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AVALIAO DO SISTEMA DE COMBATE A INCNDIO POR
EXTINTORES: estudo em uma empresa de produtos de limpeza em So Lus -
MA
Edson Jansen Pedrosa de Miranda Jnior1
Orientador: Msc. Gerisval Alves Pessoa2
RESUMO
A maioria das empresas e indstrias brasileiras possuem uma poltica dereduo de custos na rea de segurana ao incndio e muita das vezes noatendem aos requisitos mnimos exigidos pela legislao. Este noatendimento a legislao colabora para um dimensionamento incorreto do
sistema de combate a incndio por extintores, consequentemente, maior aprobabilidade de um princpio de incndio se propagar e no ser extinto. Oobjetivo deste trabalho foi avaliar o sistema de combate a incndio porextintores da empresa Laboratrio Jesus Ltda (referncia no segmento deprodutos de limpeza na cidade de So Lus MA) com base na NormaRegulamentadora (NR) 23, Norma Brasileira (NBR) 12693 e nas determinaesdo Cdigo de Segurana Contra Incndio e Pnico (COSCIP) do estado doMaranho (lei n 6.546 e resoluo n 001). Atravs de visitas de campo, foifeito o levantamento fotogrfico de todos os extintores de incndio do parquefabril da empresa, nos seus respectivos setores, para analisar asconformidades e desconformidades dos mesmos em relao s exigncias dalegislao quanto sinalizao, localizao, rea mxima protegida porunidade extintora e distncia mxima a ser percorrida pelo trabalhador. Osresultados mostraram um precrio sistema de combate a incndio porextintores, em que todos os extintores analisados no atenderam s exignciasda legislao, sendo sugerido como soluo um redimensionamento destesistema.
Palavras-chave: Combate a incndio. Extintores. Empresa. Produtos delimpeza. Dimensionamento.
1 INTRODUO
A globalizao e as novas exigncias do mercado levam as
organizaes a desenvolverem e implementarem sistemas de gesto de sade
1Graduado em Engenharia Mecnica Industrial pelo Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia
do Maranho IFMA. Mestrando em Engenharia de Materiais pelo Instituto Federal de Educao,
Cincia e Tecnologia do Maranho IFMA. Aluno do Curso de Ps-Graduao em Engenharia de
Segurana do Trabalho da Faculdade Atenas Maranhense - FAMA. E-mail: [email protected]
Professor mestre em Gesto Empresarial. Responsvel pela disciplina de Metodologia da Pesquisa da
Faculdade Atenas Maranhense
FAMA. E-mail: [email protected]
mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]8/3/2019 AVALIAO DO SISTEMA DE COMBATE A INCNDIO POR EXTINTORES: estudo em uma empresa de produtos de limp
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e segurana do trabalho com foco em uma poltica prevencionista que se
desdobra em um conjunto de programas e medidas que so adotadas para
prevenir ou minimizar os acidentes de trabalho e doenas ocupacionais. No
que tange segurana e combate a incndios necessrio a conscientizao
dos empregadores em relao aos riscos de incndio e exploso envolvidos
em cada etapa do processo produtivo. Alm disso, necessrio uma
fiscalizao pelo corpo de bombeiros de todas as empresas que tm riscos
significativos.
Um dos equipamentos de combate a incndio necessrio em todo e
qualquer estabelecimento, quer seja comercial, escolar, industrial ou
residencial, o extintor de incndio. Atualmente, no Brasil, os extintores de
incndio esto presentes nos mais variados segmentos da sociedade, como
por exemplo, nos veculos automotores, condomnios, edificaes, empresas,
centros comerciais, escolas, etc.
Uma srie de normas devem ser levadas em considerao para um
dimensionamento adequado do sistema de combate a incndio por extintores.
As principais normas que devem ser levadas em considerao so: NR 23
(2001), NBR 12693 (1993) e as determinaes do COSCIP (Cdigo de
Segurana Contra Incndio e Pnico). Para o estado do Maranho, as
determinaes do COSCIP so a lei n 6.546 de 29 de dezembro de 1995 e
resoluo n 001 de 15 de setembro de 1997.
