Cássia Teresinha Lopes de Alcântara Gil
AVALIAÇÃO DA PRECISÃO NA LOCALIZAÇÃO DOS
PONTOS CEFALOMÉTRICOS DA ANÁLISE
FRONTAL DE RICKETTS
Oissertaçao apresentada à Faculdade de Odontologia, Campus de São José dos Campos, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", como parte dos requisitos para obtenção do título de MESTRE, pelo Curso de PósGraduação em ODONTOLOGIA, Área de Concentração em Radiologia Odontológica
Orientador: Prof. Dr. Edmundo Médici Filho
São José dos Campos
1995
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Apresentação gráfica e normalização de acordo com:
RIBEIRO, J. F. et ai. Roteiro para redação de monografias, trabalhos de
cursos. dissertações e teses. São José dos Campos. 1994.
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GIL, C. T. L. A. Avaliaç~o da precis~o na localização dos pontos
cefalométricos frontais da análise de Ricketts. São José dos Campos,
1995. 72p. Dissertação (Mestrado em Odontologia) - Faculdade de
Odontologia, Campus de São José dos Campos. Universidade Estadual
Paulista "Júlio de Mesquita Filho".
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Agradecimentos especiais
Ao FÁBIO, pelo amor, estímulo e compreensão incondicionais.
À MINHA FAMÍLIA, por uma vida inteira de amor e confiança.
Aos COLEGAS e PROFESSORES do curso de Especialização em Ortodontía de Santos, pela compreensão, amizade e apoio, sempre.
Ao amigo LUÍZ ROBERTO CAPELLA, pelo incentivo, ajuda e confiança.
À TEITA, pela amizade e ajuda tão importantes.
Agradecimentos
Ao Prof. Adjunto Edmundo Médici Filho, pela orientação, amizade e paciência, fundamentais à realização deste trabalho.
Ao Prof. Adjunto Luiz César de Moraes, pelo incentivo, apoio e bom humor sempre presentes.
Ao Prof. Adjunto Ary Dias Mendes. pela elaboração da análise estatística deste trabalho.
Aos colegas e professores dos cursos de Especialização em Ortodontia de Santos, Presidente Prudente e Alienas, pela desinteressada e importante ajuda, participando das avaliações deste trabalho.
A D. Leila Novaes, pela boa vontade e eficiência na orientação das normas técnicas para redação deste trabalho.
A Edna, pela indispensável ajuda na confecção do material para apresentação deste trabalho.
A Profa. Assistente Maria Aparecida e às funcionárias da Disciplina de Radiologia da Faculdade de São José dos Campos, pelos inúmeros auxílios e amizade.
•
Aos colegas e Professores de mestrado da Disciplina de Radiologia, pelos ensinamentos e companheirismo.
Aos colegas companheiros de viagem, que tornaram esta jornada mais !eve.
Aos professores, colegas e funcionários da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos. pela acolhida que recebi.
À todos aqueles que, direta e indiretamente, contribuíram para a elaboração deste trabalho,
MUITO OBRIGADA
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................... 6
2 REVISÃO DA LITERATURA ................................................... 7
3 PROPOSIÇÃO...................................................................... 19
4 MATERIAL E MÉTODO........................................................ 20
4.1 Material................................................................................ 20
4.2 Método................................................................................. 20
4.3 Análise Estatística ............................................................... 32
5 RESULTADOS ..................................................................... 35
6 DISCUSSAO .......................................................................... 48
6.1 Análise dos Pontos Cefalométricos................................. 51
7 CONCLUSOES..................................................................... 63
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................... 64
RESUMO............................................................................... 71
ABSTRACT ........................................................................... 72
1 INTRODUÇÃO
Este estudo tem origem na constatação de que a telerradiografia frontal
nos fornece informações importantes sobre as medidas transversais da
face, mas vem se tornando uma radiografia pouco utilizada.
A revisão da literatura indica, conforme pode ser verificado a seguir, que
os autores, de um modo geral, concordam quanto à importância, utilidade e dificuldades do emprego da cefalometria frontal na análise facial. Há
acordo também quanto à dificuldade na localização dos pontos
cefalométricos para a construção de um cefalograma confiável.
Apesar do número crescente de trabalhos na área, não há indicações
precisas nos estudos sobre quais pontos apresentam maior ou menor
dificuldade de localização e qual é o grau de dificuldade encontrado.
Avanços técnicos têm contribuído para mostrar a importância da
cefalometria frontal, apontando a necessidade de se manterem as
investigações, entre outras, sobre os ganhos e perdas no emprego de
diferentes materiais para a construção dos cefalogramas.
Assim, propusemo-nos a desenvolver um trabalho que pudesse avaliar os erros e acertos na identificação dos pontos cefalométricos frontais mais
utilizados, testando também três diferentes materiais usados para a
marcação desses pontos.
2 REVISÃO DA LITERATURA
Na história dos Raios X e suas aplicações, observa-se que o tratamento
dado à cefalometria desenvolveu-se a partir da publicação, em 1931, do
trabalho de Broadbent3, considerado o pai da cefalometria. Nesse artigo,
o autor descreve a técnica da telerradiografia lateral e frontal, utilizando
se de um cefalostato e do plano de Frankfurt como plano de referência
para o posicionamento do paciente na tomada radiográfica.
Brodie•, 1949, fez um histórico da cefalometria lateral e frontal e ressalta
a necessidade crescente de seu conhecimento e aplicação na
odontologia, especialmente na ortodontia e cirurgia.
Na década de 60, vários estudos chamaram a atenção para diversos
aspectos da cefalometria frontal: sua aplicação; sua importância para a
avaliação tridimensional; as dificuldades de interpretação; a dificuldade
para localização dos pontos cefalométricos e contribuições técnicas.
Yen49 , 1960, ao discorrer sobre a identificação dos pontos cefalométricos,
salientou: "Detalhes anatómicos nas radiografias são freqüentemente
obscurecidos pela sobreposição de imagens de ossos individuais e pelas
diferenças de suas espessuras e densidade, o que faz ser difícil a
interpretação da radiografia do crânio. Ainda no mesmo trabalho, observa
que "a imagem radiográfica produzida por crânio seco é mais nítida do
que a obtida de uma cabeça de uma pessoa viva, facilitando então a
identificação das características anatômicas".
Ricketts34, 1961, observou que "simplesmente chamar a dimensão
'grande' ou 'pequena' ou 'boa' ou 'ruim' não significa a mesma coisa para
todo mundo. A fim de ser criterioso e descritivo, é mais proveitoso
nota: todos os trechos entre aspas referem-se à traduções livres dos trechos originais.
8
expressar as dimensões em função de ângulos ou mensurações lineares. Desse modo, o propósito da análise é objetivar e abranger os quatro 'Cs'
da cefalometria que são: (1) caracterizar ou descrever as condições
existentes, (2} comparar um indivíduo com outro ou o mesmo indivíduo
com ele mesmo em tempos diferentes, (3) classificar certas descrições
em várias categorias e (4) comunicar todos esses aspectos ao clínico, ao pesquisador ou aos pais".
Em estudo anatômico detalhado da cefalometria posteroanterior, Sather4o. 1963, afirma que "o roentgenograma posteroanterior da cabeça
é difícil de interpretar devido a muitas estruturas sobrepostas e também pela distorção produzida pela variação da distância filme-objeto das
estruturas internas da cabeça".
Mulick24, 1965, afirma que "o estudo da assimetria facial em ser humano
é impossível sem o emprego da radiografia frontal" e que "não há outro meio para o clínico observar o crescimento e desenvolvimento em largura
da face humana". Observa ainda que " poucos estudos têm sido feitos
utilizando a radiografia frontal. Devido à falta de material de estudo
comparativo nesta projeção, o ortodontista tende a eliminar a vista frontal
de sua avaliação cefalométrica do desenvolvimento da face humana". Ainda nesse trabalho, apresenta as aplicações clínicas da radiografia
frontal na avaliação da presença de: desvio da linha mediana, distúrbios
no plano oclusal, assimetria facial, desvios funcionais da mandíbula,
avaliação do tipo mortológico, avaliação dental, deformidades congénitas
(fenda palatina completa unilateral, disostose crânio facial, hemiatrofia da
mandíbula ou maxila).
No mesmo ano, em outro trabalho, Mulick25, 1965, publica ainda estudo
sobre assimetria fadai onde ressalta que " ortodontistas são
freqüentemente chamados a tratar dentições em que há diferenças constatadas, tanto dentais, esqueletais, ou dentoesqueletais, entre os
lados direito e esquerdo do paciente. Tais diferenças direita-esquerda existem em todos os graus de severidade. Algumas podem causar
interferências com a função normal das estruturas dentais e apresentar
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interferências com a função normal das estruturas dentais e apresentar
problemas estéticos. Outras são tão suaves que não podem ser
verificadas por observações grosseiras. O complexo craniofacial 'ideal'
teria metades direita e esquerda, cada uma consistindo de estruturas
idênticas. No entanto, sabemos pela experiência clínica, que diferenças
direita-esquerda ou assimetrias são comuns e freqüentemente se tornam
matéria de preocupação na terapia ortodôntica".
Baseando-se em estudo sobre a reprodutibilidade das mensurações da
cefalometria posteroanterior, Richardson32, 1967, constatou: "Uma grande
variedade de pontos cefalométricos tem sido recomendada por diferentes
autores, de tempos em tempos, por várias razões, mas pouca atenção
tem sido dada ao fato que alguns pontos são mais fáceis de serem
localizados nas radiografias do que outros, e por esta razão, podem ser
mais acuradamente reproduzidos quando as mensurações são feitas em
épocas diferentes, por diferentes pessoas".
