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ISSN 1679-2645

Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB aNo XVIII Nº 222 ago/Set/out 2012

Bahia

Sistema FIEB reconhece experiências bem sucedidas no Prêmio de Desempenho Ambiental 2012

Economia sustEntávEl

2 Bahia Indústria

PROCURE A UNIDADE DO SESI MAIS PRÓXIMA OU ACESSE O S ITE : WWW.FIEB.ORG.BR/SESI

E S C O L H A U M A M O D A L I D A D E E P A R T I C I P E .

Para o SESI, apoiar o esporte é garantir mais qualidade de vida para os trabalhadores

e melhores resultados para seu negócio. Inscreva sua empresa nos Jogos do SESI e participe.

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TÊNIS DE MESA

XADREZ

VÔLEI DE PRAIA

NATAÇÃO

TÊNIS

Sustentabilidade e comprometimento ambientalA questão ambiental há muito deixou de ser mera coadjuvante na

rotina e prática das empresas industriais para se tornar atividade-

-fim, quando não faz parte de todo o processo produtivo visando a

economia de recursos naturais e/ou o gerenciamento dos resíduos.

Para enfrentar estes problemas, as indústrias colocam em prática

ações de gerenciamento ambiental e de responsabilidade social

com o propósito de transformar rotinas ou gerar valores, visando

um comportamento mais conservacionista de seus colaboradores.

O Sistema FIEB, atento a esta necessidade de repensar a equa-

ção entre prática produtiva e redução das emissões de resíduos

tóxicos, implantou o Prêmio de Desempenho Ambiental, que este

ano completou 10 anos.

Na edição de 2012, quatro iniciativas de grandes empresas fo-

ram premiadas dentro do tema Economia Verde – Braskem, Deten,

Veracel e Coelba – e uma pequena empresa – a Salve Terra –, que

produz usando material reciclado. Os prêmios foram entregues no

dia 16 de agosto e mostraram que existe espaço para a produção de

bens e serviços ambientais de baixo impacto. Da mesma forma, as

iniciativas premiadas demonstram uma preocupação em semear

a conscientização ambiental, seja no ambiente corporativo ou nas

comunidades nas quais estão inseridas, por meio de iniciativas

pedagógicas ou lúdicas, prova de que há vários caminhos a serem

percorridos.

A temática ambiental, longe de ser algo distante e alheio à rea-

lidade da indústria, passou a fazer parte das rotinas corporativas

e preocupação primordial em um cenário onde a competitividade

passa também pela conquista de padrões internacionais de ge-

renciamento das emissões e pela disseminação de uma cultura

empresarial que preza pela responsabilidade de suas ações e um

comprometimento com a sustentabilidade.

Durante a Rio +20, realizada em junho deste ano, no Rio de Ja-

neiro, a indústria assumiu uma postura protagonista em relação

aos destinos do setor em relação à questão ambiental. O Sistema

FIEB caminha alinhado com as diretrizes da indústria nacional ao

assumir seu papel de estimular seus associados a se compromete-

rem na adoção de práticas socioambientais saudáveis por meio de

ações como o Prêmio de Desempenho Ambiental, que convida as

empresas industriais baianas a desenvolverem tecnologias limpas

e a adotarem posturas ambientalmente responsáveis.

EDitoRial

O Sistema FIEB caminha alinhado com as diretrizes da indústria nacional ao assumir seu papel de estimular seus associados a se comprometerem na adoção de práticas socioambientais responsáveis

Ampliar a produção, gerando menor

impacto ambiental, graças a um

monitoramento minucioso dos

processos e emissões, tem sido a

tônica do setor industrial

4 Bahia Indústria

SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação

e tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia,[email protected] / Sindicato da

indúStria do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de

ÓleoS VegetaiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da

cerVeja e de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão,

PaSta de madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúS-

triaS do trigo, milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

da indúStria de mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conS-

trução do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS

no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do

eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] /

Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro

de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS

indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria

da cidade do SalVador, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS Sintéti-

caS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da

indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS Quími-

coS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de

mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS,

SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS

e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria

de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de

conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindica-

to daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e

itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de telecomunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico de Feira de Santana,

[email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de

coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFatoS de PlÁSticoS,

BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected]

fiEBPresidente José de Freitas Mascarenhas. 1º Vice-

Presidente: Victor Fernando Ollero Ventin. Vice-

Presidentes Carlos Gilberto Cavalcante Farias;

Emmanuel Silva Maluf; Reinaldo Dantas Sampaio;

Vicente Mário Visco Mattos. diretores titulAres Alberto Cânovas Ruiz; Antonio Ricardo Alvarez Al-

ban; André Régis Andrade; Carlos Henrique Jorge

Gantois; Claudio Murilo Micheli Xavier; Eduardo Ca-

tharino Gordilho; Josair Santos Bastos; Leovegildo

Oliveira De Souza; Luiz Antonio de Oliveira; Manuel

Ventin Ventin; Maria Eunice de Souza Habibe; Re-

ginaldo Rossi; Sérgio Pedreira de Oliveira Souza;

Wilson Galvão Andrade. diretores suPlentes Adal-

berto de Souza Coelho; Alexi Pelagio Gonçalves

Portela Júnior; Carlos Alberto Matos Vieira Lima;

Juan José Rosário Lorenzo; Marcos Galindo Pereira

Lopes; Mário Augusto Rocha Pithon; Noêmia Pinto

de Almeida Daltro; Paulo José Cintra Santos; Ricar-

do de Agostini Lagoeiro

conSElhoSconselho de economiA e desenVolVimento in-

dustriAl Antônio Sérgio Alípio; conselho de

Assuntos FiscAis e tributários Cláudio Murilo

Micheli Xavier; conselho de comércio exterior Reinaldo Dantas Sampaio; conselho dA micro

e PequenA emPresA industriAl Carlos Henrique

Jorge Gantois; conselho de inFrAestruturA Marcos Galindo Pereira Lopes; conselho de meio

Ambiente Irundi Sampaio Edelweiss; comitê de

Petróleo e Gás Eduardo Rappel; conselho de

inoVAção e tecnoloGiA José Luís Gonçalves de

Almeida; conselho de resPonsAbilidAde sociAl

emPresAriAl Marconi Andraos Oliveira; conse-

lho de relAções trAbAlhistAs Homero Ruben

Rocha Arandas; comitê de Portos Reinaldo Dan-

tas Sampaio

Editada pela Superintendência

de Comunicação Institucional

do Sistema Fieb

conselho editoriAl Irundi Ede-

lweiss, Maurício Castro, Cleber

Borges e Patrícia Moreira. coor-

denAção editoriAl Cleber Borges.

editorA Patrícia Moreira. rePor-

tAGem Patrícia Moreira, Carolina

Mendonça e Fábio Bito Teles. FotoGrAFiA João Alvarez. Projeto

GráFico e diAGrAmAção Ana Clélia

Rebouças. ilustrAção e inFoGrAFiA Murilo Gomes.

imPressão Stilo Gráfica e Editora FederAção dAs indÚstriAs

do estAdo dA bAhiARua Edístio Pondé, 342 –

Stiep, CEP.: 41770-395 / Fone: 71

3343-1280 /

www.f ieb.org.br/bahia_ indus-

tria_online

As opiniões contidas em artigos

assinados não refletem necessa-

riamente o pensamento da FIEB.

Filiada à

BahiaciEBdiretor-Presidente José de Freitas Mascarenhas.

Vice-Presidentes José Carlos Boulhosa Baqueiro;

Irundi Sampaio Edelweiss; Carlos Antônio Borges

Cohim Silva. diretores titulAres Clovis Torres Ju-

nior; Fernando Elias Salamoni Cassis; João de Tei-

ve e Argollo; João Ricardo Aquino; Luís Fernando

Galvão de Almeida; Luiz Antunes Athayde Andrade

Nery; Marconi Andraos Oliveira; Roberto Fiamen-

ghi; Rogelio Golfarb; Ronaldo Marquez Alcântara;

diretores suPlentes Davidson de Magalhães San-

tos; Erwin Reis Coelho de Araujo; Givaldo Alves

Sobrinho; Heitor Morais Lima; Jorge Robledo de

Oliveira Chiachio; José Luiz Poças Leitão Filho;

Mauricio Lassmann diretor reGionAl oeste Pedro

Ovídio Tassi

SESi

Presidente do conselho e diretor reGionAl José

de Freitas Mascarenhas. suPerintendente José Wagner Fernandes

SEnaiPresidente do conselho José de Freitas

Mascarenhas. diretor reGionAl: Leone Peter Andrade

iElPresidente do conselho e diretor reGionAl

José de Freitas Mascarenhas. suPerintendente Armando da Costa Neto

diretor executiVo do sistemA Fieb Alexandre Beduschi

Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato

Unidades do Sistema FIEB

sesi – serViço sociAl dA indÚstriA

sede: 3343-1301@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429 @Responsabilidade Social: (71) 3343-1490@Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805@Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513@Itapagipe: (71) 3254-9930@Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253@Lucaia: (71) 3205-1801@Piatã: (71) 3503 7401@Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221@Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081@Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330@Eunápolis: (73) 8822-1125@Feira de Santana: (75) 3602 9762@Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326@Jequié: (73) 3526-5518@Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133@Valença: (75) 3641 3040@Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080

senAi – serViço nAcionAl de APrendizAGem industriAl

sede: 71 3343-8090@Cimatec: (71) 3534-8090@Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090@Feira de Santana: (73) 3639-9302 @Ilhéus: (73) 3639-9302 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609@Barreiras: (77) 3612-2188

iel – instituto euVAldo lodi

sede: 71 3343-1384/1328/1256@Barreiras: (77) 3611-6136@Camaçari: (71) 3621- 0774@Eunápolis: (73) 3281- 7954@Feira de Santana: (75) 3229- 9150@Ilhéus: (73) 3639-1720@Itabuna: 3613-5805@Jacobina: (74) 3621-3502@Juazeiro: (74) 3611-0155@Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621@Vitória da Conquista: (77) 3424-2558

cieb - centro dAs indÚstriAs do estAdo dA bAhiA

sede: (71) 3343-1214

sistema fieb nas mídias sociais

IEL Bahia premia

empresas por

desenvolverem

boas iniciativas

de estágio.

Melhores práticas

Presidentes da

CNI e de 19

federações

conheceram o

SENAI Cimatec.

institutos de inovação

O presidente do Sistema FIEB, José de

Freitas Mascarenhas, lançou o Programa

de Interiorização em Feira de Santana,

em 21 de agosto, para ampliar a oferta de

serviços oferecidos ao setor industrial.

sisteMa FieB aMplia sua presença no interior

Gestores do Serviço Social da Indústria

da Bahia (SESI Bahia) estão realizando

seminários para repensar os serviços

oferecidos à comunidade e preparar a

instituição para os desafios do futuro.

sesi planeja ações para repensar o Futuro

Prêmio destaca

boas iniciativas

desenvolvidas

pela indústria

baiana para

reduzir o impacto

ambiental

deseMpenho aMBiental

sumáRio agO/SEt/Out 2012

14

unidade da deten

química, no Polo

de camaçari

Foto: joão Alvarez

24

16

6 10

6 Bahia Indústria

Projetando o amanhãSESI realiza planejamento estratégico para repensar seu modelo de gestão para os próximos 15 anos em um país que sofrerá profundas transformações

por patrícia moreira Fotos João alvarez

a sociedade se transforma

a passos largos e o SESI

quer estar afinado para

acompanhar estas trans-

formações no campo da educação

e da qualidade de vida, sem perder

de vista a sua visão e fundamen-

tos. É por esta razão que está em

curso, desde março, o programa

de Planejamento Estratégico do

SESI, que projeta ações para a ins-

tituição para os próximos 15 anos.