Por meio destas normas, uma srie de exigncias devem ser
atendidas para que se tenha um sistema de combate a incndio por extintores
dimensionado corretamente. As principais exigncias dizem respeito a
localizao e disposio dos extintores, distncia mxima a ser percorrida pelo
trabalhador, exerccio de alerta do funcionrio em situao de incndio, nmerode extintores e sinalizao.
De acordo com a NR 23, todos os estabelecimentos, mesmo os
dotados de chuveiros automticos, devero ser providos de extintores
portteis, a fim de combater o fogo em seu incio. Tais aparelhos devem ser
apropriados a classe do incndio a extinguir.
Com relao as empresas que trabalham com produtos de limpeza,
uma ateno especial ateno deve ser dada, pois determinadas substncias,dependendo da temperatura e da presena de uma fonte de calor externa,
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podem dar origem a uma queima atravs da combusto dos gases liberados. A
facilidade com que ocorre esta queima, depende do ponto de fulgor, ponto de
combusto e ponto de ignio do material ou substncia em questo.
Diante disso, esta pesquisa teve como objetivo avaliar o sistema de
combate a incndio por extintores da empresa Laboratrio Jesus Ltda
(referncia no segmento de produtos de limpeza na cidade de So Lus MA)
em relao as normas: NR 23, NBR 12693 e determinaes do COSCIP do
estado do Maranho (lei n 6.546 e resoluo n 001).
2 REVISO DA LITERATURA
2.1 Incndio
O fogo um elemento que foi indispensvel sobrevivncia e
desenvolvimento do homem primitivo, sendo o seu domnio uma ferramenta
determinante para que a evoluo da humanidade. Entretanto, da mesma
maneira que o fogo se tornou uma fonte geradora de energia e
desenvolvimento industrial, quando utilizado de forma errnea se transforma
em um agente causador de incndios, exploses e destruies, trazendo danostanto ao homem, quanto natureza.
O incndio um risco iminente do uso do fogo, podendo ocorrer e se
propagar em qualquer estabelecimento, atingindo grande dimenso se no for
extinto no incio. De acordo com Gonalves (2007), para a ocorrncia do
incndio ou fogo necessrio a combinao adequada de trs componentes
bsicos: combustvel, comburente e calor. A falta de qualquer um dos trs inibi
a formao ou persistncia do fogo.A evoluo do incndio, na maioria das vezes, ocorre em diversos
estgios como pode-se observar na Figura 1.
A partir da Figura 1, pode-se observar no eixo das abscissas que o
aumento o tempo gera um aumento do perigo, uma vez que quanto mais tempo
se demorar para extinguir o incndio, maior ser a sua abragncia.
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Figura 1. Os quatro estgios da evoluo de um incndio.Fonte: Seito et al. (2008).
Normalmente nos incndios, com o crescimento de suas dimenses,
a taxa de energia liberada aumenta at um pico, como ilustra a Figura 2. Este
aumento da taxa de calor liberada aumenta em funo dos seguintes fatores:
caractersticas do combustvel, calor incidente e fornecimento de ar disponvel.
Figura 2. Taxa de calor liberada em um incndio em funo do tempo.
Fonte: Madrzykowski (1996) apud Milke (2002).
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O incndio pode ser classificado em diversas classes, dependendo
do material combustvel envolvido. Pode-se observar no Quadro 1, as
principais classes de incndio e alguns exemplos.
Classe Tipo de Material Exemplo
A Materiais slidos que queimam em superfcie
e profundidade e deixam resduos.
Madeira, papel,
tecido, papelo.
B Lquidos combustveis e inflamveis,
queimam somente na superfcie e no deixam
resduos.
Gasolina, lcool,
graxa.
C Equipamentos eltricos energizados. Motores, fios.
D Materiais pirofricos metais que queimam. Magnsio, titncio.
Quadro 1.Classes do incndio e alguns exemplos.
Fonte: Oliveira et al. (2011), COSCIP (lei n 6.546), com modificaes do autor.
