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SERGIO SILVA DOS SANTOS
AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO ATMOSFÉRICA POR MERCÚRIO NAS LOJAS DE COMERCIALIZAÇÃO DE OURO NO CENTRO URBANO DA CIDADE DE PORTO VELHO-RO
MONOGRAFIA
ORIENTADOR: Prof. Dr. VANDERLEI MNIESI CO-ORIENTADOR: Prof. Ms. WANDERLEY RODRIGUES BASTOS
PORTO VELHO –RO, AGOSTO DE 2001
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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR
NÚCLEO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO ATMOSFÉRICA POR MERCÚRIO NAS LOJAS DE COMERCIALIZAÇÃO DE OURO NO CENTRO URBANO DA CIDADE DE PORTO VELHO-RO
Monografia apresentada como requisito final para a apresentação conclusiva do curso de Bacharelado em Geografia, orientada pelo Prof. Dr. Vanderlei Maniesi, do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Rondônia – UNIR.
PORTO VELHO – RO, AGOSTO DE 2001
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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR
NÚCLEO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA A monografia,
“Avaliação da contaminação atmosférica por mercúrio nas lojas de comercialização de ouro no centro urbano da cidade de Porto Velho-RO”
Elaborado por Sergio Silva dos Santos Orientado por Prof. Dr. Vanderlei Maniesi E aprovada por todos os membros da Banca Examinadora, foi aceita pelo Departamento de Geografia como requisito para a obtenção do título de Bacharelado em Geografia. Porto Velho – RO, Agosto de 2001
Banca Examinadora
______________________________________ Prof. Dr. Vanderlei Maniesi
Orientador
______________________________________ Prof. Ms Dorisvalder Dias Nunes
Membro da Banca
______________________________________ Prof.Ms Eloisa Elena
Membro da Banca
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...conduzir pôr ordem os meus pensamentos, começando pelos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, como por degraus... Descartes.
ÍNDICE
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Página Agradecimentos Vii Apresentação Viii Lista de tabelas Ix Lista de gráficos X Lista de símbolos Xi Resumo Xii
I-INTRODUÇÃO 01
I.1- Localização da área de estudo 02 I.2- Aspecto fisiográfico 02 I.3- O mercúrio no meio ambiente e na Amazônia 03 I.4- Toxicologia do mercúrio 05 I.5- Análise de Hg no Ar atmoférico 06
II- OBJETIVOS 08
II.1- Geral 08 II.2- Específico: 08
III- MATERIAIS E MÉTODOS 09
III.1- Técnica com o biomonitor 09 III.2- Técnica mecânica com borbulhador 10 III.3- Técnica de análise de sedimento 10 III.4-Técnica de análise de urina 11
IV- RESULTADOS 11
V- CONCLUSÃO 20
VI- BIBLIOGRAFIA 21
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AGRADECIMENTO A Deus, pelo dom da vida. Aos meus familiares: pais, irmãos, filhos e esposa pelo apoio e compreensão das minhas ausências. Ao Prof. Dr. Ene Gloria da Silveira, pela oportunidade de participar de uma iniciação científica no PIBIC, no qual engrandeceu a minha formação acadêmica e profissional. Ao meu orientador Prof. Dr. Vanderlei Maniesi, pelo valiosa e competente orientação. Ao Prof. Ms Wanderley Rodrigues Bastos, por ter colaborado para meu desenvolvimento referente a pesquisa científica como co-orientador. Aos membros da equipe do LABIOGEOQ, pelo companheirismo e amizade, essenciais para o desenvolvimento deste trabalho. A todos os professores que muito me ajudaram nestes quatro anos e meio de aprendizagem e em especial a Professora Eloiza Elena, no qual me deu grandiosas sugestões e apoio.
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APRESENTAÇÃO
Esta monografia teve como principal objetivo realizar o monitoramento da contaminação atmosférica por mercúrio nas lojas de comercialização de ouro no centro urbano da cidade de Porto Velho-RO, através do biomonitor Tillandsia usneoides L.L.(Bromeliaceae), sedimento superficial das rua e nas urina dos trabalhadores destas lojas. No qual nos mostrou os atuais teores de mercúrio nas matrizes citados acima, que servirão de parâmetro para futuras pesquisas no contexto evolutivo ou redutivo da contaminação por mercúrio no ambiente em questão.
