SUSTENTABILIDADE E
EDUCAÇÃO
A P L I C A Ç Ã O D O S
C O N C E I T O S D E
S U S T E N T A B I L I D A
D E E M E S C O L A
D E E N S I N O
F U N D A M E N T A L
N A C I D A D E D E
S Ã O P A U L O
SUSTENTABILIDADE E EDUCAÇÃO:SUSTENTABILIDADE E EDUCAÇÃO:SUSTENTABILIDADE E EDUCAÇÃO:SUSTENTABILIDADE E EDUCAÇÃO:
APLICAÇÃOAPLICAÇÃOAPLICAÇÃOAPLICAÇÃO DOSDOSDOSDOS CONCEITOSCONCEITOSCONCEITOSCONCEITOS DEDEDEDE SUSTENTABILIDADESUSTENTABILIDADESUSTENTABILIDADESUSTENTABILIDADE EMEMEMEM ESCOLAESCOLAESCOLAESCOLA
DEDEDEDE ENSINOENSINOENSINOENSINO FUNDAMENTALFUNDAMENTALFUNDAMENTALFUNDAMENTAL NANANANA CIDADECIDADECIDADECIDADE DEDEDEDE SÃOSÃOSÃOSÃO PAULOPAULOPAULOPAULO
Universidade de São Paulo - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Trabalho Final de Graduação realizado por Camila Barbuy Zaneti e orientado
pela Professora Doutora Maria Cecília Loschiavo dos Santos.
São Paulo, 24 de junho de 2010
ESCOLA DE ENSINO
FUNDAMENTAL NA CIDADE
DE SÃO PAULO BASEADA NOS
CONCEITOS DE
SUSTENTABILIDADE
BUSCA DA UNIÃO DE VALORES SOCIAIS E CULTURAIS
(QUALIDADE DE ENSINO, MELHOR APROVEITAMENTO DO
ESPAÇO DURANTE OS PERÍODOS DE LAZER, CRIAÇÃO DE
VINCULO ENTRE O PROJETO E A SOCIEDADE) A VALORES
AMBIENTAIS (DIMINUIÇÃO DE DEGRADAÇÃO DO MEIO, DIÁLOGO
COM CONTEXTO FÍSICO EXISTENTE, ENTRE OUTROS), COM O
OBJETIVO DE ATINGIR A CONSCIENTIZAÇÃO DOS USUÁRIOS
PARA A PRESERVAÇÃO DO MEIO ONDE ESTÃO INSERIDOS
Estudos comprovam a relação de benefícios atingidos através da preocupação projetual de
aliar o projeto ao meio (Green Design): melhores resultados obtidos em exames escolares,
aumento da freqüência escolar, aumento e atendimentos diários, melhoria da performance e
da satisfação dos professores, redução de custos operacionais, redução do impacto
ambiental, aumento do tempo de vida do edifício.
(High Performance Schools, Volume 1, 2006, p.2 – obtido através do site
www.epa.gov/iaq/schooldesign/highperformance.html, acessado em 20/09/2009)
ALUNOALUNOALUNOALUNO
ESCOLAESCOLAESCOLAESCOLA
CIDADECIDADECIDADECIDADESUSTENTABILIDADESUSTENTABILIDADESUSTENTABILIDADESUSTENTABILIDADE
o que é?
como promovê-la?
como relacioná-la com a
arquitetura?
-ASPECTOS FÍSICOS
-ASPECTOS SOCIAIS
SUSTENTABILIDADE
“Desenvolvimento sustentável é aquele que
atende às necessidades do presente, sem
comprometer o atendimento às necessidades
das gerações futuras”.
Brundtland Report, 1987
A escola é um ambiente de aprendizado por excelência, principalmente aquelas voltadas ao
público infanto-juvenil, pois são formadoras de cidadãos. Nela são expressos, transmitidos,
reforçados, reprimidos, criados e resgatados valores culturais e práticas acumuladas pelo
sistema social onde está inserida. Ela tem, portanto, grande responsabilidade, não apenas
por fornecer espaço para as reflexões e discussões sobre a sociedade, mas também por
participar ativamente no processo de sua construção.