Para cada classe de incndio, existe um agente extintor especfico
que extingui o fogo atravs, principalmente, de um dos trs processos:
abafamento, reao qumica e resfriamento, como pode ser observado a partir
do Quadro 2.
Agente Extintor Classe de Incndio Princpio de Extino
Espuma mecnica A e B A*, R*
Dixido de carbono (CO2) A (em incio), B e C A, R
P qumico seco ABC A, B e C A, RQ*, R
P qumico seco BC B e C A, RQ
gua pressurizada A RCompostos halogenados A, B e C A, R, RQ
* A = abafamento, RQ = reao qumica e R = Resfriamento.
Quadro 2. Relao entre agente extintor, classe de incndio e princpio deextino.
Fonte: Sasaki (2007), Viola (2006), com modificaes do autor.
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2.2 Combate a Incndio por Extintores
O surgimento dos extintores de incndio se deu por volta do sculo
XV de forma bastante primitiva, sendo constitudo por uma espcie de seringa
metlica provida de um cabo de madeira, sendo que esta seringa possua
dimenses exageradas. Jacob Besson, no sculo XVI, inventou um extintor
que era constitudo por um grande recipiente de ferro montado sobre-rodas,
provido de um enorme gargalo curvo para poder penetrar mais facilmente nas
aberturas dos edifcios em chamas (SEITO et al., 2008).
O prottipo do extintor de incndio porttil, similar ao que utilizado
hoje, foi criado pelo Capito George Manby, por volta de 1816. O extintor
consistia em um recipiente cilndrico de cobre, com capacidade de 13,6 litros e
continha no seu interior uma soluo de carbonato de potssio (K2CO2)
pressurizada com ar (VIOLA, 2006).
Os extintores de incndio tm como principal funo o combate a
princpios de incndios, ou seja, quando o fogo ainda est na sua fase inicial e
os mesmos possuem agentes extintores especficos, que so as substncias
contidas no seu interior.
Segundo a apostila do estgio probatrio para oficiais do quadro de
sade do Rio de Janeiro (Corpo de bombeiros, 2008), o xito no emprego dos
aparelhos extintores de incndio depende basicamente dos seguintes fatores:
aplicao correta do agente extintor para o tipo de combustvel (slido ou
lquido) e sua composio qumica; manuteno peridica adequada e
eficiente; bombeiro-militar com conhecimentos especficos de maneabilidade
do equipamento e tcnicas de combate a incndio.
2.3 Legislao
Em todas as empresas e locais de trabalho do Brasil s devem ser
utilizados extintores que obedeam s normas brasileiras (NR 23, nomas da
ABNT) e os regulamentos tcnicos do Instituto Nacional de Metrologia,
Normalizao e Qualidade Industrial (INMETRO), garantindo assim um melhor
desempenho do equipamento e uma identificao de conformidade com asexigncias dos rgos legais.
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A NR 23, NBR 12693 e as determinaes do COSCIP do estado do
Maranho (lei n 6.546) trazem uma srie de exigncias para o sistema de
combate a incndio por extintores no estado do Maranho, por exemplo, a
localizao dos extintores, rea mxima protegida por unidade extintora,
sinalizao, distncia mxima a ser percorrida pelo trabalhador, exerccio de
combate ao fogo, entre outras. Essas normas acabam por se completar,
entretanto com relao a rea mxima protegida por unidade extintora e
distncia mxima a ser percorria pelo funcionrio, elas divergem um pouco
entre si, como mostra a Tabela 1.
Tabela 1. Comparao entre as normas NR 23 e COSCIP em relao a rea
mxima protegida por unidade extintora e distncia mxima a ser percorrida deacordo com o risco.
Fonte: NR 23 (2001), COSCIP (lei n 6.546), com modificaes do autor.
