Editorial
Se a traição é um ato ao qual todas as pessoas estãosujeitas, está na hora de saber como agir se, pordesventura, você se tornar mais uma “vítima”. Nareportagem de capa deste domingo, especialistas emrelacionamentos reforçam a importância de trabalhar aautoestima para não se prender ao traidor. Erecomeçar. “Você consegue ser feliz e começar de novose valorizar e reconhecer sua autoestima. Não secontente com migalha. Você merece o banquete”, diz apsicóloga Beth Valentim. “Busque novidades para suavida, fique alerta àquilo que seja interessante eprazeroso”, também recomenda o psicólogogestalt-terapeuta Hugo Oddone.
24
Roteiro inesquecível pelo Vietnã revelalendas da baía de Halong, uma dasMaravilhas do Mundo
16
Aos 51 anos, ator Humberto Martins,destaque de “Gabriela”, videncia seuamadurecimento artístico
13
Para espiritualista, devemos praticar areligiosidade autêntica a fim de nosmantermos fortalecidos para enfrentaras experiências da vida
Poesia
Canção do dia de sempre
Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...
Mário Quintana
EDUCAÇÃOUniversidade Schumacher, naInglaterra, revoluciona ensinocom ênfase na visão holísticae em harmonia com a naturezaPáginas 8 e 9
SAÚDEAlimentação balanceada econtrole do estresse sãonecessários ao fortalecimentodo sistema imunológicoPáginas 10 e 11
COMPORTAMENTOAfinidade com a internet temlevado um número cada vez maiorde pessoas a buscar o meiovirtual para fazer terapia on-linePágina 12
PAULO COELHOEscritor “volta” a 1986, data daexplosão nuclear em Chernobyl,na Ucrânia, o pior desastrecriado pela mão do homemPágina 32
Agência O Globo
Luiza Dantas/Divulgação
Turismo
Rubens Cardia
Televisão
Recomeçar
Marcos LelisDIÁRIO DA REGIÃO
Editor-chefeFabrício Carareto
Editora-executivaRita Magalhães
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Editora de TurismoCecília Demian
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Tratamento de ImagensArthur Miglionni, Humberto
Pereira e Luciana Nardelli
MatériasAgência Estado
Agência O Globo
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2 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
DUAS VIDAS
Esoterismo
José Trigueirinho Netto
Há vidas que se norteiam pelo es-
tado de consciência da maioria. Nes-
se estado, entra-se em um vórtice de
forças desprovido de essência. Na
realidade, esse vórtice a que cha-
mam vida representa a média das
tendências de quantos compõem a ci-
vilização; portanto, não é a vida ver-
dadeira de ninguém, de pessoa algu-
ma. E são essas forças que levam o
ser humano a buscar felicidade na
existência externa, voltada para valo-
res fictícios. Essa busca se transfor-
ma em sofrimento, já que o prazer e
o desejo são fugazes e a insatisfação
volta sempre. Todos conhecem esse
tipo de vida, considerado normal.
Porém, quando um indivíduo de-
cide transcender esse estado, as for-
ças intrínsecas à vida que até então ti-
nha adotado voltam-se contra ele,
procuram incutir-lhe idéias, taxam-
no de exótico, condenam-no como al-
guém à parte dos demais, tentam dis-
suadi-lo da busca da pressentida me-
ta evolutiva. Tais forças, poderosas,
o convidam a repetir as experiências
passadas e incluem no convite até
mesmo o que nessas experiências
houve de meritório. Mas o indiví-
duo liberta-se dessa condição pelo
exercício do desapego, pela perseve-
rança e pela clareza da meta superior
que finalmente começa a apresentar-
se à sua consciência.
Mais além dessa vida comum há
uma existência subjetiva. É a vida da
alma nos níveis abstratos, ou a do
corpo de luz nos níveis espirituais
do ser. Quando essa vida interior
aflora em uma pessoa, significa que
sua alma despertou para a união com
o espírito e está a serviço do Plano
Evolutivo; a irradiação da pessoa é
então suficientemente forte para con-
tribuir na harmonização planetária.
Ao buscar a vida interior, o eu
consciente pode ser permeado de
modo especial pelo amor da alma e
pela vontade do espírito. Por ter
suas raízes além do nível mental, a
vida interior não chega a ser deturpa-
da pelo que se passa na esfera psíqui-
ca individual ou coletiva, bastante
densificada nestes tempos de caos. A
fé, a entrega e a doação de si ao servi-
ço altruísta são requisitos primor-
diais para que ela se amplie no ser,
e para que suas vibrações pene-
trem e transformem o mundo for-
mal, até então renitente a verdadei-
ras mudanças.
É mais fácil serdes vencidos pe-
las forças contrárias à evolução que
emergem de vós do que pelas que
vêm de fora confrontar-vos. Portan-
to, vigiai.
Os que buscam sinceramente a vi-
da interior sabem que tudo o que se
apresenta a eles é uma oportunidade
de aperfeiçoamento e de serviço. De
mundos sublimes, imateriais, as Hie-
rarquias estimulam o despertar da
consciência do homem para os pla-
nos internos da existência. �
Serviço
Extraído do boletim “Sinais de Figueira”(Irdin Editora), de Trigueirinho(www.trigueirinho.org.br). Palestras do autorpoderão ser ouvidas, gratuitamente, no site:www.irdin.org.br, ou no grupo de estudos, quese reúne às quartas-feiras, às 20 horas, na ruaPorfírio Pimentel, 55, Bom Jesus, (2ª travessaacima da Av. Alberto Andaló com a ruaMarechal Deodoro). Mais informações:[email protected]
José Trigueirinho Netto éfilósofo espiritualista, autor de77 livros, com cerca de 2,5milhões de exemplarespublicados até o momento, emais de 1,7 mil palestrasgravadas ao vivo
Os que buscam o interior sabem que tudo o que se apresenta
a eles é uma oportunidade de aperfeiçoamento e serviço
Quem é
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 3
A infidelidade é uma realidade
presente na vida de homens e
mulheres. Autoestima é a chave
para enfrentar a situação com
dignidade e dar a volta por cima
Gisele [email protected]
A traição sempre foi e continua sendo tema de discussões sobre
o comportamento humano. Encontrar diretrizes que indiquem co-
mo evitar que um relacionamento atravesse uma situação co-
mo essa é o foco de estudiosos pelo mundo afora. Sempre se
ouve que os homens traem mais, no entanto, não são novida-
des as escapadinhas femininas. O que continua variando mui-
to são os motivos que levam cada um a violar o compromisso
firmado com o parceiro.
O que pode levar à traição é a forma como a relação se inicia.
“Muitas vezes, um relacionamento já começa com a traição”, expli-
ca o psicólogo cognitivo-comportamental Alexandre Cáprio. O ho-
mem trai uma mulher para ficar com outra. E a amante sabe desse
comprometimento. Se um homem é infiel em uma situação, pode-
rá facilmente repetir esse comportamento em outras ocasiões. Por
isso, muitas mulheres que “roubaram” o homem de outra termi-
nam traídas. Em casos como esses, colocar a culpa exclusivamente
no homem é negar a responsabilidade de uma situação que ela aju-
dou a criar.
Outra questão que leva à traição é o exemplo em casa. Se a rela-
ção entre os pais é turbulenta e cheia de traições, o filho poderá
aprender que relacionamento é traição e, mais tarde, poderá repro-
duzir essa mesma dinâmica em sua vida.
Quando não nos cuidamos ou não nos respeitamos, não conse-
guimos obter o cuidado e respeito alheios. Mulheres que não cui-
dam da aparência e do próprio corpo também podem extinguir o
interesse do parceiro, que abre seu campo de visão para novas pos-
sibilidades. “Uma grande parte das mulheres suporta a traição por
se achar velha e incapaz de atrair um novo parceiro para recome-
çar a vida”, complementa Cáprio.
Essa é uma crença muito comum e causa grande nível de infeli-
cidade. Muitas vezes, a mulher não trai seus princípios, mantendo-
se fiel a um homem que está sempre com outras parceiras. Sente-
se infeliz, mas com medo de ficar sozinha, e acaba aceitando de for-
ma resignada a situação, que pode se arrastar por toda a vida. A saí-
da? Remodele suas crenças e se liberte dessa prisão mental.
Relacionamento
Você acimada TRAIÇÃO
4 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Não encoraje traições. Jamais inicie uma relaçãopor meio de um ato de traição (encorajando alguém atrair outra pessoa para ficar com você). Colocar umpotencial traidor em sua vida pode fazer com quevocê seja o próximo
Analise. Faça uma análise do perfil que vocênormalmente entende como atraente. O desejosexual pode estar associado a característicasnegativas e fazer com que a vida amorosa seja umatroca constante de rostos diferentes ecomportamentos iguais
Cuide-se. Cuidados pessoais, aparência ebeleza andam juntas. Ninguém respeita quemnão se respeita, ninguém gosta de quem nãose gosta e ninguém ama quem não se ama. Aprendaa se valorizar para receber de seuparceiro o devido valor
Cuidado com o perdão. Perdoar não significaesquecer. Se o parceiro perceber que pode ter outrasmulheres sem grandes perdas, o perdão pode setornar o gatilho de uma nova traição. Procurecompreender as verdadeiras causas do queaconteceu. A terapia cognitivo-comportamental paracasais é a mais adequada para superar uma situaçãocomo essa, uma vez que o profissional levantará, deforma neutra, os fatores que levaram asituação a tal ponto
Recomece. Não tenha medo de recomeçar.Não existe idade para ser feliz. Utilize a experiênciaadquirida para construir seu futuro. Os problemaspodem ser como pedras em nosso caminho oudegraus de uma escada que nos projeta cada vezmais para o alto. Escolha a forma que desejainterpretá-los
Fonte: Alexandre Cáprio, psicólogo
Perdoar é possível,esquecer é outra coisa. Cuidado,porque vai ter de conviver comesse fantasma da traição e deveestar preparado/a para isso
Você consegue ser felizsozinha e começar de novo, sevalorizar e reconhecer suaautoestima. É só entender quenão é uma pessoa que secontenta com migalhas e simcom um banquete
Fonte: Beth Vanletim, psicóloga
Dicas contra a traição
Vale a penaperdoar?
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 5
Aumente sua alegria, caminhe, dance,vá a uma academia, arrume novos amigos
Arrisque-se a buscar novidades na suavida, fique alerta àquilo que sejainteressante e prazeroso
Cuide do seu visual. Isso éfundamental, nada melhor como um novolook para levantar o astral, a mudança porfora pode influenciar a mudança por dentro
Dê atenção às suas necessidades,priorize algumas que há muito tempo foramdeixadas de lado
Fonte: Hugo Oddone, psicólogo gestalt-terapeuta
Baixa autoestima afasta parceiro
“Conheci o N. na casa da minha avó, que era dona de uma pensão onde elemorava, e começamos a namorar quando eu tinha 19 anos. Algum tempo depois,descobri que ele estava me traindo com a prima e terminamos, mas nesseperíodo, 11 meses depois do início do namoro, descobri que estava grávida.Voltamos por causa do bebê, depois de ele ter jurado que tinha largado dela. Fuipassar as festas de fim de ano com meus pais no Rio de Janeiro e, na volta, umavizinha contou para minha mãe que ele tinha levado uma mulher para nossa casadurante a nossa ausência. Ele negou e disse que a prima tinha ido até nossacasa para dizer que o filho que eu estava esperando não era dele. Após muitabriga, nos separamos novamente, mas voltamos antes do bebê nascer. Ele foiembora de novo, 15 dias depois do nosso filho, nascer para ficar com a prima epropôs que fôssemos amantes. Eu disse a ele que não precisava disso paraviver, pois tenho amor-próprio e dignidade, não precisava estar ao lado de umhomem que não me respeitava e nem a ele mesmo para criar nosso filho.”
A.C.C., 36 anos, representante comercial, foi traída pelo marido N.N.C.
Dicas para elevarseu nível de autoamor
Mas por que algumas pessoas acei-
tam a traição? A resposta passa pela au-
toestima. “Infelizmente, existem pes-
soas que se gostam pouco e aceitam ser
apenas uma ‘participação’ na vida do ou-
tro”, diz a psicóloga Beth Valentim, au-
tora de livros como “Essa Tal Felicida-
de” (ed. Elevação). “O melhor é poder
optar por ser feliz, sair de uma situação
constrangedora e começar de novo, com
a segurança e a certeza de que o amor-
próprio é o que mais eleva a dignidade
de alguém”, complementa.
Uma pessoa com autoestima baixa
não se conhece suficientemente. Não co-
nhece suas próprias necessidades, suas
defesas, seus medos e, principalmente,
não conhece seus desejos. Não tem
ideia dos seus recursos e de suas poten-
cialidades. Não acredita em si e menos
ainda no meio. Tudo é aterrorizante-
mente ameaçador. Não há espaço para
si neste mundo. “Assim, uma pessoa
com autoestima baixa se acha incapaz
de ser objeto de amor de qualquer pes-
soa”, diz o psicólogo Hugo Odone, ges-
talt-terapeuta. Território fértil para se
tramar infidelidades e traições.
O indivíduo com baixa autoestima
acredita que a pessoa que está com ela
irá interessar-se facilmente por outra,
que será sempre mais atraente e interes-
sante do que ela.
Acredita mais em evidências exter-
nas do que na própria experiência. Sem-
pre duvida dos seus sentimentos, pensa-
mentos ou ações. É facilmente engana-
da por terceiros. A versão da realidade
apresentada pelos outros é mais fidedig-
na do que a própria vivência.
“Uma pessoa com autoestima boa é
aquela pessoa que se apodera dos dese-
jos, das intenções, que organiza e dá um
rumo à própria vida, que sabe tirar pra-
zer das vivências, organiza seus siste-
mas de valores, valoriza e relaciona-se
saudavelmente com seus semelhantes,
na família, no trabalho, no social”, com-
plementa Oddone.
Quem tem baixa autoestima exige do
outro uma total dedicação, muito mais pa-
ra suprir suas carências do que propria-
mente por precisar tanto assim do outro.
Há tarefas que a pessoa precisa fazer por si
sem depender de ninguém. Mas, em tais
condições, não consegue perceber essa sim-
ples verdade. Com essa atitude dependen-
te, possessiva, insegura, persecutória, a pes-
soa com baixa autoestima acaba empurran-
do o outro para outros braços. (GB)
“A outra foi no nosso casamento”
6 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Vingança
Esse é um dos maiores motivos detraição entre as mulheres
Baixa autoestima
Elas se envolvem emocionalmente ese apaixonam por um homem que ofereça aatenção que não recebem do parceiro
Desejo
Muitas mulheres traem por não teremsuas expectativas sexuais correspondidas.Muitas têm vergonha ou acham que seusparceiros não são abertos o suficiente paracompartilhar desejos e fantasias. Dessaforma, ficam insatisfeitas
“Ela destruiu minhaautoconfiança”
Necessidade de provar a masculinidade
Isso vem desde antes da invenção daroda e não vai mudar. Ele precisa seautoafirmar e ter seu ego massageado
Fatores culturais
Desde a infância, os homens crescemouvindo que têm de ser pegadores e queexistem dois tipos de mulheres: a de umanoite só e a “para casar”. Isso talvezexplique porque eles não acham que nãodevem fazer algumas coisas com suasmulheres, sexualmente falando
Aventura e instinto
O homem precisa, em tese, de maisaventuras. A adrenalina e o novo fazemparte da fantasia deles e a rotina docasamento para muitos é um pesadelo
SINAIS DE QUE VOCÊ PODE ESTARSENDO TRAÍDA
Culpa o trabalho para não estar aoseu lado
É uma das primeiras desculpas,principalmente se antes ele nãocostumava passar tantas horastrabalhando por um motivo qualquer oufazendo horas extras
Perde o interesse sexual
Um dia ou outro pode ocorrer delenão estar a fim de transar e vocêtambém: é normal. Só não pode dar amesma ou várias desculpas, como dizerque está cansado, com dor de cabeçaou outra coisa
Fica mais bonito quando não vai
estar com você
Antes era você quem tinha dearrumar as roupas para ele sair e elenem se importava. Agora, se importaem estar mais bem vestido eperfumado quando sai sozinho ou comamigos
Não deixa você mexer no celular dele
O celular toca e ele corre paraatender antes que você o faça, egeralmente longe. Antes, deixava vocêatender e até mesmo dar umas olhadasnas mensagens
SINAIS DE QUE VOCÊ PODE ESTAR
SENDO TRAÍDO
Ela começa a agradar muito
Uma das grandes característicasdas mulheres ao fazerem algo errado édisfarçar por meio do agrado, semmotivo aparente
Sai mais com as amigas do
que com você
Quem ama não deixa o outro parasair com os amigos com frequência. Seisso acontecer, fique alerta. É claro queas mulheres gostam de estar juntaspara conversar sobre coisas que sócomentam entre si, assim como oshomens. Mas não sempre
Deixa de se importar com a beleza
quando está com você
De um dia para o outro, elacomeça a chegar mais desarrumada,
com qualquer roupa, sem maquiagem...E você percebe que, quando ela nãoestá com você, arruma-se toda
Fica feliz ao receber ligações oumensagens de uma suposta amiga
Do seu lado, ela fica normal, semdemonstrar alegria ou entusiasmo. E aírecebe uma ligação ou uma mensageme dá pulos de alegria. Há grande chancede não ser uma amiga
Lista de chamadas e de caixa demensagens sempre apagadas
Mulheres costumam apagarrastros. Se a lista de chamadas docelular, assim como a caixa demensagens, está sempre apagada, éporque tinha algo antes que você nãopodia olhar �
“Eu e ela morávamos juntos havia 11 meses e orelacionamento era supernormal, sem que houvesseindícios de problemas. A filha dela de dois anosmorava conosco e sempre cuidei dela com o carinhode um pai. Comecei a desconfiar que havia algoerrado quando, de uma hora para a outra, elacomeçou a carregar o celular para todos os cantos,inclusive para o banheiro. Ela também começou afrequentar demais o apartamento onde o outromorava com a família e que ficava embaixo do nosso,a sair para fazer caminhadas em horários diferente enão querer sair tanto de casa como antes. Comecei aver um número diferente no celular dela até que umdia o telefone tocou e eu retornei a ligação. Eleatendeu e disse “fala, amor”. Desci imediatamenteao apartamento dele, mas ele estava viajando e eunão disse nada a ela. Passaram-se 15 dias e eufiquei torcendo para que ela largasse, porque eugostava muito dela e estava disposto a perdoar,até que no aniversário dele vi que os dois saírampara se encontrar, enquanto eu fui para nossoapartamento cuidar da filha dela. A mãe dela ficoudo meu lado e ela acabou perdendo muito porcausa disso. Tirei minhas coisas do apartamentoe fui embora. Algum tempo depois, ela tentou usara filha, que eu gostava muito, para sereaproximar, mas não quero mais saber. Ainda dóiquando penso, apesar de estar namorando e felizhá um ano. O pior é que ela destruiu minhaautoconfiança e sempre acho que pode acontecertudo de novo. Ainda vai demorar um pouco, mas vourecuperar a confiança”
P.C., 33 anos, técnico em informática,foi traído por V.B., 29 anos
Saiba
Por que eles traemPorque elas traem
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 7
Universidade
Schumacher,
na Inglaterra,
chama atenção
pela proposta
pedagógica com
visão ecológica
e holística
Elen [email protected]
Aulas convencionais, salas
cheias e provas teóricas: nada
disso é encontrado na universi-
dade britânica Schumacher.
