2007
BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO, S.A.
Índice
RELATÓRIOApresentação do relatório 4
Órgãos sociais 5
Estrutura financeira e negócio 6
Recursos humanos 7
Enquadramento da actividade 8
Actividade em 2007 16
Análise financeira 22
Rating 26
Referências finais 27
Proposta de aplicação de resultados 28
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTASDemonstrações financeiras 29
Notas às demonstrações financeiras 35
Certificação legal das contas 96
Relatório e parecer do Conselho Fiscal 98
Apresentação do relatório
Em 2007, o Banco Português de Investimento obteve umlucro líquido de 24.3 M.€, o que correspondeu a umcrescimento de 23.2% relativamente ao resultado de2006. A rendibilidade do capital próprio médio (ROE) doBanco ascendeu a 31.8% em 2007 (30.4% em 2006).
O contributo da actividade da banca de investimento1 –corporate finance, corretagem, trading de acções eprivate banking – para o lucro líquido do Grupo BPIascendeu a 24.9 M.€. Este valor é ligeiramente superiorao registado no ano anterior, mas importa ter em contaque, em 2006, o contributo excedera o dobro do de2005. O peso relativo no lucro líquido consolidadosituou-se nos 7%, em 2007.
A rendibilidade do capital próprio da banca deinvestimento2, caracterizada por um reduzido consumo decapital (1.4% do capital próprio médio do Grupo, em2007), ascendeu a 99%.
No negócio de corretagem, o BPI registou um aumentode 128% do volume de acções intermediadas, atingiu aliderança na intermediação de acções portuguesas comuma quota de 16.1%, as comissões líquidas decorretagem e de colocação aumentaram 119% para 23.3M.€. Registou ainda crescimentos expressivos dascomissões de corretagem para Clientes institucionais(148%) e de corretagem de acções espanholas (106%).
Nas operações em mercados de acções destacou-se acolocação no mercado de um bloco de 15% do capital daJerónimo Martins, que foi uma das maiores colocaçõesem mercado secundário, em 2007, e uma das maioresalguma vez realizada exclusivamente por um bancoportuguês. Merecem igual destaque a colocação de umbloco de 4.6% do capital da Brisa e a montagem eorganização de uma operação de equity swap entre aSonae SGPS e o Banco BPI. O BPI participou no IPO daREN, em Portugal, e participou, pela primeira vez, emIPO de empresas espanholas (Clínica Baviera, Criteria).
O BPI organizou, pelo quarto ano consecutivo, aconferência de Iberian Small & Mid Caps, a queassistiram 25 empresas e mais de 80 investidoresespecializados. Organizou, pelo segundo ano consecutivo,uma conferência de bancos ibéricos nos EUA, em queparticiparam nove bancos e 25 investidores americanos.Também nos EUA, o BPI realizou uma conferência sobreInfra-estruturas e utilities, em que participaram oitoempresas ibéricas e 24 investidores.
O BPI foi o intermediário financeiro responsável porquatro ofertas públicas de aquisição, com um valor globalde 409 M.€. Foi também responsável pela operação decisão da Sonae Capital e pelo respectivo processo deadmissão à negociação e foi co-líder da oferta pública devenda que integrou a oferta inicial da REN. No segmentodas operações de fusões e aquisições, o BPI concluiutransacções num valor global de cerca de 1 211 M.€.O BPI prestou ainda assessoria a um vasto conjunto deentidades, entre as quais se destaca a assessoriaprestada à NAER, nos trabalhos de preparação doprocedimento de concurso para privatização daANA – Aeroportos de Portugal.
O volume de negócios de private banking era de3 283 M.€, no final de 2007, o que correspondia a umcrescimento de 12%. Os activos sob gestão discricionáriae aconselhamento aumentaram 18% para 2 538 M.€.
1) O negócio de Banca de Investimento compreende a actividade do Banco de Investimento, da BPI Suisse (Private Banking), da BPI Luxemburgo, da Ulissipair ACE e a apropriação de16% do contributo da BPI Gestão de Activos e de 2% do contributo da BPI Vida, que reflecte o peso relativo do banco de investimento na colocação dos produtos.
2) Na determinação do capital ajustado afecto a cada uma das áreas de negócio integrantes da actividade doméstica do Grupo BPI pressupõe-se uma utilização de capital idêntica àutilização média, no conjunto dessa actividade, excepto quanto às reservas de reavaliação, que foram repartidas de acordo com a efectiva expressão em cada área de negócio. O valordo capital afecto a cada área calcula-se multiplicando o activo ponderado pelo quociente entre situação líquida (sem reservas de reavaliação) e activo ponderado para o conjunto dasreferidas áreas. Sempre que a situação líquida de uma área de negócio seja superior (ou inferior) ao capital afecto pelo procedimento acima descrito, pressupõe-se uma redistribuiçãode capital, sendo o contributo da área ajustado pelos custos (proveitos) que resultam do aumento (diminuição) dos recursos alheios, em virtude da reafectação do capital.
4 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Relatório | Apresentação do relatório e Órgãos sociais 5
Órgãos sociais
Conselho de Administração
Presidente
Fernando Ulrich
Vice-Presidente
António Domingues
Vogais
Manuel Ferreira da SilvaAlexandre Lucena e ValeCarlos Jaime Amoedo CasqueiroHenrique Cabral MenezesJoão Pedro Oliveira e CostaJosé Miguel Morais Alves
Comissão Executiva do Conselho de Administração
Presidente
Manuel Ferreira da Silva
Vogais
Alexandre Lucena e ValeCarlos Jaime Amoedo CasqueiroHenrique Cabral MenezesJoão Pedro Oliveira e CostaJosé Miguel Morais Alves
Mesa da Assembleia Geral
Presidente
Rui Manuel Parente Chancerelle de Machete
Secretário
Manuel Correia de Pinho
Conselho Fiscal
Presidente
Artur Alves Conde
Vogais
João Morais CabralDeloitte & Associados, SROC, S.A.
Representado por Maria Augusta Cardador Francisco
Vogal suplente
Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro
Estrutura financeira e negócio
6 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
O Banco Português de Investimento é a entidade que noGrupo BPI é responsável pela condução da actividade deBanca de Investimento. Esta estrutura-se em trêsprincipais linhas de negócio: Corporate Finance, Acções ePrivate Banking. As duas primeiras actividadesdesenvolvem-se no âmbito geográfico da PeninsulaIbérica, através da sua estrutura em Portugal e de uma
sucursal em Madrid de cuja Bolsa é membro, e em Angolae Moçambique, para o que dispõe de uma equipa própria.A actividade de Private Banking é desenvolvidadirectamente pelo Banco Português de Investimento eatravés de uma subsidiária na Suíça detida a 99.9%– a BPI Suisse.
Empresas
Governos
Institucionais
Investidores Institucionais
Particulares
Empresas
Particulares de elevado património
Fusões e aquisições
Reestruturações
Consultoria
Apoio à internacionalização
Privatizações
Research de acções
Vendas de acções em mercado primário e secundário
Operações de mercado primário
Trading por conta própria
BPI Online (corretagem via internet)
Gestão discricionária de carteiras
Aconselhamento financeiro
Corporate Finance Acções Private Banking
Clientes
Produtos e serviços
BPI Suisse
NEGÓCIO DE BANCA DE INVESTIMENTO
Relatório | Estrutura financeira e negócio e Recursos humanos 7
Recursos humanos
No final de 2007, o Banco Português de Investimentodispunha de um quadro de recursos humanos compostopor 157 Colaboradores, jovem e dotado de elevadosníveis de qualificação. Cerca de 74% dos Colaboradorestêm formação universitária.
Colaboradores do Banco Português de InvestimentoPrincipais indicadores
20072006
Colaboradores 140 157
Colaboradores com formação universitária 75.2% 73.8%
Média de idades 38.0 37.7
Experiência (antiguidade média no BPI) 10.5 9.7
Homens 59.7% 56.6%
Mulheres 40.3% 43.4%
Quadro 1
A economia mundial continuou a crescer a bom ritmo, em2007, não obstante a viragem observada no final do ano,em maior escala nos Estados Unidos, mas também naEuropa e no Japão. As estimativas mais recentes apontampara um crescimento médio da economia global aindapróximo dos 5% registados em 2006. A desaceleraçãoacentuou-se, contudo, no último trimestre, e foi mais fortenos países desenvolvidos, apontando para uma evoluçãosignificativamente menos favorável, em 2008.
Nas economias emergentes, registou-se ainda uma ligeiraaceleração do crescimento, em 2007, devido sobretudo àChina, à Índia e às economias africanas. Estes paísesbeneficiaram do forte impulso da procura interna, dadisciplina que impuseram às respectivas políticasmacroeconómicas e, no caso dos exportadores dematérias-primas, da subida dos preços dos produtosalimentares e energéticos. A dependência que têm dosmercados dos países desenvolvidos faz, contudo, esperartambém alguma desaceleração, em 2008.
Os aspectos fundamentais a salientar, no enquadramentomacroeconómico de 2007 não se referem contudo aosvalores do crescimento observado, aliás, aindapreliminares, mas sim à viragem que teve lugar, tanto noque respeita à desaceleração do crescimento, como àsubida da inflação.
A causa imediata do abrandamento da economiaamericana foi a crise no mercado hipotecário, quecomeçou a manifestar-se a partir de Fevereiro e seagravou, ao longo do segundo semestre. O impacto desterelativamente pequeno segmento do mercado financeiroglobal foi muito ampliado pela rápida e crescentementecomplexa inovação financeira dos últimos anos e peloque agora se percebe ser o carácter acentuadamentepró-cíclico dos mecanismos de regulação em vigor nosistema financeiro internacional. Inicialmente encaradacomo uma simples crise de liquidez, rapidamente setornou claro tratar-se de uma questão mais complexa,que envolvia a própria capacidade de expansão docrédito, de que depende a confiança dos mercadosfinanceiros e também a dos consumidores americanos,principal fonte de procura a nível global.
Assistiu-se, por isso, a um esforço crescente dasautoridades financeiras para controlar os problemas deliquidez e para restituir a confiança à economia. O Fedmostrou-se especialmente dinâmico nesta área, iniciandouma trajectória de redução acentuada das taxas de juro,revelando como principal prioridade o combate ao riscode abrandamento da actividade económica. O BCEcontinuou a considerar que o risco de subida da inflaçãoera a principal preocupação da economia europeia, nãoobstante a incerteza resultante da turbulência financeirainternacional. Na perspectiva daquela instituição, aevolução registada na zona do Euro, em matéria decrescimento, emprego e rendibilidade das empresas, e oforte crescimento das economias emergentes serão demolde a assegurar o crescimento da economia, emparalelo com o potencial da mesma. Assim, embora tenhainterrompido, a partir de meio do ano, a subida gradualdas taxas de juro, a que vinha procedendo, o BCE nãoconsiderou aconselhável descê-las.
8 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Enquadramento da actividade
ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO
Crescimento do PIBTaxas de variação homóloga
Gráfico 1PortugalEspanhaZona do Euro
%
6
3
0
-32004 2005 2006 20072003
Fonte: Eurostat.
Relatório | Enquadramento da actividade 9
Entretanto a subida da taxa de inflação, ultrapassando os3% ao ano na Zona do Euro, contra o objectivo do BCEde não exceder os 2%, reforçou essa preocupação,tornando-se num factor limitativo da margem de manobrada política económica dos países desenvolvidos. Asrazões desta subida são em larga medida estruturais,ligadas ao aumento da procura nos países emergentes eàs limitações da oferta global, cujo ajustamento seránecessariamente mais lento. Os bancos centraispermanecem, contudo, responsáveis por evitar que esseaumento exógeno de preços se repercuta nos salários enas margens a nível interno, à semelhança do que seobservou nos anos 70, com consequências nefastas parao crescimento económico posterior.
O crescimento da economia portuguesa, em 2007,estima-se em 1.9%, prosseguindo uma trajectória derecuperação que este ano assentou na retoma doinvestimento empresarial, para além das exportaçõeslíquidas, que tinham já sido responsáveis pela evoluçãopositiva observada no ano anterior.
Prosseguiu, além disso, a redução acentuada dos déficesorçamental e externo, devendo o primeiro ultrapassar osobjectivos fixados no âmbito do Pacto de Estabilidade eCrescimento e situar-se já abaixo dos 3% do PIB.A moderação do consumo das famílias e a naturezarestritiva da política orçamental, embora sendoindispensáveis à correcção dos desequilíbrios quepunham em causa a estabilidade e o potencial decrescimento da economia, têm condicionado, no curtoprazo, a expansão económica a ritmo mais rápido.A evolução observada em 2007 permite, contudo, esperaruma contribuição mais significativa da procura internapara o crescimento económico, em 2008. Pensa-se queesta será uma consequência do investimento e daredução do desemprego que ele deverá assegurar, bemcomo da menor pressão orçamental, resultante dasconquistas já conseguidas, em matéria de consolidação.Além disto, há a registar, no que respeita às exportações,a diversificação que tem vindo a ocorrer, tanto demercados quanto de produtos, bem como o aumento dasexportações de serviços. Esta é uma evolução bem-vinda,num momento em que o crescimento mundial tenderá a
centrar-se fora dos mercados habituais. Tais perspectivasrelativamente mais favoráveis para a economiaportuguesa estão, aliás, bem reflectidas na evolução doindicador de sentimento económico, publicado pelaComissão Europeia.
Em resultado da turbulência nos mercados financeirosinternacionais, as condições de concessão de crédito e defunding dos bancos tornaram-se mais restritivas, ao longode 2007. A despeito das operações excepcionais decedência de liquidez pelo BCE, as taxas interbancáriaspara prazos superiores a um mês passaram a situar-sesubstancialmente acima da respectiva taxa de referência,incorporando um elevado prémio de contraparte, aomesmo tempo que se tornava mais difícil o acesso aalguns instrumentos de mercado. Assim, embora asituação dos bancos portugueses permanecesse robusta,em matéria de rendibilidade e quanto ao incumprimentode crédito, o agravamento do enquadramentointernacional requereu um maior esforço de captação dedepósitos, bem como uma maior exigência nas condiçõesde concessão de empréstimos a particulares e empresas.Além do aumento de spreads, os bancos tornaram-semais exigentes relativamente às maturidades contratuaise às garantias exigidas.
Indicador de sentimento económico
Gráfico 2PortugalEspanhaZona do Euro
%
120
100
80
602004 2005 20062003
Fonte: Eurostat.
2007
Apesar destes condicionalismos, a taxa de crescimentodo crédito à economia (ajustada no respeitante àsoperações de titularização) acelerou de 10.7% para11.7% entre o final de 2006 e 2007, o que resultou daconjugação do abrandamento do financiamento àaquisição de habitação (de 9.9% para 8.5%) e daaceleração do crédito a sociedades não-financeiras(de 10.8% para 14.3%).
O rácio de créditos em incumprimento baixou, no casodas sociedades não-financeiras, de 1.54%, em Dezembro2006, para 1.47%, no fim de 2007, enquanto, no dosparticulares, se manteve em 1.74%. Entretanto, osdepósitos totais e equiparados cresceram 7.1%, contra8.4%, no ano anterior.
10 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Previsões pormenorizadas para Portugal e para a zona do Euro Taxas de crescimento em %
1) Projecções do Banco de Portugal, Boletim Económico, Inverno 2007.2) Comissão Europeia, Previsões do Outono, Novembro 2007. 3) Índice Harmonizado de Preços no Consumidor.4) Em percentagem do PIB.
2008
BP1 CE2 CE2
Portugal Zona do Euro
2007
BP1 CE2 CE2
Portugal Zona do Euro
Consumo privado 1.2 1.2 1.7 1.1 1.3 2.1
Consumo público (0.2) (0.3) 2.1 0.0 0.4 2.0
Investimento fixo 2.6 0.9 4.7 3.3 2.3 2.9
Exportações de bens e serviços 7.0 6.7 5.7 4.9 5.6 5.3
Importações de bens e serviços 4.1 3.4 5.3 2.9 3.3 5.5
PIB 1.9 1.8 2.6 2.0 2.0 2.2
Inflação3 2.4 2.4 2.0 2.4 2.4 2.1
Balança corrente4 (8.2) (9.0) n.d. (7.3) (8.8) n.d.
Quadro 2
Mercado cambialAo longo de 2007, dominou a tendência defortalecimento do Euro relativamente ao Dólar, comintensificação, na segunda metade do ano, interrompidapontualmente por períodos de maior turbulência nosmercados financeiros, em que o Dólar beneficiava doestatuto de moeda de refúgio. Os argumentos favoráveisao Dólar foram-se esboroando ao longo do ano, à medidaque se iam sobrepondo o abrandamento da economiaamericana, confrontada com o ajuste de desequilíbriosestruturais, e a redução do diferencial de rendibilidadeentre activos denominados em euros e em dólares. Esteúltimo factor deveu-se, primeiro, à subida das taxas dejuro, na área do Euro e, na segunda metade do ano, àredução das taxas directoras, nos EUA. Recentemente, opatamar cambial de 1.50 tem-se revelado de difíciltransposição para o EUR / USD, fortalecendo a tese darelativa estabilidade cambial em torno de 1.43-1.49. Defacto, apesar de a economia da UEM se apresentar maisequilibrada e robusta que a dos EUA, não deixa por issode correr risco de contágio. Assim, a divergência no ritmode crescimento e a discrepância de taxas de juro deverãoesbater-se ao longo dos próximos meses, retirando ímpetoà tendência ascensional da moeda europeia.
Relatório | Enquadramento da actividade 11
Cotações do Euro em 2007
1.60
1.50
1.40
1.30
1.20
Gráfico 3
USD
USD / EUR
Fonte: BCE, Reuters.
MERCADOS
Mercado monetárioCom as taxas directoras inalteradas, desde Junho de2006, a turbulência nos mercados financeiros, detonadapela crise no crédito imobiliário de pior qualidade(subprime), e as tensões no mercado interbancário nosEUA induziram a Reserva Federal americana a reduzir, apartir de Setembro, a principal taxa de referência, portrês vezes, de 5.25% para 4.25%, em Dezembro. Após oinício da crise financeira, mas antes da actuação daReserva Federal, as taxas no mercado monetárioregistaram um comportamento anómalo, afastando-se doreferencial oficial. Os bancos passaram a exigir umprémio de risco para as operações de financiamento entresi. A falta de aderência das taxas Libor do Dólar aoreferencial tradicional reflectia um ambiente dedesconfiança no mercado monetário, que foi sendocorrigido ao longo dos meses com o auxílio da queda dataxa oficial e da alteração dos procedimentos de cedênciade fundos, pela autoridade monetária. Em Janeiro, aReserva Federal voltou a reduzir em 125 pontos-base ataxa dos fed funds, colocando-a em 3%. As taxas Liborestão a forçar antecipadamente a continuação dasquedas da taxa directora até cerca dos 2%.
A segurança do ritmo de crescimento da actividadeeconómica, na Europa, justificou a subida da taxa derefinanciamento de 3.5% para 3.75%, em Março, e para4%, em Junho. Apesar das declarações do BCE,orientadas por uma política monetária mais restritiva comorigem em receios inflacionistas, a taxa directoramanteve-se inalterada, na segunda metade de 2007.Contudo, a taxa Euribor a três meses superou os 4.90%,em Dezembro, manifestando assim as atípicas condiçõesvividas no mercado interbancário. A passagem do ano e oaumento da cedência de fundos a médio prazo pelo BCEfacilitaram o regresso à normalidade, no início de 2008,altura em que a Euribor a três meses regressou a níveispróximos dos 4.30%.
A desaceleração global e o surgimento dos primeirossinais de enfraquecimento da actividade real na Europasuscitaram expectativas de redução das taxas de juro decurto prazo, durante o ano de 2008. Esta perspectivapode ser constatada no comportamento dos futuros daEuribor: a curva do mercado monetário do Euro tem-se
apresentado horizontal, indiciando que a normalidadeainda não terá sido totalmente restabelecida. Se assimfor, registar-se-á uma queda mais acentuada dosprincipais indexantes deste mercado.
12 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Taxas de juro a seis meses em 2007
6
5
4
3
2
Gráfico 4
Fontes: BPI, Reuters.
Jan. Dez.Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov.
%
EuriborLibor USD
Evolução da taxa de refinanciamento bancário e impactona Euribor 3 meses
5
4
3
2
1
Gráfico 5Taxa de refinanciamento bancário (Refi rate)Euribor 3 meses
2003 2006 200720052004
Fonte: Reuters.
%
Relatório | Enquadramento da actividade 13
Mercado de obrigaçõesSe é verdade que, nos EUA, durante o primeiro semestredo ano, as taxas de juro de longo prazo, concretamente adez anos, apresentaram uma tendência relativamenteinequívoca de subida, passando de 4.5% para 5.20%,devido aos receios de estagflação e de redução deposições em treasuries dos bancos centrais asiáticos, nasegunda metade do ano, é também certo que a agitaçãodos mercados financeiros, convocando temores deabrandamento económico e mitigando riscosinflacionistas, beneficiou a dívida pública graças àscaracterísticas de activo de refúgio. Assim, as taxasreduziram-se, com maior incidência nos prazos maiscurtos, tendo aumentado consideravelmente a inclinaçãopositiva da curva de rendimentos. As expectativas de quecontinuarão a adoptar-se políticas económicasexpansionistas tendem a favorecer curvas maisinclinadas. Porém, a aproximação da conclusão do ciclode queda das taxas de juro de curto prazo limita aredução das yields, podendo registar-se uma ligeiracorrecção, sobretudo nos prazos mais curtos. Em final deJaneiro, as yields nos três e dez anos estavam atransaccionar-se, respectivamente, a 1.96% e 3.98%.
Na Europa, as taxas de juro de longo prazoacompanharam os movimentos da dívida públicaamericana, embora descrevendo movimentos menosbruscos. Os preços estão também a reflectir expectativasde arrefecimento económico e queda das taxas de juro decurto prazo, que ainda não se materializaram. Estedesfasamento da política do BCE relativamente à ReservaFederal explica a menos acentuada queda das yields naEuropa, no segundo semestre, e a consequente inversãodo sinal do spread entre dívida alemã e americana. Noinício de 2008, os treasuries a dez anos, em moedalocal, ofereciam uma rendibilidade cerca de 30pontos-base inferior à proporcionada pelos bundscorrespondentes. Em Janeiro de 2007, este diferencialera positivo em 75 p.b., tendo-se reduzido para 50 p.b.,em Junho. Na área do Euro, o prémio das dívidassoberanas elevou-se relativamente à dívida alemã, aolongo de 2007. No caso das Obrigações do TesouroPortuguês, esta diferença, que se apresentou estável emtorno dos 15 pontos-base, ao longo do primeiro semestre,aumentou para 28 p.b., em Setembro, reduzindo-se para20 p.b., no final do ano.
A aversão ao risco nos mercados financeiros aumentouconsideravelmente, na segunda metade do ano, o quepenalizou sobretudo as instituições financeiras devido aoimpacto, nos resultados, das perdas associadas à crise docrédito hipotecário. Embora, nos primeiros meses do ano,os prémios de risco de crédito se tenham mantidorelativamente estáveis, na segunda metade, alargaram-semuito significativamente regressando aos valoresobservados em 2002 / 3. Apesar da existência deliquidez, nos mercados financeiros, a incerteza sobre aactividade económica global em fase de desaceleração ea disseminação da crise do crédito hipotecário explicam apreferência por activos financeiros menos arriscados, oque por sua vez justifica os spreads elevados, sobretudopara as classes com piores notações de crédito. Acresceque, muito embora as empresas apresentem estruturassólidas e elevada capacidade de geração de meios, oarrefecimento económico suscita receios de elevação dastaxas de incumprimento, dificultando uma eventualcorrecção do incremento dos prémios recentementeverificado.
Taxas de juro a dez anos em 2007
5.4
4.8
4.2
3.6
3.0
Gráfico 6
Jan. Dez.Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov.
%
Portugal (EUR)Alemanha (EUR)EUA (USD)
Mercado de acçõesOs mercados de acções iniciaram o ano de 2007 com umcomportamento muito positivo. A divulgação de bonsdados macroeconómicos, a manutenção de umaactividade intensa, no que respeita a fusões e aquisições,e a apresentação de resultados positivos pela generalidadedas empresas explicam as valorizações dos principaisíndices accionistas nos primeiros meses do ano.
No entanto, a emergência de problemas no mercadoimobiliário norte-americano e os receios de um eventualcontágio da economia real, bem como a subsequente crisede liquidez nos mercados financeiros originaram umainversão daquela tendência positiva. Os mercadosassistiram a um aumento significativo da volatilidade,assim como a uma “fuga para a qualidade”: osinvestidores passaram a privilegiar activos com elevadaliquidez, tidos como defensivos em alturas deinstabilidade.
Apesar de todos estes receios e incertezas, que setornaram mais intensos nos últimos meses do ano, ageneralidade dos mercados accionistas europeusterminaram o ano com ganhos, destacando-se o DAX comuma valorização de 22%. Por seu lado, os índices domercado norte-americano registaram retornos positivos,tendo o Nasdaq, o Dow Jones e o S&P 500 subido 10%,6% e 4%, respectivamente. É importante referir que asempresas de pequena e média dimensão foramespecialmente penalizadas, neste novo contexto dosmercados financeiros, tendo tido, pela primeira vez, nosúltimos anos, uma underperformance, relativamente àscongéneres de maiores capitalizações bolsistas.
Os mercados ibéricos evoluíram em linha com os outrosmercados accionistas, tendo o PSI-20 e o IBEX 35acumulado valorizações em 2007, de 16% e 7%,respectivamente. Saliente-se que o mercado espanhol foi,durante o ano, negativamente afectado por preocupaçõescom uma possível correcção do mercado imobiliário ecom os possíveis efeitos negativos que a mesma terianoutras áreas de actividade e de crescimento económico,em Espanha.
14 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Prémios de risco de crédito a empresasEmissões em euros (2003-2007)
pontosbase200
150
100
50
0
-50
Gráfico 7AAAAAABBBFinanceiras
20072003 2004 2005 2006
DJ Europe Stoxx BanksDJ Euro StoxxS&P500
Fonte: Reuters Knowledge.
Evolução dos índices DJ Europe Stoxx Banks, DJ Euro Stoxxe S&P500 em 2007
20
10
0
-10
-20
-30
Gráfico 8
Jan. Dez.Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov.
%
Em termos sectoriais, a emergência dos problemas domercado de subprime nos Estados Unidos, ditou umaforte rotação sectorial, assistindo-se, em Agosto, a umabandono de empresas de sectores mais sensíveis aoconsumo privado e crescimento económico, e um maiorinteresse por empresas vistas como mais defensivas,como as de telecomunicações e as utilities. É importanteainda referir que o sector de construção espanhol sedestacou pela negativa, em 2007, reflectindo os sinaisde abrandamento no mercado imobiliário e aspreocupações quanto ao elevado endividamento dageneralidade das empresas, num contexto de condiçõesde financiamento mais restritivas, decorrente da escassezde liquidez nos mercados financeiros.
O mercado de ofertas iniciais de venda (IPO) continuoumuito dinâmico em 2007. Em Portugal, a REN e aMartifer estrearam-se no mercado accionista, enquanto,em Espanha, mais 11 novas empresas foram admitidas àcotação (Clínica Baviera, Criteria Caixa Corp, Codere,Iberdrola Renovables, Fluidra, Laboratórios Almirall,Laboratórios Farmacêuticos Rovi, Realia, Renta 4, ReyalUrbis e Solaria).
Relatório | Enquadramento da actividade 15
PSI-20IBEX 35
Fonte: Reuters Knowledge.
Evolução dos índices PSI-20 e IBEX 35 em 2007
30
20
10
0
-10
-20
Gráfico 9
Jan. Dez.Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov.
%
16 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Actividade em 2007
ACÇÕES
CorretagemDurante o ano de 2007, o Grupo BPI intermediou umvolume de acções no valor de 21 406 M.€,correspondente a um crescimento de 128% relativamenteao valor negociado durante o ano de 2006.
Este desempenho positivo levou o Grupo BPI à posiçãode liderança do grupo de intermediários financeirosregistados na CMVM, no que respeita a intermediação deacções. O Grupo BPI obteve uma quota de 16.1%,durante o ano de 2007, o que pode comparar-se com aquota de 11.6%, obtida em 2006. Passou, pois, doquarto lugar quanto a corretagem de acções em Portugal,obtido em 2006, para a posição de liderança, em 2007.
Este aumento do volume de transacções permitiu ao BPIgerar comissões líquidas de corretagem e de colocação,em 2007, no valor de 23.3 M.€, o que corresponde auma variação positiva de 119% relativamente ao ano de2006. Importa realçar que, já em 2006, o crescimentodas comissões de corretagem e colocação tinha sido de82%, relativamente a 2005.
Além do reconhecimento implícito por parte dos Clientesdo valor do serviço prestado pelo BPI, estes resultadosreflectem:
� um crescimento claro do negócio realizado com Clientesinstitucionais: em 2007, as comissões de corretagemlíquidas, cobradas a Clientes institucionais,representaram 15.8 M.€, o que corresponde a umaumento de 148%, relativamente a 2006;
� uma envolvente positiva para os mercados accionistasem geral e para o mercado accionista português emespecial: o volume negociado em acções portuguesas,na Euronext, registou um crescimento de 86%, em2007, relativamente a 2006;
� a afirmação do BPI na corretagem de acçõesespanholas e junto de investidores espanhóis. Em2007, o BPI conseguiu aumentar em 106%,relativamente ao ano de 2006, o total das comissõesobtidas com a intermediação de acções espanholas ecom a intermediação ao serviço de Clientes espanhóis.