Risco NR 23 COSCIP - MA
rea Distncia rea Distncia
Pequeno 500 m2 20 m 300 m2 20 m
Mdio 250 m2 10 m 200 m2 15 m
Grande 150 m2 10 m 150 m2 10 m
Vale ressaltar, que a NBR 12693 no est na tabela acima, pois a
mesma classifica a rea mxima protegida por unidade extintora e a distncia
mxima a ser percorria pelo funcionrio de forma distinta para cada tipo de
classe de incndio. Alm disso, o conceito de unidade extintora para a NR 23 e
COSCIP est relacionado com a quantidade de extintores, e para a ABNT este
conceito est relacionado com a capacidade extintora do extintor.
Devido a essas divergncias entre as normas, cabe ao engenheiro
de segurana do trabalho, optar pela norma que seja mais exigente, para que
se tenha um sistema de combate a incndio por extintores mais eficiente e bem
dimensionado.
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3 METODOLOGIA
3.1 Tipo de pesquisa
A pesquisa se caracterizou por um estudo de caso do tipo
quantitativo e exploratrio, em que se verificou as conformidades e
desconformidades do sistema de combate a incndio por extintores da
empresa Laboratrio Jesus Ltda com as normas: NR 23, NBR 12693 e
determinaes do COSCIP do estado do Maranho (lei n 6.546 e resoluo n
001).
3.2 Universo e amostra
Foram observados nos seus respectivos setores, todos os extintores
de incndio do parque fabril da empresa Laboratrio Jesus Ltda. Pode-se
observar no Apndice A o layout do parque fabril da empresa com os extintores
de incndio.
3.3 Coleta de dados
A coleta de dados foi feita atravs do levantamento fotogrfico de
todos os extintores de incndio do parque fabril da empresa, nos seus
respectivos setores, para que se fossem relatadas as conformidades e
desconformidades dos mesmos para com as normas NR 23, NBR 12693, lei n
6.546 e resoluo n 001. Nos setores onde no havia a presena de
extintores, tambm foi avaliada a necessidade de novos extintores, conforme otipo de classe de incndio e demais caractersticas especficas de cada setor.
4 RESULTADOS E DISCUSSO
Aps uma inspeo minunciosa de todos os extintores do parque
fabril da empresa, observou-se que nenhum possua uma ficha tcnica de
inspeo, uma das exigncias da NR 23, e que todos possuam o selo deMarca de Conformidade do Instituto Nacional de Medidas (INMETRO), seja de
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vistoria ou de inspecionado, respeitadas as datas de vigncia, conforme
determinaes do COSCIP e NR 23.
A Figura 3 mostra o primeiro extintor de incndio observado no setor
de produo de desinfetante.
Figura 3. Extintor de p qumico seco BC de 6 kg, localizado no setor de
produo de desinfetante.
Foi observado, que o extintor de p qumico seco BC estava
cumprindo as exigncias da legislao no que tange a sinalizao exigida, queso: ter sua parte superior a mais de 1,60 m acima do piso (NR 23, NBR
12693), ser fixado de maneira que nenhuma de suas partes fique acima de
1,80 m (COSCIP) do piso, a rea de 1 m2 do piso localizada abaixo do extintor
ser pintada em vermelho e, em hiptese alguma, poder ser ocupada (NR 23
e COSCIP).
Outras exigncias, quanto sinalizao e localizao, tambm
foram cumpridas, quais sejam: facilidade de acesso ao extintor, fcilvisualizao, pequena probabilidade do fogo bloquear seu acesso, identificao
do tipo de extintor por meio de uma placa acima do extintor. Com relao ao
estado de conservao do extintor, os lacres, manmetros (quando o extintor
for do tipo pressurizado), bico e vlvulas de alvio (no entupidos)
encontravam-se em bom estado.
Como apresentado anteriormente na Tabela 1, em relao a rea
mxima protegida por unidade extintora e distncia mxima a ser percorridapelo funcionrio no existe uma concordncia entre as determinaes do
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COSCIP e da NR 23, consequentemente adotou-se o item de cada norma que
fosse mais exigente.