De 31 de julho a 2 de agosto, o

programa realizou o primeiro se-

minário, quando a equipe de con-

sultores da Fundação Politécnica

da Universidade Federal da Bahia

(Ufba), sob a coordenação do pro-

fessor e ex-reitor Naomar Almeida,

que auxilia o SESI neste trabalho,

apresentou o primeiro diagnósti-

co para a equipe de gestores. Foi

o primeiro de um total de quatro

encontros, que acontecem até no-

vembro. “Ainda tem um percurso

a se percorrer e entendo que é um

momento importantíssimo que

pode fazer com que a gente altere

a velocidade da roda ou até altere

a roda”, observou o superinten-

dente do SESI, Wagner Fernandes.

Os primeiros diagnósticos si-

nalizam para a necessidade de se

implantar um centro de pesquisa

do SESI e de firmar parcerias pa-

ra dar mais capilaridade aos ser-

viços prestados pela instituição.

“Já identificamos que não temos

braços nem recursos para atender

todas as indústrias com serviços

próprios, vamos precisar de alia-

dos”, explica o superintendente,

adiantando algumas ideias que já

começam a despontar dos primei-

ros diagnósticos técnicos.

No seminário, que reuniu co-

mo palestrantes o professor José

Pastore, que falou sobre Educação

Básica como fator de competitivi-

dade para a indústria e a coorde-

nadora do Instituto Ayrton Senna,

Inês Kisil Miskalo (ver entrevista),

que falou sobre a experiência do

Instituto com um modelo de resul-

tados em escala, os consultores da

Ufba apresentaram um amplo es-

tudo sobre o panorama industrial,

as perspectivas de mudanças de

paradigmas em termos de gestão, considerações em

relação à educação e qualidade de vida.

Além destas colaborações, o coordenador do Nú-

cleo Estratégico do SENAI, Luís Breda, falou do pro-

cesso de planejamento adotado pela instituição. A

ideia foi mostrar como o SENAI vem trabalhando, já

que a proposta é que cada vez mais as duas unidades

trabalhem aliadas, em modelo de sistema, especial-

mente por conta da questão de qualificação e das de-

mandas comuns às duas casas.

CENÁRIOSO I Seminário de Planejamento Estratégico – SESI

15 anos funcionou como um encontro de aglutinação,

após um período de reflexão e troca de experiências,

iniciado em outubro de 2011. A julgar pelos cenários

apresentados pelo professor Rogério Quintella, que

traçou um panorama da evolução tecno-econômica

da humanidade e abordou as mudanças de paradig-

ma que marcaram esta evolução, as lideranças do

SESI têm pela frente grandes desafios.

Bahia Indústria 7

naomar

Almeida

coordena

equipe que

ajuda a pensar

o sesi do

futuro

o sesi está repensando seu pro-

grama de educação e qualidade de

vida e a senhora trouxe para o úl-

timo encontro do Planejamento es-

tratégico sesi 15 anos a experiên-

cia de 18 anos do instituto Ayrton

senna, que mensagem o instituto

trouxe para os gestores do sesi?

inês Kisil miskalo – O instituto se

caracteriza por desenhar soluções

para o país. Quando começou es-

te trabalho, a ideia era recuperar

o fluxo escolar de crianças que

estavam atrasadas na escola por

meio do programa Acelera Brasil.

Depois, percebemos que era im-

portante formar os educadores, os

profissionais, então, fomos crian-

do para evitar chegar no Acelera

Brasil. A criança que não está alfa-

betizada, mais cedo ou mais tarde

vai ficar com distorção, então, nós

começamos a investir em outras

ações que pudesse ajudar o país,

os estados, os municípios a evitar

aquela situação. Hoje a gente tra-

balha mais na gestão do processo

educacional no sentido de que se

você adotar práticas gestoras, vo-

cê terá uma eficiência maior na

educação. O instituto tem mostra-

do para as redes e para as pessoas

que é importante avaliar, usar a

“Pensar em escala é umaopção paraotimizarrecursos”Inês Kisil Miskalo, coordenadora

da área de educação formal do

Instituto Ayrton Senna, falou sobre

as experiências bem-sucedidas da

entidade na área de educação

No cenário traçado para o Bra-

sil em 2027, ano para o qual está

sendo pensado o novo formato do

SESI, a realidade será bem dife-

rente da atual. Segundo Quintella,

o país deixará de ser um país de

analfabetos, terá um padrão eu-

ropeu de renda per capita e dois

terços de sua população na clas-

se C. No campo da produção e da

gestão, ele aponta que os padrões

mundiais estarão fortemente re-

lacionados à sustentabilidade de

gestão de processos.

Do ponto de vista laboral, Na-

omar Almeida sinaliza mudanças

ainda mais profundas. “Em 2027,

o perfil do trabalhador na indús-

tria será muito diferente do que

é agora, mais especializado para

atuar numa estrutura muito mais

flexível. Vai desaparecer a figu-

ra do industriário que orientou o

modo como o sistema “S” da in-

dústria se estruturou. Trata-se de

um paradigma tecno-econômico

totalmente distinto, de forma que

se as instituições não se anteci-

parem estarão funcionando em

dissonância com a realidade que

a cerca”, explica Naomar Almeida.

Em relação ao SESI, ele explicou

que o encontro é uma primeira fa-

se de diagnóstico interno. “O foco

que a instituição tem utilizado com

trabalhador/indústria e empresa/

empresário não permite esta mu-

dança de escala que precisa ser fei-

ta. Algumas possibilidades estão

abertas e são oportunidades para o

SESI pensar como vai-se organizar

daqui a 15 anos”, acrescentou.

8 Bahia Indústria

avaliação como um diagnóstico, trabalhar de forma

planejada, estabelecer metas, avaliar o processo e fa-

zer as correções necessárias.

em que aspecto o instituto Ayrton senna pode cola-

borar com a experiência do sesi?

iKm – A solicitação foi para que a gente pensasse na

questão de escala, ou seja, como equacionar neces-

sidades com recursos. E a escala é uma solução para

se otimizar recursos. Fazer um trabalho para poucos,

não é o que o país precisa pois custa mais caro. Pen-

sar escala, que é o que o SESI está atualmente fazen-

do, é pensar ações em educação, em modelos, que

possam ser replicáveis e o instituto foi convidado,

porque nossa escala é sempre pensar em ações para

o país e nunca para um único local. Aí é que houve

esse casamento entre o planejamento estratégico do

SESI com o que o instituto pode contribuir.

quais são os grandes desafios que a educação brasi-

leira ainda tem pela frente?

iKm – A gente fala muito da falta de qualidade, só que

a falta de qualidade é consequência da falta de ações

ou de um processo onde a educação nunca foi olhada

com a devida atenção. Pensar educação para muitos

é pensar de forma organizada, planejada, sistemati-

zada, e a educação no país fica muito à deriva das

pessoas que estão lá na frente e não exatamente como

uma política educacional. Acho que falta para o país

um projeto de nação, onde as ações não vão morrer

como ações, vão ter que existir como políticas públi-

cas educacionais para todos e não para poucos.

no brasil, nós ouvimos falar de um projeto de nação

desde que se decretou a independência. será que

ainda vamos ouvir falar por muito tempo da necessi-

dade de um projeto de nação?

iKm – Espero que não. Eu acho que a gente já cami-

nhou bastante. A educação, agora, é um assunto que

está dominando muito as conversas populares, não

é uma coisa só de educador. A gente tem muita gente

pensando e querendo fazer a educação. O que a gen-

te não pode é ficar fazendo uma discussão teórica da

educação, precisa sair da teoria e por o pé no chão.

Como é que aquelas teorias educacionais, aquelas

discussões metodológicas acontecem de fato na esco-

la e garantem que a criança aprenda. Elas precisam

ter gestão e isso não é uma cultura da educação do

país, fazer o gerenciamento. Se a gente conseguir im-

plantar isso, fazer os educadores se comprometerem

com o resultado, com um pacto nacional de compro-

misso com a criança, a gente vai sair do discurso e

fazer com que as coisas se desloquem. Só que não vai

poder ser muito demorado; às vezes as coisas andam

muito devagar.

na sua palestra, a sra. fala da dificuldade de traba-

lhar com os governos. como transformar isso?

iKm – Quando a gente trabalha com governos, a gente

tem que trabalhar não como projeto de uma gestão,

daquele secretário, daquele governo, mas do estado,

do município, e fazer com que as pessoas se sintam

também donas do projeto. Essa mobilização social é

que vai fazer com que a educação mude e deixe de

ter ações isoladas e passe a ser uma ação em forma

de política pública. A educação tem dado certo onde

a sociedade se empenha mais e cobra a solução do

poder público. [bi]

inês miskalo

defende que

o foco deve

estar na gestão

pedagógica

circuito

Bahia Indústria 9

ministra diz que o ViraVida é modelo“O principal programa que o Brasil tem de construção

de oportunidades para meninos e meninas em

situação de exploração sexual não é organizado pelo

governo brasileiro, é organizado pelo SESI.” A

afirmação é da ministra de Direitos Humanos, Maria

do Rosário, em referência ao projeto ViraVida. Para

ela, é um exemplo de boa prática para o governo

federal no enfrentamento da exploração sexual de

adolescentes e jovens. “Queremos que o ViraVida

inspire iniciativas do governo para que possamos

estender o projeto com a tecnologia que ele produziu”,

destacou. A ministra quer desenvolver um plano de

ação de proteção a crianças e adolescentes com foco

no Mundial de 2014.

“se a culpa é Minha, eu coloco eM queM eu quiser.”

homer simpson, personagem de sitcom americana, “autor” da frase que se presta ao ambiente corporativo.

por cleBer Borges

burocracia afeta 90% das indústriasNove em cada dez indústrias

brasileiras são prejudicadas pelo

excesso de burocracia, com

elevação de custos, desvio de

recursos das atividades produtivas

e menos investimentos. As

informações são da Sondagem

Especial Burocracia, feita pela

Confederação Nacional da

Indústria. A pesquisa ouviu

2.388 industriais: 1.835 do setor

de transformação, 116 do

extrativo e 437 da construção.

Para 85% dos empresários, o

número excessivo de obrigações

legais é o que mais atrapalha. Em

segundo lugar (56%), vem a

complexidade das obrigações

legais e, em terceiro (41%), a alta

frequência das mudanças. A

burocracia também prejudica a

obtenção de licenças e alvarás.

cozinha brasil em moçambique

A experiência do programa de educação alimentar Cozinha

Brasil, desenvolvido pelo SESI, será aproveitada no treinamento

de merendeiras em Moçambique, conforme acordo de

cooperação técnica que o governo brasileiro está formalizando

com aquele país. Técnicos do SESI, da Agência Brasileira de

Cooperação (ABC), ligada ao Ministério das Relações Exteriores,

e do Programa Mundial de Alimentação da ONU discutirão as

bases do acordo para implantar o programa em Moçambique,

um dos países mais pobres do mundo. O Cozinha Brasil, que

orienta famílias sobre como evitar desperdícios e obter

alimentação saudável, se adequa ao programa de alimentação

escolar, observou o técnico da ABC, Armando Cardoso.

uma vitória do empresariadoO secretário da Fazenda do

Estado, Luiz Alberto Petitinga,

retirou o caráter de urgência do

Projeto de Lei nº 19.825/2012, que

tramitava na Assembleia

Legislativa, atendendo à demanda

do Fórum Empresarial da Bahia. O

projeto institui o arrolamento de

bens e direitos de grandes

devedores para assegurar o

patrimônio necessário ao

pagamento de crédito tributário. O

Estado passaria a ter o poder de

arrolar o bem de um devedor,

mesmo que a ação ainda

tramitasse na esfera

administrativa. O projeto define o

valor de R$ 500 mil a partir do

qual o devedor será passível do

arrolamento. A legislação federal

estabelece um limite quatro vezes

maior, de R$ 2 milhões.