Disciplinas não convencionais,
valorização da culinária vegeta-
riana e orgânica e técnicas alter-
nativas de ensino colocam o lo-
cal como um dos mais valoriza-
dos no momento em educação.
Schumacher está localizada
em uma pequena cidade chama-
da Totnes, na Inglaterra, em
um prédio de centenas de anos
com traços que mesclam carac-
terísticas medievais, ocidentais
e indianas. A posição da univer-
sidade é privilegiada, totalmen-
te integrada entre jardins e be-
los bosques.
Os cursos oferecidos são de
pós-graduação, formação profis-
sional ou curta duração, e os valo-
res não são nada baixos. Os cus-
tos podem chegar a quase 18 mil
libras, o equivalente a R$ 54 mil
em um ano de curso, preços justi-
ficados pelo alto e diversificado
nível do corpo docente.
Em turmas pequenas – ge-
ralmente entre 15 e 20 pessoas
por turma –, os alunos têm con-
tato com professores pensado-
res, ativistas e profissionais de
vários países. Esse perfil de edu-
cador não significa, no entan-
to, que são professores contra o
capitalismo ou a globalização,
eles apenas querem mostrar
que é possível explorar o poten-
cial do mercado, mas de forma
benéfica para todos. Tanto que
a universidade recebe estudan-
tes das mais diferentes forma-
ções profissionais, como econo-
mistas, empresários, políticos,
cientistas.
A educação ganha destaque
pela sua interatividade, inclu-
são de vivências práticas e parti-
cipação ativa, onde as salas de
aula convencionais abrem espa-
ço para jardins, bibliotecas, sa-
las de meditação, hortas e cozi-
nhas. Nesses ambientes atípi-
cos são desenvolvidas habilida-
des e pensamentos estratégicos
para enfrentar e resolver desa-
fios ecológicos, econômicos e
sociais, com fundamentos de-
senvolvidos na cosmovisão eco-
lógica e holística.
Novo olhar
A ideia, na verdade, é trans-
mitir uma visão de mundo di-
ferente para pensar, viver e tra-
balhar. As experiências ricas,
mas repassadas com rigor, pos-
sibilitam esse envolvimento
mais completo com tudo que
está ao redor. Ali tudo é feito
pensando em mudanças positi-
vas para o mundo. E é esse o
grande objetivo desta nova li-
nha de pedagogia.
Provocar uma nova percep-
ção está nos planos desde a funda-
ção de Schumacher, há 20 anos.
Ensinar a ter essa visão diferencia-
da para o mundo, a fazer avalia-
ções em todas as ações, desde as
mais simples, mostrando todos
seus impactos.
Quem estuda em Schuma-
cher não aprende apenas o que
é proposto na grade curricular.
Aprende a dimensão do espa-
ço, o contato com a natureza e
com pessoas de diferentes par-
tes do planeta, a refletir sobre a
vida e o papel de cada ser huma-
no nesse mundo.
Envolvimento
Na universidade, estudan-
tes, voluntários e professores
de origens e culturas diversas
entram em contato com o míni-
mo de hierarquia possível, em
um ambiente onde todos têm
as mesmas tarefas. Dinâmicas,
palestras e debates envolvem o
ensino baseado em um estilo
de vida sustentável, com traba-
lhos voltados para o desenvolvi-
mento da consciência social, es-
piritualidade e filosofia.
A cozinha é um ponto de en-
contro importante para todos
os estudantes, a começar pelo
cultivo da horta. Quem escolhe
vir para Schumacher aprende a
cultivar o próprio alimento, a
fazer as limpezas necessárias
no ambiente, a preparar pratos
deliciosos e a apreciá-los, crian-
do uma grande valorização da
comida, que tornou-se muito
famosa no vilarejo de Totnes.
Todo esse envolvimento
garante uma formação am-
pla, que inclui a inspiração
para novos pensamentos so-
bre a vida. Para completar o
ensino teórico, a universida-
de oferece a consulta de li-
vros que estão disponíveis
em uma imensa e invejada bi-
blioteca, além dos materiais
específicos para cada curso.
Educação
Diferente e eficientePosição da universidade
na pequena cidade de
Totnes é privilegiada,
totalmente integrada
entre jardins e bosques
Fotos: Divulgação
8 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Uma sala para meditaçãoé disponibilizada para meiahora de reflexão e relaxamentoantes do café da manhã
Após a primeira refeiçãodo dia, uma reunião é realizadacom todos os alunos deSchumacher
Nesse encontro, é feitaa divisão de todas as tarefase trabalhos do dia entreos grupos
Entre as atividades estãoatuar na cozinha, limpeza oujardinagem
Na cozinha, o destaquefica para a comida colorida evegetariana, rica em alimentosorgânicos e frescos produzidosna escola
Palestras, debates eestudos específicos entram naprogramação diária
Durante a noite, maispalestras são proferidas porprofessores da instituição.Elas são abertas à toda apopulação da cidade, umaforma de abrir espaço para ocontato dos moradores locaise alunos
O sucesso da metodologiada universidade e a saborosaculinária estimulam o retornode alunos e a retribuição como voluntariado
PÓS-GRADUAÇÃO
Mestrado em Ciência Holística
Mestrado em Economia de Transição
Mestrado em Horticultura Sustentável
FORMAÇÃO PROFISSIONAL E PRÁTICA
Certificado em Horticultura Sustentável
Certificado em Edifício Natural
Programa Ecológico de Alfabetização do Projeto Landscope
CURTA DURAÇÃO
Corpo e Terra
Auto-Construção, Construção da Comunidade,Regulamentos de Planejamento e Construção
Terra Pilgrim
Mudança de Conflitos e Reconciliação – Aprendendo
com o Frontline
Escassez, Ecologia e Economia Presente
A experiência de Schumacher
Amor em Ação: Um Guia para Ativismo Sagrado
Sabedoria, Conscientização e Compaixão no Trabalho
Constelações Ecológicas: Desbloqueio de Soluções paraDilemas Pessoais e Organizacionais
Cultivando uma Visão de Mundo: Pessoa, Lugar e Prática
Bancos em Nós Mesmos: Novos Modelos deFinanciamento para Iniciativas Baseadas na Comunidade
Narrativas de Sustentabilidade �
Fonte: Site oficial da Schumacher College
Cursosdisponíveis para 2012
Bolsa de estudosPara quem não pode pagar
os preços salgados dos cursos
oferecidos em Schumacher, há
a possibilidade de solicitar bol-
sas de estudos. O site oficial da
universidade não informa
quantas, mas já avisa que não
são muitas, portanto, é preciso
se empenhar para conquistar
uma delas.
Para se preparar para fazer
o pedido de assistência finan-
ceira, é preciso primeiramente
conhecer tudo sobre o colégio.
Em seguida, ao escolher o cur-
so, elabore um requerimento
que deve ser enviado via fax ou
e-mail. Juntamente ao pedido,
é necessário ainda justificar os
motivos que demonstrem o me-
recimento do benefício e como
poderá retribuir para a comuni-
dade e a própria universidade.
As exigências não param
por aí. O setor que analisa as
bolsas pede ainda duas cartas
de apoio que podem ser de ami-
gos, professores ou empregado-
res, demonstrando que o candi-
dato à bolsa é merecedor da
oportunidade.
Uma outra ficha deve ser
preenchida com dados pessoais
e gerais, além da obrigatorieda-
de de apresentação de cópias de
alguns documentos.
Para mais informações, aces-
se o site www.schumachercolle-
ge.org.uk e visite o link “Bolsas
de Estudos”. (EV)
Curso na Colômbia
O dia a dia em Schumacher
Quem escolhe
vir para
Schumacher
aprende a
preparar o
próprio alimento
e a respeitar a
natureza
O curso Ciência Holística e
Economia de Transição, o pri-
meiro na América Latina, irá
misturar aprendizado on-line
e a presença aos fins de semana
no local definido para as aulas.
A intenção é aproximar e ofere-
cer mais oportunidades para
alunos conhecerem o método
adotado em Schumacher.
As aulas do curso serão da-
das na cidade de Tenjo, em
Cundinamarca, a cerca de uma
hora de Bogotá, na Colômbia.
As datas estão previstas para
início em outubro e término
em março do próximo ano,
com um intervalo de três sema-
nas para os feriados do Natal e
Ano-Novo.
O investimento total do cur-
so fica em 1.640 libras, o equi-
valente a pouco mais de R$ 5
mil. O valor inclui o paga-
mento do programa de estu-
do e taxas de alimentação e
alojamento. (EV)
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 9
Alimentar-se de modo correto, exercitar regularmente
o corpo e manter a carteira de vacinação em dia são
meios para fortalecer o sistema imunológico
Elen [email protected]
Quando a saúde não está bem, o corpo
envia sinais de que algo precisa ser feito pa-
ra restaurar seu equilíbrio perfeito. O siste-
ma imunológico funciona dessa forma e, pa-
ra harmonizá-lo, é uma questão de disposi-
ção e uma boa alimentação.
Mas se com o corre-corre do cotidiano
há uma brecha aqui e outros descuidos ali
não há organismo que resista, deixando to-
da a estrutura de defesa natural fragilizada.
Com a imunidade em baixa, é criada uma
porta de entrada para gripes e aftas constan-
tes, herpes, infecções intestinais, de pele,
do trato urinário, estomatites e inflama-
ções de ouvido.
Isso acontece porque o sistema
imunológico depende de substâncias es-
pecíficas como hormônios, vitaminas e
sais minerais encontrados nos alimen-
tos para criar uma barreira protetora de
células de defesa do organismo contra
doenças oportunistas.
Em conjunto, por exemplo, as frutas, ver-
duras e os legumes possuem alguns desses
complementos necessários para reforçar a imu-
nidade, sendo que “o ideal é consumir cinco
porções de frutas ou hortaliças por dia”, infor-
ma a nutricionista Larissa Daniela de Oliveira
Colebrusco, de Rio Preto.
Polivitamínicos
A primeira ideia que vem à mente quan-
do nota-se que a imunidade está baixa é fa-
zer o uso de polivitamínicos. Embora seja
uma opção, é importante que essa
suplementação seja adotada somente quan-
do esgotadas as opções naturais.
De acordo com a nutricionista Larissa,
é preciso que seja feita uma avaliação sobre
a alimentação da pessoa, exatamente por-
que muitas vezes o problema está aí. “É ne-
cessário avaliar se o hábito alimentar está
correto ou se há a possibilidade de melho-
rar a qualidade dessa alimentação antes de
iniciar uma suplementação”, destaca.
É claro que o uso descoordenado de polivi-
tamínicos não é recomendado, pois pode pro-
vocar alguns problemas e reações do organis-
mo. Diarreia, náusea e vômito são alguns des-
ses efeitos colaterais de superdosagens de vita-
minas, no entanto, há diferenças.
O abuso dos polivitamínicos para su-
prir uma alimentação pobre em nutrientes
tem resultados diversos. De acordo com a
tolerância e o estado de saúde, a forte con-
centração das doses pode variar com mais
ou menos intensidade.
Atividade física
A prática regular de exercícios físicos é
capaz de fortalecer o sistema imunológico.
O motivo é que, no final da movimentação
do corpo, desde que de forma moderada, o
treino estimula a produção de substâncias
como insulina, cortisol, catecolamina, vaso-
pressina e endorfina.
Juntas, essas substâncias aumentam os
glóbulos brancos que protegem o orga-
nismo e podem destruir alguns vírus e
tumores. O professor Eduardo Ramos
do Nascimento, de Rio Preto, sócio efe-
tivo do Colégio Brasileiro de Ciências
do Esporte, destaca que há ainda a pro-
dução de células do sistema imune ati-
vas no sangue, as células NK.
De acordo com Nascimento, a atividade
física promove a diminuição do estresse,
deixando todos os sistemas do organismo
(nervoso, endócrino e imunológico) em
equilíbrio. Assim, essa harmonia consegue
fortalecer o organismo contra infecções e
doenças graves que atacam o coração.
“A natação, por exemplo, destaca-se
não só por melhorar a resistência, mas tam-
bém em prevenir e ajudar na recuperação
de doenças como asma, bronquite e proble-
mas ortopédicos”, destaca.
No entanto, uma pesquisa apresentada
pela laboratório de Metabolismo do Institu-
to de Ciências Biomédicas da Universidade
de São Paulo (USP) constatou que, quando
em alta intensidade, a atividade física pode
promover o efeito contrário e enfraquecer
as células de proteção.
Saúde
IMUNIDADE ALTA
10 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Onde encontrar vitaminas para reforçar sua imunidade
Vitamina A: alimentos de cores alaranjadas, comocenoura, abóbora, mamão
Vitamina C: frutas cítricas, como laranja, limão e acerola
Vitamina E: germe de trigo, nozes, castanhas, óleos evegetais verdes
Ácido Fólico: fígado e folhas verde-escuras
Selênio: castanha-do-Pará, frutos do mar, algas marinhas
Zinco: castanhas, carnes, aveia, feijões, arroz integral
Outros alimentos: leites fermentados e iogurtes, alho,cebola, gengibre, shitake e alimentos ricos em ácidos graxosômega 3, encontrado em peixes
Fonte: Larissa Daniela de Oliveira Colebrusco, nutricionista
Saiba maisSaúde por completo
Para manter o sistema
imunológico reforçado é preci-
so ter disciplina. Uma boa ali-
mentação, controlar o estresse,
a aceleração do dia a dia, evitar
o contato com a poluição são al-
gumas posturas que ajudam a
melhorar o sistema de defesa
do corpo, afirma a homeopata
Gisele Sardinha Oliveira, de
Rio Preto.
Segundo ela, “esse conjunto
de alimentos com prática de
exercícios diários e a ingestão
de água em abundância melho-
ra todo o funcionamento fisio-
lógico, que somente trará bene-
fícios ao organismo”, explica
Gisele.
Um importante e potente
mineral que fortalece a imuni-
dade é o zinco, pois estimula a
produção de glóbulos brancos
e a manter o funcionamento
saudável das células. O zinco
ajuda a combater infecções ao
aumentar os anticorpos.
“Todo esse processo nos be-
neficia, inclusive prevenindo o
estresse oxidativo e envelheci-
mento”, diz a homeopata. Pa-
ra encontrar o mineral, é ne-
cessário a ingestão regular de
cereais integrais, sementes,
oleaginosas (nozes, castanha-
do-Pará e de caju), carnes e le-
guminosas (feijão, grão de bi-
co e ervilha). � (EV)
Vacinas são reforçoAs vacinas são aplicadas em
períodos determinados para es-
timular as células a produzir an-
ticorpos e proteger o organis-
mo. Essa imunização é comum
nos primeiros meses e anos de
vida, porém, deve avançar ao
chegar à fase adulta.
Algumas doses são ofereci-
das pelo sistema público de saú-
de, pois estão no calendário ofi-
cial de vacinação, enquanto ou-
tras estão disponíveis somente
na rede particular. Entre as va-
cinas indicadas pela Sociedade
Brasileira de Imunização
(SBIm) estão a contra Influen-
za, ou seja, a gripe, que deve ser
tomada anualmente.
Há também a tríplice viral,
que protege contra sarampo, ca-
xumba e rubéola, devendo ser
aplicada até os 49 anos, em
duas doses, ou após esse faixa
etária, em dose única. A vacina
para proteger contra a febre
amarela é outra que precisa ser
renovada a cada 10 anos.