Para a investigação da relação entre a oclusão dos dentes e a presença
de assimetria da mandíbula ou da base anterior do crânio no plano frontal,
Letzer & Kronmam21, 1967, utilizaram o cefalograma posteroanterior e
não encontraram evidência estatística que comprovasse a relação entre a
oclusão dental e a assimetria ou simetria da face.
Em seu trabalho a respeito da interpretação da radiografia
posteroanterior, Marshall22, 1969, explica: " As dimensões para a
avaliação do crescimento são altura, largura e comprimento. A radiografia
revela apenas duas das três dimensões, dependendo da projeção usada.
Para entender radiograficamente um objeto tridimensional, devemos
pensar nestes planos. Na radiografia lateral, visualizamos apenas altura e
comprimento; na radiografia posteroanterior, somente altura e largura; na
radiografia basal, somente comprimento e largura. A fim de obter um
conceito tridimensional do crânio, a projeção posteroanterior deve ser
usada associada à projeção lateral".
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A quantidade de trabalhos sobre cefalometria frontal aumenta na década
de 70, enfatizando os aspectos técnicos de sua utilização e mostrando as
contribuições que ela pode trazer para a análise facial.
Ao escrever sobre a importância e objetivos da análise cefalométríca para
o estudo e acompanhamento do crescimento e tratamento do paciente,
Ricketts3'. 1970, afirma que a cefalometria frontal deve ser empregada
para todas as avaliações de larguras faciais.
Em seu trabalho sobre a confiabilidade das medidas feitas em
radiografias da cabeça, Baumrind & Frantz2, 1971, classificaram os erros
que ocorrem ao se fazer essas medidas em: "erros de projeção",
resultados do fato de que a radiografia da cabeça é uma imagem
bidimensional de um objeto tridimensional; e "erros de identificação". que
são aqueles envolvidos na aparente facilidade do processo de
identificação dos pontos anatômicos especificas.
Diante da necessidade de facilitar e ampliar a utilização da cefalometria,
Ricketts et al.39, 1972, apresentam detalhadamente a análise
cefalométrica computadorizada e nesse mesmo ano, ainda enfatizando a
importância do uso da tecnologia da computação , Ricketts37 , 1972,
ressalta a importância do uso da cefalometria lateral e frontal e esclarece
que "o uso das vinte medidas obtidas pela análise frontal não permite a
completa reconstrução da face, mas as características transversais dos
arcos dentários e do esqueleto facial são adicionados aos dados da
análise lateral e considerações tridimensionais são então possíveis".
Em seu trabalho sobre a reprodutibilidade dos pontos cefalométricos e
erros de mensuração das distâncias cefalométricas craniais, Midtgard et
ai. 23, 1974, afirmaram que "o desenvolvimento da cefalometria tem criado
a necessidade de exatidão na localização de um número crescente de
pontos nos roentgenogramas. Esses pontos podem ser usados para
mensuraçôes ou para a superposição de radiografias. É sabido que
diferenças podem ocorrer na localização dos pontos cefalométricos. Comparando a variação em um número de mensurações de diferentes
11
pontos, ê possível concluir quais pontos são mais reproduzíveis. Alguns
desses pontos, usados clinicamente, são localizados nas bordas do
crânio e são comparativamente mais fáceis de localizar devido à maior
clareza no contraste de suas imagens. As estruturas internas do crânio
são, por outro lado, freqüentemente mais confundidas, devido à somatória de sobreposição de detalhes anatômicos".
Ao comparar o uso das linhas de referência nas diferentes técnicas
cefalométricas, Ricketts 35, 1975, defende o uso do plano horizontal de
Frankfurt para o posicionamento do paciente na tomada radiográfica, e
também para ser usado como linha de referência na análise
cefalometrica. por ser a única linha que pode ser visualizada, tanto na
cefalometria lateral, quanto na frontal, onde o plano horizontal de
Frankfurt corta os arcos zigomáticos. permitindo relacioná-las.
Utilizando a cefalometria frontal em seu estudo sobre assimetria facial
humana, Vig & Hewítt 46, 1975, concluíram que a região da base do
crânio e a região maxilar apresentaram assimetria, com o lado esquerdo
sendo o maior, e que as regiões mandibular e dentoalveolar foram as que
apresentaram maior grau de assimetria.
Em complementação ao citado artigo publicado no ano anterior,
Ricketts3s, 1976, escreve sobre a associação da cefalometria frontal às
cefalometrias lateral e basal, para analisar o crescimento das cavidades
orbital, nasal e bucal, fazendo sobreposições dos cefalogramas em
diferentes idades, utilizando sempre o plano de Frankfurt como referência.
Christie •, 1977, baseando-se nas cefalometrias lateral e frontal de
Ricketts, fez estudo sobre a relação entre o padrão facial e a presença
ou não de uma boa oclusão dental e concluiu que indivíduos braquifaciais
têm uma maior tendência a apresentar boa oclusão do que os
dolicofacíals. Ao avaliar as diferenças médias na dimensão frontal entre
os indivíduos do sexo feminino e masculino, concluiu que os do sexo
masculino apresentam a largura maxilar quatro milímetros mais ampla; a
12
cavidade nasal um milímetro mais larga e a mandíbula também cinco
milímetros maior.
Em mais uma investigação a respeito de assimetria facial, Shah &
Joshi42. 1978, com o auxílio da cefalometria frontal, avaliaram a
assimetria facial encontrada nas faces harmônicas usando pacientes com
oclusão normal, aparentemente sem assimetrias, sem problemas
respiratórios ou tratamento ortodôntico prévio, e concluíram que faces
bonitas e simétricas apresentam assimetria. Isto sugere que o tecido mole da face tenta minimizar a assimetria interna. Outra conclusão foi que a
assimetria facial pode ser encontrada mesmo quando os dentes estão
com excelente contato oclusal, com intercuspidação máxima e com a
linha mediana dentaria superior e inferior coincidentes.
Por meio de cefalogramas frontais e laterais, Williamson & Simmons 48,
1979, estudaram a correlação entre a assimetria mandibular e dores nos
músculos mastigatórios e não encontraram correlação estatística
significante, sendo que na amostra usada, a assimetria pareceu ser a
regra e não a exceção. Afirmaram ainda que "o clínico precisa estar
ciente da assimetria nos três planos do espaço para poder planejar o seu
tratamento oclusal".
A importância do uso da cefalometria frontal é destacada nos trabalhos
realizados durante a década de 80, relatando suas diversas aplicações e
conseqüentes contribuições, embora continuem mencionando a
dificuldade em localizar ou identificar os pontos cefalométricos.
Empregando cefalometrias frontais, laterais e basais, Cook 1o, 1980, fez
um estudo sobre assimetria do esqueleto crânio-facial e concluiu: o
esqueleto crânio-facial normal pode demonstrar vários graus de
assimetria, desde uma assimetria subclínica, até assimetrias severas,
originadas por desenvolvimento traumático ou patológico. Em alguns
casos, parece haver um desenvolvimento compensatório das estruturas
dento-alveolares, que reduz o efeito da assimetria na oclusão dental. O
autor ressalta ainda que "como a assimetria é uma variação na morfologia
13
entre o lado direito e esquerdo, a vista frontal parece ser a mais
proveitosa para medir a assimetria da face e do crânio".
Heath "· 1980, afirmou: "Apesar de suas limitações, a cefalometria
radiográfica é um método importante para registrar o crescimento,
mortologia e postura craniofacial. Erros casuais surgem na identificação e
mensuração dos pontos anatômicos e das referências localizadas na
radiografia. Algumas são notoriamente difíceis de identificar, e a medida
obtida inevitavelmente tem uma precisão !imitada. As mensurações de
radiografias são tediosas e propensas ao erro".
Em seu estudo sobre assimetria, Chebib & Chamma a, 1981 concluíram:
"não há assimetria significante na região da órbita e a regíão nasal inferior
apresenta o maior grau de assimetria entre as estruturas craniofaciafs".
Constataram ainda: "A assimetria do esqueleto craniofac!al é mais
prontamente diagnosticada pela vista frontal do que pela vista lateral"
Segundo Ricketts 3B, 1981, "falta de interesse e experiência, combinada à
dificuldade em conseguir orientação satisfatória no posicionamento da
cabeça do paciente no momento da exposição, limitaram o progresso na
análise frontal. Outro fator foi a falta de pontos de referência aceitáveis e
aquisição de dados clínicos suficientes de pacientes normais e tratados
para permitir estabelecer o padrão para o uso clínico atual. Novos
horizontes desenvolveram a necessidade de critérios ortodônticos em
termos de avaliação transversal. O desenvolvimento da expansão palatal
e ortopedia maxilar, a demonstração do dispositivo de posicionamento
mandibular, como o aparelho de Frãnkel, as mudanças características
que ocorrem na dimensão frontal com a tração extra-ora!, e o despertar
para a consciência da relação entre respiração e crescimento, ampliaram
esta necessidade". Nesse mesmo trabalho, Ricketts, entre outros
assuntos, descreve e discute cada medida feita em sua análise cefalométrica frontal: largura nasal, largura mandibular. largura maxilar,
simetria (linha mediana maxilar e mandibular), largura intermolar, largura intercanina, simetria dental e relação entre molares superior e inferior.
14
A importância da radiografia frontal na analise da probabilidade da
impactação dos caninos inferiores é demonstrada por Williams 47, 1981, em artigo em que destaca a seriedade e freqüência dessa ocorrência,
para justificar diagnóstico e Intervenção precoces.