É importante realçar que a quota de mercado dasplataformas de corretagem por Internet do Grupo BPI –BPI Netbolsa e BPI Online – continuaram a aumentar,atingindo os 17.6%, em 2007, relativamente aos 16.4%,em 2006. Ficaram, portanto, claramente acima da quotanatural do Grupo BPI, na Banca de Retalho. Atravésdestes canais, o Grupo BPI intermediou 2 766 M.€, oque representa uma variação homóloga positiva de 50%,relativamente ao ano anterior.
Quota de mercado nacorretagem de acçõesem Portugal
%
Gráfico 102005 2006
# 5# 4
16.1
2007
# 1
11.6
10.1
Fonte: CMVM.Nota: considera intermediáriosfinanceiros registados na CMVM,recepção e transmissão de ordenspor conta de outrem no mercadoaccionista português e em mercadosinternacionais.
Para efeitos estatísticos só foramconsiderados pertencentes a umgrupo financeiro as instituiçõesdominadas a 100% pelo Grupo.
Relatório | Actividade em 2007 17
O modelo do negócio de corretagem de acções do BPIassenta na prestação de um serviço de elevado valoracrescentado aos seus Clientes institucionais e particulares.
No que respeita aos Clientes institucionais, oposicionamento do BPI baseia-se:
� num produto de research, especializado no mercadoibérico e especialmente focado nas empresas cotadas depequena e média capitalização;
� no acompanhamento dos principais investidoresinstitucionais (ibéricos e internacionais), quer na geraçãode ideias de investimento quer na aproximação destesinvestidores às empresas.
No final de 2007, a equipa dedicada a estes Clientes eraconstituída por 31 Colaboradores: 15 formavam a equipa
de análise e 16 assumiam funções comerciais, dos quais11 se encontram no escritório de Madrid.
Quanto aos investidores particulares, o Grupo BPI utilizaprincipalmente dois canais:
� o BPI NetBolsa, que está integrado na oferta de serviçosde homebanking para os Clientes do Banco BPI;
� o BPI Online, canal exclusivo do Banco de Investimento.Todo o research produzido pelo BPI é igualmentedisponibilizado através destes canais.
Ambos os canais se apoiam na mesma plataformatecnológica de negociação. Esta plataforma é gerida peloDepartamento de Acções do BPI, quer no que respeita àmanutenção e desenvolvimento quer quanto à produção deconteúdos e apoio especializado ao Cliente.
BROKER IBÉRICO COM FORTE ESPECIALIZAÇÃO EM PEQUENAS E MÉDIAS CAPITALIZAÇÕES
Equity Capital MarketsEntre as operações realizadas pelo BPI no mercadoaccionista português, destacam-se as seguintes:
� a colocação no mercado de um bloco (através de umaoperação de accelerated bookbuilding) de 15% docapital da Jerónimo Martins; operação que, tendoenvolvido 362 M.€, foi uma das maiores colocações emmercado secundário do ano de 2007 e uma dasmaiores alguma vez realizada exclusivamente por umbanco português;
� a colocação de um bloco de 4.6% do capital da Brisa,uma operação de private placement, realizadaexclusivamente pelo BPI, que envolveu 275 M.€.
Nestas duas operações, o BPI actuou do lado do vendedor.Em ambos os casos, os vendedores foram gestores defundos e Clientes do BPI no mercado secundário.
O BPI assegurou também a montagem e organização deuma operação de equity swap entre a Sonae SGPS e oBanco BPI. Esta operação, resultante da venda de 6.7%de acções próprias da Sonae SGPS ao Banco BPI,permitiu à Sonae SGPS monetizar a sua posição emacções próprias.
Quanto a initial public offerings (IPO), o BPI participouna IPO da REN, em Portugal. No mercado accionistaespanhol, o BPI participou pela primeira vez em IPO deempresas espanholas:
� Clínica Baviera – Abril de 2007 – o BPI actuou comoco-lead manager da tranche institucional;
� Criteria – Outubro de 2007 – o BPI actuou como co-manager da tranche institucional internacional.
18 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
O BPI assumiu também um papel muito activo emoperações de colocação de blocos de acções – blockplacement –, entre as quais se destaca a colocação de5% do Banco Pastor, de 3% do capital da CorporaciónDermoestética e de vários blocos da Galp Energia.
O BPI apoiou vários investidores na constituição deposições relevantes – stake building – em empresasibéricas, destacando-se as compras de posiçõesrelevantes na Enagas, na Galp, na MotaEngil e na REN.
Research e vendasEm 2007, o âmbito do research foi alargado, tendo-seiniciado a análise a 14 empresas ibéricas resultantes deIPO ou de empresas de pequena e média capitalização:Banesto, Banif, Clínica Baviera, Ercros, Galp Energia,GAM, Grifols, Inapa, Mecalux, Miquel Y Costas, Natra,Natraceutical, Tavex e Vueling.
No final de 2007, a análise do BPI Equity Researchabrangia 96 empresas (68 em Espanha e 28 emPortugal). Importa salientar que o BPI Equity Researchanalisa mais empresas que não constam do principalíndice espanhol (IBEX 35) do que pertencentes a esteíndice. O BPI é, actualmente, uma das casas ibéricas deresearch mais abrangentes, quer em Espanha, quer emPortugal.
Em 2007, foram elaborados 522 relatórios de research(excluindo notas diárias). O Iberian Small & Mid CapsGuide, produto quadrimestral, é hoje uma referência nacomunidade de investidores institucionais especializadosneste tipo de empresas. Destaque-se, também, aelaboração de relatórios de estratégia, de relatóriossectoriais e um estudo sobre energias renováveis.
O BPI continuou a organizar vários eventos com oobjectivo de aproximar as empresas e a comunidade deinvestidores institucionais. Entre estes, destacam-se osque se seguem.
� IV Conferência de Iberian Small & Mid Caps. O BPIorganizou pelo quarto ano consecutivo, desta vez emCascais, esta conferência que é já uma referência paraos investidores institucionais especializados noinvestimento nesta categoria de empresas. Enviaramrepresentação 25 empresas e mais de 80 investidoresespecializados.
� Pelo segundo ano consecutivo, o BPI organizou umaconferência de bancos ibéricos nos EUA. Nestaconferência, que se realizou no mês de Novembro, emNova Iorque, participaram nove bancos (Banesto, Banif,Bankinter, BBVA, BCP, BES, Banco BPI, Popular eSantander) e 25 investidores americanos.
� Também em Nova Iorque, o BPI realizou, em Junho,uma conferência sobre o tema “Infra-estruturas eutilities”, tendo contado com a participação dasseguintes empresas: Abertis, Brisa, EDP, Endesa,Iberdrola, MotaEngil, REE e Sacyr. Nesta conferência,participaram 24 investidores.
Também em 2007, o BPI realizou 27 roadshows comempresas e analistas. No âmbito das actividadescomerciais desenvolvidas em 2007, o BPI organizoucerca de 900 reuniões entre empresas e investidoresinstitucionais, cuja presença ascendeu a cerca de 160diferentes investidores institucionais.
BPI IberianInfrastructures andUtilities Conference
Abertis; Brisa; EDP;Edesa; Iberdrola;
MotaEngil; REE; Sacyr.
II Iberian BanksConference
Banesto; Banif; Bankinter; Banco
Popular; BBVA; BES;BCP; BPI; Santander.
IV BPI’s IberianSmall & Mid Cap
Conference
5 e 6 de Junho 6 e 7 de Novembro20 e 21 de Setembro
Abengoa; Acerinox; Altri;Banco BPI; Banif; Brisa;Cimpor; Clínica Baviera;GAM; Indra; Jerónimo
Martins; La Seda;Martifer; Mecalux;
MotaEngil; Natra; OHL;REN; Sogecable; SonaeIndústria; Sonae SGPS;
Tavex; Tubacex; Viscofan;Vocento.
Relatório | Actividade em 2007 19
TradingA actividade de trading contribuiu positivamente – em8.6 M.€ – para os lucros com operações financeiras doBanco Português de Investimento, em 2007.
O value-at-risk (duas semanas com intervalo de confiançade 99%) observado nestas carteiras foi de 1.5 M.€.A relação entre os resultados obtidos e esta medida derisco caracteriza a forma criteriosa como são geridasestas carteiras. A actividade de trading do Departamentode Acções do BPI regeu-se pelo princípio de uma fortepreservação dos ganhos e por uma gestão adequada dorisco. Note-se que os riscos tomados em acções visamobter, independentemente da envolvente do mercado,retornos absolutos positivos. Recorre-se para tal atécnicas desenvolvidas na indústria de fundos“alternativos”.
Em 2007, o BPI obteve também resultados consideráveisna venda de opções cotadas sobre acções ibéricas.
RECONHECIMENTO EM 2007
O research do BPI continuou, igualmente, a obterboas classificações em rankings que avaliam aqualidade das estimativas feitas e dasrecomendações. Em 2007, a AQ, conceituadaempresa britânica que se dedica ao apuramento daeficiência das recomendações e estimativas feitaspelos analistas, considerou ser o BPI Equity Researcha segunda melhor casa de análise ibérica, quanto àeficácia das recomendações. Também segundo a AQ,o BPI foi a segunda melhor casa de análise emEspanha. A Starmine, outra empresa britânica quequantifica e analisa o trabalho das casas de análise,classificou também o BPI como a segunda melhorcasa de análise do universo do IBEX 35, no que serefere à qualidade das recomendações.
Banco Português deInvestimento Equity
Research
# 2 M a i o rCasa de Análise
IBEX 35
Banco Português deInvestimento Equity
Research
# 2 M a i o rhit ratio
Iberian Mid Caps
CORPORATE FINANCE
Em 2007, o BPI manteve a sua tradicional posiçãofortemente competitiva no mercado português decorporate finance, tendo alcançado elevadas quotas, emtodos os segmentos em que actua.
No segmento das operações de mercado, o BPI foi ointermediário financeiro responsável por quatro ofertaspúblicas de aquisição, cujo valor global foi de 409 M.€,o que equivale a uma quota de mercado de 78%. O BPIfoi também responsável pela operação de cisão da SonaeCapital e pelo respectivo processo de admissão ànegociação, tendo ainda sido co-líder da oferta públicade venda que integrou a oferta inicial da REN.
No segmento das operações de fusões e aquisições M&A,o BPI concluiu transacções num valor global de cerca de1 211 M.€, montante a que, de acordo com aBloomberg, corresponde uma quota de mercado de 17%.
O BPI assessorou ainda um vasto conjunto de entidadesna tomada de decisões de investimento e definanciamento, executando avaliações e agenciando osfundos necessários aos projectos de investimentodaquelas entidades.
Entre os processos em que esteve envolvido, destaca-se aassessoria prestada à NAER, nos trabalhos de preparaçãodo procedimento de concurso para privatização da ANA –Aeroportos de Portugal.
Listam-se, de seguida, algumas das assessoriasefectuadas pelo BPI, que se traduziram, no caso dastransacções, em comissões de sucesso.
20 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
� Amorim Desenvolvimento – Assessoria em análise comvista a uma tomada de decisão sobre desinvestimento econdução do respectivo processo de alienação.
� Allianz Portugal – Assessoria na organização e montagemda oferta pública de distribuição de acções, reservada atrabalhadores.
� Cin – Assessoria em análise com vista a tomada dedecisão sobre investimento e na concretização dacorrespondente aquisição.
� Cerealis – Assessoria em análise com vista a tomada dedecisão sobre investimento.
� Comendador Rodrigo Leite – Assessoria na alienação daparticipação detida na Tertir.
� NAER – Assessoria no processo de preparação daprivatização da ANA e de contratação da concepção,construção, financiamento e exploração do NovoAeroporto de Lisboa.
� Partex – Assessoria na determinação do fair value dosinteresses petrolíferos da empresa.
� Ricon – Assessoria no processo de reforço da posiçãoaccionista no capital da Gant.
� SF – Sociedade de Controlo – Assessoria no processoconducente à perda do estatuto de sociedade aberta daCIN.
� Sonae, SGPS – Assessoria no processo de cisão da SonaeCapital.
� Sonae, SGPS – Assessoria na estruturação da operaçãode aquisição do Carrefour Portugal.
� Sonae Capital – Assessoria no processo de admissão dasacções da empresa à negociação.
� Sonae Turismo – Assessoria na avaliação do grupo e naaquisição de acções pertencentes a accionistasminoritários da Torralta.
� Tertir – Assessoria na candidatura à concessão deexploração, no âmbito da actividade da Silopor, no Beato,na Trafaria e em Vale Figueira.
� Vertix – Assistência nas duas ofertas públicas deaquisição lançadas sobre a Media Capital, bem como nalançada sobre a TVI.
� Violas – Assistência na oferta pública de aquisiçãolançada sobre a Solverde e no processo conducente àperda de qualidade de sociedade aberta.
PRIVATE BANKING
O volume de negócios do BPI Private Banking ascendia,no final de 2007, a 3 283 M.€, valor que representa umcrescimento de 12%, relativamente ao final de 2006.Os activos sob gestão discricionária e aconselhamentoefectivo do BPI Private Banking registaram, no ano emanálise, um crescimento de 18%. No final de 2007,ascendiam a 2 538 M.€.
As soluções geridas discricionariamente pelo BPI PrivateBanking atingiram, no final de 2007, um volume total de 1 057 M.€. A carteira de crédito cresceu 16%, face aofinal de 2006, e os activos relativos a participaçõesestáveis sob custódia diminuíram 10%, no mesmoperíodo.
O comportamento dos mercados financeiros no segundosemestre de 2007 condicionou as rendibilidades dassoluções geridas discricionariamente pelo BPI PrivateBanking. Não obstante, o ano de 2007 ficou marcado, emtermos comerciais, por um acelerado ritmo de angariaçãode novos Clientes e de novos activos. Os novos volumes deactivos captados, não só junto de novos Clientes mastambém de Clientes actuais, permitiram compensar osefeitos da desvalorização dos mercados financeirosobservada ao longo do segundo semestre de 2007.
Relatório | Actividade em 2007 21
Private Banking Principais indicadores Valores em M.€
2007 Δ%2006
Gestão discricionária e aconselhamento 2 144 2 538 18%
Gestão discricionária 979 1 057 8%
Aconselhamento 1 165 1 481 27%
Participações estáveis sob custódia 627 561 - 10%
Crédito concedido 158 184 16%
Volume de negócio 2 928 3 283 12%
Quadro 3
1) Anualizadas até 28 de Dezembro de 2007.
Seguros de Capitalização BPI Private BankingRendibilidades brutas1
Últimos5 anos
Últimos4 anos
Últimos3 anos
Últimos2 anos
ÚltimoanoDenominação
BPI Capitalização PB – Ultra Conservador 0.09% 1.13% 1.41% 2.28% 2.31%
BPI Capitalização PB – Conservador (0.27%) 2.49% 3.35% 4.13% 3.97%
BPI Capitalização PB – Equilibrado (0.31%) 3.39% 5.07% 5.75% 5.34%
BPI Capitalização PB – Agressivo (0.60%) 4.99% 8.04% 8.83% 7.19%
Quadro 4
RECONHECIMENTO EM 2007
A qualidade do serviço de private banking do BPI e asatisfação dos Clientes com o mesmo viria a serreconhecida, no final do ano de 2007, com aatribuição pela Euromoney do prémio de “BestPrivate Banking em Portugal”. Este prémio éatribuído após um inquérito levado anualmente acabo pela revista Euromoney a nível mundial. Osvencedores são apurados com base na avaliaçãoqualitativa e quantitativa que os concorrentes dosector fazem dos seus pares.
M e l h o rPrivate Banking
em Portugal
22 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Análise financeira
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASConta de resultadosA actividade do Banco Português de Investimentoconcentra-se, exclusivamente, nas linhas de negócio deCorporate Finance, Acções e Private Banking, com umreduzido consumo de capital.
O lucro líquido em 2007 ascendeu a 24.3 M.€, o quecorrespondeu a um crescimento de 23.2% relativamenteao resultado de 2006. A rendibilidade do capital própriomédio (ROE) do Banco ascendeu a 31.8% em 2007(30.4% em 2006).
O significativo crescimento da actividade, em particulardo negócio de acções, traduziu-se no crescimento doproduto bancário em 13.6%.
As comissões líquidas cresceram 43.5% (+14.6 M.€)para 48.3 M.€ em 2007. Representaram cerca de 81%do produto bancário do exercício. Para esta evoluçãocontribuiu principalmente o crescimento em 95% dascomissões de corretagem e colocação, de 12.2 M.€ em2006 para 23.8 M.€ em 2007.
A crescente afirmação do BPI enquanto broker ibérico,fortemente especializado em pequenas e médiascapitalizações, cujo research de acções cobre largamenteo mercado ibérico, tem contribuído para o aumento daquota de mercado na intermediação de transacções deacções portuguesas e para um crescimento significativoda corretagem com acções espanholas, designadamentepara Clientes institucionais.
Ainda de referir o aumento em 36.7% (+5.4 M.€) dascomissões associadas a fundos de investimento e segurosde capitalização, para 20.2 M.€ em 2007.
Os lucros em operações financeiras, apesar da evoluçãomais desfavorável dos mercados de capitais,principalmente, no segundo semestre do ano,ascenderam a 8.1 M.€ em 2007. Foram 48% inferioresaos 15.5 M.€ registados no ano anterior. O peso relativodos lucros em operações financeiras no produto bancáriodiminuiu de 30%, em 2006, para 14%, em 2007.
Os custos de estrutura aumentaram 3.4% (+0.8 M.€).Os custos com pessoal aumentaram 3.7% (+0.6 M.€),representando mais de dois terços do acréscimo doscustos de estrutura.
Em 2007, o quadro médio de pessoal aumentou 7.3%.No final do ano o quadro de Colaboradores ascendia a 157.
O resultado antes de impostos cresceu 20.9%, para33.1 M.€. A taxa média de impostos situou-se em26.8%1 (28.1% em 2006).
1) Relação entre impostos sobre lucros registados em resultados e o resultado antes de impostos.
Relatório | Análise financeira 23
As demonstrações financeiras do Banco Português deInvestimento são preparadas, desde 2005 inclusivé, deacordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA)estabelecidas pelo Banco de Portugal (Aviso n.º 1 / 2005 eInstrução n.º 9 / 2005).
As Normas de Contabilidade Ajustadas correspondem emgeral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS /IFRS) adoptadas pela União Europeia, excepto quanto àsseguintes matérias:
� a carteira de crédito e garantias está sujeita àconstituição de provisões para riscos específicos e parariscos gerais de crédito, nos termos do Aviso do Banco dePortugal n.º 3 / 2005;
� o acréscimo das responsabilidades por pensões dereforma dos Colaboradores do BPI Investimentosresultante da aplicação do IAS 19, com referência a31 de Dezembro de 2004, está a ser reconhecido emresultados transitados por um período de 7 anos, naparte relativa a responsabilidades por cuidados médicospós-emprego e à alteração da tábua de mortalidade, e porum período de 5 anos, relativamente aos restantesimpactos.
NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS (NCA)
BalançoNo final de 2007, o activo total líquido do BancoPortuguês de Investimento ascendia a 2 497.8 M.€, oque corresponde a um crescimento de 35.2%relativamente a Dezembro de 2006. A forte expansão dosdepósitos de Clientes (+76%), para 2 200.7 M.€,explicam esse crescimento. Note-se que o balanço doBanco Português de Investimento reflecte principalmentea captação de depósitos de Clientes de Private Banking eClientes Institucionais e a aplicação dessa liquidez,maioritariamente no mercado interbancário.
No final de 2007, as aplicações em instituições decrédito ascendiam a 2 036.6 M.€, representando cercade 82% do total do activo.
A carteira de crédito a Clientes, maioritariamenteconcedido a Clientes de Private Banking, ascendia a183.1 M.€ (7% do total do activo), o que corresponde aum crescimento de 20.7% relativamente a 2006.
A carteira de activos financeiros de negociação ascendiaa 146.3 M.€. no final 2007 (cerca de 6% do total doactivo).
Em 31 de Dezembro de 2007, os fundos de pensões dosColaboradores ascendiam a 18.4 M.€ e asseguravam ofinanciamento a 102% das responsabilidades com pensões.
No final de 2007, o capital próprio ascendia a 79.5 M.€.
Em 31 de Dezembro de 2007, os fundos próprios, deacordo com as regras do Banco de Portugal, eram de73.1 M.€. O rácio de requisitos de fundos próprios erade 10.0% e o rácio Tier I de 6.2%1.
24 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Conta de resultados Valores em M.€
Margem financeira estrita 2.8 3.1 11.1%
Rendimento de instrumentos de capital 0.2 0.3 101.0%
Margem financeira 3.0 3.4 15.7%
Comissões e outros proveitos (líquidos) 33.7 48.3 43.5%
Resultados em operações financeiras 15.5 8.1 (47.8%)
Rendimentos e encargos operacionais 0.3 (0.3) -
Produto bancário 52.5 59.6 13.6%
Custos com pessoal 16.5 17.1 3.7%
Outros gastos administrativos 6.9 7.3 6.0%
Amortizações do exercício 1.0 0.8 (18.3%)
Custos de estrutura 24.4 25.2 3.4%
Resultado operacional 28.1 34.3 22.4%
Provisões e imparidades 0.7 1.2 78.8%
Resultado antes de impostos 27.4 33.1 20.9%
Impostos sobre os lucros 7.7 8.9 15.2%
Lucro líquido 19.7 24.3 23.2%
Cash-flow após impostos 21.4 26.3 23.0%
Quadro 5
2006 2007 Δ%
1) De acordo com as instruções do Banco de Portugal, desde Junho de 2007, passou-se a afectar ao Tier I 50% das deduções aos fundos próprios relativas a participações em instituiçõesfinanceiras e seguradoras, quando anteriormente estas deduções eram integralmente afectas ao Tier II. Esta alteração ocasionou uma redução de 1.4 pontos percentuais no rácio Tier I,com referência a Dezembro de 2007.
Relatório | Análise financeira 25
Activo
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 22.8 0.2 (99.2%)
Disponibilidades em outras instituições de crédito 43.9 47.0 7.1%
Aplicações em instituições de crédito 1 331.9 2 036.6 52.9%
Crédito a Clientes 151.7 183.1 20.7%
Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados 202.0 146.3 (27.6%)
Activos financeiros disponíveis para venda 15.1 20.8 37.9%
Derivados de cobertura 18.1 1.0 (94.7%)
Investimentos em filiais, associadas e entidades sob controlo conjunto 2.2 2.2 0.0%
Outros activos tangíveis 3.6 2.9 (19.4%)
Activos intangíveis 0.0 0.0 (69.0%)
Activos por impostos 0.6 0.5 (12.0%)
Outros activos 55.5 57.2 3.0%
Total do activo 1 847.5 2 497.8 35.2%
Passivo e capital próprio
Passivos financeiros detidos para negociação 10.1 12.7 26.4%
Recursos de outras instituições de crédito 416.4 112.5 (73.0%)
Recursos de Clientes e outros empréstimos1 1 248.4 2 200.7 76.3%
Responsabilidades representadas por títulos 0.4 0.3 (14.0%)
Derivados de cobertura 0.2 0.0 (88.9%)
Provisões 2.0 3.0 48.2%
Passivos por impostos 4.5 3.0 (33.4%)
Passivos subordinados 35.3 35.4 0.2%
Outros passivos 57.4 50.6 (11.8%)
Capital 20.0 20.0 0.0%
Reservas e resultados transitados 33.3 34.5 3.7%
Outros instrumentos de capital (0.2) 0.8 561.4%
Resultado do exercício 19.7 24.3 23.2%
Capital próprio 72.8 79.5 9.2%
Total do passivo e capital próprio 1 847.5 2 497.8 35.2%
2006 2007 Δ%
1) Depósitos, cheques e ordens a pagar e juros.
Balanço Valores em M.€
Quadro 6
Rating
26 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
NOTAÇÕES DE RATINGA estratégia, posição competitiva, solidez financeira ecapacidade de geração de resultados do Grupo BPIcontinuaram a merecer, de entidades independentes ereputadas – a Fitch Ratings, a Moody’s e a Standard &Poor’s – uma avaliação que se consubstancia emelevadas notações de rating.
A Standard & Poor’s subiu as notações de rating doBanco Português de Investimento e do Banco BPI –entidade de topo do Grupo BPI – no 1.º semestre de2007, enfatizando a boa posição do BPI em Portugal, agestão competente, a qualidade dos activos melhor que ados seus concorrentes domésticos e uma performancefinanceira sólida e em contínua melhoria.
1) Notação atribuída a todos os bancos que compunham o Grupo BPI nessa data.
2) Notação atribuída ao BFB.3) O último relatório de actualização da notação
de rating foi divulgado a 25 de Maio de 2007.
Moody’s:A1 Títulos com rating A possuem muitos atributos favoráveis e devem ser considerados
investimentos de nível médio / superior.(1 significa um posicionamento superior na classe A).
Fitch Ratings:A+ Crédito de elevada qualidade. Os ratings denotam uma baixa expectativa de risco de
crédito.(+significa um posicionamento superior na classe A).
Standard & Poor’s:A– Uma entidade com rating A possui uma forte capacidade para cumprir as suas
obrigações financeiras.(– significa um posicionamento na parte inferior da classe A).
Notações de rating
Standard & Poor's
Moody'sFitchRatings
Banco Português de Investimento
Longo prazo A+ - A
Curto prazo F1 - A-1
Outlook Estável - Estável
Banco BPI
Longo prazo A+ A1 A
Curto prazo F1 P-1 A-1
Outlook Estável Estável Estável
Atribuição de rating:
Data inicial 31 Out. 961 1 Nov. 962 27 Abr. 99
Último relatório 07 Nov. 07 14 Nov. 07 29 Out. 073
Quadro 7
Relatório | Rating e Referências finais 27
Referências finais
Consideram-se bastante positivos a actividade desenvolvida e os resultados alcançados pelo BPI numaconjuntura pouco favorável do mercado de capitais. Para tanto foi decisivo o dedicado empenho dosColaboradores bem como a reiterada confiança e fidelidade dos Clientes do Banco. A uns e outros se exprimeo mais vivo reconhecimento.
Uma saudação especial é dirigida ao Dr. José Carlos Agrellos, ao Dr. Rui Lélis e ao Dr. Manuel Correia dePinho. Os dois primeiros, por se aproximarem do limite de idade, deixaram de integrar o Conselho deAdministração do Banco e o terceiro, pela mesma razão, vai cessar as funções de Secretário da Sociedade.Os três são quadros da Alta Direcção fortemente ligados à constituição da SPI – Sociedade Portuguesa deInvestimento, instituição originária do actual Grupo BPI, ao qual, ao longo de mais de um quarto de século,dedicaram o melhor das suas elevadas capacidades e da sua total dedicação.
O Conselho exprime ainda o seu reconhecimento pela cooperação recebida das Autoridades Monetárias,Financeiras e de Supervisão no âmbito das respectivas atribuições.
Porto, 12 de Março de 2008
O Conselho de Administração
Proposta de aplicação de resultados
28 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
No exercício de 2007, o Banco Português de Investimento, S.A. obteve um lucro de
24 250 903.36 euros.
O Conselho de Administração propõe que, relativamente ao exercício de 2007, seja distribuído
um dividendo de 21 825 813.02 euros (vinte e um milhões, oitocentos e vinte e cinco mil,
oitocentos e treze euros e dois cêntimos) ao conjunto das 4 000 000 de acções representativas
do capital social em 31 de Dezembro de 2007.
O dividendo proposto representa uma distribuição de resultados correspondente a 90% do lucro
do exercício.
O Banco Português de Investimento, S.A. deverá, nos termos do n.º 1 do artigo 97 do Regime
Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), destinar 10% dos lucros
líquidos à formação de reserva legal.
Assim, e em conformidade com o n.º 1 do artigo 19 dos Estatutos do Banco, propõe-se que o
lucro do exercício de 2007 tenha a seguinte aplicação:
Para reserva legal (artigo 97, n.º 1 do RGICSF) 2 425 090.34 euros
Para dividendos 21 825 813.02 euros
Total 24 250 903.36 euros
Porto, 12 de Março de 2008
O Conselho de Administração
Demonstrações financeiras
BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006
30 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
As notas anexas fazem parte integrante destes balanços.