Já a pneumocócica 23-valen-
te é recomendada para maiores
de 60 anos e com doenças crôni-
cas, e a contra a catapora pode
ser aplicada em adultos, desde
que não tenham histórico das
pequenas feridas, muito co-
muns na infância. Outras duas
bem conhecidas são específicas
para sarampo e rubéola, reco-
mendadas para adultos que vão
viajar para o exterior.
A homeopata Gisele Sardi-
nha de Oliveira, de Rio Preto,
destaca que há ainda as vaci-
nas da hepatite B e Dupla tipo
adulto (dT), que previnem da
difteria e do tétano. “A partir
dos 20 anos, algumas pessoas
se esquecem da prevenção, sen-
do que são importantes. Po-
rém, é necessário uma avalia-
ção de um profissional da saú-
de para avaliar a administra-
ção dessas vacinas.” (EV)
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 11
Reconhecido pelo Conselho de Psicologia desde 2005, tratamento atende à
necessidade de quem mora longe ou tem dificuldade de se comunicar pessoalmente
Jéssica [email protected]
A internet possibilita o con-
tato com pessoas distantes de
forma rápida, compras e paga-
mentos de contas sem a necessi-
dade de enfrentar filas. Tudo é
feito com facilidade e comodi-
dade. Agora, além de tudo isso,
já é possível recorrer à terapia
on-line.
O Conselho Federal de Psi-
cologia (CFP) reconhece o aten-
dimento psicológico mediado
pelo computador desde 2005.
Os sites de psicólogos que reali-
zam esse tipo de consulta preci-
sam ser credenciados e ter um
selo de aprovação da entidade,
que deve estar estampado na pá-
gina de abertura. Assim, o in-
ternauta tem a segurança de
que será atendido por um pro-
fissional de verdade.
Uma busca em um site de
pesquisas pode mostrar cente-
nas de resultados. Mas se esti-
ver interessado nesse tipo de
atendimento, é preciso verificar
a procedência do portal, além
de verificar se o profissional
realmente está habilitado a pres-
tar esse tipo de serviço, já que
poderá expor dados pessoais.
A terapeuta Marcelle Vec-
chi, especializada em Master
Practitioner em Programação
Neurolinguística, diz que a te-
rapia on-line surgiu com a ne-
cessidade de atender pessoas
que moram distantes de deter-
minados profissionais por
quem gostariam de ser trata-
das. Segundo a especialista, as
terapias que se encaixam no
perfil on-line são as comporta-
mentais; para esses casos, são
sugeridos novos comportamen-
tos e o paciente se compromete
com essas mudanças no dia a
dia. “As terapias analíticas não
se encaixam no atendimento
on-line”, explica.
Mara Lúcia Madureira, psi-
cóloga cognitivo-comporta-
mental, explica que a psicotera-
pia mediada pelo computador
só pode ser realizada em cará-
ter experimental, como parte
de projeto de pesquisa aprova-
do por Comitê de Ética em Pes-
quisa, reconhecido pelo Conselho
Nacional de Saúde. “Os serviços
psicológicos reconhecidos, ofereci-
dos por sites credenciados ao CFP,
incluiorientaçõespsicológica,afeti-
vo-sexual, de ensino-aprendiza-
gem,profissional, ideomotora e co-
municativa; consultoria a empre-
sas e processos prévios de seleção
de pessoal; utilização de testes in-
formatizados,desoftwaresinforma-
tivoseeducativoscomrespostasau-
tomatizadas e reabilitação cogniti-
va”, explica.
A especialista alerta que a
psicoterapia só pode ser feita
para fins de pesquisa e sem ho-
norários ou remuneração dos
participantes. Já os demais ser-
viços autorizados podem exigir
ou não entrevista presencial
com o psicólogo e os honorá-
rios podem ser pagos por meio
de depósito bancário ou transfe-
rência eletrônica.
A psicóloga Valderez Gonsa-
lez, psicóloga credenciada para
realizar atendimento on-line,
diz que são permitidas no máxi-
mo 10 sessões, pois não é psicote-
rapia e sim uma orientação e
aconselhamento psicológico.
“Trabalhamos diretamente com
o foco do problema”, lembra.
No site www.cfp.org.br/se-
lo, é possível visualizar os sites
e profissionais credenciados e
que possuem aprovação do Con-
selho Federal de Psicologia.
Afinidade virtual
O atendimento psicológico
on-line pode ser importante pa-
ra pessoas que têm dificuldade
de se comunicar pessoalmente,
ou que têm afinidade com a in-
ternet, como explica Marcelle.
“A internet tornou possível al-
guns tratamentos que sem ela
seria inviável. As pessoas estão
cada vez mais abertas a se ex-
por no mundo virtual, e isso só
acontece pela familiaridade
que possuem com as redes so-
ciais em geral”, afirma.
Para Valderez, esse tipo de
consulta pode, por exemplo,
ser indicada para pessoas que
precisam de tratamento, mas
não querem ou não se sentem à
vontade em encarar um tera-
peuta. Mas a especialista alerta
que é importante que a decisão
parta da própria pessoa para
que possa ter efetivamente re-
sultados positivos em sua vida.
“A pessoa tem de expressar o
desejo de querer se autoconhe-
cer e cuidar de sua saúde psico-
lógica”, diz.
Comportamento
TERAPIA ON-LINE
“Eu estava com problemasconjugais e moro emCuritiba, mas queria seratendida por umprofissional de outroestado. Entrei em contatopor e-mail e ele foi muitosolícito em me responderprontamente, observouminha agonia e seprontificou a me atender viaSkype. Ainda nesseprimeiro contato, ele me fezdiversas perguntasreferentes a mim e ao meucônjuge, bem como sobre omomento emocional queestava meu casamento.Depois de várias questõesrespondidas, ele mesugeriu um atendimentosemanal, que incluiriaformas diferentes de mecomportar tanto comigomesma como no meucasamento, e falou queestaria acompanhandomeus progressos oulimitações. Me sugeriu queeu anotasse durante asemana questõesimportantes que gostariade tratar com ele, para queeu não esquecesse quandoestivéssemos via Skype, eassim fiz. As sessõesforam muitoesclarecedoras e ricas deconhecimento sobre comoeu posso agir de forma amanter a harmonia no meucasamento e também comminha família. Hoje, adotonovas formas de agir e seique sou capaz, antes nãoconseguia enxergar nemacreditar que existia saídapara as questões com asquais eu lidei.” �
M.C.A.C. 45 anos,advogada
Depoimento
www.sxc.hu/Divulgação
12 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Eles são essenciais para
nossa harmonia. Não
podemos viver de
improvisos. A vida pede
roteiro, planos de ações,
objetivos a conquistar
Marcos Antonio Lelis de OliveiraEspiritualista
Bem aventurado é aquele
que crê em Deus, porque estes
minutos de meditação serão en-
riquecidos pela inspiração divi-
na, pela Espiritualidade que in-
vadirá as nossas mentes, facili-
tando os nossos raciocínios. É
a verdadeira comunhão com o
Criador, nos permitindo com-
preender que a vida é bênção,
oportunidade de crescimento
espiritual, pelas inúmeras expe-
riências que encontraremos.
Muitas vezes, preocupados
com as realizações profissio-
nais, com as aquisições intelec-
tuais e o enriquecimento do
nosso patrimônio material, es-
quecemos da advertência de Je-
sus, anotada pelo Evangelista
Mateus. Na verdade, é bom des-
tacar, sequer lembramos do rei-
no de Deus e de sua justiça,
aliás não sabemos como buscá-
los e isto, conforme revela o Di-
vino Mestre, deveria ser a nos-
sa prioridade.
O resultado deste esqueci-
mento é fácil observar em nós:
é o aumento de nossas inquieta-
ções, determinando o surgi-
mento das aflições e da desar-
monia íntima. As lamentáveis
consequências deste estado es-
piritual, todos sabemos, são gra-
ves, podendo nos levar desde a
tristeza intensa, invencível, às
diversas doenças da alma, com
cura dificílima.
Precisamos lembrar que
Deus é nosso Pai, segundo
anunciou Jesus. Deus é Amor
Pleno, é Soberanamente Justo
e Bom. Devemos aprender que
o Universo é regido pelas Leis
Divinas, que são eternas e imu-
táveis e que estão escritas em
nossas consciências, que são fe-
lizes quando delas nos aproxi-
mamos e que nada a acontece
por acaso em nossas vidas e que
somos responsáveis por tudo
que fazemos.
Assim, refletindo sobre es-
tes conceitos verdadeiros, con-
seguiremos viver a religiosida-
de pura, isto é, estaremos de fa-
to religados ao Criador e inicia-
remos a nossa transformação es-
piritual e estaremos em condi-
ções de buscar o reino de Deus,
que está dentro de nós. Sere-
mos criaturas melhores, viven-
ciando intensamente os princí-
pios religiosos que adotamos.
Agindo desta forma, com re-
ligiosidade autêntica, nos man-
teremos equilibrados, sem qual-
quer inquietação, fortalecidos
para enfrentar todas as expe-
riências da vida, confiantes em
nós e em Deus, seguiremos feli-
zes e realizadores. Não teremos
temor do futuro, porque sabe-
mos que ele é fruto do nosso
presente, do nosso trabalho, da
nossa dedicação e, principal-
mente, da proteção do Pai Ce-
lestial, que nunca nos faltará.
Caro leitor, se mesmo as-
sim, após a leitura destas bre-
ves linhas, escritas com as tin-
tas do melhor do meu senti-
mento,que trago em meu cora-
ção, você ainda, permanecer in-
quieto, preocupado com o dia
de amanha, com aquisição das
coisas da Terra, que são real-
mente importante, peço-lhe,
humildemente, que confie em
Jesus e faça uma experiência,
busque ser melhor, mais espiri-
tualizado, evangelize-se e esta-
rás a caminho de conquistar o
reino de Deus e tudo mais você
conquistará por acrescimento
da misericórdia divina. �
Minutos demeditação
Divulgação
Rubens Cardia
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 13
Bianca Comparato fez intenso laboratório para viver a ex-catadora de lixo Betânia de “Avenida Brasil”
TV Press
Para compor seus persona-
gens, Bianca Comparato sem-
pre se empenhou ao máximo.
Mas, em sua preparação para re-
presentar a órfã Betânia de
“Avenida Brasil”, a atriz foi
mais fundo. A menina foi cria-
da em um lixão e virou frentis-
ta de posto de gasolina. Depois
de tudo isso, ainda se passa pe-
la abandonada Rita, vivida por
Débora Falabella, para ajudar a
amiga em sua vingança contra
a ex-madrasta Carminha, de
Adriana Esteves. Um conjunto
de características que demanda-
ram uma visita a um lixão na
Baixada Fluminense, uma tar-
de separando lixo em uma coo-
perativa e um mês de trabalho
em um posto de gasolina para
não fazer feio nas cenas. “Isso
foi fundamental para que eu
me sentisse segura. Tenho ce-
nas longas, bem difíceis e en-
saio muito sozinha para me pre-
parar”, explica.
Mas Bianca conta com uma
ajuda e tanto dentro de casa pa-
ra suas cenas. Filha da prepara-
dora vocal e fonoaudióloga Lei-
la Mendes, a atriz aproveitou
para definir o jeito de falar de
Betânia com o apoio da mãe.
As duas, inclusive, costumam
trabalhar juntas em todos os
trabalhos de Bianca. Ou, pelo
menos, quando as agendas de
ambas permitem. “Me entendo
com minha mãe e acho que nos-
sa parceria rende. No caso da
Betânia, por exemplo, ela foi
criada no lixão e, depois, foi tra-
balhar em posto de gasolina.
Precisava de uma embocadura
diferente da minha. Abri a voz
um pouco mais e adotei algu-
mas gírias”, conta.
São as cenas em que
Betânia se passa por Rita que
mais parecem empolgar Bian-
ca. E não só pela proximidade
com Adriana Esteves, por
quem a atriz nutre grande ad-
miração. Mas principalmente
pelo fato de que, dentro da his-
tória, ela precisa convencer a vi-
lã deixando sempre uma ponta
de insegurança, já que não é
uma atriz profissional, mas apa-
rece interpretando. “Nessas ho-
ras, subi o tom da personagem.
Imagino que as referências da
Betânia sobre atuar venham
das telenovelas. Então, puxo pa-
ra o melodrama, algo exagera-
do e que deixa na Carminha a
ideia de que essa menina é
meio louca”, justifica.
O convite para “Avenida
Brasil” partiu do próprio autor,
João Emanuel Carneiro. Bian-
ca já tinha trabalhado em outra
novela dele, “Cobras & Lagar-
tos”, em 2006. Mas um ponto
foi decisivo para definir que pa-
pel seria mais apropriado para
que a atriz interpretasse: sua le-
ve semelhança física com Débo-
ra Falabella. “Não é que seja-
mos parecidas, mas teria de ser
alguém que a Carminha pudes-
se acreditar que fosse mesmo a
Rita. Não dava para ser uma
mulher com pele morena e ca-
belo claro, por exemplo”, argu-
menta Bianca.
Além de atuar em “Avenida
Brasil”, Bianca se prepara para
a estreia da série “O Circo”, no
canal Multishow, prevista para
o segundo semestre. Mas, dessa
vez, não como atriz. Assim co-
mo o pai, o escritor Doc Com-
parato, Bianca também se aven-
tura escrevendo. “O Circo” é
um “mockumentário” – docu-
mentário que não é real, tem
uma história falsa, feita por ro-
teiristas – sobre os 30 anos do
Circo Voador, palco de grandes
eventos culturais no Rio de Ja-
neiro, inaugurado em outubro
de 1982. “A gente pega mate-
rial bruto colhido de depoimen-
tos reais, vê o que tem poten-
cial e transforma em história. E
é aí que está a parte divertida:
até onde eu inventei e até onde
é verdade”, adianta ela, que es-
creveu com Alexandre Rossi e
Felipe Barrenco.
“Avenida Brasil” – Globo – Segunda asábado, às 21h
Perfil
DEDICAÇÃO TOTALComeçobritânico
Bianca começou a estu-
darTeatroemumaescolabri-
tânica carioca. Lá, se desta-
cou e foi indicada para fazer
parte de um curso baseado
na obra de William Shakes-
peare ministrado em Lon-
dres. Apesar de ser destinado
apenas a adultos, Bianca foi
tão bem recomendada que
conquistou a vaga no curso
com apenas 15 anos. Mas is-
so não foi suficiente para que
adotasse a carreira. A estreia
ocorreu dois anosdepois, por
acaso, quando foi visitar uma
amigaemumteatroefoicon-
vencidapor Leonardo Brício
afazerumtesteparaoespetá-
culo “O Ateneu”, que o ator
dirigia.“Leveiotextoparaca-
sa, voltei no dia seguinte e
passei. A partir dali é que eu
vi que queria mesmo traba-
lhar com isso”, recorda.
O reconhecimento na te-
vêtambémocorreudemanei-
raatípica. Depois de atuarno
longa “Anjos do Sol”, a atriz
cortouoscabelosbemcurtos.
Tudo para se livrar de um
permanente que tinha feito.
E, logoemseguida, foiconvi-
dada para um teste para a no-
vela “Belíssima”. Estava com
a autoestima “no pé”, como
ela mesma diz, mas decidiu
que tentaria. Mal sabia que a
personagememdisputa,Ma-
riaJoão, eraumamenina que
se achava feia e era apaixona-
da por teatro. “Acho que já
cheguei naquele clima. Tan-
to que fui a primeira a entrar,
fiz só uma vez e me libera-
ram. Achei que não tinham
curtido, mas depois me liga-
ram e avisaram que o papel
era meu”, lembra. �
Bianca é formada emComunicação Social, comhabilitação em Cinema
A intenção da atriz eravisitar um lixão ao lado de CauãReymond e Débora Falabella.Mas, por conflitos de agenda, ostrês atores acabaram fazendoessa parte do laboratóriosozinhos
Bianca interpretou ElisRegina em sua fase adolescenteno piloto do programa “Por Todaa Minha Vida”. Foi lá, inclusive,que trabalhou pela primeira vezcom Ricardo Waddington, diretorde núcleo de “Avenida Brasil”
Ela está no elenco do filme“Somos Tão Jovens”, que temestreia prevista para o dia 11de outubro
Atriz visitou um lixão na Baixada
Fluminense, passou uma tarde
separando lixo em uma
cooperativa e um mês de trabalho
em um posto de gasolina para
não fazer feio nas cenas
Instantâneas
Luiza Dantas/Divulgação
TV - 14 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Tempoao tempoPor enquanto, Cazé Peça-
nha não cogita ter um pro-
grama solo na Band. “Nes-
semomentonãopensonis-
so”,garante.Noarnaemis-
sora desde maio, com “A
Liga”, o apresentador afir-
ma que está satisfeito com
as reportagens do progra-
ma e com as histórias vi-
venciadas e descobertas a
cada entrevista. “Acho que
seeutivesseoutravidaiavi-
rar psicólogo ou psiquia-
tra”, brinca. Apesar disso,
Cazémostraalgumasprefe-
rênciasdeformatosdepro-
gramas que lhe agradam,
como de entretenimento
com plateia. “Quero viajar bastante, descobrir partes do
Brasil que ainda não tive oportunidade de conhecer. Mos-
trar outras realidade em matérias”, torce.
Mulher do passadoPatrícia Pillar está no elenco de “Lado a Lado”, título pro-
visório da substituta de “Amor Eterno Amor”, da Globo.
