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ATUALIDADES

".Milton de AlbuquerquePesquisador do CPATU

DADOS SOBRE MANGOSTÃO NO PARÁ

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Poucos paraenses sabem que o Pará, oumelhor dizendo, o rnunicipio de Belém, éo maior produtor no Brasil de uma frutaconsiderada pelos ingleses como a melhor domundo: o mangostão. _ .

Durante o seu domínio na India, osingleses conheceram o Mangostão e a ele seafeiçoaram extraordinariamente, consideran-do-o a "melhor futra do mundo".

Tal fato despertou naturalmente o in-teresse da América Tropical pela fruteira,cuja ocorrência no Novo Continente não foiconstatada, embora nele sejam encontradas,em estado nativo, outras fruteiras da mesmafamília (gutíferas), tais como o Bacuri, oAbricó e o Bacuri-pari.

Quase certamente, a introdução doMangostão no Brasil aconteceu em Pernam-buco, pois ao vir dirigir o Museu Goeldi, nadécada de 30, trouxe o Dr. Carlos Estevamde Oliveira, daquele Estado, algumas semen-tes da planta, tendo delas obtido um pé quefoi plantado num terreno de sua proprieda-de na avenida Tito Franco, atualmenteAlmirante Barroso.

.--- Ao iniciar o Instituto Agrônomicodo Norte (IAN) suas atividades em 1942,ano em que a 2a. Guerra Mundial atingia aoauge com a entrada do Japão no confl ito eragrande o fluxo de cientistas, notadame~tepesquisadores em agricultura, que Belemregistrava. Muitos deles passaram a colabo-rar ativamente no IAN, dentro' do Plano deProducão de Recursos para Guerra.

Através desses pesquisadores, soube oentão diretor do IAN, Dr. Felisberto deCamargo, da chegada próxima, no Panamá,de algumas caixas de _sementes de Mangos-tão procedentes da India. Interessando-sepelo caso, conseguiu Dr. Camargo fosse umadas caixas desviada para Belém.

Chegou o material ao Instituto em ou-tubro de 1942, constando de 400 sementesembaladas em pó de carvão e papel.

As sementes foram semeadas em can-tei ros de serragem e de terra estercada, ten-do se obtido uma percentagem de germina-cão superior a 50 por cento, bem mais ele-vada do que se esperava face às circunstân-cias.

O transporte das mudas para o localdefinitivo foi feito ao alcançarem as plan-tinhas 0,25m, sendo escolhido como local aárea fronteira ao atual estábulo de buba-linos.

Decorrido um ano, contava o pomarde mangostãô com um total de aproximada-mente 120 plantas. Com o decorrer do tem-po, todavia, muitas plantas se perderam, nãoobstante o cuidado dispensado, de modoque, ao iniciar-se a frutificação, calculada-mente aos 8 anos de instalado, contava opomar com menos de 80 plantas com bomdesenvolvimento.

Por motivos diversos, somente em1964 foi formado um novo pomar demangostão, ocupando cerca de um hectareda Quadra Experimental de Fruteiras do InS-/ltituto e contando com mais de 120 plantas"

1Infelizmente, surgiu a idéia obtusa de im-plantar a CEASA dentro do IPEAN, preçi~a- 'mente na citada Quadra das Fruteiras, idéiaessa que logo se concretizou e trouxe nefas-tas consequências para a pesqu isa fititécnica ''-7fii:laárea, destruindo em poucos dias o

"0 de' anos. Seleções de cupuaçu, de

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2- :, li' lsorva, de anonáceas diversas e todo o pomarde mangostão, com plantas bem desenvolvi-das, foram impiedosamente eliminadas, paraque, no terreno por elas antes ocupado fosseinstalado um "elefante branco", uma pista deKartismo.

Durante muito tempo (1 mangostão doIPEAN figurou corno fruta sofisticada, ser-vida em recepções oficiais a pessoas altamen-te requ intadas.

Lamentavelmente a geração atual,pragmatista, na sua ogeriza às coisas tidascomo tradicionais, ignora totalmente o man-gostão e sua importância não epenas tradi-cionalista, senão que também econômica.

Há certa de dois anos vem o CPATU,através do especialista em fruteiras, HansMüller, aplicando-se com bons resultados àpesquisa do mangostão, já havendo desperta-do tais resu Itados um interesse bem acentua-do no seio da colônia japonesa que já o estáconsiderando como boa opção futura. Umtrabalho sobre o desenvolvimento das ativi-dades com ele no CPATU, contendo orien-tações diversas e orientativas quanto ao seucultivo na área do estuário amazônico, já·se encontra no prelo, devendo ser dado àpublicação em prazo curto.

AGRÔNOMOS ASSUMEM FUNÇÕESIMPORTANTES

É sempre uma satisfação para aAEAPA e para toda classe agronômica aassunção de um colega a uma função impor-tante.

É o caso do colega e membro interinoda Diretoria da AEAPA José Façanha queacaba de assu mir a Gerência de Borracha doBanco ca Amazônia. A satisfação é tantomaior para a AEAPA, nesse caso, pois podesignificar um ínicio de reversão do processoiniciado em 1980, quando, naquele Banco,quatro Agrônomos foram atingidos pelareestruturacão da Carteira de Crédito Espe-cializado. Naquela oportunidade a Diretoriada AEAPA encaminhou oficio e mantevecontato direto com a Direção do Banco, so-licitando alteração daquelas medidas e valo-rização do Agrônomo no desempenho defunções técnicas ligadas às atividades agro-pecuárias do Banco.