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LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1: Resultado de [Hg] no Biomonitor 13 Tabela 2: Resultado de [Hg] em sedimento superficial 15 Tabela 3: Resultado de [Hg] em urina de trabalhadores 17
9
LISTA DE FIGURAS
Página
Gráfico 1: Correlação de [Hg] no Biomonitor e período climático 14
Gráfico 2: Correlação de [Hg] em sedimento superficial e período climático 16 Gráfico 3: Correlação da [Hg] em urina dos trab. com F.J.T e I.J.T 18 Gráfico 4: Correlação de [Hg] em Ar e o ambiente fechado e aberto 19
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LISTA DE SÍMBOLOS
CPVH – Centro de Porto Velho, Rondônia
FJT- Final de Jornada de Trabalho FIMS- Flow Injection Mercury System FCU- Fator de Correção de Umidade Hg- Mercúrio [Hg]- Concentração de Mercúrio H2SO4- Ácido Sulfurico HNO3- Ácido Nítrico IJT- Início de Jornada de Trabalho KMnO4- Permanganato de Potássio µ − Μicro NH2OH.HCl- Cloridrato de Hidroxilamina OMS- Organização Mundial de Saúde
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UFRJ- Universidade Federal do Rio de Janeiro
RESUMO
Na presente monografia, foi realizado um monitoramento do mercúrio no
meio ambiente em especial no ar atmosférico, nas lojas de comercialização de
ouro e proximidades, no centro urbano da cidade de Porto Velho-RO. Onde se
utilizou métodos e técnicas com o biomonitor Tillandsia usneoides
L.L.(bromeliaceae) e borbulhamento mecânico para determinação de
concentração total de mercúrio em sedimento superficial, ar e urina. Utilizando-
se a digestão de amostras em forno de microondas e banho-maria associado com
ácidos, em seguida com a determinação automatizada de mercúrio pôr geração
de vapor frio acoplado a um espectrofotômetro de absorção atômica, no
Laboratório Biogeoquímica Ambiental –UNIR-RO.
Neste trabalho foi constatado a presença de mercúrio em, sedimento
superficial no ar atmosférico e em urina onde apresentou índice até 02 vezes
superior ao sugerido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de
50µg.L-1 e no ar através do biomonitor 608 vezes superior a uma área sem
influência de fonte poluídora.
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Revelando assim, que o mercúrio esta presente no ambiente em estudo
como também ainda continua sendo lançado no ambiente embora em menor
escala que no passado, merecendo com isso aprofundamento e continuidade no
monitoramento deste metal não essencial aos seres humanos.
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I-INTRODUÇÃO
O ser humano prioriza suas necessidades fisiológicas, especialmente à
alimentação, deixando geralmente despercebido um item primordial para sua
sobrevivência que é ar (oxigênio) que respira. Vejamos, um homem adulto
consegue sobreviver algumas semanas sem alimentação e só alguns dias sem
água. Mas apenas alguns minutos sem ar (oxigênio).
Com isso, na Amazônia, em especial na bacia do rio Madeira, teve-se uma
intensa utilização do mercúrio (Hg) no processo de extração de ouro devido a
grande atividade garimpeira durante as décadas de 70 e 80, o que proporcionou
uma grande dispersão de mercúrio no ambiente. Embora numa escala bastante
inferior, ainda hoje ocorrem constantes liberações de vapor de mercúrio nos
garimpos da região e, principalmente, nas lojas de comercialização desse metal,
que funcionam no centro da cidade de Porto Velho-RO.
No que diz respeito à determinação da qualidade do ar, segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS), o mercúrio (Hg) quando presente na
atmosfera em altas concentrações pode causar danos à saúde de indivíduos
expostos.
Pesquisador como Veiga (1994), relata também a dispersão de vapor de
Hg para atmosfera proveniente das queimadas, que tem ocorrência anual no
período de estiagem na região em estudo.
Diante desses fatos observa-se a necessidade de um estudo, através do
monitoramento atmosférico por este metal na região.
14
I.1-Localização da área de estudo
O município de Porto Velho –RO, situa-se na latitude –8° 45’ 43” Sul e
longitude –63° 54’ 14” Oeste com uma altitude 85,2m, sua área de 34.209,5Km2,
seus pontos extremos e limites; ao Norte o Estado de Amazonas, ao Sul Nova
Mamoré e Buritis, a Leste Candeias do Jamari e Alto Paraíso, ao Oeste o
Republica da Bolívia e o Estado do Acre.
Sua população estimada residente no Município de Porto Velho em
1997, segundo o IBGE, era de 304.996 habitantes.
A cachoeira de Teotônio, está localizada a Sudoeste da cidade de Porto
Velho-RO, no rio Madeira, entre os municípios Porto Velho e Jaciparaná, na
latitude 80 53’ 8’’ Sul e longitude 640 4’ 34’’ Oeste.
I.2- Aspecto Fisiográfico
A diversificação das características e propriedades dos solos impõe à
região um caráter heterogêneo, onde se destacam o Podzólico Vermelho
Amarelo, Latossolo Vermelho Amarelo e Latossolo Amarelo, desenvolvidos
principalmente a partir de rochas do Pré-Cambriano e sedimentos do Terciário
(RADAMBRASIL, 1978).