A atriz interpretará Constança, mãe de Laura, vivida por
Marjorie Estiano, e principal vilã da história. Na trama, as-
sinada por João Ximenes Braga e Claudia Lage, a persona-
gemdePatríciaPillarseráumatípicamulherdoSéculo19,
com fortes raízes aristocráticas. Acostumada com a vida de
conforto que sempre teve direito, ela tem enormes dificul-
dades para se adequar à uma realidade em que os negros
não são mais escravos e que exigem direitos igualitários.
“A Constança não vai ser aquela vilã que faz maldade com
sorriso no rosto. Ela realmente acha que está certa e que
nãoémá.Elaacreditanomundocomoqualestáacostuma-
da.Éracistaenãoaceitaqueafilhaqueiratrabalharporque
esse não é o universo dela”, detalha o autor.
Vários ângulos“Na Moral”, novo programa de Pedro Bial, estreia dia 5 de
julho,depoisde“Gabriela”.Aproduçãoseráumbate-papo
entre o apresentador, seus convidados e plateia. Em pauta
estarão temas que implicamprovocações e análisesde dife-
rentes ângulos. “A ideia era estender amáxima do jornalis-
mo de ‘ouvir os dois lados’. Esse conceito foi amadurecen-
do e surgiu este novo ângulo de olhar: quais decisões mo-
rais determinam nossas decisões diárias”, explica.
O escolhidoGuilhermePrates interpretaráomocinhodapróximatem-
porada de “Malhação”, da Globo. Recentemente, o ator es-
teve no elenco de “Vidas em Jogo”, da Record, como o es-
forçadoDaniel.Natrama,ele faráparromânticocomaper-
sonagem Alice Wegmann, a Sofia de “A Vida da Gente”.
Asgravações estãoprevistas para julho e aestreia da novela
“teen”seráemagosto.OtextoédeRosaneSvartmaneGló-
ria Barreto, com supervisão de Ana Maria Moretzsohn.
PassaporteParte do elenco de “Salve Jorge”, substituta de “Avenida
Brasil”, está de malas prontas para viajar para a Turquia.
AtorescomoNandaCosta,ClaudiaRaia,RodrigoLombar-
di, Cleo Pires, Domingos Montagner, Alexandre Nero,
Betty Gofman, Antonio Calloni e Ivan Mendes, entre ou-
tros,gravarãosuasprimeirascenasnopaís.AtramadeGló-
ria Perez estreia em outubro.
A outraComeçam em julho as gravações da substituta de “Másca-
ras”, da Record. A trama, que estreia em setembro, contará
a história de uma jovem órfã em busca do seu pai biológi-
co.Porenquanto,aemissoraaindaestáajustandoosprepa-
rativos quanto a seleção de elenco, cenografia e caracteriza-
ção.AautoraGiseleJoraseodiretorEdsonSpinellorepeti-
rãoadobradinhadeoutrasproduções,como“AmoreIntri-
gas”, em 2007, e “Bela, a Feia”, em 2009.
Mais mudançasA RedeTV! está preocupada com o fraco desempenho de
audiênciado “Saturday Night Live”. O programa, coman-
dado por Rafinha Bastos, passará por mudanças no decor-
rer das próximas edições. A ideia é apostar em um humor
maisrasoeesquetesdefácilassimilação.Outrodestaquese-
rá o aumento de paródias de quadros e programas de tevê.
Além disso, a emissora ainda avalia a possibilidade de mu-
darodiadeexibiçãodaproduçãoparaquintaousexta,pois
a disputa pela audiência do canal é menor.
Solta a vozA Globo escolheu Tiago Leifert para comandar o progra-
ma “The Voice Brasil”, cujo número de inscritos ultrapas-
sa a marca de 25 mil candidatos. “O programa valoriza a
boamúsicaetrazperformancesemocionantes.Gostodofa-
todeoprogramater ‘treinadores’,gêniosdamúsicaajudan-
do arevelar um talento”, empolga-se oapresentador. Além
dele, Claudia Leite, Carlinhos Brown, Daniel e Lulu San-
tosterãoamissãodedescobriretreinaronovoídolodamú-
sicabrasileira. A próxima audiçãopara oprograma aconte-
cerá no Rio de Janeiro, do dia 29 de junho até 1º de julho.
Após esta etapa, os candidatos se apresentam para os jura-
dos e podem ser escolhidos por um deles a participar do
programa. O vencedor ganha um prêmio de R$ 500 mil e
umálbumgravadopeloseloUniversalMusic.O“TheVoi-
ceBrasil”estreiaemsetembro.AdireçãodenúcleoédeBo-
ninho e a direção geral é de Carlos Magalhães.
Falta pouco“Sábado Total”, novo programa de Gilberto Barros na Re-
deTV!,estáemcontagemregressivaparaaestreianopróxi-
mo dia 30, às 14h. Alguns destaques do programa ficam
porconta da “Feijoada do Leão”, ondeo apresentadorreu-
nirá famosos. Em outro quadro, Leão conversa com crian-
çashabilidosas. Alémdisso, todasemana, ele visitaráacasa
de algum artista e mostrará a intimidade. A expectativa é
que Amado Batista seja o entrevistado da edição de estreia.
Pode entrarA terceira temporada do programa “Casa Brasileira”, do
GNT, estreia no dia 27 de julho. Nesta edição, o programa
viajará por São Paulo, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro e Piauí
para mostrar ambientes diversos no Brasil. No episódio de
estreia, a produção mostrará o arquitetobaiano David Bas-
tos, que mora, ao mesmo tempo, em Salvador, Rio e São
Paulo.Nostrêsapartamentosdoarquitetoépossívelconhe-
cer a inspiração e o jeito baiano de viver. Além disso, mos-
trará como a arquitetura colonial baiana influenciou a can-
tora Daniela Mercury naconstrução de sua casa, em Salva-
dor, decorada por David Bastos.
De voltaO Canal Viva reprisa, pela segunda vez, a minissérie “Chi-
quinha Gonzaga”, a partir do dia 9 de julho, às 23h15. A
produçãofoiescritaporLauroCésarMunizeMarcílioMo-
raes, teve Regina Duarte como personagem-título e dire-
ção de Jayme Monjardim.
Comédia parabrasileiroA “sitcom” britânica “Veep” estreia dia 23 de julho, às
22h30, na HBO. A obra traz a atriz Julia Louis-Dreyfus –
“Seinfeld”e“TheNewAdventuresofOldChristine”–co-
moSelinaMeyer,umasenadoraqueénomeadaparaocar-
go de vice-presidente dos Estados Unidos. Ao assumir o
posto,elapercebequenãoestavapreparadaparaanovafun-
ção e nem para a equipe que a assessora.
Só dá eleWalcyr Carrasco não pára. Depois de escrever “Morde &
Assopra” e engrenar em mais de 70 capítulos de “Gabrie-
la”,daGlobo,oautorassumiuumnovotrabalho.Eleentre-
gou uma sinopse de novela para a faixa das 21h para a Glo-
bo.Aprodução,porenquantosemprevisãodeiraoar,mar-
caria a estreia do autor no horário nobre da emissora. Vale
lembrar que, em maio, Walcyr Carrasco renovou contrato
com a Globo até 2017.
Pura aventuraAGlobomarcouparajulhoaexibiçãodasegundatempora-
da de “Planeta Extremo”, quadro comandado por Clayton
Conservani no “Fantástico”. Além disso, o repórter está
empolgadoporqueaemissora jádeusinalverdeparaapro-
duçãocomeçarostrabalhosparaaterceiratemporadadere-
portagens em ambientes radicais. �
ZappingTV Press
Luiza Dantas/Divulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 15 - TV
Na pele do bondoso Nacib, de “Gabriela”, Humberto Martins comemora sua maturidade artística
TVPress
O sotaque levemente baiano,
mesmo fora do estúdio, denuncia a
entrega de Humberto Martins pa-
ra viver o ingênuo Nacib, no “re-
make” de “Gabriela”. “Fui tão a
fundo no trabalho, que a composi-
ção transborda e eu me pego falan-
do ‘baianês’ e suas gírias”, diverte-
se o ator de 51 anos. Principal figu-
ra masculina da obra “Gabriela,
Cravo e Canela”, de Jorge Amado,
Nacib representa para o ator uma
volta ao universo do escritor baia-
no, 20 anos depois da minissérie
“Tereza Batista”, onde deu vida ao
pescador Jereba. Além disso, pela
importância de Nacib na obra,
Humbertoacreditaqueserescolhi-
do para esse personagem evidencia
seu amadurecimento artístico.
“Ser levado a sério como ator é um
trabalho lento e gradual. Mas um
dia acontece”, ressalta.
NaturaldeNovaIguaçu,muni-
cípio da Baixada Fluminense,
Humberto teve sua primeira expe-
riência na tevê fazendo figuração
em tramas como “Vale Tudo”, de
1988.Oprimeiropersonagemefeti-
vo em novelas surgiu no ano se-
guinte,em“SexodosAnjos”.Apar-
tir daí, o jeito rústico e másculo do
ator o levou a acumular vários pro-
tagonistas na carreira. Principal-
mente, nas tramas assinadas por
Carlos Lombardi, onde deu vida
aos descamisados Bruno, de “Qua-
troPor Quatro”, e Lenin,de“Vira-
Lata”. “Depois de muitos galãs, eu
precisava merenovar, fazer algo di-
ferente, dar um novo gás à carrei-
ra”,conta.Naúltimadécada,Hum-
berto resolveu flertar com outros
autores, como Glória Perez e Eliza-
beth Jhin, e tipos mais variados.
Movimento que teve seu ápice no
ano passado, com o inescrupuloso
Neco, da segunda versão de “O As-
tro”. “Esse personagem me deu a
possibilidade de mostrar outras fa-
cetas.Confiaramemmimeeubata-
lheiparacorresponderaessaexpec-
tativa”, admite.
Pergunta – Seu desempe-
nho como o malandro Neco,no “remake” de “O Astro”, foimuito elogiado. Você achaque esse trabalho teve algu-ma influência na escolha doseu nome para dar vida ao Na-cib, de “Gabriela”?
Humberto Martins – O Neco
foi ímpar em minha carreira. E foi
o tipo de papel que surgiu na hora
certa. Sentia-me realmente madu-
roartisticamenteparadarcontade-
le. Como a equipe que refez “O As-
tro”é amesma de “Gabriela”, acre-
ditoqueterencontradoopontocer-
to do cinismo, vilania e frieza do
Neco,mostrouaosdiretoresque eu
teriacondiçõesde encarar persona-
gens mais complexos.
Pergunta – E qual a com-plexidade de Nacib?
Martins – Esse personagem
tem dois pontos bem complicados.
Primeiro, ele é totalmente o oposto
do Neco. O Nacib é um sujeito de
bom coração, ingênuo, boa praça.
Ele tinha quatro anos de idade
quando chegou a Ilhéus. É um
estrangeiro totalmente adapta-
do ao Brasil, aos costumes baia-
nos. Além disso, é um persona-
gem que já foi vivido por dois
atores muito bons: Armando
Bógus, na novela de 1975, e Mar-
cello Mastroianni, no filme de
1983. Eles tornaram suas atuações
referências diretas ao papel.
Pergunta – Esse é seu se-gundo “remake” consecuti-vo. Está preparado para enca-rar novamente as inevitáveiscomparações com a primeiraversão do folhetim?
Martins – Tenho de estar (ri-
sos). Mas, ao contrário de “O As-
tro”, a trama e as cenas de “Gabrie-
la” ainda estão muito vivas na me-
mória do público. O que torna as
possíveiscomparaçõesmaiseviden-
tes. Se eu chegar próximo do bri-
lhantismo do Bógus, já fico feliz.
Por ter sido amigo dele, esse traba-
lho adquire um aspecto emocional
paramim.Eunãoqueromedistan-
ciardainterpretaçãodele.Voumos-
trar minha versão do personagem,
Entrevista
BAIANIDADE EVIDENTE
Humberto Martins
celebra o bom
momento da
carreira em um dos
papéis centrais da
nova trama da TV
Globo, “Gabriela”
Luiza Dantas/Divulgação
TV - 16 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
mas quero que ela tenha um tom
de homenagem a ele.
Pergunta – Quais referên-cias você pescou do desempe-nho do Armando Bógus na no-vela original, de 1975?
Martins – Peguei um pouco
do tempo dele nas falas. E também
do olhar que emprestava ao perso-
nagem. Mas engraçado, eu tinha a
imagemdele como Nacib, mas não
lembrava de muitas cenas.
Pergunta – Por quê?Martins – Eu tinha 15 anos
quando a novela foi exibida. Na
época, não era um grande especta-
dordetevê, estava correndonarua,
jogandofutebolnoclube,estudava,
fazia inglês. Eu era bem ocupado.
Por não ter essa lembrança muito
viva, quando minha escalação foi
confirmada para o “remake”, pro-
curei no “You Tube” algumas ce-
nas. Assisti a sequências muito
boas do Bógus com a Dina Sfat no
Bataclan, e dos momentos mais
sensuais com a Sônia Braga. Os ví-
deos me inspiraram bastante na
construção. Não só os vídeos de
“Gabriela”,mas de outros persona-
gens dele também.
Pergunta – Essa reverên-cia ao trabalho do ArmandoBógus sempre existiu ou co-meçou depois de vocês dividi-rem a cena em “Pedra SobrePedra”, de 1992?
Martins – Quando a gente tra-
balhoujuntoeujáera fã.Tantoque
foidifícilgravarminhaprimeirace-
na com ele. Me perdi no texto, mi-
nhavoz falhou,e tivemos de fazera
cena no dia seguinte (risos). Esse
nervosismo foi acabando aos pou-
cos. E com a convivência, ficamos
muito próximos. Nessa novela, eu
e ele trabalhamos intensamente,
pois meu personagem, o Iago, era o
cigano que trabalhava nas terras do
Cândido Alegria, papel do Bógus.
Foiaúltimanoveladele(oatorfale-
ceu vítima de leucemia, em maio
de 1993). Mesmo doente, ele estava
inteiro em cena, eu só ficava obser-
vando e acabei aprendendo algo
muito importante com ele: a con-
centração maciça.
Pergunta – É um método?Martins – É uma espécie de
transe, com percepção seletiva. O
Bógus jamais se desconcentrava
em cena. Ele era ligado em tudo
que estava no estúdio. Isso me con-
taminou, achei interessante e quis
aprender. É o melhor jeitode enca-
rar uma cena, principalmente as
grandes.Seguiessalinhaemeadap-
tei. Qualquer coisa que saia errado,
seja no texto ou na parte técnica,
nãoatrapalhaenão tiraomeu foco.
Pergunta – Essa concen-tração deve ser muito útilnas cenas de sexo de “Ga-briela”...
Martins – Com certeza (risos)!
Masparaumacenasensualbemfei-
ta, é preciso muito mais que atores
concentrados. Por sorte, eu e Julia-
na (Paes) estamos bem amparados
pelotextodeJorgeAmado,quedei-
xa bem claro a natureza instintiva
da personagem. E pela direção
bem feita do Mauro Mendonça Fi-
lho. As cenas são desenhadas e co-
reografadasporele.Epeloquejáas-
sisti,oresultadoéinstiganteenatu-
ral. Em nenhum momento parece
algumacoisaforçadaeissoéimpor-
tante para o sexo “preguiçoso” de
Gabriela e Nacib (risos).
Pergunta – “Preguiçoso”?Martins – Sim. Eles fazem se-
xo, veementemente. Mas eles fa-
zem de um jeito menos agressivo.
Com aquela preguiça de depois fi-
car dei tado, naquela
malemolência, iguala gatos se lam-
bendo.Aídepoisfazemdenovo(ri-
sos). Eles são assim. É amor, não
apenas sexo.
Pergunta – Vinte anos de-pois da minissérie “Tereza Ba-
tista”, você volta a trabalharem uma produção baseada naobra do escritor Jorge Amado.Era um desejo seu retornar aouniverso do autor baiano?
Martins –Nãosoumuitodees-
colheroubuscarpersonagens.Sou-
be pela imprensa que estavam pen-
sando em mim para viver o Nacib.
Já limuitas coisas do Jorge. Enessa
minha preferência por persona-
gens mais densos, de dramas mais
complexos, achei ótimo ter essa
oportunidade. Logo que recebi o
conviteoficial, aproveitei parareler
“Gabriela,CravoeCanela”.Epude
relembrar da profundidade do tex-
todele.Ahistóriavaialémdaperso-
nagem-título, é umretrato político,
social e sexual de uma sociedade
em transformação. Participar de
um projeto desse porte é bom para
qualquer ator.
Pergunta – Você está sem-pre envolvido com alguma pro-dução de tevê. Não gostariade sair da zona de conforto eacumular outras experiênciasnos palcos ou no cinema?
Martins – Seria legal variar, fa-
zer uma peça, um longa. Até tento
fazer coisas fora da Globo, mas te-
nho de cumprir um contrato, e es-
tou sempre comprometido com al-
guma novela. Infelizmente, não
consigo fazer teatro e tevê ao mes-
motempo.Éprecisodedicaçãoefi-
ca cansativo conciliar. Por sorte, a
televisão tem me prestigiado com
papéis importantes, fica difícil di-
zer não e partir para outro veículo.
Euseria loucoserecusassetiposco-
mo o Ricardo, de “Escrito nas Es-
trelas”, ou o Ramiro, de “Caminho
das Índias”. Estou satisfeito com a
minha trajetória, me sinto vivo e
longe de qualquer comodismo.
