Aula de Mestrado Comunicação e Culturas Midiáticas
PPGC/UFPB Teoria das Culturas Midiáticas Audiovisuais
WALTER BENJAMIN e a Imaginação CibernéticaExperiência e Comunicabilidade na Era do Virtual
Claudio C. Paiva 29. Abril - 2014
Walter Benjamin e a Imaginação CibernéticaExperiência e Comunicabilidade na Era do Virtual
• O singular de Benjamin: a percepção de uma cultura no plural;
• As imagens virtuais têm aura?• Emanações barrocas na era do virtual;• Figuras da sorte , figuras do azar: os clichês na Internet;• Amor e ódio ao vivo e on line;• Das redes de dormir às redes da imaginação criadora;• Industria cultural, contracultura, culturas excêntricas;• Tecnologias de comunicação e experiências multissensoriais• Fim de partida: Benjamin, McLuhan, Samuel Beckett
O singular de Benjamin: a percepção de uma cultura no plural
• Da cultura de massa à cultura midiática e cibercultura;
• A agregação social à• época das autoestradas da
informação• Remodelar o passado com
os olhos do presente• Imagens, figuras e símbolos
clássicos ajudam a entendermos o séculos XX e XXI
Introdução do texto O flâneur (o flanador)
• Personagem de Baudelaire
• Andarilho, transeunte, viajante atento e desconfiado
• apreende o sentido dos objetos além da sua
• dimensão mercadológica
O internauta, usuário da internet: o flâneur (flanador) pós-moderno
• Navegador curioso, movido pela agilidade, no âmbito da modernidade líquida
• pesquisador interativo que busca nos objetos virtuais, algo além da sua condição efêmera e transitória
• O turista antenado: voyeur, garimpeiro de imagens e iconicidades cotidianas
• O rolezinho no shopping é uma flanêrie neomoderna
O sentido das “passagens de Paris”: e suas projeções no sec. XXI
• A flanêrie e o nomadismo contemporâneos
• Os shopping centers• Os supermercados• Os aeroportos• O second life • O google map• O google earth • As cibercidades• A arquitetura dos videogames• O cinema em 3D• Novas formas comunicativas do
habitar (e das passagens)• Smartville e cidadania inteligente
Os indivíduos, as imagens, vivências e narrativas
• As vivências e narrativas dos indivíduos namodernidade, se norteiam por uma busca de sentido inscrito nas imagens, através de uma memória coletiva que desperta para um estilode vida mais pleno e verdadeiro
Experiência e Comunicabilidade • A internet é uma árvore do
conhecimento que revigora a experiência de sociabilidade e inteligência coletiva (pela conexão e compartilhamento);
• A imaginação sociotécnica e neurocibernética gera um novo modo de politização do cotidiano;
• As máquinas de virtualidade atualizam e fecundam a experiência das culturas locais no contexto da velocidade global
A esfera pública e a esfera privada
• Pensar o coletivo e a Internet no contexto
• dos países em desenvolvimento, remete à história mal resolvida entre a esfera pública e a esfera privada.
• Há um declínio das formas de socialização (família, escola, sociedade civil);
• A internet promove o diálogo entre a esfera da “intimidade” e da “publicidade”
A tribo dos sem micro remete à tribo dos sem terra
• Os paraísos artificiais da internet relembram a utopia da felicidade do jardim público, de Voltaire
O conceito de aura
• Influência místico-religiosa; cabala judaica (Scholem)
• Materialismo Histórico (Karl Marx)
• Unicidade• Autenticidade• Originalidade• O valor de culto
A obra de arte, a aura e a transmídia
• O que é transmídia? Produtos e obras em migração do livro à Tv, ao cinema, ao video, ào CD, à internet e vice-versa; em que algo se perde e algo se ganha. Para Walter Benjamin a obra de arte verdadeira era única, como a divindade; portanto tinha uma "aura". Depois da reprodução, multiplicação, serialidade e clonagem perdeu a "aura", e por um lado, a cultura ficou mais pobre. Por outro lado, a obra de arte na era da reprodução (da clonagem e da multiplicação) ganhou um caráter revolucionário, pois veio a despertar a percepção para aspectos velados e ocultos. Neste sentido, cinema (e por que não a TV e a pós-TV?) tem algo de revolucionário, não somente ao nível dos conteúdos mas também da forma. Hoje, parodiando, Benjamin, pode-se dizer que a passagem da novela Avenida Brasil ao video, à internet e ao cinema - no contexto da cultura pós-aurática - perde o seu sentido original, mas também ganha novas significações, e gera novas modalidades de experiências estéticas, poéticas e catárticas.
Emanações barrocas na era do virtual
• A reemergência do místico-religioso configura o retorno do barroco (neobarroco): encontro entre a razão e a fé, a ciência e a mitologia, o sagrado e o profano
•
• Para entender a sensibilidade técnica do ciberespaço
O narrador
• O marinheiro mercante e o artesão solitário:
• Transmissão de uma experiência fundadora de comunidade
• A arte de narrar• A memória• A percepção • A cognição
• A narrativa telemática• Fim das grandes
narrativas• Micronarrativas• Falas escritas• Escritas oralizadas• Redes sociais
Figuras da sorte , figuras do azar: os clichês na Internet
• "Vou à minha adega/ beber meu vinho/
• Lá está um corcundinha/ Pegou minha garra-
• finha/ Vou à minha cozinha/ cozinhar minha
• sopinha/ Lá está um corcundinha/ Quebrou
• minha panelinha“• (Walter Benjamin)
Amor e ódio ao vivo e on line
• Caim e Abel como signos da disputa, da ira e inveja entre os irmãos
• Dos crimes capitais ao crimes virtuais
Industria cultural, contracultura, culturas excêntricas
Tecnologias de comunicação e experiências multissensoriais
Fim de partida: Walter Benjamin, McLuhan, Samuel Beckett
• Quando os espaços e tempo são tranformadop pela tecnologia
Referências
Para entender o barroco e a modernidade
• Os conceitos básicos de símbolo e melancolia
• A resistência aos poderes dominantes pela via da linguagem
• O barroco e a caveira como signo da modernidade
Obras de Walter Benjamin
Rouanet interpreta Walter Benjamin
• “Walter Benjamin, o falso irracionalista”;
• “As galerias do sonho”• Marx e Freud• Influências da
psicanálise
O Édipo e o anjo
• O anjo (Paul Klee)
Referências
Bibliografia – Walter Benjamin
Referências
Referências
O trabalho das passagens‘Passagens’ (1927-1940), de Walter Benjamin, é uma das obras historiográficas mais significativas. A partir de Paris, a ‘capital do século XIX’, especialmente suas galerias comerciais enquanto ‘arquipaisagem do consumo’, é apresentada a história cotidiana da modernidade – com figuras como o flâneur, a prostituta, o jogador, o colecionador, e os meios de uma escrita polifônica que vai desde a luta de classes até os fenômenos da moda, da técnica e da mídia. Este texto com mais de 4.500 ‘passagens’ constitui um dispositivo sem igual para se estudar a metrópole moderna, e por extensão, as megacidades do mundo atual.
Referências
Top Related