10 Bahia Indústria

Fortalecer a representativida-

de e ampliar a presença do

Sistema FIEB e de seus ser-

viços na região que detém o

quarto maior PIB (Produto Interno

Bruto) do estado estão entre as ra-

zões que levaram o Sistema FIEB

a implantar seu Programa de In-

teriorização na região de Feira de

Santana. Esta foi a terceira região

do estado a receber o programa,

que já fincou bases no oeste da

Bahia, em 15 de abril de 2011, e na

região sul, em 1º de dezembro de

2011. Além das unidades do SENAI

e do SESI, já existentes na região,

Feira de Santana passará a contar

agora com uma representação do

por patrícia moreiraFotos João alvarez

da unidade do SENAI Feira e de R$ 15 milhões na im-

plantação de uma unidade da escola de Educação

Básica articulada com Educação Profissional (Ebep),

que vai reunir sob uma mesma proposta pedagógica

o ensino convencional e tecnológico, fruto de uma

afinada parceria entre SESI e SENAI.

Com mais de 550 mil habitantes e um PIB da ordem

de US$ 6,4 bilhões, Feira de Santana é um dos muni-

Programa de Interiorização vai melhorar

o atendimento e a oferta de serviços na região

FIEB amplia presença em Feira

Centro das Indústrias do Estado

da Bahia (CIEB), que será condu-

zida localmente por João Batista

Ferreira, que foi apresentado du-

rante o lançamento do programa.

Seu papel será o de atuar como ar-

ticulador das demandas da região

com a Federação das Indústrias,

que trabalhará em parceria com o

Centro das Indústrias de Feira de

Santana (CIFS), presidido por An-

dré Régis.

Na prática, o programa lançado

no dia 21 de agosto pelo presidente

do Sistema FIEB, José de Freitas

Mascarenhas, traduz-se, no curto

e médio prazos, por investimentos

de R$ 6 milhões na requalificação

Bahia Indústria 11

cípios que mais crescem no estado. Sua economia é

caracterizada pelo setor de serviços, especialmente o

comércio, mas o setor industrial participa com 24%

do PIB do município. As perspectivas para a região

são otimistas: entre 2002 e 2009, a economia local

cresceu à taxa média anual de 7,2%, superior ao cres-

cimento médio da economia baiana. Parte da expli-

cação para o crescimento feirense está na atração de

empresas industriais de porte, como a planta da Nes-

tlé e a fábrica da Belgo Bekaert, além da ampliação

da Pirelli Pneus.

O lançamento do Programa de Interiorização da

FIEB reuniu empresários e lideranças do setor produ-

tivo da região, vice-presidentes e diretores da FIEB,

além de superintendentes. Durante a permanência

em Feira de Santana, o presidente José Mascarenhas

esteve em contato com os empresários e industriais

feirenses e ouviu as principais demandas do seg-

Presidente

visitou fábrica

de pneus da

tyres, antes da

solenidade com

empresários

mento e se comprometeu a continuar atuando como

interlocutor para tentar atendê-las. Ele visitou, pela

manhã, o Centro Industrial do Subaé e constatou

as condições infraestruturais. Ele defendeu que o

estado faça a sua parte para assegurar o bom fun-

cionamento do distrito industrial, lembrando que a

situação se repete em outras regiões. “A situação é

a mesma em Aratu, em Ilhéus. O industrial tem que

contribuir com impostos, mas o estado tem que asse-

gurar a infraestrutura.”

CADEIA AUTOMOTIVAO presidente da FIEB, que também visitou pela

manhã a fábrica de pneus sólidos Standard Tyres,

sediada no CIS, maior fabricante de pneus especiais

da América Latina, citou a empresa como exemplo

pela excelência dos serviços. A Tyres é uma empresa

100% nacional que exporta para vários países. Para

José Mascarenhas, este é um referencial a ser segui-

do: “Quem puder exportar, exporte, não somente por-

que é um mercado que não tem limites, mas porque é

também um caminho para se buscar a excelência na

produção”, destacou.

Entre as áreas que vão merecer especial atenção por

parte da FIEB está o apoio à indústria de pneus, plás-

tico e automotiva, conforme destacou o presidente. A

ideia é fortalecer a cadeia automotiva na Bahia. “Que-

remos baianizar a produção de automóveis”, frisou

Mascarenhas. Para que isso aconteça, a FIEB estará

auxiliando as empresas interessadas em se qualificar

para ingressar nesta cadeia por meio das atividades

desenvolvidas pelo IEL, que atua na capacitação e

qualificação de fornecedores para grandes indústrias

do setor e apoio à inovação, além da intermediação de

estágio/formação de talentos; e pelo SENAI e SESI.

O SESI Feira atendeu, de janeiro a julho deste

ano, 343 empresas, nas áreas de Segurança e Saúde

do Trabalhador, Lazer, Educação e Responsabilida-

de Social, beneficiando um total de 57.775 trabalha-

dores. Com uma área superior a 16 mil m², o SENAI

Feira, por sua vez, possui 24 laboratórios, 11 salas de

aula e matricula mais de 1.200 alunos/ano em cursos

de Aprendizagem Industrial e de Qualificação Profis-

sional, básica e gratuita, preferencialmente em áreas

transversais (como usinagem, logística, automação,

manutenção mecânica e tecnologia da informação).

Com a requalificação da unidade, a capacidade será

ampliada. O projeto de ampliação deverá ser concluí-

do este ano, com início de obra previsto para 2013. [bi]

12 Bahia Indústria

ABIC/DIVuLGAçãO

melhorar a

qualidade do

café nacional

e investir na

inovação foram

temas tratados

na reunião

da Abic

rumos e perspectivasO Sindileite realizou, dias

28, 29 e 30 de setembro, o 3º

Encontro das Indústrias Baia-

nas do Setor de Leite e Deri-

vados, no Hotel Catussaba,

em Stella Maris. O objetivo foi

discutir os rumos e perspecti-

vas do setor, abordando temas

como sustentabilidade, trata-

mento dos resíduos líquidos

industriais, desafios e opor-

tunidades de mercado, design

e inovação. No encerramento

do evento, Paulo Cintra, que

foi reconduzido à presidência

por mais um mandato, tomou

posse para o exercício 2012-

2015, juntamente com a nova

diretoria. O sindicato comemo-

rou o aumento do número de

associados de 67 para 108 nos

últimos três anos.

convenção coletivaAs empresas que desejarem

obter mais informações e co-

nhecer a Convenção Coletiva de

Trabalho (CCT) 2012/2013, assi-

nada entre o Sindicato das In-

dústrias de Fibras Vegetais no

Estado da Bahia (Sindifibras) e

o Sindicato dos Trabalhadores

na Indústria de Fiação, Tecela-

gem e Similares do Estado da

Bahia (Sinditextil), já podem

acessar o documento no site do

sindicato (www.sindifibrasba.

com.br). A convenção tem vi-

gência até 30 de abril de 2013.

eleição no sindicalSérgio Pedreira foi recondu-

zido à presidência do Sindica-

to da Indústria de Mineração,

Calcário, Cal e Gesso (Sindical-

-BA), no dia 20 de setembro. A

posse será dia 6 de novembro.

Menos rigor na concessão de crédito para os pequenos e médios pro-

dutores e políticas de fomento à inovação foram temas discutidos du-

rante a Reunião Regional Bahia da Associação Brasileira da Indústria

de Café (Abic), dia 30 de agosto, na sede da Federação das Indústrias

da Bahia. O evento foi uma oportunidade para se discutir demandas e

alternativas para o aumento da competitividade do segmento. De acordo

com o presidente da ABIC, Américo Sato, as condições de competitivida-

de mudaram com a desoneração do PIS/COFINS, criando novos desafios

para o setor. Na Bahia, o setor enfrenta um fator a mais, que é a estia-

gem. De acordo com o presidente do Sincafé, Antônio Almeida, houve

uma redução da produção, encarecendo o preço do café local. Durante

o evento, o SENAI apresentou seus serviços de apoio à inovação. O setor

volta a se reunir durante o 20º Encontro Nacional das Indústrias de Café

(Encafé), o maior evento do setor no Brasil, no Iberostar Bahia, de 28 de

novembro a 2 de dezembro. Mas informações www.abic.com.br.

Abic quer mais crédito para o café

sindicatos

sindibrita promove palestras técnicasO Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado

da Bahia (Sindibrita) realizou, na FIEB, duas palestras técnicas sobre

o uso de agregados em revestimentos asfálticos e as mudanças nas leis

ambientais do estado. “A evolução do conhecimento faz com que os em-

presários acompanhem as mudanças, se atualizem quanto às novidades

nesta área e melhorem os produtos e a forma de atuar”, disse o presiden-

te do Sindibrita Fernando Jorge Carneiro.

Bahia Indústria 13

a Federação das Indústrias do

Estado da Bahia (FIEB) in-

gressou no Supremo Tribu-

nal Federal (STF), na qualidade de

amicus curiae, nas Ações Diretas

de Inconstitucionalidade (Adin)

movidas pelo governo de São Pau-

lo, que tenta derrubar a política de

incentivos fiscais oferecida pela

Bahia.

A FIEB representa o interesse

da indústria, um dos principais

segmentos atingidos, caso a Corte

Federal reconheça a inconstitu-

cionalidade da política de incen-

tivos com base na desoneração

do ICMS, praticada pelo estado

da Bahia há mais de dez anos. Na

opinião do presidente da FIEB, Jo-

sé de Freitas Mascarenhas, o ques-

tionamento pode criar um clima

de insegurança jurídica, a partir

do momento em que muitas indús-

trias beneficiam-se destes incenti-

vos fiscais.

As ações, que foram impetra-

das no dia 10 de agosto, atingem

não apenas a Bahia, mas também

os estados do Amazonas, Santa

Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio

de Janeiro. Em relação à Bahia,

estão sendo questionados a Lei

7.980/01 e o Decreto 8.205/02, que

instituem o Programa de Desen-

volvimento Industrial (Desenvol-

ve) e estabelecem possibilidades

de crédito presumido de ICMS e

de tratamento diferenciado. O go-

FIEB defende a política de incentivos fiscais da BahiaFederação ingressou como amicus curiae nas ações de inconstitucionalidade movidas pelo Governo de São Paulo contra legislação estadual

murilo xavier

explica que

a bahia pode

ser bastante

afetada pela

medida

verno de São Paulo alega que a

concessão de crédito presumido

e o diferimento do recolhimento

do ICMS contrariam as normas do

Conselho de Política Fazendária

(Confaz), que prevê aprovação por

unanimidade para validar políti-

cas de incentivos fiscais, confor-

me previsto na Lei Complementar

24, de 1975.

Murilo Xavier, diretor e coor-

denador do Conselho de Assuntos

Fiscais e Tributários da FIEB ex-

plica que a Lei 7.980/01 e o Decreto

8.205/02 foram de grande impor-

tância para ampliar e diversificar

a matriz industrial do estado.

O instrumento de amicus

curiae ("amigo da corte") é a in-

tervenção assistencial em proces-

sos de controle de constituciona-

lidade por entidades representati-

vas para se manifestar nos autos

sobre questão de direito pertinen-

te à controvérsia constitucional.

Não são partes dos processos;

atuam apenas como interessados

na causa. [bi]

14 Bahia Indústria

por carol mendonçaFotos João alvarez

O SENAI projeta realizar investimentos de

R$ 1,2 bilhão na construção de pelo menos

43 institutos de tecnologia e 23 institutos

de inovação em todo o país, nos próximos

cinco anos. Considerado a mais avançada unidade do

SENAI no país, o Centro Integrado de Manufatura e

Tecnologia (SENAI Cimatec), que se destaca pelo mo-

delo de integração entre formação profissional, ofer-

ta de serviços tecnológicos e realização de pesquisa

aplicada, foi escolhido para sediar o encontro, que

reuniu 19 presidentes de federações de indústrias, no

dia 6 de agosto, em Salvador.