(Montantes expressos em milhares de euros)
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
31 Dez. 06
Valor líquido
Valor liquído
31 Dez. 07
Valor antes de imparidade eamortizações
Notas Provisões,imparidade eamortizações
ACTIVOCaixa e disponibilidades em bancos centrais 3.1 191 191 22 817
Disponibilidades em outras instituições de crédito 3.2 47 019 47 019 43 910
Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados 3.3 / 3.4 146 262 146 262 201 999
Activos financeiros disponíveis para venda 3.5 21 040 221 20 819 15 098
Aplicações em instituições de crédito 3.6 2 036 654 9 2 036 645 1 331 853
Crédito a clientes 3.7 184 786 1 705 183 081 151 735
Derivados de cobertura 3.4 952 952 18 135
Outros activos tangíveis 3.8 24 100 21 186 2 914 3 617
Activos intangíveis 3.9 3 136 3 121 15 47
Investimentos em filiais, associadas e entidades sob controlo conjunto 3.10 2 230 2 230 2 230
Activos por impostos 3.11 501 501 569
Outros activos 3.12 / 3.21 57 741 582 57 159 55 470
Total do activo 2 524 612 26 824 2 497 788 1 847 480
PASSIVO
Passivos financeiros detidos para negociação 3.13 / 3.4 12 727 10 070
Recursos de outras instituições de crédito 3.14 112 479 416 415
Recursos de clientes e outros empréstimos 3.15 2 200 695 1 248 403
Responsabilidades representadas por títulos 3.16 302 352
Derivados de cobertura 3.4 20 177
Provisões 3.17 2 973 2 007
Passivos por impostos 3.18 3 021 4 538
Passivos subordinados 3.19 35 384 35 308
Outros passivos 3.20 50 640 57 384
Total do passivo 2 418 241 1 774 654
CAPITAIS PRÓPRIOSCapital 3.22 20 000 20 000
Outros instrumentos de capital 3.23 757 (164)
Reservas de reavaliação 3.24 565 619
Outras reservas e resultados transitados 3.25 33 974 32 686
Resultado líquido 24 251 19 685
Total dos capitais próprios 79 547 72 826
Total do passivo e dos capitais próprios 2 497 788 1 847 480
RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAISGarantias prestadas e outros passivos eventuais 3.26 38 032 45 639
Dos quais:
[Garantias e avales] [35 913] [36 685]
Compromissos 3.26 46 064 16 423
Demonstrações financeiras 31
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006
(Montantes expressos em milhares de euros)
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
31 Dez. 0631 Dez. 07Notas
Juros e rendimentos similares 106 432 82 178
Juros e encargos similares (103 315) (79 371)
Margem financeira estrita 3.27 3 117 2 807
Rendimentos de instrumentos de capital 3.28 310 154
Margem financeira 3 427 2 961
Comissões recebidas 53 317 37 870
Comissões pagas (5 013) (4 210)
Outros proveitos líquidos 32 33
Comissões líquidas 3.29 48 336 33 693
Ganhos e perdas em operações ao justo valor 8 144 12 198
Ganhos e perdas em activos disponíveis para venda (27) 3 375
Juros, ganhos e perdas financeiros com pensões 3.21 (22) (68)
Resultados em operações financeiras 3.30 8 095 15 505
Rendimentos e receitas operacionais 288 801
Encargos e gastos operacionais (165) (94)
Outros impostos (395) (391)
Rendimentos e encargos operacionais 3.31 (272) 316
Produto bancário 59 586 52 475
Custos com pessoal 3.32 (17 124) (16 516)
Gastos gerais administrativos 3.33 (7 293) (6 882)
Depreciações e amortizações 3.8 / 3.9 (820) (1 003)
Custos de estrutura (25 237) (24 401)
Imparidade e provisões líquidas para crédito e garantias 3.17 (789) (409)
Imparidade e outras provisões líquidas 3.17 (437) (277)
Resultado antes de impostos 33 123 27 388
Impostos sobre lucros 3.34 (8 872) (7 703)
Resultado líquido 24 251 19 685
Resultado por acção (euros)Básico 1.213 0.984
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações.
DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES DE CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006
32 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Reservas dereavaliação
Outros instrumentosde capital
Capital
Saldos em 31 de Dezembro de 2005 20 000 285 1 961
Dividendos distribuídos em 2006
Incorporação em reservas do resultado líquido de 2005
Remuneração variável em acções (RVA) (449)
Amortização do impacto do IAS 19 nos termos do Aviso n.º 4 / 2005 (nota 3.12)
Valor antes de impostos
Impostos sobre lucros
Reavaliação de activos disponíveis para venda (1 342)
Resultado gerado no exercício de 2006
Saldos em 31 de Dezembro de 2006 20 000 (164) 619
Dividendos distribuídos em 2007
Incorporação em reservas do resultado líquido de 2006
Remuneração variável em acções (RVA) 921
Amortização do impacto do IAS 19 nos termos do Aviso n.º 4 / 2005 (nota 3.12)
Valor antes de impostos
Impostos sobre lucros
Reavaliação de activos disponíveis para venda (54)
Resultado gerado no exercício de 2007
Saldos em 31 de Dezembro de 2007 20 000 757 565
O Técnico Oficial de Contas
Demonstrações financeiras 33
Capitais próprios
Resultado doexercício
TotalOutrasReserva legal
Outras reservas e resultados transitados
2 951 23 155 26 106 13 252 61 604
(6 000) (6 000)
1 325 5 927 7 252 (7 252)
(449)
(914) (914) (914)
242 242 242
(1 342)
19 685 19 685
4 276 28 410 32 686 19 685 72 826
(17 716) (17 716)
1 969 1 969 (1 969)
921
(914) (914) (914)
233 233 233
(54)
24 251 24 251
6 245 27 729 33 974 24 251 79 547
O Conselho de Administração
(Montantes expressos em milhares de euros)
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações.
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOSFINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006
34 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
31 Dez. 0631 Dez. 07
Actividades operacionaisJuros, comissões e outros proveitos recebidos 150 795 119 123
Juros, comissões e outros custos pagos (107 179) (80 741)
Pagamentos a empregados e fornecedores (24 791) (20 574)
Fluxo líquido proveniente dos proveitos e custos 18 825 17 808
Diminuições (aumentos) em:
Activos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda 58 082 (30 125)
Aplicações em instituições de crédito (697 794) 586 637
Créditos a clientes (31 203) (28 871)
Outros activos 11 420 42 829
Fluxo líquido proveniente dos activos operacionais (659 495) 570 470
Aumentos (diminuições) em:
Recursos de bancos centrais e outras instituições de crédito (296 178) 46 441
Recursos de clientes 945 977 (608 746)
Passivos financeiros de negociação 2 657 5 999
Outros passivos 1 007 377
Fluxo líquido proveniente dos passivos operacionais 653 463 (555 929)
Contribuições para Fundos de Pensões (2 759) (3 083)
Pagamento de impostos sobre lucros (10 320) (6 661)
(286) 22 605
Actividades de investimentoAquisições de outros activos tangíveis e intangíveis (85) (52)
Vendas de activos intangíveis 1
Dividendos recebidos e outros proveitos 310 154
225 103
Actividades de financiamentoAmortizações de dívida títulada (53) (55)
Juros de dívida titulada e subordinada (1 735) (1 295)
Distribuição de dividendos (17 716) (6 000)
(19 504) (7 350)
Aumento (diminuição) de caixa e seus equivalentes (19 565) 15 358
Caixa e seus equivalentes no início do exercício 66 685 51 327
Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 47 120 66 685
(Montantes expressos em milhares de euros)
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações.
O Técnico Oficial de Contas
Carlos Manuel Rocha Santos
O Conselho de Administração
Presidente Fernando Ulrich
Vice-Presidente António Domingues
Vogais Manuel Ferreira da SilvaAlexandre Lucena ValeCarlos Jaime CasqueiroHenrique Cabral MenezesJoão Oliveira CostaJosé Miguel Morais Alves
Notas às demonstrações financeiras
Notas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
36 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
(Montantes expressos em milhares de euros – m. euros – excepto quando expressamente indicada outra unidade)
O Banco Português de Investimento, S.A. (BPI Investimentos ou
Banco) é um banco integrado num Grupo Financeiro – o Grupo
BPI – liderado pelo Banco BPI, S.A. O BPI Investimentos foi
constituído em 1995 para exercer a actividade própria da banca
de investimento do Grupo BPI.
Anteriormente a 30 de Novembro de 1995, a actividade própria
da banca de investimentos do Grupo BPI era exercida pela
holding do Grupo. Esta sociedade foi o primeiro banco de
investimento privado criado após a reabertura do exercício da
actividade bancária à iniciativa privada em 1984, a qual havia
resultado da transformação em banco de investimento, por
escritura pública de Dezembro de 1984, da SPI – Sociedade
Portuguesa de Investimentos, S.A.R.L. cuja actividade tinha sido
iniciada em 1981.
As participações detidas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
pelo BPI Investimentos em empresas filiais e associadas são
apresentadas na nota 3.10.
Em 2007, o Banco Português de Investimento passou a deter
uma participação de 50% no agrupamento complementar de
empresas – Ulissipair ACE (nota 3.10).
1. O BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO
Demonstrações financeiras | Notas 37
A) BASES DE APRESENTAÇÃO
As demonstrações financeiras do BPI Investimentos foram
preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas
(NCA) estabelecidas pelo Banco de Portugal no Aviso n.º 1 /
2005, de 21 de Fevereiro e definidas nas Instruções n.º 9 / 2005
e n.º 23 / 2004, na sequência da competência que lhe foi
atribuída pelo n.º 1 do artigo 115 do Regime Geral das
Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.
As Normas de Contabilidade Ajustadas correspondem em geral
às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS / IFRS)
adoptadas pela União Europeia, excepto quanto às seguintes
matérias:
� a carteira de crédito e garantias está sujeita à constituição de
provisões para riscos específicos e para riscos gerais de
crédito, nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 3 / 95,
de 30 de Junho com as alterações introduzidas pelo Aviso do
Banco de Portugal n.º 3 / 2005, de 21 de Fevereiro;
� o acréscimo das responsabilidades por pensões de reforma
resultante da aplicação do IAS 19 com referência a 31 de
Dezembro de 2004 está a ser reconhecido em resultados
transitados, através de um plano de prestações uniformes até
31 de Dezembro de 2009, com excepção da parte relativa a
responsabilidades por cuidados médicos pós-emprego e
alteração dos pressupostos relativos à tábua de mortalidade
para as quais o prazo se estende até Dezembro de 2011,
conforme definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2005,
de 21 de Fevereiro.
B) PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As políticas contabilísticas que se seguem são aplicáveis às
demonstrações financeiras do BPI Investimentos.
2.1. Empresas filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
(IAS 27 e IAS 28)
O BPI Investimentos detém participações financeiras em
empresas filiais, associadas e empreendimentos conjuntos. São
consideradas empresas filiais aquelas em que o BPI
Investimentos ou o Grupo BPI detém o controlo ou o poder para
gerir as políticas financeiras e operacionais da empresa.
Empresas associadas são aquelas em que o Banco ou o Grupo
BPI exerce, directa ou indirectamente, uma influência
significativa sobre a sua gestão e a sua política financeira mas
não detém o controlo da empresa. Como regra geral, presume-se
que existe influência significativa quando a participação de
capital é superior a 20%. Empreendimento conjunto é uma
actividade empreendida por duas ou mais empresas, sujeita a
controlo conjunto destas mediante um acordo contratual.
Nas demonstrações financeiras do BPI Investimentos, as
empresas filiais, associadas e empreendimentos conjuntos são
valorizadas ao custo histórico.
As participações em empresas filiais e associadas em moeda
estrangeira (itens não monetários valorizados ao custo histórico)
são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da
transacção, conforme previsto no IAS 21.
Os dividendos de empresas filiais, associadas e
empreendimentos conjuntos são reconhecidos nos resultados do
BPI Investimentos na data em que são atribuídos ou recebidos.
Em caso de evidência objectiva de imparidade, a perda por
imparidade é reconhecida em resultados.
Nos termos do IAS 27, o BPI Investimentos está dispensado de
elaborar demonstrações financeiras consolidadas por o Banco
BPI, S.A. (detentor da totalidade do seu capital social)
apresentar contas consolidadas, nas quais são incluídas as
demonstrações financeiras do Banco e das suas filiais e por o
Banco não dispor de valores mobiliários admitidos à negociação
em bolsa de valores com referência a 31 de Dezembro de 2007
e 2006.
2.2. Activos e passivos financeiros (IAS 32 e IAS 39)
Os activos e passivos financeiros são reconhecidos no balanço do
BPI Investimentos na data de negociação ou contratação, salvo
se decorrer de expressa estipulação contratual ou de regime
legal ou regulamentar aplicável que os direitos e obrigações
inerentes aos valores transaccionados se transferem em data
diferente, casos em que será esta última a data relevante.
No momento inicial, os activos e passivos financeiros são
reconhecidos pelo justo valor acrescido de custos de transacção
directamente atribuíveis, excepto para os activos e passivos ao
justo valor através de resultados em que os custos de transacção
são imediatamente reconhecidos em resultados.
2. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
Entende-se por justo valor o montante pelo qual um determinado
activo ou passivo pode ser transferido ou liquidado entre
contrapartes de igual forma conhecedoras e interessadas em
efectuar essa transacção. Na data de contratação ou de início de
uma operação o justo valor é geralmente o valor da transacção.
O justo valor é determinado com base em:
� preços de um mercado activo, ou
� métodos e técnicas de avaliação (quando não há um mercado
activo), que tenham subjacente:
– cálculos matemáticos baseados em teorias financeiras
reconhecidas; ou,
– preços calculados com base em activos ou passivos
semelhantes transaccionados em mercados activos ou com
base em estimativas estatísticas ou outros métodos
quantitativos.
Um mercado é considerado activo, e portanto líquido, se
transacciona de uma forma regular. Em geral, existem preços de
mercado para títulos e derivados (futuros e opções) negociados
em bolsa.
2.2.1. Activos financeiros de negociação e ao justo valor através
de resultados e passivos financeiros de negociação
Estas rubricas incluem:
� títulos de rendimento fixo e títulos de rendimento variável
transaccionados em mercados activos, incluindo posições
longas (títulos comprados) ou curtas (títulos vendidos a
descoberto), e derivados adquiridos pelo BPI Investimentos
para venda ou recompra num prazo muito próximo;
� títulos de rendimento fixo e títulos de rendimento variável
transaccionados em mercados activos e em que o Banco tenha
optado, na data de escrituração, por registar e avaliar ao justo
valor através de resultados.
A avaliação destes activos e passivos é efectuada diariamente
com base no justo valor. No caso das obrigações e outros títulos
de rendimento fixo, o valor de balanço inclui o montante dos
juros corridos e não cobrados.
Os ganhos e perdas resultantes da alteração de justo valor são
reconhecidos em resultados.
2.2.2. Activos financeiros disponíveis para venda
Esta rubrica inclui:
� títulos de rendimento fixo que não tenham sido classificados
como carteira de negociação nem como carteira de crédito;
� títulos de rendimento variável disponíveis para venda;
Os activos classificados como disponíveis para venda são
avaliados ao justo valor, excepto no caso de instrumentos de
capital próprio não cotados num mercado activo e cujo justo
valor não pode ser fiavelmente mensurado ou estimado, que
permanecem registados ao custo.
Os ganhos e perdas resultantes de alterações no justo valor de
activos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos
directamente nos capitais próprios na rubrica RESERVAS DE
REAVALIAÇÃO DE JUSTO VALOR, excepto no caso de perdas por
imparidade e de ganhos e perdas cambiais de activos
monetários, até que o activo seja vendido, momento em que o
ganho ou perda anteriormente reconhecido no capital próprio é
registado em resultados.
Os juros corridos de obrigações e outros títulos de rendimento
fixo e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal
(prémio ou desconto) são registados em resultados, de acordo
com o método da taxa efectiva.
Os rendimentos de títulos de rendimento variável (dividendos no
caso das acções) são registados em resultados, na data em que
são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os
dividendos antecipados são registados como proveitos no
exercício em que é deliberada a sua distribuição.
Em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de
diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou
de dificuldade financeira do emitente, a perda acumulada na
reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital
próprio e reconhecida nos resultados.
As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento
fixo são revertidas através de resultados, se houver uma
alteração positiva no justo valor do título resultante de um
evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas
por imparidades relativas a títulos de rendimento variável não
podem ser revertidas. No caso de títulos para os quais tenha
sido reconhecida imparidade, posteriores variações negativas de
justo valor são sempre reconhecidas em resultados.
38 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
As variações cambiais de activos não monetários (instrumentos
de capital) classificados na carteira de activos disponíveis para
venda são registadas em reservas de reavaliação por diferenças
cambiais. As variações cambiais dos restantes títulos são
registadas em resultados.
2.2.3. Créditos e outros valores a receber
O crédito e valores a receber abrange os créditos concedidos
pelo Banco a Clientes e a Instituições de Crédito, que não sejam
transaccionados num mercado activo e para os quais não haja
intenção de venda.
Os empréstimos e créditos titulados transaccionados num
mercado activo são classificados como activos financeiros
disponíveis para venda.
No momento inicial os créditos e valores a receber são
registados ao justo valor. Em geral, o justo valor no momento
inicial corresponde ao valor de transacção e inclui comissões,
taxas ou outros custos e proveitos associados às operações de
crédito.
Posteriormente, os empréstimos e contas a receber são
valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de
juro efectiva e sujeitos à constituição de provisões.
Os juros, comissões e outros custos e proveitos associados a
operações de crédito são periodificados ao longo da vida das
operações, independentemente do momento em que são
cobrados ou pagos.
O Banco classifica em crédito vencido as prestações vencidas de
capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu
vencimento. Nos créditos em contencioso são consideradas
vencidas todas as prestações de capital (vincendas e vencidas).
O BPI procede ao abate de créditos ao activo (write-offs) das
operações que considera irrecuperáveis e cujas provisões (de
acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA)
estabelecidas pelo Aviso n.º 1 / 2005 do Banco de Portugal)
estejam constituídas pelo valor total do crédito no mês anterior
ao do abate.
Reportes
Os títulos comprados com acordo de revenda não são registados
na carteira de títulos. Os fundos entregues são registados, na
data de liquidação, como um crédito, sendo periodificado o valor
de juros.
Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na
carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos
recebidos são registados, na data de liquidação, em conta
própria do passivo, sendo periodificado o valor de juros.
Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis
As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos
irrevogáveis são registadas em contas extrapatrimoniais pelo
valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros
proveitos registados em contas de resultados ao longo da vida
das operações.
Provisões para crédito e garantias
A carteira de crédito e garantias está sujeita à constituição de
provisões nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 3 / 95,
de 30 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Aviso do
Banco de Portugal n.º 3 / 2005, de 21 de Fevereiro,
nomeadamente para:
� risco específico de crédito – crédito vencido e crédito de
cobrança duvidosa;
� riscos gerais de crédito;
� risco-país.
As provisões para risco específico de crédito são constituídas
para crédito e juros vencidos (incluindo crédito titulado) e para
outros créditos de cobrança duvidosa e destinam-se a fazer face
aos riscos de não cobrança de créditos com prestações de
capital ou juros vencidos não regularizados dependendo de
eventuais garantias existentes e sendo o seu montante crescente
em função do tempo decorrido desde a entrada em
incumprimento.
As provisões para outros créditos de cobrança duvidosa
destinam-se a fazer face aos riscos de não cobrança das
prestações vincendas relativas a créditos daquela natureza não
vencidos. São considerados nesta situação:
a) as prestações vincendas de uma mesma operação de crédito
em que se verifique, relativamente às respectivas prestações
em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes
condições:
(i) excederem 25% do capital em dívida, acrescido dos juros
vencidos;
Demonstrações financeiras | Notas 39
(ii) estarem em incumprimento há mais de:
� seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;
� doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a 5
e inferior a 10 anos;
� vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou
superior a 10 anos.
Os créditos nestas condições são considerados vencidos
apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo
provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito
vencido dessas operações.
b) os créditos vincendos sobre um mesmo Cliente se, de acordo
com a sua reclassificação prevista na alínea anterior, o crédito
e juros vencidos de todas as operações relativamente a esse
Cliente, excederem 25% do crédito total, acrescido dos juros
vencidos. Estes créditos são provisionados com base na
aplicação de metade das taxas de provisionamento aplicáveis
aos créditos vencidos.
As provisões para riscos gerais de crédito correspondem a 1.5%
do crédito ao consumo e do crédito a particulares de finalidade
não determinada, a 0.5% do crédito garantido por hipoteca
sobre imóvel ou operações de locação financeira imobiliária, em
ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do
mutuário, e a 1% do restante crédito concedido, incluindo o
representado por aceites, garantias e outros instrumentos de
natureza análoga.
Nos termos da legislação fiscal em vigor, a partir de 1 de Janeiro
de 2003, o reforço líquido desta provisão deixou de ser aceite
como custo fiscal. Adicionalmente, nos termos da legislação
fiscal em vigor, a partir de 1 de Janeiro de 2001, quando se
verifique a reposição de provisões para riscos gerais de crédito,
são consideradas proveitos do exercício, em primeiro lugar,
aquelas que tenham sido custo fiscal no exercício da respectiva
constituição.
Nos termos da legislação fiscal em vigor, a partir de 1 de Janeiro
de 2007, o reforço das provisões para crédito vencido e crédito
de cobrança duvidosa com garantia real hipotecária deixou de
ser aceite como custo fiscal. O saldo existente em 31 de
Dezembro de 2006 destas provisões será tributado na medida
em que forem efectuados reforços para as provisões para crédito
vencido e crédito de cobrança duvidosa sem garantia real e para
as provisões para risco-país de crédito ao exterior.
As provisões para risco-país são constituídas para fazer face ao
risco imputado aos activos financeiros e elementos
extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de
risco. O regime de constituição destas provisões é o que está
previsto na Instrução do Banco de Portugal n.º 94 / 96,
publicada no Boletim de Normas e Informações n.º 1, de 17 de
Junho de 1996, e em Carta do Banco de Portugal sob referência
46 / 07 / DSBDR, de 22 de Junho de 2007.
2.2.4. Depósitos e outros recursos
Após o reconhecimento inicial, os depósitos e recursos
financeiros de Clientes e Instituições de Crédito são valorizados
ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro
efectiva.
Os recursos financeiros de instituições de crédito designados
como passivos cobertos são valorizados conforme descrito na
nota 2.2.6. CONTABILIDADE DE COBERTURA – DERIVADOS E
INSTRUMENTOS COBERTOS.
2.2.5. Dívida titulada emitida pelo Banco
As emissões de obrigações e de certificados de depósito do
Banco estão registadas nas rubricas PASSIVOS SUBORDINADOS e
RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS.
Na data de emissão as obrigações e certificados de depósito são
relevados pelo justo valor (valor de emissão), incluindo despesas
e comissões de transacção, sendo posteriormente valorizados ao
custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva.
2.2.6. Contabilidade de cobertura – derivados e instrumentos
cobertos
O BPI Investimentos realiza operações derivadas no âmbito da
sua actividade, gerindo posições próprias com base em
expectativas de evolução dos mercados (negociação),
satisfazendo as necessidades dos seus Clientes ou cobrindo
posições de natureza estrutural (cobertura).
Todos os instrumentos derivados são registados ao justo valor e
as variações de justo valor reconhecidas em resultados.
As transacções de derivados financeiros, sob a forma de
contratos sobre taxas de câmbio, sobre taxas de juro, sobre
acções ou índices de acções, sobre a inflação ou sobre uma
combinação destes subjacentes são efectuadas em mercados de
balcão (OTC – Over-The-Counter) e em mercados organizados
(especialmente bolsas de valores). A maioria dos derivados fora
de bolsa, swaps, forwards e opções normalizadas são
transaccionados em mercados activos, sendo a respectiva
avaliação calculada com base em métodos geralmente aceites
40 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
(actualização de fluxos de caixa, modelo Black-Scholes, etc.) e
preços de mercado para activos similares. O valor obtido é
ajustado em função da liquidez e do risco de crédito.
Os derivados são também registados em contas extrapatrimoniais
pelo seu valor teórico (valor nocional), excepto os futuros cujo
registo em contas extrapatrimoniais é efectuado pelo valor de
mercado actualizado diariamente.
Contabilidade de cobertura
O BPI Investimentos realiza operações de derivados de cobertura
de riscos de taxa de juro e de taxa de câmbio (operações de
cobertura de justo valor), para cobertura de passivos financeiros
individualmente identificados (recursos de outras instituições de
crédito).
O BPI Investimentos dispõe de documentação formal da relação
de cobertura identificando, aquando da transacção inicial, o
instrumento (ou parte do instrumento, ou parte do risco) que
está a ser coberto, a estratégia e tipo de risco coberto, o
derivado de cobertura e os métodos utilizados para demonstrar a
eficácia da cobertura.
Mensalmente o Banco testa a eficácia das coberturas,
comparando a variação do justo valor do instrumento coberto,
atribuível ao risco coberto, com a variação do justo valor do
derivado de cobertura, devendo a relação entre ambos situar-se
num intervalo entre 80% e 125%.
Os ganhos e perdas resultantes da reavaliação de derivados de
cobertura são registados em resultados. Os ganhos e perdas na
variação do justo valor de passivos financeiros cobertos,
correspondentes ao risco coberto, são também reconhecidos em
resultados, por contrapartida do valor de balanço dos passivos
cobertos, dado que se tratam de operações ao custo amortizado
(recursos de outras instituições de crédito).
Um activo ou passivo coberto pode ter apenas uma parte ou uma
componente do justo valor coberta (risco de taxa de juro, risco
de câmbio ou risco de crédito), desde que a eficácia da
cobertura possa ser avaliada, separadamente.
Caso a relação de cobertura deixe de existir, por a variação
relativa no justo valor dos derivados e dos instrumentos cobertos
se encontrar fora daquele intervalo, os derivados são
reclassificados para negociação e o valor da reavaliação dos
instrumentos cobertos é reconhecido em resultados durante o
prazo remanescente da operação.
Os testes à eficácia das coberturas são devidamente
documentados em cada final de mês, assegurando-se a
existência de comprovativos durante a vida das operações
cobertas.
2.2.7 Activos e passivos financeiros em moeda estrangeira
Os activos e passivos financeiros em moeda estrangeira são
registados segundo o sistema multi-currency, isto é, nas
respectivas moedas de denominação.
A conversão para euros dos activos e passivos expressos em
moeda estrangeira é efectuada com base no câmbio oficial de
divisas, divulgado a título indicativo pelo Banco de Portugal.
Os proveitos e custos apurados nas diferentes moedas são
convertidos para euros ao câmbio do dia em que são
reconhecidos.
Os procedimentos contabilísticos diferem em função do efeito
que as operações têm sobre a posição cambial:
Posição à vista
A posição à vista numa moeda é dada pelo saldo líquido dos
activos e passivos nessa moeda, acrescido dos montantes das
operações à vista a aguardar liquidação e das operações a prazo
que se vençam nos dois dias úteis subsequentes. A posição
cambial à vista é reavaliada com base nos câmbios oficiais de
divisas do dia, divulgados a título indicativo pelo Banco de
Portugal, por contrapartida de contas de custos ou proveitos.
Posição a prazo
A posição a prazo numa moeda é dada pelo saldo líquido das
operações a prazo a aguardar liquidação, com exclusão das que
se vençam nos dois dias úteis subsequentes. Todos os contratos
relativos a estas operações são reavaliados às taxas de câmbio a
prazo do mercado ou, na ausência destas, através do seu cálculo
com base nas taxas de juro das respectivas moedas para o prazo
residual de cada operação. As diferenças entre os contravalores
em euros às taxas de reavaliação a prazo aplicadas e os
contravalores em euros às taxas contratadas representam o custo
ou o proveito da reavaliação da posição cambial a prazo, sendo
registadas por contrapartida de contas de custos ou proveitos.
2.3. Activos tangíveis (IAS 16)
Os activos tangíveis utilizados pelo Banco para o
desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente
relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente
atribuíveis) deduzido de amortizações acumuladas e perdas por
imparidades.
Demonstrações financeiras | Notas 41
A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base
sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem,
correspondente ao período em que se espera que o activo esteja
disponível para uso:
As despesas de investimento em obras não passíveis de
recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade
do Banco, são amortizadas em prazo compatível com o da sua
utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.
Conforme previsto na IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos
pelo BPI Investimentos até 1 de Janeiro de 2004 foram
registados pelo valor contabilístico na data de transição para as
NCA, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações
efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices
gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do
aumento das amortizações que resultou dessas reavaliações não
é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os
correspondentes impostos diferidos passivos.
2.4. Activos intangíveis (IAS 38)
O Banco regista nesta rubrica as despesas da fase de
desenvolvimento de projectos implementados e a implementar,
bem como o custo de software adquirido, em qualquer dos casos
quando o impacto esperado se repercuta para além do exercício
em que são realizados.
Os activos intangíveis são amortizados pelo método das quotas
anuais constantes e por duodécimos, ao longo do período de
vida útil estimado do bem o qual, em geral, corresponde a um
período de três anos.
Até à presente data, o Banco não reconheceu quaisquer activos
intangíveis gerados internamente.
2.5. Pensões de reforma e de sobrevivência (IAS 19)
A generalidade dos Colaboradores do BPI Investimentos não está
abrangida pelo Sistema de Segurança Social. Nos termos do
Acordo Colectivo de Trabalho Vertical para o Sector Bancário
Português, o BPI Investimentos assumiu o compromisso de
atribuir aos seus Colaboradores ou às suas famílias prestações
pecuniárias a título de reforma por velhice ou invalidez, de
reforma antecipada ou de sobrevivência (plano de benefícios
definidos). Estas prestações consistem numa percentagem
crescente com o número de anos de serviço do Colaborador,
aplicada aos seus salários.