Levando-se em considerao que a empresa classificada como
sendo de risco mdio de acordo com Resoluo n 001 de 15 de setembro de
1997, uma vez que considerada uma indstria de produtos incombustveis, e
observando a Tabela 1, pode-se adotar a rea mxima protegida por unidade
extintora de 200 m2 (COSCIP) e a distncia mxima a ser percorrida pelo
trabalhador de 10 m (NR 23).
Constatou-se que este primeiro extintor atende facilmente ao setor
de produo de desinfetante, se estendendo tambm ao setor de expedio de
desinfetante (risco de incndio classe A), sala do qumico (risco de incndio
classe A e C), sala de retm (risco de incndio classe A) e laboratrio (risco de
incndio classe B e C).
As principais classes de incndio presentes neste primeiro setor
analisado (setor de produo de desinfetante) foram as classes A e C, devido a
presena de uma mquina de envase e de materiais combustveis slidos,
principalmente as embalagens plsticas de desinfetante.
Os extintores de incndio mais adequados para esta situao seria
um contendo CO2 de 6 kg e outro contendo gua de 10 L, entretanto devido a
presena de um extintor de gua no setor de expedio de desinfetante, torna-
se suficiente um extintor contendo CO2 de 6 kg, que seria o extintor mais
adequado para no danificar a mquina de envase. O extintor contendo p
qumico seco BC, extintor presente no setor, no ideal para esta situao,
pois pode causar algum dano a mquina de envase.
O segundo extintor de incndio analisado est ilustrado na Figura 4.
Pode-se observar a partir da Figura 4, a primeira desconformidade bastantevisvel no que tange ao bloqueio da rea de 1 m2 delimitada abaixo do
extintor. Em caso da ocorrncia de um princpio de incndio, qualquer
trabalhador que tente utilizar o extintor de incndio, ter bastante dificuldade,
devido a armazenagem inadequada das caixas de desinfetante.
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Figura 4. Extintor de gua de 10 L, localizado no setor de expedio de
desinfetante.
Quanto sinalizao e estado de conservao do extintor, o mesmo
cumpriu todas as exigncias legais das normas em questo. Quanto a rea
mxima protegida e distncia mxima a ser percorrida pelo trabalhador, o
extintor atende facilmente ao setor de expedio de desinfetante, se estendo
para outros setores: depsito de polietileno (risco de incndio classe A), sala de
retm, sala do qumico, laboratrio, depsito de embalagens (risco de incndio
classe A) e depsito de recolhido (risco de incndio classe A).Neste setor de expedio de desinfetante, o principal risco de
incndio presente era da classe A, devido ao estoque de caixas de papelo,
contendo embalagens de desinfetante, logo este extintor foi corretamente
selecionado.
O terceiro extintor de incndio analisado foi de p qumico seco BC,
capacidade 6 kg e estava localizado no depsito de embalagens, como pode-
se observar na Figura 5. A primeira desconformidade que pode-se observar noterceiro extintor analisado quanto sinalizao, uma vez que a rea
delimitada de 1 m2 abaixo do extintor estava em condies inadequadas.
Outros critrios quanto sinalizao foram atendidos, como: altura, placa de
identificao e fcil visualizao. importante tambm ressaltar que o extintor
encontrava-se em estado de conservao satisfatrio e em conformidade com
as normas.
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Figura 5. Extintor de p qumico seco BC de 6 kg, localizado no depsito de
embalagens.
O extintor abrange todo o setor de depsito de embalagens quanto a
rea mxima protegida e distncia mxima a ser percorrida pelo trabalhador, se
estendendo para outros setores tambm: sala de retm, sala do qumico,
laboratrio e depsito de recolhido.
A principal classe de incndio presente neste setor, como dito
anteriormente era a classe A, uma vez que neste setor encontrava-se um
acmulo elevado de embalagens plsticas, logo o extintor de p qumico secoBC, localizado neste setor, foi locado incorretamente. Entretanto, o extintor de
gua do setor de expedio de desinfetante se estende at este setor, no
havendo necessidade de um extintor especfico para o mesmo.
O quarto extintor de incndio analisado estava localizado no setor de
produo de embalagens plsticas, como est ilustrado na Figura 6.