O encontro dos presidentes contou com a presença

do presidente da Confederação Nacional da Indústria

(CNI), Robson Braga de Andrade, que reconheceu a

excelência do trabalho desenvolvido na unidade do

SENAI Bahia. “Não conhecia de perto o Cimatec; a

gente fica empolgado com o trabalho que se faz aqui,

é o sonho que a gente persegue para a indústria na-

cional”, declarou o presidente da CNI, ao final de

uma visita guiada aos laboratórios, salas de aula e

núcleos de pesquisa da unidade.

O presidente da Federação das Indústrias do Cea-

rá, Roberto Macêdo, declarou que estava aguardan-

do a visita ao Cimatec antes de pensar em implantar

qualquer projeto de centro tecnológico no seu esta-

do. “Conhecer o modelo de funcionamento do Cima-

tec foi fundamental”, explicou. Os representantes

FIEB recebeu presidente da CNI e de 19 federaçõesEncontro discutiu a implantação de institutos de tecnologia e inovação nas unidades do SENAI Bahia

Presidentes

de federações

de indústrias

vieram à bahia

conhecer o

cimatec

foram recebidos pelo presidente da Federação das

Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), José de Frei-

tas Mascarenhas, que ressaltou o compromisso que

esta iniciativa representa. “Este é um programa de

extrema importância para o Brasil, que está atrasa-

do em inovação, e agora nossa responsabilidade é

enorme, pois o governo federal nos deu a confiança

e escolheu o SENAI para desenvolvê-lo”, afirmou o

presidente da FIEB.

INVESTIMENTOSDo montante de R$ 1,2 bilhão de investimento des-

tinado ao sistema SENAI, a Bahia receberá R$ 200 mi-

lhões, sendo R$ 120 milhões do SENAI nacional e R$

80 milhões de investimentos próprios, que serão apli-

cados no Cimatec e em sete institutos de tecnologia e

inovação. Isso tornará possível a implantação de du-

as novas unidades no oeste da Bahia (Barreiras e em

Luís Eduardo Magalhães); uma no sul, entre Ilhéus e

Itabuna; uma no sudoeste; além de uma nova unidade

em Juazeiro e da ampliação da agência de Camaçari.

Bahia Indústria 15

Também estão sendo projetadas

uma unidade para atender ao Polo

Naval e uma outra, ainda em estu-

do, para o extremo sul do estado.

Parte do Programa SENAI de

Apoio à Competitividade da In-

dústria, os institutos de inova-

ção e tecnologia vão atender às

demandas do setor industrial,

oferecendo serviços tecnológicos

de alto valor agregado e desen-

volvendo pesquisa aplicada de

produtos e processos em áreas de

conhecimentos transversais. “Os

centros vão atuar em rede com as

empresas, universidades e outros

institutos tecnológicos, criando

zonas de inovação e incentivando

a retenção de talentos na indús-

tria”, disse o diretor nacional do

SENAI, Rafael Lucchesi. [bi]

16 Bahia Indústria

heque Verde, Se eu Fosse uma Flores-

ta, Lixo ou Luxo. Estes são os títulos

de três dos quatro projetos vencedo-

res da 10ª edição do Prêmio de De-

sempenho Ambiental, que elegeu co-

mo tema deste ano Economia Verde.

Despertar a sensibilidade e promover

a conscientização de quem vive no entorno das fá-

bricas ou simplesmente consome os produtos que

a indústria produz está por traz deste conceito, que

ampliou o leque de possibilidades e abriu caminho

para novas iniciativas.

O princípio não sugere grandes revoluções. Ba-

seia-se no conceito de que nada se perde, tudo se

recicla, mas agrega a certeza de que um pouco de

criatividade pode ajudar – e muito – a superar certos

desafios. A Salve Terra, por exemplo, vencedora na

categoria pequena empresa, utiliza materiais reciclá-

veis na confecção de seus produtos.

A Deten destina parte dos seus resíduos para en-

volver seus colaboradores em um trabalho de respon-

sabilidade social e de conscientização ambiental,

que se reverte em doação de recursos para institui-

ções sociais. A Veracel apostou na reprodução do am-

biente da Mata Atlântica para despertar o sentimento

de preservação das florestas ao trazê-la para mais

perto das pessoas. E a Coelba não hesitou em colocar

suas fichas no seu maior projeto de geração de ener-

gia solar, o Projeto Pituaçu Solar, que foi destacado

com uma Menção Honrosa.

Com enfoque mais tradicional, a Braskem apre-

sentou um amplo programa de gerenciamento de

emissões atmosféricas com resultados animadores e

com benefícios extensivos à sua cadeia de fornecedo-

res. Embora batizado com um nome mais técnico, o

Projeto Gestão de Emissões Atmosféricas na Unidade

de Insumos Básicos da Bahia também prevê ações de

reciclagem e reaproveitamento de materiais já utili-

por patrícia moreiraFotos João alvarez

10ª edição do Prêmio de Desempenho Ambiental destacou-se por premiar iniciativas voltadas para a educação e a redução do impacto ambiental

márcia e

Guilherme

menezes estão

por trás do

projeto que

resultou na

salve terra

Economia

vErdE, fonte rENOvávEl

Bahia Indústria 17

salvE tERRaLixo ou luxo

A Salve Terra é uma pequena empresa

e concorreu com um projeto que consiste

em transformar material reciclável em

roupas, bijuterias, objetos de decoração e

embalagens, dando um novo significado

a materiais que, após o primeiro uso, se-

riam devolvidos ao lixo. Assim, garrafas

PET são transformadas em bijuterias, vi-

ram embalagens para presentes ou trans-

formam-se em flores. A empresa também

tem ações de conscientização ambiental

e atua desenvolvendo oficinas de recicla-

gem em comunidades de baixa renda.

18 Bahia Indústria

zados, gerando grandes benefí-

cios ao meio ambiente.

O prêmio foi entregue no dia

16 de agosto, em solenidade rea-

lizada na sede da Federação das

Indústrias do Estado da Bahia.

Para Irundi Edelweiss, presidente

do Conselho de Meio Ambiente da

FIEB, responsável pela promo-

ção do Prêmio de Desempenho

Ambiental, os ganhos vão além

da simples premiação. “Além

do papel tradicional da missão

desse evento, que é difundir os

Julgadora do Prêmio FIEB, Arlin-

da Coelho, a agenda de desenvol-

vimento sustentável da indústria

baiana apresenta grandes desa-

fios e numerosas oportunidades.

“O Prêmio FIEB é uma dessas

oportunidades de assumir a li-

derança na mobilização do setor

produtivo, visando demonstrar

os avanços alcançados pela in-

dústria baiana na área de susten-

tabilidade econômica/ambiental/

social”, destacou, ressaltando que

a escolha do tema economia verde

teve por objetivo estar em sintonia

com aquilo que a ONU define co-

mo uma economia “que resulta em

melhoria do bem-estar das pesso-

as, promovendo a equidade social

e reduzindo significativamente os

riscos ambientais, bem como a es-

cassez dos recursos naturais”.

FATOR DE COMpETITIVIDADECoordenador de Estudos de

Regulação do Instituto de Pesqui-

sa Econômica Aplicada (Ipea) no

Rio de Janeiro, Ronaldo Seroa da

Motta, que foi um dos palestran-

tes na solenidade de entrega do

prêmio, destaca que a indústria

do século 21 precisa produzir de

forma responsável e, mais que is-

so, ser protagonista na condução

das ações de preservação e cons-

cientização ambiental, seja na sua

postura interna quanto externa-

mente, adotando práticas e formas

de gestão dos recursos naturais

sustentáveis. “Não há dúvida que

o setor empresarial está muito ati-

vo numa agenda ambiental. A sua

participação, por exemplo, na Rio

+ 20, foi forte e protagonista. Hoje

é uma questão de competitivida-

de e reputação”, explica Ronaldo

Seroa da Motta, que é doutor em

Economia pela University College

London.

cuidados com o meio ambiente e

reconhecer e premiar as empresas

que se destacaram com projetos

específicos, este ano destacaria

a preocupação com a questão da

nova lei de resíduos sólidos com

reflexos no papel da indústria na

logística reversa de seus produ-

tos, isto é, uma preocupação por

gerar produtos quer possam ser

reciclados e reaproveitados.”

Para a gerente de Desenvol-

vimento Sustentável do Sistema

FIEB e presidente da Comissão

DEtEnCheque Verde

A Deten concorreu com uma iniciativa que direciona parte dos

resíduos destinados à reciclagem – a sucata metálica e o óleo lubri-

ficante – para um programa social gerido pelos trabalhadores da fá-

brica, o Cheque Verde. A renda apurada com a venda dos resíduos

é revertida para até quatro entidades sociais a cada ano. Em 2012,

o projeto conseguiu R$ 16 mil, que foi rateado entre quatro institui-

ções. A ideia de concorrer com o projeto teve por objetivo disseminar

a ideia que se reverte em benefício para as equipes envolvidas que

envolvem numa atividade de cunho social, com impacto sobre as co-

munidades que encontram-se no entorno da fábrica.

Angel

Fernandez,

Ana serra

e carlos

Pessoa,

da deten

química s.A.

Bahia Indústria 19

Na avaliação de Seroa, a realização de premiações

como a que a FIEB realiza e que este ano completou

uma década deve ser estimulada, pois gera bene-

fícios para as empresas e para a sociedade. O espe-

cialista observa que a questão ambiental pode repre-

sentar oportunidades: “Há um espaço produtivo para

a produção de bens e serviços ambientais de baixa

escala. O prêmio da FIEB mostra isto com seus pre-

miados”, avalia.

Mas para quem promove ações de sustentabili-

dade, os ganhos são vivenciados na prática. A con-

sultora interna de Proteção Ambiental, Segurança e

Qualidade da Deten e membro do comitê do projeto

desde 1998, Ana Serra, explica que o principal méri-

to da iniciativa é firmar um pilar de sustentabilidade

que envolve o trabalhador e o torna mais comprome-

tido. “O trabalhador tem orgulho da empresa na qual

trabalha, por isso a gente pede que ele participe do

projeto e indique as instituições que serão beneficia-

das”, revela.

Ana Serra explica que o objetivo de partidipar do

Prêmio FIEB foi também divulgar o projeto para ou-

tras empresas. “Porque é muito fácil para elas ade-

rirem. Se uma Braskem ou uma Dow resolver doar

comunidade

visita a

exposição

no núcleo

Florestal da

Veracel, em

eunápolis

vERacElSe eu Fosse uma Floresta

A Veracel Celulose concorreu com a expo-

sição itinerante Se eu Fosse uma Floresta, que

reproduz o ambiente da Mata Atlântica, inspira-

da no tema escolhido pela ONU (Organismo das

Nações Unidas) para 2011, Ano Internacional da

Floresta. A mostra, que percorre a cada seis me-

ses unidades da Veracel, fica montada durante

dois anos, aberta à visitação pública, tendo im-

pacto sobre os dez municípios do extremo-sul

na conscientização sobre a importância de se

preservar a floresta nativa. Atualmente a expo-

sição está montada no Núcleo Florestal da Vera-

cel em Eunápolis, onde ficará até abril do pró-

ximo ano. A equipe trabalha com a consultoria

da Árvore da Vida, de Minas Gerais. A proposta

é uma exposição interativa e que promova sen-

sações nos visitantes, despertando sua consci-

ência ambiental. Ela já recebeu 2.700 visitantes

e graças à participação da comunidade e cola-

boradores envolvidos foi possível minimizar os

impactos socioambientais, gerando mudança

de valores e de comportamento nos visitantes e

na comunidade. Fazem parte da ação resgatar o

sentimento de pertencimento e de preservação.

A mostra apresenta réplicas de animais da Mata

Atlântica e espécies da floresta.

ERNANDES ALCâNTARA /DIVuLGAçãO

20 Bahia Indústria

CASES PREMIADOS

catEGoRia GRanDE E mÉDia EmPREsa

»Produção Mais Limpa

»Braskem S/A

»Projeto Gestão de Emissões

Atmosféricas na Unidade de

Insumos Básicos

Responsável pelo projeto:

Sérgio Hortélio, engenheiro de

meio ambiente

menção honrosa: coelba

»Projeto Pituaçu Solar - Geração

de energia fotovoltaica em

estádio de futebol.