O BPI Investimentos determina anualmente o valor das
responsabilidades com serviços passados através de cálculos
actuariais pelo método de Project Unit Credit para as
responsabilidades com serviços passados por velhice e método de
“Prémios Únicos Sucessivos” para o cálculo dos benefícios de
invalidez e sobrevivência. Os pressupostos actuariais (financeiros
e demográficos) têm por base expectativas para o crescimento
dos salários e das pensões e baseiam-se em tábuas de
mortalidade adaptadas à população do Banco. A taxa de desconto
é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de
empresas de baixo risco, de prazo semelhante ao da liquidação
das responsabilidades. Os pressupostos são mutuamente
compatíveis. Em 2006 e 2007, o BPI Investimentos actualizou
os pressupostos actuariais com referência a 30 de Junho e 31 de
Dezembro, os quais se reflectem prospectivamente nos custos
com pensões e na determinação e amortização dos desvios
actuariais que excedem o corredor. O valor das responsabilidades
inclui, para além dos benefícios com pensões de reforma, os
benefícios com cuidados médicos pós-emprego (SAMS) e com
subsídio de morte na reforma.
O BPI Investimentos reconhece o valor acumulado líquido
(após 1 de Janeiro de 2004) dos ganhos e perdas actuariais
resultantes de alterações nos pressupostos actuariais e
financeiros e de diferenças entre os pressupostos actuariais e
financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados, na
rubrica OUTROS ACTIVOS / OUTROS PASSIVOS – desvios actuariais,
conforme aplicável. São enquadráveis no corredor, os ganhos ou
perdas actuariais acumulados que não excedam 10% do valor
das responsabilidades com serviços passados ou 10% do valor
do Fundo de Pensões, dos dois o maior. Os valores que excedem
o corredor são amortizados em resultados pelo período de tempo
médio até à idade esperada de reforma dos Colaboradores
abrangidos pelo plano.
Deste modo, os ganhos e perdas actuariais diferidos reflectidos
nas contas do BPI Investimentos em 31 de Dezembro de 2003
foram reconhecidos como custos diferidos e estão a ser
amortizados por contrapartida de resultados transitados pelo
período de 5 anos com início no exercício de 2005.
Os acréscimos de responsabilidades por serviços passados
decorrente da passagem de Colaboradores à situação de reforma
antecipada são integralmente reconhecidos como custo nos
resultados do exercício.
Os acréscimos de responsabilidades por serviços passados
decorrentes de alterações das condições do Plano de Pensões
42 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Anos de vida útil
Imóveis 20 a 50
Obras em edifícios próprios 10 a 50
Imobilizações não passíveis de recuperação efectuadas em edifícios arrendados 3 a 10
Equipamento 3 a 12
Outras imobilizações corpóreas 3 a 10
são integralmente reconhecidos como custo no caso de
benefícios adquiridos, ou amortizados durante o período até os
benefícios se tornarem adquiridos. O saldo dos acréscimos de
responsabilidades ainda não relevados como custo está registado
na rubrica OUTROS ACTIVOS.
Nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2005, o
acréscimo de responsabilidades resultante da aplicação do IAS
19 e os desvios actuariais existentes em 31 de Dezembro de
2004, antes da transição para NCAs (no valor de 4 742
m. euros) foram reconhecidos na rubrica OUTROS ACTIVOS –
DESPESAS COM CUSTO DIFERIDO e estão a ser amortizados em
resultados transitados de acordo com um plano de amortização
de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009 (5 anos,
com início em 2005), com excepção da parte referente a
responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego e
alterações de pressupostos actuariais relativos à tábua de
mortalidade para as quais a amortização será efectuada até
31 de Dezembro de 2011 (7 anos, com início em 2005).
A cobertura das responsabilidades com serviços passados
(benefícios pós-emprego) é assegurada por fundos de pensões.
O valor do fundo de pensões corresponde ao justo valor dos seus
activos à data do balanço.
O Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2005 determina a
obrigatoriedade do financiamento integral pelo fundo no final de
cada exercício das responsabilidades por pensões em pagamento
e de um nível mínimo de financiamento de 95% das
responsabilidades por serviços passados de pessoal no activo,
excepto quanto às responsabilidades ainda não amortizadas nos
termos previstos no referido Aviso.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, nas demonstrações
financeiras do BPI Investimentos, o valor das responsabilidades
com serviços passados por pensões de reforma líquido do valor
do fundo de pensões está registado na rubrica OUTROS ACTIVOS.
Os resultados do BPI Investimentos incluem os seguintes custos
relativos a pensões de reforma e sobrevivência:
� custo do serviço corrente (custo do ano);
� custo dos juros da totalidade das responsabilidades;
� rendimento esperado dos fundos de pensões;
� custos com acréscimo de responsabilidades por reformas
antecipadas;
� amortização de desvios actuariais ou de alterações de
pressupostos fora do corredor;
� custos (ou amortização) resultantes da alteração das condições
do Plano de Pensões.
Os componentes acima indicados são reconhecidos em custos
com pessoal, excepto no que se refere ao custo dos juros da
totalidade das responsabilidades e rendimento esperado dos
Fundos de Pensões que são registados em Resultados em
operações financeiras – Juros, ganhos e perdas financeiras com
pensões.
Na data de transição, o BPI Investimentos adoptou a
possibilidade permitida pelo IFRS 1 de não recalcular os ganhos
e perdas actuariais diferidos desde o início dos planos (opção
designada de reset).
2.6. Prémios de antiguidade (IAS 19)
Nos termos do Acordo Colectivo de Trabalho Vertical para o
Sector Bancário Português, o BPI Investimentos assumiu o
compromisso de atribuir aos Colaboradores no activo que
completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efectivo
serviço, um prémio de antiguidade de valor igual,
respectivamente, a um, dois ou três meses da sua retribuição
mensal efectiva (no ano da atribuição).
O BPI Investimentos determina anualmente o valor actual dos
benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos
actuariais pelo método de Project Unit Credit. Os pressupostos
actuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas
para o crescimento dos salários e baseiam-se em tábuas de
mortalidade adaptadas à população do Banco. A taxa de
desconto é determinada com base em taxas de mercado de
obrigações de empresas de baixo risco, de prazo semelhante ao
da liquidação das responsabilidades. Os pressupostos são
mutuamente compatíveis.
As responsabilidades por prémios de antiguidade são registadas
na rubrica OUTROS PASSIVOS.
Os resultados do BPI Investimentos incluem os seguintes custos
relativos a responsabilidades por prémios de antiguidade:
� custo do serviço corrente (custo do ano);
� custo dos juros;
� ganhos e perdas resultantes de desvios actuariais, de
alterações de pressupostos ou da alteração das condições dos
benefícios.
Os componentes acima indicados são reconhecidos em custos
com pessoal.
Demonstrações financeiras | Notas 43
2.7. Remuneração variável em acções – RVA (IFRS 2)
O Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA) é um
esquema remuneratório pelo qual uma parte da remuneração
variável dos Administradores Executivos e dos Colaboradores do
Grupo BPI cuja remuneração variável anual seja igual ou
superior a 2 500 euros é paga em acções representativas do
capital social do Banco BPI (acções BPI) e em opções de
compra de acções BPI. A parcela de remuneração variável
individual que corresponde ao RVA oscila entre 10% e 50%,
sendo a percentagem tanto maior quanto maior for o nível de
responsabilidade do Administrador ou do Colaborador.
As acções atribuídas no âmbito do RVA ficam disponíveis para o
beneficiário de uma forma gradual: 25% no momento da
atribuição e 25% em cada um dos três anos seguintes. A partir
de 2002, a transmissão de propriedade das acções atribuídas no
âmbito do RVA é integralmente efectuada na data de atribuição.
As opções de compra de acções podem ser exercidas entre o
primeiro e o quinto ano a contar da data de atribuição.
A disponibilização das acções (nos 3 anos subsequentes à
atribuição) e das opções (até 2005, no ano seguinte ao da
atribuição, a partir de 2005, inclusivé, nos 90 dias seguintes ao
da atribuição) está condicionada à permanência dos
Colaboradores no Grupo BPI.
Os custos com o programa de remunerações variáveis em acções
são periodificados em custos com pessoal, em contrapartida da
rubrica OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL, conforme definido na
IFRS 2 para programas de share-based payment. O custo das
acções e dos prémios das opções na data de atribuição são
periodificados de forma linear desde o início do ano do programa
(1 de Janeiro) até à respectiva data de disponibilização ao
Colaborador.
O Banco BPI1 assegura directamente a cobertura do Programa
de Remuneração Variável em Acções de Colaboradores das
empresas participadas. Após a atribuição anual do RVA, o BPI
Investimentos paga ao Banco BPI, o valor global das
remunerações variáveis em acções e opções desse programa.
O valor das acções e opções já atribuídas aos Colaboradores
(e liquidadas ao Banco BPI) mas ainda não disponibilizadas está
reconhecido nos capitais próprios na rubrica – OUTROS
INSTRUMENTOS DE CAPITAL.
2.8. Provisões para outros riscos e encargos (IAS 37)
Esta rubrica inclui as provisões constituídas para fazer face a
outros riscos específicos, nomeadamente contingências fiscais,
processos judiciais e outras perdas decorrentes da actividade do
BPI Investimentos.
2.9. Impostos sobre os lucros (IAS 12)
O BPI Investimentos está sujeito ao regime fiscal consignado no
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas e
no Estatuto dos Benefícios Fiscais.
Os impostos correntes são calculados com base nas taxas de
imposto legalmente em vigor, nos países onde o Banco tem
presença, para o período a que se reportam os resultados.
Os impostos diferidos activos e passivos correspondem ao valor
do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros resultante
de diferenças temporárias entre o valor de um activo ou passivo
no balanço e a sua base de tributação. Os prejuízos fiscais
reportáveis e os créditos fiscais são também registados como
impostos diferidos activos.
Os impostos diferidos activos são reconhecidos até ao montante
em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros
que acomodem as diferenças temporárias dedutíveis.
Os impostos diferidos activos e passivos foram calculados com
base nas taxas fiscais decretadas para o período em que se
prevê que seja realizado o respectivo activo ou passivo.
Os impostos correntes e os impostos diferidos são relevados em
resultados excepto os que se relacionam com valores registados
directamente em capitais próprios (nomeadamente, mais e
menos valias potenciais em títulos disponíveis para venda).
O BPI Investimentos não reconhece impostos diferidos activos
ou passivos para as diferenças temporárias tributáveis associadas
a investimentos em empresas filiais e associadas, por não ser
expectável a sua venda no futuro previsível.
Os lucros distribuídos ao BPI Investimentos por empresas filiais
e associadas localizadas em Portugal não são tributados na
esfera deste em resultado da aplicação do regime previsto no
artigo 46.º do CIRC que prevê a eliminação da dupla tributação
económica dos lucros distribuídos.
44 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
1) O Banco BPI detém 100% do capital do BPI Investimentos.
2.10. Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação
das políticas contabilísticas
Na elaboração das demonstrações financeiras do BPI
Investimentos são utilizadas estimativas e valores futuros
esperados, nomeadamente nas seguintes áreas:
Pensões de reforma e sobrevivência
As responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência são
estimadas com base em tábuas actuariais e pressupostos de
crescimento das pensões e dos salários. Estes pressupostos são
baseados nas expectativas do BPI Investimentos para o período
durante o qual serão liquidadas as responsabilidades.
Justo valor de derivados e activos financeiros não cotados
O justo valor dos derivados e activos financeiros não cotados foi
estimado com base em métodos de avaliação e teorias
financeiras, cujos resultados dependem dos pressupostos
utilizados.
A situação conjuntural dos mercados financeiros, nomeadamente
em termos de liquidez, pode influenciar o valor de realização
destes instrumentos financeiros em algumas situações
específicas, incluindo a alienação antes da respectiva
maturidade.
Impostos sobre lucros
A partir de 1 de Janeiro de 2005, as demonstrações financeiras
do BPI Investimentos passaram a ser preparadas de acordo com
as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) estabelecidas pelo
Aviso n.º 1 / 2005 do Banco de Portugal. O cálculo dos impostos
correntes e diferidos relativos a alguns impactos da transição
para as novas regras contabilísticas foram baseadas em
pressupostos, os quais podem ou não vir a ser confirmados pelas
autoridades fiscais no futuro.
O reconhecimento de impostos diferidos activos pressupõe a
existência de resultados e matéria colectável futura.
Os impostos diferidos activos e passivos foram determinados
com base na legislação fiscal actualmente em vigor para o BPI
Investimentos ou em legislação já publicada para aplicação
futura. Diferentes interpretações da legislação fiscal podem
influenciar o valor dos impostos sobre lucros.
Demonstrações financeiras | Notas 45
46 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
3. NOTAS
3.1. Caixa e disponibilidades em bancos centrais
Esta rubrica tem a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2006, a rubrica DEPÓSITOS À ORDEM NO
BANCO DE PORTUGAL inclui os depósitos constituídos para satisfazer
as exigências do Sistema de Reservas Mínimas do Sistema
Europeu de Bancos Centrais (SEBC). A partir de 2007,
beneficiando do mecanismo de constituição conjunta de reservas
mínimas, o BPI Investimentos passou a ser representado junto
do Banco de Portugal pelo Banco BPI para cumprimento destas
exigências.
3.2. Disponibilidades em outras instituições de crédito
Esta rubrica tem a seguinte composição:
3.3. Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor
através de resultados
Esta rubrica tem a seguinte composição:31 Dez. 0631 Dez. 07
Caixa 101 82
Depósitos à ordem no Banco de Portugal 22 696
Juros a receber 90 39
191 22 817
31 Dez. 0631 Dez. 07
ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO
Instrumentos de dívida
Títulos cotados
Obrigações de emissores públicos nacionais
Taxa fixa 1 263 1 257
Obrigações de outros emissores estrangeiros
Dívida não subordinada 2 392
Títulos não cotados
Obrigações de outros emissores nacionais
Dívida não subordinada 23 550
1 263 27 199
Instrumentos de capital
Títulos cotados
De emissores nacionais
Acções 26 219 44 891
De emissores estrangeiros
Acções 103 381 117 614
129 600 162 505
130 863 189 704
INSTRUMENTOS DERIVADOS COM JUSTO VALOR POSITIVO (NOTA 3.4) 15 399 12 295
146 262 201 999
31 Dez. 0631 Dez. 07
Disponibilidades sobre instituições de créditono País
Depósitos à ordem 8 472 5 850
Disponibilidades sobre instituições de créditono estrangeiro
Depósitos à ordem 38 547 38 057
Cheques a cobrar 3
47 019 43 910
Demonstrações financeiras | Notas 47
Em 31 de Dezembro de 2007, os títulos classificados como activos financeiros detidos para negociação apresentam o seguinte detalhe:
Natureza e espécie dos títulos
Valor de aquisição
Valor de balanço /
justo valor
Mais- -valia
Menos- -valia
Cotação /preço
Nominal
Quantidade Valores unitários
TÍTULOS Instrumentos de dívidaEmitidos por residentesDe dívida pública portuguesa:Obrigações do TesouroOT 3.25% Julho 2004 / 2008 1 250 000 0.01 0.01 1 255 1 263 6
1 255 1 263 6
Instrumentos de capitalEmitidos por residentesAcçõesAltri, SGPS 10 422 0.25 5.33 59 56 3
Banco BPI 284 268 1.00 5.36 1 626 1 524 102
Banco Comercial Português – Nom. 631 186 1.00 2.92 1 867 1 843 24
Banco Espírito Santo – Nom. 190 351 5.00 15.00 2 983 2 855 128
Brisa – Priv. 290 198 1.00 10.05 2 915 2 916 1
Cimpor – Cim.de Portugal – SGPS 237 524 1.00 6.00 1 458 1 425 33
EDP – Energias de Portugal 897 470 1.00 4.47 4 057 4 012 45
Galp-Energia, SGPS – 4.ª fase – Publ. Geral 111 008 1.00 18.39 1 890 2 041 151
Grupo Soares da Costa, SGPS 7 398 1.00 2.07 16 15 1
Impresa – SGPS 258 404 0.50 2.06 551 532 19
Inapa – Investim. Partic. e Gestão 225 360 5.00 0.92 224 207 17
Jerónimo Martins – SGPS 56 770 1.00 5.40 307 307
Mota-Engil-SGPS 17 010 1.00 5.12 90 87 3
Novabase, SGPS 42 000 0.50 3.27 181 137 44
Portucel – N 42 612 1.00 2.23 98 95 3
Portugal Telecom – Nom. 456 308 0.03 8.93 4 195 4 075 120
PT Multimédia, SGPS – NOM. 193 403 0.01 9.55 1 792 1 847 55
REN – Redes Energ. Nac. SGPS 172 096 1.00 3.62 618 623 5
Semapa – Soc. de Inv. e Gestão – SGPS 3 294 1.00 8.77 35 29 6
Sonae.Com., SGPS 86 956 1.00 3.30 335 287 48
Sonae Industria, SGPS 117 938 5.00 6.65 886 784 102
Sonae SGPS 263 004 1.00 1.98 518 522 4
26 701 26 219 216 698
Instrumentos de capitalEmitidos por não residentesAcçõesAbertis Infraestructuras, S.A. 55 654 3.00 22.04 1 238 1 227 11
Acciona S.A. 7 525 1.00 216.85 1 403 1 632 229
ACS, Actividades Construccion y Serv 104 588 0.50 40.65 4 142 4 252 110
Aguas de Barcelona 20 000 1.00 27.53 536 551 15
Altadis 47 000 0.10 49.71 2 341 2 456 115
Banco Bilbao Vizcaya Argentaria Eur 0.49 517 986 0.49 16.76 8 872 8 681 191
Banco Pastor 65 000 0.33 10.66 706 693 13
Banco Popular Espanol 85 875 0.10 11.70 1 095 1 005 90
Banco Popular Espanol (Madrid) 410 925 0.10 11.70 4 857 4 808 49
Banco Sabadel 92 000 0.50 7.41 714 682 32
Banco Santander Central Hispano (BVLP)-N 206 732 0.50 14.79 2 694 3 058 364
Banco Santander Central Hispano (Madrid) 139 168 0.50 14.79 1 994 2 058 64
Corp Dermoestetica 24 825 0.10 7.33 200 182 18
Criteria Caixa Corporation 100 000 1.00 5.17 517 517
Enagas 87 485 1.50 19.99 1 494 1 749 255
48 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Instrumentos de capital (cont.)Emitidos por não residentes (cont.)Acções (cont.)Endesa – Empresa Nacional Electricidade 36 000 1.20 36.35 1 297 1 309 12
Espirito Santo Financial Group (BVLP) 18 000 10.00 24.00 470 432 38
Fomento de Construc Y Contr 6 000 1.00 51.40 357 308 49
Gamesa Corp Tecnologia 30 000 0.17 31.98 1 015 959 56
Gas Natural SDG 28 000 1.00 40.02 1 139 1 121 18
Gestevision Telecinco 65 300 0.50 17.51 1 219 1 143 76
Grupo Ferrovial 39 859 1.00 48.12 2 481 1 918 563
Iberdrola 1 053 492 0.75 10.40 9 623 10 956 1 333
Iberia (Linea Era de Espana) 70 000 0.78 3.00 227 210 17
Inditex 60 784 0.15 42.02 2 517 2 554 37
Indra Sistemas 60 0.20 18.58 1 1
La Seda de Barcelona 100 000 1.00 1.72 199 172 27
Natraceutical 250 000 0.10 0.80 215 200 15
Obrascon Huarte Lain 17 000 0.60 23.03 469 392 77
Realia Business S.A. 55 000 0.24 6.50 342 358 16
Repsol YPF 503 412 1.00 24.38 12 631 12 273 358
Sogecable 37 958 2.00 27.40 943 1 040 97
Tavex Algodonera S.A. 253 000 0.92 1.80 756 455 301
Telefonica 1 452 084 1.00 22.22 22 375 32 265 9 890
Union Fenosa 28 661 3.00 46.19 1 273 1 324 51
Viscofan 30 486 0.30 14.48 491 440 51
92 843 103 381 12 588 2 050
Natureza e espécie dos títulos
Valor de aquisição
Valor de balanço /
justo valor
Mais- -valia
Menos- -valia
Cotação /preço
Nominal
Quantidade Valores unitários
3.4. Derivados
A rubrica INSTRUMENTOS DERIVADOS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO (nota 3.3 e 3.13) tem a seguinte composição:
31 Dez. 06
Valor de balançoValornocional1
Activos Passivos
31 Dez. 07
Valor de balançoValornocional1
Activos Passivos
Cotados em bolsa
Contratos de taxa de câmbio
Futuros 50 382 429
Contratos de taxa de juro
Futuros 18 204 22 160
Contratos sobre índices e acções
Futuros 161 283 2 309 4 243 952 1 393 1 965
Opções 19 460 2 303
Mercado de balcão
Contratos de taxa de câmbio
Forwards 530 256 3 873 3 503 432 303
Swaps 13 926 4 415 3 360
Contratos de taxa de juro
Swaps 442 410 8 147 8 147 192 174 4 022 4 018
Opções 9 480 194 194 10 000 140 138
Contratos sobre acções
Opções 33 588 876 879
1 177 017 15 399 12 727 980 401 12 295 10 070
1) No caso de swaps e forwards só foram considerados os valores activos.
O BPI Investimentos realiza operações derivadas no âmbito da
sua actividade, gerindo posições próprias com base em
expectativas de evolução dos mercados (negociação),
satisfazendo as necessidades dos seus Clientes ou cobrindo
posições de natureza estrutural (cobertura).
O BPI Investimentos transacciona derivados financeiros,
nomeadamente, sob a forma de contratos sobre taxas de câmbio,
sobre taxas de juro, sobre acções ou índices de acções, sobre a
inflação ou sobre uma combinação destes subjacentes. Estas
transacções são efectuadas em mercados de balcão (OTC –
Over-The-Counter) e em mercados organizados (especialmente
bolsas de valores).
A negociação de derivados em mercados organizados rege-se
pelas normas e regulamentação própria desses mercados.
A negociação de derivados no mercado de balcão (OTC) baseia-se,
normalmente, num contrato bilateral standard, que engloba o
conjunto das operações sobre derivados existentes entre as partes:
� no caso de relações interprofissionais, um Master Agreement
da ISDA – International Swaps and Derivatives Association;
� no caso de relações com Clientes, um contrato próprio do BPI.
Neste tipo de contratos, prevê-se a compensação de
responsabilidades em caso de incumprimento (compensação
essa, cuja abrangência está prevista no próprio contrato e é
regulada na lei portuguesa e, para contratos com contrapartes
estrangeiras ou feitos sob lei estrangeira, nas jurisdições
relevantes).
O contrato de derivados pode incluir igualmente um acordo de
colateralização do risco de crédito que seja gerado pelas
transacções por ele regidas. De notar que o contrato de
derivados entre duas partes enquadra por norma todas as
transacções em derivados OTC realizadas entre essas duas
partes, sejam estas utilizadas para cobertura ou não.
No âmbito das IAS / IFRS, são igualmente autonomizadas e
contabilizadas como derivados partes de operações,
comummente designadas por “derivados embutidos”, de forma a
reconhecer em resultados o justo valor destas operações.
Todos os derivados (embutidos ou autónomos) são reconhecidos
contabilisticamente pelo seu valor de mercado.
O valor nocional é o valor de referência para efeitos de cálculo
dos fluxos de pagamentos e recebimentos originados pela
operação e é registado em contas extrapatrimoniais.
O valor de mercado (fair value) corresponde ao valor que os
derivados teriam se fossem transaccionados no mercado na data
de referência. A evolução do valor de mercado dos derivados é
reconhecida nas contas relevantes do balanço e tem impacto
imediato em resultados.
Diferentemente das operações tradicionais de mútuo em que o
valor de mercado é directamente relacionado com o capital
mutuado, nas operações derivadas o valor de mercado pode:
� ser determinável a partir de preços cotados no mercado (ex.
futuros);
� ser calculado a partir do valor actual dos fluxos futuros (cash
flows), dado o conjunto de taxas de juro relevantes, vigentes no
momento do cálculo (mark to market: ex. swaps) ou,
� determinado por recurso a modelos que procuram determinar o
preço a partir de modelos estatísticos, com base em princípios
geralmente aceites no mercado (mark to model: ex. opções).
A rubrica INSTRUMENTOS DERIVADOS DETIDOS PARA COBERTURA tem a seguinte composição:
31 Dez. 06
Valor de balançoValornocional1
Activos Passivos
31 Dez. 07
Valor de balançoValornocional1
Activos Passivos
Mercado de balcão
Contratos de taxa de juro
Swaps 1 791 951 19 44 331 18 125 167
Contratos sobre índices e acções
Opções 1 875 1 36 935 10
Outros2
Opções 2 500 1 52 000 10
6 166 952 20 133 266 18 135 177
1) No caso de swaps e forwards só foram considerados os valores activos.2) Parte de operações que são autonomizadas para efeitos contabilísticos e comummente designadas “derivados embutidos”.
Demonstrações financeiras | Notas 49
O valor de exposição corresponde à perda potencial, em termos
de valor actual, no caso de incumprimento da contraparte.
No caso de um contrato de derivados em que esteja prevista a
compensação de responsabilidades em caso de incumprimento o
valor de exposição é igual à soma algébrica dos valores de
mercado do conjunto das operações regidas por esse contrato
quando positiva. No caso de operações cujo contrato não preveja
a compensação de responsabilidades, o valor de exposição é
igual à soma dos valores de mercado de cada transacção
individual, quando positivos. A abrangência das cláusulas de
compensação em caso de incumprimento é considerada pelo BPI
Investimentos de forma conservadora, sendo em caso de dúvida
considerado que a compensação não existe.
A perda potencial de um conjunto de operações derivadas num
dado momento é dada pelo seu valor de exposição nesse
momento. No caso dos futuros, as contrapartes do BPI
Investimentos são bolsas de valores pelo que o risco de crédito é
eliminado diariamente através da liquidação financeira. Nas
operações derivadas a médio e longo prazos, os contratos que
enquadram as operações prevêem em geral a compensação entre
saldos devedores e credores com a mesma contraparte, o que
elimina ou reduz o risco de crédito. Com a finalidade de controlar
o risco de crédito em derivados OTC, foram também assinados
alguns acordos pelos quais o Banco recebe da (ou transfere para
a) sua contraparte valores (em divisas ou em títulos) que servem
de garantia ao bom cumprimento das responsabilidades.
Em 31 de Dezembro de 2007, a repartição do valor nocional por
maturidades residuais é:
50 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
<= 3 meses > 3 meses<= 6 meses
> 6 meses<= 1 ano
> 1 ano <= 5 anos
> 5 anos Total
Contratos negociados em mercado de balcãoContratos sobre taxas de câmbio 231 385 289 036 9 835 530 256
Forwards 231 385 289 036 9 835 530 256
Contratos sobre taxas de juro 1 791 193 871 258 019 453 681
Swaps 1 791 184 391 258 019 444 201
Opções 9 480 9 480
Contratos sobre índices e acções 16 780 16 808 1 875 35 463
Opções 16 780 16 808 1 875 35 463
Outros 2 500 2 500
Opções 2 500 2 500
248 165 305 844 16 001 193 871 258 019 1 021 900
Contratos negociados em mercados organizadosContratos sobre índices e acções 161 283 161 283
Futuros 161 283 161 283
161 283 161 283
409 448 305 844 16 001 193 871 258 019 1 183 183
Em 31 de Dezembro de 2007, a repartição das operações
derivadas por categorias de contrapartes é:
Em 31 de Dezembro de 2006, a repartição do valor nocional por maturidades residuais é:
Demonstrações financeiras | Notas 51
<= 3 meses > 3 meses<= 6 meses
> 6 meses<= 1 ano
> 1 ano <= 5 anos
> 5 anos Total
Contratos negociados em mercado de balcãoContratos sobre taxas de câmbio 443 014 223 2 992 446 229
Forwards 429 088 223 2 992 432 303
Swaps 13 926 13 926
Contratos sobre taxas de juro 8 082 38 457 199 966 246 505
Swaps 8 082 38 457 189 966 236 505
Opções 10 000 10 000
Contratos sobre índices e acções 7 220 27 840 1 875 36 935
Opções 7 220 27 840 1 875 36 935
Outros 10 000 39 500 2 500 52 000
Opções 10 000 39 500 2 500 52 000
451 096 17 443 108 789 204 341 781 669
Contratos negociados em mercados organizadosContratos sobre taxas de câmbio 50 382 50 382
Futuros 50 382 50 382
Contratos sobre taxas de juro 18 204 18 204
Futuros 18 204 18 204
Contratos sobre índices e acções 243 952 19 460 263 412
Futuros 243 952 243 952
Opções 19 460 19 460
312 538 19 460 331 998
763 634 17 443 128 249 204 341 1 113 667
% valornocional
Exposiçãolíquida2
Valornocional1
31 Dez. 07
Mercado de Balcão 1 021 900 9 277 86.4%OTC com instituições financeiras 371 158 8 264 31.4%
OTC com fundos investimento / pensões 4 002 697 0.3%
OTC com empresas 382 029 35 32.3%
OTC com particulares 264 710 281 22.4%
Mercados Regulamentados 161 283 13.6%Bolsas 161 283 13.6%
1 183 183 9 277 100.0%
1 183 183 9 277 100.0%
1) Não inclui derivados embutidos no valor de 2 500 m. euros.2) Valor de exposição líquido de acordos de netting e de prestações de colateral.
Em 31 de Dezembro de 2006, a repartição das operações
derivadas por categorias de contrapartes é:
% valornocional
Exposiçãolíquida2
Valornocional1
31 Dez. 06
Mercado de Balcão 729 669 14 854 68.7%OTC com instituições financeiras 184 353 14 488 17.4%
OTC com fundos investimento /pensões 104 792 40 9.9%
OTC com empresas 407 942 164 38.4%
OTC com particulares 32 582 162 3.1%
Mercados Regulamentados 331 998 2 371 31.3%Bolsas 331 998 2 371 31.3%
1 061 667 17 225 100.0%
1 061 667 17 225 100.0%
1) Não inclui derivados embutidos no valor de 52 000 m. euros.2) Valor de exposição líquido de acordos de netting e de prestações de colateral.
