ORIGENS E DIFUSO DO
CRISTIANISMO NO
MUNDO ROMANO
(SCS. I-III
Grupos de judeus messinicos surgidos na Palest ina;
Estes judeus-cr is tos eram s uma parte dos pregadores i t inerantes e das
associaes de in ic iados existentes na Palest ina da poca (p. ex. grupo do
Qumram as margens do mar Morto)
As pr imeiras comunidades de judeus-cr is tos fora da Palest ina surgiram nos
pr inc ipa is centros urbanos da sia Menor (feso, Esmirna, Pergamo, Tiat i ra ,
Sardes, Fi ladel f ia e Laodicia) , c idades r icas e populosas dos ant igos re inos
helenst icos que t inham s ido absorvidas pelo impr io romano.
o cr is t ianismo separa-se c laramente do judasmo somente no f im do sculo I d.
C. f im do Reino de Is rael (135 d.C. ) sob o pr inc ipado de Adr iano
Natureza prosel i t ista
O cr is t ian ismo at o sculo IV uma re l ig io urbana (paganismo, pago ->
pagus )
PRIMEIRAS COMUNIDADES CRISTS
Praticamente todos os escritos que nos confiam o testemunho
sobre a vida de Jesus histrico e seus apstolos, so cristos,
foram redigidos fora da Palestina e a grande distncia das datas
supostas para o desenvolvimento dos fatos narrados. Alm
disso, so impregnados de anacronismos terminolgicos (p. ex.
Marcus, refere-se sempre a Jesus, j as epstolas de Paulo,
referem-se a Cristo, forma grega para o hebraico
Mashyach), problemas de topografia e influncias religiosas e
filosficas de cunho helenstico.
SC. I: O PROBLEMA DAS FONTES
Composto por fontes hebraicas anteriores a Jesus:
A Tanakh (bblia hebraica texto massortico)
O canne palestino consiste em 24 livros: fixao sculo I d. C.?
A lei (Torah): Gnese, xodo, Levtico, Nmeros e Deuteronmio;
Profetas:
anteriores ou livros histricos: Josu, Juzes, Samuel I e II, Rei I e II);
profetas posteriores: Isaas, Jeremias, Ezequiel, Daniel e 12 profetas
menores
Escritos: Salmos, Provrbios, J, Cnticos dos Cnticos, Rute,
Lamentaes, Eclesiastes (Qoelet), Ester, Daniel, Esdras I e II,
Crnicas I e II.
.
ANTIGO TESTAMENTO
(TRADIO VETERO-TESTAMENTRIA):
As p r ime i ras comun idades c r i s ts usavam no cu l to l i t rg ico a t raduo pa ra o g rego ko in
do An t igo Tes tamento ( te rmo cunhado pe la t rad io c r i s t ) t raduzida em e tapas em
A lexandr ia en t re o scu los I I I e I a .C .
Essa ve rso do tex to b b l ico f i ca r ia conhec ida como Septuagin ta ou verso dos Setenta
po rque , segundo a lenda nar rada na Car ta a A r i s teas de F i lc rates , em ta l t raduo,
supos tamente encomendada para a b ib l io teca de A lexandr ia pe lo re i do Egi to P to lomeu I I ,
t e r iam t raba lhado 72 rab inos , que , po r sua vez , t e r iam comple tado a t raduo em 72 d ias .
A Septuag in ta se r ia usada como base para d i ve rsas t radues , de la de r i vam a Vulga ta de
So Je rn imo e as ve rses a rmn ia e cop ta do An t igo tes tamento .
Na ve rso dos Seten ta so inc lu dos a lguns passos aos l i v ros de Dan ie l (Cas ta Susana e de
Bel e o d rago ) , Esdras* e Es te r, ass im e aque les l i v ros esc r i tos em grego que os hebreus
pa les t inos hav iam cons ide rados apcr i f os - Jud i te , Tob ias , Macabeus I , I I , I I I * e IV* ,
Sabedor ia (de Sa lomo) , Ec les is t i co ( l i v ro de S i rach ) , Ba ruch , Ep s to la de Je remias ,
Sa lmos de Sa lomo* , Sermo de Manasse* . A es tes l i v ros os c r is tos dar iam o nome de
deute rocann icos e f a r iam de les um segundo e ma is amp lo cnone.
* l i vros no presentes na verso la t ina de So Jern imo.