Responsável pelo projeto:

Ana Christiná Romano

Mascarenhas, assessora de

eficiência energética

»Projetos Cooperativos de Responsabilidade Socioambiental

»Deten Química S/A

»Projeto Cheque Verde

Responsável pelo projeto:

Carlos Luís Pellegrini Pessoa,

coordenador de proteção

ambiental, segurança e

qualidade

»Educação Ambiental

»Veracel Celulose S.A.

»Exposição Itinerante de

Educação Ambiental Temática

Se eu Fosse uma Floresta

Responsável pelo projeto:

Virgínia Londe de Camargo e

Lígia Gallozzi Mendes,

especialista ambiental e

especialista em educação

ambiental e RPPN

catEGoRia micRo E PEQuEna EmPREsa

»Salve Terra

»Projeto Lixo ou Luxo –

Modalidade Educação

Ambiental

Responsável pelo projeto:

Guilherme Menezes, diretor

parte do que reciclam, isso pode se reverter em be-

nefício para muito mais pessoas”, acredita Ana, que

contabiliza 48 instituições já atendidas pelo projeto

da Deten, que utiliza os recursos obtidos com a reci-

clagem de óleo lubrificante e sucata.

EMOçãO E INTERAçãONo caso da experiência da Veracel, a grande con-

quista é poder despertar certas emoções nas pessoas.

“Nosso propósito é fazer com que elas se coloquem

no lugar da floresta. Toda a exposição é montada de

forma interativa, com réplicas de animais, caixas

para experiências táteis e sensoriais e algumas pro-

vocações que levam as pessoas a refletirem”, explica

a bióloga Virgínia Londe de Camargos, especialista

ambiental da Veracel e que coordena o Programa de

Educação Ambiental.

O projeto Se eu Fosse uma Floresta começou em

coElbaPituaçu Solar

O Projeto Pituaçu Solar visa estimular o uso

de fontes de energia renováveis, em especial a

energia solar, além de estimular o mercado na

produção de novas tecnologias. O projeto consis-

te na implantação do sistema fotovoltaico insta-

lado no Estádio Governador Roberto Santos, res-

peitando as características de uso e estrutura do

local. A usina fotovoltaica possibilita a geração

de crédito de energia ativa, injetando 272MWh/

ano na rede, o que poderá abastecer 301 casas

populares com energia pelo período de um ano.

2011 e percorreu quatro unidades

da Veracel no extremo-sul do esta-

do. Ela é desmontada a cada dois

anos para dar espaço a um novo

tema. Este último foi escolhido em

função de o ano de 2011 ter sido

escolhido pela ONU como Ano In-

ternacional da Floresta. A mostra

foi montada no dia 21 de setembro

no Núcleo Florestal da Veracel, em

Eunápolis, e permanecerá em car-

taz até março de 2013. Desde que

foi aberta, a exposição recebeu

mais de 2.700 pessoas.

Mas quem levou mesmo um

susto por ter sido escolhido como

vencedor na categoria Pequena

Empresa deste ano foi Guilherme

Menezes, proprietário da Salve Ter-

ra. “Foi um susto porque com um

ano e meio de loja não imaginava.

O mais importante é que isso nos

motiva a continuar este trabalho

e, a partir do Prêmio de Desempe-

Projeto que utiliza a energia

solar em Pituaçu recebeu

menção honrosa

MANu DIAS / SECOM

Bahia Indústria 21

nho Ambiental, recebemos contatos para futuras par-

cerias”, conta Menezes. Ele, que é técnico ambiental,

explica que a ideia de criar uma loja que produzisse a

partir de materiais reciclados surgiu de uma conversa

em família. Daí, ele chamou a mãe, Márcia Maria Me-

nezes, que é artista plástica, para assumir a parte de

criação e hoje ele já estuda colocar em prática alguns

projetos de educação ambiental e de geração de renda

envolvendo comunidades de baixa renda.

MONITORAMENTOPrincipal premiada pelo trabalho no desempenho

e controle das emissões atmosféricas industriais, a

Braskem venceu a 10ª edição do prêmio na categoria

Produção Mais Limpa com uma iniciativa que redu-

ziu em 62% a emissão de COV (composto orgânico

volátil) desde 2002; em 22%, na média, a emissão de

GEE (gases de efeito estufa), desde 2005; em 25%, o

volume de NOx (número de oxidação) de poluentes

convencionais liberados na atmosfera, desde 2002; e

em 48%, as emissões fugitivas.

De acordo com Sérgio Hortélio, coordenador técnico

de meio ambiente da Braskem, o Projeto de Gestão de

Emissões Atmosféricas insere-se na meta que a empre-

sa traçou para 2020 e que prevê alcançar o padrão das

melhores empresas do mundo em relação ao controle

de emissão de gases que provocam o efeito estufa, que

é de 600 kg por tonelada de produto. “Montamos um

modelo de gestão que monitora vários indicadores e

programas. Cada unidade e fornecedores externos dão

a sua contribuição”, explica Sérgio Hortélio.

Para o coordenador do programa, a conquista do

Prêmio FIEB de Desempenho Ambiental é uma sina-

lização de que as equipes estão trabalhando no cami-

nho certo, revela Hortélio, que lembra a conquista do

BenchMais Ambiental Brasileiro com uma parte do

projeto vencedor da FIEB. [bi]

bRasKEmPrograma de Gestão de Emissões Atmosféricas da Unidade de Insumos Básicos

A Braskem concorreu com o Programa de Gestão de Emissões Atmosféricas na Unidade de Insumos

Básicos, que busca a redução de perdas de recursos naturais, produtos e energia. O projeto tem ainda por

objetivo minimizar os efeitos do impacto ambiental da indústria química, contribuindo para a transfor-

mação e evolução do segmento com vista à liderança global da química sustentável. O projeto prevê a re-

alização de verificações diárias, decenais e mensais, com as respectivas análises críticas de identificação

de desvios e ações de correção. O programa é analisado e submetido ao fomento contínuo das ações. O

trabalho de monitoramento envolve toda a planta da Braskem e seus fornecedores.

unidade da

braskem em

camaçari

22 Bahia Indústria

marcelo zenni, da

Kimberly-clark,

apresentou o cronograma

das obras da unidade

Com a perspectiva de produ-

zir, a partir de 2013, ácido

acrílico, acrilato de butila

e polímeros superabsorventes, o

projeto do Polo Acrílico de Cama-

çari, liderado pela Basf, estimula-

rá a atração de pelo menos outras

seis indústrias, entre elas, a Kim-

berly-Clark e a Braskem.

Mas a contratação de empresas

e trabalhadores baianos na cons-

trução e operação do Polo Acrí-

lico já é uma realidade, tanto na

construção das plantas como na

operação das fábricas oferecendo

oportunidades para fornecedores

de bens e serviços (matérias-pri-

mas, transporte, jardinagem, por

exemplo) e mão de obra (opera-

dores de logística, engenheiros,

função administrativa, estágio,

entre outros).

O cenário de oportunidades foi

apresentado pelos diretores du-

rante o Seminário Oportunidades

do Polo Acrílico da Bahia, realiza-

do no dia 1º de agosto, na sede da

Federação das Indústrias do Esta-

do da Bahia (FIEB).

“A engenharia é nossa, mas

a construção da planta indus-

trial já está sendo realizada com

100% de empresas e mão de obra

da Bahia”, garantiu o gerente de

planta Kimberly-Clark, Marcelo

Zenni, durante a apresentação do

cronograma de obras da unidade.

O diretor de operações do pro-

Polo Acrílico abre novas oportunidadesRepresentantes da Basf e da Kimberly-Clark garantem que a perspectiva é trabalhar com fornecedores baianos e 90% de mão de obra local

jeto do Complexo Acrílico da Basf,

Holger Herbst, também falou do

interesse do grupo em trabalhar

com fornecedores baianos e 90%

de mão de obra local. “Até por

questões de logística, segurança e

custos”, explicou o executivo.

Entusiasmados com as possi-

bilidades de negócio, dezenas de

empresários baianos presentes ao

evento propuseram a realização

de uma rodada de negócios – in-

termediada pelo Instituto Euvaldo

Lodi (IEL) regional – para que as

multinacionais conheçam os pro-

dutos e serviços oferecidos pelos

fornecedores do estado.

De acordo com o vice-presiden-

te da FIEB, Reinaldo Sampaio, o

Polo Acrílico coloca a Bahia nu-

ma posição de vanguarda das

indústrias de transformação e de

base. “A implantação do empre-

endimento e seus desdobramen-

tos podem contribuir para alterar

a matriz industrial do estado”,

avaliou.

O superintendente de Desen-

volvimento Econômico da Secre-

taria de Indústria Comércio e Mi-

neração (Sicm), Paulo Guimarães,

enfatizou que a atuação do gover-

no estadual está focada no aden-

samento de cadeias produtivas.

“Nosso objetivo é que as empre-

sas baianas possam fornecer para

mais de uma cadeia, atendendo a

outros mercados”, disse. [bi]

Representantes do Banco do Brasil, Caixa Econô-

mica Federal, Desenbahia e Banco do Nordeste par-

ticiparam do seminário O Momento Financeiro das

Micro e Pequenas Empresas – Oportunidades e De-

safios, dia 18 de agosto, no auditório da FIEB, quando

apresentaram as linhas de crédito e deram orienta-

ção com atendimento individual aos empresários.

“É fundamental que os empresários saibam de que

forma obter esses aportes de capital que se tornam

imperiosos para a sobrevivência e o crescimento no

mercado”, afirmou o coordenador do Conselho da

Micro e Pequena Empresa Industrial da FIEB, Carlos

Henrique Gantois.

Os empresários também participaram de um de-

bate sobre o cenário econômico atual, as ameaças e

oportunidades para as MPE. De acordo com o supe-

rintendente do Sebrae Bahia, Edival Passos, o mar-

co legal brasileiro para o setor criou um ambiente

favorável. No entanto, para ele, é preciso avançar

no acesso ao crédito, baixando ainda mais os juros e

desburocratizando as relações entre os empresários e

as instituições financeiras.

Também participaram do evento o superintendente

de Comércio e Serviços da Secretária Estadual de In-

dústria e Comércio, Advan Furtado, que recomendou

como ferramenta de consulta e apoio disponível na in-

ternet, o Guia Prático para acesso ao Crédito Bancário

(www.forumregionalmpe.ba.gov.br/publicacoes).

Bahia Indústria 23

conselhos

esclarecimento da sefaz

Em razão de denúncias

feitas por contribuintes, que

teriam sido abordados, por

meio de telefonemas, para

tratar de julgamentos de

processos administrativos

fiscais, o Conselho

de Assuntos Fiscais e

Tributários da FIEB informa

que a Secretaria da Fazenda

do Estado da Bahia (Sefaz)

divulgou comunicado

esclarecendo que seus

servidores não efetuam

ligações telefônicas com

esta finalidade e que o

contato com os contribuintes

é realizado pessoalmente,

pelos Correios (com aviso de

recebimento) ou por edital

publicado no Diário Oficial

do Estado.

A Sefaz/BA informou

ainda que os julgamentos

do Conselho da Fazenda

(Consef) são realizados

em sessões públicas,

por órgãos colegiados,

contando, na 2ª Instância,

com a participação paritária

de representantes dos

contribuintes e com a

assessoria da Procuradoria

Geral do Estado (PGE).

Esclareceu, por fim, que

o acesso aos processos é

facultado às partes, em

qualquer estágio, e que a

consulta à tramitação e

os acórdãos já publicados

estão disponíveis em seu

site www.sefaz.ba.gov.

br, no canal: Legislação e

Contencioso/Julgamentos/

Jurisprudência (Acórdãos).