“Gabriela” - Globo -Terça a sexta, às 23h
“O Sexo dos Anjos”
(Globo, 1989) – Otávio
“Barriga de Aluguel”
(Globo, 1990) – João
“Tereza Batista” (Globo,1992) – Jereba
“Pedra Sobre Pedra”
(Globo, 1992) – Iago
“Mulheres de Areia”
(Globo, 1993) – Alaor
“A Madona de Cedro”
(Globo, 1994) – Maneco
“Quatro por Quatro”
(Globo, 1994) – Bruno
“Vira-Lata” (Globo,1996) – Lenin
“Corpo Dourado” (Globo,1998) – Chico
“Chiquinha Gonzaga”
(Globo, 1999) – Artur
“Uga Uga” (Globo, 2000)– Bernardo
“O Clone” (Globo, 2001)– Aurélio
“O Quinto dos Infernos”(Globo, 2002) – Francisco
“Kubanacan” (Globo,2003) – Carlos
“América” (Globo, 2005)– Laerte
“Sinhá Moça” (Globo,2006) – Bruno
“Pé na Jaca” (Globo,2007) – Merlin (participação)
“Amazônia, de Galvez aChico Mendes” (Globo, 2007)– Augusto
“Beleza Pura” (Globo,2008) – Renato
“Caminho das Índias”(Globo, 2009) – Ramiro
“Escrito nas Estrelas”(Globo, 2010) – Ricardo
“Lara Com Z” (Globo,2011) – Leandro
“O Astro” (Globo, 2011)– Neco
“Gabriela” (Globo, 2012)– Nacib �
A preferência de Humberto
Martins pela tevê é evidente.
Tanto que em 23 anos de carrei-
ra, entre novelas, minisséries e
especiais, ele conta com quase
30 trabalhos no veículo. “Nun-
ca escolhi personagens. Eles
são me dados. Se eles são bem-
sucedidos, é pela junção entre a
forma que eu assimilei aquele
trabalho e o olhar da direção so-
bre a minha interpretação”, va-
loriza. Mesmo sem recusar tra-
balhos, Humberto sinalizou pa-
ra a Globo seu cansaço em fazer
tipos semelhantes, como os rús-
ticos Alaor, da segunda versão
de “Mulheres de Areia”, de
1993, e Chico, de “Corpo Dou-
rado”, exibida em 1998. “Não
era uma negativa de trabalho,
mas sim a perspectiva de novos
rumos”, explica.
Como resposta da emissora,
além de ser escalado para nove-
las de autores diferentes, os per-
sonagens de Humberto passa-
ram a fazer parte de núcleos
mais densos. Para o ator, o pa-
pel-símbolo dessa nova etapa
na carreira é o cruel feitor Bru-
no, do “remake” de “Sinhá Mo-
ça”, exibido em 2007. “Foi
quando rompi com os galãs e
senti que minha trajetória pode-
ria ser modificada. É um traba-
lho realmente inesquecível”,
emociona-se.
Senhor de respeito
O apelo sensual dos perso-
nagens de Humberto Martins
nos anos 90 já levaram o ator a
situações complicadas. “Entre
muitos casos, já tive de pedir
ajuda da polícia para sair de
um evento. Os organizadores
perderam o controle e o pú-
blico avançou em mim”, con-
ta. Atualmente, Humberto
ainda sente o assédio femini-
no, mas como um reflexo do
que ele representou no passa-
do. “Sou cinquentão, quase
um senhor. O público agora
me trata com mais pudores”,
destaca, aos risos.
Antes de
“Gabriela”,
ator fez
“O Astro”,
na pele
de Neco
Trajetória televisiva
Em “Barriga de Aluguel” (1990),
seu segundo trabalho na Globo
Fotos: Divulgação
Tchau, galãs
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 17 - TV
Remake de “Gabriela” não é uma cópia servil da obra anterior, mas não deixa de apostar no passado
TV Press
O modelo de produção que
Hollywood criou para o cine-
ma se espraiou há tempos para
a tevê. Tanto que a novela “Ga-
briela”, da Globo, no ar desde
semana passada, segue a lógica
do remake. Nos Estados Uni-
dos, a partir dos anos 1980, e
com mais força nas décadas se-
guintes, produtores, especula-
dores e seguradoras considera-
ram que refilmagens de anti-
gos sucessos do cinema seriam
investimentos mais garanti-
dos que novas histórias, de re-
cepção incerta por um público
cada vez mais segmentado em
todo o mundo. Daí a ideia do
remake, apoteose da repetição
que também se estende nos se-
quels, com os mesmos protago-
nistas e estrutura narrativa
que se repetem, em média, em
três filmes.
Walcyr Carrasco, autor des-
ta nova “Gabriela”, chegou a
queixar-se de que sua versão
não é um remake da adaptação
realizada por Walter George
Durst em 1975. Realmente não
é uma cópia servil da obra ante-
rior, mas o remake abriga des-
de transformações narrativas
quanto à utilização de novas
tecnologias sobre o trabalho
que o antecede. O que impor-
ta é a consolidação de uma no-
va produção sobre o lastro de
uma mais antiga, o que atrai
velhos fãs e conquista novos
espectadores.
Diferenças bem maiores
afastam livro e novela. Tanto
que a adaptação de Walcyr Car-
rasco quanto de Durst adiaram
o assassinato de Sinhazinha e
Osmundo para os capítulos
mais à frente, enquanto no ro-
mance o crime ocorria antes do
turco Nacib conhecer a mulata
Gabriela. É um momento espe-
cial da obra de Jorge Amado
que só se concretiza lá pela pá-
gina 155. E sexo, umas 40 pá-
ginas mais à frente. De qual-
quer forma, retardar aconte-
cimentos na tevê é uma boa
maneira de apresentar os per-
sonagens, desenvolver a tra-
ma e deixar um pouco do en-
redo para mais tarde.
Fica difícil imaginar uma
retirante famélica com as corco-
vas de Juliana Paes, mas licen-
ça poética é assim mesmo. A
atriz criou uma Gabriela mais
atrevida que a de Sônia Braga,
cujo principal encanto na inter-
pretação era o jeito moleque e
natural de encarar o sexo. Julia-
na Paes é mais lúbrica, onde
Sônia Braga era mais, digamos,
“distraída”.
Mas o grande destaque fica
com Humberto Martins, na pe-
le de um parvo turco cujos
olhos só alcançam as pernas de
moças e as portas de seu bote-
quim. Depois de anos subesti-
mado como um “descamisado”
em novelas de duplo sentido,
agora concretiza um papel ma-
duro, dividido entre desejo e in-
segurança.
Outros personagens ten-
dem a crescer nas próximas se-
manas. José Wilker representa
com secura o coronel Jesuíno
Mendonça, enquanto o Coro-
nel Ramiro Bastos de Antonio
Fagundes só se afasta de outros
personagens do ator pelo mau
sotaque nordestino. Falta uma
certa malícia política ao Mundi-
nho Falcão de Mateus Solano,
quase um bom rapaz. O Bata-
clan mequetrefe da versão de
1975 ganhou uma produção
mais esmerada e certo ar de
“bas-fond” parisiense. Na es-
treia, a expectativa por cenas
de nudez mais generosas ainda
não se concretizou. E, mesmo
assim, marcou 30 pontos. Com
mais alguns agarros capricha-
dos, pode encostar na novela
das nove. �
“Gabriela” - Segunda a sexta, às23h25, na Globo
Ponto de vista
PASSADOPASSADOSEGUROSEGURO
Juliana Paes caracterizada
de Gabriela, um dos
personagens mais
conhecidos da obra de
Jorge Amado
Divulgação
TV - 18 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Depois de um período mais intenso, trama de “Avenida Brasil” perde o fôlego e não corre atrás do prejuízo
TV Press
Após uma sucessão de capí-
tulos intensos, “Avenida Bra-
sil” caiu no ritmo lento de sua
protagonista Nina, interpreta-
da por Débora Falabella. A per-
sonagem iniciou a novela com
diversos planos de vingança pa-
ra destruir a vida de Carminha,
de Adriane Esteves. Mas, até
agora, o que se viu foi uma per-
sonagem inerte, que fica sem-
pre à sombra da vilã. Todas as
grandes reviravoltas e momen-
tos de clímax da trama não tive-
ram a participação de Nina. A
descoberta de Jorginho, vivido
por Cauã Reymond, sobre sua
mãe biológica, não veio das
mãos da mocinha vingativa.
Mas sim da curiosidade aguça-
da do próprio personagem, que
resultou no abalo do casamen-
to entre a vilã e Tufão, interpre-
tado por Murilo Benício. Dife-
rentemente do que foi apresen-
tado no começo, Nina não se
mostra uma personagem forte
e com sanha vingativa. A cada
momento com Carminha, a
chefe de culinária diminui e
aparenta não ter “estômago” su-
ficiente para continuar com
seus planos.
Nas novelas de João Ema-
nuel Carneiro, as relações fami-
liares são sempre postas em che-
que pelo autor. Em “A Favori-
ta”, a personagem de Mariana
Ximenes era disputada por sua
mãe verdadeira e a adotiva, vivi-
das por Patrícia Pillar e
Claúdia Raia. Apesar de saber
que sua mãe biológica é Carmi-
nha, Jorginho a rejeita e tem
mais apreço pelo pai adotivo. O
autor desconstrói e reconstrói
as bases de uma família tradi-
cional em suas tramas. Como
Monalisa, de Heloisa Périssé,
que é mãe solteira e não vê sen-
tido na instituição do casamen-
to. A dona do salão de beleza só
aceitou se casar com Silas, de
Ailton Graça, após ser coagida
por uma falsa doença de cora-
ção do noivo. E Leleco, inter-
pretado por Marcos Caruso,
que se separa da esposa para se
unir a uma mulher mais nova.
A verdade é que nas tramas do
autor os elementos sempre pa-
recem ilusórios e não há certe-
za sobre a personalidade dos
personagens envolvidos. As-
sim como os discursos pela mo-
ral e bons costumes da vilã Car-
minha, que não passam de uma
farsa pronta para ser exposta ao
longo dos capítulos.
Cadinho, vivido por Alexan-
dre Borges, encabeça um nú-
cleo de repetição durante a tra-
ma. Com suas três mulheres,
ele deveria ser o momento de
respiração da novela, marcada
pela cenografia sombria e os pe-
sados diálogos dos momentos
vingativos de Nina. Mas o que
acontece é uma trama em círcu-
los e que não consegue sair do
lugar. Toda semana Alexia,
Noêmia e Verônica, vividas,
respectivamente, por Carolina
Ferraz, Camila Morgado e Dé-
bora Bloch, enfrentam as mes-
mas situações ao correr atrás
do marido infiel. Além disso, a
poligamia e a infidelidade já se
tornaram assunto frequente
nas novelas, como em “Passio-
ne” com os personagens de Bru-
no Gagliasso, Leandra Leal e
Gabriela Duarte, e os de Hele-
na Ranaldi e Malvino Salvador
em “A Favorita”.
Apesar da estagnação mo-
mentânea da trama, não há co-
mo não se surpreender com a
reinvenção de atores já consa-
grados no imaginário do públi-
co. Ao dar vida do asqueroso
Nilo, José de Abreu mostra um
lado mais sombrio e debocha-
do de sua atuação, com uma ca-
racterização bem estruturada.
Assim como Vera Holtz, que
mostra uma atuação dúbia ao
dar vida à dramática e amoro-
sa mãe Lucinda, que pode ir
da doçura à raiva em poucos
segundos.
Com uma programação vol-
tada para a nova e alardeada
Classe C, a estética da novela
beira o exagero e o estereótipo
em seus figurinos, cenografia e
diálogos que ultrapassam os ní-
veis de decibéis indicados pela
Organização Mundial de Saú-
de. De forma bastante carica-
ta e um pouco pejorativa, o
Divino retrata um bairro do
subúrbio carioca com decora-
ções cafonas e personagens
com posturas excessivas ao
gritarem e expressarem suas
emoções em público. �
“Avenida Brasil” - Globo -Segunda a sábado, às 21h
Crítica
PONTO DE INÉRCIA
Carminha (Adriana
Esteves) e Lucinda
(Vera Holtz) em cena
de “Avenida Brasil”:
trama “estacionou”
Divulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 19 - TV
Pedro Bial quer falar de moral em programa de debates semanal na Globo
TV Press
Tem quatro anos que Pedro
Bial queria um espaço novo na
tevê. Em 2008, conversou com
a direção do jornalismo da Glo-
bo para, ao final do “Big Bro-
ther Brasil 8”, não precisar vol-
tar à função de apresentador do
“Fantástico”. E, de certa for-
ma, foi ali que começaram a sur-
gir as primeiras formas do “Na
Moral”, programa semanal de
debates que estreia no próximo
dia 5, quinta-feira, às 23h45,
na Globo. “Fiz alguns pilotos
nesses anos e, agora, saiu do pa-
pel. Antes, a ideia era pegar
um assunto e revirá-lo por to-
dos os lados. O conceito ama-
dureceu e, do ano passado para
cá, surgiu um novo olhar: falar
das decisões morais que deter-
minam nossas decisões diá-
rias”, resume o apresentador,
que garante não querer ditar re-
gras na posição de apresenta-
dor. “Moralizar é empobrece-
dor. Desmoralizar é bem mais
interessante”, brinca.
O estúdio lembra uma sala
de estar. Mas, pela primeira vez
em sua trajetória como jornalis-
ta, Bial vai apresentar um pro-
grama de auditório. “O ‘Big
Brother Brasil’ até tem, mas é
torcida, não chega a ser pla-
teia”, explica. A ideia é que as
discussões possam ser debati-
das não apenas por especialis-
tas nos assuntos tratados, mas
também por gente que vive a si-
tuação na pele. Mas tanto o
apresentador quanto o diretor
Luiz Gleiser e o redator-final
Marcel Souto Maior fazem mis-
tério sobre o que pode ou não
ser debatido no ar. “O ‘Na Mo-
ral’ vai se transformar toda se-
mana. Muda o cenário, o tema
e até a participação do público.
Queremos mostrar que ideias
opostas não se excluem. Mas a
tevê vive da surpresa, então só
vamos revelar o assunto de ca-
da programa quando ele for exi-
bido”, desconversa Marcel.
Para esquentar os debates,
algumas matérias nas ruas de-
vem ser feitas e também apare-
cerão desde animações a mini-
d o c u m e n t á r i o s e
dramatizações ilustrando os as-
suntos. E, no palco, junto com
Bial, cada programa contará
com um DJ convidado. A ideia
é aproveitar os temas aborda-
dos na seleção de músicas. Se-
gundo o apresentador, algo pró-
ximo do que é feito na série
americana “Glee”. “Eles usam
canções para apresentarem a
trama do episódio. E nossa mú-
sica é tão rica que sabemos que
qualquer tema vai render no
mínimo uma meia dúzia de
composições que ajudem na
reflexão. O Gleiser tem uma
história ligada à música, isso
ajuda”, adianta Bial. Além do
“Na Moral”, Luiz Gleiser di-
rige há seis anos o musical
“Som Brasil”.
A exibição será sempre de-
pois do capítulo de “Gabriela”.
No ar, não contará com mais
que 35 minutos de duração e,
assim como quase toda a linha
de shows da emissora, segue o
esquema de temporadas. Po-
rém, pelo menos por enquanto,
não há qualquer certeza a res-
peito do número de programas
que serão feitos. Ao que parece,
só uma coisa está definida. “No
final do ano, passo a me dedi-
car normalmente ao ‘Big Bro-
ther Brasil’. Depois dele, aí já
não sei o que acontece”, infor-
ma, sem mencionar se isso sig-
nifica que possa deixar o co-
mando do “reality show” caso a
Globo realize a edição de 2014.
Apesar da ideia de debater
assuntos do dia a dia e contar
com a interação do público –
principalmente a partir do site
do programa –, transmitir “Na
Moral” ao vivo não chegou a
ser cogitado pela equipe. A in-
tenção é gravar no sábado, exi-
bir na quinta e, na sexta, um
dia antes da nova gravação, ava-
liar a repercussão nas redes
sociais para, a partir desse re-
sultado, analisar o que pode
ser melhorado ou aproveita-
do para a edição seguinte. “É
claro que os temas mudam e
nem sempre vai ser fácil. Mas
vamos procurar uma maneira
de repercutir isso. O ‘Na Mo-
ral’ é uma experiência ainda,
vamos aprender a fazer fazen-
do”, diz Luiz Gleiser. �
“Na Moral” - Estreia dia 5, quinta-feira,às 23h45, na Globo
Inside
Entre o certo e o errado
Marcel Souto Maior, Pedro Bial e Luiz Gleiser, as três cabeças por trás do novo programa da Globo, “Na Moral”, que estreia em julho
Luiza Dantas/Divulgação
TV - 20 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
No ar em “Amor Eterno Amor”, Adelaide de Castro fala sobre as dificuldades iniciais de sua carreira
TV Press
Por trás do jeito tímido e delicado
de Adelaide de Castro esconde-se
uma atriz de fibra. Natural de Três
Corações, interior de Minas Gerais,
aos 18 anos, ela deixou a casa da mãe
para estudar teatro no Rio de Janeiro.
Com apenas uma mochila nas costas
e um saxofone na mão, Adelaide en-
frentou sérias dificuldades financei-
ras e a alta competitividade da carrei-
ra. “Foram momentos difíceis. Mas a
minha vontade de vencer era muito
maior. As coisas começaram a mudar
quando passei no teste para a peça
‘Clandestinos’”, relembra a jovem de
22 anos recém-completados. O traba-
lho ao lado de outros novos atores,
sob o comando do diretor João Fal-
cão, foi além das expectativas. O espe-
táculo foi adaptado para a tevê em
2010. E, logo no primeiro episódio,
contou a história de uma jovem mi-
neira que, na tentativa de conseguir
qualquer trocado para sobreviver, co-
meça a tocar seu sax em uma rodoviá-
ria. “Foi engraçado ver minha histó-
ria na série. Era a primeira vez que eu
fazia tevê e fiquei apaixonada. É mui-
to bom estar de volta”, comemora a
intérprete da jovem Tati, de “Amor
Eterno Amor”.