52 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Em 31 de Dezembro de 2007, a repartição das operações derivadas por rating externo de contrapartes é:
31 Dez. 07
Valornocional1
Exposiçãobruta2
Exposição c/ netting3
Exposiçãolíquida4
Transaccionados em mercado de balcão (OTC)AA- 1 875 1 1 1
A+ 379 285 9 054 8 263 8 263
N.R. 640 740 1 443 1 012 1 012
1 021 900 10 498 9 277 9 277
Transaccionados em BolsaFuturos5 161 283
Opções
161 283
1 183 183 10 498 9 277 9 277
Nota: Os valores foram agregados por níveis de rating das contrapartes, tomando em conta os ratings da dívida senior de médio e longo prazo atribuídos pelas agências Moody’s, Standard& Poor e Fitch e vigentes na data de referência. A escolha do rating a considerar para uma dada contraparte segue a regra aconselhada pelo Comité de Basileia (quando há ratingsdivergentes escolher o segundo melhor). As operações com entidades sem rating por estas agências (N.R.) representam sobretudo Clientes sujeitos a rating interno.
1) Não inclui derivados embutidos no valor de 2 500 m. euros.2) Valor de exposição sem considerar acordos de netting nem prestação de colateral.3) Valor de exposição sem considerar prestação de colateral.4) Valor de exposição considerando netting e prestação de colateral.5) A exposição dos futuros é nula, uma vez que são transaccionados em Bolsas de Valores e existe liquidação diária.
Em 31 de Dezembro de 2006, a repartição das operações derivadas por rating externo de contrapartes é:
31 Dez. 06
Valornocional1
Exposiçãobruta2
Exposição c/ netting3
Exposiçãolíquida4
Transaccionados em mercado de balcão (OTC)
AA 73 183 15 318 15 318 11 218
A 111 170 5 732 5 692 3 269
N.R. 545 316 787 367 367
729 669 21 837 21 377 14 854
Transaccionados em Bolsa
Futuros5 312 537
Opções 19 461 2 371 2 371 2 371
331 998 2 371 2 371 2 371
1 061 667 24 208 23 748 17 225
Nota: Os valores foram agregados por níveis de rating das contrapartes, tomando em conta os ratings da dívida senior de médio e longo prazo atribuídos pelas agências Moody’s, Standard& Poor e Fitch e vigentes na data de referência. A escolha do rating a considerar para uma dada contraparte segue a regra aconselhada pelo Comité de Basileia (quando há ratingsdivergentes escolher o segundo melhor). As operações com entidades sem rating por estas agências (N.R.) representam sobretudo Clientes sujeitos a rating interno.
1) Não inclui derivados embutidos no valor de 52 000 m. euros.2) Valor de exposição sem considerar acordos de netting nem prestação de colateral.3) Valor de exposição sem considerar prestação de colateral.4) Valor de exposição considerando netting e prestação de colateral.5) A exposição dos futuros é nula, uma vez que são transaccionados em Bolsas de Valores e existe liquidação diária.
Demonstrações financeiras | Notas 53
3.5. Activos financeiros disponíveis para venda
Esta rubrica tem a seguinte composição:
O movimento ocorrido nas imparidades durante os exercícios de
2007 e 2006 é apresentado na nota 3.17.
31 Dez. 0631 Dez. 07
Instrumentos de dívida
Títulos cotados
Obrigações de emissores públicos nacionais
Taxa fixa 899 913
Títulos não cotados
Obrigações de outros emissores nacionais
Dívida não subordinada 4 995
899 5 908
Instrumentos de capital
Títulos cotados
Acções de emissores nacionais 315 317
Imparidade (194) (165)
Títulos não cotados
Acções de emissores nacionais 933 933
Acções de emissores estrangeiros 65 65
Imparidade (27) (27)
1 092 1 123
Outros títulos
Títulos cotados
Unidades de participação 13 075 1 458
Títulos não cotados
Unidades de participação 5 753 6 609
18 828 8 067
20 819 15 098
54 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
TÍTULOS Instrumentos de dívidaEmitidos por residentesDe dívida pública portuguesa:Obrigações do TesouroOT 5.15% Junho 2001 / 2011 850 500 0.01 0.01 921 899 22
921 899 22
Instrumentos de capitalEmitidos por residentesAcçõesBoavista Futebol Clube 21 900 5.00 110 110
Buciqueira – SGPS – Cap. Red. – Em. 2001 8 5.00 1 1
Futebol Clube do Porto 60 000 5.00 2.01 315 121 194
J. Soares Correia – Armazéns de Ferro, S.A. 83 5.00 2 2
SIBS – Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. 68 957 5.00 400 400
Soc. Port. Inovação, Consul. Empres. Fom. Inovação, S.A. 1 500 5.00 7 7
Terologos – Tecnologias de Manutenção – P 7 960 4.99 40 40
Unicre – Cartão Internacional de Crédito 5 882 5.00 373 373
1 248 1 054 194
Direitos s/ operações de capitalOliva – Ind. Metalurgicas – Direitos de redução 100 1.00
OutrosUnidades de participaçãoBPI Selecção (Gestão de Activos) 200 000 5.00 4.98 1 000 996 4
BPI Taxa Variável (Gestão de Activos) 1 297 332 4.99 8.27 10 892 10 729 163
Fundo BPI – América 200 000 0.01 5.14 998 1 028 30
Fundo Caravela 1 400 5 000.00 5 933 5 752 181
18 823 18 505 30 348
Instrumentos de capitalEmitidos por não residentesAcçõesClub Financiero Vigo 1 15 626.31 18 12 6
Nasdaq Europe SA / VN 100 49.96 25 4 21
Swift – Society for Worldwide Inf. Dev 12 125.00 22 22
65 38 27
OutrosUnidades de participaçãoFundo BPI – Europa (Luxemburgo) 23 405 0.01 13.80 171 323 152
171 323 152
21 228 20 819 182 370 221
Natureza e espécie dos títulos
Valor de aquisição
Valor de balanço /
justovalor1
Mais- -valia2
Menos- -valia2
Imparidade
Cotação /preço
Nominal
Quantidade Valores unitários
Em 31 de Dezembro de 2007 esta rubrica apresenta o seguinte detalhe:
1) Valor líquido de imparidade.2) Valor registado em RESERVAS DE REAVALIAÇÃO (nota 3.24).
3.6. Aplicações em instituições de crédito
Esta rubrica tem a seguinte composição:
O movimento ocorrido nas imparidades e provisões durante os
exercícios de 2007 e 2006 é apresentado na nota 3.17.
3.7. Créditos a Clientes
Esta rubrica tem a seguinte composição:
O movimento ocorrido nas imparidades e provisões durante os
exercícios de 2007 e 2006 é apresentado na nota 3.17.
31 Dez. 0631 Dez. 07
Aplicações em outras instituições de crédito no País
Depósitos 2 028 225 1 325 642
Operações de compra com acordo de revenda 4 872
Outras aplicações 15 15
Juros a receber 7 901 1 396
2 036 141 1 331 925
Aplicações em outras instituições de crédito no estrangeiro
Outras aplicações 83
83
Receitas com rendimento diferido (59)
2 036 224 1 331 866
Crédito e juros vencidos 430
Provisões para risco país (9) (13)
2 036 645 1 331 853
31 Dez. 0631 Dez. 07
Crédito não tituladoInterno
EmpresasEmpréstimos 50 455 53 130
Descobertos em depósitos à ordem 25 308 10 086
Operações de compra com acordo de revenda 26
Particulares
Habitação 9 229 6 879
Consumo 22 336 18 404
Outros créditos 66 510 58 568
Ao exterior
Empresas
Descobertos em depósitos à ordem 2 170 1 954
Particulares
Habitação 140 54
Consumo 60 14
Outros créditos 4 905 796
Juros a receber 1 765 1 346
182 878 151 257
Crédito e juros vencidos 1 908 2 026
Provisões para crédito (1 705) (1 548)
183 081 151 735
Demonstrações financeiras | Notas 55
56 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Em 31 de Dezembro de 2007, a estrutura sectorial das carteiras de crédito sobre Clientes e garantias prestadas (nota 3.26) do BPI
Investimentos é a seguinte:
Garantias prestadas2
Valor %
Crédito sobre Clientes1
Valor %
Residentes:
Agricultura, produção animal e caça 1 349 0.8 3
Silvicultura e exploração florestal 949 0.5
Indústrias transformadoras
Indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco 2 346 1.3 61 0.2
Indústrias de pasta, de papel e cartão, edição e impressão 182 0.5
Indústrias de outros produtos minerais não metálicos 250 0.1
Construção 3 163 1.8
Comércio por grosso e a retalho 4 693 2.6 38 0.1
Alojamento e restauração 625 0.4
Transportes, armazenagem e comunicações 1 292 0.7
Bancos 3 861 2.1 23 977 66.8
Outras instituições financeiras e seguradoras 4 063 2.2
Sociedades gestoras de participações sociais 29 385 16.2
Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados a empresas 21 388 11.8 111 0.3
Educação 1 000 0.6
Saúde e acção social 778 0.4 44 0.1
Actividades recreativas, culturais e desportivas 601 0.3
Outras empresas de serviços 4
Particulares
Crédito imobiliário 9 229 5.1
Outros 88 846 49.1 11 497 32.0
Instituições financeiras supranacionais 16
Não residentes:
Instituições financeiras supranacionais 2 170 1.2
Particulares 5 105 2.8
181 113 100.0 35 913 100.0
1) Exclui crédito e juros vencidos e juros a receber.2) Inclui garantias e avales.
Demonstrações financeiras | Notas 57
Em 31 de Dezembro de 2006, a estrutura sectorial das carteiras de crédito sobre Clientes e garantias prestadas (nota 3.26) do BPI
Investimentos é a seguinte:
Garantias prestadas2
Valor %
Crédito sobre Clientes1
Valor %
Residentes:
Agricultura, produção animal e caça 6 076 4.0 3
Silvicultura e exploração florestal 324 0.2
Indústrias transformadoras
Indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco 2 207 1.5 61 0.2
Indústrias do couro e dos produtos do couro 500 0.3
Indústrias de pasta, de papel e cartão, edição e impressão 182 0.5
Indústrias de outros produtos minerais não metálicos 250 0.2
Construção 3 279 2.2
Comércio por grosso e a retalho 3 875 2.6 38 0.1
Alojamento e restauração 525 0.4
Transportes, armazenagem e comunicações 448 0.3
Bancos 835 0.6 22 815 62.2
Outras instituições financeiras e seguradoras 2 077 1.4
Sociedades gestoras de participações sociais 18 339 12.2
Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados a empresas 20 255 13.5 2 072 5.6
Educação 1 050 0.7
Saúde e acção social 598 0.4 44 0.1
Actividades recreativas, culturais e desportivas 605 0.4
Particulares
Crédito imobiliário 6 879 4.6
Outros 76 972 51.3 11 470 31.3
Instituições financeiras supranacionais 1 954 1.3
Outros sectores 45
Não residentes:
Instituições financeiras supranacionais 1 954 1.3
Empresas não financeiras 864 0.6
149 911 100.0 36 685 100.0
1) Exclui crédito e juros vencidos e juros a receber.2) Inclui garantias e avales.
58 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
3.8. Outros activos tangíveis
O movimento ocorrido nos outros activos tangíveis durante o exercício de 2007 foi o seguinte:
Valor bruto
Alienações e abates
Transferências e outros
Saldo em 31 Dez. 07
AquisiçõesSaldo em31 Dez. 06
Imóveis em uso
Imóveis de serviço próprio 1 164 1 164
Obras em imóveis arrendados 295 295
1 459 0 0 0 1 459
Equipamento
Mobiliário e material 3 624 12 3 636
Máquinas e ferramentas 683 5 688
Equipamento informático 4 037 30 4 067
Instalações interiores 13 412 38 13 450
Material de transporte 463 (296) 167
Equipamento de segurança 368 368
22 587 85 (296) 0 22 376
Activos tangíveis em curso 0
Outros activos tangíveis 265 265
265 0 0 0 265
24 311 85 (296) 0 24 100
Valor bruto
Alienações e abates
Transferências e outros
Saldo em 31 Dez. 06
AquisiçõesSaldo em31 Dez. 05
Imóveis em uso
Imóveis de serviço próprio 1 164 1 164
Obras em imóveis arrendados 295 295
1 459 0 0 0 1 459
Equipamento
Mobiliário e material 3 622 3 (1) 3 624
Máquinas e ferramentas 680 3 683
Equipamento informático 4 081 36 (88) 8 4 037
Instalações interiores 13 411 1 13 412
Material de transporte 657 (194) 463
Equipamento de segurança 365 3 368
22 816 46 (283) 8 22 587
Activos tangíveis em curso 8 (8) 0
Outros activos tangíveis 265 265
273 0 0 (8) 265
24 548 46 (283) 0 24 311
O movimento ocorrido nos outros activos tangíveis durante o exercício de 2006 foi o seguinte:
Demonstrações financeiras | Notas 59
Amortizações
Alienações e abates
Saldo em 31 Dez. 07
Amortizações do exercício
Saldo em31 Dez. 06
Valor líquido
Saldo em 31 Dez. 06
Saldo em31 Dez. 07
277 17 294 870 887
253 8 261 34 42
530 25 0 555 904 929
3 335 98 3 433 203 289
643 18 661 27 40
3 906 92 3 998 69 131
11 554 511 12 065 1 385 1 858
429 25 (296) 158 9 34
297 19 316 52 71
20 164 763 (296) 20 631 1 745 2 423
0 0 0
0 265 265
0 0 0 0 265 265
20 694 788 (296) 21 186 2 914 3 617
Amortizações
Alienações e abates
Transferências e outros
Saldo em 31 Dez. 06
Amortizações do exercício
Saldo em31 Dez. 05
Valor líquido
Saldo em 31 Dez. 05
Saldo em31 Dez. 06
260 17 277 887 904
246 7 253 42 49
506 24 0 0 530 929 953
3 219 116 3 335 289 403
619 24 643 40 61
3 857 137 (88) 3 906 131 224
11 027 527 11 554 1 858 2 384
545 77 (193) 429 34 112
278 19 297 71 87
19 545 900 (281) 0 20 164 2 423 3 271
0 0 8
0 0 265 265
0 0 0 0 0 265 273
20 051 924 (281) 0 20 694 3 617 4 497
60 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
3.9. Activos intangíveis
O movimento ocorrido nos outros activos intangíveis durante o exercício de 2007 foi o seguinte:
O movimento ocorrido nos outros activos intangíveis durante o exercício de 2006 foi o seguinte:
Valor bruto
Transferências e outros
Abates ealienações
Saldo em 31 Dez. 07
AquisiçõesSaldo em31 Dez. 06
Sistema de tratamento automático de dados 3 130 6 3 136
Outros activos intangíveis 27 (27) 0
3 157 0 6 (27) 3 136
Activos intangíveis em curso 6 (6) 0
3 163 0 0 (27) 3 136
Valor bruto
Transferências e outros
Abates ealienações Saldo em
31 Dez. 06
AquisiçõesSaldo em31 Dez. 05
Sistema de tratamento automático de dados 3 111 5 14 3 130
Outros activos intangíveis 199 (172) 27
3 310 5 14 (172) 3 157
Activos intangíveis em curso 19 1 (14) 6
3 329 6 0 (172) 3 163
3.10. Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos sob controlo conjunto
Os investimentos em empresas filiais, associadas e empreendimentos conjuntas:
Em 2007, o Banco Português de Investimento passou a deter uma participação de 50% no agrupamento complementar de empresas –
Ulissipair ACE.
Em 31 de Dezembro de 2007, os principais agregados retirados das demonstrações financeiras destas empresas eram os seguintes:
Valor de balanço
31 Dez. 07 31 Dez. 06
Participação efectiva (%)
31 Dez. 07 31 Dez. 06
Investimentos em filiais
BPI Suisse 99.9 99.9 2 020 2 020
Banco de Fomento (Angola), S.A.R.L. 0.007 0.007 2 2
BPI Dealer – Socidedade Financeira de Corretagem (Moçambique) 75.5 75.5 114 114
Empreendimento conjunto
Ulissipair ACE 50.0
Investimentos em associadas
Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L. 0.3 0.3 94 94
2 230 2 230
Lucro (prejuízo)do exercício
ActivoCapitais própriosSede
BPI Suisse1 Suíça 377 2 501 312
Banco de Fomento (Angola), S.A.R.L.2 Angola 258 548 2 427 157 70 489
BPI Dealer – Socidedade Financeira de Corretagem (Moçambique)3 Moçambique 91 91 9
Ulissipair ACE Portugal 2 190 3 397 2 196
Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L.3 Moçambique 43 691 547 212 12 101
1) Valores resultantes da conversão de francos suíços ao câmbio de 31 de Dezembro de 2007.2) Valores resultantes da conversão de kwanzas ao câmbio de 31 de Dezembro de 2007.3) Valores resultantes da conversão de meticais ao câmbio de 31 de Dezembro de 2007.
Demonstrações financeiras | Notas 61
Amortizações
Amortizações do exercício
Abates ealienações
Saldo em 31 Dez. 07
Saldo em31 Dez. 06
Valor líquido
Saldo em 31 Dez. 06
Saldo em31 Dez. 07
3 089 32 3 121 15 41
27 (27) 0 0 0
3 116 32 (27) 3 121 15 41
0 6
3 116 32 (27) 3 121 15 47
Amortizações
Amortizações do exercício
Abates ealienações
Saldo em 31 Dez. 06
Saldo em31 Dez. 05
Valor líquido
Saldo em 31 Dez. 05
Saldo em31 Dez. 06
3 013 76 3 089 41 98
196 3 (172) 27 0 3
3 209 79 (172) 3 116 41 101
6 19
3 209 79 (172) 3 116 47 120
62 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
3.12. Outros activos
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31 Dez. 0631 Dez. 07
Devedores, outras aplicações e outros activos
Devedores por operações sobre futuros 27 872 40 004
Contas caução 5 141 1 395
IVA a recuperar 4 4
Outros devedores 890 215
Devedores e outras aplicações vencidos 660 615
Imparidade (582) (506)
33 985 41 727
Rendimentos a receber
Outros rendimentos a receber
Por serviços bancários prestados 10 681 8 442
10 681 8 442
Despesas com encargo diferido
Fundos de pensões 2 172 3 085
Seguros 53
Rendas 102 100
Outras despesas com encargo diferido 40 17
2 367 3 202
Responsabilidades com pensões e outros beneficios (nota 3.21)
Valor patrimonial do fundo de pensões
Pensionistas e Colaboradores 18 420 15 465
Administradores 3 449 3 084
Responsabilidades por serviços passados
Pensionistas e Colaboradores (18 081) (14 496)
Administradores (3 452) (3 083)
Desvios actuariais
Colaboradores 3 279 1 067
Administradores (616) (498)
Alterações das condições do Plano de Pensões por amortizar
Colaboradores (6)
Administradores 20 26
3 019 1 559
Outras contas de regularização
Operações sobre valores mobiliários a regularizar – operações de bolsa 7 017
Operações activas a regularizar 90 32
Outras operações a regularizar 508
7 107 540
57 159 55 470
3.11. Activos por impostos
Esta rubrica tem a seguinte composição:
A análise da rubrica ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS é apresentada
na nota 3.34.
31 Dez. 0631 Dez. 07
Activos por impostos correntes
IRC a recuperar 149
Activos por impostos diferidos
Por diferenças temporárias 501 420
501 569
Os valores registados em DESPESAS COM ENCARGO DIFERIDO – FUNDO
DE PENSÕES estão relacionados com o impacto da introdução do
IAS 19, o qual está a ser amortizado por contrapartida de
Resultados Transitados pelo período de 5 anos com início no
exercício de 2005, conforme previsto pelos Avisos 4 / 2005, de
28 de Fevereiro e 12 / 2005, de 30 de Dezembro do Banco de
Portugal, excepto no que respeita aos benefícios de saúde e
alteração de pressupostos relativos à tábua de mortalidade cujo
período de diferimento termina em Dezembro de 2011 (nota
Demonstrações financeiras | Notas 63
2.5). No BPI Investimentos, o total do acréscimo de
responsabilidades de Colaboradores sujeito a diferimento
ascende a 4 742 m. euros, dos quais 1 205 m. euros têm um
prazo de diferimento de 7 anos e 3 537 m. euros de 5 anos.
O total do acréscimo de responsabilidades de Administradores
sujeito a diferimento ascende a 171 m. euros e tem um prazo
de diferimento de 5 anos.
O movimento ocorrido nas imparidades e provisões durante os
exercícios de 2007 e 2006 é apresentado na nota 3.17.
3.13. Passivos financeiros detidos para negociação
Esta rubrica tem a seguinte composição:
3.14. Recursos de outras instituições de crédito
Esta rubrica tem a seguinte composição:
3.15. Recursos de Clientes e outros empréstimos
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31 Dez. 0631 Dez. 07
Instrumentos derivados com justo valor negativo (nota 3.4) 12 727 10 070
12 727 10 070
2010200920082007200620052004Responsabilidades com pensões a diferir – Impacto do IAS 19
Responsabilidades de Colaboradores
SAMS e Tábua de mortalidade 1 205 1 033 860 689 516 344 172
Outras responsabilidades 3 537 2 829 2 122 1 415 707
4 742 3 862 2 982 2 104 1 223 344 172
Responsabilidades de Administradores 171 137 103 68 34
4 913 3 999 3 085 2 172 1 257 344 172
31 Dez. 0631 Dez. 07
Recursos de instituições de crédito no País
Depósitos 101 227 356 321
Operações de venda com acordo de recompra 3 117 1 355
Outros recursos 2 427
Juros a pagar 1 046 8 795
105 390 368 898
Recursos de instituições de crédito no estrangeiro
Depósitos de organismos financeiros internacionais 33
Depósitos 4 828 23 382
Margem para cobertura de derivados 6 524
Outros recursos 2 218 17 304
Juros a pagar 3 6
7 082 47 216
Correcções de valor de passivos objecto de operações de cobertura 21 309
Despesas com encargo diferido (14) (8)
112 479 416 415
31 Dez. 0631 Dez. 07
Depósitos à ordem 937 405 600 184
Depósitos a prazo 1 241 780 632 471
Depósitos de poupança 2 964 3 367
Depósitos obrigatórios 2 440 2 195
Cheques e ordens a pagar 2 446 2 840
2 187 035 1 241 057
Juros a pagar 13 660 7 346
2 200 695 1 248 403
64 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
3.16. Responsabilidades representadas por títulos
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31 Dez. 06
Saldo Taxa de juromédia
Emissões
31 Dez. 07
Saldo Taxa de juromédia
Emissões
Certificados de Depósito
EUR 257 257 3.8% 309 309 3.7%
257 257 309 309
Juros a pagar 45 43
302 352
Os certificados de depósito são remunerados a uma taxa fixa.
Em 31 de Dezembro de 2007, os certificados de depósito emitidos pelo BPI Investimentos apresentam a seguinte composição por
maturidade contratual:
Em 31 de Dezembro de 2006, os certificados de depósito emitidos pelo BPI Investimentos apresentam a seguinte composição por
maturidade contratual:
Total2012-20152011201020092008
Certificados de Depósito
EUR 51 49 47 45 65 257
Maturidade
Total2012-201520112010200920082007
Certificados de Depósito
EUR 53 51 49 47 45 64 309
Maturidade
3.17. Provisões e imparidades
O movimento ocorrido nas imparidades e provisões do BPI Investimentos durante o exercício de 2007 foi o seguinte:
Saldo em 31 Dez. 07
Utilizaçõese outros
Reposições /Reversões
AumentosSaldo em 31 Dez. 06
Aplicações em instituições de crédito 13 (4) 9
Provisões para risco país (nota 3.6) 13 (4) 9
Crédito a Clientes (nota 3.7) 1 548 165 (8) 1 705
Provisões para cobrança duvidosa 9 (8) 1
Provisões para crédito vencido 1 539 165 1 704
Imparidades em activos financeiros disponíveis para venda (nota 3.5) 192 29 221
Instrumentos de capital 192 29 221
Outros activos 506 78 (2) 582
Provisões para crédito vencido (nota 3.12) 506 78 (2) 582
Outras provisões 2 007 966 2 973
Provisões para riscos gerais de crédito
Crédito concedido 1 538 357 1 895
Crédito por assinatura 282 275 557
Provisões para contigências fiscais 6 6
Outras provisões 181 334 515
Total 4 266 1 238 (12) (2) 5 490
Demonstrações financeiras | Notas 65
O movimento ocorrido nas imparidades e provisões do BPI Investimentos durante o exercício de 2006 foi o seguinte:
Saldo em 31 Dez. 06
UtilizaçõesReposições /Reversões
AumentosSaldo em 31 Dez. 05
Aplicações em instituições de crédito 14 (1) 13
Provisões para risco país (nota 3.6) 14 (1) 13
Crédito a Clientes 1 520 95 (67) 1 548
Provisões para cobrança duvidosa (nota 3.7) 17 4 (12) 9
Provisões para crédito vencido (nota 3.7) 1 503 91 (55) 1 539
Imparidades em activos financeiros disponíveis para venda (nota 3.5) 189 3 192
Instrumentos de capital 189 3 192
Outros títulos
Outros activos 377 129 506
Provisões para cobrança duvidosa (nota 3.12)
Provisões para crédito vencido (nota 3.12) 377 129 506
Outras provisões 2 080 561 (34) (600) 2 007
Provisões para riscos gerais de crédito
Crédito concedido 1 195 343 1 538
Crédito por assinatura 244 38 282
Provisões para contigências fiscais 6 6
Outras provisões 635 180 (34) (600) 181
Total 4 180 788 (102) (600) 4 266
3.18. Passivos por impostos
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31 Dez. 0631 Dez. 07
Passivos por impostos correntes
Impostos sobre lucros a pagar 2 614 4 024
Passivos por impostos diferidos
Por diferenças temporárias 407 514
3 021 4 538
A análise da rubrica PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS é apresentada na nota 3.34.
3.19. Passivos subordinados
Esta rubrica tem a seguinte composição:
As obrigações perpétuas subordinadas poderão ser reembolsadas antecipadamente, total mas não parcialmente, por iniciativa do BPI
Investimentos no final do 10.º ano de vida e posteriormente nas respectivas datas de pagamento de juros.
Durante os exercícios de 2007 e 2006 não ocorreram reembolsos de passivos subordinados.
31 Dez. 06
Saldo Taxa de juro Emissões
31 Dez. 07
Saldo Taxa de juro Emissões
Passivos Subordinados
BPI Obrigações Perpétuas Subordinadas 2004 35 000 35 000 5.6% 35 000 35 000 4.8%
35 000 35 000 35 000 35 000
Juros a pagar 384 308
35 384 35 308
66 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
3.20. Outros passivos
Esta rubrica tem a seguinte composição:
3.21. Responsabilidades com pensões e outros benefícios
As responsabilidades por serviços passados de Pensionistas, de
Colaboradores e de Administradores que estão, ou estiveram, ao
serviço do BPI Investimentos são calculadas em conformidade
com o estabelecido no IAS 19.
A BPI Pensões é a entidade a quem compete a responsabilidade
de elaborar as avaliações actuariais necessárias ao cálculo das
responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência bem
como a de gerir os fundos de pensões respectivos.
Os métodos de valorização actuarial utilizados são o Projected
Unit Credit, para o cálculo do custo normal e das
responsabilidades com serviços passados por velhice, e os
Prémios Únicos Sucessivos, para o cálculo dos custos relativos
aos benefícios de invalidez e sobrevivência.
Os principais pressupostos actuariais e financeiros utilizados no
cálculo das responsabilidades por pensões são:
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os Pensionistas e
Colaboradores beneficiários de planos de pensões financiados
pelos fundos de pensões são em número de:
31 Dez. 0631 Dez. 07
Credores e outros recursos
Credores por operações sobre futuros 26 859 27 245
Recursos conta subscrição 494 542
Sector público administrativo
IVA a pagar 281 486
Retenção de impostos na fonte 4 140 788
Contribuições para a Segurança Social 72 70
Cobranças por conta de terceiros 5 5
Contribuições para outros sistemas de saúde 27 23
Credores diversos
Credores por operações sobre valores mobilários 252 252
Credores por fornecimentos de bens 301 115
Credores por parcelas a realizar em títulos subscritos 1 225 4 165
Outros credores 106 140
Despesas com encargo diferido (49) (550)
33 713 33 281
Encargos a pagar
Gastos com pessoal 6 900 7 103
Gastos gerais administrativos 95 265
6 995 7 368
Receitas com rendimento diferido
De garantias prestadas e outros passivos eventuais 15 19
15 19
Outras contas de regularização
Operações cambiais a liquidar 7 335 16 271
Operações sobre valores mobiliários a regularizar – operações de bolsa 344
Operações passivas a regularizar 25 101
Outras operações a regularizar 2 557
9 917 16 716
50 640 57 384
Realizado
31 Dez. 0631 Dez. 07
Pressupostos
31 Dez. 0631 Dez. 07
Pressupostos demográficos:
Tábua de mortalidade TV 73/77-H TV 73/77-H - -
TV 88/90-M TV 88/90-M
Tábua de invalidez EKV 80 EKV 80 - -
Taxa de rotação do pessoal 0% 0% - -
Decrementos Por Por mortalidade mortalidade - -
Pressupostos financeiros:
Taxa de desconto 5.00% 4.75% - -
Taxa de crescimento dos salários pensionáveis1 4.00% 2.75% 6.20% 4.10%
Taxa de crescimento das pensões2 2.50% 2.00% 2.75% 2.50%
Taxa de rendimento 1.º sem. 5.25% 3.54% 6.55%dos activos dos 5.25% / anofundos de pensões 2.º sem. 5% / ano
1) Calculada com base na variação dos salários pensionáveis dos trabalhadores que seencontram simultaneamente no activo no início e no final de ano (inclui alterações denível remuneratório e não reflecte entradas e saídas de Colaboradores).