Em trabalho sobre disjunção palatina, Proietti & Fenicch1a 31, 1982,
chamam a atenção para o cuidado que deve ser tomado antes dessa
intervenção e defendem um estudo atento da Imagem radiográfica
póstero-anterior do crânio e de uma análise cefalométrica baseada em
múltiplos aspectos. Salientam ainda: "O estudo da telerradiografia
póstero-anterlor do crânio permite: a análise de eventuais assimetrias
faciais: o diagnóstico da origem da mordida cruzada; relacionar
esqueleticamente o maxilar superior com a mandíbula e os analisa em
relação à dimensão vertical".
Com o uso de tomadas frontais. laterais e basais, Grayson et ai. 13, 1983,
apresentam uma análise tridimensional do crânio para a avaliação da
assimetria e concluem: "Na verdade, mais informação é necessária do
que a que provém do clássico cefalograma em vista lateral". Ainda no
mesmo trabalho, ressaltam que "o cefalograma frontal e o basal se
tornaram vitais para o entendimento do cefalograma lateral".
Em pesquisa sobre as características das estruturas craniofaciais dos
pais de crianças com fenda labial e/ou palatal Nakasima & lchinose 26,
1983, utilizaram as cefalometrias laterais e frontais e chegaram à
conclusão que várias medidas encontradas nesses pais, comparadas ao
grupo de controle. são estatisticamente diferentes, tais como aumento da
largura nasal, largura interorbital, largura alveolar, entre outras. Várias
medidas alteradas foram constatadas, mas as que se mostraram
estatisticamente significantes foram aquelas encontradas na cefalometria
frontal.
Para ampliar o conhecimento sobre a forma de erupção dos dentes em
pacientes portadores de fenda palatal, Ogidan & Subtelny 27, 1983,
15
investigaram a erupção do incisivo central superior próximo â fenda por
meio das radiografias lateral e frontaL
Em trabalho sobre a análise do erro em mensurações ortodônticas,
Houston 17, 1983, enfatiza que os erros aleatórios são reduzidos se as
mensurações forem repetidas e a média entre essas medidas for obtida.
O autor esclarece ainda que " o traçado é que deverá ser repetido e não
as medidas do traçado, porque o maior erro ocorre na identificação do
ponto e não nas mensurações".
Por me1o de estudo fotocefalométrico lateral e frontal, Phillips et al.3o,
1984, concluíram que a diferença dos fatores de ampliação entre imagens
radiográficas e fotográficas é de tal magnitude, que a superposição
dessas duas imagens não é viável para comparação quantitativa da
anatomia do tecido mole e tecido duro.
Para fazer a avaliação da impactação do terceiro molar inferior, Svendsen
et a!.44, 1985, preconizam o uso da cefalometria frontal ao invés do uso
da cefalometria lateral que, segundo os autores, pode contribuir para uma
predição ainda mais precoce e precisa.
A confiabilidade na marcação dos pontos na cefalometria frontal parece,
de acordo com EI-Mangoury et aL 12, 1987, depender dos seguintes
fatores: "qualidade do filme radiográfico, cuidado no posicionamento do
paciente no cefalostato, conhecimento anatômico do ortodontista,
complexidade anatômica da região, acuidade e precisão do ortodontista
em identificar um ponto, e acuidade e precisão do ortodontista em marcar
um ponto".
Ao propor o uso de uma nova anáhse cefalométrica frontal, Grummons &
Van de Coppello "· 1987, obse!Vam: "A cefalometria lateral tem sido
muito utilizada pelos ortodontistas para obtenção de dados esqueletais e
dentoalveolares de seus pacientes. No entanto, as vistas frontal e basal,
que contêm valiosas informações para o diagnóstico e planejamento do
tratamento, são pouco usadas. Várias medidas esqueletais e dentais e
16
assimetrias que não estão disponíveis no cefalograma lateral podem ser
quantificadas na radiografia frontal". E concluem que "a identificação das
assimetrias transversais e esqueletais pela radiografia frontal podem ser
mtegradas às radiografias oclusal e basal para planejar uma abordagem
multidisciplinar para o tratamento do adulto".
Um método simplificado de avaliação cefalométrica frontal para a
comparação entre as porções direita e esquerda da face, para o
planejamento de cirurgias maxila-faciais, é proposto por Cascone et ai. 6
1987, que defendem a associação das cefalometrias lateral e frontal para
uma visão tridimensional da face, idéia que também é compartilhada por
Grayson et al.14, 1988, Estes últimos autores observaram que
"recentemente os ortodontistas têm se tornado ortopedistas crânio-facíais,
tratando de anomalias craniofaciaís mais severas, freqüentemente
assimétricas e as limitações do cefalograma lateral têm se tornado
óbvias".
Owen III 2s, 1988, investigou as mudanças faciais que ocorrem na
dimensão transversal com o uso do aparelho de Frãnkel, vistas pela
cefalometria frontal, e salientou: "A relação anatômica e mudanças pelo
tratamento na dimensão sagital têm sido estudadas extensivamente, mas
a face é uma estrutura tridimensional , e a largura pode freqüentemente
ser o fator mais crítico no desenvolvimento sagital".
Entre outros exames, Athanasiou et a1.1, 1989, utilizaram a cefalometria
frontal e lateral para avaliar as funções estomatognáticas em pacientes
com indicação cirúrgica para correção de deformidades dentofaciais.
Nos trabalhos recentes, realizados a partir de 1990, mantém-se o
destaque à aplicação da cefalometria frontal, como se pode verificar
abaixo.
Em estudo longitudinal do desenvolvimento transversal da mandíbula
humana com o uso de implantes, Korn & Baumrind 18, 1990, utilizaram a
17
cefalometria lateral, frontal e a quarenta e cinco graus, tendo o plano de
Frankfurt como plano de orientação para as três tomadas.
Para quantificar a assimetria subclínica em faces clinicamente simétricas
e excepcionalmente bem balanceadas, Peck et al.29, 1991, utilizaram em
suas investigações a cefalometria frontal e verificaram que todas as faces
examinadas apresentavam assimetria mensurável. Observaram também
que muitos pontos na cefalometria frontal são difíceis ou impossíveis de
ser identificados acuradamente.
Empregando a associação das cefalometrias lateral e frontal, Semb 4 \
1991, avaliou problemas no crescimento facíal de pacientes portadores de
fenda palatal.
Ao investigar, pela cefalometria póstero-anterior, adultos com mordida
aberta, comparando-os com grupo de indivíduos normais, Toutountzakis
& Haralabakis 45, 1991, encontraram um aumento significativo nas
medidas da altura nasal e altura facial inferior, tendo sido esta alteração
verificada em indivíduos de ambos os sexos. Já a relação entre a largura
nasal e altura facial inferior, assim como a relação entre a largura e altura
nasal, apresentaram-se menores nos indivíduos de sexo feminino,
quando comparados ao grupo controle.
Langlade19, 1993, descreve detalhadamente a identificação das
estruturas, dos pontos e dos planos nas telerradiografias lateral, frontal e
basal e enfatiza: "Nos dias de hoje, todo ortodontista que exclui o uso
sistemático da cefalometria no seu trabalho cotidiano, é um piloto de
avião sem mapa, sem rádio e sem radar. O que supõe, portanto, uma
navegação visual, sem previsão de tempo e de condições de vôo; ou
seja, as manobras de um especialista desse tipo são aleatórias e
incontroláveis. Aqueles que acham a cefalometria uma prática
dispensável, não são dignos de serem chamados de científicos. Eles são
e continuarão sendo os bricoleiros da ortodontia e nada mais" (sic.). As
análises cefalométricas lateral e frontal, preconizadas por Langlade nesse
livro, são as análises de Ricketts.
18
Langlade 2o, 1993, em seu livro "Diagnóstico Ortodôntico", destaca que "a
telerradiografia é um instrumento incomparável de estudo, de diagnóstico, de plano de tratamento e de evolução do crescimento, com ou sem
tratamento. Ela é utilizada, principalmente, em ortodontia, mas também
em cirurgia maxilofacial, em odontopediatria, em prótese ou em cirurgia
plastica. E começa a ser empregada pelos ortofonistas". O autor destaca
a importância da cefalometria frontal para a análise estrutural da face
onde, segundo ele, devemos observar: a forma geral da face (dolicofacial,
mesofacial ou braquifac1al); a importância das diferentes regiões da face
(superior, média e inferior); a largura blzigomática; a forma e a altura da
mandíbula; a largura bigoníaca; as fossas nasais e os malares.
Ricketts, ao falar da importância da análise da radiografia frontal, em
Curso 11, 1994, destacou que, depois da avaliação da assimetria facial, a
ané.lise da cavidade nasal é a principal observação que devemos fazer e
que a largura nasal corresponde, segundo o autor, a 22 mm aos 3 anos de idade e aumenta 0.5 mm por ano.
Por meio da telerradiografia frontal, Cavalcant '· 1994, estudou o dimorfismo sexual em indivíduos !eucodermas e descendentes de
Japoneses e verificou que houve diferença estatisticamente significante
entre os dois sexos, nos grupos étnicos estudados.
Brunelli '· 1995, em estudo sobre a importância do plano horizontal de Frankfurt em telerradiografias póstero-anteriores para análise
cefalométrica - padrão Ricketts - concluiu que "pequenas alterações no posicionamento do paciente podem conduzir a resultados cefalométricos erróneos, e conseqüentemente, levar a diagnóstico e plano de tratamento
inadequados".
3 PROPOSIÇÃO
3.1 - Avaliar a confiabilidade na marcação dos pontos cefalométricos
utilizados na análise frontal de Ricketts.
3.2 - Avaliar se existe ou não diferença estatisticamente significante na
marcação destes pontos cefalométrícos quando são utilizados os
seguintes materiais: papel ultra-phan, papel vegetal e filme de poliéster
transparente (transparência).