O trabalho de Adelaide na atual
novela das seis foi influenciado por
seu desempenho em “Clandestinos –
O Sonho Começou”. O diretor da tra-
ma, Rogério Gomes, gostou da série e
a indicou para a seleção de elenco de
“Morde & Assopra”, de 2011, mas ela
não passou. No início deste ano, a
atriz se surpreendeu com o chamado
para um novo teste, agora para a tra-
ma de tons espíritas assinada por Eli-
zabeth Jhin. Na história, Tati é filha
da vaidosa Jáqui, de Suzy Rêgo, e fun-
ciona como um contraponto aos exa-
geros da mãe. “Minha personagem se
incomoda com a futilidade da mãe e
tem certa implicância com o padras-
to, coisas típicas de uma jovem de 15
anos”, conta Adelaide, referindo-se a
Kleber, personagem de Marcelo Fa-
ria. Com a novela ambientada no Rio
de Janeiro, a maior dificuldade da
atriz foi neutralizar seu forte sotaque
mineiro. Sem a ajuda de fonoaudiólo-
gos ou preparadores de elenco, Ade-
laide apostou na intuição e na ajuda
de seus amigos cariocas. “Sempre fui
muito por minha conta. Fiquei obser-
vado o gestual e a fala dos meus ami-
gos. Quando tenho alguma dúvida de
sotaque, ligo para um deles e peço pa-
ra ficar repetindo a palavra”, assume,
aos risos.
Autodidata no saxofone e no pia-
no – ela agora quer aprender a tocar
violão –, Adelaide sempre manteve
uma íntima relação com a música.
“Aprendi os instrumentos a partir da
minha curiosidade. As melodias me
dão inspiração, é um complemento
para minha atuação”, explica. Inclusi-
ve, durante muito tempo, ela tocou
em bandas e festas da região, até que
conheceu o Pedalarte, projeto social
promovido pelo cineasta Bráz Che-
diak, que ensina arte dramática, inter-
pretação de textos e expressão corpo-
ral a crianças carentes. “Foi onde me
encontrei. Tive de ser forte para não
desviar do meu caminho em direção
ao teatro. Minha mãe sempre me
apoiou, mas meu pai queria que eu in-
gressasse na Polícia Militar”, revela,
entre risos.
Atualmente, mais íntima dos deta-
lhes técnicos da tevê, Adelaide segue
uma rigorosa disciplina para decorar
os textos e chegar ao gestual de meni-
na construído para dar vida à Tati. In-
clusive, interpretar uma personagem
sete anos mais nova, é motivo de orgu-
lho e diversão para a atriz. “Com uma
maquiagem suave, posso fazer garoti-
nhas. Se carregar nos traços, posso
ser alguém mais experiente. Gosto de
ter essa versatilidade. No caso da Ta-
ti, acho legal reviver algumas coisas
que aconteceram quando eu tinha 15
anos”, analisa a atriz, que voltou a mo-
rar em Três Corações e agora fica na
ponte aérea para gravar a novela. “Se
um contrato com a Globo ou outras
oportunidades surgirem, posso ter a
chance de voltar a morar no Rio. No
momento, não quero pensar no de-
pois, estou focada em dar o meu me-
lhor nas cenas de ‘Amor Eterno
Amor’”, valoriza. �
“Amor Eterno Amor” – Globo –Segunda a sábado, às 18h15
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Pedras no caminho
Com a novela ambientada
no Rio de Janeiro, a maior
dificuldade da atriz nascida
no interior de Minas Gerais
foi neutralizar seu forte
sotaque
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ção
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 21 - TV
MALHAÇÃO - 17H15
Segunda-feira - Gentil concorda em nãodivulgarqueFabianvaientregaroprêmiopara as Empreguetes. Brunessa conse-gue a vaga de arrumadeira na casa dosSarmentoetentaconquistaraconfiançade Sônia. Cida não percebe as indiretasquePenha faz sobreElano.Chayene ins-trui Socorro a enganar as Empreguetes.Sandro vai para a premiação escondidode Penha e vê Gentil beijar a mão da ex-mulher. Inácionãoconsegueencontraroendereçodoevento.Terça-feira - Rosário afasta Fabian. Gen-
til se compromete a arrumar ingressosparao jogodoVascoeSandroseanima.Socorro diz que protegerá as Empregue-tesdeChayene.DinhadescobrequeRo-sário estava com Fabian na despensa.Sandro inventa para os repórteres que éagente de Penha. Brunessa conta paraRodineiqueperdeuobebê.Máslovacon-ta para Conrado que Otto simpatizoucomuma das Empreguetes.Quarta-feira - Inácio conta para Rosárioque a viu beijando Fabian. Alejandro sepreocupacomasaúdedeLygiaecomen-ta com Penha. Penha ouve Samuel ar-
mando contravenções com um amigo eresolvesegui-lo.ElanoouveSarmentofa-lar para Conrado que desviará dinheiroda construtora de Otto. Inácio afirma aRomanaquenãoquermaisficarcomRo-sário. Fabianpensa em Rosário.Quinta-feira - Samuel conta para Lygiaque foi flagrado por Penha vendendo ogabarito de uma prova. Rosário pedemaisumachanceparaInácio.Laércioso-freaoverChayenecomArruda.Elanoga-ranteaCida quevai desmascararConra-do. Tom e Simone ficam satisfeitos aosaber que Rosário terminou seu namo-
ro.ElanocontaparaLygiasobreaconver-saqueouviuentreSarmentoeConrado.Sexta-feira - Máslova percebe o interes-sedeOttoemPenha.MáslovaexigequeIvone minta para Otto. Conrado repreen-de Elano por chegar tarde ao escritório.Ivone fala de Penha para Otto, que ficapensativo. Laércio é dispensado porChayene. Otto convida Penha para ir aum recital. Fabian presenteia Rosáriocom um violão. Inácio pensa no que He-raldo lhe disse. Lygia não consegue oemprego. InácioprocuraRosárioeficaar-rasadoao vê-la cantando com Fabian.
Sábado - Alejandro se preocupa com Ly-gia. Rosário manda Fabian embora. Lia-ra fala para Rodinei que a Borralho Crewpode ir para Berlim. Penha se emocionanorecitaleOtto ficaencantado.Cida lêolivro que ganhou de Elano, mas sonhacom Conrado. Penha não aceita o convi-te de Otto para jantar. Alejandro leva Ly-gia ao hospital e sofre ao saber que elaprecisaseroperadacomurgência.Rosá-rio fica dividida entre Inácio e Fabian. Omédico avisa que Lygia ficará internadae todos se preocupam. Rosário tentamarcar umencontro com Inácio.
AVENIDA BRASIL - 21H00
AMOR ETERNO AMOR - 18H15
Segunda-feira - IransesurpreendeaodescobrirovalorqueMonalisapreten-de pagar pela rede de salões.Betânia diz a Nina que não vai maisse passar por Rita. Suelen tenta fugirde Ramón. Cadinho avisa a Alexiaque vai à casa de Verônica. Max dis-cutecom Ivanaevai sozinhoparaumhotel de luxo, mas tenta fugir quandopercebe que não terá como pagar aconta.Roni tentasalvarSuelen. Jorgi-nho termina o namoro com Débora.Ninapaga aconta deMax nohotel.Terça-feira - Nina consegue enganarMax. Carminha pede para Nina de-por contra Rita. Tufão decide ven-der a sua parte na sociedade para
Monalisa. Iran flagra Olenka e Silasse beijando. Dolores suspeita queRoni tenha ido atrás de Suelen eDiógenesse preocupa. Roni enfren-ta Ramón e Suelen se desespera.Max tenta reconquistar Ivana. Tu-fão fala para Leleco que manteráem segredo o amor que sente porNina. Jorginho diz a Nina que aceitaficar com ela sem pressioná-la.Quarta-feira - Leleco tenta encorajarTufãoasedeclararparaNina.Suelenavisa a Diógenes que Ramón estácom Roni. Nina pede para JorginhoafirmarparaCarminhaquenãovoltoua namorar Rita. Carminha combinadeseencontrarcomMax.Suelenpro-
tege Roni e acaba ferida. Monalisamuda o visual de Ivana. Lúcio pedeoutra chance para Janaína. Nilo sus-peitaqueNinaestejaenvolvidanose-questro de Carminha. Nina deixa Jor-ginhoesperandoe vai atrásdeMax.Quinta-feira - Nina leva Max a umachurrascaria e Carminha se enfurececom a demora de seu amante. Tufãose irrita quando Zezé diz que Ninasaiu com o namorado. Lúcio tentaconvencer Janaína de que mudará oseu comportamento. Diógenes ficaadmiradocomoempenhodeRonipa-ra ajudar Suelen. Beverly comenta,diante de Monalisa, que Olenka estánamorando. Darkson, apaixonado,
observa Tessália. Carminha fala malde Rita para Débora. Carminhadescobre que Nilo está morandoem um flat em Copacabana. A pe-dido de Carminha, Tufão questio-na Jorginho sobre Rita.Sexta-feira - Jorginho conta a suahistória com Rita e pede para Tufãomentir para a mãe. Carminha pedepara Nina ajudá-la a invadir o perfil deJorginho em uma rede social. Tufãorepreende Carminha por querer con-trolaravidadeJorginho. Ivanafalapa-raCarminhaqueacreditaqueMaxes-teja tendo um caso com outra mu-lher. Verônica descobre onde Cadi-nho estará em sua despedida de sol-
teiro.CarminhaencontraNilo.Monali-sa desconfia que Silas esteja namo-rando. Tufão confessa a Nina queatropelouGenésio.Carminhapergun-ta se Jorginho reatoucom Rita.Sábado - Carminha envenena Jorgi-nho contra Rita. Nina tenta se contro-lar para não chorar na frente de Tu-fão. Nilo perde a paciência com Ninae a obriga a cumprir suas exigências.Monalisa se descontrola quando Iranavisa que vai sair de casa. Leandroconsidera a ideia de se casar comSuelen.TufãopedeparaLucindacon-tar o que sabe sobre Rita. Max exigeque Nina saia com ele. Jorginho se-gueNinaeavênacompanhiadeMaxemuma churrascaria.
Segunda-feira - Angélica torce paraqueVirgíliosejapreso.MiriamvaicomRodrigo procurar Joana. Rodrigo e Mi-riamconseguemfalarcomJoana.Fer-nando afirma para Melissa queZenóbio é o mendigo que ele atrope-lou. Rodrigo comenta com Priscilaque não concorda que Miriam reateseu relacionamento com Fernando.Valéria discute novamente com Elisa.Dimas esconde o desespero ao ouvirRodrigo contar sobre a conversa quetevecomJoana.Terça-feira - Laudelino avisa a Virgílio
queeleestásendoprocuradopelapo-lícia. Valdirene decide distribuir os bri-gadeiros feitos por Jáqui. Cris pedeperdão à mãe. Melissa convence Fer-nando a continuar acessando o com-putador de Beatriz. Rodrigo conversacom Priscila, Kléber e Dimas sobre avisita que fará à obra às escondidas.Elisa chega de surpresa na construto-ra Prado Borges. Fernando decide irmorar na cobertura onde iria morarcom Miriam. Virgílio marca um encon-tro comMelissa.Quarta-feira - Elisacedeaosencantos
de Rodrigo. Fernando convida Miriampara morar com ele na cobertura dosdois. Rodrigo sonha com Miriam eacorda sentindo dores na nuca. Ga-briel anunciaamudançada famíliadeBeatriz para o apartamento e Gabi fi-nalmente apoia o pai. Fernando seprepara para sair do hospital. VirgílioexigequeMelissaolivredaprisão.Ro-drigo começa a trabalhar escondidonaobra.Rodrigopensa emElisa.Quinta-feira - Melissa confirma o álibideVirgílioeeleéliberado.Solangeexi-ge que Rodrigo marque a data de seu
casamento com Elisa. Beatriz contaparaafamíliaqueelessemudarãopa-ra a casa de Gabriel. Miriam fica arra-sada ao saber que Rodrigo marcou adata deseu casamento com Elisa pa-ra dali a duas semanas. Jáqui conti-nua deprimida com a separação e in-ventaumnovosabordebrigadeiro.To-bias fala para Rodrigo que voltará pa-raMarajóassimqueelesecasarcomElisa.Sexta-feira - Marlene, Mauro e GildaconstatamqueJulinhoeLaís fugiram.Miriam visita Fernando e ele fica ani-
mado. Fernando conta para Miriamque teve uma experiência sobrenatu-ral durante sua cirurgia. Rodrigo levaTeresa à casa de Marlene e apoia asduas.JosuéobrigaValériaasedescul-parcomElisaecumprimentarRodrigograciosamente.Sábado - Melissa estranha a ausên-cia de Dimas em sua casa. Miriamconversa com Gabriel sobre Fernan-do.DimasdescobreoquelevouMelis-sa até a delegacia. Elisa afasta Rodri-go e pede um tempo para ficar sozi-nha.BetoelogiaGabipornão implicarcomonovocasamentodeGabriel.
Segunda-feira - Gabriel percebe queCristalestáusandoTomásparamani-pulá-lo.Beatriz suspeitaqueDéboraeBernardo tenham colocado as bombi-nhasna fogueira.DieguinhoconfessaaTamtamqueéseuadmiradorsecre-to e a beija. Débora fica com ciúmesao ver Jefferson dançando com Ani-nha. Betão acredita que Nelson quei-ra apressaro casamento comNatáliapor causade umagravidez.Terça-feira - Depois de saber da inti-
mação de Moisés, Gabriel se preocu-pa com a segurança de Janjão. AlexiaimploraqueNatália impeçaGabrieldeser manipulado por Cristal. Gabrieltenta ligar para Alexia. Moisés tentaemplacarumfalsocontratocomogru-poPagodeirosdosAnjos,masBertoniimpedeaarmação.Quarta-feira - Carcará aconselhaMoisés a não fazer nada contraJanjão. Laura estranha o presenteque Bernardo deu para Débora. Kiko
tenta convencer Gabriel de que Alexiase afastou para protegê-lo. O delega-do desconfia do depoimento deMoisés.Betãoreagecomdespeitoaover o trailer do seriado. Laura avisaque Débora vai trabalhar no brechó ea proíbe de encontrar Bernardo. Car-mem encontra uma foto antiga deLuís Avelar.Quinta-feira - Cristal enfrentaTomáseoconvenceacontinuar a seu lado. Ozelador diz a Carmem que Luís
Avelar se casou. Gabriel foge doassédio de algumas meninas queo reconhecem na rua. Moisés ar-ma com Cristal para que ela consi-ga um exame de ultrassonografia.Betão falsifica o laudo do médicopara participar do campeonatoapesar de seu ombro estar ma-chucado. Kiko e Gabriel depõemsobre a tentativa de assalto quesofreram. O delegado avisa quechamará Janjão para depor.
Sexta-feira - Gabriel explica a Ki-ko e Nelson seu plano para des-mascarar Moisés. Janjão aceitaajudar Gabriel em seu plano con-tra Moisés. Natália fica apreensi-va ao saber do plano de Gabrielpara pegar Moisés. Bernardo pe-ga o colar de ouro de Laura semque Débora veja. Fabiano distraiMoisés e Kiko consegue pegar ocelular dele. Cristal mostra a ul-trassonografia para Beatriz.
Resumo das novelas
CHEIAS DE CHARME - 19H15
GLOBO
TV - 22 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Segunda-feira - Valéria diz a Jaimequeelepensa com abarriga. Na inau-guração da lanchonete, os alunos sa-boreiam os lanches que Eloisa, mãede Jaime, fez. Helena comenta comadiretoraOlíviaqueMariaJoaquinanãosairá da Escola Mundial. Clara afirmaa Miguel que a febre de Maria Joaqui-na passou, mas está desconfiada deque a filha está com depressão. Ra-fael pede para Jaime fazer as pazescomMaria Joaquina. Valéria diz a Bibie Laura que Maria Joaquina prejudicaobomandamentodas aulas.
Terça-feira - Professora Helena pedeparaosalunos trataremMaria Joaqui-na com naturalidade. Paulo Guerra eKokimoto observam Jaime à esperade Maria Joaquina. Ao ver as floresnas mãos de Jaime, os dois fazemchacota. Graça e Eloisa, mãe de Jai-me, falamsobreocomportamentodeValériana lanchonetedaescola.Valé-ria não gosta nada do retorno de Ma-riaJoaquinaeatratacomtotaldespre-zo. Cirilo revela a Maria Joaquina quesentiumuitoa falta dela.Quarta-feira - Os meninos se reúnem
na casa abandonada para decidir apresença das meninas na PatrulhaSalvadora. Miguel pergunta a MariaJoaquina como foi o retorno às aulas.Maria Joaquinaconta aopai queasa-la inteira ficou comentando que ela eJaimesãonamorados.Feliz,Cirilocon-ta ao pai que a Maria Joaquina disseque sentiu a falta dele. Valéria acusaMaria Joaquina de ter falado mal dopaide Jaime,de terdeduradoMarceli-naede tratarmal Cirilo.Quinta-feira - Valéria afirma a MariaJoaquina que todos resolveram apli-
car o castigo do silêncio nela porqueela não é uma pessoa amiga. MariaJoaquina diz não se importar com oqueaspessoaspensamdela.Davico-mentacomMariaJoaquinaqueseelanão se importasse não teria ficadodoente, com febre. Valéria diz aMariaJoaquinaquenuncamaisdirigiráapa-lavra a ela e a chama de fofoqueira,metida e orgulhosa. Maria Joaquinaretruca e diz que Valéria é tagarela epuxa-saco. As duas partem para a bri-gae se pegampelos cabelos. HelenapedeparaMaria JoaquinaeValéria fa-zeremaspazes.
