BBB18: MUDANÇAS ESTRUTURAIS PARA
CONQUISTAR OS NETIZENS
Jheniffer Monteiro Barbosa
BBB18: MUDANÇAS ESTRUTURAIS PARA CONQUISTAR OS
NETIZENS
Trabalho de conclusão de curso
apresentado perante banca avaliadora do curso de
Comunicação Social – Publicidade e Propaganda
do Centro Universitário Projeção como pré-
requisito para a aprovação na disciplina Projeto
Experimental II e obtenção do grau de bacharel em
Comunicação Social – Publicidade e Propaganda.
Área de concentração: Comunicação Social.
Orientador: M.e Rodrigo Guimarães Santos
BRASÍLIA/DISTRITO FEDERAL
2019
BBB18 – Mudanças Estruturais Para Conquistar Os Netizens
Autora: Jheniffer Monteiro Barbosa
RESUMO: Este trabalho visa o apontamento e discussão de algumas das estratégias
utilizadas pela produção do reality show Big Brother Brasil, em sua 18ª edição para atrair os
netizens1. Com o objetivo de apontar essas estratégias, o estudo toma como base a análise
bibliográfica, bem como a análise de conteúdo veiculado no principal meio de comunicação
da emissora (twitter) e estudo qualitativo realizado com netizens. Os resultados apontam para
uma mudança de paradigma do programa em relação ao conteúdo veiculado, tomando como
base vários conceitos de convergência midiática que até então não haviam sido explorados
pelo reality. Ainda a partir do estudo é possível apontar uma provável relação entre as
mudanças e os resultados obtidos pelo programa analisado.
PALAVRAS-CHAVE: Big Brother Brasil; Convergência Midiática; Reality Show. Netizens.
ABSTRACT: This work aims at the pointing and discussion of some of the strategies used by
production of the reality show Big Brother Brasil, in its 18th edition to attract the netizens.
With the objective of pointing out these strategies, the study takes as a basis the literature
review, as well as to content analysis disclosed the main means of communication of the
broadcaster (Twitter) and qualitative study conducted with NETIZENS. The results point to a
change of paradigm of the program regarding the conveyed content, when it are taking like
base several media convergence concepts what up to that time had not been explored by the
reality. From the study it is still possible to point to a probable relation between the changes
and the conquered ratings.
KEY-WORDS: Big Brother Brazil; Media Convergence; Reality Show. Netizens.
1 Habitantes da internet, como Philip Kotler nomeia em seu livro Marketing 4.0.
3
1. INTRODUÇÃO
Quase setenta anos após a chegada da televisão ao Brasil, observa-se que as emissoras
estão sempre em busca de inovar a programação diária com intuito de chamar a atenção do
telespectador para o engajamento e aumentar a audiência. Acredita-se que a programação vai
se adaptando de acordo com as novas práticas culturais pautadas no cenário atual.
Diante destas perspectivas, foi incorporado no Brasil em 2000, um novo gênero
televisivo, o reality-show que Castro (2006) define como entretenimento baseado em
situações reais. Que abrem as portas do imaginário, proporcionando sucesso e reconhecimento
imediato aos participantes e trazem à tona questões do dia a dia universais, como amor,
ciúmes e inveja, mostrando o lado positivo e negativo das reações sociais. Vale ressaltar que
este gênero televisivo tem grande visibilidade diante do público.
Desde sua primeira edição em 2002, o programa Big Brother Brasil foi gerenciado
pela Endemol Globo, uma joint-venture2 formada entre a Rede Globo e a produtora
holandesa. Em 2016 a joint-venture foi desfeita, com o objetivo de que a Endemol pudesse
negociar com outras emissoras brasileiras os programas de seu catálogo, dentre eles alguns
que até então eram exibidos a partir de um acordo de exclusividade com a Rede Globo, como
o “Dança dos Famosos”, “The Voice Brasil” e “Agora ou Nunca”. Embora ainda haja uma
colaboração entre as empresas, em Fevereiro de 2016 a Endemol Shine Brasil passou a ter
controle total de suas atividades no mercado brasileiro. (Sacchitiello, 2017)
Diante do exposto, observou-se que na edição de 2018, o reality-show sofreu algumas
mudanças estruturais sutis. Portanto, o este estudo se propõe a levantar as razões que
motivaram as mudanças ocorridas na edição do programa no que se refere à estrutura e
formato, de uma maneira geral, bem como compreender se essas mudanças foram percebidas
pelo seu público-alvo e com que efeito.
Com a cultura de consumo OnDemand3a televisão tem sofrido sérios problemas de
adaptação, visto que há uma mudança na forma de consumo de mídias. Com essa nova forma
de consumo o termo netizen foi trazido a luz por Kotler (2017) para se referir aos nativos
digitais, que contam com a habilidade de se conectar com os outros on-line, estes são usuários
2 Acordo entre empresas que estabelece alianças estratégicas por um objetivo comercial comum, por
tempo determinado. 3Também chamado de streaming, é uma forma de transmissão instantânea de conteúdos multimídia por
meio de um acervo disponível na internet..