4 MATERIAL E MÉTODO
4.1 Material
O material utilizado para a realização deste trabalho constou de:
108 cefalogramas frontais de um mesmo crânio, com os pontos
cefalométricos utilizados na cefalometria de Ricketts. marcados por 36
alunos em fase de finalização de curso de especialização em ortodontia,
sendo esses cefalogramas feitos em três materiais diferentes: papel ultra
phan, papel vegetal e filme de poliéster transparente, que neste texto será
chamado de transparência e classificado como papel, para facilitar as
explanações.
4.2 Método
A metodologia deste trabalho foi desenvolvida da seguinte forma:
Vinte telerradiografias frontais de um crânio seco, obtidas na mesma
posição, foram distribuídas, em períodos diferentes, a trinta e seis
estudantes em fase final de cursos de especialização em ortodontia. que
utilizam a análise de Ricketts para a avaliação e diagnóstico. Cada
estudante fez três traçados cefalométricos, um em cada tipo de papel, e
marcou os 22 pontos predeterminados.
Após a sua devolução, esses traçados foram avaliados utilizando-se um
gabarito para verificar erros e acertos na marcação dos pontos cefalométricos. Esse gabarito foi construído sobre uma radiografia obtida
do mesmo crânio e na mesma posição das radiografias anteriores, tendo
21
como diferença os pontos cefalométricos previamente marcados com
chumbo, diretamente no crânio, antes da tomada radiográfica.
As radiografias frontais foram obtidas com o crânio fixado ao cefalostato
com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal, as estruturas da
face voltadas para o chassi e a incidência dos raios X com ângulo de zero
grau (póstero-anterior). As 20 radiografias foram obtidas mantendo-se o
crânio na mesma posição, trocando-se apenas o chassi, sendo, portanto,
praticamente iguais. A fixação do crânio ao cefalostato foi feita com o
auxílio das olivas e de fitas adesivas. (Figura 1)
FIGURA 1 -Crânio fixado ao cefalostato
22
O crânio teve sua posição no cefalostato marcada com a ajuda de papel
milimetrado, que foi fixado em suas regiões laterais e frontal. Nesses
papéis foram marcadas a posição do suporte das olivas (lateralmente) e
do suporte do apoio nasal (anteriormente). Essas estruturas, que são
partes do cefalostato, serviram de guia para a repetição da posição do
crânio, quando necessário. (Figura 2)
FIGURA 2- Marcações para posicionamento do crânio
23
O crânio seco utilizado para ser radiografado foi escolhido por apresentar
os trinta e dois dentes permanentes originais perfeitamente implantados,
hígidos (apresentava apenas uma pequena restauração oclusal em
amálgama no primeiro molar inferior esquerdo), em relação oclusal de
classe I e sem desvio da linha média, o que proporcionaria as melhores
condições possíveis para a visualização desses dentes para serem
reproduzidos no cefalograma. (Figuras 3 e 4)
FIGURA 3- Apresentação oclusal do crânio
24
FIGURA 4 - Vista direita, esquerda e anterior
25
O crânio, que se encontrava completo, com exceção do corneto inferior
esquerdo, apresentava um corte na calota craniana, que não interferiu
nas imagens radiográficas. (Figura 5)
FIGURA 5- A: corte na calota. 8: : imagem radiográfica
26
Para a obtenção das radiografias foram feitos inúmeros testes com
diferentes Kv , mA e tempo de exposição, para finalmente chegar-se aos
valores de 90 Kv e 1 O mA e 0,5 segundos, que proporcionaram
radiografias com excelente contraste e nitidez. Por se tratar de crânio
seco, houve dificuldade para se chegar a esse resultado. já que a Kv, a
mA e o tempo de exposição utilizadas para um crânio seco são diferentes
das utilizadas in vivo.
Foi necessário também o uso de filtros de alumínio fixados na saída de
raios X do aparelho. para atenuar o feixe dos raios X secundários e,
assim. melhorar a qualidade das radiografias.
Para chegar-se à conclusão sobre qual deveria ser a espessura do filtro
que seria utilizado e sua forma, vários testes foram feitos concluindo-se
que o uso de três lâminas com 1.5 mm de espessura produzia o melhor
resultado. Para permitir melhor penetração de raios X nas regiões de
maior concentração óssea (regiões laterais), o filtro teve uma de suas
lâminas de cada lado recortada em forma de meia lua. (Figura 6)
FIGURA 6 -Filtros de alumínio
O aparelho de raios X utilizado foi o Funk de modelo Orbital X-15 e todas
as radiografias foram reveladas na mesma processadora automática
EMB.
27
Após obtenção das radiografias para o teste, o crânio recebeu pequenos
marcadores de chumbo, que foram fixados com cera, para que se
produzisse uma radiografia com os pontos cefalométricos que seriam
testados, marcados diretamente em sua localização anatômica. Assim,
obtivemos um gabarito para posterior avaliação dos erros e acertos na
marcação dos pontos feitas pelos estudantes. (Figura 7)
FIGURA 7- Radiografia utilizada como gabarito
28
Com esse material pronto, passou-se à etapa seguinte, que foi a de sua
distribuição para o teste.
Pastas foram montadas para que o material pudesse ser distribuido de forma padronizada. Cada pasta conteve: uma das vinte radiografias
frontais (PA). uma folha de papel ultra-phan, uma folha de papel vegetal,
uma folha de transparência, uma lapiseira 0.5 mm, uma borracha macia,
uma fita adesiva transparente, uma caneta Stabilo 166P fine, uma
apostila com a descrição dos pontos cafalométricos que deveriam ser
marcados e uma ficha para ser preenchida com os dados do estudante.
A radiografia e as folhas de papel ultra-phan, vegetal e transparência
foram utilizados para a construção dos cefalogramas com a marcação dos pontos.
A caneta Stabilo foi utilizada para as marcações na transparência. Esta
marca e modelo foram escolhidos por apresentar a ponta mais firme e
com a espessura que mais se aproximava à da lapiseira 0.5 mm, indicada
para traçados cefalométricos.
A lapiseira 0.5 mm foi utilizada para as marcações nos papéis vegetal e
ultra-phan; a borracha, para a correção de erros; a fita adesiva, para
fazer a fixação dos papéis à radiografia; a ficha, para a obtenção de
dados da amostra, e a apostila. para informar quais os pontos que
deveriam ser marcados e auxiliar na padronização das informações que
os estudantes pudessem ter, recordando a definição anátomo-radiográfica
de cada ponto. A descrição desses pontos foi de acordo com
Langlade19,1993
Os vinte e dois pontos testados neste trabalho foram: A3, 3A, A6, 6A, AG,
GA, B3, 3B. B6, 6B. JL. JR. ME. NC, CN, ZL, ZR, ZA, AZ, ASN, A 1 e B1.
(Figura 8)
29
I
\
M• FIGURA 8- Pontos testados neste trabalho
Todos os estudantes receberam orientação prévia de como deveriam
proceder para a construção dos cefalogramas e marcação dos pontos e
logo após, deixados à vontade. Todos poderiam receber mais folhas caso
julgassem necessário.
As pastas, as fichas e os três papéis para a marcação foram previamente
identificados com um mesmo número para cada conjunto. facilitando,
assim, a análise dos dados sem a identificação nominal dos estudantes.
I I
Az.
30
Para a avaliação dos erros e acertos construiu·se um gabanto em papel
ultra-phan a partir da radiografia feita com os pontos cefalométricos
previamente marcados com chumbo.
Após o desenho das principais estruturas anatômicas. foi feita a
marcação dos pontos cefalométncos com cor vermelha, para facilitar a
avaliação evitando que se confundissem com os que foram marcados
pelos estudantes. que o fizeram com a cor preta.
A partir de cada ponto, utilizando-se cada um deles como centro. foram
traçadas duas Circunferências concêntricas com um e cinco milímetros de
raio. (Figura 9)
( (
n ' ~
.
" \
•• ' f
FIGURA 9- Gabanto utilizado para avaliação de erros e acertos.
31
Com o gabar'1to completo deu-se início à avaliação dos erros e acertos_
Para tanto, foi utilizado um compasso de ponta seca da marca RMO
(Rock Mountain Orthodontic), que possui trava para a abertura e
fechamento, evitando erros na transferência das medidas do cefalograma
avaliado, para o paqulmetro milimetrado, que foi usado para quantificar o
desvio em milímetros.
As duas circunferências circuncêntricas foram utilizadas para facilitar a
visualização dos desvios, pois aqueles menores de um milímetro (dentro da primeira circunferência) foram considerados como acerto, os maiores
que 1 mm até 5 mm (dentro da segunda circunferência) foram chamados
de erro tipo I, e aqueles com desvios superiores a 5 mm, foram chamados
de erro tipo 11.
Todos os dados foram então transferidos para tabelas, observando-se o seguinte:
a) foi construída uma tabela para marcação dos resultados de cada tipo
de papel;
b) os pontos coincidentes com o gabarito receberam a denominação zero;
e,
c) os desvios foram marcados em milímetros.
OBS: alguns estudantes deixaram de marcar alguns pontos e para estes
adotaram-se os seguintes critérios: em relação àqueles que desenharam
a estrutura anatômica onde se encontram os pontos, considerou-se que
houve esquecimento e foi feita a marcação do ponto para fazer a medida,
já que o objetivo do trabalho é avaliar a dificuldade na identificação da
localização das estruturas onde se encontram os pontos. Já em relação
àqueles que não conseguiram desenhar a estrutura anatômica,
considerou-se como Erro Tipo 11.
•
4.3 Análise Estatística
Para a realização da análise estatística, os resultados obtidos foram
divididos em:
1) Acerto: pontos marcados com medidas de zero a 1 mm:
2) Erro T1po 1: pontos marcados com medidas maiores que 1 mm até 5
mm; e,
3) Erro Tipo 11: pontos marcados com medidas acima de 5 mm.