A hidrografia da área é constituída principalmente pelo rio Madeira, o
qual corta rochas pré-cambrianas e sedimento cenozóico desde seu alto curso até
a cidade de Porto Velho. Neste trecho o rio apresenta–se encaixado,
apresentando desníveis altimétricos em suas margens, assim como afloramentos
rochosos em seu leito, responsáveis por várias cachoeiras e corredeiras. Ao
penetrar no domínio exclusivo dos sedimentos cenozóico, a norte de Porto
Velho, a montante do rio Madeira, não apresenta mais cachoeira e nem
corredeiras, o rio se torna meandrante, formando vários depósitos recentes, onde
se observa o número variável de praias. Rondônia possui predominância de
15
Floresta do tipo Hiléia, porem menos rica em gêneros e espécies e, floresta
tropical latifoliada com espécies decíduas que indicam a existência da estação
seca. Destacam-se como as mais abundantes: Floresta Ombrófila Aberta
(Floresta de Transição), Savanas e Áreas de Tensão Ecológica e Ação
Antrópicas (Kuhlmann apud SILVEIRA, 1998).
Localizado na Região Norte, o estado de Rondônia possui características
do domínio climático mais pluvioso do Brasil. Correspondendo, pois, a uma
transição entre o Amazônico e o clima do Brasil Central. Localizado na Zona
Intertropical, possui duas estações bem definidas: a das secas no inverno e das
chuvas no verão.
Em Porto Velho e na parte central do Estado, a duração da estação seca
corresponde a um período de três a quatro meses e no restante do Estado apenas
um a dois meses. Este período ou estação seca não se caracteriza por secas
intensas, podendo ocorrer, nestas épocas, dias de chuvas abundantes (Oliveira
apud SILVEIRA, 1998).
O Estado possui uma média anual de temperatura de 28°C, e as médias
mensais são sempre superiores a 26°C, com sua máxima é de 36°C e sua máxima
absoluta de ordem de 43°C.
I.3- O mercúrio no meio ambiente e na Amazônia
A atmosfera terrestre é composta por uma mistura de gases, cuja
composição química varia com a altitude, assim como variam a temperatura, e a
densidade. Esta composição química também variou com o tempo, sofrendo
perdas e adições durante o tempo geológico. Segundo STEIN & BOUDEL
(1984), a composição química da troposfera não poluída, ou pelo menos o que
deveria ter sido antes que interferência do homem seria de 78% de nitrogênio
(N2), 21% de oxigênio (O2), com o restante correspondendo ao argônio, dióxido
de carbono, gases nobres e outros elementos ainda menos abundantes.
16
O mercúrio como um dos poluentes da atmosfera terrestre é classificado
como metal pesado, encontra-se no estado líquido à temperatura ambiente e
possui as seguintes propriedades físico-químicas: número atômico = 80, peso
atômico = 200,59, ponto de ebulição = 359,9oC, ponto de fusão = -38,87oC, alta
volatilidade e condutividade térmica. Além disso, o mercúrio está incluído na
“lista negra” de todas as convenções internacionais sobre meio ambiente, e é
considerado altamente tóxico (IPCS,1991).
Sob condições normais de temperatura e pressão, o mercúrio ocorre nas
seguintes formas: mercúrio metálico (Hg0) no estado líquido ou gasoso, em uma
forma mais reduzida (Hg+) e na forma estável Hg+2 (Andren, apud SILVA,
1988).
O estudo do comportamento do mercúrio no ambiente é muito importante
por sua alta toxidade, aliado ao seu grande uso. Casos de contaminação por
mercúrio têm ocorrido com freqüência em muitas partes do mundo, sendo os
mais conhecidos o da baia de Minamata (Japão) ocorrido em meados dos anos
50, quando uma fábrica de produto químico despejou na baia detritos ricos em
mercúrio, contaminando peixes e frutos do mar consumidos pela população,
causando profundas desordens neurológicas e mais de 1200 mortes; outro caso
de contaminação também muito conhecido ocorreu no Iraque em meados dos
anos 60 quando milhares de pessoas intoxicaram-se ao consumir sementes
destinadas ao plantio, tratadas com fungicidas organomercuriais (RIMOLI,
1988).
O mercúrio é liberado para a atmosfera na forma Hg0 (fase vapor), sofre
oxidação e retorna à superfície na forma Hg+2. Não tem uma distribuição
uniforme na atmosfera. Perto do solo sua concentração é maior do que a
distâncias acima de 1 a 2 metros. Também está estreitamente relacionado com a
umidade relativa do ar, pode aumentar 50 vezes seu conteúdo no ar quando a
umidade relativa do ar se aproxima de 100% (Matheson apud SILVA, 1988).