4
que expressam suas opiniões e sentimentos sobre marcas e ainda segundo o autor, seriam o
eles “o exemplo típico de clientes mais espertos”. Contudo mesmo após 17 anos no ar e com
todas as redefinições de consumo e mídias, o programa Big Brother Brasil continua
apresentando altos níveis de audiência, por isso o estudo sobre o programa é tão importante:
por ser ele um case de sucesso.
A escolha por esse tema vem também da vontade de compreender como o público do
programa assimila suas mudanças sistemáticas e como isso afeta a percepção do
telespectador, que conhece o formato há anos e mesmo assim não aparenta ter costumes que
prejudiquem a continuação do programa.
O estudo pode contribuir para o âmbito acadêmico, pois aborda uma perspectiva nova, que
não tem como objetivo criticar a qualidade do programa, que tem sido visto com desprezo por
boa parte dos pesquisadores, mas é muito rico em inteligência social e comunicacional. Tem a
capacidade de propor debates, ditar comportamento, estabelecer novas celebridades e vender
as marcas que exibe em seu catálogo de patrocinadores. Não podendo ser tamanho sucesso
fruto de mero acaso, certamente o programa tem muito a ensinar sobre adaptação e visão
estratégica.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
As mídias estão presentes no cotiano dos brasileiros há algumas décadas e entre elas
estão a televisão e seus gêneros, bem como as redes sociais e seus serviços, que ocupam um
espaço de destaque na sociedade desde sua ascensão nos anos 70 e 90 respectivamente.
A televisão fomenta diversos debates sobre sua relevância, qualidade e efetividade
como mídia e meio de comunicação e vendas. Por um lado, há quem defenda sua qualidade,
por outro quem ataque. Como descreve em seu livro “A Televisão levada a sério”, Machado
(2000) aponta duas visões contrapostas de Adorno, que considera o meio televisivo mau em
sua natureza e McLuhan que aplica a conotação oposta, considerando a natureza da televisão
boa, independentemente de seu conteúdo. Contudo, independentemente dessa discussão, é
inegável que a televisão foi a primeira a democratizar a informação se valendo de recursos
cinematográficos. Com a capacidade de usar imagens e áudio a televisão tinha um poder que
o rádio nunca teria, agora seria possível fazer coberturas jornalísticas muito mais completas.
Como explica Rissoni (2004, p. 71) o tipo de mídia utilizado nessas coberturas foi essencial
para o seu sucesso, “pois a rapidez de transmissão via satélite, aliada à captação das imagens,
espetacularizou a própria realidade”, referindo-se às transmissões televisivas da Guerra do
5
Golfo e do ataque de 11 de setembro de 2001. Em episódios como estes, a televisão tornou
possível a aproximação do mundo inteiro a esses acontecimentos.
Com tantas vantagens sobre o rádio, a televisão entra em sua fase populista a partir de
1964, com o golpe militar que afeta diretamente a estrutura dos meios de comunicação de
massa, onde principalmente a televisão “passa a exercer o papel de difusor da produção de
bens duráveis e não-duráveis” (MATTOS, 1990, p.13). Ainda segundo o autor, foi durante
esse período que a televisão se tornou um meio de grande importância econômica, por
promover a venda de bens e serviços em escala nacional. A partir da década de 70, devido à
redução do custo dos televisores o mercado se ampliou e a televisão cresceu como meio de
comunicação de massa:
Foi durante esta fase que a redução do custo dos televisores, como resultado do
aumento da escala de produção, exerceu uma grande influência sobre a televisão,
contribuindo para ampliar o mercado e atraindo cada vez mais os investimentos
publicitários. Para atender às exigências da nova audiência os conteúdos dos
programas ficaram cada vez mais populares. (MATTOS, 1990, p.13)
Entende-se que desde que essa popularização ocorreu, vários formatos televisivos
surgiram, como os talk-shows, programas de auditório, telenovelas e telejornais com os mais
diversos propósitos, mas todos contribuíram para o mesmo fim: a inserção da televisão em
nosso cotidiano. Contudo, após décadas de um monopólio consolidado, a televisão começa a
enfrentar problemas para se manter no topo após o surgimento de uma nova forma de se
comunicar com a internet. Esse novo meio oferece interação instantânea, recurso que a
televisão não poderia oferecer. É nesse momento que começa a decadência do meio televisivo
e o crescimento da internet como veículo de comunicação.
