição.
• Orientar não deve abandonar o tratamento mesmo após o alívio dossintomas;
• Estimular a ingestão de líquidos;
• Higiene da região perineal e do meato uretral após cada evacuação;
• Cuidado e higiene com fraldas e absorventes
• Orientado a programar micções em intervalos regulares, na tentativa deaumentar sua capacidade vesical e de reduzir episódios de perda urinária
• Redução da ingestão de alimentos considerados irritantes vesicais, como acafeína, bebidas gaseificadas, pimenta, e alimentos e bebidas ácidas
• A redução do peso é outra estratégia conservadora para diminuir osepisódios, uma vez que o seu excesso leva ao aumento crônico da pressãointra-abdominal e, por conseguinte, da pressão intravesical, podendocomprometer a função do trato urinário inferior
Infecção do Trato Urinário (ITU)
• Infecção, nos rins, na bexiga ou na uretra . Em pessoas saudáveis, a urinana bexiga é estéril – não tem bactérias ou outros micro-organismosinfecciosos. A uretra não contém bactérias ou contém muito poucas paracausar uma infecção. Uma infecção em alguma parte do sistema urinário échamada de infecção do trato urinário (ITU).
Fonte: Google
ITU inferior: Infecções da bexiga (cistite
e uretrites)
ITU superior: Infecção dos rins
(pielonefrite)
CAUSAS • Uso de cateter vesical
• Idade avançada o Sexo o Imunodeficiência o Desnutrição oInsuficiência renal o Anormalidades anatômicas ou fisiológicas oDoenças que impedem o esvaziamento vesical o Diabetes mellitus
• Mulheres: bactérias colonizam o períneo e ascendem pela uretra
• Homens: bactérias do prepúcio ascendem pela uretra
• Higiene incorreta
• Oxiuríase
• Anomalia anatômica (ex. aderência de lábios)
• Bexiga neurogênica
• Atividade sexual
• Gestação
PIELONEFRITE• A pielonefrite é uma infecção do trato urinário superior, que envolve o rim,
geralmente causada por bactérias vindas da bexiga, que alcança a pelve renal por viaascendente. Existe um segundo modo, que pode ser pela via hematógena, quando háalguma outra infecção no organismo, a bactéria pode viajar pela corrente sanguínea eacabar se alojando no rim.
Fonte: Google
Sintomas
• Dor abdominal, lombar, em dorso
• Febre
• Mal estar
• Náuseas
• Vômito
• diarréia
DIAGNÓSTICO
• Suspeição clínica
• EAS
• Piúria e/ou bacteriúria
• Bacterioscopia
• Gram da urina)
• Urinocultura
• Cateterismo
• Saco coletor
• Punção suprapúbica
Cuidados de enfermagem
-Promover conforto ao paciente
-Encorajar o paciente a urinar a cada 3 horas e esvaziar a bexiga completamente
-Dar líquidos com freqüência para estimular o fluxo urinário
-Repouso no leito na fase aguda
-Orientar higiene
-Administrar medicações conforme prescrição
-Urinar imediatamente após o ato sexual;
- Notificar o médico caso ocorra febre ou persistência dos sintomas.
CISTITE
• Acomete apenas a bexiga
• Disúria
• Urgência
• Aumento da Freqüência
• Dor suprapúbica
• Incontinência
• Urina malcheirosa
• Hemograma (Leucocitose)
• Hemocultura
Fonte: Google
Cuidados de enfermagem
• Os mesmos de Pielonefrite
Assistência de enfermagem em
afecções do sistema Endócrino:
Hipertireoidismo, Hipotireoidismo,
Diabetes Mellitus e Insulinoterapia;
Profa .Raquel SoeiroEnfermagem em clínica médica
Hipotireoidismo
• É a diminuição da função da glândula tireoide,ou seja, diminuição da produção dos hormôniostiroxina (T4) e triiodotironina (T3).
Fonte: Google
causa
• A mais comum em adultos é a tireoiditeautoimune (tireoidite de Hashimoto), na qual osistema imune ataca as próprias células datireoide.