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O mercúrio ocorre na natureza como minério cinábrio (HgS) e é liberado
para o meio ambiente através de fontes naturais (atividades vulcânicas,
lixiviação das rochas, intemperismo e degaseificação da crosta), como também
fontes antropogênicas como atividade industrial, uso farmacêutico e
principalmente garimpos de ouro, entre outros (JOENSUU, 1971).
Os lançamentos de mercúrio para a bacia do rio Madeira, nas décadas de
70 e 80, oscilaram entre 10 e 50 toneladas por ano. Calcula-se que as perdas de
mercúrio em garimpos no processo de extração de ouro sejam de 55% a 65%
para a atmosfera na queima do amálgama e o restante para o rio, como fase
metálica, sendo a relação média Hg:Au (mercúrio:ouro) é 1,32 kg de mercúrio
para 1 kg de ouro extraído (PFEIFFER & LACERDA, 1988).
Depois de queimado o amálgama, o ouro resultante ainda contém como
impureza cerca de 5% do seu peso em mercúrio, sendo necessária uma requeima
no ato da venda. A requeima é feita nas lojas de compra de ouro que funcionam
nas cidades e geralmente não têm o cuidado devido com exaustão e filtragem do
ar contaminado, resultando na contaminação desses ambientes e atmosfera das
cidades onde se concentram esses compradores podendo atingir grupos
populacionais ocupacionais e não ocupacionais (LACERDA & SALOMONS,
1991).
I.4-Toxicologia do mercúrio
O vapor de mercúrio (Hg0), quando no estado gasoso é exposto ao seres
humanos por curto espaço de tempo, resulta em sintomas patológicos,
normalmente envolvidos com o trato respiratório. Quando inalado é absorvido
pelos pulmões é transportado pelo sangue acumulando-se principalmente nos
rins, mas pode atravessar a barreira hemato-encefálica e causar danos ao sistema
nervoso central (LACERDA & SALOMONS, 1991). Com uma continuidade a
exposição pode ocasionar sérios efeitos em muitas partes do corpo humano, pois
18
o mercúrio pode facilmente se disseminar por dentro do tecido cerebral através
do sangue.
I.5-.Análise de mercúrio no ar atmosférico: Utilização de vegetais
como biomonitores
As primeiras publicações sobre os efeitos do mercúrio em plantas datam
de 1797, desde então têm sido utilizadas em um grande número de estudos como
indicadores da deposição atmosférica de metais pesados. Até meados dos anos
60 foram utilizados musgos para a técnica de biomonitoramento dessa deposição
atmosférica, desde então vários autores têm utilizado briófitas como
biomonitores mais eficientes, como por exemplo PILEGAARD(1978),
CALASANS(1994) e BASTO(2001).
A espécie Tillandsia usneoides L.L(Bromeliaceae), pertencente a divisão
Magnoliophyta, classe Liliopsidapertence, subclasse Zingiberidae, ordem
Bromeliales, família Bromeliacese, gênero Tillandsia (Fotografia 01), apresenta
uma distribuição geográfica Neotropical (BENZING,1990). Nome popular
barba de bode no Rio Grande do Sul, e barba de velho no Rio de Janeiro e São
Paulo, é uma epífita (vive sobre outro vegetal), não parasita, retira água e
nutrientes diretamente da atmosfera, acumulando concomitantemente metais
pesados que estejam presente no ambiente. Isto, aliado ao crescimento lento e a
falta de contato com o solo, têm levado diversos autores a utilizá-la como
biomonitor da qualidade do ar (SHACKLETTE & CONNOR, 1973).
As briófitas e os liquens retêm metais pesados diretamente da precipitação
e matéria seca particulada, devido à ausência de cutícula e a grande capacidade
de troca catiônica (PILEGAARD, 1978).
A Tillandsia usneoides LL.(Bromeliaceae), apresenta o metabolismo tipo
CAM (Crassulacean Acid Metabolismo), tendo como característica a abertura
dos estômatos predominantemente a noite, evitando perdas de água nos
19
períodos de maior insolação, mantendo, assim, reservas de energia por meses.
Demonstra-se bom para o monitoramento atmosférico por mercúrio, pois
acumula o metal presente no ar das áreas contaminadas em níveis várias vezes
superiores aos encontrados em áreas não poluídas (CALASANS,1994).
Figura –1 tillandsia
20
Já nos solos, o Hg, após um período no ar atmosférico e em seguida a
deposição no solo, recente trabalho realizado pôr (MALM, 1991) descreve que:
“Ocorre um equilíbrio entre evaporação e deposição de Hg,
pois o tempo de residência na atmosfera é muito pequeno e as
concentrações no ar parecem não apresentar variação ao longo do
tempo. Na atmosfera, seu período de retenção é estimado de 6 a 90
dias. A deposição em solo geralmente permite que o ciclo se repita
inúmeras vezes. Acredita-se que seu tempo de residência em solos
seja em torno de 100 anos”.