2.1 A ASCENSÃO DO BIG BROTHER BRASIL
Criado em 1999, por John de Mol o Reality Show “Big Brother” teve seu nome
inspirado no livro “1984”, de George Orwell. No reality os participantes ficam confinados em
uma casa que é monitorada por câmeras 24h por dia, sem contato algum com o mundo
exterior por aproximadamente três meses. Durante a estadia na casa, os Brothers
protagonizam competições por comida, imunidade, prêmios e liderança. Semanalmente, o
vencedor da prova do líder deve indicar um brother diretamente ao paredão4, enquanto o
restante da casa vota em outro participante que eles desejam ver fora da competição. O mais
votado pela casa enfrentará seu colega indicado pelo líder. O público, que assiste a essas
4 Embate direto entre participantes que disputarão a permanência na casa mediante votação.
6
câmeras é direcionado ao portal oficial do programa para responder à pergunta “quem você
quer eliminar?”, decidindo semana a semana qual participante chegará à grande final. Ao fim
dos três meses, o “queridinho” do público se torna vencedor de prêmio em dinheiro.
Embora o reality não tenha alcançado tamanha notoriedade em outros países, no Brasil
mesmo após 17 anos de exibição o programa não apresenta quedas preocupantes nos níveis de
audiência. Exibido pela Rede Globo desde a sua estreia, em 2002, o programa foi gerenciado
pela Endemol Globo, uma joint-venture5 formada entre a Rede Globo e a produtora holandesa
até 2016 quando a joint-venture foi desfeita para que a produtora pudesse negociar com outras
emissoras brasileiras os programas de seu catálogo6, dentre eles alguns que até então eram
exibidos a partir de um acordo de exclusividade com a Rede Globo, como o “Dança dos
Famosos”, “The Voice Brasil” e “Agora ou Nunca”. Embora ainda haja uma colaboração
entre as empresas, em Fevereiro de 2016 a Endemol Shine Brasil passou a ter controle total de
suas atividades no mercado brasileiro.
Mesmo com o rompimento da aliança comercial entre as empresas, o programa
continuou sendo exibido no país inteiro. Após o rompimento do contrato entre as empresas foi
possível perceber algumas mudanças na forma em que o reality passou a ser conduzido. Além
da troca de apresentadores, atualização no sistema de votação e maior permissividade para
interferências do grande irmão, puderam ser percebidos também movimentos convergentes
sutis, que serão esclarecidos ao decorrer do presente artigo.
2.2 CONVERGÊNCIA MIDIÁTICA
De acordo com Monteiro (2001), embora a internet tenha dado seus primeiros passos
por volta de 1969, com a ARPANET7, no Brasil foi somente em 1995 que as primeiras
iniciativas a fim de disponibilizar o uso deste meio ao público geral foram tomadas. Isto é, até
então a internet funcionava como um grande banco de dados que o público podia acessar a
qualquer momento. Contudo, ainda não era suportado qualquer tipo de interação com esse
conteúdo disponível em rede, coisa que ocorreu com o que ficou conhecido como Web 2.0.
O surgimento da Internet como um novo meio de comunicação começa a ameaçar a
existência das mídias tradicionais de uma maneira que seus inventores nem tinham a
5 Acordo entre empresas que estabelece alianças estratégicas por um objetivo comercial comum, por
tempo determinado. 6 Disponível em: <http://www.meioemensagem.com.br/home/ultimas-noticias/2017/02/02/endemol-
oficializa-fim-da-joint-venture-com-a-globo.html>. 7 Projeto de Charles Taylor e Licklider que deu origem à internet como nós conhecemos hoje.
7
pretensão e muito menos podiam prever, uma vez que o motivo imediato da implantação da
ARPANET era de economizar dinheiro com um sistema de compartilhamento, que permitisse
que várias máquinas utilizassem os recursos computacionais de uma mesma. Sendo apenas a
partir dos anos 90 que a internet começa a ser entendida como um novo tipo de media.
(ROSA, 2012).
Com essa evolução na forma de enxergar a internet e suas possibilidades, o público
passa a mudar também a sua forma de consumo, obrigando as grandes empresas midiáticas a
reformular todo um sistema de comunicação. No cenário dos anos 2000, a internet representa
um meio que nos permite consumir e compartilhar qualquer tipo de informação e conteúdo
instantaneamente no momento em que o usuário decidir, isso gera um comportamento
diferente daquele observado com as mídias off-line, onde o telespectador além de não
interagir teria que esperar o momento de exibição do seu programa favorito, aguardar até o
dia seguinte para consumir as notícias de um jornal impresso ou teria que ficar ao lado do
rádio esperando para ouvir a música que queria.
Com a Web 2.0 e a cultura OnDemand, o telespectador deixa de ser um agente passivo
e se torna ativo no processo de comunicação. Sobre isso, Jenkins (2009) destaca que a
convergência exige que as empresas repensem o que significa consumir mídias e outras
suposições que moldam as decisões de programação e de marketing, já que os antigos
consumidores eram indivíduos isolados, passivos, silenciosos e invisíveis, mas os atuais são
exatamente o oposto disso. Com os novos hábitos de consumo, percebe-se a necessidade de
reinventar o processo de comunicação e entretenimento. Jenkins (2009) mostra o caminho que
as mídias deveriam seguir para alcançar esse novo modelo de comunicação, quando expõe
claramente o que seria a cultura da convergência, que segundo ele é:
Onde as velhas e novas mídias colidem, onde a mídia corporativa e mídia alternativa
se cruzam, onde o poder do produtor de mídia e o poder do consumidor interagem
de maneiras imprevisíveis. (JENKINS, 2009 p. 29)
A partir da observação dessa mudança de perfil, se tornou necessário entender os
hábitos, preferências, desejos e necessidades do público. Isso não significa a morte das mídias
tradicionais, mas representa a necessidade uma transformação estrutural profunda.