Oportunidade de crédito para as MPE

encontro reuniu

representantes da Fieb

e de entidades como o

sebrae no auditório da Fieb

0607nov

comitê de Petróleo e Gásroad show e rodada de negócios sobre navipeças (para embarcações e plataformas offshore)Manhã e tarde

Local: FIEB – auditório e

salas de reunião

Realização FIEB e ONIP

04dez

1º seminário “reservatórios não convencionais: oportunidades em shale Gas e shale oil nas bacias do recôncavo e tucano sul”Manhã e tarde

Local: FIEB – auditório

Realização FIEB, MME,

ANP, Governo do Estado

da Bahia, IBP e

Petrobras

a g e n d a

24 Bahia Indústria

Melhores Práticas de Estágio 2012 Vencedores do prêmio promovido pelo Instituto Euvaldo Lodi são reconhecidos pelos exemplos de formação profissional produtiva

por carolina mendonça Fotos João alvarez

a Lacerta Consultoria Pro-

jetos e Assessoria Am-

biental, a Braskem, a

Cromex e a Escola Kenne-

dy foram as grandes vencedoras

da 9ª edição do Prêmio Melhores

Práticas de Estágio, promovido

pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL)

regional e pelo Fórum de Estágio

da Bahia. A premiação foi realiza-

da no dia 18 de julho, na sede da

Federação das Indústrias do Esta-

do da Bahia (FIEB).

Sintetizando o sentimento dos

que foram escolhidos pelos melho-

res programas de estágio na Bahia,

o diretor de Projetos da Lacerta,

Henrique Ribeiro, falou sobre a im-

portância do prêmio: “É uma gran-

de motivação para as empresas

aprimorarem seus programas de

estágio, visando ampliar o poten-

cial dos estudantes que integram

sua equipe e que, possivelmente,

serão seus futuros empregados”,

afirmou o representante da empre-

sa contemplada com o Troféu Eu-

valdo Lodi, destinado às que já fo-

ram premiadas nos anos anteriores

e atingiram pontuações mais altas.

Na categoria grande empre-

sa, a escolhida foi a Braskem, de

Camaçari. Já a média empresa

contemplada foi a Cromex, de Si-

mões Filho. E a Escola Kennedy,

do município de Eunápolis, foi a

vencedora entre as empresas de

pequeno porte. As finalistas de

cada categoria e os estagiários de

destaque nos projetos inscritos no

prêmio também foram anunciados

durante a solenidade.

O superintendente do IEL,

Armando Neto, ressaltou que o

principal objetivo do prêmio é,

por meio do reconhecimento das

melhores práticas, contribuir para

a mudança da cultura de estágio

dentro das empresas. “É uma ma-

neira de reforçar que a verdadeira

essência do estágio é o ato de edu-

car, de contribuir para a formação

profissional e cidadã de jovens,

que não podem ser vistos como

mão de obra barata”, disse.

INOVAçãODe acordo com o diretor geral

da Fundação de Amparo à Pesqui-

sa do Estado da Bahia (Fapesb),

Roberto Lopes, o prêmio é uma

ação que concorre para o esforço

de incorporar a inovação nos pro-

cessos produtivos. “O estágio abre

portas para a inserção de novas

tecnologias, ideias e mudanças

de atitude, mudando padrões de

Armando neto

destaca a

importância da

premiação

Bahia Indústria 25

comportamento e rompendo com

a inércia institucional”, pontuou.

Já o diretor do Serviço de Apoio

às Micro e Pequenas Empresas do

Estado da Bahia (Sebrae-BA), Lau-

ro Ramos, acredita que o estágio é

fundamental no caminho profis-

sional e a iniciativa da premiação

deve ser apoiada e ampliada, pois

“cria uma corrente do bem”, for-

mando líderes que irão conduzir

os destinos das empresas.

“O estágio de qualidade repre-

senta uma etapa indispensável

na vida profissional, pois esse

é o momento de os estudantes

adquirirem a experiência que o

mercado de trabalho exige. Para

as empresas, o estágio é a forma

mais eficiente de seleção dos co-

laboradores, pois podem avaliar

as competências desenvolvidas

e potenciais que buscam para a

organização”, afirma a gerente de

Estágio e Formação de Talentos do

IEL, Edneide Lima.

Criado em 2004 pelo IEL, em

parceria com o Fórum de Estágio

da Bahia, o prêmio tem como ob-

jetivos identificar as boas práticas

de estágio das empresas baianas

e auxiliar as organizações a de-

senvolver programas de estágio

cada vez melhores, já que todos

os inscritos passam pela avalia-

ção de uma comissão julgadora e

recebem um relatório que aponta

em que pontos a atividade pode

ser incrementada.

Em 2011, as empresas vencedo-

ras foram a Lacerta Consultoria,

Projetos e Assessoria Ambiental

Ltda (categoria Pequena Empre-

sa), Portugal Telecom Inovação

Brasil (Média) e Petrobras UO BA

(Grande). Já Yazaki Autoparts do

Brasil Ltda. recebeu o Troféu Eu-

valdo Lodi. [bi]

representantes

das quatro

empresas

vencedoras

da edição

do Prêmio

melhores

Práticas de

estágio 2012

PequenA emPresA

»escola Kennedy

estudante reconhecida

»Christiane Silva Ferreira, da

Universidade Norte do Paraná

(UNOPAR), pelo projeto Cidadãos

do Mundo

finalista

»Cooperativa Central de Crédito

da Bahia (Salvador)

médiA emPresA

»cromex s/A (Simões Filho)

estudante reconhecido

»Leonardo Correia de Oliveira, da

Escola Politécnica da Ufba, pelo

projeto Instalação de Sistema

de Ensaque para Carbonato

de Cálcio

finalistas

»Portugal Telecom Inovação

Brasil (Salvador)

»Deten Química S/A (Camaçari)

GrAnde emPresA

»braskem s/A (Camaçari)

estudante reconhecida

»Simara Vargas Magalhães, da

Ufba, pelo projeto Redução de

Perdas Físicas na área de

Transferência de Insumos Básicos

da Industrial de Energia e Serviços

da UNIB 1 BA.

finalista

»Yazaki Autoparts do Brasil Ltda.

(Feira de Santana)

troFéu euVAldo lodi

»lacerta consultoria Projetos e

Assessoria Ambiental ltda.

(Salvador)

estudante reconhecido

»André Kaufer Leite, da

Universidade Católica do Salvador

(Ucsal), pelo projeto

Genotoxicidade como Ferramenta

Inovadora no Monitoramento

Ambiental em Ecossistemas

Aquáticos: Teste de Micronúcleo e

Teste Allium cepa.

vencedores por categoria

26 Bahia Indústria

inDicaDoREs Números da Indústria

desempenho da Bahia supera o nacional Enquanto a taxa anualizada da produção física do estado cresceu 0,6%, em julho, a do Brasil registrou queda de 2,7%

São Paulo -5,6 -5,9 -4,1

Minas gerais 0,2 -0,9 -1,6

rio de janeiro -5,5 -8,2 -4,4

paraná -7,8 1,8 6,9

rio grande do sul -6,4 -2,9 -0,4

Bahia 3,0 3,2 0,6

santa catarina -0,2 -2,9 -4,1

amazonas -15,3 -7,7 -1,1

espírito santo -8,4 -9,9 -10,0

pará -4,6 1,7 1,5

goiás -12,4 6,0 7,5

pernambuco 3,3 4,1 4,0

ceará 2,5 -1,4 -4,5

Brasil -3,0 -3,9 -2,7

produção física por estado: indústria de transformação

Fonte IBge; elaboração Fieb/SdI

estAdos VARIAçãO (%)

jul12/ jAn-jul 12/ AGo11-jul12/ jul11 jAn-jul 11 AGo10-jul11

a taxa anualizada da pro-

dução física da indús-

tria de transformação

da Bahia cresceu 0,6%

em julho último, após manter-

-se estável em junho, registrando

trajetória de leve recuperação da

atividade produtiva industrial.

No mesmo período, a produção

brasileira apresentou queda de

2,7%. No ranking dos 13 estados

que participam da pesquisa sobre

a produção setorial do IBGE, além

da Bahia, quatro estados apresen-

taram desempenho positivo: Goi-

ás (7,5%), Paraná (6,9%), Pernam-

buco (4%) e Pará (12,5%).

Oito estados registraram resul-

tados negativos: Espírito Santo

(-10%), Ceará (-4,5%), Rio de Janei-

ro (-4,4%), São Paulo (-4,1%), San-

ta Catarina (-4,1%), Minas Gerais

(-1,6%), Rio Grande do Sul (-0,4%)

e Amazonas (-1,1%).

Na Bahia, dos oito segmentos

pesquisados, três apresentaram

desempenho negativo: Veículos

Automotores (-19,9%), Metalurgia

Básica (-11,6%) e Refino de Petró-

leo e Prod. de Álcool (-7,2%). Por

outro lado, apresentaram resulta-

dos positivos os segmentos Pro-

dutos Químicos/Petroquímicos

(7,5%), Borracha e Plástico (6,4%),

Alimentos e Bebidas (5,4%), Celu-

lose e Papel (3,2%) e Minerais não-

-metálicos (2,1%).

Na comparação de julho de

2012 com igual mês do ano ante-

rior, a produção física da indústria

de transformação baiana apre-

sentou crescimento de 3% (contra

uma queda de 3% na média Bra-

sil). Cinco dos oito segmentos da

Indústria de Transformação regis-

traram crescimento da atividade,

como segue: Refino de Petróleo e

Prod. de Álcool (18,8%, em função

do avanço na produção de óleo

diesel e outros óleos combustíveis,

gasolina automotiva e gás lique-

feito de petróleo), Celulose e Papel

(15,3%, com a expansão na produ-

ção de celulose), Borracha e Plás-

tico (8,8%, devido ao incremento

na produção de garrafões, garra-

fas e frascos de plástico), Minerais

não-Metálicos (6,1%, aumento na

produção de ladrilhos e placas de

cerâmica, massa de concreto e ci-

mentos “Portland”) e Alimentos e

Bebidas (3%, em função da maior

produção de cerveja, chope e man-

teiga, gordura e óleo de cacau).

Por outro lado, verificou-se

queda na produção em Metalurgia

Básica (-39,7%, explicada espe-

cialmente pela paralisação para

manutenção em importante em-

presa do segmento, provocando

a redução da fabricação de bar-

ra, perfil e vergalhões de cobre e

vergalhões de aços ao carbono),

Veículos Automotores (-35,3%,

devido à menor fabricação de au-

tomóveis) e Produtos Químicos/

Petroquímicos (-1,4%).

Tendo em conta o acumulado

dos primeiros sete meses des-

te ano, em comparação a igual

período de 2011, verifica-se um

crescimento de 3,2% na indústria

Bahia Indústria 27

de transformação baiana. Tal desempenho positivo

foi determinado pela alta dos seguintes segmentos:

Produtos Químicos/Petroquímicos (12,2%, ainda re-

fletindo a baixa base de comparação, por conta das

paralisações decorrentes do desligamento do setor

elétrico ocorrido na Região Nordeste do país em fe-

vereiro do ano passado; nessa atividade sobressaiu

a maior produção de etileno não-saturado, polieti-

leno de alta e baixa densidade, sulfato de amônio e

polietileno linear), Borracha e Plástico (9,2%, com a

maior fabricação de garrafões, garrafas e frascos de

plástico), Alimentos e Bebidas (4,3%, com a maior

fabricação de cervejas, chope, farinhas e “pellets”

da extração do óleo de soja, óleo de soja em bruto e

manteiga, gordura e óleo de cacau), Minerais não Me-

tálicos (3,8%) e Celulose e Papel (2,7%).