Outro colega que assume função im-portante é o Agrônomo Cleomenis Barbosade Castro que passa a exercer a coordenaçãoRegional da SUDEPE, através de indicaçãodo Deputado Sebastião Andrade.

Por outro lado, a AEAPA lamenta aatitude do Deputado Sebastião Andrade queinterferiu na substituicão de um engenheiroagrônomo por um contador na direção doPI C de Monte Alegre, que é uma funçãotécnica do setor agrícola. Como agrônomo oreferido Deputado deveria prestigiar a classeindicando agrônomos para funções técnicasdo setor aqropecuár io.

A AEAPA faz aqui um apelo para queatitJdes como essa não sejam repetidas poroutros colegas pois significam desprestígiopara a classe com sérios preju (zos para todospois, como é sabido, está aumentando onúmero de colegas desempregados que po-deriam dar importante colaboração em pos-tos desse tipo, porém, estão impossibilita-dos de atuarem no setor contábil, de ondeprovem o novo diretor do PIC de MonteAlecre.

- Por outro lado, a AEAPA deseja, aoscolegas que estão assumindo, pleno êxito nodesempenho de suas novas funçõe_s.

Ai vitóflas da classe a'Jronôrnici! come-çam a concretizarem-se.

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PAINEL SOBRE POLltlCA AGRI-COLl

Numa promoção conjunta dados Engenheiros Agrônomos do Pará e,de Brasileira de Economia Rural, reaper rodo de 08 e 09 de junho próximoPainel Sobre Pol ítica Agrícola.

No primeiro dia, com a presençaduzentos Agrônomos e estudantes, f orrdas três exposições com renornados me:rores em economia rural.

A· primeira exposição, a cargo deto Veiga, PHO em Economia Rural e ~Coordenadoria Econômica do Minlstérícultura, versou sobre "Agricultura e Pcnômica". O expositor mostrou inicialos problemas agdcolas deixaram de serma de agricultores para se transforrassunto apaixonante de todos os bra~"epainel visou aprofundar essas questoesa exposição praticamente dita, .Iembranda 2a. guerra a economia mundial ~ofreumudanças que se retle tiram na agncultusil, com alguma defasagem, esses reflexram sentir no crescimento dos setorese serviço em taxas superiores ao seto

Por outro lado, os preços comdo mercado, no per íodo subsequente àctecimento, possibil itaram grandes lucragricultura e consequentemente ocupatima fronteira agr (cola capaz de atentipo de mercado, isto é, o Paraná e ~l

Grosso. A única fronteira que entaodisponível, o cerrado, apresentavatecnológicas.

Nesse contexto, passou a ser patante o adubo e as máquinas agricolas (quente aumento do custo de produçãodo pessoal do campo, bem como, a trardo sistema de crédito rural e a aceleraçcesso de capitalização da agricultura. I

Observou-se, no entanto, que cde produção agr ícola conti~uou a. sermais da expansão da fronteira aqr Icol aaumento da produtividade, que em ai!sofrem até decréscimo.

Hoje estamos envolvidos emproblemas de curto prazo, inflação, tpagamentos e desiquilibrio enerçético, 'ser as grandes prioridades da econo~~a._ .

Assim sendo, também a def ink.âodades na agricultura não pode ser abs orelativa em função daqueles problemas,ser soluclonados a curto prazo. Como hentre esses três pontos, seus reflexos afbém o setor agrlcola.

Como exemplo desses conflitos ocitou a pol ítica de combate a inflação qimanter baixos os preços dos produtosÀs vezes issoé obtido com a diminuiçãode produção, mas quando isso não é p~impostos tabelamentos de preço ou enta.cão de produtos agricolas, ou ainda a prexportação de alguns produtos necessa".cado interno, que por sua vez Impllca_ncão de captação de divisas via exportaç>. O segundo expositor Or. Fri tzBarros Barbosa, MS em Economia ~~;alsobre "Política Agrícola e Inflaçao , (particularmente nos aspect,:s ligados a

Lembrou que a emissao excessivaprovoca a inflação, e continua sendo S~é

causa. Salientou, também, Que o Brasilexemplo de existência de duas autorida?Erias o Banco Central e o Banco do Brasl]com que o último aplique independentiter ou não recursos, pois o Banco Centrdiferenca provocando emissões. Como oBrasil aplica 85 por cento de seu ativo nara e apenas 15 por cento nos outros setoiros agrícolas são subsidiados, cabe a ,uma parcela de responsabilidade pela

A partir dessa constatação é detsmuitos a revogação dos subs ídios da c:éque é contestada com a argum~ntaça..0alta nos juros é que provocará a mflaçaolembrado que o subsídio provoca o ai,

demanda por terra e por insumos rnodivocando o aumento do preço desses ftransferência dos beneUcios desses subsos detentores desses fatores e não paratores.

Por outro lado, como os recursccassos ou se estabelece um limite no vcrédit~ dolocado à disposição dos procrecorrer ao crédito. Como essa últimamais dificil pelo peso do componentecontinua prevalecendo a primeira, ~orédência para o futuro é ,tornar o c.rédllQ ,

A última exposição do ora coutFernando Homem de Melp, PHO emRural e Coordenador dos Cursos de p,