A BBLIA CRIST O CNONE ALEXANDRINO
O cnone foi f ixado entre os f ins do sculo II d.C. e o incio do sculo V d. C.;
Os 27 l ivros que compem o Novo Testamento foram compostos l ngua grega ao longo do primeiro sculo de nossa era, mais especif icamente
entre c. 51 d. C. (Primeira epstola de Paulo aos Tessalonicenses) e 95
d. C. (Apocal ipse de Joo):
Evangelhos: Mateus*, Marcos*, Lucas* e Joo
Atos dos Apstolos (segundo a tradio escritos pelo evangelista Lucas)
Epstolas (21 ao todo): 13 atribudas a So Paulo
Apocalipse: atribudo a Joo
* evangelhos ditos sinpticos (entre os estudiosos da Bbl ia consensual a hiptese de que a redao dos evangelhos sinpticos
baseou-se em uma fonte proto-evangl ica, conhecida como fonte Q e
escri ta entre 40 e 50 d.C.).
NOVO TESTAMENTO
(A TRADIO NEOTESTAMENTRIA):
TBUAS CANNICAS DE EUSBIO DE
CESARIA (265-339)
Codex Beneventanus
Sc. VIII
O termo "apcrifo" significa "coisas escondidas". O termo geralmente aplicado para designar livros que j foram
considerados pela igreja como teis, mas no divinamente
inspirados.
Tambm existem atos, epstolas e apocalpses apcrifos
A primeira separao oficial entre os textos aconteceu em 325 no Primeiro Conclio de Nicia. Critrios: Paternidade
apostlica ; Uso litrgico ; Ortodoxia.
OS EVANGELHOS APCRIFOS
Evangelhos da Infncia
A escassez de informaes sobre a infncia de Jesus nos
evangelhos cannicos provocaram uma grande demanda entre os
primeiros cristos por mais detalhes sobre os primeiros anos de
sua vida. Esta demanda foi logo suprida por diversos textos do
sculo II d.C. e seguintes, conhecidos como "Evangelhos da
Infncia", nenhum dos quais foi aceito no cnon bblico, embora o
grande nmero de exemplares sobreviventes ateste a sua contnua
popularidade.
Evangelho da Infncia de Tiago (tambm chamado de "Proto-Evangelho de Tiago"(metade sc. II , em grego)
Evangelho da Infncia de Tom (metade sc. II , em grego)
Evangelhos da Paixo
Evangelho de Pedro (sc. II , em grego)
Atos de Pilatos, tambm chamado de Evangelho de Nicodemos (sc. II , em grego)
Evangelhos de Gamaliele (sc. IV, em copto)
Evangelhos gnsticos
Apcrifo de Tiago, tambm chamado de "O livro secreto de Tiago (sc. II, em copto)
Livro de Tom Adversrio (sc. III, em copto)
Dilogo do Salvador (sc. II, em copto)
Evangelho de Judas, tambm chamado de "Evangelho de Judas Iscariotes(sc. II, em copto, de um proto-texto grego)
Evangelho de Maria, tambm chamado de "Evangelho de Maria Madalena (sc. II, em copto, de um proto-texto grego)
Evangelho de Filipe (sc. II, em copto, de um proto-texto grego)
Evangelho Grego dos Egpcios (sc. II, em grego)
Evangelho Copta dos Egpcios (sc. III-IV, em copto)
Evangelho de Tom (sc. II, em copto, de um proto-texto grego) na forma de pequenas logia - ditos e parbolas de Jesus - que no esto inseridos
numa narrativa
Evangelho de Apeles (sc. II, perdido, citato)
Evangelho de Bardesanes (sc. III, perdido, citato)
Evangelho de Basilides (sc. II, perdido, citato)
O TESTIMONIUM FLAVIANUM
A expresso indica uma passagem contida nas Antiguidades Judaicas (93 d. C.) , obra do historiador judeu Flvio Josefo (37 -100 d.C.) par ticolarmente relevante para o debate acerca da historicidade de Jesus.
Tal passagem seria o primeiro documento de origens no crists a mencionar a figura de Jesus.
Todavia, pelo seu tom celebrativo , a autenticidade do Testimonium objeto de discusses desde o seculo XVI. A maioria dos estudos hoje considera o testimonium autentico, mas objeto de interpolaes por par te de copistas medievais.