8
3 METODOLOGIA
Este estudo é bibliográfico, que de acordo com Stumpf (2005, p.51) é a apresentação
de um texto sistematizado que reúne “toda a literatura que o pesquisador examinou, de forma
a evidenciar o entendimento do pensamento dos autores, acrescido de suas próprias ideias e
opiniões”. Assim, serão analisadas obras publicadas sobre mídia televisiva e convergência
midiática, assim como outros que conceituam a mídia, marketing e redes sociais, por serem
conceitos que guiarão o entendimento da análise sobre o tema proposto.
O método da pesquisa é o qualitativo, que conforme o que diz Maria Cecília de S.
Minayo (2009) trabalha com questões que não podem ou não devem ser quantificadas. Ele
trata dos motivos, crenças, atitudes e valores. Segundo a autora, o universo da produção
humana “é objeto da pesquisa qualitativa e dificilmente pode ser traduzido em números e
indicadores quantitativos” (MINAYO, 2009, p.21). No intuito de compreender até que ponto
as pessoas se envolvem com o programa Big Brother Brasil, a técnica deste artigo é a
entrevista semi-aberta,. Esse tipo de entrevista segundo Augusto Nibaldo S. Trivinõs (1990, p.
146) “oferece todas as perspectivas possíveis para que o informante alcance a liberdade e a
espontaneidade necessárias, enriquecendo a investigação”.
Para que seja possível identificar exatamente quais foram as mudanças estruturais
realizadas na 18ª edição do programa Big Brother Brasil, será realizada uma análise de
conteúdo do que foi veiculado no perfil do Twitter do programa. De acordo com Roque
Moraes (1999), a análise de conteúdo é uma metodologia usada para interpretar documentos e
textos, que ajuda a compreender o significado das mensagens. Segundo Laurence Bardin
(1977) o analista deverá estudar o objeto de sua análise buscando sentidos que estão em
segundo plano. Para ela (1977, p.41), “a tentativa do analista é dupla: compreender o sentido
da comunicação (como se fosse o receptor normal), mas também e principalmente desviar o
olhar para uma outra significação, uma outra mensagem entrevista através ou ao lado da
mensagem primeira”.
4 APLICAÇÃO DO ESTUDO
Na intenção de desenhar o perfil do público mirado pelo BBB18 e entender até que
ponto as inserções digitais exerceram influência sobre esse publico, é necessária a aplicação
de uma pesquisa. Para tanto, foi escolhido o método de entrevista em profundidade com
roteiro semi-estruturado, no intuito de compreender até que ponto os internautas se envolvem
9
com o programa Big Brother Brasil. Assim, será possível compreender o público que assiste o
Big Brother Brasil e o quanto esse telespectador se envolve com aquilo que vê.
Neste estudo, a amostra de oito jovens foi escolhida por conveniência, onde a escolha
dos entrevistados se deu de acordo com a disponibilidade, respeitando-se apenas o critério de
publico, sendo selecionados apenas os jovens de 17 a 24 anos que estão conectados a internet
por meio de redes sociais, sem discriminação de quais sejam elas.
Os dados coletados foram transcritos em forma de tabela para que seja possível a
comparação das respostas obtidas de forma mais simples.
10
Tabela 1: Perfil dos entrevistados. Fonte: Elaborado pela pesquisadora (2019)
Participante Idade Gênero Grau de
instrução
Uso de Redes sociais Probabilidade de
interação com
conteúdos
Consumo de reality shows
1 20 Masc Médio
completo
Principal: Instagram
Demais: WhatsApp,
YouTube, Facebook.
Nula Master cheff
2 17 Fem Médio
incompleto
Principal: Instagram
Demais: YouTube,
WhatsApp.
Alta Power couple, Master Cheff, The
Voice, A Fazenda, O Aprendiz, De
Férias Com o Ex, BBB.
3 20 Fem Superior
incompleto
Principal: Twitter, Demais:
Instagram, YouTube.
Alta BBB, The Voice, The X Factor
4 22 Fem Superior
Incompleto
Principal: Facebook
Demais: Instagram, YouTube,
WhatsApp.
nula Power couple, The Voice, Bake
Off, Master Cheff, A Casa
5 24 Masc Técnico
superior
Principal: Whatsapp e
Demais: YouTube
Média Master Cheff, A Fazenda, Busão
Do Brasil, Bake Off.
6 21 Masc Técnico
superior
Principal: YouTube e
Demais: WhatsApp
Muito baixa Power couple, Master cheff, Bake
Off, De Férias Com o Ex.