2) Corresponde à taxa de actualização da tabela do ACTV.
31 Dez. 0631 Dez. 07
Pensionistas por reforma 8 9
Pensionistas por sobrevivência 2 3
Colaboradores em actividade 155 143
Ex-trabalhadores (cláusula 137.º A e 140.º do ACTV) 262 255
427 410
Demonstrações financeiras | Notas 67
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as responsabilidades por
serviços passados de Pensionistas e Colaboradores do BPI
Investimentos e a respectiva cobertura no fundo de pensões é:
O movimento ocorrido durante os exercícios de 2007 e 2006
relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços
passados foi o seguinte:
O movimento ocorrido durante os exercícios de 2007 e 2006 no
fundo de pensões foi o seguinte:
Nos exercícios de 2007 e 2006, as contribuições para os fundos
de pensões foram realizadas em dinheiro.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as responsabilidades
com pensões ainda não reconhecidas como custo são:
Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as
despesas com encargos diferidos que serão reconhecidas por
contrapartida de Resultados transitados nos termos do Aviso n.º
4 / 2005 do Banco de Portugal ascendem a 2 172 m. euros e
3 085 m. euros, respectivamente (nota 3.12).
O movimento ocorrido nos desvios actuariais1 durante os
exercícios de 2007 e 2006 foi o seguinte:
31 Dez. 0631 Dez. 07
Responsabilidades totais por serviços passados
Responsabilidades por pensões em pagamento 2 296 2 470
Responsabilidades por serviços passados de Colaboradores no activo e de ex-Colaboradores 15 785 12 026
18 081 14 496
Situação patrimonial do fundo de pensões 18 420 15 465
Excesso / (Insuficiência) de cobertura 339 969
Grau de cobertura das responsabilidades 102% 107%
31 Dez. 0631 Dez. 07
Responsabilidades no início do exercício 14 496 14 629
Custo do serviço corrente:
Do BPI Investimentos 879 808
Dos Colaboradores 79 68
Custo dos juros 842 691
(Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades 1 992 (1 315)
Alteração das condições do plano de pensões (170)
Pensões estimadas pelo fundo de pensões (207) (215)
Responsabilidades no fim do exercício 18 081 14 496
31 Dez. 0631 Dez. 07
Desvios actuariais
Dentro do corredor (1 842) (1 067)
Fora do corredor (1 437)
(3 279) (1 067)
Alteração das condições do plano de pensões 6
(3 279) (1 061)
31 Dez. 0631 Dez. 07
Situação patrimonial do fundo de pensões no início do exercício 15 465 14 636
Contribuições efectuadas:
Pelo BPI Investimentos 2 505
Pelos Colaboradores 80 68
Rendimento dos fundos de pensões (líquido) 547 959
Pensões pagas pelos fundos de pensões (177) (198)
Situação patrimonial do fundo de pensões no final do período 18 420 15 465
1) Perdas actuariais resultantes de diferenças entre os pressupostos actuariais efinanceiros e os valores efectivamente realizados e de alterações nos pressupostosactuariais e financeiros.
Valor em 31 de Dezembro de 2005 (2 598)
Amortização de desvios fora do corredor 27
Actualização acima do previsto da Tabela ACTV (78)
Alteração de pressupostos actuariais e financeiros 975
Desvios de rendimento dos fundos de pensões 172
Desvios de pensões pagas 17
Outros desvios 418
Valor em 31 de Dezembro de 2006 (1 067)
Amortização de desvios fora do corredor 38
Actualização acima do previsto da Tabela ACTV (114)
Alteração de pressupostos actuariais e financeiros (1 878)
Desvios de rendimento dos fundos de pensões (288)
Desvios de pensões pagas 30
Valor em 31 de Dezembro de 2007 (3 279)
68 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as demonstrações
financeiras registam nas rubricas JUROS, GANHOS E PERDAS
FINANCEIROS COM PENSÕES (nota 3.30) e em CUSTOS COM PESSOAL
(nota 3.32) os seguintes valores relacionados com a cobertura
de responsabilidades por pensões:
Os Administradores do BPI Investimentos beneficiam de um
plano complementar de pensões de reforma e sobrevivência. Em
31 de Dezembro de 2006 foi constituído um fundo de pensões
para cobertura destas responsabilidades.
Os principais pressupostos actuariais e financeiros utilizados no
cálculo das responsabilidades por pensões são:
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as responsabilidades por
serviços passados e respectiva cobertura deste plano apresentam
a seguinte composição:
O movimento ocorrido durante os exercícios de 2007 e 2006
relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços
passados deste plano foi o seguinte:
O movimento ocorrido durante os exercícios de 2007 e 2006 no
fundo de pensões foi o seguinte:
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as responsabilidades
com pensões dos Administradores ainda não reconhecidas como
custo são:
31 Dez. 0631 Dez. 07
Juros, ganhos e perdas financeiros com pensões
Custo de juros 842 691
Rendimento esperado do Fundo (835) (787)
7 (96)
Custos com pessoal
Custo do serviço corrente 879 808
Amortização de desvios fora do corredor 38 27
Alteração das condições do plano de pensões (6) (6)
911 829
31 Dez. 0631 Dez. 07
Desvios actuariais – Administradores
Dentro do corredor 345 308
Fora do corredor 271 190
616 498
Alteração das condições do plano de pensões
dos Administradores (20) (26)
596 472
Realizado
31 Dez. 0631 Dez. 07
Pressupostos
31 Dez. 0631 Dez. 07
Pressupostos demográficos:Tábua de mortalidade TV 73/77-H TV 73/77-H
TV 88/90-M TV 88/90-M
Tábua de invalidez EKV 80 EKV 80
Taxa de rotação do pessoal 0% 0%
Decrementos Por Por mortalidade mortalidade
Pressupostos financeiros:Taxa de desconto 5.00% 4.75%
Taxa de crescimento dos salários pensionáveis1 2.50% 2.75% 2.75% 2.50%
Taxa de crescimento das pensões2 2.50% 2.00% - -
Taxa de rendi- 5.25% / ano 1.º sem. - 3.60% -mento dos activos 5.00% / ano dos fundos de pensões 2.º sem.
1) Calculada com base na variação dos salários pensionáveis dos Administradores que seencontram simultaneamente no activo no início e no final de ano (inclui alterações denível remuneratório e não reflecte entradas e saídas de Administradores).
2) Corresponde à taxa de actualização da tabela do ACTV.
31 Dez. 0631 Dez. 07
Valor actual das responsabilidades por serviços passados
Responsabilidades por serviços passados de administradores no activo e de ex-administradores 3 452 3 083
3 452 3 083
Situação patrimonial do fundo de pensões 3 449 3 084
Excesso / (Insuficiência) de cobertura (3) 1
Grau de cobertura das responsabilidades 100% 100%
31 Dez. 0631 Dez. 07
Responsabilidades no início do exercício 3 083 3 532
Custo do serviço corrente 370 361
Custo dos juros 184 164
(Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades (185) (974)
Responsabilidades no fim do exercício 3 452 3 083
31 Dez. 0631 Dez. 07
Situação patrimonial do fundo de pensões no início do exercício 3 084
Contribuições efectuadas 254 3 083
Rendimento dos fundos de pensões (líquido) 111 1
Situação patrimonial do fundo de pensões no final do período 3 449 3 084
O movimento ocorrido nos desvios actuariais durante os
exercícios de 2007 e 2006 foi o seguinte:
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as demonstrações
financeiras registam nas rubricas JUROS, GANHOS E PERDAS
FINANCEIROS COM PENSÕES (nota 3.30) e em CUSTOS COM O PESSOAL
(nota 3.32) os seguintes valores relacionados com a cobertura
de responsabilidades por pensões de Administradores:
3.22. Capital
Em 31 de Dezembro de 2007, o capital social do Banco
Português de Investimento, integralmente subscrito e realizado,
está representado por 4 000 000 acções de valor nominal de
5 euro cada.
3.23. Outros instrumentos de capital
O Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA) é um
esquema remuneratório pelo qual uma parte da remuneração
variável dos Administradores Executivos e dos Colaboradores do
Grupo BPI cuja remuneração variável anual seja igual ou
superior a 2 500 euros é paga em acções representativas do
capital social do Banco BPI (acções BPI) e em opções de
compra de acções BPI. A parcela de remuneração variável
individual que corresponde ao RVA oscila entre 10% e 50%
sendo a percentagem tanto maior quanto maior for o nível de
responsabilidade do Administrador ou do Colaborador.
Considerando que, em 31 de Dezembro de 2006, o Banco BPI
se encontrava sob uma oferta pública de aquisição, lançada em
13 de Março de 2006, e ponderando, por um lado, o interesse
em manter o Programa RVA, uma vez que os princípios que
presidiram à sua criação e os objectivos que visa atingir se
mantém válidos e, por outro lado, as possíveis questões que,
naquelas circunstâncias, poderiam ser suscitadas pela atribuição
de remunerações em acções, o Conselho de Administração do
BPI entendeu abster-se de executar o RVA relativo ao exercício
de 2006. Nesses termos, a remuneração variável daquele
exercício foi integralmente disponibilizada em numerário. Em
2007 foi retomado este esquema remuneratório nas condições
habituais referidas no parágrafo anterior.
Com excepção do referido no parágrafo anterior, o Programa RVA
mantém-se em vigor, quanto a todos os seus efeitos passados e
futuros, incluindo todos os decorrentes das atribuições relativas
a 2001, 2002, 2003, 2004 e 2005.
As acções atribuídas no âmbito do RVA ficam disponíveis para o
beneficiário de uma forma gradual: 25% no momento da
atribuição e 25% em cada um dos três anos seguintes.
O preço de atribuição das acções resulta da média ponderada
pelas quantidades transaccionadas das cotações das acções BPI
nas últimas dez sessões de bolsa anteriores à data de atribuição
das referidas acções. O preço de atribuição das acções
corresponde igualmente ao preço de exercício das opções.
Demonstrações financeiras | Notas 69
Valor em 31 de Dezembro de 2005 (482)
Amortização de desvios fora do corredor 5
Desvios de rendimento dos fundos de pensões 1
Alteração de pressupostos actuariais e financeiros 154
Alteração da idade de reformado 830
Outros desvios (10)
Valor em 31 de Dezembro de 2006 498
Amortização de desvios fora do corredor (9)
Desvios de rendimento dos fundos de pensões (58)
Alteração de pressupostos actuariais e financeiros 12
Outros desvios 173
Valor em 31 de Dezembro de 2007 616
31 Dez. 0631 Dez. 07
Juros, ganhos e perdas financeiros com pensões
Custo de juros 184 164
Rendimento esperado do Fundo (169)
15 164
Custos com pessoal
Custo do serviço corrente 370 361
Amortização de desvios fora do corredor (9) 5
Alteração das condições do plano de pensões 7 7
368 373
70 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
A disponibilização das acções (nos três anos subsequentes à atribuição) está condicionada à permanência dos Colaboradores no Grupo
BPI. Os preços de atribuição, bem como o período de disponibilização das acções encontram-se resumidos no quadro seguinte:
As opções de compra de acções dos programas RVA 2001 a RVA
2004 são exercíveis entre o primeiro e o final do quinto ano a
contar da data de atribuição; as opções do RVA 2005 são
exercíveis entre o 90.º dia e o final do 5.º ano a contar da data
de atribuição. A disponibilização das opções encontra-se
condicionada à permanência dos Colaboradores no Grupo BPI.
As opções de compra de acções podem ser exercidas entre o
primeiro e o quinto ano a contar da data de atribuição, estando
a sua disponibilização igualmente condicionada à permanência
dos Colaboradores no Grupo BPI.
Os preços de exercício das opções, bem como o respectivo
período de exercício encontram-se resumidos no quadro
seguinte:
A rubrica OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL inclui:
� O valor dos custos do RVA já periodificados com acções a
disponibilizar e opções ainda não exercidas;
� O valor das liquidações entregues ao Banco BPI para gestão
dos programas do RVA.
Os custos com as remunerações variáveis em acções e opções
são integralmente liquidados ao Banco BPI no ano da atribuição.
A rubrica OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL inclui também o valor
das acções e opções já atribuídas aos Colaboradores mas ainda
não disponibilizadas.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 a rubrica OUTROS
INSTRUMENTOS DE CAPITAL tem a seguinte composição:
Programa
Opções
Data deatribuição
Preço deexercício
Período de exercício
De A
RVA 2001 21/03/2002 2.54 21/03/2003 21/03/2007
RVA 2002 22/02/2003 2.14 22/02/2004 22/02/2008
RVA 2003 23/02/2004 3.13 23/02/2005 23/02/2009
RVA 2004 28/02/2005 3.10 28/02/2006 28/02/2010
RVA 2005 23/02/2006 4.44 23/05/2006 23/05/2010
Programa
Acções
Data deatribuição
Preço deexercício
Data de disponibilização das tranches
2.ª 3.ª 4.ª
RVA 2003 23/02/2004 3.13 23/02/2005 23/02/2006 23/02/2007
RVA 2004 28/02/2005 3.10 28/02/2006 28/02/2007 28/02/2008
RVA 2005 23/02/2006 4.44 23/02/2007 23/02/2008 23/02/2009
31 Dez. 0631 Dez. 07
Outros instrumentos de capital
Custos com acções e opcões a disponibilizar
RVA 2003 228 224
RVA 2004 689 656
RVA 2005 952 872
RVA 2007 804
Liquidação ao Banco BPI e acções e opções disponibilizadas
RVA 2003 (228) (228)
RVA 2004 (694) (694)
RVA 2005 (994) (994)
757 (164)
3.24. Reservas de reavaliação
Esta rubrica tem a seguinte composição:
3.25. Outras reservas e resultados transitados
Esta rubrica tem a seguinte composição:
De acordo com o disposto no art. 97.º do Regime Geral das
Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 298 / 91, de 31 de Dezembro e alterado pelo
Decreto-Lei n.º 201 / 2002, de 25 de Setembro, o BPI
Investimentos deve destinar uma fracção não inferior a 10% dos
lucros líquidos apurados em cada exercício à formação de uma
reserva legal, até um limite igual ao valor do capital social ou ao
somatório das reservas livres constituídas e dos resultados
transitados, se superior.
Nos exercícios de 2007 e 2006, o custo total reconhecido em custos com pessoal relativo aos programas RVA pode ser resumido da
seguinte forma:
Demonstrações financeiras | Notas 71
31 Dez. 0631 Dez. 07
Reservas de reavaliação
Reservas resultantes da valorização ao justo valor de activos financeiros disponíveis para venda (nota 3.5):
Instrumentos de dívida (22) (16)
Instrumentos de capital 2
Outros (166) (101)
Reservas de reavaliação legais 703 703
515 588
Reservas por impostos diferidos
Resultantes da valorização ao justo valor de activos financeiros disponíveis para venda:
Impostos activos 98 109
Impostos passivos (48) (78)
50 31
565 619
31 Dez. 0631 Dez. 07
Reserva legal 6 245 4 276
Reserva de fusão (2 970) (2 970)
Outras reservas e resultados transitados 30 699 31 380
33 974 32 686
Programa31 Dez. 06
Acções Opções Total
31 Dez. 07
Acções Opções Total
RVA 2002 4 4
RVA 2003 4 4 33 33
RVA 2004 34 34 73 26 99
RVA 2005 80 80 165 245 410
RVA 2007 332 471 803
Total 450 471 921 275 271 546
72 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
3.26. Contas extrapatrimoniais
Esta rubrica tem a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2007, o saldo da rubrica ACTIVOS DADOS
EM GARANTIA inclui:
� títulos dados em garantia à Comissão do Mercado de Valores
Mobiliários no âmbito do Sistema de Indemnização aos
Investidores no montante de 875 m. euros;
� títulos dados em garantia ao Fundo de Garantia de Depósitos
no montante de 1 244 m. euros;
Em 31 de Dezembro de 2007 e 31 de Dezembro de 2006, o
saldo da rubrica RESPONSABILIDADES A PRAZO DE CONTRIBUIÇÕES
ANUAIS PARA O FUNDO DE GARANTIA DE DEPÓSITOS corresponde ao
compromisso irrevogável que o BPI assumiu, por força da lei, de
entregar àquele fundo, em caso de solicitação deste, as parcelas
não realizadas das contribuições anuais.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 31 de Dezembro de 2006, o
saldo da rubrica RESPONSABILIDADE POTENCIAL PARA COM O SISTEMA DE
INDEMNIZAÇÃO AOS INVESTIDORES corresponde à obrigação irrevogável
que o BPI Investimentos assumiu, por força da lei aplicável, de
entregar àquele sistema, em caso de accionamento deste, os
montantes necessários para pagamento da sua quota-parte nas
indemnizações que forem devidas aos investidores.
3.27. Margem financeira estrita
Esta rubrica tem a seguinte composição:
3.28. Rendimentos de instrumentos de capital
Esta rubrica tem a seguinte composição:
3.29. Comissões líquidas
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31 Dez. 0631 Dez. 07
Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales (nota 3.7) 35 913 36 685
35 913 36 685
Activos dados em garantia 2 119 8 954
Compromissos perante terceirosCompromissos irrevogáveis
Linhas de crédito irrevogáveis 43 418 13 804
Responsabilidades a prazo de contribuiçõesanuais para o Fundo de Garantia de Depósitos 1 026 1 009
Responsabilidade potencial para com o Sistema de Indemnização aos Investidores 1 620 1 610
46 064 16 423
Responsabilidades por prestação de serviçosPor depósito e guarda de valores 15 201 535 16 497 904
Por valores administrados pela instituição 1 422 850 1 298 823
16 624 385 17 796 727
31 Dez. 0631 Dez. 07
Juros e rendimentos similaresJuros de disponibilidades 3 037 2 065
Juros de aplicações em instituições de crédito 60 523 42 225
Juros de crédito a Clientes 8 269 5 605
Juros de crédito vencido 36 58
Juros de títulos detidos para negociação e disponíveis para venda 229 286
Juros de derivados 34 105 31 888
Juros de devedores e outras aplicações 123 42
Outros juros e rendimentos similares 110 9
106 432 82 178
Juros e encargos similaresJuros de recursos
De outras instituições de crédito 10 060 13 571
Depósitos de Clientes 59 735 38 644
Débitos representados por títulos 10 12
Juros de derivados 30 379 23 963
Juros de passivos subordinados 1 805 1 385
Outros juros e encargos similares 1 326 1 796
103 315 79 371
3 117 2 807
31 Dez. 0631 Dez. 07
SIBS 76 64
Euronext 25
Unicre 30 30
Fundo Caravela 178
Outros 26 35
310 154
31 Dez. 0631 Dez. 07
Comissões recebidasPor garantias prestadas 62 52
Por serviços bancários prestados 26 225 24 486
Por operações realizadas por conta de terceiros 27 030 13 332
53 317 37 870
Comissões pagasPor operações sobre instrumentos financeiros (306) (347)
Por serviços bancários prestados por terceiros (2 127) (2 276)
Por operações realizadas por terceiros (2 580) (1 587)
(5 013) (4 210)
Outros proveitos líquidosReembolso de despesas 32 33
32 33
48 336 33 693
3.30. Resultados em operações financeiras
Esta rubrica tem a seguinte composição:
3.31. Ganhos e perdas operacionais
Esta rubrica tem a seguinte composição:
3.32. Custos com pessoal
Esta rubrica tem a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a rubrica REMUNERAÇÕES
inclui os seguintes custos relativos a remunerações atribuídas
aos membros do Conselho de Administração do BPI
Investimentos:
� 1 557 m. euros e 2 050 m. euros, respectivamente, relativas a
Remunerações pagas em numerário;
� 356 m. euros e 212 m. euros, respectivamente, relativas à
periodificação de custos com remunerações pagas em acções e
opções (RVA) nos termos do IFRS 2. No ano 2006, na
sequência da oferta pública de aquisição, as remunerações
variáveis de 2006 foram atribuídas integralmente em
numerário, não havendo atribuição de acções e opções (RVA).
3.33. Gastos gerais administrativos
Esta rubrica tem a seguinte composição:
Demonstrações financeiras | Notas 73
31 Dez. 0631 Dez. 07
Ganhos e perdas em operações ao justo valor
Ganhos e perdas em diferenças cambiais 536 185
Ganhos e perdas em activos financeiros detidos para negociação e derivados
Instrumentos de dívida 2 339 1 002
Instrumentos de capital 23 730 45 718
Outros títulos (1) (1)
Instrumentos derivados (18 425) (34 775)
Derivados de cobertura (338) (2 114)
Ganhos e perdas em passivos financeiros de negociação 15 52
Ganhos e perdas na reavaliação de activos e passivos cobertos por derivados 288 2 131
8 144 12 198
Ganhos e perdas em activos disponíveis para venda
Ganhos e perdas em activos financeiros disponíveis para venda
Instrumentos de dívida (27) (4)
Instrumentos de capital 3 379
(27) 3 375
Juros, ganhos e perdas em custos com pensões (nota 3.21)
Custo dos juros (1 026) (855)
Rendimento esperado do fundo 1 004 787
(22) (68)
8 095 15 505
31 Dez. 0631 Dez. 07
Rendimentos e receitas operacionaisGanhos em outros activos tangíveis 79 26
Outras receitas operacionais 209 775
288 801
Encargos e gastos operacionaisQuotizações e donativos (2) (5)
Contribuições para o Fundo de Garantia de Depósitos (94) (63)
Outros gastos operacionais (69) (26)
(165) (94)
Outros impostosImpostos indirectos (392) (391)
Impostos directos (3)
(395) (391)
(272) 316
31 Dez. 0631 Dez. 07
Remunerações 14 387 13 969
Prémios de antiguidade (nota 2.6) 103 (5)
Fundos de pensões (nota 3.21) 1 279 1 202
Outros encargos sociais obrigatórios 1 141 1 095
Outros custos com pessoal 214 255
17 124 16 516
31 Dez. 0631 Dez. 07
Gastos gerais administrativos
Com fornecimentos
Água, energia e combustíveis 286 229
Material de consumo corrente 100 133
Outros fornecimentos de terceiros 142 113
Com serviços
Rendas e alugueres 1 574 1 432
Comunicações e informática 683 726
Deslocações, estadas e representações 1 191 831
Publicidade e edição de publicações 175 234
Conservação e reparação 262 271
Seguros 95 90
Avenças e honorários 326 430
Serviços judiciais, contencioso e notariado 1 9
Segurança, vigilância e limpeza 170 321
Serviços de informações 1 143 959
Estudos, consultas e auditoria 197 213
Cedência de mão de obra especializada 105 134
Aluguer operacional de viaturas 422 334
Outros serviços de terceiros 421 423
7 293 6 882
74 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
3.34. Impostos sobre os lucros
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o custo com impostos
sobre lucros reconhecidos em resultados, bem como a carga
fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos e o
lucro do exercício antes daquela dotação, podem ser resumidos
como se segue:
A reconciliação entre a taxa nominal de imposto e a carga fiscal
verificada nos exercícios de 2007 e 2006, bem como a
reconciliação entre o custo de imposto e o produto do lucro
contabilístico pela taxa nominal de imposto, pode ser analisada
como se segue:
Os impostos correntes e diferidos são calculados com base na
taxa nominal de imposto legalmente em vigor.
Os impostos diferidos activos e passivos correspondem ao valor
do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros resultante
de diferenças temporárias entre o valor de um activo ou passivo
no balanço e a sua base de tributação. Os prejuízos fiscais
reportáveis e os créditos fiscais dão também origem ao registo
de impostos diferidos activos.
31 Dez. 0631 Dez. 07
Impostos correntes sobre os lucrosDo período 8 847 7 820
Correcção de exercícios anteriores (40) 17
8 807 7 837
Impostos diferidosRegisto e reversão de diferenças temporárias 65 (129)
Alteração da taxa de imposto (5)
65 (134)
Total do imposto registado em resultados 8 872 7 703
Resultado antes de impostos 33 123 27 388
Carga fiscal 26,8% 28,1%
31 Dez. 07
ValorTaxa de imposto ValorTaxa de imposto
31 Dez. 06
Lucro antes de impostos 33 123 27 388
Imposto apurado com base na taxa nominal de imposto 26.5% 8 778 27.5% 7 532
Lucro tributável de sociedades transparentes imputado ao Banco 0.9% 290
Mais-valias e imparidades em participações (líquidas) 0.0% 2 (0.1%) (18)
Dividendos não tributáveis (1.8%) (593) (0.2%) (64)
Imparidades e provisões para crédito 0.5% 167 0.4% 105
Benefícios fiscais (0.1%) (35) (0.2%) (55)
Custos com pensões não aceites 0.3% 104 0.6% 151
Outros proveitos e custos não tributáveis 0.3% 98 0.0% 5
Efeito da alteração de taxa nos impostos diferidos 0.0% (5)
Tributação autónoma 0.2% 61 0.2% 52
26.8% 8 872 28.1% 7 703
Demonstrações financeiras | Notas 75
Em 31 de Dezembro de 2007 e de 2006, o valor dos impostos
diferidos activos e passivos é o seguinte:
Os impostos diferidos activos são reconhecidos até ao montante
em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros
que acomodem as diferenças temporárias dedutíveis.
O movimento ocorrido nos impostos diferidos registados durante
o exercício de 2007 foi o seguinte:
31 Dez. 0631 Dez. 07
Imposto diferidosActivos (nota 3.11) 501 420
Passivos (nota 3.18) (407) (514)
94 (94)
Registados por contrapartida de:Resultados transitados 159 (259)
Reserva de reavaliação (nota 3.24)Instrumentos financeiros disponíveis para venda 50 31
Resultado líquido (65) 134
94 (94)
Saldo em31 Dez. 06
Saldo em31 Dez. 07
DiminuiçõesAumentos
Por reservas e resultados transitados
ProveitosCustos
Por resultados
Impostos diferidos activos
Responsabilidades com pensões 66 (210) 16 207 79
Reformas antecipadas 21 (18) 27 30
Provisões e imparidades tributadas 48 57 105
Prémio de antiguidade 178 13 191
Instrumentos financeiros disponíveis para venda 109 (11) 98
Outros (2) (2)
420 (228) 86 234 (11) 501
Impostos diferidos passivos
Reavaliações de imobilizado corpóreo (16) (16)
Derivados (1) (1) 2
Instrumentos financeiros disponíveis para venda (90) 30 (60)
Variações patrimoniais na transição para as NCAs (406) 76 (330)
Outros (1) (1)
(514) (1) 78 30 (407)
(94) (229) 164 264 (11) 94
76 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
O movimento ocorrido nos impostos diferidos registados durante o exercício de 2006 foi o seguinte:
Saldo em31 Dez. 05
Saldo em31 Dez. 06
DiminuiçõesAumentos
Por reservas e resultados transitados
ProveitosCustos
Por resultados
Impostos diferidos activosResponsabilidades com pensões 41 (214) 25 214 66
Reformas antecipadas 11 (18) 28 21
Provisões e imparidades tributadas 48 48
Prémio de Antiguidade 208 (30) 178
Instrumentos financeiros disponíveis para venda 89 20 109
Outros (1) (1) (2)
348 (233) 43 262 420
Impostos diferidos passivosReavaliações de imobilizado corpóreo (17) 1 (16)
Derivados (693) 692 (1)
RVA's (49) 49
Instrumentos financeiros disponíveis para venda (537) (11) 458 (90)
Variações patrimoniais na transição para as NCAs (406) (406)
Outros (1) (1)
(1 296) (417) 741 458 (514)
(948) (650) 784 720 (94)
3.35. Efectivos
Nos exercícios de 2007 e 2006, o número de efectivos, em média e no final do período, eram os seguintes:
31 Dez. 07
Final do períodoMédia do período Final do períodoMédia do período
31 Dez. 06
Administradores 3 6 2 2
Quadros superiores 49 50 47 46
Outros quadros 86 91 80 84
Outros Colaboradores 9 10 8 8
147 157 137 140
3.36. Riscos financeiros
Justo valor
Em 31 de Dezembro de 2007, o justo valor dos instrumentos financeiros pode ser resumido conforme quadro seguinte:
1) Títulos não cotados para os quais não é possível determinar de forma fiável o justo valor.2) Para além dos instrumentos financeiros cotados em Bolsas de Valores, esta categoria inclui os títulos valorizados com base em preços de mercados activos divulgados através de
plataformas de negociação.3) Valorização baseada em taxas de mercado (curvas de swap).4) O justo valor corresponde ao valor contabilístico.5) Os títulos em carteira apresentados na categoria “Técnicas de valorização – modelos” correspondem a títulos valorizados através de Bids indicativos e de modelos desenvolvidos
internamente.