32
A análise estatística dos resultados dessa pesquisa constou de duas
partes:
1 - Na primeira parte efetuou-se a comparação entre as freqüêncías
relativas de acertos, de erros do Tipo I e de erros do Tipo 11, segundo os
tipos de papel, na localização de cada ponto cefalométrico. Essa
comparação foi realizada para se testar a hipótese de que os tipos de
papel induziriam uniformemente os acertos ou os erros Tipo I e Tipo 11
quando se localiza cada ponto cefalométrico. Para cada ponto
cefalométrico, testou-se essa hipótese com o auxílio da estatística de
quiquadrado (Qq), quando o total de acertos ou de erros tipo I ou de erros
tipo 11 foi igual ou maior do que 15 e com o auxilio da estatística normal
reduzida (Z), com transformação arco seno para a comparação entre as
percentagens numericamente maior e menor, quando esse total foi menor
do que 15.
2 - Na segunda parte verificou-se a hipótese de que os pontos
cefalométricos foram igualmente assinalados quanto à freqüência relativa
de acertos ou de erros Tipo I ou de erros Tipo !I com o auxílio da
estatística Qq.
•
No caso da rejeição dessa hipótese para os acertos ou para os erros Tipo
I ou t1po 11, construiu-se conjunto de freqüências relativas estatisticamente
iguais, a menos da diferença mínima significante (d.m.s.), do seguinte
modo
1 Estabeleceu-se uma ordem não decrescente para as freqüências
relativas;
2 O conjunto fechado A, que abrigou as menores freqüências relativas,
teve como limite inferior a freqüência relativa numericamente menor e
como limite superior a freqüência relativa redundante da soma do arco
seno daquela freqüêncta com a d.m.s.;
3 O conjunto fechado B, que abrigou as freqüências relativas
subseqüentemente maiores do que as do conjunto fechado A, possuiu por
limite mferior a freqüência relativa imediatamente maior do que o limite
superior do conjunto A e por limite superior a freqüência relativa originada
da soma do arco seno daquela freqüência com a d.m.s.; e,
4 Os conjunto fechados C, D, etc., que abrigaram as freqüências
relativas maiores e subseqüentes aos conjuntos anteriores, foram
construídos de modo análogo ao do conjunto fechado B.
Para todos os testes, o nível de significância foí definido como 0,05 e a
regra de decisão adotada foi estabelecida a partir de:
p = P(Qq > Oqo): probabilidade de que a estatística Qq seja maior do que
o seu valor observado (Qq0 ) nos dados amostrados.
p = P(Z > Z0 ): probabilidade de que a estatística Z seja maior do que o
seu valor observado (Zo) nos dados amostrados do modo que se segue;
-se p foi maior do que 0,05, a hipótese sob teste foi não rejeitada.
-se p foi menor ou igual a 0,05, a hipótese sob teste foi rejeitada.
34
A transformação arco seno da estatística Z que foi utilizada nessa
pesquisa foi a dada em Sokal & Rholf 43. 1981, e de cuja definição
derivou-se a diferença mínima significante por:
d. m. s. = Zc • (820,8 • 2/n) 1/2, onde Zc = 1,96 porque o nível
de significância foi 0,05.
5 RESULTADOS
Os dados obtidos neste trabalho permitiram construir as Tabelas que
seguem.
Tabela 1. Freqüência de acerto na localização de cada ponto e valor de Qq0 ou de Zoem cada ti~o de eaeel eara comeara-las_
Ultra-phan Vegetal Transpcia
Ponto n % n % n % Total Ogo e A3 28 41 '1 21 30,9 19 27,9 68 1,971 n 0,573
3A 27 42,2 21 32,8 16 25,0 64 2,838n 0,242
A6 11 27,5 12 30,0 17 42,5 40 1 ,958n 0,376
6A 7 36,8 3 15,8 9 47,4 19 2,947n 0,229
AG 30 32,3 35 37,6 28 30,1 93 0,839n 0,658
GA 24 38,1 21 33,3 18 28,6 63 0,857n 0,652
83 34 36,9 35 38,1 23 25,0 93 2,891n 0,236
38 32 35,2 32 35,2 27 29,6 91 0,549n 0,760
86 20 32,8 20 32,8 21 34,4 61 0,033n 0,984
68 6 30,0 6 30,0 8 40,0 20 0,4oon 0,819
JL 23 32,4 28 39,4 20 28,2 71 1,381 n 0,602
JR 10 27,0 18 48,7 9 24,3 37 3,946n 0,139
Me 31 32,0 35 36,0 31 32,0 97 0,526n 0,769
NC 23 37,7 22 36,1 16 26,2 61 1 ,411 n 0,494
CN 14 31,8 10 22,7 20 45,5 44 3,454n 0,178
ZL 9 42,9 7 33,3 5 23,8 21 1, 143n 0,665
ZR 10 37,0 10 37,0 7 26,0 27 0,667n 0,717
ZA 19 31,2 21 34,4 21 34,4 61 0,131n 0,937
AZ 21 34,4 22 36,1 18 29,5 61 0,426n 0,809
ASN 15 33,3 15 33,3 15 33,4 45 O,OOOn 1,000
A1 29 31,5 30 32,6 33 35,9 93 0,283n 0,869
81 21 28,4 27 36,5 26 35,1 74 0,838n 0,658
n =valor não significante.
36
Tabela 1
Na Tabela 1 (página 35) verificou-se que:
1 Para cada ponto cefalométrico, o valor de Qq0 foi não significante
porque o valor de p a ele associado foi maior do que 0,05;
2 Houve evidência amostral para não se rejeitar a hipótese de que os
papéis usados nos traçados cefalométricos proporcionaram iguais
condições de acertos para localizar-se cada ponto cefalométrico da
análise frontal; e,
3 Relativamente à freqüência de acerto, para se testar a hipótese
referente à segunda parte da análise estatística, foi utilizado o total de
acertos em cada ponto, devido ao fato de terem os três tipos de papel
usados no traçado cefalométrico influído na ocorrência de iguais
percentuais de acerto em cada ponto.
A Tabela 2 foi construída para se testar essa hipótese.
37
Tabela 2. Freqüêncía de acerto na localização de cada ponto
independentemente do tipo de papel, valor Qqo e
e conjuntos para a comparação dessas freqüências
Ponto n % Cj. d.m.s. Qqo p
A3 68 5,22 c 2,20 222,421 0,000
3A 64 4,91 c A6 40 3,07 8
6A 19 1,46 A Limites dos conjuntos:
AG 93 7,14 D
GA 63 4,84 c A: 1.471-------12,54
83 92 7,07 D 8: 2,84 1--------1 4,25
38 91 7,00 D C: 4,68 1-------1 6,43
86 61 4,68 c D: 7,00 1-------19,08
68 20 1,55 A
JL 71 5,45 c JR 37 2,84 8
Me 97 7,45 D
NC 61 4,68 c CN 44 3,38 B
ZL 21 1,62 A
ZR 27 2,07 A
ZA 61 4,68 c AZ 61 4,68 c
ASN 45 3,46 8
A1 92 7,07 D
81 74 5,68 c _Total 1302 100,00
38
Tabela 2
Examinando-se a Tabela 2 (página 37), verificou-se que:
1 O valor de Oqo foi significante, implicando com isso que houve
evidência amostral para se rejeitar a hipótese de que os pontos
cefalométricos que figuram na análise frontal tenham sido igualmente
assinalados quanto ao acerto dos mesmos;
2 Os pontos que apresentaram maior freqüência de acerto foram os
pontos pertencentes ao conjunto D, vindo a seguir os que pertencem ao
conjunto C e os que pertencem ao conjunto B e, finalmente, os pontos
que se apresentaram com menores percentuais de acertos foram os que
constituem o conjunto A; e,
Os dados referentes ao Erro Tipo I na localização dos pontos
cefalométricos originaram a Tabela 3.
39
Tabela 3. Freqüência de Erro Tipo I na localização de cada ponto e valor
de Oqa ou de Zoem cada tipo de papel para compara~las.
Ultra-phan Vegetal Transpcfa
Ponto n % n % n % Tota! Ogo ~
A3 6 24,0 11 44,0 8 32,0 25 1 ,520n 0,468
3A 7 23,3 12 40,0 11 36,7 30 1 ,400n 0,497
AS 14 42,4 11 33,3 8 24,3 33 1 ,636n 0,442
6A 16 32,7 19 38,8 14 28,5 49 0,769n 0,681
AG 5 41,7 2 16,6 5 41,7 12 Z=1 ,50n 0,473
GA 8 24,2 13 39,4 12 36,4 33 1 ,273n 0,529
83 2 25,0 6 75,0 8 Z=2,o9· 0,036
38 4 44,4 2 22,3 3 33,3 9 Z=1 ,01 n 0,314
86 11 36,7 10 33,3 9 30,0 30 0,200n 0.905
68 23 36,5 21 33,3 19 30,2 63 0,381n 0.827
JL 8 36,4 5 22,7 9 40,9 22 1,182n 0.554
JR 23 41 '1 15 26,8 18 32,1 56 1 ,750n 0.417
Me 4 44,4 2 22,3 3 33,3 9 Z=1 ,01n 0,314
NC 10 26,3 13 34,2 15 39,5 38 0,579n 0,749
CN 18 32,7 25 45,5 12 21,8 55 4,618n 0,099
ZL 18 31,0 21 36,2 19 32,8 58 0,241 n 0,987
ZR 21 35,0 22 36,7 17 28,3 60 0,700n 0,705
ZA 13 39,4 12 36,4 8 24,2 33 1 ,273n 0,529
AZ 14 38,8 11 30,6 11 30,6 36 0,500n 0,779
ASN 9 39,2 7 30,4 7 30,4 23 0,348n 0,841
A1 3 30,0 6 60,0 1 10,0 10 Z=2,5z· 0,012
81 10 37,0 9 33,3 8 29,7 27 0,222n 0,026
n = valor não significante; * = valor significante.