7 24 Masc Superior
incompleto
Principal: Twiter e YouTube
Demais: WhatsApp
Alta Bake Off, Master Cheff, Busão do
Brasil, De Férias Com o Ex, No
Limite, Shark Tank, O Aprendiz
8 18 Fem Médio
incompleto
Principal: Instagram, Twitter.
Demais: YouTube,
WhatsApp.
Alta Power couple, Master Cheff, De
Férias Com o Ex, BBB.
11
Após a análise dos dados coletados percebe-se que nesse estudo há dois grupos de
netizens e que esses grupos tem acesso a estímulos diferentes, logo apresentam
comportamentos diferentes diante desses estímulos. Para fins de análise, os grupos foram
divididos de acordo com o seu comportamento nas redes sociais, assim como pelas redes
sociais que têm mais peso para eles. O Grupo A tem o costume de interagir com todo tipo de
conteúdo, através de diversas plataformas, enquanto o grupo B não interage com conteúdos
dos quais não são consumidores. O que pode ser percebido como principal diferença entre os
grupos, além das redes sociais que acessam, é a forma como se comportam nelas. O grupo A
tem o costume de interagir com o conteúdo e buscar noticias, seja em portais específicos ou
em redes sociais como Twitter e Youtube, que apontam os conteúdos em alta e a partir do
apontamento dessas redes, interagem com o conteúdo e outros usuários a fim de se inteirar
sobre os acontecimentos. Por outro lado, o grupo B se comporta de forma passiva, toma
conhecimento apenas dos acontecimentos que chegam até ele, costumeiramente em forma de
memes ou humor vindo das páginas que seguem. A máxima de interação virtual desse grupo é
a leitura de comentários, para saber do que se trata o acontecimento relatado.
Grupo A (participantes 2, 3, 7 e 8) Grupo B (participantes 1, 4, 5 e 6)
Consome diferentes tipos de mídia, que
fornecem vários tipos de informações, que
transcendem a bolha social como Twitter e
YouTube.
Consome mídias que são baseadas em grupos
de amigos presentes, como Facebook e
WhatsApp.
Estão cientes dos acontecimentos à volta e
costumam se atualizar sobre as noticias
diariamente no Twitter ou portais de
notícias.
Não tomam conhecimento de muitos
acontecimentos, exceto quando viram grandes
acontecimentos. Os assuntos mais importantes
chegam até eles.
São sensíveis a inserções publicitárias,
podem vir a clicar em alguns anúncios.
São pouco sensíveis a inserções, ignoram todos
os anúncios.
Se lembram com facilidade dos
participantes do jogo, geralmente pelas
polêmicas causadas no game.
Se lembram de poucos participantes, mas
nunca pela participação no jogo. Apenas por
trabalhos externos ou participação em outros
programas.
Interagiram com o reality em algum
momento, seja buscando noticias ou
participando de dinâmicas propostas.
Não apresentam nenhum tipo de interação.
Tabela 2: Características por grupo. Fonte: elaborado pela pesquisadora (2019)
12
Observando os grupos, percebe-se que o grupo A está muito mais exposto a estímulos
publicitários e grupos de influência, uma vez que estão presentes em redes sociais que não se
baseiam em grupos de amigos próximos. Eles são dispostos a participar de discussões, ler
artigos relacionados, clicar em anúncios e manchetes e até buscar mais informações sobre o
assunto. Esse grupo apresenta maior conhecimento a respeito do BBB, porque está mais
exposto e mais engajado na maior quantidade de temas possíveis. Em detrimento do outro, ele
se envolve mais ativamente com o que assiste.
Entretanto o grupo B se apresenta mais comedido no que diz respeito a interações
virtuais. Procuram seus amigos e conhecidos em redes sociais, conversam em seu grupo de
colegas e pouco sabem a respeito do que acontece fora de seus olhos, a menos que haja algum
tipo de interação onde novos fatos sejam apresentados. Por isso, estão expostos em menor
grau a qualquer tipo de estimulo virtual. Não se envolvem com o programa, não conseguem se
lembrar de muitos rostos presentes no reality e raramente interagem de alguma forma com o
formato. Estes, embora tenham contato com outros realities não se interessam pelo programa
estudado, por motivos que vão desde o desinteresse pela temática, até o desconforto gerado
pela interferência externa exagerada.
5 DA CONVERGÊNCIA MIDIÁTICA ADOTADA NO BBB
A cultura da convergência exige que a mídia massiva tradicional se reinvente, essa
demanda surge principalmente do desejo de conquistar um público jovem, engajado, que
interage ativamente com os conteúdos consumidos, que conversa instantaneamente por meio
de aplicativos, cria playlists colaborativas para curtir com amigos de outros estados, ama ou
odeia imediatamente um vídeo e expõe isso ativamente em seus perfis, um público que propõe
boicotes ou defesas instantâneas. São todos pequenos “digital influencers” trabalhando 24
horas por dia em seus perfis. Esse público tem a necessidade de participar do conteúdo, não
apenas de assisti-lo. É sobre isso que Kotler (2017) fala quando diz que os nativos digitais
preferem experimentar as coisas e se envolver com marcas, por meio de interações.