O ciclo global do mercúrio é resultado de processos físicos, químicos e
bioquímicos extremamente complexos muitos dos quais ainda não foram bem
definidos.
II - OBJETIVOS
II.1 - Geral
• Monitorar o Hg no ar atmosférico na cidade de Porto Velho-RO, visando
a contribuição com o diagnóstico e levantamento biogeoquímico em
escala regional, envolvendo estudos de quantificação de Hg em matrizes
biótica e abiótica por espectrofotometria de absorção atômica.
II.2 – Específico:
• Realizar o monitoramento da contaminação atmosférica por mercúrio no
centro urbano de Porto Velho - RO, utilizando o biomonitor Tillandsia
usneoides LL.(Bromeliaceae);
21
• Monitora a contaminação por mercúrio do ar, na cachoeira de Teotônio,
área aberta afastada da cidade, a margem do rio Madeira, com a
utilização do biomonitor Tillandsia usneoides LL.(Bromeliaceae);
• Monitorar a contaminação por mercúrio no sedimento superficiais das
ruas e causadas próximo das lojas de comercialização de ouro no centro
urbano da cidade de Porto Velho-RO;
• Realizar coleta de ar através da técnica de borbulhamento (mecânico),
para quantificar o teor de Hg nas lojas de comercialização de ouro no
centro urbano da cidade de Porto Velho-RO;
• Realizar coleta de urina dos trabalhadores das lojas de comercialização
de ouro para quantificar os teores de Hg.
III – MATERIAIS E MÉTODOS
III.1-Técnica com biomonitor
O trabalho de amostragem foi realizado em lojas de compra de ouro na
cidade de Porto Velho, assim como na Cachoeira Teotônio. Nestes locais
transplantou-se alíquota de aproximadamente 5g do biomonitor Tillandsia
usneoides LL.(Bromeliaceae), que foram expostas por período de 30 dias.
A técnica de transplante vegetal como método de avaliação da
contaminação por mercúrio, consiste basicamente, em transferir plantas
coletadas em áreas sem influência de fontes poluidoras para um local a ser
monitorado (CALASANS, 1994).
Para cada ponto de coleta pesou-se 4 alíquotas de aproximadamente 0,5
grama (peso úmido), três alíquotas foram pesadas em tubos de vidro para a
técnica de solubilização e determinação de Hg e 1 alíquota pesada em copos de
22
alumínio para a determinação do teor de umidade da planta, com posterior
correção para peso seco.
As amostras de Tillandsia usneoides L.L(Bromeliaceae), após o período
de exposição, foram acondicionadas em frascos de vidro previamente
descontaminados e armazenadas em freezer (-15°C). Após o degelo as plantas
foram lavadas com água ultrapura (Milli-Q), e colocadas para secar a
temperatura ambiente, e em seguida picotadas com tesoura de aço para melhorar
a eficiência de solubilização, para posterior determinação de mercúrio.
Todas as amostras foram analisadas em triplicata, inclusive os
brancos (controle de pureza dos reagentes). As alíquotas pesadas para a
determinação dos teores de umidade foram colocadas em estufa a 105°C por 24
horas e, após o esfriamento, foram novamente pesadas obtendo-se, assim, um
fator de correção de umidade (FCU) por gravimetria para cada amostra.
A solubilização das amostras realizou-se em banho-maria em solução 1:1
de H2SO4 (ácido sulfúrico) e HNO3 (ácido nítrico) a 100o C por 1 hora; resfriou-
se em banho de gelo, adicionou-se KMnO4 (permanganato de potássio) a 5% e
retornou-se ao banho-maria por mais 30 minutos. Depois de realizada a digestão
adicionou-se NH2OH.HCl a 12% (cloridrato de hidroxilamina), aferiu-se o
volume em 10 mL com água ultrapura e levou-se para o espectrofotômetro de
absorção atômica (Flow Injection Mercury System-400 Perkin Elmer) onde se
determinou a concentração de mercúrio.
III.2-Técnica para coleta de ar com borbulhador
A coleta de ar foi realizada de modo mecânica com a utilização de
borbulhador contendo solução retentora de mercúrio (H2SO4 e KMnO4), onde o
ar do ambiente foi aspirado por uma bomba de sucção com fluxo controlado.
Posteriormente adicionou-se NH2OH.HCl, para analise do teor de mercúrio da
solução, no espectrofotômetro de absorção atômica.