Sinais e Sintomas• Cansaço fácil;
• Queda de cabelos, unhas fracas, pele seca;
• Dormência e formigamento nos dedos;
• Rouquidão;
• Distúrbios menstruais e perda da libido;
• Nos casos mais graves pode ocorrer hipotermia, bradicardia, mixedema(acúmulo de carboidratos nos tecidos subcutâneos tornando a peleespessa),
• Distúrbios emocionais,
• Fala lenta,
• Aumento do volume da língua, mãos e pés aumentam de tamanho,
• Constipação intestinal,
• Surdez
Tratamento
• Administração de hormônio sintético.
A reposição deste hormônio deve ser gradual,pois aumenta o trabalho cardíaco podendo levarà angina pectoris ou infarto agudo do miocárdioe alterações neurológicas..
Cuidados de Enfermagem
• Apoio psicológico, pois facilmente entram em depressão.
• Observar depressão respiratória e sonolência profunda.
• Manter o paciente agasalhado, pois não gera calor.
• Evitar bolsa de água quente, pois o paciente tem baixa sensibilidade térmica
• Observar sinais de constipação intestinal
• Orientar o paciente e familiar quanto ao uso diário da medicação mesmo na ausência dos sinais e sintomas
Hipertireoidismo• É a atividade excessiva da glândula tireoide, também chamada de bócio
exoftálmico.
• É caracterizado por uma disparada na produção dos hormônios da tireoide— a tri-iodotironina (T3) e a tiroxina (T4). Esse aumento acelera ometabolismo e causa diferentes sintomas, afetando até as batidas do
coração e o funcionamento do sistema nervoso.
Fonte: Google
Causas• Causa desconhecida. Existe uma predisposição para o sexo
feminino, na faixa dos 30 e 40 anos, e pode ser desencadeada porchoque emocional, tensão e infecções.
Fonte: Google
Diagnóstico:
• O diagnóstico de hipertireoidismo é feito atravésde exames de sangue, com a dosagem doshormônios tireoidianos (T3 e T4, que ficamaumentados) e do hormônio que regula atireoide, o TSH.
Sinais e Sintomas• Nervosismo, irritabilidade, apreensão, não se senta tranquilamente
• Taquicardia mesmo em repouso
• Intolerância ao calor: sudorese abundante
• Rubor contínuo da pele além de quente macia e úmida
• Tremor leve nas mãos
• Exoftalmia (olhos saltados)
• Aumento do apetite e de ingestão alimentar
• Perda de peso, fadiga e fraqueza muscular
• Amenorreia
• Alterações intestinais: diarreia
• Aumento do volume da glândula
Tratamento
• Administração de drogas
• Irradiação, usando iodo radioativo para destruirparte da glândula.
• Cirurgia: tireoidectomia.
Cuidados de Enfermagem
• Proporcionar ambiente calmo, sem barulhos como: música alta,conversas, ruídos de equipamentos, alto-falantes etc.
• Proporcionar ambiente fresco, trocar roupas de cama sempre quenecessário e oferecer líquidos gelados.
• Ajudar a aumentar sua autoestima.
• Oferecer dieta fracionada e equilibrada, até 6 vezes ao dia.
• Reduzir estimulantes como: Coca-Cola, café, álcool e chá.
• Orientar quanto à instilação de colírios, para proteger a córneaexposta.
• Orientar sobre a continuidade do tratamento.
Fonte: Google
Diabetes Mellitus• é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue
(hiperglicemia). Etiologia múltipla, decorrente da falta de hormônioinsulina (que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta e/ou daincapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos
• A insulina é um hormônio que tem a função dequebrar as moléculas de glicose(açúcar) transformando-a em energia paramanutenção das células do nosso organismo.
Fonte: Google
• O que é diabetes tipo 1?
Tipo I: resulta primariamente da destruição das células.
Acomete mais na fase juvenil ( 5 a 10% dos casos),aparece no período de crescimento e caracteriza-se pelafalta de produção de insulina. Do ponto de vista clínico éo tipo mais grave.