A questão é que para conquistar esse público, é necessário existir num ambiente em
comum, que não é mais a televisão.
O reality que teve sua estreia nos anos 2000 é mais antigo que o processo de
convergência midiática exposto por Jenkins e demorou algum tempo para que conseguisse
incorporar os novos conceitos. Segundo Maria Lília Dias de Castro (2010), os processos de
13
convergência nos moldes de transposição de sentido, sempre existiram entre mídias
tradicionais, mas com o advento da tecnologia o processo de convergência midiática passa a
implicar o envolvimento de diversas plataformas em seu desenvolvimento. Ela depende então
do emprego de um conjunto de dispositivos e suportes vindos de outras mídias, mobilizados
para realização, consumo e veiculação de programas televisuais. Esse tipo de convergência
abre novas possibilidades para que os telespectadores se tornem usuários e produtores, já que
agora os produtos televisuais podem convocar vários recursos midiáticos de diversas
plataformas em seu desenvolvimento, na forma de interação com o telespectador e até mesmo
na própria narrativa da história. No programa estudado, é somente em 2018 que se percebe
uma movimentação intensiva em direção aos novos moldes convergentes a fim de abraçar um
público que não está exposto às inserções televisivas. Essa convergência é definida por
Jenkins (2008) como um fluxo de conteúdos através de diversos suportes midiáticos e o
comportamento migratório do público que vai em busca das partes do entretenimento
desejado através dessas mídias que cooperam entre si.
Quando o programa passa a abranger novas possibilidades tecnológicas, ele oferece
uma experiência mais completa ao telespectador. Algumas mudanças em direção à
convergência foram: movimentação da história dos personagens de encontro à narrativa da
novela em curso (caso Gleici); produção de conteúdos exclusivos (Fogo no Parquinho);
gestão de mídias sociais e o espaço para que os telespectadores enviassem seus memes (Big
Treta Brasil).
Enquanto o Caso Gleici e Big Treta Brasil podem ser categorizados como uma
manobra de convergência midiática inerente, que segundo Castro (2010) acontece quando o
texto televisivo incorpora características de outro meio em seu conteúdo. Os demais
movimentos como a produção de conteúdo exclusivo no Globo Play e a gestão de redes
sociais trabalham o conceito de aderência, que Castro também define como uma situação em
que o texto vai de encontro à outra plataforma, onde ele se expande e se desdobra em novos
textos.
5.1 Caso Gleici
De acordo com Jenkins (2009), a circulação do conteúdo entre várias mídias é o que
garante o processo convergente, ele ainda explica que a convergência é fomentada por uma
busca pelo conteúdo desejado em vários meios dispersos. Nessa perspectiva, é possível
afirmar que a convergência depende da busca do telespectador pelas partes do entretenimento
14
desejado. É função dos gestores da mídia fazer esse quebra-cabeça para que o público possa
montar e é exatamente isso que a produção do programa faz quando transpõe o sentido da
narrativa de Clara Tavares para Gleici. Isso obriga o telespectador do BBB a se inteirar nos
acontecimentos da novela.
No caso Gleici pode ser percebida uma expansão do reality, que abraça o roteiro da
telenovela O Outro Lado do Paraíso. Essa movimentação pode ser classificada como
aderente, pois expande e desdobra a narrativa televisual, tornando Gleici uma repetição do
personagem e redirecionando os sentimentos do público.
Sobre a aderência, Castro (2010) explica se tratar da expansão do texto televisual em
outros contextos. No caso estudado, a produção expande o texto em seu meio de origem em
um movimento circular, pois o mesmo continua dentro da produção televisual havendo apenas
uma transição de gênero. Na adaptação da narrativa, dá-se ênfase ao drama e à possibilidade
de vingança do personagem do reality, sendo claramente uma tentativa de convidar o
telespectador do gênero original ao gênero que adota a narrativa da telenovela.
5.2 Da Produção De Conteúdo Exclusivo – Fogo No Parquinho
Ao produzir uma série exclusiva para assinantes pode ser identificado um reforço ao
modelo de convergência aderente, porque essa movimentação expande a narrativa televisiva
para uma experiência virtual, onde o telespectador assiste ao programa na televisão, mas
precisa de mais do que é ofertado pela edição e procura as peças restantes do seu
entretenimento em outros meios. Jenkins (2008) expõe que a convergência depende de um
mecanismo que seja capaz de fluir para outros canais. A melhor forma de fazer isso seria
conduzir o telespectador a um meio que realize essa função, uma vez que somente assim ele
pode ter contato com novos produtos, notícias sobre o programa e comunidades, esse
telespectador está diante de uma nova experiência a cada decisão que toma.