Sexta-feira - Paulo entra na sala deciências.Kokimotoficanaportacomovigia. A dupla vai colocar em prática oplanoquearquitetou.ProfessoraHele-napedeparaMariaJoaquinaeValériairematé asala deciênciaspara pega-rem o material da aula. Maria Joaqui-nanãoquerdirigirapalavraaValériaepergunta se ela precisa mesmo ir. Asduasentramnasalaparapegaroma-terial. Pauloestáescondidodentrodoarmário. O menino assusta as garo-tas com um esqueleto falso. Valériadesmaia comosusto.
Segunda-feira - Martim diz a ManuelaqueprecisaacertarascontascomDé-cio. Big Blond concede o helicópteropara Martim. Maria reclama com Dé-cio de ter de viver trancada e afirmaque irá embora. Maria e Décio se as-sustamcomobarulhodeumtiro.Mar-tim aponta a arma para Décio, masMaria se joga na frente. Maria e Mar-tim se abraçam emocionados. DéciosetrancacomMariaemumquartopa-ra se proteger. Martim atira contra aporta e força a entrada. Maria pergun-
ta a Décio por que Martim quer matá-lo. Décio pede ajuda a Otávio. OtáviochamaMartimpara abriga.Terça-feira -OtávioparteparacimadeMartim, que revida. Maria manda Dé-cioabriraporta.MariasecolocaentreOtávio e Martim. Maria implora paraque eles parem de brigar. Otávio acu-sa Martim de querer vender a fazen-da. Eduardo Sotero repreende Lumae Edu pela gravidez. Luma garante aojuiz que as crianças serão criadascommuito amor. Otávio pede aDécio
que cuide de Maria e deixa a clínica.Otávio entrega o dinheiro para Elvira,que afirma que não irá acompanhá-loàpenitenciária.Otáviovaiaoencontroda detenta Luzia. Luzia garante a Otá-vio queTavinhoestá vivo.Quarta-feira - Décio nega ter tentadomatar Martim. Décio tenta convencerMariadequeOtávio renegouTavinho.Eliza diz a Otávio (Martim) que temuma surpresa e o leva até Olívia. Otá-vio se preocupa com a reação de Olí-via diante de Eliza. Otávio conta para
Olívia que assumiu a identidade deMartim. Big Blond ameaça Mário seelenãocumprirsuamissão.Mariape-deaDécioque a deixe sozinha. Otá-vio conta para Maria que Tavinhopode estar vivo. Otávio pede a Dé-cio que dê um celular para que elepossa se comunicar com Maria.Quinta-feira -BigBlondgaranteaFaus-to que irá desmascarar Otávio. Togadiz a Martim que a fazenda é rica emminério. Martim desconfia das infor-maçõesde Toga. Martim eToga pres-
sionam a babá para explicar o motivode seu choro. Toga tenta consolar ababá, mas Martim a leva para o quar-to.Ababámostraopedidodedivórcioenviado por seu marido do Haiti. Mar-co Antonio fala para Régis que estásemdinheiro.MarcoAntonioseofere-ce para facilitar o envolvimento entreRégis e Letícia. Big Blond dá ordensparaMário atirar em Otávio.Sexta-feira - Até o fechamento destaedição, a emissora não divulgou o re-sumodeste capítulo.
Segunda-feira - Maria e Murilo seescondem de Jonas. Eles tentamadulterar as notas de Solange pa-ra que ela não seja aprovada no Eli-te Way. Pilar aconselha Miguel a fa-lar a verdade para Jonas e diz queBinho está fazendo a cabeça deLucy. Os rebeldes deduram Lucypara Jonas enquanto Miguel tentadefender a irmã. Jonas fica preocu-pado com a possibilidade de Lucyestar perdendo o controle. Binhodiz a Lucy que vai protegê-la. Binhoarma um plano com Lucy.
Terça-feira - Jonas fica furiosocom a notícia de que Lucy pode serculpada. Roberta e Alice pensamem alguma forma de se vingar deLucy. Pilar conta a Binho e Miguelque as meninas vão se vingar deLucy. As aulas de rebelde come-çam. Marcelo, Vicente e Artur fi-cam enciumados e conversam so-bre Tadeu. Marcelo fica chateadocom a possibilidade de Cris estarrealmente gostando de Tadeu. Ali-
ce, Roberta e Carla rasgam a capade Lucy.Quarta-feira - Leila fica surpresaao ver as rebeldes rasgando as coi-sas de Lucy. Franco e Eva procu-ram por Roberta e Alice. Binho con-ta a Lucy que as rebeldes rasga-ram suas roupas. Lucy não se aba-la e diz a Binho que ele é seu novoirmão. Pedro conta a Alice que Jor-ge lhe deu uma moto. Roberta e Ali-ce fazem uma guerra de travessei-ros. Tadeu, Tomás, Carla e Cilenefazem uma serenata para Artur.
Quinta-feira - Binho procura Jonasdesesperadamente. Ele diz ao dire-tor que Lucy está desmaiada no ba-nheiro. Carla e Tomás se divertemcom a situação de Artur e Cilene.Pedro e Alice aproveitam o tempojuntos na praia. Os alunos do EliteWay fofocam sobre Lucy. Miguel ePilar acham que os rebeldes têmculpa pelo que aconteceu comLucy.Sexta-feira - Pilar segura a cabeça
de Roberta dentro da água. Alice eCarla ajudam a amiga. Pingo che-ga e separa a briga, mas ele nãosabe nadar. As rebeldes ajudam atirar Pingo da piscina. Tomás conti-nua desacordado e sangra pelo na-riz. Os alunos ficam muito preocu-pados com a situação de Tomás.Tomás se levanta e parte para ci-ma de Binho. Murilo e Vinícius es-coram o rebelde, que mal conse-gue ficar em pé. Pedro e Binho tro-cam socos.
Terça-feira - Josué pergunta a Mal-vina se seu pai sabe que ela estálendo um livro que não é permiti-do para mulheres. Nacib senteciúmes de Gabriela ao perceber ointeresse de seus clientes porela. Pelópidas e Douglas conver-sam sobre a possibilidade deMundinho Falcão se candidatar eacabar com o domínio dos coro-néis. Para fazer os coronéis fica-rem a favor da presença das mu-
lheres-damas na procissão, Coro-nel Ramiro Bastos pede a MariaMachadão que promova uma gre-ve no Bataclã.Quarta-feira - Os clientes doBataclã ficam furiosos ao sabe-rem que as meninas estão em gre-ve. Nacib não aceita a propostade Zarolha para furar a greve, dei-xando-a certa de seu amor. Ga-briela e Nacib se amam. Tonicoestranha a alegria de Nacib. Mau-
rício diz a Josué que achou mui-to ousada a redação de Malvi-na e ameaça mostrar a seuspais. Melk orienta Fagundes aseguir Josué. Os homens deIlhéus se desesperam com agreve do Bataclã. Ribeirinhoagarra Gabriela.Quinta-feira - Gabriela não aceitaa proposta de Ribeirinho, que ficafurioso com o desdém da cozinhei-ra. Berto conclui que o único jeito
de cessar a greve das meninas doBataclã é convencendo as espo-sas de Ilhéus a aceitá-las na pro-cissão. Machadão comenta comZarolha que Nacib deve ter outramulher. Arminda avisa a Nacibque Ribeirinho procurou Gabriela.Amâncio promete a Alceu que Ber-to se casará com Lindinalva.Sexta-feira - Ramiro sugere umavotação para que os homens im-portantes de Ilhéus decidam se
as meninas do Bataclã participa-rão da procissão. Mundinho acei-ta ser líder da oposição e prometeacabar com o poder do CoronelRamiro. O resultado da votação fa-vorece o Bataclã e Ramiro ordenaque o padre avise às meninas. Na-cib manda um recado para Zaro-lha, dizendo que não poderá ir aoBataclã. Assim que a procissãocomeça, chove na cidade e a mul-tidão anuncia o milagre.
Resumo das novelas
CARROSSEL - 20H30
MÁSCARAS - 22H25
REBELDE - 19H30
GABRIELA - 23H25
GLOBO
RECORD
SBT
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 23 - TV
Roteiro pelo Vietnã revela lendas
da Baía de Halong, uma das
Maravilhas da Natureza, e leva à
antiga Saigon, uma cidade vibrante
Agência O Globo
Saigon revive. Quase 40
anos depois do fim da guerra, o
lugar que viu cair o governo do
então Vietnã do Sul (ou foi libe-
rado do capitalismo, dependen-
do do ponto de vista ideológi-
co) é hoje o emergente e vibran-
te centro econômico do país
unificado.
Rebatizada de Cidade de
Ho Chi Minh (HCMC na sigla
em inglês), em homenagem ao
líder comunista, a maior cida-
de do país tem milhares de es-
trangeiros em suas ruas, arra-
nha-céus modernos ao lado de
prédios centenários de arquite-
tura colonial francesa, poucos
carros importados, milhões de
motos e lojas de grifes interna-
cionais.
HCMC é um bom ponto de
partida para uma viagem pelo
Vietnã, que pode passar por
Hue, a antiga capital imperial,
no centro do país, e chegar até
a incrível Baía de Halong, bem
ao norte, que não por acaso foi
eleita no ano passado uma das
Sete Maravilhas da Natureza.
O cultivo de arroz continua
sendo importante fonte de ren-
da, mas a infraestrutura turísti-
ca está cada vez melhor. Hoje o
Vietnã está pronto para receber
viajantes mais exigentes em
busca de ‘uma nova Tailândia’.
Turismo
O BERÇODO DRAGÃO
TURISMO - 24 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Montanhas de pedra
emergem na magnífica
Baía de Halong, no
norte do Vietnã
O Jasmine Cruise, um
dos barcos de Halong
Fotos:Agência
OG
lobo
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 25 - TURISMO
É hoje uma das cidades mais fascinantes do Sudeste Asiático, com mais de 8 milhões de habitantes
Agência O Globo
Por mais que Tio Ho seja
idolatrado pelos vietnamitas,
os moradores da Cidade de Ho
Chi Minh, rebatizada com o no-
me do herói comunista, conti-
nuam se referindo à cidade co-
mo Saigon.
Talvez porque ela tenha ti-
do esse nome desde o século
17, antes da chegada dos france-
ses. Ou porque sua alma conti-
nue a mesma: porto movimen-
tado, capital da ex-colônia fran-
cesa por quase cem anos (da se-
gunda metade do século 19 até
depois da Segunda Guerra) ou
quartel-general das tropas ame-
ricanas quando era a capital do
Vietnã do Sul, Saigon sempre
se destacou como um centro po-
lítico, financeiro e cultural.
É hoje uma das cidades
mais fascinantes do Sudeste
Asiático, com mais de 8 mi-
lhões de habitantes - o país tem
90 milhões.
Comece o roteiro pelo passa-
do, no emblemático Palácio da
Reunificação, o principal monu-
mento da cidade. O portão foi der-
rubado pelos tanques dos vietna-
mitas na manhã do dia 30 de abril
de 1975, data que marca o fim da
guerra. As tropas americanas saí-
ram antes do país.
O portão foi refeito e hoje é
a ‘lôi ra’ do pedaço (a saída, em
vietnamita). Dois tanques do
mesmo modelo e contemporâ-
neos aos que derrubaram o por-
tão estão em exposição nos jar-
dins do palácio.
Originalmente o prédio do
século 19 tinha arquitetura
francesa, do tempo em que o
Vietnã era colônia, parte da In-
dochina, mas hoje o estilo
arquitetônico do comunismo
prevalece. A construção foi
bombardeada e praticamente
destruída, em 1962.
O atual prédio branco não
seduz pela beleza, mas pela his-
tória. Há diversos objetos da
época da guerra, de telefones a
carros. Pelos seus salões espa-
lham-se estofados puídos a ma-
pas de guerra, passando por fi-
nas esculturas.
No subsolo, uma exposição de
fotos relembra o passo a passo da
guerra.Aimagemdostanquesder-
rubando o portão está lá.
A arquitetura original do pa-
lácio está desfigurada, mas há
dois outros bons exemplos de
projetos arquitetônicos da épo-
ca colonial francesa. O mais im-
pressionante, não muito distan-
te, em frente à Catedral de No-
tre-Dame, é a construção dos
Correios, assinada por Gustave
Eiffel. Não deixe de entrar.
O outro é a Ópera. Entre a
catedral e a ópera de estilo clás-
sico, ambos do fim do século
19, está uma das principais ave-
nidas comerciais da cidade, a
Dong Khoi, que pode ser per-
corrida a pé.
Vietnã
Tempo quente e boascompras na antiga Saigon
Tanque norte-vietnamita que botou o portão abaixo; no
jardim do palácio, há outro modelo da mesma geração
Portão do Palácio da Reunificação na Cidade de Ho Chi Minh, antiga Saigon: sua derrubada marcou o fim da guerra, há quase 40 anos
TURISMO - 26 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Prepare-se para o calorNeste fim de primavera
na Ásia, a temperatura em
HCMC chega aos 33 graus.
Todo mundo que assistiu
aos filmes de guerra sobre
o Vietnã sabe que a selva
tropical está logo ao lado
da antiga Saigon, então há
chuva em qualquer dia, a
qualquer hora.
Passe protetor solar, pe-
gue uma garrafa de água e
uma capa leve de chuva, use
um calçado fechado e não
deixe as condições climáti-
cas atrapalharem este pas-
seio tão diferente.
Na avenida entre o prédio
dos Correios e a Ópera fica o
moderno Vincom Center, o
maior e mais novo shopping
da cidade, com lojas ociden-
tais como Armani e Versace,
Mango e Nine West.
A melhor parada para
compras neste trecho é numa
grande livraria de rua, a Art
Book, com ótimo acervo de li-
vros em inglês com história e
fotos do país, pôsteres e car-
tões-postais com reproduções
de cartazes com propaganda
de guerra e do regime comu-
nista, e irresistíveis blocos e
cadernos feitos à mão com pa-
pel de arroz, decorados com
lindas aquarelas.
HCMC é um excelente lu-
gar para compras. Perto da
Ópera, na Dong Khoi, há um
lugar interessante chamado
L’Usine, no número 151, es-
condido no segundo andar de
uma passagem comercial em
um prédio original do fim do
século 19. É um café-loja,
com saladas, sanduíches, sor-
vetes e cupcakes, roupas e ob-
jetos de design para casa,
obras de arte.
Na Dong Khoi e nas suas
transversais, estão os melho-
res lugares para comprar
aquarelas, gravuras e pintu-
ras contemporâneas com mo-
tivos vietnamitas ou não; se-
das caras (na Khaisilk, no nú-
mero 107), objetos de laca a
bons preços (na Saigon
Crafts, número 74); bijute-
rias de chifres de búfalo e tê-
nis bacanas, de marcas desco-
nhecidas, mas todos made in
Vietnam, como muitos das
grandes grifes.
Há também uma graciosa
loja de bolsas bordadas colori-
das chamada Ipa-Nima (no
número 77-79) e, para quem
gosta, uma outra famosa de
bolsas de couro de crocodilo -
com certificado para sair do
país - e cobra. É a Viet
Thành, no número 137, em
frente à Gucci, e as bolsas de
couro de jacaré começam em
US$ 1,2 mil.
As de cobra custam a par-
tir de US$ 600, e há também
carteiras e cintos. Lojas de
grifes europeias e grandes
hotéis também estão por to-
da a Dong Khoi.
Com muitos moradores es-
trangeiros e turistas, a comu-
nicação nas lojas é simples. A
maioria dos vendedores fala e
entende inglês com mais faci-
lidade do que em outras re-
giões do país.
A Dong Khoi leva ao rio
Saigon. Voltando para perto
da Ópera, há outra avenida co-
mercial, a Le Loi, com mais
lojas de grifes, como Chanel,
Ferragamo, Vuitton.
O centro da cidade é pla-
no, e é fácil caminhar pelas
ruas. Cuidado redobrado ao
atravessar: não há leis de
trânsito no Vietnã.
Calcula-se que haja mais
de 3 milhões de motos só nes-
ta cidade, num fluxo constan-
te. São elas que movimentam
a economia local, levando
adultos e crianças (podem ser
quatro ou até cinco em uma
mesma moto), bichos mortos
ou vivos, verduras, frutas, flo-
res, compras do mercado, en-
gradados, garrafas e manguei-
ras de plástico, molduras pa-
ra quadros, pedras de gelo, tu-
bos de PVC, etc. (AG)
A Ópera:
arquitetura
colonial
francesa em
construção
centenária
no centro da
cidade
Casal em trajes de época
posa em um mausoléu de Hue
Café L’Usine:
cupcakes em
ambiente
moderno
Fotos: Agência O Globo
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 27 - TURISMO
A 10 quilômetros do centro, está o túmulo do último imperador Nguyen, o Thien Dinh Palace, de 1925
Agência O Globo
Saindo da antiga Saigon rumo ao
norte, a próxima parada pode ser em
Hue, a antiga capital imperial do
Vietnã, no centro do país.