Quanto sinalizao, observou-se uma pequena obstruo da rea
de 1 m2
abaixo do extintor e a necessidade de remarcar esta rea. Outros itenscom relao a sinalizao foram respeitados, como: fcil visualizao, placa de
identificao, altura. O estado de conservao do extintor tambm estava
adequado.
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Figura 6. Extintor de p qumico seco BC de 6 kg, localizado no setor de
produo de embalagens plsticas.
O extintor abrange todo o setor de produo de embalagens em
relao a rea mxima protegida e distncia mxima a ser percorrida pelo
trabalhador, se estendendo para outros setores, como: sala dos compressores
(risco de incndio classe C), almoxarifado (risco de incndio classe A), depsito
dos carros (risco de incndio classe A), oficina mecnica (risco de incndio
classe B e C), depsito de embalagens e depsito de recolhido.
Neste setor, as principais classes de incndio presentes eram A e C,
pois este setor continha mquinas para fabricao das embalagens e acmulo
de embalagens plsticas, que seriam posteriormente armazenadas nos carros
(de madeira) para serem envasadas, rotuladas e serigrafadas.
Consequentemente, o extintor de incndio de p qumico seco BC
presente neste setor no atende completamente aos riscos de incndio classe
A e C, podendo ainda danificar as mquinas e equipamentos. O mais correto
seria um extintor de gua de 10 L e um de CO2 de 6 kg para este setor deproduo, que se estenderia tambm para os demais setores citados
anteriormente.
O quinto extintor de incndio estava ausente do almoxarifado no
momento da inspeo, como mostra a figura abaixo.
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Figura 7. Ausncia do extintor de p qumico seco BC de 6 kg no almoxarifado.
De acordo com a direo da empresa, o extintor havia sido retirado
para recarregar. O procedimento correto, seria a substituio temporria por
um outro extintor de mesmo agente extintor e mesma capacidade. Em relao
a sinalizao, verificou-se a necessidade de remarcar a rea delimitada abaixo
do extintor. Outros itens com relao a sinalizao foram respeitados. O estado
de conservao do extintor no pde ser avaliado.
A principal classe de incndio presente neste setor, como dito
anteriormente a classe A, uma vez que neste setor encontrava-se umacmulo de polietileno (matria-prima para a fabricao das embalagens
plsticas), assim como no depsito de polietileno citado anteriormente, logo o
extintor de p qumico seco BC, localizado neste setor, foi locado
incorretamente. O extintor de gua de 10 L que deveria ser colacado no setor
de produo de embalagens j atenderia tambm a este setor, no havendo
necessidade de um extintor especfico para o mesmo.
O sexto extintor de incndio estava localizado no setor de depsitosdos carros, como mostra a Figura 8. Observa-se por meio desta figura, que a
rea abaixo do extintor est totalmente obstruda, inviabilizando a utilizao do
extintor. Em relao a sinalizao e estado de conservao, o extintor atende a
todos os requisitos das normas.
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Figura 8. Extintor de p qumico seco BC de 6 kg, localizado no setor de
depsito de carros.
A principal classe de incndio presente neste setor a classe A, uma
vez que neste setor encontra-se um acmulo de embalagens plsticas e carros
de madeira, logo o extintor de CO2 foi locado incorretamente. O extintor de
gua de 10 L que deveria ser locado no setor de produo de embalagens j
atenderia tambm a este setor, no havendo necessidade de um extintor
especfico para o mesmo.
O stimo extintor de incndio estava localizado no setor de
rotulagem, como mostra a Figura 9.
Figura 9. Extintor de p qumico seco BC de 6 kg, localizado no setor de
rotulagem.
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Observa-se na Figura 9, inmeros erros quanto a sinalizao,
primeiramente a altura do extintor est abaixo da exigida pelas normas, alm
disso, o extintor no possui placa de identificao e sua rea delimitada inferior
de 1m2 est obstruda, dificultanto o acesso ao extintor.