Activos e passivos valorizados ao justo valor Activosvalorizados ao
custo histórico1
Valorcontabilístico
total
Tipo de instrumento financeiro
Metodologia de apuramento do justo valor
Cotações emmercado
activo2
Técnicas de valorização
Dados demercado3
Modelos
Totaljusto valor
Diferença Valorcontabilístico
Valorcontabilístico
(líquido)
Activos
Caixa e disponibilidades em bancos centrais4 191 191 191 191
Disponibilidades em outras instituições de crédito4 47 019 47 019 47 019 47 019
Activos financeiros detidos para negociaçãoe ao justo valor através de resultados5 146 262 130 862 14 329 1 071 146 262 146 262
Activos financeiros disponíveis para venda5 19 863 14 095 5 768 19 863 956 20 819
Aplicações em instituições de crédito 2 036 645 2 036 811 2 036 811 166 2 036 645
Crédito a Clientes 183 081 184 032 184 032 951 183 081
Provisões para riscos gerais de crédito (2 452) (2 452) (2 452) (2 452)
Derivados de cobertura 952 951 1 952 952
2 384 351 144 957 2 225 231 2 385 468 1 117 956 2 385 307
Passivos
Passivos financeiros detidos para negociação 12 727 11 654 1 073 12 727 12 727
Recursos de outras instituições de crédito 112 479 112 460 112 460 19 112 479
Recursos de Clientes e outros empréstimos 2 200 695 2 198 395 2 198 395 2 300 2 200 695
Responsabilidades representadas por títulos 302 293 293 9 302
Derivados de cobertura 20 19 1 20 20
Passivos subordinados 35 384 34 737 34 737 647 35 384
2 361 607 2 346 959 2 358 632 2 975 2 361 607
22 744 26 836 4 092 956 23 700
Diferenças de valorização de activos financeiros reconhecidas emreservas de reavaliação (189)
Total 3 903
Demonstrações financeiras | Notas 77
Em 31 de Dezembro de 2006, o justo valor dos instrumentos financeiros pode ser resumido conforme quadro seguinte:
78 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Sempre que possível, o BPI Investimentos estimou o justo valor
utilizando cotações em mercado activo (um mercado é
considerado activo, e portanto líquido, quando é acedido por
contrapartes igualmente conhecedoras e onde se efectuam
transacções de forma regular) ou técnicas de valorização
baseadas em dados de mercado para instrumentos com
características idênticas ou similares aos instrumentos
financeiros detidos pelo Banco. No entanto, em determinadas
circunstâncias, incluindo nomeadamente crédito a Clientes,
recursos de Clientes e responsabilidades representadas por
títulos, não existe actualmente um mercado activo em Portugal
com transacções entre contrapartes igualmente conhecedoras e
interessadas em efectuar essas transacções. Desta forma, o
Banco desenvolveu valorizações internas para estimar qual
poderia ser o justo valor desses instrumentos financeiros.
As técnicas de valorização utilizadas envolvem a assumpção de
um conjunto de pressupostos que não são necessariamente os
mesmos para as diferentes instituições.
O justo valor apresentado para uma parte dos instrumentos
financeiros não corresponderá ao seu valor de realização num
cenário de venda ou de liquidação.
Nas rubricas em que não é contabilisticamente registado o justo
valor, este foi apurado tendo por base as condições de mercado
que seriam aplicáveis a operações similares na data de
referência das demonstrações financeiras, nomeadamente:
� nas operações interbancárias foram utilizadas taxas de juro de
mercado e de swaps;
1) Títulos não cotados para os quais não é possível determinar de forma fiável o justo valor.2) Para além dos instrumentos financeiros cotados em Bolsas de Valores, esta categoria inclui os títulos valorizados com base em preços de mercados activos divulgados através de
plataformas de negociação.3) Valorização baseada em taxas de mercado (curvas de swap).4) O justo valor corresponde ao valor contabilístico.5) Os títulos em carteira apresentados na categoria “Técnicas de valorização – modelos” correspondem a títulos valorizados através de Bids indicativos e de modelos desenvolvidos
internamente.6) Em 31 de Dezembro de 2006, estava a ser desenvolvido o modelo de valorização do crédito pelo que foi considerado o valor contabilístico como aproximação do justo valor.
Activos e passivos valorizados ao justo valor Activosvalorizados ao
custo histórico1
Valorcontabilístico
total
Tipo de instrumento financeiro
Metodologia de apuramento do justo valor
Cotações emmercado
activo2
Técnicas de valorização
Dados demercado3
Modelos
Totaljusto valor
Diferença Valorcontabilístico
Valorcontabilístico
(líquido)
Activos
Caixa e disponibilidades em bancos centrais4 22 817 22 817 22 817 22 817
Disponibilidades em outras instituições de crédito4 43 910 43 910 43 910 43 910
Activos financeiros detidos para negociaçãoe ao justo valor através de resultados5 201 999 189 704 12 156 139 201 999 201 999
Activos financeiros disponíveis para venda5 14 142 2 523 11 619 14 142 956 15 098
Aplicações em instituições de crédito 1 331 853 1 331 429 1 331 429 (424) 1 331 853
Crédito a Clientes6 151 735 151 735 151 735 151 735
Provisões para riscos gerais de crédito (1 821) (1 821) (1 821) (1 821)
Derivados de cobertura 18 135 18 125 10 18 135 18 135
1 716 043 192 227 1 493 111 1 715 619 (424) 956 1 716 999
Passivos
Passivos financeiros detidos para negociação 10 070 9 931 139 10 070 10 070
Recursos de outras instituições de crédito 416 415 415 129 415 129 1 286 416 415
Recursos de Clientes e outros empréstimos 1 248 403 1 246 284 1 246 284 2 119 1 248 403
Responsabilidades representadas por títulos 352 343 343 9 352
Derivados de cobertura 177 167 10 177 177
Passivos subordinados 35 308 37 486 37 486 (2 178) 35 308
1 710 725 10 099 1 699 391 1 709 489 1 236 1 710 725
5 318 6 130 812 956 6 274
Diferenças de valorização de activos financeiros reconhecidas em reservas de reavaliação (115)
Total 697
Demonstrações financeiras | Notas 79
� nas operações com Clientes foram utilizadas as taxas de juro
na data de referência das demonstrações financeiras para os
mesmos prazos das operações, utilizando-se o valor
contabilístico quando este é a melhor aproximação ao justo
valor.
Durante o exercício de 2007, as valias potenciais em
instrumentos financeiros reconhecidas com base em técnicas de
valorização podem ser resumidas como segue:
Durante o exercício de 2006, as valias potenciais em
instrumentos financeiros reconhecidas com base em técnicas de
valorização podem ser resumidas como segue:
Nos instrumentos financeiros registados ao custo amortizado
apenas são reconhecidas as variações no justo valor atribuíveis
ao risco coberto no âmbito da aplicação de contabilidade de
cobertura, nomeadamente ao nível de recursos de outras
instituições de crédito.
Desreconhecimento de instrumentos financeiros
Durante os exercícios de 2007 e 2006, não foram
desreconhecidos instrumentos financeiros para os quais não
fosse possível determinar de forma fiável o justo valor, pelo que
o impacto em resultados é nulo.
Riscos resultantes de instrumentos financeiros
A avaliação e controlo do Risco é feita no BPI Investimentos de
acordo com as melhores práticas e em cumprimento das normas
e regulamentos prudenciais, seguindo os preceitos, definições e
valorimetria estipulados, de acordo com as recomendações do
Comité de Basileia de Supervisão Bancária nos seus três pilares.
Tipo de instrumento financeiro Capitais próprios1
Resultados em operações financeiras
ActivosActivos financeiros detidos para negociaçãoe ao justo valor através de resultados2 95
Activos financeiros disponíveis para venda 204
Derivados de cobertura (338)
(243) 204
PassivosRecursos de outras instituições de crédito 288
288
45 204
1) Variação face a 31 de Dezembro de 2006.2) Inclui o valor líquido de activos e passivos relativo a derivados.
Tipo de instrumento financeiro Capitais próprios1
Resultados em operações financeiras
Activos
Activos financeiros detidos para negociaçãoe ao justo valor através de resultados2 (50)
Activos financeiros disponíveis para venda (62)
Derivados de cobertura (2 114)
(2 164) (62)
Passivos
Recursos de outras instituições de crédito 2 130
2 130
(33) (62)
1) Variação face a 31 de Dezembro de 2005.2) Inclui o valor líquido de activos e passivos relativo a derivados. Não está disponível
informação relativa às valias potenciais em títulos.
Risco de crédito
Exposição máxima ao risco de crédito
Em 31 de Dezembro de 2007, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento financeiro pode ser resumida como segue:
80 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Em 31 de Dezembro de 2006, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento financeiro pode ser resumida como segue:
Tipo de instrumento financeiroValor
contabilísticobruto
Imparidade Valorcontabilístico
líquido
PatrimoniaisDisponibilidades em outras instituições de crédito 47 019 47 019
Activos financeiros detidos para negociaçãoe ao justo valor através de resultados 130 863 130 863
Activos financeiros disponíveis para venda 21 040 (221) 20 819
Aplicações em instituições de crédito 2 036 654 (9) 2 036 645
Crédito a Clientes 184 785 (3 599) 181 186
Derivados
Derivados de cobertura 952 952
Derivados de negociação 15 399 15 399
2 436 712 (3 829) 2 432 883
ExtrapatrimoniaisGarantias prestadas 35 913 (557) 35 356
Linhas de crédito irrevogáveis 43 418 43 418
79 331 (557) 78 773
2 516 043 (4 386) 2 511 656
Tipo de instrumento financeiroValor
contabilísticobruto
Imparidade Valorcontabilístico
líquido
PatrimoniaisDisponibilidades em outras instituições de crédito 43 910 43 910
Activos financeiros detidos para negociaçãoe ao justo valor através de resultados 189 704 189 704
Activos financeiros disponíveis para venda 15 290 (192) 15 098
Aplicações em instituições de crédito 1 331 866 (13) 1 331 853
Crédito a Clientes 153 283 (3 086) 150 197
Derivados
Derivados de cobertura 18 135 18 135
Derivados de negociação 12 295 12 295
1 764 484 (3 291) 1 761 193
ExtrapatrimoniaisGarantias prestadas 36 685 (282) 36 403
Linhas de crédito irrevogáveis 13 804 13 804
50 489 (282) 50 207
1 814 973 (3 573) 1 811 400
Demonstrações financeiras | Notas 81
Decomposição do crédito vencido
Em 31 de Dezembro de 2007, o crédito e juros vencidos apresenta a seguinte decomposição por classes de incumprimento:
Em 31 de Dezembro de 2006, o crédito e juros vencidos apresenta a seguinte decomposição por classes de incumprimento:
Colaterais
No âmbito da actividade de concessão de crédito, o Banco
recebe, entre outras, as seguintes garantias reais (colaterais):
� hipotecas sobre habitação própria;
� hipotecas sobre imóveis e terrenos;
� depósito de valores;
� penhor de valores mobiliários;
� garantias prestadas por outras instituições de crédito.
O justo valor dos colaterais recebidos é apurado com base no
valor de mercado tendo em conta as suas especificidades. Por
exemplo, os imóveis recebidos em garantia são avaliados através
de avaliadores externos ou por unidades do Grupo BPI com
métodos julgados adequados.
Em 31 de Dezembro de 2007, o grau de cobertura do crédito
vencido por garantias reais apresenta a seguinte decomposição:
Classe de incumprimento
até 1 mês de 1 mês até 3 meses
de 3 mesesa 1 ano
de 1 ano a5 anos
mais de 5anos
Total
Crédito vencido
Valor bruto 54 129 3 1 601 122 1 908
Provisões1 (6) (1) (1 576) (122) (1 704)
54 123 2 25 204
Classe de incumprimento
até 1 mês de 1 mês até 3 meses
de 3 mesesa 1 ano
de 1 ano a5 anos
mais de 5anos
Total
Crédito vencido
Valor bruto 49 8 559 1 332 78 2 026
Provisões1 (131) (1 330) (78) (1 539)
49 8 428 2 487
1) Não inclui provisões para crédito de cobrança duvidosa (1 m. euros).
1) Não inclui provisões para crédito de cobrança duvidosa (9 m. euros).
Grau de cobertura
Crédito com incumprimento
Vincendo associado acrédito vencido
Vencido Total
Colaterais1
Hipotecas Outras GarantiasReais2
Provisões
Créditovencido
Crédito de co-brança duvidosa
Total
>=100% 1 122 123 23 100 96 1 97
Sem garantia 1 786 1 786 1 608 1 608
Total 1 1 908 1 909 23 100 1 704 1 1 705
1) O valor apresentado de Colaterais corresponde ao mínimo entre o justo valor dos colaterais recebidos e o valor em dívida em 31 de Dezembro de 2007.2) Outras garantias reais incluem penhor de depósitos e de valores mobiliários.
Grau de cobertura
Crédito com incumprimento
Vincendo associado acrédito vencido
Vencido Total
Colaterais1
Hipotecas Outras GarantiasReais2
Provisões
Créditovencido
Crédito de co-brança duvidosa
Total
>=100% 5 614 619 404 215 185 5 190
Sem garantia 5 1 412 1 417 1 354 4 1 358
Total 10 2 026 2 036 404 215 1 539 9 1 548
1) O valor apresentado de Colaterais corresponde ao mínimo entre o justo valor dos colaterais recebidos e o valor em dívida em 31 de Dezembro de 2006.2) Outras garantias reais incluem penhor de depósitos e de valores mobiliários.
Em 31 de Dezembro de 2006, o grau de cobertura do crédito vencido por garantias reais apresenta a seguinte decomposição:
Qualidade do risco de crédito (rating)
Nesta secção é apresentada informação relativamente à
qualidade do risco de crédito dos principais activos financeiros
do BPI Investimentos, excluindo instrumentos financeiros
derivados que são analisados detalhadamente na nota 4.4.
Relativamente aos activos financeiros para os quais se encontra
disponível o rating atribuído pelas agências internacionais de
rating (Moody’s, Standard & Poor’s e Fitch) foram seguidas as
normas constantes na regulamentação prudencial emitida pelo
Banco de Portugal, escolhendo-se o segundo melhor no caso de
haver ratings externos diferenciados para o mesmo instrumento.
No caso de não haver ratings externos específicos para o
instrumento em causa são utilizados os ratings externos
atribuídos ao emissor para instrumentos com o mesmo grau de
subordinação. O rating externo é um elemento importante a ter
em conta na gestão de posições, sobretudo nas carteiras de
títulos, sendo igualmente utilizado para efeitos de cálculo dos
ponderadores a utilizar no apuramento do capital prudencial pelo
método standard, de acordo com os normativos emitidos pelo
Banco de Portugal.
De referir que a rubrica CRÉDITO A CLIENTES inclui um conjunto
alargado de operações de crédito a particulares e a empresas
para os quais o BPI Investimentos dispõe de garantias reais,
nomeadamente penhores de depósitos a prazo, valores
mobiliários e hipotecas de imóveis. O Banco não dispõe
actualmente de informação relativamente ao rating interno das
operações de crédito.
Em 31 de Dezembro de 2007 a decomposição das
disponibilidades e aplicações em instituições de crédito por
ratings era a que segue:
Em 31 de Dezembro de 2007 a decomposição dos títulos em carteira por ratings era a que segue:
Em 31 de Dezembro de 2006 a decomposição das disponibilidades e aplicações em instituições de crédito por ratings era a que segue:
82 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Tipo de instrumento financeiro Origem Rating Grade Class Exposição bruta
Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito Rtg Externo AAA a AA- 2 075 239
A+ a A- 6
BBB+ a BBB- 78
B+ a B- 19
N/D N/D 430
2 075 772
Provisões 9
Exposição líquida 2 075 763
Nota: Não inclui cheques a cobrar.
Tipo de instrumento financeiro Origem Rating Grade Class Exposição bruta
Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito Rtg Externo AAA a AA- 48 649
A+ a A- 1 325 687
BBB+ a BBB- 79
B+ a B- 21
Exposição bruta 1 374 436
Provisões 13
Exposição líquida 1 374 423
Nota: A exposição bruta corresponde ao valor nominal ajustado pelas correcções de valor. Não inclui cheques a cobrar.
Tipo de instrumento financeiro Origem Rating Grade Class Exposição bruta
Títulos Rtg Externo AAA a AA- 18 040
A+ a A- 26 220
BBB+ a BBB- 56 734
N/D N/D 50 908
Exposição bruta 151 903
Imparidade 221
Exposição líquida 151 682
Crédito reestruturado
No contínuo desenvolvimento dos sistemas de informação do
Banco estão a ser desenvolvidos esforços com vista à
identificação das operações de crédito reestruturado, não sendo
ainda possível à data actual a identificação destas operações.
Risco de liquidez
De seguida apresentam-se os mapas preparados com base nos
requisitos definidos no IFRS 7 relativamente a Risco de
Liquidez, considerando a totalidade dos cash-flows contratuais
não descontados que se prevêem vir a ser pagos ou recebidos
nos períodos indicados relativos a operações em vida na data de
referência.
Os principais pressupostos utilizados na construção dos quadros
abaixo apresentados são os seguintes:
� no caso de juros dependentes de indexantes de mercado ou
outros referenciais apenas determináveis em data futura (por
exemplo os juros baseados na Euribor) foram feitas hipóteses
quanto ao valor futuro desses referenciais, baseadas no último
valor conhecido;
� não são considerados incumprimentos ou reembolsos
antecipados (salvo no caso de instrumentos de dívida
perpétuos);
� as acções e o crédito vencido são incluídos (pelo seu valor de
balanço) na coluna “indeterminado”;
� os depósitos à ordem (incluindo juros) e as notas e moedas em
“caixa” são considerados na coluna “à vista”;
� as operações da carteira de negociação e de todos os
derivados, são consideradas nestes mapas pelos cash flows
previsionais ou estimados, nas datas contratuais, e não pelo
valor de mercado que seria obtido por uma sua eventual
alienação a curto prazo.
Demonstrações financeiras | Notas 83
Em 31 de Dezembro de 2006 a decomposição dos títulos em carteira por ratings era a que segue:
Tipo de instrumento financeiro Origem Rating Grade Class Exposição bruta
Títulos Rtg Externo AAA a AA- 14 894
A+ a A- 4 995
BBB+ a BBB- 46 656
N/D N/D 138 449
204 994
Imparidade 192
Exposição líquida 204 802
84 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Em 31 de Dezembro de 2007, os cash-flows contratuais não descontados dos activos e passivos financeiros apresentam a seguinte
estrutura:
à vista até 3 meses
de 3 mesesa 1 ano
de 1 ano a 5 anos
mais de 5 anos
Indeterminado Total
Prazos contratuais residuais
Activos
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 191 191
Disponibilidades em outras instituições de crédito 47 019 47 019
Activos financeiros detidos para negociaçãoe ao justo valor através de resultados 244 786 362 930 249 500 300 828 129 600 1 287 644
Activos financeiros disponíveis para venda 43 801 266 412 19 598 329 811
Aplicações em instituições de crédito 1 347 776 696 263 6 636 36 963 430 2 088 067
Crédito a Clientes 48 287 18 239 88 223 32 094 1 908 188 751
Derivados de cobertura 3 834 3 834
47 210 1 640 849 1 125 067 610 771 369 885 151 536 3 945 317
Passivos
Passivos financeiros detidos para negociação 247 201 325 468 249 494 300 824 1 122 987
Recursos de outras instituições de crédito 105 724 7 942 113 666
Recursos de Clientes e outros empréstimos 939 719 1 056 726 218 616 240 30 2 215 331
Responsabilidades representadas por títulos 15 44 218 25 302
Derivados de cobertura 1 872 1 872
Passivos subordinados 504 1 513 8 067 40 378 50 462
939 719 1 410 170 555 455 258 019 341 257 3 504 620
Gap de liquidez (892 509) 230 679 569 612 352 752 28 628 151 536 440 697
Em 31 de Dezembro de 2006, os cash-flows contratuais não descontados dos activos e passivos financeiros apresentam a seguinte
estrutura:
à vista até 3 meses
de 3 mesesa 1 ano
de 1 ano a 5 anos
mais de 5 anos
Indeterminado Total
Prazos contratuais residuais
Activos
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 22 817 22 817
Disponibilidades em outras instituições de crédito 43 907 3 43 910
Activos financeiros detidos para negociaçãoe ao justo valor através de resultados 32 803 151 810 449 922 5 144 162 505 802 184
Activos financeiros disponíveis para venda 153 6 278 1 501 9 382 17 314
Aplicações em instituições de crédito 367 999 560 153 437 637 39 553 1 405 342
Crédito a Clientes 38 391 13 927 91 874 33 204 2 026 179 422
Derivados de cobertura 6 739 32 690 106 422 145 851
66 724 446 088 764 858 1 087 356 77 901 173 913 2 616 840
Passivos
Passivos financeiros detidos para negociação 21 681 100 955 418 902 541 538
Recursos de outras instituições de crédito 359 667 57 142 2 809 419 618
Recursos de Clientes e outros empréstimos 603 286 501 961 160 092 78 641 66 1 344 046
Responsabilidades representadas por títulos 15 44 219 74 352
Derivados de cobertura 5 482 25 529 105 928 136 939
Passivos subordinados 525 1 575 8 400 44 326 54 826
603 286 889 331 345 337 614 899 44 466 2 497 319
Gap de liquidez (536 562) (443 243) 419 521 472 457 33 435 173 913 119 521
Demonstrações financeiras | Notas 85
Os valores dos quadros de liquidez estática aqui apresentados
traduzem a situação típica de uma instituição bancária. Em
termos dinâmicos, os depósitos, que surgem aqui como passivos
à vista ou a curto prazo, são uma fonte de fundos estável que
permite financiar a concessão de créditos a empresas e a
particulares em prazos longos, complementada pelo recurso aos
mercados monetários e de capitais a que o Banco tem acesso.
Considerando os aspectos acima referidos, conclui-se que o risco
de liquidez é negligenciável.
Risco de Mercado
O risco de mercado (taxa de juro, taxa de câmbio, preço das
acções, preço de mercadorias e spread) define-se como a
possibilidade de incorrer em perdas, devido a variações
inesperadas do preço de instrumentos ou de operações (“preço”
inclui o valor de um índice, da taxa de juro ou da taxa de
câmbio). O risco de spread é o risco proveniente da variabilidade
das taxas de juro de algumas contrapartes relativamente à taxa
de juro tomada como referência.
A gestão do risco de mercado no Grupo BPI é da
responsabilidade da Comissão Executiva para Riscos de Mercado
(CERM) e é diferenciada no que concerne à carteira de
negociação (trading) relativamente à restante actividade. No
caso específico do risco cambial, a avaliação é feita para a
actividade como um todo (trading e não-trading).
Carteira de negociação (trading)
As posições de trading são geridas autonomamente pelos
traders, dentro dos limites estabelecidos pelo Manual da Sala de
Mercados, único para todo o Grupo BPI, aprovado pela Comissão
Executiva do Conselho de Administração. A carteira de
negociação é definida para efeitos de gestão financeira e de
risco de forma independente da classificação contabilística
(embora os conceitos coincidam em boa parte) e inclui todo o
tipo de instrumentos financeiros negociados pelas Salas de
Mercados (derivados, reportes, acções e obrigações) que
produzem vários tipos de risco de mercado, nomeadamente os
riscos de taxa de juro, acções, cambial, mercadorias e spread.
A avaliação e controlo dos riscos de mercado em operações de
trading é executada diariamente mediante o uso de uma rotina
de cálculo do VaR – Value at Risk – que utiliza um modelo
standartizado (do tipo “variância co-variância”), com base na
actividade do BPI Investimentos.
O VaR calculado equivale à perda máxima potencial, com um
nível de confiança de 99%, resultante de uma evolução
desfavorável dos factores de risco num horizonte temporal de
duas semanas (factores de risco são as taxas de crescimento dos
preços, índices e taxas de juro que informam o valor da carteira,
ou que são tomados como representativos desses mesmos
preços, índices e taxas). O modelo utiliza como volatilidade dos
factores de risco os desvios padrão de amostras históricas dos
seus valores com uma dimensão anual e ponderação uniforme.
É assumida uma distribuição normal dos factores de risco, com
média zero e desvio padrão que leve ao nível de confiança acima
referido.
Em 2007 e 2006, o VaR nos livros de trading do BPI
Investimentos foi seguinte:
No cumprimento das suas obrigações legais o BPI Investimentos
produz igualmente informação prudencial para efeitos de
controlo pelo supervisor e cálculo do capital regulamentar
relativo a riscos de mercado de acordo com metodologia
standard constante das normas publicadas pelo Banco de
Portugal.
Carteira bancária (não-trading)
O Comité Financeiro, presidido pelo elemento da Comissão
Executiva com o pelouro Financeiro, acompanha e faz a gestão
corrente das posições que fazem parte da carteira bancária, a
partir de relatórios produzidos para o efeito e dentro das
orientações da CERM. Quando necessário é pedida uma reunião
extraordinária da CERM para tomada de decisões mais
importantes.
Média2006
31 Dez.2006
Média2007
31 Dez.2007
VaR 198 1 461 1 799 1 053
Risco de taxa de juro 41 9 9 6
Risco de acções 195 1 461 1 798 1 053
VaR (máximo) 2 974 2 841
86 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Risco de Taxa de Juro
De seguida apresentamos a análise de sensibilidade da margem
financeira e da situação líquida do BPI Investimentos a uma
descida de 2% das taxas de juro de referência, considerando
a totalidade dos instrumentos da carteira bancária sensíveis à
taxa de juro:
O factor de ponderação reflecte o prazo residual, expresso em
meses em relação ao horizonte temporal de um ano, de
investimento e financiamento de todos os elementos da carteira
bancária. Este indicador traduz uma estimativa da duração
modificada dos elementos da carteira bancária com maturidade
igual ao prazo médio de cada banda temporal, assumindo que
todos os activos, passivos e extrapatrimoniais são remunerados à
taxa de 5% e que a taxa de desconto para todo o espectro de
maturidades é igualmente de 5%.
Risco Acções
De acordo com os requisitos prudenciais, o BPI Investimentos
apura o impacto da descida de 10% da cotação das acções e das
unidades de participação classificadas em activos financeiros
disponíveis para venda activos financeiros de negociação. Em 31
de Dezembro de 2007, a descida de 10% da cotação dos títulos
acima referidos traduzir-se-ia numa redução do respectivo justo
valor em 3 915 m. euros, implicando o reconhecimento de um
custo no montante de 1 901 m. euros, sendo a restante
desvalorização reflectida em reservas.
Banda temporal
Margem financeira
31 Dez. 06
Posição Factor deponderação
Posiçãoponderada
31 Dez. 07
Posição Factor deponderação
Posiçãoponderada
à vista 214 299 2.00% (4 286) (116 967) 2.00% 2 339
à vista-1 mês (779 884) 1.92% 14 974 (919 769) 1.92% 17 660
1-2 meses (13 368) 1.75% 234 167 058 1.75% (2 924)
2-3 meses 443 600 1.58% (7 009) 825 685 1.58% (13 046)
3-4 meses 54 855 1.42% (779) (12 388) 1.42% 176
4-5 meses (47 909) 1.25% 599 (44 617) 1.25% 558
5-6 meses (378) 1.08% 4 (17 580) 1.08% 190
6-7 meses (1 855) 0.92% 17 13 645 0.92% (126)
7-8 meses 6 888 0.75% (52) (5 036) 0.75% 38
8-9 meses 22 382 0.58% (130) (5 114) 0.58% 30
9-10 meses 815 0.42% (3) (29 738) 0.42% 125
10-11 meses (1 504) 0.25% 4 (1 799) 0.25% 4
11-12 meses (3 632) 0.08% 3 (2 094) 0.08% 2
Total 3 576 5 026
Banda temporal
Situação líquida
31 Dez. 06
Posição Factor deponderação
Posiçãoponderada
31 Dez. 07
Posição Factor deponderação
Posiçãoponderada
à vista-1 mês (572 379) 0.08% 458 (951 837) 0.08% 761
1-3 meses 458 079 0.32% (1 466) 884 205 0.32% (2 829)
3-6 meses 56 0.72% (0) (56 112) 0.72% 404
6-12 meses 8 551 1.43% (122) (24 969) 1.43% 357
1-2 anos (50) 2.77% 1 (12) 2.77% 0
2-3 anos 418 4.49% (19) (48) 4.49% 2
3-4 anos 343 6.14% (21) 413 6.14% (25)
4-5 anos (36) 7.71% 3 330 7.71% (25)
5-7 anos (1) 10.15% 0 (20) 10.15% 2
7-10 anos 13.26% 13.26%
10-15 anos 17.84% 17.84%
15-20 anos 22.43% 22.43%
> 20 anos 26.03% 26.03%
Total (1 166) (1 353)
Nota: As posições foram distribuídas pelas colunas de activo, passivo e pelas respectivas classes de maturidade.
Nota: As posições foram distribuídas pelas colunas de activo, passivo e pelas respectivas classes de maturidade.