Esqueça o ambiente cosmopolita da
Cidade de Ho Chi Minh. Com 340 mil
habitantes, as principais atrações desse
lugar histórico são templos e tumbas. E
a gastronomia, que é uma mais sofistica-
das do país.
No centro de Hue, cortado pelo rio Per-
fume, fica a cidadela do século 19, patrimô-
nio da Humanidade pela Unesco.
Quem conhece a Cidade Proibida de
Pequim vai notar as semelhanças, ainda
que a versão vietnamita seja bem menos
exuberante que a chinesa. E também
bem menos conservada - foi alvo de
bombardeios aéreos durante a guerra.
Talvez por isso, pareça mais autênti-
ca e menos cenário de cinema. Do lado
de fora, pelas ruas e praças, moradores
andam, claro, de moto. No fim da tarde,
meninos jogam futebol em frente à en-
trada da cidadela.
Nos arredores, a 10 quilômetros do
centro, está o impressionante túmulo
do último imperador Nguyen, o Thien
Dinh Palace, de 1925.
Decorado com estátuas de pedra de
guerreiros, elefantes e dragões, no alto
de uma escadaria, o mausoléu de Kahi
Dinh hoje é cenário de fotos de casa-
mento, com casais em trajes de época.
O túmulo propriamente dito é reves-
tido de mosaicos, que formam lindos de-
senhos de flores e pássaros.
Hue é o lugar ideal para fazer uma refei-
ção à moda dos imperadores. A deliciosa
experiência de alta gastronomia em um res-
taurante como o Ancient Hue pode come-
çar com rolinhos de papel de arroz rechea-
dos com porco grelhado, seguir com salada
de flor de bananeira e sopa de noodles com
carne, continuar com arroz com frutos do
mar e semente de lótus e peixe no vapor
acompanhado de berinjela grelhada com
cebolinha, num banquete de muitos pra-
tos, quase sempre decorados com delica-
das flores de legumes.
As urnas do português
Não deixe de admirar as incríveis ur-
nas de bronze da dinastia Nguyen. São
mais de 30 em Hue, umas com pés, outras
não, todas feitas ao longo dos 300 anos em
que os Nguyen estiveram no poder.
Algumas urnas estão na Cidade Impe-
rial. As maiores, sem pés, foram feitas no
século 17 por Joaz da Cruz, um português
nascido na Índia e casado com uma vietna-
mita, considerado o pai dos trabalhos de
bronze na região. Cruz e seus filhos tam-
bém fizeram muitas armas para os mem-
bros da dinastia Nguyen.
Vietnã
Em Hue, lembrançasde um império
A cidadela do século 19, no
centro da cidade imperial de Hue
TURISMO - 28 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
O Templo da Literatura,
de 1070: paz em meio ao
caos urbano da capital
Não dá para dizer que todas
as rixas entre o Norte e o Sul do
Vietnã tenham desaparecido.
Os moradores de Hanói, a capi-
tal do Norte, ainda implicam
com os do Sul.
Vivem dizendo que a antiga
Saigon é o centro financeiro do
país, mas não o cultural.
Hanói, que já foi também
a capital da antiga Indochi-
na, tem um charme e um cli-
ma de renovação que fazem
da cidade uma das mais fasci-
nantes da Ásia.
Prédios coloniais se mistu-
ram a construções dos tempos
soviéticos e senhoras com cha-
péu de cone e frutas nas costas
disputam espaço nas ruas in-
transitáveis com moças de mi-
nissaia e bolsinha Chanel (fal-
sas, na maioria).
De um lado está o mausoléu
de Ho Chi Minh - o herói co-
munista da independência. Do
outro, galerias de arte, barzi-
nhos e butiques exclusivas.
Tem muita gente indo a Ha-
nói só para dar uma olhada nas
coleções produzidas pelos artis-
tas plásticos vietnamitas. Arte
moderna em metrópoles como
Tóquio e Pequim é coisa para
poucos, mas no Vietnã os pre-
ços continuam mais acessíveis.
Galeristas e colecionadores
ocidentais estão de olho numa
nova geração que usa técnicas
tradicionais para expressar as
transformações aceleradas atra-
vessadas por seu país.
Vale muito a pena se embre-
nhar pelas ruelas do Bairro An-
tigo para percorrer as galerias,
muitas delas em casarões re-
construídos. É um ar de SoHo
nova-iorquino em meio ao caos
urbano do sudeste asiático.
A Mai Gallery (113 Hang
Bong Street) é uma das mais
conhecidas e respeitadas. A
Apricot Gallery, na mesma
rua (40B), também tem uma
seleção bacana de artistas na-
cionais. A Bui Gallery (the-
buigallery.com) é ainda mais
exclusiva e internacional (23
Ngo Van So Street).
São muitas as opções, que
combinam com a vibração de
uma cidade jovem (a maioria
da população nasceu depois
da guerra), um lugar que ten-
ta se abrir para o mundo ape-
sar das limitações impostas
pelo regime.
A vida cultural de Hanói
também tem o lado mais his-
tórico. A cidade sofreu bom-
bardeios violentos durante a
guerra, mas conseguiu preser-
var muitos de seus templos e
pagodes.
O Templo da Literatura,
erguido em 1070, foi a primei-
ra universidade do país, um
centro que ensinava a doutri-
na confucionista. A arquitetu-
ra clássica chinesa está intac-
ta e a construção hoje serve
de hall de entrada para a Uni-
versidade Nacional.
O incenso e as rezas trazem
alguns momentos de tranquili-
dade numa região tomada por
zumbidos de motos que trans-
portam de patos a vacas, multi-
dões nas ruas e cheiros de pra-
tos exóticos.
Embora Hanói seja uma ci-
dade em transição, a figura de
Ho Chi Minh é onipresente,
lembrando aos visitantes que
as coisas mudaram, mas os viet-
namitas continuam fiéis aos
seus valores.
O corpo embalsamado do lí-
der revolucionário pode ser visto
num mausoléu de granito tão im-
ponente quanto o que guarda a
múmia de Lênin, em Moscou. O
policiamento é intensivo e as fi-
las, enormes. (AG)
A tumba do último imperador é cenário de fotos de casamentos
Exército de homens de pedra guarda mausoléu do último imperador
Fotos: Agência O Globo
Artes epolítica emHanói
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 29 - TURISMO
A baía de Halong e suas 1.969 ilhas criam um cenário inesquecível
Agência O Globo
Diz a lenda que um dra-
gão bebê espanou a cauda e
quebrou a montanha em mi-
lhares de rochas de formas e
tamanhos inusitados, trans-
formando-as em ilhas flu-
tuantes sobre as águas cor de
jade da Baía de Halong, uma
das maravilhas do mundo.
A intenção do dragãozinho
era impedir a entrada dos ini-
migos do Vietnã, mas hoje tu-
ristas são muito bem recebi-
dos e tratados com delicade-
za e sofisticação, cultivadas na
cultura local.
O filme francês Indochina, de
1992, com Catherine Deneuve,
foi rodado em Halong e as ima-
gens lançaram mundialmente a
baía como ponto turístico, mas o
lugar ainda tem jeito de paraíso
abençoado pelos deuses.
A baía e suas 1.969 ilhas
criam um cenário fantasmagóri-
co que torna inesquecível dias
e noites a bordo daqueles bar-
cos tradicionais com velas qua-
dradas, saboreando o longo ri-
tual das refeições vietnamitas,
com incursões em grutas, mer-
gulhos, passeios de caiaque e
sol no deque.
Halong fica a três horas de Ha-
nói. O caminho é pontilhado por
campos de arroz, cultivados por
agricultores com os rostos escon-
didos pelos tradicionais chapéus
em forma de cone, daqueles que
ilustram todos os livros de histó-
ria do século 20.
As primeiras visões da baía
compensam todos os descon-
fortos da viagem. Ao chegar
ao porto, embarca-se imedia-
tamente para os dois ou três
dias no mar.
O pacote com apenas duas jor-
nadas a bordo e uma noite com-
partilhada com 12 pessoas - em ca-
bines confortabilíssimas, duplas
ou individuais - já faz o cruzeiro
entrar na categoria dos progra-
mas a fazer antes de morrer. E is-
so por modestos US$ 120.
Os turistas são recebidos a
bordo por um almoço no con-
vés com sete pratos, todos deli-
ciosos, a base de peixe e frutos
de mar. A refeição é longa, e dá
tempo de conhecer os compa-
nheiros de cruzeiro, que certa-
mente não seriam os melhores
amigos na vida cotidiana mas
são interessantes para dois dias
de viagem. A língua a bordo é o
inglês, em variados sotaques, e
as histórias de vida diferentes
criam um clima simpático, esti-
mulado por bons drinques e vi-
nhos - bebidas são cobradas à
parte, mas a preços razoáveis.
As libações à mesa não ti-
ram a disposição para a descida
às ilhas. No roteiro, a primeira
visita é ao Palácio Celeste, gru-
ta suspensa a 50 metros do ní-
vel do mar, com uma fileira de
salas escavadas na rocha e ilu-
minação em tecnicolor.
São muitas as possibilida-
des a ser exploradas. Uma das
grutas mais bonitas é a do tú-
nel que abre passagem para um
lago e, um pouco mais longe,
prainhas de areia branca.
Delicioso é navegar nos
pequenos botes de bambu,
conduzidos em geral por mu-
lheres com um único
remo.
Os guias de turismo
dizem que é bom evitar o
cruzeiro nos meses de fe-
vereiro a abril porque
faz frio (10 a 15 graus)
e em julho pa-
ra fugir da
multidão de
europeus e
americanos
em férias de
verão.
Os drin-
ques depois do
cair da noite dão
início a um longuíssimo jantar,
com ainda mais pratos do que
na hora do almoço: dez gostosu-
ras da culinária do país. Estra-
nhamente, a irritante e baru-
lhenta agitação tradicional dos
turistas em Halong é substituí-
da por um sentimento de cal-
ma e encantamento, inspirados
pelo silêncio e pela magia das
paisagens surreais da baía.
Vietnã
MARAVILHA DO MUNDO
Barcos de turismo em meio ao
cenário de montanhas de pedra na
Baía de Halong, no norte do Vietnã:
paisagem surreal em uma das
maravilhas da natureza
TURISMO - 30 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
COMO CHEGAR
De avião: A Air France/KLM, aEmirates, a Qatar Airways e a TurkishAirlines têm tarifas a partir de R$5.638, ida e volta. Voos internos: PelaVietnam Airlines (Skyteam), os trechosentre Ho Chi Minh City, Hue e Hanóisaem por US$ 160 cada
Cruzeiros: Diversas empresasoferecem cruzeiros de dois ou três diaspela Baía de Halong. Uma das maismelhores é a Jasmine Cruise(jasminecruises.com)
Pacotes: Pela Queensberry,pacotes de sete noites, sem a parteaérea, a partir de R$ 3.155. Com BestDestinations, também sete noites sema parte aérea, a partir de R$ 2.820
PASSEIOS
Ho Chi Minh City
Catedral de Notre-Dame:
Diariamente, das 5h30 às 17h. Missaaos domingos, às 9h30. Cong Xa
Saigon Central: O prédio dosCorreios, o maior do Vietnã, abre das7h30 às 20h30. Dong Khoi
Palácio da Reunificação: 7h30 às 11h edas 13h às 16h. Entrada: 15.000dongues (R$ 1,50)
Arredores: A partir de HCMC épossível fazer um passeio de um dia aodelta do rio Mekong, berço da produçãode arroz, e também visitar os túneis deCu Chi, usados pelos vietnamitasdurante as guerras com os franceses e,mais tarde, os americanos
CLIMA
No verão faz calor no sul, e é altatemporada no centro e norte. O outonotem temperaturas mais amenas. A
melhor época é depois de outubro. Naprimavera, o melhor mês é abril. Noinverno, pode fazer frio em Hanói e,principalmente, em Halong. Chovemuito o ano inteiro, no país todo
DOCUMENTOS
Visto: É emitido pela Embaixadado Vietnã, em Brasília. O passaporte eos documentos podem ser enviadospelo correio. Tel. (61) 3364-5876
Febre amarela: É necessário ocertificado internacional. A vacina deveser tomada até dez dias antes doembarque �
Barqueiras levam os turistas para navegar pela baía: o programa desvenda grutas muito bonitas
Programe o Vietnã
Urna de bronze
da dinastia
Nguyen, feitas
pelo português
Joaz da Cruz
Lojadegrife e
vendedora
ambulante:
constrastesestão
por toda acidade
Alta gastronomia:
rolinhos de arroz
abrem o banquete
imperial
Fotos: Agência O Globo
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 / 31 - TURISMO
Paulo Coelho
O SILÊNCIODOS CULPADOS
Escritor
Opior desastre criadopela mãodo homem aconteceu emChernobyl,
Ucrânia, ondeas pessoas foram submetidasa uma radiação90 vezes
maior queada bomba de Hiroshima
O vídeo foi filmado na manhã do dia
26 de abril de 1986 e mostra uma vida nor-
mal em uma cidade normal. Um homem
sentado tomando café. A mãe passeando
com o bebê pela rua. As pessoas atarefa-
das, indo para o trabalho, uma ou duas
pessoas esperando no ponto de ônibus.
Um senhor lendo um jornal no banco de
uma praça.
Mas o vídeo está com problema: apare-
cem várias riscas horizontais, como se o
botão de “tracking” precisasse ser mexi-
do, de modo que eu e mais cinco pessoas
que estão comigo pudéssemos ver uma
melhor imagem. Penso em pedir que fa-
çam isso, mas penso também que alguém
deve ter notado, e em breve irão tomar al-
guma providência.
O vídeo sobre a pequena cidade do in-
terior continua passando, sem absoluta-
mente nenhuma coisa interessante, além
das cenas da vida comum. É possível que
algumas daquelas pessoas saibam que
aconteceu um acidente a dois quilôme-
tros dali. É possível também que saibam
que ocorreram 30 mortes – o que é um nú-
mero grande, mas não o suficiente para
mudar a rotina dos habitantes.
As cenas agora mostram ônibus es-
colares estacionando. Ali ficarão por
muitos dias, sem que nada aconteça.
As imagens estão muito ruins, e me vi-
ro para Katya, pedindo que tente ver o
que está acontecendo. Ela não respon-
de - perdeu a voz. Viro-me para Oleg,
que diz uma só palavra:
- Não é o “tracking”. É a radiação.
No dia 26 de abril, a 1h23 da manhã, o
pior desastre criado pela mão do homem
aconteceu em Chernobyl, Ucrânia, onde
estou agora assistindo a este vídeo. Com a
explosão de um reator nuclear, as pessoas
da área foram submetidas a uma radiação
90 vezes maior que a da bomba de Hi-
roshima. Era necessário evacuar imediata-
mente a região, mas ninguém, absoluta-
mente ninguém disse nada – afinal de
contas, o governo não comete erros. Uma
semana depois, apareceu na página 32 do
jornal local uma pequena nota de cinco li-
nhas, falando da morte dos operários, e
mais nada. Nesse meio tempo, foi come-
morado o Dia do Trabalho em toda a ex-
União Soviética, e em Kiev, capital da
Ucrânia, as pessoas desfilam sem saber
que a morte invisível está no ar.
Eu volto ao meu passado: estou em
um bar no Jardim Botânico, no Rio de Ja-
neiro, quando a TV dá a notícia – porque
a esta altura aparelhos na Suécia, há mi-
lhares de quilômetros dali, detectaram a
poeira radioativa que caminha em dire-
ção àquele país.
Apenas trinta mortes naquele dia. E,
no entanto, segundo um relatório das Na-
ções Unidas feito em 1995, um total de no-
ve milhões de pessoas no mundo inteiro
foram afetadas diretamente pelo desastre,
entre elas três a quatro milhões de crian-
ças. As trinta mortes se transformaram,
segundo o especialista John Gofmans, em
475 mil casos de câncer fatais, e um núme-
ro igual de câncer não fatais.
O silêncio dos culpados, entretanto,
durou muito mais do que se esperava; afi-
nal de contas, ninguém vê a poeira radioa-
tiva. Mas finalmente, quando o mundo in-
teiro já sabia, quando a poeira havia se es-
palhado por toda a Europa, 400 mil pes-
soas tiveram que ser evacuadas. Um total
de 2 mil cidades e vilarejos foram simples-
mente riscados do mapa.
Comenta o professor Dr. Vladimir
Chernousenko:
- Além dessas nove milhões de pes-
soas diretamente afetadas pela radiação,
outras 65 milhões foram indiretamente
afetadas, através do consumo de alimen-
tos contaminados, em muitos países do
mundo. E seja na Ucrânia, na Rússia, nos
Estados Unidos ou na Alemanha, é abso-
lutamente impossível ter completo con-
trole de uma reação nuclear. Quase acon-
teceu na América (ele se refere a Three
Mile Island, onde outro reator explodiu
parcialmente) e, de um momento para o
outro, sem que ninguém espere, pode tor-
nar a acontecer.
O vídeo, filmado pela KGB – a polícia
secreta da União Soviética – termina com
alguns agentes vestindo roupas especiais.
Katya, Oleg, Yuri e Lena estão chorando.
Nos levantamos, e por causa do silêncio
dos culpados, os inocentes também ficam
em silêncio - porque não há nada, absolu-
tamente nada a dizer. �
32 / São José do Rio Preto, 24 de junho de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
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