40
Tabela 3
Examinando-se a Tabela 3 (página 39), verificou-se que:
1 Os papeis UltraRphan e Vegetal proporcionaram os menores
percentuais de Erros Tipo 1 na localização do ponto 83, porque o valor da
probabilidade p associado à estatística Z foi menor do que 0,05;
2 O papel Transparência proporcionou o menor percentual de Erro Tipo I
para a localização dos pontos A 1 e A3 porque os valores de p associados
às estatísticas foram menores do que O, 05; e,
3 Os papeis Ultra-phan, Vegetal e Transparência proporcionaram
percentuais estatisticamente iguais quando da localização dos demais
pontos cefalométricos, pois os valores de p associados às respectivas
estatísticas foram maiores do que 0,05.
A hipótese de que os pontos cefalométricos foram igualmente localizados
quando do uso de um certo tipo de papel, que tenha proporcionado
diferentes percentuais de Erros Tipo I, ou quando do uso da união desses
papéis, no caso de terem eles proporcionado percentuais de Erros Tipo I
estatisticamente iguais, foi testada usando-se dados contidos na Tabela
4.
41
Tabela 4. Freqüência de Erros Tipo I na localização de cada ponto
independentemente ou não do tipo de pape!, valor Oqo e
conjuntos para a comparação dessas freqüências.
n % Cj. d.m.s. Ogo e A3 25 3,52 c 2,98 296,288 0,000
3A 30 4,21 c A6 33 4,63 D
6A 49 6,89 D Limites dos conjuntos:
AG 12 1,68 8
GA 33 4,63 D A: 0,14 !--------1 0,80
83(U) 2 0,28 A 8: 0,841--------1 2,05
83(T) 6 0,84 8 C: 2,67 1--------1 4,59
38 9 1,26 8 D: 4,63 1--------1 7,06
86 30 4,21 c E: 7,721-------110,72
68 63 8,85 E
JL 22 3,09 c JR 56 7,87 E
Me 9 1,26 8
NC 38 5,34 D
CN 55 7,72 E
ZL 58 8,15 E
ZR 60 8,43 E
ZA 33 4,63 D
AZ 36 5,07 D
ASN 23 3,23 c A(UV) 9 1,26 B
A1(T) 1 0,14 A
81 27 2,67 c Total 712 100,00
Total 712 100,00
42
Tabela 4
Na tabela 4 (página 41) notou-se que:
1 O ponto 83 assinalado em traçados feitos com papel Ultra~phan e
notado por B3(U) e o ponto A 1 assinalados em traçados feitos com papel
Transparência e notado por A 1 {T) foram os que apresentaram menores
percentuais de Erros Tipo I, porém estatisticamente iguais entre si, pois
pertencem ao mesmo conjunto A;
2 A seguir, encontram-se os pontos AG, B3(U), 36, Me e A1(UV) com
percentuais estatisticamente iguais entre si (conjunto B), que variaram
entre os limites de 0,84% e 2,05%;
3 O conjunto C, que apresentou os limites de 2,67% e 4,59%, abrigou os
pontos A3, 3A, 86, JL, ASN e B1;
4 O conjunto D, formado pelos limites de 4,63% e 7,06%, incluiu os
pontos A6, 6A, GA, NC, ZA e AZ.; e,
5 O conjunto E, formado pelos limites de 7,72% e 10,72%, incluiu os
pontos 68, JR, CN, ZL e ZR, que apresentaram os maiores percentuais
de Erros Tipo I.
Os dados relativos aos Erros Tipo 11 de localização dos pontos originaram
a Tabela 5.
43
Tabela 5. Freqüência de Erro Tipo 11 na localização de cada ponto e valor
de Oqo ou de Zoem cada tipo de papel para compara-las.
Ultra-phan Vegetal Transpcia
Ponto n % n % n % Total Ogo e A3 3 20,0 5 33,3 7 46,7 15 2,050n 0,359
3A 3 21.4 4 28,6 7 50,0 14 Z=1,17n 0,558
A6 12 34,3 14 40,0 9 25,7 35 1 ,066n 0,562
6A 14 35,0 15 37,5 11 27,5 40 0,650n 0,723
AG 2 66,7 1 33,3 3 Z=0,83n 0,406
GA 5 41,7 3 25,0 4 33,3 12 Z=0,87n 0,364
83 1 12,5 2 25,0 5 62,5 8 Z=2,21" 0,028
38 1 12,5 3 37,5 4 50,0 8 Z=1 ,69n 0,068
86 6 35,3 7 41,2 4 23,5 17 0,823n 0,663
68 8 32,0 10 40,0 7 28,0 25 0,560n 0,755
JL 6 40,0 4 26,7 5 3,33 15 0,400n 0,819
JR 4 26,7 4 26,7 7 46,6 15 1 ,200n 0,549
Me 2 100,0 2
NC 4 44,5 2 22,2 3 33,3 9 Z=1 ,02n 0,310
CN 5 55,6 2 22,2 2 22,2 9 Z=1,49n 0,136
ZL 10 34,5 9 31,0 10 34,5 29 0,069n 0,966
ZR 6 28,6 5 23,6 10 47,6 21 2.ooon 0,466
ZA 5 35,7 4 28,6 5 35,7 14 Z=0,40n 0,688
AZ 2 18,2 4 36,4 5 45,4 11 Z=1,40n 0,162
ASN 13 32,5 15 37,5 12 30,0 40 0,350n 0.350
A1 5 63,3 1 16,7 6 Z=2,52" 0,012
81 6 85,7 1 14,3 7 Z=2,97' 0,004
n =valor não significante; * = valor significante.
44
Tabela 5
A partir da Tabela 5 (página 43) verificou-se que:
1 O papel Transparência proporcionou o maior percentual de Erro Tipo 11
na localização do ponto B3,
2 O papel Ultra-phan desencadeou os maiores percentuais de Erro Tipo
li na localização do pontos A t e B1; e,
3 Na localização dos demais pontos cefalométricos os três papeis usados
proporcionaram iguais percentuais de Erro Tipo ll.
A hipótese de que os pontos cefalométricos foram igualmente localizados
quando do uso de um certo tipo de papel que tenha proporcionado
diferentes percentuais de Erros Tipo 11, ou quando do uso da união
desses papéis, no caso de terem eles proporcionados percentuais de
Erros Tipo 11 estatisticamente iguais, foi testada usando-se dados contidos
na Tabela 6.
45
Tabela 6. Freqüência de Erro Tipo li na locallzação de cada ponto
independentemente ou não do tipo de papel, valor Oqo e
conjuntos para a comparação dessas freqüências.
Ponto n % Cj. d.m.s. Ogo E A3 15 4,22 c 4,21 272,840
3A 14 3,94 c A6 35 9,86 o 6A 40 11,27 o Limites dos conjuntos:
AG 3 0,84 A
GA 12 3,38 8 A 0,28 1------11 ,54
83(U) 1 0,28 A 8· 1 ,69 1--------1 4,1 o 83(VT) 7 1,97 8 C: 4,22 1--------17,66
38 8 2,25 8 0: 8,17 1--------1 12,63
86 17 4,79 c 68 25 7,04 c JL 15 4,22 c JR 15 4,22 c Me 2 0,56 A
NC 9 2,53 8
CN 9 2,53 8
ZL 29 8,17 o ZR 21 5,91 c ZA 14 3,94 8
AZ 11 3,09 8
ASN 40 11,27 o A1(U) 5 1,41 A
A1(V) 1 0,28 A
81(U) 6 1,69 8
81(V) 1 0,28 A
Total 355 100,00
46
Tabela 6
Na Tabela 6 (página 45) notou-se que:
1 Os pontos 83 e A 1 assinalados em traçados feitos com papel Ultra
phan e notados por 83(U) e A1(U), os pontos A1 e 81 assinalados em
traçados feitos com papel Vegetal e notados por A 1 (V) e 81 (V) e o ponto
Me foram os que apresentaram menores percentuais de Erros Tipo 11,
porém estatisticamente iguais entre si, pois pertencem ao mesmo
conjunto A;
2 O ponto 81 assinalado em traçados feitos com papel Ultra-phan e
notado por 81 (U), o ponto 83 assinalado em traçados feitos ou com o
papel Vegetal ou com o Transparência e notado por 83(VT) e os pontos
GA, 38, NC. CN, lA e A2 marcados com qualquer tipo de papel
apresentaram percentuais de Erro Tipo 11 estatisticamente iguais, quando
da localização dos mesmos, e que variaram entre 1,69% e 4,10% (limites
do conjunto 8);
3 Os pontos A3, 3A, 86, 68, JL, JR e ZR apresentaram percentuais de
Erro Tipo 11 estatisticamente iguais, quando de sua localização com
qualquer tipo de papel, e que variaram entre os limites do conjunto C, isto
é, 4,22% e 7,66%; e,
4 Os pontos AS, 6A, ZL e ASN, assinalados em traçados feitos com
qualquer tipo de papel, apresentaram percentuais estatisticamente iguais
entre si, que variaram entre os limites de 8, 17% e 12,63%, e maiores do
que os dos demais pontos dessa análise cefalométrica.