O extintor tambm no encontrava-se bem localizado, pois estava
atrs de uma mquina de rotulagem das embalagens plsticas. As principais
classes de incndio presentes neste setor so as classes A e C, uma vez que
neste setor encontrava-se um acmulo de embalagens plsticas, rtulos,
alguns carros de madeira e duas mquinas de rotulagem, logo o extintor de p
qumico seco BC foi locado incorretamente. O extintor de gua de 10 L e de
CO2 que deveriam ser colacado no setor de produo de embalagens j
atenderiam tambm a este setor, no havendo necessidade de um extintor
especfico.
4 CONCLUSO
No Brasil, cada estado possui sua prpria legislao referente ao
dimensionamento de sistema de combate a incndio por extintores e na
maioria das vezes, essa legislao entra em conflito com a NR 23 e com as
normas da ABNT. Consequentemente, essas divergncias acabam por
dificultar a elaborao de um projeto de combate a incndio por extintores
adequado por parte das empresas.
Alm disso, a falta de fiscalizao do governo e de interesse das
empresas em investir na rea de segurana do trabalho, mais especificamente
na rea de proteo contra incndios, colaboram para que se tenha cada vez
mais casos de incndios e exploses.Atravs dos resultados obtidos neste estudo de caso, pode-se
afirmar que a empresa em questo, possui um sistema defasado de combate a
incndio por extintores, desrespeitando algumas das exigncias das normas
NR 23, NBR 12693 e determinaes do COSCIP do estado do Maranho (lei n
6.546 e resoluo n 001), principalmente no que tange a sinalizao e
localizao. Sendo que todos os extintores analisados no possuam ficha
tcnica de inspeo e no eram fiscalizados periodicamente.
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Aps a anlise dos sete extintores, pode-se concluir que trs
necessitam ter suas reas de 1 m2, abaixo de cada extintor, remarcadas, um
no estava presente durante a inspeo, quatro estavam com suas reas
bloqueadas e um no possua placa de identificao e estava abaixo da altura
permitida.
Alm destas desconformidades, a maioria dos extintores no estava
bem distribuda ao longo da empresa. A partir destes resultados negativos,
percebeu-se a necessidade de elaborar um novo projeto de combate a incndio
por extintores, sendo sugerido um redimensionamento conforme o layout do
Apndice B.
.
ABSTRACT
The majority of the brasilian companies and industries have a reduction politicof costs in fire security area and much of the times dont attend to the minimumrequirements required by legislation. This nonattendance to legislationcontribute for a incorrect dimensionation of the fire combat system withextinguisheres, consequently, bigger the probability of a principle of firepropagates and doesnt be extinct. The objective of this work was evaluate thefire combat system with extinguishers of the Laboratrio Jesus Ltda (referencein the segment of cleaning products in the city of So Lus MA) based inRegulatory Norm (NR) 23, Brasilian Norm (NBR) 12693 and in determinationsof the Safety Code Against Fire and Panic (COSCIP) at Maranho state (law n6.546 and resolution n 001). Through field visits, a photographic survey of allfire extinguishers of the park manufacter of the company was made, in itsrespective sectors, to analyze the conformities and disconformities of the fireextinguishers in relation to the requirements of the legislation as for thesignalling, localization, maximum area protected by extintora unit and maximumdistance to be covered by the worker. The results had shown a precarioussystem of combat the fire with extinguishers, where all the extinguishersanalyzed had not attended to the requirements of the legislation, being
suggested as solution a redimensionation of this system.
Keywords: Fire combat. Extinguisheres. Company. Cleaning products.Dimensionation.
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APNDICE
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Apndice A. Layout do parque fabril da empresa com os extintores de
incndio.
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Legenda:
1 = Extintor de CO2 de 6 kg
2 = Extintor de gua de 10 L
3 = Extintor de p qumico
BC de 6 kg
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Apndice B. Layout do parque fabril da empresa com o sistema de combate a
incndios por extintores redimensionado.
Legenda:
1 = Extintor de CO2 de 6 kg
2 = Extintor de gua de 10 L
3 = Extintor de p qumico BC
de 6 kg
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