De modo geral, mantém-se a tendência negativa

dos segmentos produtores de commodities, influen-

ciados pela conjuntura internacional adversa com

a crise na Europa e a desaceleração dos Brics, que

seguem apresentando resultados inferiores aos de

segmentos mais voltados ao atendimento do merca-

do interno e produtores de bens finais. Ressalte-se

que a indústria de transformação baiana apresenta

resultado positivo no acumulado dos primeiros me-

ses deste ano devido, sobretudo, à base de compara-

ção deprimida, relacionada aos efeitos da interrup-

ção do fornecimento de energia elétrica em fevereiro

de 2011, que comprometeu importante parte da pro-

dução de empresas localizadas no Polo Industrial de

Camaçari. [bi]

Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14); base = 100 (média 2002)

90

100

95

110

120

130

140

105

115

125

135

DEZ

NO

V

OU

T

SET

AG

O

JUL

JUN

MA

I

AB

R

MA

R

FEV

JAN

BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DAINDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2010 - 2012)

2011

2010

2012

28 Bahia Indústria

eVentos s/ desoner. c/ desoner.

Salário dos funcionários 5.000 5.000

INSS Patronal 1.000 0

custo c/ empregados 6.000 5.000

demonstração da folha

cenário AtuAl cenário(1) cenário(2) cenário(3)

Receita Bruta 10.000 10.000 10.101 9.090

Dedução INSS P. 0 100 101 90

Receita Líquida 10.000 9.900 10.000 9.000

CSP 6.000 5.000 5.000 5.000

lucro bruto 4.000 4.900 5.000 4.000

FoNte: Fernando matos/ deloite touche tohmatsu

dre

Especialista esclarece Plano Brasil MaiorFernando Matos, da Deloitte, alertou para o risco de perda de receita caso os benefícios da MP 563 sejam mal avaliados

O Plano Brasil Maior é benéfico para alguns seg-

mentos do mercado, mas também há riscos pa-

ra as empresas, que podem invalidar, perder ou

onerar seus custos se os processos não forem adequa-

damente cuidados. O alerta foi dado pelo consultor da

Deloite Touche Tohmatsu, Fernando Matos, que, junta-

mente com Nilson França e os gerentes Marcus Cruz e

André Rodrigues, também representantes da consulto-

ria, participaram, dia 12 de setembro, no auditório da

FIEB do seminário Os Impactos do Plano Brasil Maior

nos lucros e resultados das empresas.

O evento foi uma parceria da Deloitte com o Con-

selho de Assuntos Fiscais e Tributários (Caft) da FIEB

e teve por objetivo apresentar para empresários e téc-

nicos que atuam no setor tributário e fiscal as vanta-

gens, desvantagens e riscos que a MP 563/2012 ofere-

ce, de forma que a tirar proveito dos seus benefícios.

Matos citou como exemplo o caso do Reintegra. De

acordo com o especialista, se não forem observadas as

questões de importação própria e a que é praticada por

terceiros, a empresa vai receber 3% como vantagem

fiscal de desoneração da exportação e no momento de

um processo de fiscalização, quando a Receita Federal

somar todas as importações no custo do produto e re-

lacionar com a receita, se ultrapassar o limite de 40%,

a empresa terá que devolver todo o benefício.

Ele também citou como exemplo a proposta de de-

soneração da folha e alertou que as empresas têm que

estar atentas à fórmula adequada de fazer o cálculo

das proporções (veja quadro). “O plano é bom, embo-

ra não esteja claramente definido quem ganha e quem

perde”, destaca Matos. Na avaliação dele, organizar

a estrutura empresarial, selecionando pessoas para

dominar o conhecimento sobre o Plano Brasil Maior,

movimentar a estrutura para centralizar parte dessas

tarefas e contar com ajuda externa também são formas

de evitar riscos. “Sai mais barato uma ação preventiva

do que ser alvo de um auto de infração da Receita.”

empresa

precisa avaliar

benefícios,

alerta matos

Bahia Indústria 29

Serviços e tecnologia na Construir BahiaSistema FIEB levou seus serviços para a feira especializada em produtos e serviços para o segmento da construção civil

a necessidade de adotar solu-

ções inovadoras no geren-

ciamento dos canteiros de

obras e para o descarte correto dos

resíduos sólidos da obra foram te-

mas tratados na abertura da feira

Construir Bahia 2012, que aconte-

ceu de 13 a 15 de setembro, no Cen-

tro de Convenções, em Salvador.

Os temas foram tratados durante o

10º Seminário Tecnológico e 9º Se-

minário de Inovação na Constru-

ção Civil, realizado pelo SENAI,

em parceria com o Sindicato da

Indústria da Construção Civil (Sin-

duscon) e o Serviço de Apoio à Mi-

cro e Pequena Empresa (Sebrae).

A importância e o sucesso do

evento, que este ano completou

dez anos, foram ressaltados pelo

presidente do Sinduscon, Carlos

Alberto Vieira Lima: “Não pode-

mos ficar no estágio em que esta-

mos, com canteiros e processos de

construção que permanecem os

mesmos de 40 anos atrás e pagan-

do um preço elevado por isso.”

O Serviço Social da Indústria

(SESI) também realizou o IX Fó-

rum de Segurança e Saúde do

Trabalho, no dia 14 de setembro,

que abordou os resultados sociais

e financeiros do investimento nas

práticas de segurança e saúde do

trabalho (SST).

De acordo com o superinten-

dente do SESI-BA, José Wagner

Fernandes, o objetivo foi sensibi-

lizar para a importância das prá-

ticas de SST, mostrando o retorno

destes investimentos. “Os resulta-

dos são muito positivos. Uma pro-

va de que vale a pena investir. E

o SESI disponibiliza consultorias

e serviços para as empresas que

querem implantar estas práticas.”

O gerente administrativo finan-

ceiro da Odebrecht, Vitor Vascon-

celos, trouxe o case de sucesso do

serviço móvel de odontologia do

SESI-BA em uma obra de grande

porte da empresa, que, trouxe co-

mo resultados, além da redução de

doenças bucais e do absenteísmo

causado por dores e extrações den-

tárias, mais cuidados com higiene

pessoal entre os trabalhadores e

o hábito da prevenção. “Observa-

mos mudança de comportamento

e ainda reduzimos os custos.”

Durante a Construir Bahia,

o Sistema FIEB esteve presente

com um stand. Na ocasião, o SESI

apresentou alguns de seus tra-

balhos em inovação e pesquisa,

a exemplo do protótipo de telha

sustentável, da retroescavadeira,

da simulação de empilhadeira e

de guindaste. O SENAI levou para

o evento um simulador de equipa-

mentos móveis industriais (EMI) e

a unidade Escola Móvel de Cons-

trução Civil, que ficou aberta à vi-

sitação. Já o Instituto Euvaldo Lodi

(IEL) participou apresentando seu

portfólio de serviços. [bi]

sistema

Fieb levou a

unidade móvel

do senAi para

o evento

30 Bahia Indústria

reinaldo sampaio, vice-presidente da Fieb, e Guilherme monteiro barreto, da libra

libra terminais planeja investir no Porto de salvadorO executivo de Novos Negócios da Libra Terminais, empresa do Grupo Libra, anunciou,

durante encontro com o vice-presidente da Federação das Indústrias da Bahia (FIEB), Reinaldo

Sampaio, no início de agosto, a decisão da companhia em expandir seus negócios para o

Nordeste e, em especial, investir no Porto de Salvador, com vistas ao arrendamento do

terminal de contêineres. Em contato com a Companhia das Docas do Estado da Bahia

(Codeba), a empresa obteve retorno positivo, comprometendo-se a apresentar estudos de

viabilidade técnica. O Grupo Libra tem uma participação importante no segmento, com 27%

do mercado nacional de arrendamento de terminais de contêineres no Brasil e a FIEB vê com

bons olhos a perspectiva de ter uma empresa desse porte atuando no Porto de Salvador. De

acordo com Reinaldo Sampaio, é incompreensível que a Bahia tenha um único terminal de

contêiner para navios de maior dimensão e ainda assim, sem calado suficiente para

embarcações de grande porte. Isso estaria em descompasso com a realidade econômica da

Bahia e fez com que o estado perdesse a liderança para Pernambuco e Ceará. A preocupação

da FIEB agora é que a Codeba dê a devida agilidade à demanda da Libra.

painel

energia no mercado livreApesar de ser um

diferencial de economia

para as empresas, a

grande maioria

desconhece como

adquirir o insumo de

energia no mercado

livre. A constatação é da

consultora Alexandra

Susteras, gerente de

Estudos e Gestão de

Energia da Andrade e

Canellas, para quem o

potencial de crescimento

deste mercado é de 46%.

O tema foi tratado

durante encontro

ocorrido no dia 13 de

agosto, na sede da

Federação das

Indústrias da Bahia,

quando se discutiram as

oportunidades e riscos

de se recorrer ao

mercado livre.

Alexandra explica que

existem hoje mais de 10

mil consumidores

diferenciados, incluindo

indústrias, com gastos

mensais com energia

acima de R$ 100 mil,

que poderiam se

beneficiar com uma

redução de 25% em seus

custos com energia. A

iniciativa da realização

do evento foi das

entidades que

representam o setor e

insere-se na

programação do Ano do

Mercado Livre de

Energia.

espanha quer investir em parcerias na bahia“Estou impressionado com o desenvolvimento de Salvador e com o dinamismo econômico da

Bahia”, afirmou o embaixador da Espanha no Brasil, Manuel de la Câmara Hermoso, em visita

à FIEB. Na companhia do cônsul geral e do vice-cônsul da Espanha na Bahia,

respectivamente, Daniel Chamorro Garcia e Juan Manuel Caserza, o diplomata foi recebido

pelo 1º vice-presidente da FIEB, Victor Ventin, e pelo superintendente de Desenvolvimento

Industrial da Casa, João Marcelo Alves. O embaixador Manuel Hermoso fez questão de

conhecer as áreas prioritárias de desenvolvimento industrial no estado e sinalizou que a

Espanha tem interesse em projetos nas áreas ambiental e de infraestrutura. Ele adiantou o

desejo de viabilizar, ainda este ano, um encontro entre empresários espanhóis e baianos.

“Temos que explorar possibilidades de parcerias”, destacou.

Bahia Indústria 31

sesi acima da média na Prova brasilAs unidades Candeias e Retiro do SESI-BA tiveram pontuações

acima da média recomendada pelo Ministério da Educação na

Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc), mais

conhecida como Prova Brasil. O exame testa conhecimentos

em matemática e língua portuguesa entre alunos dos 5º e 9º

anos do ensino fundamental da rede pública. Seus resultados

compõem a base para o cálculo do Índice de Desenvolvimento

da Educação Básica (Ideb), que deverá ser divulgado em

dezembro deste ano. Em português, os alunos do 9° ano do

SESI Retiro obtiveram a pontuação de 285,3; enquanto a

média recomendada pelo MEC é 275,0; e o resultado da rede

pública do estado ficou em 253,5. Já em matemática, os

estudantes da unidade Candeias do 5° ano receberam 238,4

na avaliação, superando a média recomendada pelo

ministério, que é de 225,0. Apenas os alunos do 9° ano das

duas escolas ficaram com médias abaixo da recomendada

(300,0) em matemática: Candeias 285,4 e Retiro 282,7. Porém,

as notas estão bem acima da média estadual (263, 7) e da

nacional (250,6). Esta foi a primeira vez que escolas do

SESI-BA passaram pela avaliação.

Força jovem: reciclagem e capacitação em manutenção de PcsPrêmio de inovaçãoA Engpiso, empresa do

segmento de pré-fabricados

de concreto, associada ao

Sinprocim-BA, concorre no

Prêmio Nacional de

Inovação, na categoria

Agentes Locais de Inovação,

na qual é avaliado o sistema

de gestão da inovação

dentro da empresa e como

ela organiza seus processos

para viabilizar ideias

inovadoras. A empresa teve

a assessoria do Instituto

Euvaldo Lodi Bahia no

processo de inscrição e

recebeu o apoio da

Superintendência de

Relações Institucionais

(SRI) da FIEB e do Conselho

da Micro e Pequena

Empresa Industrial da FIEB

(Compem), presidido por

Carlois Gantois.

estudantes do sesi retiro e candeias foram bem avaliados

Alunos do curso mostram equipamentos recuperados

pelos Laboratórios Leme, 26

jovens das comunidades de

Madeira e Pasto de Fora

foram capacitados no Curso

de Manutenção Básica de

Microcomputadores, cuja

formatura ocorreu no dia 10

de agosto. Eles aprenderam

a montar novos

equipamentos utilizando

peças de máquinas antigas,

e depois da instalação de

softwares livres, cada

jovem ficou com um

equipamento. Quatro

computadores foram

doados para a Associação

de Moradores de Madeira. O

curso, além de desenvolver

a metareciclagem

(reutilização de lixo

eletrônico), possibilita o

acesso da população local à

tecnologia.