Livro 18, pargrafos 63 e 64: "Havia neste tempo Jesus, um homem sbio [ , se l cito cham-lo de homem, porque ele foi o autor de coisas admirveis, um professor tal que fazia os homens receberem a verdade com prazer] . Ele fez seguidores tanto entre os judeus como entre os gentios.[Ele era o Cristo. ] E quando Pilatos, seguindo a sugesto dos pr incipais entre ns, condenou-o cruz, os que o amaram no princpio no o esqueceram;[ porque ele apareceu a eles vivo novamente no terceiro dia; como os divinos profetas t inham previsto estas e milhares de outras coisas maravi lhosas a respeito dele] . E a tr ibo dos cristos, assim chamados por causa dele, no est extinta at hoje. ( Indicadas em negrito as provveis interpolaes.)
A principal fonte para informaes histricas sobre a vida de Paulo so as pistas encontradas em suas epstolas e nos Atos
dos Apstolos .
PAOLO DE TARSO
A DOMUS ECCLESIA DE DURA
EUROPOS (C. 165-200 D.C.)
O expansionismo cristo no foi um processo gradual,
irresistvel, comeado com S. Paulo e terminado com a
converso de Constantino em 312. O seu alastramento no
sculo III impressionante (.. .) A Igreja crist torna-se,
repentinamente, uma fora com que tm que contar as cidades
do Mediterrneo p. 68
A VIRADA DO SCULO III
Padres do deserto (Egito, Sria, Palestina):
Egito: Santo Anto (c. 251-357) e o eremitismo (vd. Atansio de Alexandria (296-373) - Vita S. Antonii)
Egito: Pacmio (c. 292-348) e o cenobismo fundao do primeiro mosteiro (320)
No Ocidente, somente no final do sculo IV.
SURGIMENTO DO MONASTICISMO
ORIENTAL (SC. III)
Dcio
Valeriano - 257
Diocleciano - 303
AS LTIMAS PERSEGUIES
Orgenes de Alexandria ou Orgenes, o Cristo (Alexandria
(Egito). 185-Tiro, 253), foi um dos mais distintos pupilos
de Amnio de Alexandria e prolfico escritor cristo de grande
erudio (no deve ser confundido com o filsofo Orgenes, o
Pago (210-280), mais jovem e tambm integrante da Escola
de Alexandria, porm discpulo de Plotino)
Ele foi um dos biografados por So Jernimo no De Viris
Illustribus .
ORGENES DE ALEXANDRIA
Tascio Cecilio Cipriano (Cartago, 210-258) Retrico e orador
que se converteu ao cristianismo com mais de trinta anos de
idade. Em 249 foi escolhido para bispo de Cartago.
Deixou diversos escritos e sua correspondncia.
Ele foi um dos biografados por So Jernimo no De Viris
Illustribus .
CIPRIANO DE CARTAGO
As catacumbas so galerias subterrneas, construdas em zonas externas as muralhas de Roma ao longo das estradas consolares, como a via Appia, a via Ostiense, a via Labicana, a via Tiburt ina, e a via Nomentana - que, a part i r do f inal do sculo II , serviam de cemitrio aos cristos romanos - precedentemente os cristos eram enterrados juntamente com os pagos. Nelas tambm eram cultuados os restos mortais de mrt ires do crist ianismo. No sculo II I , Roma j contava com 25 destes cemitrios.
No sculo V comeou-se a abandonar o uso do sepultamento nas catacumbas, que porm continuaram a ser visi tadas com fins devocionais e tornam-se meta de peregrinaes.
Entre os sculos VIII e IX, estes santurios foram gradualmente abandonados e suas relquias sagradas foram transferidas para o interior das igrejas.
Foram redescobertas no sculo XVI, quando comearam a ser exploradas por Antonio Bosio (1575-1629), autor de Roma subterrnea (1634) e Giovanni Batt ista de Rossi (1822-1894).
AS CATACUMBAS ROMANAS
As catacumbas romanas eram consttuidas por galerias subterrneas (ambulacra), em cujas paredes em cavadas tumbas (loculi) que podiam conter um ou mais cadveres. (imagem 1)
Outra tipologia de sepultura, tpica das catacumbas romanas, o arcosolio (arcosolium) do latim arcus, "arco", e solium, "sarcfago nicho em arco onde se insere o corpo do defunto. (imagem 2)
Ao longo dos corredores, podem tambm encontrar-se cubculos (cubicula), espcie de cmaras sepulcrais que contm loculi destinados aos membros de uma mesma famlia (imagem 3), e criptas (cryptae) (imagem 4).
Imagem 1
Imagem 2
Imagem 3
Imagem 4
A NOVA ICONOGRAFIA
Catacumba de S. Marcelino e Pedro
Catacumba de S. Marcelino e Pedro
Catacumba de So Calisto
Catacumba de So Calisto
Catacumba de Domitila
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