“LAR É ONDE SE INICIA”
(Eliot, T. S. The Four Quartets)
”Home is where one starts from”. Trecho retirado de
BARBOSA, Lara Leite. Design sem fronteiras. p.22
Segundo dados do Censo de 2000 do IBGE e da fundação
SEADE no período 2000-2004, o município apresentava até
aquele momento um déficit de aproximadamente 800 mil unidades
habitacionais. Isto equivaleria, segundo tais pesquisas, a
aproximadamente três milhões de cidadãos sem acesso à habitação
formal ou em habitações precárias: nestes números constam, a
população de loteamentos clandestinos e irregulares e a população
moradora de favelas e população moradora de cortiços. Em 2006,
dos 1.522,986 km² do município de São Paulo, 31 km² eram
ocupados por mais de duas mil favelas.
Fonte: site Prefeitura de São Paulo
CARACTERÍSTICAS-ESPAÇOS-CONEXÕES-VAZIOS-CARÊNCIAS
Gráficos de metabolismo linear e circular. Gráfico linear representa o metabolismo das
cidades atualmente, em contraposição ao gráfico proposto para cidades sustentáveis,
com metabolismo circular. (BARBOSA, Lara L. Design sem Fronteiras, p.12)
DISTRITO CANGAÍBA
UIT 243 – Parque Ecológico Tietê
1 SUBPREFEITURA: Penha.
2 LIMITES REFERENCIAIS:
Norte: Limite do município de Guarulhos.
Sul: Córregos: Tiquatira e Ponte Rasa.
Leste: Avenida Olavo Egidio de Souza, Ruas: Luís Imparato e Cândido
de Abreu, trecho entre a Rua Cândido de Abreu e a
Linha 12 Safira da CPTM até a USP Leste, atravessando a Rodovia
Ayrton Senna da Silva.
Oeste: Viaduto Imigrante Nordestino, Avenidas: Doutor Assis Ribeiro e
Cangaíba e Ruas: Malacacheta e Amorim Diniz.
Em função da predominância do tipo de uso e ocupação, foram
identificadas três UITs:
UIT 241 – Cangaíba
UIT 242 – Vila Sílvia
1- LIMITES REFERENCIAIS:
Norte: Limite do município de Guarulhos.
Sul: Linha 12 Safira da CPTM.
Oeste:Viaduto Imigrante Nordestino e Av. Doutor Assis Ribeiro.
Leste: Linha 12 Safira da CPTM, USP Leste atravessando a
RodoviaAyrton Senna da Silva
2- POPULAÇÃO 2000: 9.287 habitantes (6,76% em
relação ao distrito – 137.442 habitantes)
Domicílios 2000: 2 331 (6,06% em relação ao distrito – 38
464 domicílios)
Área (km²): 8,608km² (51,91% em relação aodistrito –
16,582km²)
Densidade demográfica: 1 079 hab./km2.
---- 1890 a 1920: prestígio1890 a 1920: prestígio1890 a 1920: prestígio1890 a 1920: prestígio
---- anos 30: nova linguagemanos 30: nova linguagemanos 30: nova linguagemanos 30: nova linguagem
---- anos 50: a linguagem modernaanos 50: a linguagem modernaanos 50: a linguagem modernaanos 50: a linguagem moderna
---- anos 60: interrupçãoanos 60: interrupçãoanos 60: interrupçãoanos 60: interrupção
obsolescência da arquitetura, resultado da mudança da obsolescência da arquitetura, resultado da mudança da obsolescência da arquitetura, resultado da mudança da obsolescência da arquitetura, resultado da mudança da
estratificação do ensinoestratificação do ensinoestratificação do ensinoestratificação do ensino
---- anos 90: novas iniciativas (FDE, CEUs)anos 90: novas iniciativas (FDE, CEUs)anos 90: novas iniciativas (FDE, CEUs)anos 90: novas iniciativas (FDE, CEUs)
desenvolvimento para o futuro: ondedesenvolvimento para o futuro: ondedesenvolvimento para o futuro: ondedesenvolvimento para o futuro: onde----quem alcançar na cidade?quem alcançar na cidade?quem alcançar na cidade?quem alcançar na cidade?
“Não podemos seguir com o paradigma da modernidade que entende a
atividade humana como transformação da natureza, a serviço do progresso
linear ilimitado, sem a consideração da lógica interna da natureza. Hoje é
imperativo: não modificar, mas conservar o mundo. Mas para conservar o
mundo precisamos mudar de paradigma e converter mentes coletivas para
outros objetivos menos destruidores.”
(BOFF, 2004, p.263) – trecho retirado de BARBOSA,
Lara L. Design sem Fronteiras, p.13.
A educação, e em particular a ambiental, é potencialmente um instrumento de
conscientização no processo de formação de cidadania, por sua capacidade de
intervir no processo de construção social da realidade.