As percentagens totais de acertos, erros Tipo I e 11 foram agrupadas em
um único gráfico, para uma visualização geral dos resultados.(Figura 10)
~
GRÁFICO 1 PORCENTAGEM DE ACERTOS, ERROS TIPO I E 11 NA
11 MARCAÇÃO DOS 22 PONTOS CEFALOMÉTRICOS G)
~ 90 ::t> _.. o
I
G) ..... Q), .... g· -"
"O (!)
g ::J -Q) co (!) ::J rJl
co (!)
ii) (ij'
a. o rJl Q) o (!) ;:l. o rJl (!)
(!) ..... a rJl
-I -õ' o (!)
80
70
60
50
40
30
20
10
o
m-JACERTO •ERRO TIPO I • ERRO TIPO 11
A3 3A A6 6A AG GA 83 38 86 68 JL JR Me NC CN ZL ZR ZA AZ AS A1 81
N
~ -....!
6 DISCUSSÃO
Para facilitar o acompanhamento da discussão, será apresentada uma
tabela com os valores totais de erros e acertos de todos os 22 pontos testados.
Tabela 7: erros e acertos dos 22 pontos frontais testados, de um total de 108 marcações
pontos acerto Erro Tipo I Erro Tipo U Total
A3 68 25 15 108 3A 64 30 14 108 A6 40 33 35 108 6A 19 49 40 108 AG 93 12 3 108 GA 63 33 12 108 83. 92 8 8 108 38 91 9 8 108 86 61 30 17 108 68 20 63 25 108 JL 71 22 15 108 JR 37 56 15 108 ME 97 9 2 108 NC 61 38 9 108 CN 44 55 9 108 ZL 21 58 29 108 ZR 27 60 21 108 ZA 61 33 14 108 AZ 61 36 14 108
ASN 45 23 40 108 A1• 92 10 6 108 81. 74 27 8 108
• pontos que apresentaram diferença estatlslica na avaliaçao do erro nos diferentes materiais.
49
Para o desenvolvimento da discussão dos resultados deste estudo. é preciso esclarecer que:
1 - os três diferentes materiais testados, ou seja, papel ultra-phan, papel vegetal e transparência, induziram a resultados estatisticamente iguais,
com exceção da avaliação dos erros nos pontos 83, A1 e 81.
O ponto B 1 apresentou diferença estatística para o uso dos diferentes
materiais apenas para Erros Tipo 11 (acima de 5 mm). onde fica difícil avaliar se os resultados encontrados tiveram influência dos materiais.
Nos pontos 83 e A 1 a diferença dos materiais mostrou-se
estatisticamente significante para as duas classes de erros. Deve-se notar que estes dois pontos pertencem ao conjunto D de freqüências relativas
estatisticamente iguais, conjunto onde foram agrupados os pontos com
maior número de acertos, para os quais os diferentes materiais
mostraram-se estatisticamente iguais e a diferença foi verificada em
apenas 14,8% dos resultados (soma dos erros).
Estes resultados não invalidam a hipótese de que os três diferentes
materiais induzem ao mesmo índice de acerto para a marcação dos
pontos testados, já que, para todos os 22 pontos, foi o que ocorreu.
2 - Os resultados serão discutidos utilizando-se a somatória das
observações nos três materiais, já que não apresentaram diferença
estatística significante para acertos e para a grande maioria dos dois tipos
de erros.
3 . Os resultados serão discutidos, sempre que possível, aos pares, já
que a maioria dos pontos estudados são bilaterais.
4 - Os pontos, quando avaliados os seus acertos, serão agrupados em
conjuntos denominados A, B, C e D, que serão utilizados para a
discussão.
50
Como pode ser observado nos resultados, os pontos cefalométricos
estudados apresentaram uma variação estatisticamente significante entre
os seus resultados, tendo sido constatado número de acertos com valores
que variaram desde 97 (89,8%) até 19 (17,6%). Isto demonstra a grande
diferença na identificação e grau de confiabilidade apresentada por estes
pontos. Por este motivo foram avaliados estatisticamente e divididos em
conjuntos de freqüências relativas estatisticamente iguais denominados:
A, B, C e D.
No conjunto A foram colocados os pontos com a menor freqüéncia de
acertos estatisticamente iguais: 6A, 68, ZL e ZR.
No conjunto B foram colocados os pontos com as freqüências relativas
subseqüentemente maiores para acertos do que as do conjunto A: A6,
JR, CN eASN.
No conjunto C foram colocados os pontos com as freqüências relativas
subseqüentemente maiores para acertos do que as do grupo B: A3, 3A:
GA B6, JL,NC, ZA, AZ e B1.
No conjunto D foram colocados os pontos com as maiores freqüências
relativas para acertos entre todos os pontos estudados: AG, B3, 3B ME e
A1.
5 - A discussão será, algumas vezes, relacionada com a análise
cefalométrica de Ricketts, na qual os pontos testados são utilizados.
6 - Serão comentados os erros mais freqüentes de cada ponto.
6.1 Análise dos pontos cefalométricos
Pontos A3, 3A, 83 e 38
Pontos A3. 3A. 83 38 ponta coronal aos can1nos supenores
esquerdo e d1re!to e mfenores esquerdo e d1re1to respectivamente
FIGURA 11 -Pontos A3, 3A 83 e 38
51
Os pontos A3 e 3A apresentaram 68 e 64 acertos correspondendo
respectivamente à 63% e 59,3% do total, pertencendo ambos ao conjunto
C. Os pontos 83 e 38 mostraram acertos de respectivamente 92 e 91 correspondendo a 85,2% e 84,3% do total, pertencendo os dois ao
conjunto D.
Obs. 1 - o resultado observado nestes pontos foi muito semelhante quando avaliados separadamente os superiores dos inferiores.
Obs. 2 - o melhor resultado obtido pela marcação dos pontos inferiores deveu-se provavelmente ao fato de que o crânio radiografado
apresentava-se em classe I, com os caninos inferiores mais mesiais,
sofrendo menor quantidade de sobreposições,
PONTOS AG, 6A, 86 e 68
Pontos A6. 6A, 86. 68 ponto ma1s vesttbular da coroa do pnme1ro molar
supenor esquerdo e direitO e 1nfenor esquerdo e direito respectivamente
FIGURA 12. Pontos A6, 6A, 86 e 68
52
Na marcação destes pontos observou-se que o grau de dificuldade
mostra-se grande, pois, entre os quatro pontos analisados. dois são os
que apresentaram os menores números de acertos registrado neste
estudo: 6A e 68.
No ponto 6A, entre as 1 08 marcações, apenas 19 foram feitas
corretamente, correspondendo à 17,6% do total, pertencendo ao conjunto
A No ponto 68 a situação é praticamente a mesma, apresentando 20
acertos (18,5%) e também pertencendo ao conjunto A
O ponto A6 apresentou 40 acertos (37%) pertencendo ao conjunto 8.
O ponto 86 apresentou 61 acertos correspondendo à 56,5% do total, pertencendo ao conjuntos C.
53
Aqui observou-se como o grau de dificuldade oferecido pela imagem
radiográfica frontal depende das pequenas assimetrias faciais, que
produzem sobreposições muito variáveis. Neste caso, o crânio
apresentava dentes hígidos, em classe I, sem desvio da linha mediana e
ainda assim houve diferença entre os lados esquerdo e direito, com o lado
direito apresentando maior dificuldade para a identificação, como poderá
ser observado nestes e em outros pontos bilaterais.
Obs. 1 M alguns estudantes desenharam corretamente a porção mats
vestibular dos primeiros molares, mas marcaram o ponto na porção mais
vestibular do terceiro molar.
Obs. 2 - alguns estudantes marcaram um único ponto interoclusal para os
molares superior e inferior de cada lado.
\ \ '
\
PONTOS AG e GA
Pontos AG E GA ponto antegoniaco s1tuado na parte côncava à
frente da protuberância goníaca esquerda e dire1ta respectivamente.
I ,
FIGURA 13- Pontos AG o GA
54
Os pontos AG e GA apresentaram 93 e 63 acertos, correspondendo a
86,1% e 58,3%, pertencendo aos conjuntos O e C, respectivamente.
Obs. 1 - estes pontos, especialmente o AG, mostraram bom índice de
acerto, o que já era esperado, pois eles se localizam no bordo externo da
mandíbula e por este motivo tornam-se mais fáceis de ser visualizados, o
que concorda com a observação de Midtgard et al.23, 1974.
Obs. 2 - verificou-se maior número de acertos do lado esquerdo em
comparação com o lado direito.
PONTOS JL e JR
Pontos JL e JR: ponto ma1s côncavo da tuberos1dade max1lar. na tntersecção
do seu contorno com a apófise zigomática dire1ta e esquerda, respectivamente
FIGURA 14- Pontos JL e JR
55
Estes pontos apresentaram respectivamente 71 (65,8%) e 37(34,3%)
acertos, pertencendo aos conjuntos C e B.
Obs. 1 - observou-se ma1or quantidade de acertos do lado esquerdo em
comparação com o lado direito,
Obs. 2 - um grupo de estudantes marcou estes pontos na região mais
lateral do tuber da maxila.
Obs. 3 - um grupo marcou este ponto na intersecção do tuber da maxila
com a cervical do terceiro molar superioc
PONTO ME
Ponto ME ponto medra no srtuado sobre o bordo mfenor da
sínfrse. drretamente abarxo da protuberâncra mentonrana.
Me
FIGURA 15 -Ponto ME
56
Este foi o ponto que apresentou o mam número de acertos (97) entre
todos os pontos estudados, correspondendo a 89.8% e pertencendo ao
conjunto D.
Obs. 1 - este resultado, assim como os obtidos na avaliação dos pontos
AG e GA, já eram esperados, porque, segundo Midtgard et aJ.23. estes
pontos localizam~se nas bordas do crânio e por isto são mais facilmente
identificados. por serem estas regiões as que apresentam menor
sobreposição na imagem radiográfica.