Demonstrações financeiras | Notas 87
Risco cambial
Em 31 de Dezembro de 2007, a repartição dos activos e passivos financeiros por moeda apresenta a seguinte estrutura:
Tipo de instrumento financeiroActivos e passivos por moedas
Euros Dólares americanos Outras moedas Total
Activos
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 191 191
Disponibilidades em outras instituições de crédito 18 544 12 979 15 496 47 019
Activos financeiros detidos para negociaçãoe ao justo valor através de resultados 143 006 3 090 167 146 262
Activos financeiros disponíveis para venda 20 819 20 819
Aplicações em instituições de crédito 2 026 961 12 9 672 2 036 645
Crédito a Clientes 181 784 250 1 048 183 081
Derivados de cobertura 952 952
2 392 258 16 331 26 382 2 434 969
Passivos
Passivos financeiros detidos para negociação 11 875 843 9 12 727
Recursos de outras instituições de crédito 12 158 87 203 13 119 112 479
Recursos de Clientes e outros empréstimos 2 047 850 129 405 23 440 2 200 695
Responsabilidades representadas por títulos 302 302
Derivados de cobertura 20 20
Passivos subordinados 35 384 35 384
2 107 588 217 450 36 568 2 361 607
Operações cambiais a prazo 278 006 (245 874) (31 842) 290
Exposição líquida 44 754 21 656 73 072
Stress test 8 951 4 331 13 282
Tipo de instrumento financeiroActivos e passivos por moedas
Euros Dólares americanos Outras moedas Total
Activos
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 22 817 22 817
Disponibilidades em outras instituições de crédito 37 462 3 639 2 809 43 910
Activos financeiros detidos para negociaçãoe ao justo valor através de resultados 197 620 4 213 166 201 999
Activos financeiros disponíveis para venda 15 075 23 15 098
Aplicações em instituições de crédito 1 324 188 7 665 1 331 853
Crédito a Clientes 150 082 180 1 473 151 735
Derivados de cobertura 18 135 18 135
1 765 379 8 032 12 136 1 785 547
Passivos
Passivos financeiros detidos para negociação 8 854 1 051 165 10 070
Recursos de outras instituições de crédito 85 589 323 651 7 175 416 415
Recursos de Clientes e outros empréstimos 1 166 841 57 812 23 750 1 248 403
Responsabilidades representadas por títulos 352 352
Derivados de cobertura 177 177
Passivos subordinados 35 308 35 308
1 297 121 382 514 31 090 1 710 725
Operações cambiais a prazo 417 644 (384 504) (18 682) 14 457
Exposição líquida 10 022 (272) 60 365
Stress test 2 004 (54) 1 950
Em 31 de Dezembro de 2006, a repartição dos activos e passivos financeiros por moeda apresenta a seguinte estrutura:
O stress test realizado consiste em avaliar o impacto da variação de 20% no câmbio de cada moeda contra o euro.
88 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Contabilidade de cobertura
O BPI Investimentos aplica Contabilidade de Cobertura de justo
valor ao nível da macro-cobertura de recursos de instituições de
crédito celebradas com o Banco BPI.
O BPI Investimentos assegura a cobertura do risco de taxa de
juro associado aos elementos cobertos acima descritos,
utilizando para o efeito swaps de taxa de juro. A cobertura da
componente opcional associada aos recursos de instituições de
crédito é efectuada através de opções e de swaps.
De referir que a aplicação de Contabilidade de Cobertura permite
eliminar o accounting mismatch que resultaria do
reconhecimento ao custo amortizado dos elementos cobertos,
enquanto os instrumentos de cobertura (instrumentos financeiros
derivados) teriam de ser obrigatoriamente registados ao justo
valor através de resultados.
Em 31 de Dezembro de 2007 o justo valor dos instrumentos de
cobertura tem a seguinte decomposição:
Em 31 de Dezembro de 2006 o justo valor dos instrumentos de cobertura tem a seguinte decomposição:
Instrumentos de cobertura
Correcçõesde valor
Total Montantenocional
Juros eprémios
Reava-liação
Justo valor
Elementos cobertos
Montantenominal
Juros, prémios evalias potenciais
Tipos de cobertura de justo valor
Recursos de ICs (2 500) (1 426) (21) (3 947) 3 666 920 12 932
(2 500) (1 426) (21) (3 947) 3 666 920 12 932
Instrumentos de cobertura
Correcçõesde valor
Total Montantenocional
Juros eprémios
Reava-liação
Justo valor
Elementos cobertos
Montantenominal
Juros, prémios evalias potenciais
Tipos de cobertura de justo valor
Recursos de ICs (52 000) (20 655) (309) (72 963)0 81 266 17 638 319 17 958
(52 000) (20 655) (309) (72 963) 81 266 17 638 319 17 958
Em 2007 e 2006 os resultados em operações financeiras
reconhecidos nos instrumentos financeiros derivados de
cobertura e nos elementos cobertos foram os seguintes:
3.37. Gestão do capital
O Grupo BPI tem como política de distribuição de resultados, a
distribuição de um dividendo anual, mediante proposta a
submeter pelo Conselho de Administração à Assembleia Geral,
tendencialmente não inferior a 40% do lucro líquido apurado
nas contas do exercício a que se reporta, salvo se circunstâncias
excepcionais justificarem a distribuição de um dividendo
inferior.
Conforme também expresso na politica de dividendos, o Grupo
BPI prossegue objectivos de solidez financeira que se expressam
na manutenção de:
� um rácio entre os seus fundos próprios de base e os activos
ponderados pelo risco – Tier I – tendencialmente superior a 7%;
� uma percentagem de acções preferenciais não superior a 20%
dos fundos próprios de base, ou seja, um indicador Core Tier I
tendencialmente superior a 5.5%.
As componentes potenciais dos Fundos Próprios Tier I (incluindo
Core Tier I) e Tier II (incluindo um patamar superior e outro
inferior), seguem o que está estabelecido regulamentarmente
pelo Banco de Portugal no Aviso 5 / 2007. As proporções
regulamentares a respeitar indicam que o valor de Tier II não
poderá superar Tier I e o valor do patamar inferior de Tier II
(dívida subordinada de longo prazo e acções preferenciais
remíveis) não poderá exceder 50% de Tier I.
De acordo com nova regulamentação, desde Junho de 2007
passou-se a afectar ao Tier I 50% das deduções aos Fundos
Próprios relativas a participações em instituições financeiras e
seguradoras quando anteriormente estas eram integralmente
afectas ao Tier II, o que ocasionou uma redução de 1.4 pontos
percentuais no rácio Tier I, com referência a Dezembro de 2007.
31 Dez. 0631 Dez. 07
Recursos de instituições de crédito
Elemento coberto 288 2 131
Instrumento de cobertura
Opções (308) 31
Swaps de cobertura (30) (2 145)
(50) 17
Demonstrações financeiras | Notas 89
Relativamente ao exercício de 2007, o Conselho de
Administração do BPI Investimentos propõe a distribuição de
dividendos no montante de 21 826 m. euros.
De acordo com as normas do Banco de Portugal, os Fundos
Próprios do BPI Investimentos têm a seguinte composição:
4.49. Partes relacionadas
Em 31 de Dezembro de 2007, as entidades relacionadas do
Grupo BPI são as seguintes:
31 Dez. 0631 Dez. 07
Fundos próprios de base
Capital realizado, prémios de emissão, reservas (excluindo reserva de justo valor) e resultados retidos 56 885 54 190
Contribuições para o fundo de pensões ainda não relevadas como custo (1 456) (26)
Imobilizações incorpóreas (15) (47)
Ajustamentos da transição para as IAS / IFRS a diferir (304) (231)
Fundos próprios de base 55 109 53 885
Fundos próprios complementares
Reservas de reavaliação de activo imobilizado 703 703
Ajustamentos da transição para as IAS / IFRS a diferir (45)
Dívida subordinada perpétua 35 000 35 000
Reservas de reavaliação ao justo valor 82 132
Provisões para riscos gerais de crédito 1 991 1 290
Fundos próprios complementares 37 776 37 081
Deduções
Dedução de interesses em participações em empresas de seguros e em outras instituições financeiras (19 737) (25 031)
Ajustamentos da transição para as IAS / IFRS a diferir (15)
Deduções (19 737) (25 046)
Total de fundos próprios 73 149 65 919
Requisitos totais 58 477 51 082
Activos ponderados pelo risco1 730 963 638 530
Rácio de requisitos de fundos próprios 10.0% 10.3%
Tier I2 6.2% 8.4%
Core Tier I (excluindo acções preferenciais)2 6.2% 8.4%
1) Requisitos totais x 12.5.2) Calculado de acordo com a Instrução 16 / 2004 do Banco de Portugal. Em Junho de
2007 passou-se a afectar ao Tier I e core Tier I 50% das deduções aos fundospróprios relativas a participações em instituições financeiras e seguradoras, quandoanteriormente estas eram integralmente afectas ao Tier II.
Participaçãoefectiva
SedeNome da entidade relacionada
Empresas participadasBanco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L. Moçambique 0.3%BPI Dealer – Sociedade Financeira de Corretagem (Moçambique) S.A.R.L. Moçambique 75.5%BPI (Suisse) S.A. Suíça 99.9%Banco de Fomento, S.A.R.L. Angola 0.007%Ulissipair ACE Portugal 50.0%Outras entidades do Grupo BPIBanco BPI Cayman, Ltd. Ilhas CaymanBPI – Global Investment Fund Management Company, S.A. LuxemburgoBPI Capital Finance Ltd. llhas CaymanBPI Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliários, S.A. PortugalBPI Locação de Equipamentos, Lda. PortugalBPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A. PortugalBPI Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. PortugalBPI Rent – Comércio e Aluguer de Bens, Lda. PortugalBPI Vida – Companhia de Seguros de Vida, S.A. PortugalBPI, Inc. EUACompanhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. PortugalCosec – Companhia de Seguros de Crédito, S.A. PortugalDouro – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. PortugalEurolocação – Comércio e Aluguer de Veículos e Equipamento, S.A. PortugalF. Turismo – Capital de Risco, S.A. PortugalFinangeste – Empresa Financeira de Gestão e Desenvolvimento, S.A. PortugalInter-Risco – Sociedade de Capital de Risco, S.A. PortugalSimofer – Sociedade de Empreendimentos Imobiliários e Construção Civil, Lda. PortugalSofinac – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. PortugalViacer – Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. PortugalUnicer – Bebidas de Portugal, SGPS, S.A. PortugalFundos de Pensões de Colaboradores do BPI Investimentos e do Banco BPIFundo de Pensões Banco BPI PortugalFundo de Pensões Aberto BPI Valorização Portugal 20.1%Fundo de Pensões Aberto BPI Segurança Portugal 1.4%Fundo de Pensões Aberto BPI Acções PortugalFundo de Pensões Aberto BPI Garantia PortugalAccionista do BPI InvestimentosBanco BPI, S.A. Portugal 100.0%Accionistas indirectos do BPI InvestimentosGrupo Itaú BrasilGrupo La Caixa EspanhaMembros do Conselho de Administração do BPI Investimentos e do Banco BPIArtur Santos SilvaCarlos da Câmara PestanaFernando UlrichRuy Octávio Matos de CarvalhoAlfredo Rezende de AlmeidaAntonio DominguesAntónio Farinha MoraisArmando Leite de PinhoCaixa Holding S.A., Sociedade Unipessoal – Representada por Marcelino Armenter VidalCarlos Moreira da SilvaEdgar Alves FerreiraIsidro Fainé CasasJorge de Figueiredo DiasJosé Pena do AmaralKlaus DuhrkopManuel Ferreira da SilvaMaria Celeste HagatongPedro BarretoRAS International, N.V. – Representada por Herbert WalterRoberto Egydio SetúbalTomaz JervellAlexandre Lucena ValeCarlos Jaime CasqueiroHenrique Cabral MenezesJoão Oliveira CostaJosé Miguel Morais Alves
90 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
De acordo com o IAS 24, são consideradas entidades
relacionadas, aquelas em que o BPI Investimentos ou o Banco
BPI exercem, directa ou indirectamente, o controlo ou uma
influência significativa sobre a sua gestão e a sua política
financeira – Empresas participadas, outras entidades do Grupo
BPI e Fundos de Pensões – e as entidades que controlam ou
exercem directa ou indirectamente uma influência significativa
sobre a gestão do Banco – Accionistas e membros do Conselho
de Administração do BPI Investimentos ou do Banco BPI.
Em 31 de Dezembro de 2007, o montante global dos activos e
passivos, proveitos e custos, e responsabilidades
extrapatrimoniais relativos a operações realizadas com empresas
participadas, outras entidades do Grupo BPI e com os Fundos de
Pensões de Colaboradores do BPI Investimentos e do Banco BPI
têm a seguinte composição:
Outras entidades do Grupo BPI
Empresasparticipadas
Fundos de pensões de Colaboradores doBPI Investimentos e do Banco BPI
Total
Activos
Activos financeiros detidos para negociação e derivados 5 5
Outros valores a receber 7 328 7 328
7 333 7 333
Passivos
Passivos financeiros de negociação e derivados 4 4
Depósitos 912 758 205 659 1 118 417
Passivos subordinados 35 000 35 000
Outros valores a pagar 5 984 5 984
953 746 205 659 1 159 405
Proveitos
Juros e rendimentos similares 29 10 39
Comissões recebidas 500 7 897 8 397
500 7 926 10 8 436
Custos
Juros e encargos similares 19 606 6 063 25 669
Comissões pagas 130 130
19 606 6 063 25 799
Extrapatrimoniais
Responsabilidades por prestação de serviços
De depósito e guarda de valores 902 710 2 272 959 3 175 669
Operações cambiais e instrumentos de derivados
Compra 374 374
Venda (390) (390)
902 694 2 272 959 3 175 653
Demonstrações financeiras | Notas 91
1) Com influência significativa sobre a gestão do Banco. Como regra geral, presume-se que existe influência significativa quando a participação de capital é superior a 20%.2) Em nome individual.
Em 31 de Dezembro de 2007, o montante global dos activos e
passivos, custos e proveitos, e responsabilidades
extrapatrimoniais relativos a operações realizadas com
accionistas, membros do Conselho de Administração e
sociedades em que estes têm influência significativa têm a
seguinte composição:
Accionistasindirectos1
Accionistadirecto
Membros do Conselho deAdministração do BPI
Investimentos e do Banco BPI2
TotalSociedades onde os Membros doConselho de Administração têm
influência significativa
Activos
Aplicações financeiras 2 036 046 2 036 046
Activos financeiros detidos para negociação e derivados 9 881 15 9 896
Outros valores a receber 7 898 7 898
2 053 825 15 2 053 840
Passivos
Passivos financeiros de negociação e derivados 1 678 862 2 540
Depósitos 102 789 915 7 319 1 963 112 986
Outros valores a pagar 1 045 1 045
105 512 915 8 181 1 963 116 571
Proveitos
Juros e rendimentos similares 70 201 4 70 205
Comissões recebidas 9 244 101 9 345
79 445 105 79 550
Custos
Juros e encargos similares 17 981 53 5 1 18 040
Prejuízos em operações financeiras 813 813
Gastos gerais administrativos 105 105
18 899 53 5 1 18 958
Extrapatrimoniais
Garantias recebidas 12 956 12 956
Responsabilidades por prestação de serviços
De depósito e guarda de valores 1 023 565 53 154 125 640 1 202 359
Operações cambiais e instrumentos de derivados
Compra 366 490 8 681 375 171
Venda (365 562) (8 100) (373 662)
13 884 1 023 565 53 735 125 640 1 216 824
Em 31 de Dezembro de 2006, o montante global dos activos e
passivos, proveitos e custos, e responsabilidades
extrapatrimoniais relativos a operações realizadas com empresas
participadas, outras entidades do Grupo BPI e com os Fundos de
Pensões de Colaboradores do BPI Investimentos e do Banco BPI
têm a seguinte composição:
92 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Outras entidades do Grupo BPI
Empresasparticipadas
Fundos de pensões de Colaboradores doBPI Investimentos e do Banco BPI
Total
Activos
Outros valores a receber 5 280 5 280
5 280 5 280
Passivos
Depósitos 394 110 175 853 569 963
Passivos subordinados 35 000 35 000
Outros valores a pagar 3 614 3 614
432 724 175 853 608 577
Proveitos
Juros e rendimentos similares 2 2
Comissões recebidas 5 763 5 763
5 765 5 765
Custos
Juros e encargos similares 11 904 343 12 247
Comissões pagas 101 101
Outros custos 91 91
11 995 343 12 439
Extrapatrimoniais
Responsabilidades por prestação de serviços
De depósito e guarda de valores 901 509 2 191 720 3 093 229
Operações cambiais e instrumentos de derivados
Compra 13 13
Venda (13) (13)
901 509 2 191 720 3 093 229
Demonstrações financeiras | Notas 93
Em 31 de Dezembro de 2006, o montante global dos activos e
passivos, proveitos e custos, e responsabilidades
extrapatrimoniais relativos a operações realizadas com
accionistas, membros do Conselho de Administração e
sociedades em que estes têm influência significativa têm a
seguinte composição:
1) Com influência significativa sobre a gestão do Banco. Como regra geral, presume-se que existe influência significativa quando a participação de capital é superior a 20%.2) Em nome individual.
Accionistasindirectos1
Accionistadirecto1
Membros do Conselho deAdministração do BPI
Investimentos e do Banco BPI2
TotalSociedades onde os Membros doConselho de Administração têm
influência significativa
Activos
Aplicações financeiras 1 336 393 1 336 393
Activos financeiros detidos para negociação e derivados 27 584 27 584
Outros valores a receber 1 395 1 395
1 365 372 1 365 372
Passivos
Passivos financeiros de negociação e derivados 30 30
Depósitos 380 517 13 673 9 553 353 404 096
Outros recursos financeiros 1 605 1 605
Outros valores a pagar 8 799 8 799
389 346 13 673 11 158 353 414 530
Proveitos
Juros e rendimentos similares 46 837 46 837
Comissões recebidas 3 319 56 1 3 376
50 156 56 1 50 213
Custos
Juros e encargos similares 17 671 298 6 1 17 976
Prejuízos em operações financeiras 569 569
Outros custos 43 43
18 283 298 6 1 18 588
Extrapatrimoniais
Garantias recebidas 12 870 12 870
Responsabilidades por prestação de serviços
De depósito e guarda de valores 1 546 823 63 455 87 1 610 365
Operações cambiais e instrumentos de derivados
Compra 118 607 118 607
Venda (165 597) (165 597)
(34 120) 1 546 823 63 455 87 1 576 245
94 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Nos exercícios de 2007 e 2006, as remunerações atribuídas aos
membros do Conselho de Administração do BPI Investimentos
apresentam a seguinte composição:
31 Dez. 0631 Dez. 07
Remunerações em numerário 1 557 2 050
Remuneração com base em instrumentos
de capital 518
2 075 2 050
Demonstrações financeiras | Notas 95
Nos termos do artigo 447 do Código das Sociedades Comerciais, em 31 de Dezembro de 2007, a posição accionista no Banco BPI dos
membros do Conselho de Administração do BPI Investimentos é a seguinte:
FERNANDO ULRICH – Em 30 de Janeiro de 2007, adquiriu, por
exercício de opções de compra de acções atribuídas no âmbito
do RVA 2005, 486 112 acções.
Vendeu em bolsa: em 29 de Novembro de 2007, 13 004 e
6 996 acções aos preços de 5.46 euros e 5.45 euros,
respectivamente; em 30 de Novembro de 2007, 20 000 acções
ao preço de 5.46 euros; em 3 de Dezembro de 2007, 20 000
acções ao preço de 5.42 euros; em 4 de Dezembro de 2007,
8 995 e 11 005 acções aos preços de 5.53 euros e 5.54 euros,
respectivamente; em 5 de Dezembro de 2007, 20 000 acções
ao preço de 5.58 euros; em 6 de Dezembro de 2007, 20 000
acções ao preço de 5.55 euros; em 7 de Dezembro de 2007,
9 138 e 10 862 acções aos preços de 5.50 euros e 5.51 euros,
respectivamente; e, em 10 de Dezembro de 2007, 20 000
acções ao preço de 5.49 euros.
Em 31 de Dezembro de 2007, o cônjuge detinha 45 000
acções.
ANTÓNIO DOMINGUES – Em 8 de Março de 2007, adquiriu, por
exercício de opções de compra de acções 222 223, 370 968 e
375 000 acções que lhe foram atribuídas no âmbito do RVA
2003, RVA 2004 e RVA 2005, respectivamente.
MANUEL FERREIRA DA SILVA – Em 27 de Fevereiro de 2007 e em 8
de Março de 2007, adquiriu, por exercício de opções de compra
atribuídas no âmbito do RVA 2001, 3 147 e 80 000 acções,
respectivamente. Em 8 de Março de 2007, em 15 de Maio de
2007, em 8 de Junho de 2007 e em 14 de Junho de 2007,
adquiriu, por exercício de opções de compra de acções
atribuídas no âmbito do RVA 2002, 22 834, 11 000, 5 797 e
17 992 acções, respectivamente. Em 14 de Junho de 2007,
adquiriu, por exercício de opções de compra no âmbito do RVA
2003, 2 008 acções.
Vendeu em bolsa: em 15 de Maio de 2007, 797 acções ao
preço de 6.30 euros; e, em 14 de Junho de 2007, 5 000
acções ao preço de 6.68 euros.
Em 31 de Dezembro de 2007, o cônjuge detinha 100 000
acções e 350 000 opções de compra de acções.
ALEXANDRE LUCENA E VALE – Não efectuou movimentos.
CARLOS JAIME CASQUEIRO – Não efectuou movimentos.
HENRIQUE CABRAL MENESES – Não efectuou movimentos.
JOSÉ MIGUEL MORAIS ALVES – Não efectuou movimentos.
JOÃO PEDRO OLIVEIRA COSTA – Não efectuou movimentos.
Exercício Detidas em 31Dez.07
Opções
Detidas em 31Dez.06
Aliena-ções
Detidas em 31 Dez.07
Valor em 31
Dez.071
Acçõesdadas emgarantia
B
Acçõesindispo-
níveisA
Acçõesdadas emgarantia
C
CréditoRVA
D
Acções
Detidas em 31 Dez.06
Aquisi-ções
Aquisi-ções
Fernando Ulrich 1 839 433 486 112 160 000 2 165 545 11 607 39 755 2 015 219 50 000 6 424 033 486 112 486 112
Antonio Domingues2 402 550 968 191 1 370 741 7 347 28 276 1 278 191 4 217 168 968 191 968 191
Manuel Ferreira da Silva 193 019 142 778 5 797 330 000 1 769 14 169 80 000 60 000 171 200 642 778 142 778 500 000
Alexandre Lucena e Vale 41 907 41 907 225 4 600 9 608 24 404 195 006 195 006
Carlos Jaime Amoedo Casqueiro 10 868 10 868 58 3 235 88 388 88 388
Henrique Cabral Meneses 10 666 10 666 57 4 673 60 000 60 000
José Miguel Morais Alves 16 395 16 395 88 4 395
João Pedro Oliveira e Costa 3 513 3 513 19 3 513 60 000 60 000
1) Justo valor das acções.2) Foi contratado um “collar” (isto é, foi contratada a compra de uma put e a venda simultânea de uma call) relativo a 1 350 000 acções detidas em 31 de Dezembro de 2007Nota: O saldo inicial reporta-se a 1 de Janeiro de 2007 no caso dos Membros do Conselho de Administração Fernando Ulrich, António Domingues e Manuel Ferreira da Silva; o saldo inicial
corresponde à data do início das funções de Membro do Conselho de Administração (que ocorreu em 10 de Setembro de 2007) no caso dos Administradores Alexandre Lucena eVale, Carlos Jaime Amoedo Casqueiro, Henrique Cabral Meneses, José Miguel Morais Alves e João Pedro Oliveira e Costa.
A – Acções atribuídas no âmbito do RVA cuja disponibilidade, em 31 de Dezembro de 2007, se encontra condicionada à verificação de condição resolutiva.B – Acções que, em 31 de Dezembro de 2007, estão dadas de penhor como garantia de financiamento obtido com a finalidade de adquirir aquelas acções em resultado do exercício de
opções.C – Acções que, em 31 de Dezembro de 2007, estão dadas de penhor para efeitos do art.º 396 do Código das Sociedades Comerciais.D – Saldo (em euros) em dívida, em 31 de Dezembro de 2007, do financiamento referido em B.
96 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Certificação legal das contas
CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS(Montantes expressos em milhares de euros – m. euros)
Introdução1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas do Banco Português de Investimento, S.A. (Banco), as quais compreendem
o Balanço em 31 de Dezembro de 2007 que evidencia um total de 2 497 788 m. euros e capitais próprios de 79 547m. euros, incluindo um resultado líquido de 24 251 m. euros, as demonstrações dos resultados, de alterações no capitalpróprio e dos fluxos de caixa no exercício findo naquela data e o correspondente anexo.
Responsabilidades2. É da responsabilidade do Conselho de Administração do Banco a preparação de demonstrações financeiras que apresentem
de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do Banco, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa,bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo internoapropriado. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nossoexame daquelas demonstrações financeiras.
Âmbito3. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão / Auditoria da
Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que seja planeado e executado com o objectivo de obter um graude segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes.Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nasdemonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho deAdministração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas aspolíticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade doprincípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação dasdemonstrações financeiras. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeiraconstante do Relatório de Gestão com as demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona umabase aceitável para a expressão da nossa opinião.
Deloitte & Associados, SROC S.A.Inscrição na OROC n.º 43Registo na CMVM n.º 231
Edifício Atrium SaldanhaPraça Duque de Saldanha, 1 - 6.º1050-094 LisboaPortugal
Capital Social: 500.000,00 euros - Matriculada na CRC de Lisboa e NIPC 501 776 311
Sede: Edifício Atrium Saldanha, Praça Duque de Saldanha, 1 - 6.º, 1050-094 Lisboa
Tel.: +(351) 210 427 500 Fax: +(351) 210 427 950 · www.deloitte.com/pt
· Porto: Bom Sucesso Trade Center, Praça do Bom Sucesso, 61 - 13º, 4150-146 Porto - Tel.: +(351) 225 439 200 - Fax: +(351) 225 439 650
A expressão Deloitte refere-se a uma ou várias sociedades que operam ao abrigo de um acordo com a Deloitte Touche Tohmatsu, uma Swiss Verein, bem como às suas respectivas representadase afiliadas. Deloitte Touche Tohmatsu é uma associação mundial de sociedades dedicadas à prestação de serviços profissionais de excelência, concentradas no serviço ao cliente sob uma estratégiaglobal, aplicada localmente em, aproximadamente, 150 países. Como Swiss Verein (associação), nem a Deloitte Touche Tohmatsu nem qualquer das suas sociedades membro assumem qualquerresponsabilidade isolada ou solidária pelos actos ou omissões de qualquer das outras sociedades membro. Cada uma das sociedades membro é uma entidade legal e separada que opera sob amarca “Deloitte”, “Deloitte & Touche”, “Deloitte Touche Tohmatsu” ou outros nomes relacionados.
Member ofDeloitte Touche Tohmatsu
Certificação legal das contas 97
Página 2 de 2
Opinião4. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e
apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do Banco Português de Investimento, S.A.em 31 de Dezembro de 2007, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, emconformidade com as Normas de Contabilidade Ajustadas emitidas pelo Banco de Portugal.
Porto, 14 de Março de 2008
DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A.Representada por Maria Augusta Cardador Francisco
Deloitte & Associados, SROC S.A.Inscrição na OROC n.º 43Registo na CMVM n.º 231
RELATÓRIO E PARECER DA CONSELHO FISCAL
Ao Accionista doBanco Português de Investimento, S.A.
Em conformidade com a legislação em vigor e o mandato que nos foi conferido, vimos submeter à vossa apreciação onosso Relatório e Parecer que abrange a actividade por nós desenvolvida e os documentos de prestação de contas doBanco Português de Investimento, S.A. (Banco) relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, os quais sãoda responsabilidade do Conselho de Administração.
Ao longo do exercício de 2007 acompanhámos a evolução da actividade e os negócios do Banco, a regularidade dosseus registos contabilísticos e o cumprimento dos estatutos em vigor, tendo recebido do Conselho de Administração edos serviços do Banco, as informações e esclarecimentos solicitados.
No âmbito das nossas funções examinámos o Balanço do Banco em 31 de Dezembro de 2007, as demonstrações dosresultados, de alterações no capital próprio e dos fluxos de caixa e o respectivo anexo, bem como o Relatório deGestão, preparado pelo Conselho de Administração, para o exercício findo naquela data. Adicionalmente, analisámos aCertificação Legal das Contas, elaborada pelo Revisor Oficial de Contas vogal deste Conselho, a qual mereceu o nossoacordo.
Face ao exposto, somos de opinião que as demonstrações financeiras supra referidas e o Relatório de Gestão, bemcomo a proposta nele expressa, estão de acordo com as disposições contabilísticas e estatutárias aplicáveis, pelo quepoderão ser aprovados em Assembleia Geral de Accionistas.
Desejamos ainda manifestar ao Conselho de Administração e aos serviços do Banco o nosso apreço pela colaboraçãoprestada.
Porto, 14 de Março de 2008
Artur Alves CondePresidente
João Adelino Marinha de Morais CabralVogal
DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A.Representada por Maria Augusta Cardador Francisco
Vogal
98 Banco Português de Investimento | Relatório e Contas 2007
Relatório e parecer do Conselho Fiscal
BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO, S.A.
Sede: Rua Tenente Valadim, n.º 284, 4100-476 Porto, PORTUGAL
Capital Social: 20 000 000 euros
Matrícula na Conservatória do Registo Comercial do Porto e Pessoa Colectiva sob o número único 503 569 046
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