DIFICULDADES:
DISTÂNCIA ENTRE DISCURSO E PRÁTICA
INEXISTÊNCIA DE UM CONCEITO CONSENSUAL SOBRE O QUE É A EDUCAÇÃO AMBIENTAL
PROBLEMAS ESTRUTURAIS, HUMANOS E PEDAGÓGICOS
MATERIIAL DISPONÍVEL ÀS ESCOLAS:
http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/escola-
sustentavel-meio-ambiente-556464.shtml: desenvolvimento de temas
relacionados ao meio ambiente abordados na linguagem adequada
ao público infantil. Além disso, oferece suporte aos professores para
inserir a educação ambiental na sala de aula, através de entrevistas
e planos de aulas.
http://planetasustentavel.abril.com.br/planosdeaula/: site com grande
número de informações voltado à escola que oferece ao professor
diretrizes para a criação de planos de aula mais condizentes à sua
realidade, abordando questões de meio ambiente, saúde, educação,
entre outros.
http://planetasustentavel.abril.com.br/planetinha/testes/: através de
vídeos, testes, livros entre outros, aborda o tema da educação
ambiental, permitindo que crianças do ensino fundamental (ciclo I)
estabeleça contato com elementos da natureza e aprenda a lidar
com eles de forma correta.
http://www.cidadeverde.org/About.aspx: site desenvolvido
especificamente para escolas de ensino público, desenvolveu um
jogo interativo voltado às crianças de ensino fundamental (ciclo II).
Este jogo permite que cada criança forme sua própria cidade
baseada nos conceitos de sustentabilidade e educação social.
Considerando o recorte do desempenho ambiental da
arquitetura atrelado ao conforto e à eficiência energética
adequados ao conceito de sustentabilidade, partindo da
fase conceitual e da definição do partido arquitetônico, o
projeto de um edifício deve incluir o estudo dos
seguintes tópicos:
1- Orientação solar;
2- Forma arquitetônica, arranjos espaciais, zoneamento
dos usos internos do edifício e geometria dos espaços
internos;
3- Características, condicionantes ambientais e
tratamento do entorno imediato;
4- Materiais da estrutura, das vedações internas e
externas, considerando desempenho térmico e cores;
5- Tratamento das fachadas e coberturas, de acordo
com a necessidade de proteção solar;
6- Áreas envidraçadas e de abertura, considerando a
proporção quanto à área de envoltória, o posicionamento
na fachada e o tipo do fechamento, seja ele vazado,
transparente ou translúcido;
7- Detalhamento das proteções solares considerando
tipo e dimensionamento;
8- Detalhamento das esquadrias.
LEI FEDERAL Nº.4771/65
RESOLUÇÃO CONAMA Nº.303/02
RESOLUÇÃO SMA 18/07
RESOLUÇÃO CONAMA 369/06
DECRETO ESTADUAL Nº.42837/98-SP
LEI ESTADUAL Nº.5598/87-SP
PLANO REGIONAL ESTRATÉGICO
SUBPREFEITURA DA PENHA
LEI DE ZONEAMENTO DA CIDADE DE SP
Lei_10257_Estatuto_da_cidade
ABNT NBR-9050: 2004
ABNT NBR 14276: 2006
ABNT NBR13994
NBR 9077: 2001
Pontos que envolvem a sustentabilidade no processo de
concepção-construção-uso de um edifício:
· cuidado com a escolha dos materiais durante o
processo de pré-fabricação, preocupação com as
pessoas envolvidas (aplicação das relações trabalhistas
e de segurança);
· controle do consumo energético;
· preocupação com a distribuição/transporte de produtos;
· preocupação com o descarte/abandono de materiais e
lixo produzido após a finalização da obra;
· manutenção constante do edifício, o que se torna
possível através da capacitação de profissionais que
participam deste processo de regeneração do sistema, e
assim, administram os recursos existentes e estimulam o
aprendizado da experiência, percebem e corrigem os
erros.
INDICADORESINDICADORESINDICADORESINDICADORES PARAPARAPARAPARA CERTIFICAÇÃOCERTIFICAÇÃOCERTIFICAÇÃOCERTIFICAÇÃO NANANANA
CONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃOCONSTRUÇÃO CIVILCIVILCIVILCIVIL
BREEAMBREEAMBREEAMBREEAM – desenvolvido pela Building
Research Establisment (BRE), na
Inglaterra foi inicialmente destinado a
edifpicios de escritório, mas atualmente, já
existe versões para edifícios escolares,
culturais e residenciais.