23
figuras -2borbulhador
24
III.3-Técnica de análise de sedimento
A coletas de amostra de sedimento superficial, foi realizada em 18 pontos
de amostragem nas proximidades das lojas de comercialização de ouro e
divididas em duas etapas, sendo uma no período de estiagem e outra no período
chuvoso. Na seqüência realizou-se a peneiração do sedimento na peneira de
abertura da tela de 0,150mm, com adição de água milli-Q e o auxilio do vibrador
de peneira. Em seguida colocou-se o material na estufa para evaporar a água e
armazenando o sedimento em frasco de vidro.
Para o processo de análise dos teores químicos, pesou-se 0,4g de material,
com adição de solução ácida para sua solubilização, deixando por trinta minutos
em banho-maria. A seguir, adiciono-se permanganato de potássio e deixa por
mais quinze minutos no banho-maria, realizando a filtração por gravimetria,
utilizando-se filtro de papel, para, na seqüência, determina-se os teores de
mercúrio no espectrofotômetro de absorção atômica (FIMS-400 da PERKIN-
ELMER-AS 90).
III.4-Técnica análise química de urina
Para cada amostra foi coletado 2000µl de urina, sendo colocada em tubo
de ensaio de vidro e adicionado-se solução ácida 1:1 de H2SO4 :HNO3 e KMnO4.
As amostras foram levadas ao banho-maria a 60oC, por um período de 30
minutos para sua digestão e posteriormente dosados os teores de mercúrio no
espectrofotômetro de absorção atômica.
Os métodos de coleta, digestão e dosagem química de amostras foram
adaptados pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho-UFRJ (BASTOS,
1997), para o Laboratório de Biogeoquímica Ambiental da Fundação
Universidade Federal de Rondônia UNIR, onde estão sendo realizadas as
análises químicas.
25
IV – RESULTADOS
Em função da intensa comercialização de ouro no final das décadas de 70
e 80, Porto Velho-RO, possuía um grande número de lojas de compra de ouro. A
figura-3 mostra a localização das cinco lojas que restaram atualmente e que
foram biomonitoradas para contaminação atmosférica de mercúrio no estudo em
apreço, e também outros 18 pontos de amostragem onde foram coletados os
sedimentos superficiais nas ruas de Porto Velhos.
26
AV. SETE DE SETEMBRO
AV. CAMPOS SALES
AV. JOAQUIM NABUCO
LPMLPALOULSJ
N
RIO MADEIRA
ESCALA
75 75 150m0
1
2
3
4
56
7
813 9
1412
10
1511
18
17
16
27
Tabela 1 – Resultados da concentração de mercúrio em Tillandsia usneoides LL.(Bromeliaceae), exposta pôr 30 dias, nas áreas avaliadas em 1999 a 2000.
LOCAL [Hg] (µg.g-1)
médias/ chuvoso
Desvio
Padrão
[Hg] (µg.g-1)
médias/ estiagem
Desvio
Padrão
Casa de planta UNIR 0,04 - 0,03 -
Cach. De Teotônio 0,10 0,02 0,30 0,16
L PA 1,24 0,62 0,47 0,34
LOM 4,19 7,06 0,21 0,04
LPM 2,57 1,29 1,19 0,99
LS J 0,09 - 0,03 -
LOU - - 0,41 -
As concentrações médias de mercúrio (Hg) obtidas nas amostras do
biomonitor Tillandsia usneoides expostas por um período de 30 dias nas lojas de
compra de ouro no centro de Porto Velho-RO (Na tabela 1), apresentam valores
entre 0,09µg.g-1 e 4,19µg.g-1 no período chuvoso, e entre 0,03µg.g-1 e
1,19µg.g-1 no período de estiagem. Observa-se na tabela que no período chuvoso
as amostras do biomonitor das lojas apresentam maiores concentrações em
mercúrio que a do período de estiagem. O contrário é verificado nas amostras
pertencentes à Cachoeira de Teotônio, área afastada do centro de Porto Velho-
RO, onde as maiores concentrações foram no período de estiagem, que pode
estar relacionado as queimadas (outra fonte de Hg para atmosfera). Foram
analisadas 35 amostra, a maior concentração foi de 18,25µg.g-1 e a menor de
0,03µg.g-1, sendo a maior concentração superior 608 vezes ao ponto controle de
0,03 µg.g-1.
28
Figura - 4. Diagrama mostrando teores de Hg (µg.g-1) em Tillandsia usneoides
L.L.(Bromeliaceae ) expostas por 30 dias em quatro lojas de ouro, nos períodos
chuvoso e de estiagem.
O diagrama da Figura 4 mostra que nas lojas monitoradas pelo
biomonitor Tillandsia usneoides L.L.(Bromeliaceae ) no período chuvoso os
teores de mercúrio são superiores ao do período de estiagem, podendo indicar
uma melhor adaptação do biomonitor no período chuvoso, pois ele é proveniente
de mata atlântica, ou uma maior comercialização de ouro nesse período.