Um computador velho pode

fazer muita diferença. É isso

o que mostra o Programa

Força Jovem, desenvolvido

pela Dow, em parceria com

o Serviço Social da

Indústria (SESI/BA), a

Universidade Federal da

Bahia (Ufba), por meio do

Programa Onda Digital, a

Secretaria de Educação e

Cultura de Candeias (Seduc)

e a Associação de Moradores

de Madeira, distrito de

Candeias, na Região

Metropolitana de Salvador.

A partir de equipamentos

doados pela Petrobras e

32 Bahia Indústria

iDEias

por Fernando m. machado

O asteróide 2004MN4 foi batizado

de Apofis, o deus egípcio da des-

truição, quando assustou o mundo

em 2004. Com aproximadamente

250 metros de diâmetro, passa-

rá entre a Terra e a Lua, a 18.600

milhas da superfície do planeta,

mais próximo que muitos satélites

de comunicação, na sexta-feira,

13 de abril de 2029. Calcula-se que

há 99% de probabilidade de que o

planeta fique incólume, mas se o

Apofis passar a 293 milhas adicio-

nais de distância, numa pequena

região espacial de 800 metros de

largura, haverá uma probabilida-

de significativa de impacto em 13

de abril de 2036. Nada que ver com

profecias Maias.

Os asteróides, cometas, as ex-

plosões solares, as supernovas,

as erupções de super-vulcões e

os câmbios climáticos, entre ou-

tras causas de extinção massiva

no passado, são importantes lem-

bretes de como a vida na Terra

é frágil. A evidência científica é

inexorável. Tudo neste universo,

incluindo todos os seres, é feito de

nada mais que poeira de estrelas.

E, por poético que seja, mais cedo

ou mais tarde, voltaremos a sê-lo.

A sempre presente possibilida-

de de grandes mudanças na vida

no planeta nos faz buscar sinais e

mecanismos de prevenção. Identi-

ficamos e monitoramos trajetórias

de asteróides, sua composição,

cometas e explosões solares, e de-

senvolvemos possíveis soluções

para evitar as correspondentes

catástrofes, quando possível. Ne-

nhuma delas se constitui em pe-

O Apofis e a inovação

quenas soluções incrementais ao

que já fazemos no dia a dia. Por-

que a vida empresarial seria dife-

rente? Mutatis mutandis, o contex-

to empresarial simula as alternân-

cias cíclicas do cosmos.

As atuais múltiplas crises nas

áreas econômica e social, ambien-

tal, de recursos naturais, seguran-

ça e governabilidade, somadas

a uma revolução tecnológica de

grande magnitude, são sinais cla-

ros de que a sobrevivência das em-

presas demanda realizar mudan-

ças radicais nos seus respectivos

negócios. Uma ruptura massiva

está a caminho, um verdadeiro

Apofis dos negócios, e as empre-

sas existentes no país terão que

decidir se serão vitimas ou prota-

gonistas desta ruptura.

Em junho, a empresa consultora

KPMG publicou o resultado de sua

pesquisa anual intitulada Pers-

pectivas da Manufatura Global:

Promovendo o Crescimento através

da Inovação. A pesquisa cobriu as

perspectivas de negócios de 241

executivos de alto nível da indús-

tria em todo mundo, a maior parte

deles dos EUA, Europa e Ásia. A

grande maioria das empresas con-

sultadas tem enfrentado a volatili-

dade de preços nos seus insumos,

riscos ao interior da cadeia produ-

tiva e uma demanda incerta.

A adoção, pelas mesmas, da re-

ceita tradicional para maximizar

vendas e lucros, de otimização de

custos e eficiência operacional, na

espera de melhores tempos, tem

sido a norma. Mas como a estag-

nação econômica já dura quatro

anos, estas empresas estão indo

além do corte de custos, adotan-

Setenta e cinco por cento dos executivos encontram-se otimistas quanto ao futuro dos seus negócios nos próximos 12 a 24 meses, com alto crescimento de margens, e 72% dos mesmos acreditam que a inovação transformacional será o grande fator de promoção deste crescimento

“do novas estratégias de expansão

de seus negócios via aumento de

competitividade pela inovação.

Setenta e cinco por cento dos

executivos encontram-se otimis-

tas quanto ao futuro dos seus

negócios nos próximos 12 a 24

meses, com alto crescimento de

margens, e 72% dos mesmos acre-

ditam que a inovação transfor-

macional será o grande fator de

promoção deste crescimento. Há

uma busca generalizada por no-

vas maneiras de inovar colabora-

tivamente a montante e a jusante

da cadeia produtiva.

Já não é segredo que o mundo

desenvolvido em crise tratará de

sair dela via aceleração dos inves-

timentos e das exportações. Como

o amplo protecionismo comercial

está fora de questão, como pode-

rão competir as empresas nacio-

nais com o assalto, pelas empre-

sas mencionadas acima, ao mer-

cado nacional, cujo consumo está

estimulado pelas nossas políticas

de resposta à crise econômica

global? Com mais eficiência ope-

Bahia Indústria 33

Fernando m. machado, presidente da Focototal Ltda.

racional lastreada em inovações

incrementais?

Uma recente newsletter na in-

ternet (Value Point) se intitulou

"Kodak se une ao cemitério das

empresas descerebradas". Em 19

de fevereiro passado, a revista

“The Economist” cobriu a queda

do gigante japonês da eletrônica,

NEC (Nippon Electric Company),

mencionando que: “Hoje em dia,

não há nada que a NEC produza

que outras firmas não estejam fa-

zendo também.” E sugere que ou-

tros gigantes como Sharp, Pana-

sonic, Toshiba e Hitachi estão na

mesma trajetória.

Todas essas empresas já fo-

ram, num momento, conhecidas

e admiradas pelas suas grandes

inovações de ruptura. Agora fra-

cassam precisamente por serem

vítimas do seu sucesso. Na medi-

da em que desenvolveram escala,

tornaram-se “de classe mundial”,

a excelência operacional passou a

ser considerada como crítica para

a manutenção do sucesso e as ino-

vações incrementais reinam com

exclusividade.

A prisão do sucesso as fez mu-

dar o foco mental, afetando seus

processos, critérios de decisão sis-

temas organizacionais e sensores

do contexto. O mais importante

passa a ser atingir as projeções

dos resultados numéricos espera-

dos por acionistas e pelo mercado.

Quando os problemas chegam, a

otimização de custos e a respos-

ta exclusiva. Tudo isso as induz a

uma verdadeira cegueira empre-

sarial e ao maior risco de todos, o

da irrelevância.

Se isso acontece com estas em-

presas de “classe mundial”, estão

as empresas brasileiras imunes? O

cérebro representa menos de 5%

do nosso corpo, mas se deixa de

funcionar, estamos oficialmente

mortos, e nossos órgãos podem

ser colhidos para serem reutili-

zados. O mesmo acontece com as

empresas. [bi]

"tudo neste universo é feito de nada mais que poeira de estrelas. e, mais cedo ou mais tarde, voltaremos a sê-lo"

NASA/DIVuLGAçãO

livros

leitura&entretenimento

liderança e sustentabilidadeA CEO da Damicos Consultoria e Negócios

e professora do MBA em Gestão da

Sustentabilidade e da Responsabilidade

Social da Unifacs, Maiza Neville, e a

psicóloga Regina Drumond, especializada

em Qualidade Total no Japão e Coreia, são

autoras deste guia sobre liderança e

sustentabilidade. O livro vem recheado de

exemplos práticos que ajudam a melhorar

a percepção sobre os temas abordados e

ajudam o leitor a refletir sobre a prática

adotada no dia a dia profissional.

jorge Amado 100 anosFotografias, objetos, folhetos de cordel, filmes e imagens,

enfim, um pouco da intimidade e também do que foi a vida

pública de e sobre Jorge Amado fazem parte da mostra que o

Museu de Arte Moderna da Bahia exibe como parte das

comemorações do centenário do escritor baiano. A mostra

Jorge Amado e Universal tem curadoria de William Nacked e

ocupa o térreo do casarão, a capela e a galeria 1 do MAM-

BA. Ela é dividida em módulos distintos, cada um deles

dedicado a um aspecto marcante na vida do autor, sem a

pretensão de retratar uma biografia, mas o universo e os

personagens de Jorge.

decisão nas corporaçõesCom textos de 16 pesquisadores do grupo

de pesquisa Núcleo Decide da Faculdade

de Economia, Administração e

Contabilidade da Universidade de São

Paulo (FEA-USP), o livro, que é um dos

finalistas do Prêmio Jabuti 2012, reúne as

teorias sobre tomada de decisões surgidas

nos últimos 50 anos, traduzidas em

interpretações voltadas para a aplicação

nas organizações. A obra é dividida em

quatro partes, que apresentam ao leitor

todas as dimensões do problema decisório.

liderança e sustentabilidade - dilemas, desafios e Propósitosmaiza Neville e regina C. drumond,Casa da Qualidade, 212 p.r$ 35

tomada de decisão nas organizações uma Visão multidisciplinarabraham Sin oih Yu (org.)editora Saraiva336 p.r$ 54

ALESSANDRA NOHVAIS/DIVuLGAçãO

CLAuDIO ROSSI /DIVuLGAçãO

criançada em cenaNo mês das crianças o Teatro SESI preparou uma

programação especial com dois espetáculos infantis no

fim de semana. Além de Sol, de Céu e de Lua (foto), que

continua sua temporada de sucesso, o grupo maranhense

MiraMundo se apresenta o primeiro fim de semana do mês

com o espetáculo Palita no Trapézio. A primeira

montagem é voltada para um público de até 1 ano, que é

convidado a sentar no palco (acompanhado de um adulto),

para vivenciar essa experiência artística, na maioria das

vezes, a primeira. O cenário tem as cores da arte de Joan

Miró, ao qual agregou-se a poesia de Manoel de Barros.

não PERca Teatro SESI, sáb. e dom., 16h30, 13 a 28.10, R$30 e R$15 (meia). Gratuito para Industriários e dependentes. Informações: (71) 3616-7060

não PERca MAM-BA, ter. a sex, 13 às 19h, sab, dom. e feriados, 14 às 19h, até 18/11. Gratuito. Av. Contorno, Solar do Unhão. Informações: (71) 3117-6143

exposição

teatro

34 Bahia Indústria

O Centro Internacional de Negócios ( CIN FIEB ) prepara as pequenas e médias indústrias baianas para

o mercado internacional. Promove o aumento da competitividade dessas empresas, prospecta

novos mercados, atrai investimentos externos e fomenta a cooperação

empresarial. empresarial.

COM O CENTRO INTERNACIONAL

DE NEGÓCIOS, AS INDÚSTRIAS BAIANAS

GANHAM O MUNDO.

Tel.: + 55 71 3343 -1327. Fax: +55 71 [email protected] / www.fieb.org.br/cin

Bahia Indústria 35

O Centro Internacional de Negócios ( CIN FIEB ) prepara as pequenas e médias indústrias baianas para

o mercado internacional. Promove o aumento da competitividade dessas empresas, prospecta

novos mercados, atrai investimentos externos e fomenta a cooperação

empresarial. empresarial.

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GANHAM O MUNDO.

Tel.: + 55 71 3343 -1327. Fax: +55 71 [email protected] / www.fieb.org.br/cin

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