LEEDLEEDLEEDLEED – desenvolvido pela United States
Green Building Council (USGBC), dos
Estados Unidos, foi também inicialmente
destinado à edifícios de escritório;
entretanto existe atualmente uma versão
para edifícios residenciais e outras em
fase de elaboração. (informação
disponivel em www.usgbc.org, acesso em
28/11/2009).
CEU Rosas da China, São Paulo. Arquitetos Alexandre Delijaicov,
André Takiya e Wanderley Ariza. Foto Nelson Kon. Retirado do site
www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq055/projeto2, acesso dia
09/11/2009
Os Centros Educacionais Unificados (CEUs) seguem o modelo
idealizado nos anos 1950 pelo educador Anísio Teixeira.
A iniciativa teve como objetivo levar aos bairros da periferia de
São Paulo equipamentos públicos e oferecer atividades educativas,
culturais, esportivas e de lazer abertas à população.
EE União de Vila Nova III e União e Vila Nova IV, São Miguel Paulista.
Edifício e seu entorno. Neste caso, para aproveitamento do terreno foram
agrupadas duas escolas em um único edifício. Fonte: FDE
REFERÊNCIAS
ENTORNO DA
ESCOLA
1.RODOVIA AYRTON SENNA, 2.ESTAÇÃO ENG. GOULART, 3.AV. DR. ASSIS RIBEIRO, 4.RUA
GUIRÁ-ACANGATARA, 5.ACESSO AO PARQUE ECOLÓGICO DO TIETÊ, 6.PARQUE
ECOLÓGICO DO TIETÊ, 7.VISTA DO BAIRRO JARDIM SÃO FRANCISCO
PARTIDO
IMPLANTAÇÃO
Adequação de um edifício voltado à educação infantil à proposta apresentada pela
Fundação para o Desenvolvimento (FDE).
Seguir as necessidades e limitantes locais – sociais, econômicas, ambientais.
Melhor aproveitamento do espaço para promover o desenvolvimento infantil.
Exploração da horizontalidade, fruto da forma do terreno (50x175m), para permitir a
criação de espaços de permanência que permeiam todas as áreas que compõe
projeto - área administrativa, educacional e de vivência.
Criação de interação entre o edifício e a área restante, remetendo à idéia de parque,
com áreas de descanso, lazer e atividades extra-curriculares.
Desenvolvimento de espaços que estimulem a interação dos usuários da escola com
o ambiente natural do parque, através de espaços que valorizem a proteção e o
ciclo de vida do meio ambiente.
O terreno escolhido situa-se dentro da UIT 243 – Parque Ecológico do Tietê.
O entorno do Parque apresenta uma carência de equipamentos urbanos.
A região é classificada como Zona Mista de Baixa Densidade, com o entorno
predominantemente residencial, de média e baixa renda, com formação de favelas
(público que faz uso da escola local), sem pontos de cultura e apenas um eixo
de comércio degradado, que se desenvolve ao longo da Avenida Assis Ribeiro. O
Parque é centralizador das atividades de lazer da região. Porém sua localização fica
limitada ao sistema de transporte local, dificultando seu acesso e impedindo sua
expansão.
MAPAMAPAMAPAMAPA COMCOMCOMCOM CURVASCURVASCURVASCURVAS DEDEDEDE NÍVELNÍVELNÍVELNÍVEL....
FONTEFONTEFONTEFONTE:::: EMPLASAEMPLASAEMPLASAEMPLASA
PROGRAMA O programa do edifício é pensado para uma escola pública (acesso universal ao
conhecimento) e estadual. Por esse motivo segue os padrões exigidos pelo FDE, o
que não significa que serão padrões enrijecidos dentro de moldes obsoletos e apenas
preocupados com questões financeiras e de capacidade de público.
Esta escola deve ser composta por:
BLOCO ADMINISTRATIVO
- Direção
- Vice-direção
- Secretaria
- Almoxarifado
- Coordenação pedagógica
- Sala dos Professores
- Conjunto Sanitário Administrativo
BLOCO PEDAGÓGICO
- Salas de Aula - (14)
- Salas de Leitura - (2)
- Salas de Uso Múltiplo - (2)
- Sala de Leitura
- Sala de Informática
- Depósito de Material Pedagógico
VIVÊNCIA
- Cozinha
- Despensa
- Refeitório
- Cantina
- Conjunto Sanitário de Alunos – (2)
- Depósito de Material de Educação Física
- Quadra Coberta
- Quadra Descoberta
- Pátio Coberto
SERVIÇOS
- Depósito de Material de Limpeza
- Conjunto Sanitário de Funcionários
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