Tipos de Diabetes:
Fonte: Google
• O que é diabetes tipo 2?
Representa 90 a 95% dos casos, aparece no período da maturidade e
caracteriza-se por uma diminuição da produção de insulina e/ouincapacidade da insulina de exercer suas funções.
Fonte: Google
Causas e fatores predisponentes • Idade acima de 40 anos;
• Histórico familiar (pais, irmãos com diabetes)
• Obesidade (particularmente do tipo abdominal – IMC >25kg/m2 )
• Vida sedentária;
• Presença de doença vascular aterosclerótica antes dos 50 anos ou de seus fatores de risco (hipertensão, aumento do colesterol, etc);
• Mulheres com antecedentes de abortos frequentes, partos prematuros, mortalidade perinatal;
• Uso de medicamentos diabetogênicos (corticoides, anticoncepcionais, diuréticos tiazídicos, betabloqueadores, etc.);
• Tolerância diminuída à glicose ou glicemia de jejum alterada.
• Alcoolismo crônico;
• Estresse emocional;
• Infecções
Sinais e Sintomas: • Tipo I: • Aparece na idade juvenil. • Início agudo e rápido. • Perda
de peso. 63 • Glicosúria (aumento da glicose na urina, poliúria(aumento do volume urinário) e polidipsia (sede intensa). • Polifagia(apetite exagerado). • Fadiga e fraqueza.
• Tipo II • Aparece por volta dos 30 anos. • Início insidioso, lento. •Obesidade. • Fadiga e irritabilidade. • Poliúria e polidipsia. • Feridasna pele com cicatrização lenta. • Infecções vaginais. • Visão turva.
Fonte: Google
Diagnóstico
• Glicemia de jejum (os valores normais daglicose sanguínea estão entre 70 a 100mg/dl, éconsiderado DM se os valores forem > 126mg/dl). • Teste de tolerância à glicose. •Glicosúria.
Tratamento
• O tratamento do DM inclui as seguintes estratégias: educação, modificaçõesdo estilo de vida que incluem a suspensão do fumo, aumento da atividadefísica e reorganização dos hábitos alimentares e, se necessário, uso demedicamentos.
• Dieta
• Exercício: diminuem a glicose sanguínea, aumentando a captação pelosmúsculos e colabora na redução de peso e nos problemas circulatórios.
• Insulinoterapia: as insulinas são administradas preferencialmente para ospacientes diabéticos do tipo I e os hipoglicemiantes orais (metformina,glibenclamida) podem ser efetivos para os diabéticos do tipo II.
A insulina comercial é extraída de pâncreas de animais como porco,carneiro, boi e inclusive o homem.
Complicações:
• Agudas: hipoglicemia, cetoacidose diabética ecoma
• Tardias: alterações ateroscleróticas que podemlevar à angina, infarto, AVC, doença arterialoclusiva periférica; retinopatias que podem levarà cegueira; nefropatias que levam à insuficiênciarenal crônica, Problemas sexuais, Retinopatia
Fonte: Google
Cuidados de Enfermagem: • Cuidados quanto à aplicação de insulina: Locais: região posterior do braço,
face anterolateral da coxa, região periumbilical, glúteo. Via: subcutânea.Fazer antissepsia antes da aplicação e não fazer fricção após. Fazer rodíziode aplicação para evitar lipodistrofia.
• Verificar atentamente o tipo de insulina e a dosagem correta.
• Fazer teste de glicemia capilar conforme prescrição.
• Atentar para os sinais de hiperglicemia e hipoglicemia.
• Orientar sobre a importância do tratamento em geral.
• Orientar sobre a importância de evitar o fumo e o álcool
• Orientar o paciente sobre os cuidados domiciliares: Conhecer a doença
• Fazer regime alimentar
• Orientar sobre o uso de insulina e as respectivas reações
• Verificar o peso semanalmente.
• Orientar sobre o uso diário do teste para glicemia capilar.
• Cuidados com os pés.
Top Related