“A convergência não depende de qualquer mecanismo de distribuição específico. A
convergência representa uma mudança de paradigma – um deslocamento de
conteúdo midiático específico em direção a um conteúdo que flui por vários canais”
(JENKINS, p.310, 2008).
Essa fluidez para outros canais transcende a ideia de simplesmente disponibilizar mais
conteúdo em outras plataformas, mas consiste em criar novos conteúdos a partir do que havia
sido criado antes. Nesta perspectiva, a produção atinge o ponto alto da convergência midiática
quando é capaz de fluir o conteúdo do reality para novas narrativas, que neste caso resultou na
15
criação de uma espécie de after-party8 para os assinantes do conteúdo exclusivo “Fogo no
Parquinho”.
5.3 Do Online Para O Offline - Big Treta Brasil
Durante a exibição do programa, o público foi encorajado a criar seus memes 9e enviar
para a emissora por meio de um grupo de WhatsApp10
e esses memes seriam exibidos na
edição de domingo, dia de eliminação onde há uma produção especial do programa. Neste dia
é exibido um resumo dos momentos mais marcantes e decisivos, além de acontecimentos
cômicos e situações complicadas. São justamente esses momentos os mais comentados pelos
telespectadores do programa, que de forma voluntária já criavam memes e veiculavam nas
redes sociais. O que a emissora fez foi abrir um espaço em sua grade para que a linguagem
online invadisse a programação e envolvesse aqueles que por algum motivo, ainda não são
adeptos às novas tecnologias, além de convidar os criadores e consumidores de memes a
ficarem atentos à edição televisionada para capturar os melhores momentos e congelá-los ou
até mesmo para ver o seu meme em rede nacional.
Kotler fala sobre essa interação entre mídias online e off-line dizendo que o futuro do
marketing envolve uma mescla dos meios.
“As mídias tradicionais e contemporâneas para comunicação de marketing, como a
televisão e mídia social, também se complementarão. Muitas pessoas buscam as
ultimas noticias no Twitter, mas acabam retornando à televisão para assistir aos
canais de noticias em busca de uma cobertura noticiosa mais confiável e profunda.
Por outro lado, assistir a TV costuma incentivar as pessoas a realizar atividades
online em seus smartphones. Por exemplo, um filme exibido na televisão poderia
desencadear a busca por uma avaliação online. Um comercial no intervalo da
programação também pode ser um gatilho para as pessoas comprarem produtos
online.” (Kotler, p.42, 2016).
O autor conclui sua fala observando que “as características dos novos consumidores
nos levam a perceber que o futuro do marketing será uma mescla contínua de experiências
online e off-line”. A percepção desse acontecimento leva o Big Brother a não somente
permitir, mas incentivar que esses dois universos, até então distintos, se juntem em torno do
reality.
8 “Pós-festa”. Termo utilizado para definir uma nova confraternização, após a festa principal.
9 Imagens de cunho humorístico que viralizam na internet
10 Aplicativo de troca de mensagens instantâneas
16
5.4 Da Gestão De Redes Sociais
Durante a edição do programa, o twitter foi o principal meio de comunicação da
emissora com o público. Durante a exibição do programa, o perfil do twitter foi usado de
forma ativa, incluindo os netizens na narrativa da edição. Mais do que um canal de
comunicação unilateral, o perfil foi usado de maneira a incluir o telespectador na edição do
programa. Para tanto, foram realizadas enquetes, transmissões ao vivo com informações
privilegiadas sobre os futuros acontecimentos da casa, além da produção de conteúdo para
entreter o público e lembrá-los de acessar as novas notícias da casa.
Percebe-se uma movimentação diferenciada tanto em relação às chamadas que passam
a se adequar aos costumes cibernéticos, como a produção de conteúdo específico para as
redes, como podemos ver nos casos abaixo:
Nas duas imagens acima, percebe-se uma movimentação de expansão do texto
televisivo em direção às redes sociais. Em ambos, o telespectador tem acesso à um conteúdo
derivado do programa, mas com todas as características do virtual. São textos curtos,
engraçados, ricamente ilustrados e que podem ser importados do online para a vida do
telespectador.
No que foi chamado de #RedeBBB eram realizadas transmissões ao vivo, no horário
do último intervalo comercial da telenovela que precedia a exibição do reality. Essa
transmissão não apenas lembrava o internauta que o programa em breve entraria no ar, como
também oferecia uma espécie de aquecimento para o que viria.
Figura 1: chamada ao vivo no twitter,
momentos antes da edição entrar no ar.
Fonte: Twitter oficial da emissora (2018)
Figura 2: meme produzido pela edição do
programa, veiculado no twitter oficial.
Fonte: Twitter oficial da emissora (2018)
17
De acordo com Sulz (2018), estrategista na plataforma Rock Content o engajamento
nessa rede social “mostra o potencial do Twitter de atuar como uma segunda tela, em que os
usuários comentam os programas que estão vendo durante a noite.” já que “o engajamento vai
até tarde da noite quase todos os dias da semana”. Aparentemente, a produção do programa
percebeu esse potencial na rede social e aproveitou os melhores horários para lembrar o
telespectador a respeito da exibição do reality e ainda convidá-lo a participar de um debate
nas redes sociais.