Gráfico de [Hg] em Tillandsia usneoides L. L. (Bromeliaceae) espostas pôr 30 dias
-2
-1
0
1
2
3
4
5
1 2 3 4
Lojas
[Hg]
µg.
g-1
P. CHUVOSO P. ESTIAGEM
29
Tabela 2 - Concentrações de mercúrio em mg.g-1 obtidas em
sedimentos superficiais de rua da área urbana de Porto Velho-RO. Os
pontos de coleta localizam-se próximos às lojas de comercialização de
ouro, como mostra o mapa da área monitorada (Figura 3).
AMOSTRAS
[Hg] (µg.g-1)
Período de ESTIAGEM
[Hg] (µg.g-1)
Período de CHUVAS
P01 0,75 0,21
P02 0,37 0,13
P03 0,34 1,58
P04 0,46 0,62
P05 0,48 0,34
P06 1,15 18,49
P07 6,53 2,67
P08 0,79 0,62
P09 0,19 0,53
P10 0,26 1,30
P11 0,71 0,22
P12 0,33 0,21
P13 0,66 0,40
P14 0,34 0,64
P15 1,20 1,13
P16 0,63 0,55
P17 0,34 14,34
P18 0,22 0,23
Observa-se na tabela 2 que a concentração máxima de mercúrio é de
18,49µg.g-1 e mínima de 0,19µg.g-1, com uma média de 1,67µg.g-1. Isso em 18
pontos de coleta próximos às lojas de compra de ouro do centro da cidade de
Porto Velho-RO, totalizando 36 amostras divididas nos períodos chuvoso e de
30
estiagem.
GRÁFICO DE [Hg] EM SEDIMENTO SUPERFICIAL DE RUA C.PVH-RO
02468
101214161820
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
PONTOS DE COLETAS
[Hg]
( µg.
g-1)
ESTIAGEM
CHUVOSO
Figura 5. Diagrama com teores de Hg (µg.g-1) em amostras de
sedimentos superficiais de rua de Porto Velho, coletados na área
próxima das lojas de comercialização de ouro nos períodos chuvoso e
de estiagem.
Como mostra a Figura 5, comparando os dois períodos o de estiagem
teve 55,5% dos pontos selecionados com maior teor de mercúrio que o do
período chuvoso. Das 18 amostras analisada do período de estiagem apresentou
média 0,87µg.g-1 , com um desvio padrão de 1,44 µg.g-1 , e no período chuvoso
média 2,46 µg.g-1 , e desvio padrão de 5,17 µg.g-1 . Também observou-se três
elevação muito superior de concentração Hg nos pontos 6,7 e 17 em relação as
demais, no qual se justificou devido ao fato de que estes pontos estarem
localizados em terrenos de menor altitude em relação aos demais, pois o
mercúrio (Hg) vaporizado se oxida tornando-se Hg+ , retornando ao solo
agregando-se a particulados e em seguida é carregado pelas chuvas nesses
pontos onde foi encontrado as maiores concentrações de mercúrio.
31
Tabela 3 - Concentrações de Hg (µg.L-1) em urina dos trabalhadores
das lojas de comercialização de ouro na cidade de Porto Velho-RO.
AMOSTRA (ANOS) TRAB. Média[Hg] (µg.L-1) (FJT)
/ +DP
Média[Hg] (µg.L-1) (IJT)
/ +DP
UR-OM 1 02 10,49 + 1,1 7,16 + 0,3
UR-OM 2 - 11,45 + 0,3 9,02 + 0,2
UR-PM F 14 153,97 + 9,7 108,50 + 1,9
UR-PM D 08 120,32 + 2,6 -
UR-PM G 10 54,98 + 0,9 -
UR-SJ S 10 - 15,49 + 1,3
UR-OU A 05 10,03 + 0,4 -
UR-OU D - - 13,42 + 0,3
FJT- Final de uma Jornada de Trabalho
IJT- Início de uma Jornada de Trabalho
Os resultado das análises químicas em urina dos trabalhadores das lojas
de comercialização de ouro (Tabela 3), observa-se intervalos de concentração de
mercúrio (Hg) de 153,97 µg.L-1 e 7,16 µg.L-1, onde apresenta as maiores
concentrações no final das jornada de trabalho, constando com isso que um
simples afastamento do local de trabalho inicia o processo de eliminação do
mercúrio do organismo humano. Pois o ambiente que trabalham pode esta
relacionado à maior absorção de mercúrio, devido o ambiente das lojas serem
fechados se uma ventilação adequada, a não utilização das retordas ou
danificada (não funcionam), e somado com a grande umidade do ar da região
amazônica, que segundo Matheson, apud SILVA, 1988, conforme a umidade
relativa do ar, o mercúrio pode aumentar cerca de 50 vezes seu conteúdo no ar.