Obs. 2 - Vale ressaltar que a maioria dos erros observados na marcação
deste ponto ocorreu no sentido vertical, o que, para as medidas da
analise cefalométrica, não causa alteração nos resultados, porque este
ponto é utilizado para avaliar desvios no sentido horizontaL
PONTOS NC e CN
Pontos Nc e CN: ponto mais externo do contorno da
cav1dade nasal esquerda e d1re1ta respectivamente.
FIGURA 16- Pontos NC e CN
57
Estes pontos apresentaram valores de 56,5% e 40,7% de acertos
pertencendo respectivamente aos conjuntos C e 8.
Obs. 1 - observa-se a tendência de maior número de acerto no lado
esquerdo em comparaçao com o lado direito.
Obs. 2 - parte dos erros encontrados foram marcados na região mais
lateral da abertura interna da cavidade nasal e não da maior abertura
externa.
Obs. 3 - parte dos erros ocorreu no sentido vertical. Estes desvios
verticais ocorreram, na maioria dos casos, com dois pontos seguindo a
mesma tendência, ficando na mesma horizontal, o que, para a análise
cefalométrica. não interfere seriamente nos resultados, pois a medida
mais importante que utiliza estes pontos é a largura nasal, que é medida
linearmente ponto a ponto.
58
PONTOS ZL e ZR
Pontos ZL e ZR: ponto de Intersecção da sutura fronto malar e do
contamo do bordo Interno da órbita esquerda e direita respact1vamente
FIGURA 17 -Pontos ZL e ZR
Estes pontos apresentaram respectivamente 19.4% e 25% de acerto,
pertencendo ao conjunto A,
Obs. t - a média de erros Tipo 11 (maiores que 5 mm) foi maior do que a
média de acertos.
Obs. 2 - o erro na localização destes pontos afetará as seguintes
mensurações feitas na análise frontal de Ricketts: largura
maxilomandibular direita e esquerda; inclinação do plano oclusal; postura
mandibular; proporção nasal; proporção maxilar; proporção mandibular e
proporção facial, sendo estes os pontos. dentre os que apresentaram baixa porcentagem de acertos, que mais seriamente interferem nos
resultados da análise cefalométrica frontal de Ricketts.
PONTOS ZA e AZ
Pontos ZA e AZ. ponto med1ano Situado no centro do bordo externo da
apófise zigomática esquerda e dire1ta respectivamente_
FIGURA 18- Pontos ZA e AZ
59
I
Nestes pontos encontramos 56,5% de acertos, tanto do lado direito quanto do lado esquerdo.
Obs. 1 - alguns estudantes desenharam corretamente a apófise
zigomática, mas, ao invés de marcarem o ponto no centro do bordo
externo, marcaram no centro dessa estrutura.
Obs. 2 - alguns marcaram o ponto no bordo externo da cabeça do cõndilo
da mandíbula.
\
\ '
\
PONTO ASN
Ponto ASN ponto Situado na espinha nasal antenor. s1tuada
entre o tab1que mediano da cav1dade nasal e o palato duro
FIGURA 19 - Ponto ASN
60
\, I I
A porcentagem de acerto neste ponto foi de 41,7%, com 45 acertos,
pertencendo ao conjunto 8.
Obs. 1 - a grande maioria dos Erros Tipo I foram de 5 mm no sentido
vertical superior. que corresponde à junção do bordo nasal inferior direito
e esquerdo
Obs. 2 - o erro deste ponto no sentido vertical não interfere no resultado
da análise cefalométrica, pois ele é usado para avaliar desvios no sentido
horizontal.
Obs. 3 - a grande maioria dos Erros Tipo 11 foi produzida por estudantes
que deixaram de marcar este ponto. Em um úníco grupo de 11
estudantes, 10 de1xaram de marcar, totalizando 33 Erros Tipo 11 (critério
adotado para a avaliação em todos os pontos).
PONTOS A1 e 81
Pontos A1 e 81 ·ponto med1ano 1ntennc1SIVO Situado sobre a papila
mtennCISiva na Junção coroa-gengiva suoenor e 1nferior respectivamente.
FIGURA 20 -Pontos A1 e 61
O ponto A1 apresentou 92 acertos, correspondentes a 85,2% do total e o
ponto B1 apresentou 74 acertos, correspondentes a 68,5% do total, pertencendo respectivamente aos conjuntos De C.
Obs. A maioria dos erros ocorreu no sentido vertical, o que não
compromete os resultados da análise cefalométrica, pois estes pontos
são utilizados para medir desvios horizontais.
62
6.2 Considerações :
Foi observado que nos pontos JL, JR, NC, CN, ZA, AZ., ASN, parte dos
erros deveu-se à falta de conhecimento da anatomia radiográfica e não
somente à dificuldade na identificação da imagem onde se localizam os
pontos.
Nos pontos NC, CN, ASN, ME, A 1e B1, a tendência de erro foi no sentido
vertical, o que não interfere seriamente no resultado da análise
cefalométrica.
De acordo com os resultados deste trabalho, verificou-se que os pontos
AG, 6A, 6B, JR, CN, ZL, ZR, ASN, que pertencem aos conjuntos A e B,
obtiveram um número de acertos inferior ao de erros, devendo, quando
possível, ser evitados e, quando for indispensável o seu uso, fazê-lo de
forma criteriosa devido à grande possibilidade de ocorrência de erro.
Deve-se lembrar que este trabalho utilizou radiografia com ótima
qualidade, de um crânio praticamente simétrico, em relação oclusal de
classe I, com dentição completa, hígida e sem apinhamento, o que facilita
a identificação das estruturas. Provavelmente maiores dificuldades seriam
detectadas em outras condições.
7 CONCLUSÕES
Os resultados deste trabalho permitiram concluir que:
7.1 -A marcação com acerto dos pontos cefalométricos testados, mostrou
grande diferença na confiabilidade entre eles, apresentando percentagens
de acertos que variaram desde 17,6% até 89,8% e foram divididos em
três grupos:
a) entre os pontos testados, aqueles que apresentaram os maiores
números de acertos foram: ME. AG, 83, A1 e 38, sendo portanto os mais
confiáveis;
b) os pontos A3, 3A. GA, B6, JL, NC, ZA, AZ e A1 apresentaram
porcentagem de acertos que variaram entre 56,48% e 68,52% e os seus
erros foram na maioria do Tipo I (menores que 5 mm), mostrando média
confiabilidade; e.
c) entre os pontos testados, aqueles que apresentaram o número de
acertos menor que o número de erros foram: A6. 6A. 68, JR, CN, ZL, ZR e ASN. Estes pontos são de baixa confiabilidade e devem ser, quando
necessário, utilizados com critério e ciência da grande probabilidade de
erro.
7.2 - Não há diferença estatisticamente significante no acerto da
marcação dos pontos cefalométricos utilizados na análise frontal de
Ricketts, quando é feito o uso dos três diferentes papéis testados neste
trabalho: Ultra-phan, Vegetal e Transparência (filme transparente de
poliéster). Assim, estes papéis podem ser usados indistintamente.
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RESUMO
Este trabalho teve por finalidade avaliar os erros e acertos na marcação dos pontos cefalométricos frontais utilizados na análise cefalométrica de Ricketts e a influência de diferentes materiais (papéis) nos resultados das
marcações. A marcação desses pontos foi feita por 36 alunos em fase
final de curso de Especialização em Ortodontia, e cada um marcou os
pontos três vezes, em três materiais diferentes: papel ultra-phan, papel
vegetal e filme transparente de poliéster (transparência), totalizando 108
cefalogramas. Após análise estatística dos resultados, chegou-se às
seguintes conclusões: 1) Os pontos cefalométricos estudados
apresentaram diferentes percentagens de erros e acertos, sendo divididos
em três grupos de acordo com os resultados obtidos: a - pontos com boa
confiabilidade; b - pontos com média confiabilidade e; c - pontos com
baixa confiabilidade. 2) A utilização dos três diferentes materiais na
confecção dos cefalogramas não produziu diferença estatisticamente
significante para acertos, podendo ser utilizados indistintamente.
PALAVRA CHAVE: Cefalometria.
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GIL, C. T L. A Eva/uatton on the precision in the Jocalization of the frontal
cephalometric landmarks of Ricketts' ana/ysts. São José dos Campos,
1995. 72p. Dissertação (Mestrado em Odontologia) - Faculdade de
Odontologia, Campus de São José dos Campos, Universidade Estadual
Paulista "Julio de Mesquita Filho "
ABSTRACT
This work has had as its purpose to appraise the mistaken and correct
attempts in the marking procedure of the frontal cephalometric landmarks
employed in Ricketts' cephalometrics analysis and the influence of the use
of different materiais (sheets) on the marking procedure resu/ts. The
marking was performed by 36 students in the final stage of the graduate
Orthodontics course, each student havtng marked the points thnce, on
three different materiais: ultra-phan, tracing paper and polyester film,
totaling 108 cephalograms. After the statistic analysis of the results, the
following conc/usions were reached 1) The cepha/ometric Jandmarks
studied showed different percentages of mistaken and correct markings,
having been divided into three groups in accordance with the results
obtained: a - /andmarks evincing good reliability; b - Jandmarks of medium
re/iability and; c - landmarks of low re/iability. 2) The three different
materiais used to make the cephalograms produced no statistically
significant differences as to the correct marking results thus allowing for
their interchangeab/e use.
KEY WORD: Cephalometry.
Autorizo a reprodução deste trabalho.
São José dos Campos, 7 de julho de 1995
de Alcântara Gil
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