Embora o uso do Twitter não seja novidade entre os mais engajados, o posicionamento
do programa foi algo diferenciado. Agora com mais conteúdos digitais, era possível saber
praticamente tudo que acontecia na casa apenas seguindo o perfil do reality que durante toda a
edição se comprometeu em trazer atualizações frequentes – quase instantâneas. sobre os
acontecimentos da “casa mais vigiada do Brasil”. Outros aspectos importantes do
posicionamento virtual, como as chamadas para o Gshow e memes criados pela produção
auxiliaram a fixar a mensagem transmitida pelas mídias. O texto de chamada incorpora
características comuns da rede social em que se insere.
Figura 3: Chamada para o GShow. Fonte: Twitter oficial da emissora. (2018)
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Na imagem acima, por exemplo, o tweet usa os termos da rede social “mana” e “cola”
que não fazem parte da linguagem jornalística com a qual estamos habituados, mas que faz
todo sentido dentro do contexto cibernético.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
No que concerne a esta reflexão, buscou-se examinar a convergência empregada
dentro da 18ª edição do reality show “Big Brother Brasil”, esclarecendo conceitos como a
aderência e inerência das mensagens televisivas, bem como resgatando a noção da
convergência. Possibilitando o apontamento dos moldes utilizados dentro da produção
televisiva.
Tomando como base todo o exposto, é inegável o uso da convergência nos moldes de
expansão (aderência), quando a história de Gleici se funde à de Clara Tavares e quando a
emissora lança o especial Fogo no Parquinho, o que possibilitou ao publico que ainda não era
alcançado pelo reality um contato mais profundo com o que o programa poderia lhe oferecer
em termos de entretenimento. Quando o reality se mistura à telenovela e ao digital, torna-se
quase indissociável e cada vez mais difícil que o cidadão médio esteja aquém do que se passa
dentro da casa. Assim como os movimentos de inerência quando tratam da integração do
online ao off-line e os novos moldes de gestão de mídias sociais, que foram fundamentais
para que o telespectador pudesse se sentir um agente ativo de mudança, quando busca se
envolver e interagir com o programa sedento por um entretenimento personalizado.
Como resultado dessas mudanças, segundo métricas do Kantar Ibope Media o reality
registrou 31 pontos de audiência na noite da final, coisa que não acontecia desde 2010 quando
Marcelo Dourado foi campeão do reality. Padiglione (2018) aponta em matéria para o Jornal
Folha de São Paulo 11
que a 18ª edição do programa registrou altos níveis de interação no
Twitter, tendo alcançado da sua estréia ao encerramento, mais de 50 milhões de tweets 12
sobre
o assunto. Dessa forma, a sinalização em direção às mudanças não apenas tecnológicas, mas
de comportamento mostram o quanto o programa está atento e disposto a se reinventar para
encontrar seu público, esteja ele onde estiver. Tais mudanças denotam o novo paradigma de
uma sociedade que não se sente mais satisfeita com o consumo passivo das mídias, mas que
está disposta a participar do que assiste, uma vez que convidada.
11
<https://telepadi.folha.uol.com.br/bbb-18-foi-maior-audiencia-reality-nos-ultimos-8-anos-e-recorde-
no-twitter/> acesso em 05 Mai. 2019. 12
Como são chamados os posts na rede social Twitter
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REFERÊNCIAS
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20
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TRIVI OS, Augusto Nibaldo Silva. : a pesquisa
qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1990. p 146.
APÊNDICE
Entrevista semi-estruturada
Primeira Parte – Apresentar uma sequencia de perguntas a respeito dos hábitos de consumo
dos entrevistados. Objetivo: mapear o perfil do entrevistado
a. Você tem costume de assistir TV aberta?
b. Acessa redes sociais com que frequência? Quais? Por quantas horas diárias?
Segunda parte – Apresentar questões especificamente sobre reality shows. Objetivo: verificar
a possibilidade do entrevistado ser atraído acidentalmente pelo programa, com base no gosto
pelo gênero. Entrevistador deve estimular os entrevistados a falarem dos realities, qual é o
favorito, qual foi a melhor edição, em qual mídia assiste e porque gosta do título citado.
Explorar todos os realities, questionar sobre os mais famosos, caso não sejam citados (Master
Cheff, Dança dos Famosos, A fazenda, O Aprendiz, De Férias com o Ex, The Voice).
c. Assiste algum reality show? Qual?
d. Assiste/já assistiu o BBB? E a 18ª edição?
Terceira parte – Apresentar rostos famosos das edições do BBB para que o entrevistado
reconheça. Objetivo: Verificar o envolvimento com o reality, saber se os participantes foram
lembrados pela participação no reality ou por outros fatores, uma vez que vários se tornaram
atores ou apresentadores na televisão nacional.
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