Como mostra a tabela acima a trabalhadores com concentrações superiores 2 a 3
vezes a sugeridas pela Organização Mundial de saúde a concentração de
mercúrio é de até 50µg.L-1 para indivíduos ocupacionalmente envolvidos com
este metal.
32
GRÁFICO [Hg] EM URINA DE TRABALHADORES DAS L.C.Au C.PVH-RO.
11,45
153,97
10,49
108,5
7,16 9,02
020406080
100120140160180
1 2 3
TRABALHADORES
[Hg]
( µg.
L-1)
F J TI J T
Figura 6. Diagrama mostrando teores de Hg (µg.g-1) em amostra de urina de
três trabalhadores de lojas de comercialização de ouro em Porto Velho. F J T-
Final de uma Jornada de Trabalho; I J T- Início de uma Jornada de Trabalho.
Na Figura 6 observa-se uma diminuição média de 28% da concentração
de mercúrio das amostras de urina de indivíduos, coletadas no início da jornada
de trabalho em relação as amostras coletadas no final da jornada de trabalho.
Isso pode indicar que o afastamento do indivíduo das atividades do manuseio de
mercúrio, propicia a diminuição de mercúrio no organismo.
33
GRÁFICO DAS [Hg µg/m3] DE AR EM UMA LOJA DE C. DE OURO
00,20,40,60,8
11,2
1 2 3 4 5 6INTERVALOS DE TEMPO (2 em 2h)
[Hg
µg/m
3]
Figura 7. Concentrações de mercúrio (µg/m3) no ar na porta da loja “LOM” de
comercialização de ouro. Amostra de ar coletadas através de técnica de
borbulhamento.
A Figura 7 mostra o resultado das análises químicas da coleta de ar
através da técnica de borbulhamento, onde teve uma duração de 24 horas em
intervalos de 2 em 2 horas, apartir do início da jornada de trabalho até o fim e
parte da noite na loja “LOM”. Onde apresentaram maiores concentrações nas 2
horas e no período onde a loja encontrava-se fechada a noite. Os valores
encontrados na figura acima, são várias vezes superiores aos encontrados na
atmosfera urbana em grandes cidade industrializada, como por exemplo, Rio de
Janeiro, em pesquisa realizada por (Pfeiffer et all 1989), em onde encontraram
concentrações entre 0,02 – 0,07µg/m3 . Provavelmente resultam do tamanho e da
arquitetura da loja, e da falta de ventilação. Segundo a Organização Mundial de
Saúde (OMS,1976), as concentrações sugeridas são de 1µg/m3 para exposição
pública e 50µg/m3 para industrial. Essas lojas, sem dúvida, a principal fonte de
emissão de mercúrio na atmosfera da Amazônica.
34
V-CONCLUSÕES
O mercúrio (Hg) na Amazônia mesmo com a proibição da garimpagem,
ainda ocorrendo em menor escala, consequentemente a dispersão de mercúrio
no ambiente, através da queima do amalgamo e na requeima nas lojas de
comercialização de ouro no centro urbano da cidade de Porto Velho-RO.
O s efeitos do mercúrio no meio ambiente e sua conseqüências nocivas
nos organismos vivos, foi objetivo desse trabalho. Onde procurou-se monitorar
este metal para conhecer um pouco de seu comportamento no sistema aéreo,
associado a contaminação humana. No monitoramento realizado, encontrou-se
índice de concentração de mercúrio no biomonitor Tillandsia usneoides
L.L.(Bromeliaceae) de 608 vezes superior a uma área supostamente sem
influência de fonte poluídora, e os teores de Hg encontrados no ar por técnica de
borbulhamento, são várias vezes superiores aos encontrados na atmosfera urbana
em grandes cidade industrializada, em sedimento superficial próximos das lojas
de comercialização de ouro e nas urinas dos trabalhadores das lojas em questão,
que apresentaram teores 02 vezes superiores ao sugerido pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) de 50µg.L.
Os resultados apresentado pôr este trabalho, servirá de parâmetro para
futuras pesquisas relacionadas a poluição pôr mercúrio na região e também
como instigador para o aprofundamento da questão, sobre tudo, na parte da
poluição ocupacional da área circunvizinha das lojas de comercialização de
ouro.
Sugerindo com isso que o Estado de Rondônia, concentre esforços para a
criação de novos empregos a cada ano, a fim de aumentar e moderniza-lo, e
deve ser cuidadoso e sensato ao lidar com o seu meio ambiente.
35
VI-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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36
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